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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM CUIDAR DO SER

LEILA REGINA KONESKI PINTO

FLORAIS: CURANDO COM A ENERGIA SUTIL DAS FLORES


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Criciúma, junho de 2005


LEILA REGINA KONESKI PINTO

FLORAIS: CURANDO COM A ENERGIA SUTIL DAS FLORES

Monografia apresentada à Diretoria de Pós-


graduação da Universidade do Extremo Sul
Catarinense - UNESC, para a obtenção do
título de especialista em Cuidar do Ser.

Orientador: Prof. Dr. Mauro Pozatti

Criciúma, junho de 2005


Dedico esse trabalho a todos os Mestres
que encontrei nesta vida e aos que virão.
AGRADECIMENTOS

Aos pais e familiares, pelo incentivo em todos os momentos de escolhas

e de novos rumos em minha vida.

Aos mestres e colegas de curso, pelo aprendizado em todos os níveis de

entendimento, e pela força e incentivo para realizar este curso.

A Unipaz, por proporcionar a oportunidade de realizar o Cuidar do Ser, e

promover uma grande mudança de paradigmas em minha vida.


“As plantas não curam ninguém, é a alma

delas que cura”.

Paracelsus
RESUMO

A visão holística sobre os florais com enfoque no terapeuta e na terapia sutil, foi a
diretriz que guiou este trabalho. Ele foi baseado em pesquisa bibliográfica e na
minha experiência como terapeuta nesta área. A terapia floral e a grande revolução
na forma de tratar as doenças da psique humana, são aqui explorados dando
ênfase à medicina vibracional, que esclarece como é possível alcançar curas que a
medicina tradicional e os cientistas não conseguem explicar. Temas como a física
quântica, a holografia, a medicina vibracional e o paradigma transpessoal são temas
aqui abordados para embasar e explicar o trabalho de transformação que os florais
despertam no campo sutil e dessa forma promovem as mudanças no corpo físico.

.
Palavras-chave: Alquimia; cuidado; atenção; consciência; mente holográfica.
.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

................................................................................................................................... 12
2 TERAPIA SUTIL .................................................................................................... 13
2.1 O paradigma transpessoal..............................................................................................................................14
2.2 Campo áurico e sua influência na saúde........................................................................................................16
2.3 O mundo holográfico.....................................................................................................................................18
2.4 Ser quântico...................................................................................................................................................21
2.5 Medicina vibracional.....................................................................................................................................23

3 TERAPIA FLORAL................................................................................................. 26
3.1 Precedentes históricos................................................................................................................................... 26
3.2 Como atuam no organismo............................................................................................................................28

4 FLORAL BRASILEIRO.......................................................................................... 30
4.1 O início..........................................................................................................................................................30
4.2 A memória humana....................................................................................................................................... 33
4.3 Resgatando a alquimia...................................................................................................................................35
4.4 A dinâmica dos florais................................................................................................................................... 38
4.4.1 Florais básicos............................................................................................................................................ 38
4.4.2 Florais alquímicos.......................................................................................................................................39
4.4.3 Florais astrológicos.....................................................................................................................................40
4.4.4 Florais minerais.......................................................................................................................................... 40
4.4.5 Projeto phoenix...........................................................................................................................................40
4.4.6 As três substâncias da alquimia.................................................................................................................. 41
4.5 O tratamento com os florais...........................................................................................................................41

5 METODOLOGIA..................................................................................................... 44
6 CONCLUSÃO......................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 47
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR.......................................................................... 48
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1 INTRODUÇÃO

O encanto com os florais já vem de longa data, antes sem ter noção de

seu aspecto sutil, agora consciente e envolvida neste mundo tão mágico que tende

ao irreal. Mas o que na verdade é real? A física quântica desvendou um mundo tão

improvável dentro do meu conhecimento até então, que me deixou como que

flutuando em uma miríade de universos paralelos e cheios de possibilidades, aliás,

de probabilidades.

O que norteou este trabalho foi a idéia de traçar um caminho entre meu

conhecimento de como atuam os florais no ser vivo multidimencional e a capacidade

de despertar o potencial interior de cada um na busca de sua cura. Entendendo,

dessa forma, o que significa a doença, qual a mensagem que ela tenta passar ao

nosso ser e o que devemos aprender com ela.

Mais do que isso, procurei aqui demonstrar que o cuidado é primordial na

relação entre terapeuta e paciente, seja qual for o tratamento, essa sintonia é

fundamental para o êxito do processo de cura e conscientização. O ser humano é

muito poderoso tanto para criar como para destruir, principalmente a si próprio.

Em primeiro lugar escrevo a respeito de algumas terapias sutis e como o

ser humano desenvolve suas doenças. De que forma ele modifica a realidade

dentro de seu mundo e fora dele, o quanto é responsável por tudo que lhe acontece

e como pode reverter o processo a partir de sua conscientização.

A partir dessa idéia inicial descrevo a terapia floral, suas origens e como

atuam no organismo através do campo sutil.

Finalizo dando enfoque aos Florais Brasileiros Alma e Equilíbrio, que

fazem parte da minha realidade como terapeuta, sua evolução nas mãos de seu
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criador, sua atuação e sua dinâmica, desenvolvendo o pensamento que direciona o

tratamento em sintonia e comunhão com a natureza de Gaia, nossa Mãe Terra.


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2 TERAPIA SUTIL

Aqui serão abordados alguns conceitos que irão embasar a dissertação

de como a mente funciona, como a nossa consciência pode ser o agente que cria

tanto a doença como também sua cura. A nova visão da ciência com base em

pesquisas na física quântica e na área transpessoal, nos mostra a mente e o

universo como um holograma, e traz à luz novas formas de entendimento na busca

da cura para o ser humano. Novos horizontes se abrem nesse caminho que

pretende cuidar do ser em sua totalidade e inteireza, e não como apenas mais um

pedaço do que hoje se divide um tratamento.

Em meio a toda modernidade da medicina muita coisa ainda ficou sem

explicação. Descobriu-se que as doenças não provêm apenas de invasões de vírus,

bactérias e outros patógenos, não são decorrência apenas de herança genética ou

produto do meio em que vivemos.

As doenças são formadas, antes em nosso campo sutil, e só depois se

manifestam no físico com a ajuda desses seres com quem convivemos diariamente.

Como explicar que em um mesmo meio algumas se contaminam com determinado

vírus e outras não? Porque algumas pessoas têm sintomas de uma doença que não

aparece em nenhum exame? Como explicar as curas milagrosas de câncer e outras

doenças terminais? Porque algumas pessoas conseguem vencer essas doenças e

outras não? Como é possível a cura por intermédio de remédios vibracionais, que a

química não encontra nenhum princípio ativo?

Alguns conceitos são necessários para esclarecer essas e outras

questões.
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2.1 O paradigma transpessoal

A consciência não é algo restrito ao nosso cérebro, ela é o agente criador

de toda nossa realidade, e é testemunha e co-participante de toda a experiência

humana desde muito antes dos tempos conhecidos. Passado, presente e futuro,

são limites que não existem. Ela é infinita, sem fronteiras. Em seu livro A Mente

Holotrópica, Stanislav Grof nos dá um conceito mais amplo de como a consciência

funciona e qual é a visão de sua atuação como parte e ao mesmo tempo como o

todo da consciência universal:

[...] É aqui que enxergamos além da crença de que a consciência existe


apenas como resultado de nossas vidas individuais. Assim que aceitamos o
conceito do campo transpessoal, começamos a pensar na consciência
como alguma coisa que existe fora e independente de nós mesmos, alguma
coisa sem fronteiras materiais.
[...] A consciência transpessoal é infinita, mais do que finita, estendendo-se
além dos limites de tempo e espaço [...] E, o que é verdadeiro sobre o
espaço exterior para os astrônomos, é igualmente aplicável ao espaço
interior da psique humana. É difícil escapar da ilusão de nossas crenças
profundamente enraizadas, de que o universo deve ser finito e de que nossa
consciência individual é independente de todas as outras, confinada dentro
de nosso cérebro. Temos também grande dificuldade em acreditar que a
mente e a consciência podem não ser privilégios exclusivos da espécie
humana, mas que permeiam toda a natureza, existindo nas formas mais
elementares e mais complexas. (GROF, 1999, p. 109).

A consciência transpessoal não tem limites, pode ser acessada e assim

indicar o caminho do retorno ao equilíbrio do ser.

A medicina vibracional, como hoje é chamada por alguns autores, trata o

Ser sob um novo paradigma, o paradigma holístico. A visão do todo e não de partes

separadas e desconexas. A nossa mente faz parte da consciência universal que

envolve tudo, que tudo sabe, que tudo vê. Seria essa consciência o Deus que

conhecemos?

Não somos apenas matéria que cria consciência e personalidade, somos,

na verdade, consciência criando matéria, somos muito mais que matéria. Somos

físico, mental, emocional, espiritual e transpessoal.


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Esse novo conhecimento veio explicar o que antes era apenas estudado

e experienciado por místicos, religiosos, espiritualistas ou paranomais. Esse

conhecimento nos ajuda a esclarecer como a consciência pode indicar o caminho

da cura pessoal, pois ela abrange o ser em todas as suas dimensões. Dessa forma

a doença cristalizada no âmbito emocional, físico, mental ou espiritual, tem a chave

da cura dentro do próprio ser. Grof ainda nos relata:

[...] a consciência transpessoal nos permite experienciar o passado e o


futuro, ultrapassando fronteiras em que os relógios, os calendários e o
envelhecimento de nosso corpo parecem tão reais e tão inexoráveis.
Entramos num mundo em que podemos experienciar-nos como embrião nos
primeiros estágios do desenvolvimento intra-uterino ou, mais atrás no
tempo, como o esperma fertilizante ou do óvulo fertilizado, no momento da
concepção. (GROF, 1999, p. 109).

Nossas memórias de experiências físicas e emocionais ficam registradas

em nossa psique, segundo Grof (1999, p. 41) “não como partículas e peças

isoladas, mas em forma de constelações complexas”, a que ele chamou de

sistemas COEX (Sistemas de Experiência Condensada). Assim uma constelação

COEX, (1999, p. 41) “pode conter todas as principais memórias de eventos

humilhantes, degradantes ou vergonhosos”, dessa maneira experiências de uma

mesma área emocional estariam de certa maneira agrupadas em um mesmo

departamento, tanto experiências ruins como também as boas, as que trazem paz e

felicidade. O acúmulo dessas experiências pode criar um campo magnético de

grande força, talvez atraindo novas experiências para reforçar determinado

comportamento. Em suas pesquisas, Grof chegou à conclusão que essas

constelações estão ligadas a experiências do nascimento e (1999, p. 42) “podem

alcançar a vida pré-natal e o campo dos fenômenos transpessoais, como

experiências de vida passada, arquétipos do ‘inconsciente coletivo’, e identificação

com outras formas de vida”. Mais adiante Grof explica:

Os sistemas COEX afetam cada área de nossa vida emocional. Podem


influenciar a maneira como percebemos a nós próprios, percebemos outras
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pessoas e o mundo que nos cerca. São, eles, forças dinâmicas atrás de
nossos sintomas emocionais e psicossomáticos, condicionando-nos para
nossas dificuldades em relação a nós mesmos e aos outros.[...] Eventos
externos podem ativar, dentro de nós, sistemas COEX correspondentes [...]
(GROF, 1999, p. 42).

Isso quer dizer que podemos ter padrões emocionais ou físicos repetidos

e reforçados criando situações recorrentes em nossa vida. Atraímos experiências,

pessoas e até objetos que reforçam nossos padrões, e criamos nossa própria

realidade como num filme em que somos o diretor, o produtor e o ator principal.

2.2 Campo áurico e sua influência na saúde

O campo áurico se manifesta à volta do corpo físico e o interpenetra. Ele

é formado por vários níveis de freqüência da luz, é onde ficam registradas todas as

experiências humanas desde antes do nascimento. É no campo áurico que criamos

nossas doenças, a partir de mágoas, tristezas, raivas e outros sentimentos mal

resolvidos. A doença é resultado dos desequilíbrios energéticos provocados por nós

mesmos.

Barbara Ann Brennan, em seu livro Luz Emergente, nos diz:

O campo áurico é um salto quântico mais profundo no interior de nossa


personalidade do que nosso corpo físico. É nesse nível do nosso ser que se
desenvolvem os nossos processos psicológicos. A aura é o veículo de todas
as reações psicossomáticas (BRENNAN, 1993, p.43).

O campo áurico ou campo de energia humano se divide em sete

camadas, associadas a sete chakras. Os chakras são vórtices que servem para a

troca de energia do corpo físico com a aura. Toda a experiência que vivenciamos

fica registrada na aura, ela é a nossa memória. Os pensamentos, as emoções, as

sensações ligadas a cada uma das camadas ou níveis da aura, ficam aí registrados,

conforme descreve Barbara Ann Brennan no livro Mãos de Luz:


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A primeira camada do campo e o primeiro chakra estão ligados ao


funcionamento físico e à sensação física – a sensação da dor ou do prazer
físicos. A primeira camada está ligada ao funcionamento automático e
autônomo do corpo. A segunda camada e o segundo chakra, em geral se
associam ao aspecto emocional dos seres humanos. São os veículos
através dos quais temos nossa vida emocional e nossos sentimentos. A
terceira camada liga-se à nossa vida mental, à reflexão linear, o terceiro
chakra está unido à reflexão linear. O quarto nível, associado ao chakra do
coração, é o veículo através do qual amamos, não somente os
companheiros, mas também a humanidade em geral. O quarto chakra é o
chakra que metaboliza a energia do amor. O quinto é o nível associada a
uma vontade mais alta, mais ligada à vontade divina. O quinto chakra se
associa ao poder da palavra, criando coisas pela palavra, prestando atenção
e assumindo responsabilidade pelos nossos atos. O sexto nível e o sexto
chakra estão vinculados ao amor celestial, um amor que se estende além do
âmbito humano do amor e abrange toda a vida. Proclama o zelo e o apoio
da proteção e do nutrimento de toda a vida. Considera todas as formas de
vida preciosas manifestações de Deus. A sétima camada e o sétimo chakra
estão vinculados à mente mais elevada, ao saber e à integração da nossa
constituição espiritual e física (BRENNAN, 1987, p. 70).

Os nossos sentidos processados pelo cérebro, e também uma grande

quantidade de experiências não-materiais processadas por nossa consciência, são

transformadas em ondas de luz. E toda essa informação transformada em luz é

registrada em cada área da aura responsável por essa experiência, criando assim

um campo magnético. Os campos magnéticos podem se tornar “entidades”

marcantes em nossa aura, à medida que damos força a eles, alimentando

sentimentos grosseiros de raiva, rancor, mágoa, medo, inveja entre outros. Essas

“entidades” magnéticas, quando não são trabalhadas, se manifestam fisicamente

em forma de doenças.

É dessa forma que criamos o câncer, a AIDS, as degenerações físicas,

as doenças e desequilíbrios. Materializamos a partir de nossa consciência, pois é

ela que cria nossa realidade. Seguindo padrões energéticos, genéticos ou

espirituais, continuamos a dar vida a nossa vida, materializando cada cena, cada

experiência. “Somos o que pensamos”, e o que pensamos está registrado em nosso

campo magnético, então, aí está também a chave para nos curarmos, para

atingirmos novamente o equilíbrio, através de terapias sutis, vibracionais, que, essas

sim, conseguem chegar a esse nível de nosso ser.


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2.3 O mundo holográfico

A luz laser, conhecida como luz coerente, porque se propaga em feixes

em uma única direção, tem muitas aplicações, tanto na medicina e pesquisa

científica, como na indústria. Para citar alguns exemplos, sem o laser não seriam

possíveis os leitores óticos de CDs e DVDs, as fibras óticas utilizadas nas

telecomunicações, as microcirurgias e uma infinidade de aplicações.

O holograma é produzido por um feixe de luz laser dividido em duas

partes, uma incide num espelho que espalha a luz o outro ilumina o objeto. Essa luz

incide numa placa fotográfica onde fica registrado um padrão de interferência

gerando a imagem holográfica do objeto. Quando um feixe de luz laser é novamente

direcionado para o filme o que aparece é uma imagem tridimencional do objeto.

Mesmo que se tenha apenas um pequeno pedaço do filme a imagem aparece da

mesma forma, porém em tamanho reduzido. Conforme Gerber descreve em seu

livro Medicina Vibracional:

O estudo das imagens produzidas através do uso da luz laser para iluminar
os objetos é chamado de holografia. O holograma é uma fotografia especial
em três dimensões criada por padrões de interferência de energia. Os
hologramas também demonstram um notável princípio da natureza, o de
que cada parte pode conter a essência do todo. O holograma nos
proporciona um novo e extraordinário modelo, o qual poderá ajudar a ciência
a compreender tanto a estrutura energética do universo quanto a natureza
multidimensional dos seres humanos (GERBER, 1988, p. 37).

Hermes Trimegistos escreveu: “O que está embaixo é como o que está

em cima, e o que está em cima é como o que está embaixo”, na famosa Tábua de

Esmeraldas, o mais antigo tratado de alquimia que se tem conhecimento. Esta frase

sintetiza a essência do universo holográfico. Cada parte contém o todo. Cada célula

de nosso corpo contém o DNA. Nele estão as informações necessárias para a

criação de um ser humano completo. Somos seres multidimensionais e como tal

podemos navegar nesse mundo sutil, acessar o passado e o futuro, achar o


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caminho da cura pessoal.

O mundo holográfico nos ajuda no entendimento da consciência humana,

pois a mente funciona da mesma forma. É um grande desafio aceitar essa nova

realidade, mas que poderá esclarecer muitos pontos ainda insondáveis para nós.

Somos co-responsáveis por tudo que está ao nosso redor. Influenciamos com nosso

pensamento o mundo a nossa volta e, conseqüentemente, as pessoas que fazem

parte dessa realidade. Conforme Barbara Ann Brennan escreve em seu livro Luz

Emergente:

Nesse processo de saúde ou de doença, não podemos dividir o nosso eu


interior, nem nos separarmos uns dos outros. Estamos todos ligados. Tudo
o que pensamos, sentimos e fazemos a respeito da saúde e da doença
afeta todas as outras pessoas. Ao curar a nós mesmos, curamos os outros.
Ao expressar a nossa essência ou a nossa singularidade, fazemos com que
todas as pessoas sejam saudáveis, contanto que permitamos que elas
expressem a sua essência.
Cada parte de nós contém todo o padrão; cada célula do nosso corpo
contém o padrão de todo o corpo e também contém o padrão da
humanidade. Podemos ter acesso a esse grande padrão de saúde, feito de
poder e de luz, para utilizá-lo na cura. Esse padrão é real e vivo.
Nós somos esse padrão, e ele está no nosso campo áurico. Somos energia,
e podemos mudar rapidamente. Vivemos num corpo gelatinoso que está
constantemente mudando e que é capaz de grandes transformações
(BRENNAN, 1993, p. 80).

Portanto, essa nova realidade, que nos é apresentada com os conceitos

do mundo holográfico é, na realidade, a chave para entendermos melhor qual o

nosso papel diante de nós mesmos, das outras pessoas e do mundo que nos

rodeia. Mais adiante Brennan nos diz:

O desafio com que nos defrontamos, como pacientes e como curadores, é o


de aceitar as oportunidades dadas pelo modelo holográfico, compreender
quais são elas e aprender a utilizá-las. A nossa verdadeira realidade
primária é a realidade da consciência e da energia. Qualquer ciência que se
concentre na realidade secundária ou material do mundo físico é baseada
na ilusão e, portanto, é ilusória. Se é assim, e se existe evidência para
apoiar essa teoria, então, o nosso mundo é de fato muito diferente do modo
como supomos que seja a partir das definições tridimencionais que
impusemos a ele. [...] (BRENNAN, 1993, P. 81).

A partir de experiências vividas acumulamos sob a forma de luz todas as

informações que são registradas em nosso campo áurico. Da mesma forma


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podemos reverter um quadro de doença com a ajuda de nossa mente, de nossos

pensamentos. Michael Talbot, relata em seu livro, O Universo Holográfico, que o Dr.

Carl Simonton, oncologista de radiação, no Texas, tratava seus pacientes com

câncer ensinando-lhes técnicas de imaginação-mentalização para ajudar no

tratamento com a radiação. Os resultados foram além do esperado para pacientes

com pouco mais de 12 meses de vida. Houve uma sobrevida muito maior em alguns

casos, em outros a doença regrediu ou estabilizou, em outros, ainda a doença

desapareceu. Diz Talbot (1991, p. 111) “Como é que uma imagem formada na

mente pode ter efeito sobre algo tão terrível como um câncer incurável? De modo

nada surpreendente, a teoria holográfica do cérebro pode ser usada para explicar

também esse fenômeno”. Sem dúvida o componente mental é de grande

importância na cura, pois todo e qualquer tratamento pode não dar resultado

nenhum se o paciente, consciente ou inconscientemente não quiser se curar.

Partindo da premissa que a consciência cria a matéria, o fato de o

paciente construir sua cura a partir da confiança no terapeuta e no método utilizado

para isso, a terapia terá grandes chances de obter êxito. O método utilizado no

tratamento irá despertar emocionalmente a reação e o processo de cura, o mental

fará o resto. Mais adiante, Talbot escreve:

[...] todas as experiências são fundamentalmente apenas processos


neurofisiológicos acontecendo no cérebro. De acordo com o modelo
holográfico, a razão de experimentarmos algumas coisas – emoções, por
exemplo – como realidades internas, e outras – tal como o canto dos
pássaros e o latido dos cães – como realidades externas, deve-se ao fato de
ser onde o cérebro as localiza quando cria o holograma interno que
experimentamos como realidade. [...] num cérebro que funcione
holograficamente, a lembrança de uma coisa pode ter tanto impacto sobre
os sentidos quanto a própria coisa [...]. À primeira vista, o fato de o corpo
não poder distinguir entre o evento imaginário e um real pode parecer
estranho, mas quando alguém leva em conta o modelo holográfico – um
modelo que afirma que todas as experiências, sejam reais ou imaginárias,
estão reduzidas à mesma linguagem comum de formas de onda
organizadas holograficamente – a situação se torna muito menos enigmática
[...] (TALBOT, 1991, p. 111).
21

O modelo holográfico pode nos ajudar a entender como a mente funciona

e como um tratamento pode alcançar e transformar a sombra que nos aflige e,

dessa forma, trazer a luz novamente para essa área do campo sutil e reverberando

para o corpo físico.

Essa sombra pode, como já vimos, ser o resultado de um padrão

reincidente, que se repete reforçando determinada área do campo sutil. Cabe ao

terapeuta achar o caminho, ou melhor, ajudar ao paciente a encontrar o caminho

para quebrar o padrão e restaurar o equilíbrio interno.

2.4 Ser quântico

Em seu livro A Cura Quântica, Deepak Chopra se baseia na Medicina

Védica, a sabedoria do Ayurveda. Ele nos relata que o corpo tem uma inteligência

interior e que é capaz de encontrar a própria cura, não importando se é uma simples

dor de cabeça ou até mesmo o câncer. Ele descreve como cada célula é capaz de

“pensar” e agir, a partir de pensamentos ou comandos do cérebro. Na década de 70

foi descoberta uma nova classe de substâncias instantâneas, chamadas

neurotransmissores. Elas são os mensageiros que transmitem informações

instantaneamente por todo o corpo, transformando pensamentos em comandos às

células. Ele nos relata:

Os neurotransmissores são os corredores que partem do cérebro e voltam a


ele, informando a todos os órgãos nossas emoções, desejos, lembranças,
intuições e sonhos. Nenhum desses eventos fica apenas no cérebro. Do
mesmo modo, nenhum deles é estritamente mental, já que podem ser
codificados em mensagens químicas. Os neurotransmissores tocam a vida
de cada célula. Sempre que um pensamento quer se formar, essas
substâncias químicas também precisam agir, porque ele não pode existir
sem elas. Pensar é praticar química cerebral, promovendo uma cascata de
respostas através do corpo [...] (CHOPRA, 1989, p.72).
22

Mas isso ainda não é suficiente para explicar como um pensamento se

transforma em matéria, isto é, promove a alteração no corpo capaz de criar uma

doença ou de curá-la. A descoberta dos neuropeptídeos, foi um passo a mais nesta

caminhada para esclarecer que (1989, P.113) “o corpo é suficientemente fluido para

se misturar à mente”. Chopra ainda nos diz:

[...] Graças às moléculas mensageiras, eventos que aparentemente não têm


nenhuma ligação – como um pensamento e uma reação no corpo – agora
mostram-se mais consistentes. O neuropeptídeo não é um pensamento,
mas move-se como ele e serve como ponto de transformação. O quantum
faz exatamente a mesma coisa, só que o corpo estudado nessa questão é o
universo, ou a natureza como um todo [...] Um neuropeptídeo aflora na
existência ao toque de um pensamento, mas de onde vem esse
afloramento? Um pensamento de medo e a substância em que ele se
transforma estão de algum modo ligados a um processo oculto na
transformação da não-matéria em matéria (CHOPRA, 1989, p. 113).

O quantum é a menor unidade a ser chamada de partícula. Um fóton é

um quantum de luz. O espaço e o tempo em que ocorre essa transformação não

podem ser localizados. Quando os cientistas conseguiram provar a natureza

quântica da luz ficou mais fácil explicar esse fenômeno. Mais adiante Chopra

descreve:

[...] depois de Einstein, quando Max Planck e outros físicos pioneiros foram
capazes de, na virada do século, demonstrar a natureza quântica da luz,
disso resultaram muitas conclusões bastante curiosas. Fatos considerados
evidentes no mundo dos sentidos precisavam ser conciliados com estranhas
distorções de tempo e espaço – e o foram. Como no caso do neuropeptídeo,
o quantum é capaz de deixar a natureza tão flexível que se torna possível a
inexplicável transformação de não-matéria em matéria, de tempo em
espaço, de massa em energia (CHOPRA, 1989, p. 117).

O pensamento se transforma em matéria, isto é, em reações físicas,

instantaneamente, e não há um espaço ou tempo determinados onde podemos

localizar essa mudança. Sabemos que dessa forma os pensamentos podem

provocar um “salto quântico” materializando uma doença ou acabando com ela. O

Ser Humano deve se aprofundar mais nesse conhecimento para utilizá-lo em seu

próprio benefício, entendendo que ele tem esse poder.


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2.5 Medicina vibracional

A medicina como até hoje é conhecida, baseia-se na visão newtoniana.

Dessa forma o ser humano é considerado como uma complexa máquina controlada

pelo cérebro e pelo sistema nervoso autônomo. Desconsideram-se, assim, os

campos sutis que nos envolvem e que fazem parte de uma outra realidade. Esta

realidade foi clareada quando Albert Einstein conseguiu provar aos cientistas, por

meio de sua famosa equação, E = mc², que a matéria pode se manifestar, ora como

partícula, ora como onda. Essas duas manifestações de uma mesma realidade

universal, que Gerber chama de energia ou vibração básica, e que permeia todo o

universo, abre novos horizontes na maneira de tratar as doenças e desequilíbrios do

ser humano.

A importância dos estudos de Newton não pode ser negada, pois

serviram de base para o entendimento do mundo físico e todas as suas

possibilidades. A medicina evoluiu muito desde então, o progresso atingiu estágios

impensáveis há alguns anos atrás. Chegamos a abrir o código genético e sentimos

um poder até então desconhecido: o de criar e manipular a vida conforme nossa

vontade. Mas, em contrapartida, os cientistas admitem que muitas coisas não se

enquadram no modelo newtoniano. Há muitas formas de manifestação de energia

que permanecem sem explicação dentro do conhecimento do mundo físico.

Segundo Gerber:

O ramo da ciência – atualmente em grande desenvolvimento – que levará a


humanidade a esse novo nível de compreensão é a medicina vibracional.
Ela procura curar as doenças e transformar a consciência humana atuando
sobre os padrões energéticos e dirigem a expressão física da vida.
Acabaremos descobrindo que a própria consciência é uma espécie de
energia que está integralmente relacionada com a expressão celular do
corpo físico. Assim, a consciência participa da contínua criação da saúde ou
da doença. A medicina vibracional, na condição de ciência do futuro talvez
nos proporcione indicações que ajudem os médicos a descobrir por que
algumas pessoas permanecem sadias enquanto outras estão o tempo todo
doentes.
24

Só haverá uma medicina verdadeiramente holística quando os médicos


vierem a adquirir uma melhor compreensão a respeito dos profundos inter-
relacionamentos entre o corpo, a mente e o espírito e a respeito das leis
naturais que regem suas manifestações no nosso planeta. Nós somos, na
verdade, um microcosmo dentro de um macrocosmo, como os filósofos
orientais há muito compreenderam. [...] Quando os seres humanos
compreenderem realmente as estruturas física e energética de suas mentes
e corpos, estarão muito mais perto de compreender a natureza do Universo
e das forças criativas que os ligam a Deus (GERBER, 1988, p. 37).

A medicina vibracional veio explicar, de maneira coerente, como os

diversos campos de energia regulam o organismo e podem intervir na química e na

estrutura do corpo físico. Os cientistas descobriram que a mente pode alterar a

estrutura biomolecular que regula o funcionamento do organismo. Os seres vivos

são constituídos de energias multidimencionais e a física quântica explica que toda

a matéria é energia. A partir dessa realidade podemos compreender melhor novos

pontos de vista a respeito da saúde e da doença. O corpo físico é, na realidade,

uma complexa rede de campos de energia entrelaçados. Essa estrutura é

organizada e sustentada pelos sistemas energéticos sutis, ou seja, há uma

hierarquia de sistemas energéticos sutis que coordenam as forças vitais e o corpo

físico, bem como as funções eletro-fisiológicas e hormonais e toda a estrutura

molecular do organismo.

A medicina vibracional trata de terapias que podem equilibrar este

sistema de energias do corpo físico. São práticas e remédios que atuam nos corpos

sutis e fazem com que o próprio organismo encontre o caminho de sua cura e

harmonia. Dentre as terapias vibracionais utilizadas podemos citar: a Homeopatia,

os Florais, a Acupuntura, o Reiki, os Elixires de Cristais, a Cromoterapia, a

Radiestesia.

Cada pessoa, dentro de sua consciência e vibração, entra em sintonia

com alguma dessas terapias e com determinado terapeuta. Sim porque, faz parte

também do tratamento a sintonia com o terapeuta. Não é por acaso que somos
25

levados a conhecer ou saber do tipo de tratamento que um terapeuta faz, no exato

momento em que estamos prontos para trabalhar neste nível de cura. Nossa

consciência nos guia para esse caminho, da mesma forma que nos guiou para a

doença, como um caminho na aprendizagem.


26

3 TERAPIA FLORAL

Os florais são remédios vibracionais, elaborados a partir de flores. São

energias extremamente sutis que ajudam o ser humano a sintonizar com aspectos

mais equilibrados de sua busca pela evolução espiritual. Quando estamos sem

sintonia com nosso campo emocional ou vibracional ficamos fora de equilíbrio

gerando doenças, primeiro no campo áurico, depois no corpo físico.

A terapia floral faz parte do que se conhece por medicina vibracional. Pois

ela trabalha em campos de energias sutis associados ao corpo físico, são eles:

corpo emocional, corpo mental e corpo espiritual. As essências vibracionais não

contêm componentes físicos ou químicos. Elas atuam no Ser como harmonizadoras

das emoções e dos padrões de pensamento agindo no campo energético sutil,

trazendo ou não à consciência a natureza do bloqueio que está afetando o corpo

físico. A terapia floral ajuda a transformar essa energia estagnada em movimento de

cura do Ser.

As essências florais atuam também harmonizando ambientes, tratando

animais e plantas, equilibrando os campos sutis.

Os florais entram em ressonância com os campos sutis, no campo da

consciência humana, de grupos, de coletividades, de animais, de ambientes e de

ecossistemas. É um princípio catalisador que dinamiza os processos de expansão e

transformação da consciência despertando seus potenciais e talentos adormecidos

restaurando o equilíbrio. Dessa forma as essências vibracionais não têm impacto

direto no corpo físico, elas promovem o movimento no campo sutil e a partir deste

ocorre a mudança no corpo físico.

3.1 Precedentes históricos


27

O nome mais lembrado quando se fala em florais é, sem duvida alguma,

o médico inglês Dr. Edward Bach. A ele é creditada a elaboração dos primeiros

remédios florais conhecidos, os Florais Bach. Mas há relatos de que desde tempos

imemoriais, sacerdotes druidas, xamãs, alquimistas e curandeiros indígenas, já

conheciam as propriedades curativas de gotas de orvalho sobre as pétalas de

algumas flores.

Bach descobriu, em seu trabalho como médico homeopata, que algumas

doenças estavam ligadas a tipos determinados de temperamentos. Ele passou a

tratar esses pacientes, então, pelo tipo de temperamento com o que ele chamou de

“nosodos” elaborados a partir de bactéria intestinais, sob a forma de vacinas, ao

invés da doença em si, e obteve bons resultados. Mas conforme nos relata Gerber

em Medicina Vibracional (1988, p. 199) “Bach não gostava de ministrar nosodos

preparados a partir de agentes patogênicos. Ele teve o palpite de que existiam na

natureza vários remédios vibracionais semelhantes”, passando a procurar, então, os

agentes naturais capazes de tratar seus pacientes no nível emocional e não físico.

Gerber escreve mais adiante:

Bach percebeu acertadamente que a ligação doença-personalidade era


provocada por padrões energéticos disfuncionais nos corpos sutis. Ele teve
a impressão de que as doenças eram causadas pela desarmonia entre a
personalidade física e o Eu Superior, ou alma, a qual refletir-se-ia em
determinados tipos de peculiaridades mentais e atitudes presentes no
indivíduo. Essa desarmonia mental e energética entre a personalidade física
e o Eu Superior era considerada mais importante do que o processo
patogênico propriamente dito (GERBER, 1988, p. 199).

Bach, como médium sensitivo, via como ele próprio reagia em contato

com gotas de orvalho que coletava, e a diferença entre os que coletava à sombra e

os que coletava ao sol. Gerber em seu livro Medicina vibracional nos relata:

[...] Comparando os dois grupos de soluções, ele (Bach) verificou que a


água das flores expostas à luz do sol produziam os efeitos mais
pronunciados. Para sua alegria, ele descobriu que poderia colocar flores de
28

uma determinada espécie sobre a superfície de uma vasilha com água e


deixá-la durante várias horas sob a luz do sol a fim de obter poderosas
tinturas vibracionais. Os efeitos sutis da luz solar eram fundamentais para
carregar a água com uma marca energética da assinatura vibracional das
flores. Este fenômeno talvez esteja relacionado com as propriedades
energética sutis da luz solar que os hindus chamam de “prana” (GERBER,
1988, p. 201).

Somente a partir de 1979 é que começaram a aparecer outros sistemas

florais em várias partes do mundo. Hoje existem mais de cento e cinqüenta, só no

Brasil são mais de vinte.

3.2 Como atuam no organismo

Basicamente os florais atuam no campo emocional e na consciência do

paciente. Há uma sintonia da essência vibracional com os campos sutis do ser

resultando numa mudança de padrão vibratório e como conseqüência, há uma

transformação nesses campos, reverberando no corpo físico. Gerber nos descreve

em seu livro Medicina Vibracional, algumas experiências feitas pelos primeiros

pesquisadores e terapeutas neste novo campo de tratamento. Em 1979, Richard

Katz fundou a Sociedade de Essências Florais, nos Estados Unidos. Sobre suas

experiências Gerber descreve:

[...] Katz realizou intuitivamente a seleção e a formulação de cada uma das


flores, processo que foi modificado pela troca de experiências com um
pequeno grupo de terapeutas locais. Os resultados clínicos obtidos por Katz
indicaram que as novas essências foram particularmente eficazes nos
processos de crescimento interior e de despertar espiritual. Elas pereciam
atuar como catalisadores para a transmutação de bloqueios
psicoenergéticos específicos, tais como o medo relacionado com a
sexualidade e questões relativas ao ato sexual, à sensitividade e ao
desenvolvimento psíquico e espiritual [...] (GERBER, 1988, p. 202).

Gerber transcreve parte do livro de Gurudas, Flower and Vibrational

Healing, onde são descritos os mecanismos através dos quais as energias das

flores são transferidas da água para o sistema humano:


29

Neste plano evolutivo, as flores foram e são a própria essência e a maior


concentração de força vital contida numa planta. Elas são a experiência que
remata o crescimento da planta. As flores são uma combinação de
propriedades etéricas (da planta) e possuem o máximo de força vital, de
modo que freqüentemente são usadas nas porções férteis do vegetal.
A verdadeira essência, naturalmente, é o padrão eletromagnético da forma
da planta. Assim como há em várias plantas elementos que fazem parte do
corpo físico, também existem numerosos parâmetros de energias
biomagnéticas descarregadas pelas flores e por diversas outras partes das
plantas. E a intensidade de força vital aumenta nas proximidades do local de
florescimento...
[As essências preparadas a partir de flores são] meramente uma impressão
etérica; nenhuma molécula da matéria física é transferida. Nesse trabalho
você lida exclusivamente com a vibração etérica da planta, com a sua
inteligência. Ao iluminar a água, o sol mistura a ela a força vital da flor, a
qual é transferida às pessoas quando elas assimilam essas essências
vibracionais (GURUDA apud GERBER, 1988, p. 204).

Mais adiante Gerber esclarece mais alguns pontos a respeito da atuação

dos florais no ser humano:

[...] as energias sutis das essências florais passam pelo sistema circulatório
e pelos nervos antes de alcançar os meridianos. Uma das interconecxões
mencionadas parece ser uma espécie de rede eletromagnética de fluxo de
energia que existe entre a corrente sangüínea e o sistema nervoso [...] A
partir dessa via eletromagnética, as energias vitais fluem para os meridianos
[...] os meridianos constituem um mecanismo fundamental da interface
energética entre os veículos de freqüências superiores e o corpo físico. A
partir dos meridianos, as energias alcançam os chakras e os diversos
corpos sutis [...] (GERBER, 1988, p. 206).

Os florais atuam diretamente nos campos sutis aliando processos

bioquímicos, eletromagnéticos e energéticos, processando a mudança do padrão

em que se encontra o paciente resultando no equilíbrio do sistema. Outra resposta

resultante do tratamento são os sonhos, que são os recados que o hemisfério direito

do cérebro envia, dando maior entendimento do que acontece nos campos sutis.

A partir dessas informações temos a dinâmica de atuação dos florais no

Ser Humano e esclarece a reação do corpo físico como resultado da ressonância

com os campos sutis.


30

4 FLORAL BRASILEIRO

Como descrevemos no capítulo anterior, os florais são essências

vibracionais que atuam no campo sutil de nosso ser. Os florais são agentes de

transformação, que ao encontrar ressonância em nosso campo sutil, promovem o

despertar do curador interno de cada um. Aquele que sabe o que é a perfeição e a

inteireza do Ser, que é parte da consciência universal.

Os Florais Brasileiros hoje são conhecidos com o nome de Alma e

Equilíbrio. Numa visão inicial da natureza a sua volta, depois aprofundando os

estudos no conhecimento dos antigos Alquimistas da Idade Média, os florais

ganharam vida nas mãos de seu criador, Joel Aleixo.

Numa constante evolução, Joel continua nesse processo de criação, pois

com o tempo outras essências foram desenvolvidas e aperfeiçoadas. Esses novos

florais atuam em níveis cada vez mais profundos da consciência, trazendo para o

corpo físico a harmonia e o equilíbrio. Ajudando o Ser em sua jornada de auto-

conhecimento e despertando dentro de si o potencial adormecido que é a fonte da

cura.

Paracelsus, um alquimista da Idade Média, tinha como premissa que “as

plantas não curam ninguém, é a alma delas que cura”. A planta tem uma aura, fruto

de seu aprendizado no meio ambiente em que se encontra, e traz em si a vibração

desse aprendizado, isto é, seu padrão vibratório em sintonia com a natureza. E é

essa assinatura magnética que faz toda a diferença no tratamento, dessa forma ela

entra em sintonia com Gaia dentro de nós e faz com que nosso corpo físico faça o

mesmo.

4.1 O início
31

O trabalho de descoberta dos Florais Brasileiros teve início em 1987,

quando Joel Aleixo desenvolveu sua sensibilidade mediúnica e atendia pessoas das

quais observava as auras, e foi formando um conhecimento empírico a respeito. Em

certo momento sentiu que deveria se afastar um pouco das pessoas e passou a

dedicar-se a cuidar das ervas que tinha no terreno onde trabalhava. Assim ele

descreve sua experiência no livro Essências Florais Brasileiras:

Foi neste momento que dei conta do reino vegetal que me cercava,
descobrindo em cada planta uma vibração e, assim como as pessoas que
me procuravam, detectei que também as plantas tinham uma aura que
irradiava do seu corpo. Iniciei uma nova fase, quando passei ao estudo da
aura de cada planta, traçando paralelos com a leitura da aura humana e
tentando achar, a partir destas observações, como elas poderiam se
interpenetrar (ALEIXO, 1992, p. 18).

Diante disso, Joel Aleixo desenvolveu seu trabalho de catalogação e

experimentos com a ajuda de um grupo espiritualista. Essas pessoas descreviam

suas sensações físicas e emocionais. Nesse primeiro momento eram experiências

com essências de ervas medicinais. Ele comparava esses depoimentos com seu

estudo das auras das plantas. Mais adiante Aleixo nos fala:

O trabalho com a terra me ajudou muito nesta caminhada. Assim como a


natureza tem seus ciclos, aprendi a respeitar os meus; ela nos dá um
intenso movimento de interiorização. Preparar a terra, plantar as sementes,
ter de esperar a colheita e cuidar destes seres é o verdadeiro retorno ao
mundo interior. Um encontro com o passado; um resgate das forças da
natureza que regem o Universo; o respeito aos ciclos naturais; às leis
eternas do ir e vir (ALEIXO, 1992, p. 19).

Com os resultados desse experimento Joel fez novamente a leitura das

auras das plantas que estava utilizando. Percebeu que as plantas, quando estavam

floridas mudavam significativamente o movimento da aura. Dessa forma ele

desenvolveu os florais. Em uma entrevista à revista Portais, Joel Aleixo explica a

diferença da planta quando está florida:

Eu faço a leitura da aura da planta. E é exatamente nesta leitura que firmo o


propósito dela. Quando ela está florida ela altera a cor e amplia o tamanho
32

da aura enriquecendo o comprimento de onda e conseqüentemente sua


atuação. A planta, no florescimento, se sutiliza.
Enquanto não tem flor, ela vive só para ela – e quando alguém está doente,
precisa se contrair, obter consciência de seu corpo, do seu ego. Por outro
lado quando a planta floresce, ela se abre para o ecossistema – logo, o floral
expande a consciência.
Por isso o trabalho com os florais é muito mais na mente,no sonho, no
devaneio, no espírito, enquanto a tintura faz exatamente o contrário: contrai,
trabalha muito mais o ego, a percepção do corpo, da carne, do espírito
encarnado (PORTAIS, janeiro/fevereiro 2000, p. 10).

Em suas pesquisas, Aleixo aprendeu com as plantas. Descobriu que seria

necessário um cuidado especial com esses seres para manter suas propriedades de

cura e, mais importante, que as pessoas que manipulassem as essências deveriam

estar em sintonia com o propósito da cura para não contaminar vibratoriamente e

comprometer o resultado final do preparo. Aleixo assim descreve o plantio em seu

livro:

Para se obter sucesso nesta fase é preciso estar em perfeita sintonia com
as leis da criação, pois, ao contrário do ser humano, o reino vegetal é
totalmente manipulado pelas forças destas leis, que só se manifestam ao
encontrar ambiente propício, natural, receptivo e de qualidade vibratória
compatível com este trabalho, do qual somos diretamente responsáveis. A
leitura da aura de cada planta muito nos ajudou na fase de implantação do
projeto. Através dessa leitura podia-se plantar ervas ou flores de jardim de
modo que uma não interferisse na outra e fossem, na medida de suas
possibilidades, se auto-ajudando. Observou-se nesta primeira experiência
que, ao plantar a energia que começava a se materializar através das
sementes vinha em forma de espiral, o que nos fez refletir e preparar os
canteiros sempre de forma arredondada, para criar um ciclo propício a este
movimento, e passamos a acompanhar o crescimento mais rápido das
plantas, que ficavam do mesmo tamanho no canteiro (ALEIXO, 1992, p. 23).

O cuidado e a atenção para com a natureza são compensados com o

êxito nos tratamentos com os florais, pois os remédios vibracionais são a natureza

trabalhando dentro de nós restaurando o equilíbrio e a harmonia.

Este, portanto, foi o início da criação dos florais. Até hoje ainda estão

sendo estudados e lançados novos florais, que atuam em níveis diferentes e mais

profundos da consciência humana. É um trabalho de criação constante, de

aperfeiçoamento e de aprofundamento no tratamento do Ser. As Essências Florais

Brasileiras atualmente são conhecidas por Florais de Joel Aleixo – Alma e Equilíbrio.
33

4.2 A memória humana

Em seus estudos Joel aliou seu trabalho, em que observava as pessoas e

suas auras, com relação a alguma queixa do paciente. Verificou que em

determinados lugares da aura, onde enxergava manchas ou formas estranhas, o

paciente dizia sentir dores ou relatava alguma disfunção. Quando tocava um desses

lugares verificou que o paciente lembrava de algum fato ocorrido em sua vida e Joel

via um movimento na aura, denotando que as lembranças faziam o caminho para o

corpo físico. Dessa forma ele concluiu que é na aura que são guardadas as

memórias das pessoas. Aliado à experiências anteriores, Joel descobriu que

determinados tipos de lembranças tinham localização específica na aura, o que o

fez sintetizar de que forma as lembranças são registradas.

Todas as sensações, emoções, experiências físicas e psíquicas são

transformadas em luz pelo cérebro. Essa luz é então transportada através da

medula para a área da memória correspondente a determinado órgão que por sua

vez tem um chakra correspondente. Cada chakra envolve uma freqüência vibratória

que se manifesta na aura com determinada cor. Por exemplo: uma pessoa passa

por uma situação de medo, algo que a ameaça. Essa emoção tem a ver com

terceiro chakra, chamado umbilical, a freqüência da luz em que se transforma é o

amarelo. As imagens relativas a essa experiência ficarão localizadas na altura do

estômago, que é o principal órgão dessa área e a glândula correspondente é o

pâncreas. Aleixo descreve essa relação:

[...] o alimento de que nos servimos será transformado em energia pelo


corpo e também pelos neurônios; estas vibrações serão vermelhas e ficarão
armazenadas na parte de baixo da aura – aí reside nossa força vital. Outro
exemplo de energia vermelha é a sexual [...] Na região laranja as vibrações
estão mais ligadas ao emocional, à sensualidade [...] A cor amarela traduz
as emoções ligadas ao medo, às expectativas [...] No verde guardamos
nosso sentimentos mais ligados ao amor, aos amigos, à família, aos
amantes [...] O azul é a mente mais concreta; ao ler este livro, seus
neurônios estão traduzindo as palavras em azul-claro. Na cor índigo a mente
34

se amplia ainda mais e é nesta área que guardamos nossa capacidade de


observação mais profunda, nossa inteligência. Na cor violeta a memória
armazena o que existe de melhor em todas as nossas experiências – nesta
cor reside a capacidade de criar (ALEIXO, 1992, p. 30).

Resumindo a relação entre chakras, cores e órgãos, temos a seguinte

tabela:

CHAKRA COR ÒRGÃOS/GLÂNDULAS EMOÇÃO


Base Vermelho Órgão sexual, próstata / supra- Vitalidade, instintos,
renal impulsividade
Explênico Laranja Vesícula, ovários, útero, baço / Sentimentos do corpo,
gônadas sensualidade
Umbilical Amarelo Rins, estômago, parte dos Medos, inseguranças,
intestinos / pâncreas expectativas
Cardíaco Verde Coração, mamas, pulmões, Amor, amizade, família
fígado / timo
Laríngeo Azul Parte de baixo da boca, dentes / Mente concreta
tireóide
Frontal Índigo Ouvidos, olhos, nariz / pituitária Mente observadora, intuitiva

Coronário Violeta Cérebro e suas funções / pineal Mente inspirativa, criativa

Tabela 1 – Relação de chakras, cores e emoções.

De acordo com a tabela acima concluímos que cada chakra é

responsável por gerenciar determinados órgãos e glândulas, na forma de

comprimento de onda de luz. Todos os registros referentes as nossas experiências

são traduzidos em forma de luz e organizados em setores da nossa memória de

forma holográfica.

Podemos dizer que nossa memória não tem limites de armazenamento e

que a história da qual somos testemunhas, seja no tempo e no espaço, podem ser

acessadas.

Nossa psique, como forma de proteção ou bloqueio, devido a algum

trauma, por vezes esconde essas lembranças. Mas o campo magnético criado

quando chega ao seu limite de equilíbrio, acaba por se manifestar no físico na forma
35

de doenças. Nosso corpo nos dá esse aviso, para que façamos a mudança de

nosso padrão energético e novamente possamos entrar em harmonia.

A figura 1 mostra a localização dos chakras e das glândulas e a figura 2

mostra as cores correspondentes a cada chakra:

Figura 1 – Chakras e glândulas.

Figura 2 –Os chakras e as cores.

A partir desse entendimento foi possível traçar um paralelo com o

conhecimento do movimento dos campos magnéticos que circundam as plantas, de

forma a poder determinar como cada floral atuaria no paciente. Aleixo segue em

suas conclusões:

Durante anos em que trabalhei fazendo leitura de auras, mergulhando na


memória dos pacientes, pude ver claramente que as doenças não passam
de descargas energéticas das lembranças pessoais. Hoje não acredito mais
em doenças, e muito menos em tratamentos apenas a elas direcionados. É
preciso curar o mal, aquilo que está gravado na mente do doente, e que o
corpo está eliminando através dos órgãos, músculos ou ossos. A grande
vantagem que os florais nos trazem é exatamente a capacidade de penetrar
neste campo, de mergulhar no íntimo de cada ser que se propõe a reciclar
suas experiências e vivenciar as que o impulsionam em direção a uma vida
melhor (ALEIXO, 1992, p. 33).

4.3 Resgatando a alquimia

Os Florais Joel Aleixo – Alma e Equilíbrio, são feitos com base em

estudos a respeito de como os alquimistas manipulavam as ervas, desde o seu

plantio até o produto final utilizado no tratamento dos doentes. Respeitando as fases

da lua e também os ciclos astrológicos, os florais são elaborados levando em conta

a natureza própria de cada planta, resultando num “remédio vivo”, pronto para entrar

em ressonância com a consciência humana em sua totalidade.


36

Um exemplo de produção de florais seguindo esses princípios é descrito

em uma entrevista a revista Portais:

Existe um processo na alquimia que a gente obtém, do bagaço da planta, o


sal perfeito, através de temperaturas muito altas. Este processo resulta num
pó que é adicionado à essência líquida, previamente extraída, possibilitando
que a matriz molecular da planta volte a ser o que ela era antes. Tudo que é
vivo na face da terra se constitui de uma porção volátil, outra oleosa e do
sal.
[...] Quando eu faço alquimia, eu queimo o bagaço e transformo num sal
perfeito e no momento em que coloco o sal no líquido ele incorpora o volátil
ao oleoso, fazendo com que a matriz molecular da planta renasça. Isto é o
que os alquimistas chamavam de fênix, o renascer das cinzas (PORTAIS,
jan/fev 2000, p 12).

Os canteiros onde são cultivadas as ervas e flores são em formato de

mandalas, para a melhor circulação da energia. Há um cuidado no cultivo das

plantas, desde o preparo da terra, adubação natural, colheita e manipulação, para

garantir que o floral tenha todo o seu potencial vibratório a serviço da cura do ser

humano, seguindo os ensinamentos deixados pelos alquimistas. No jornal Círio de

setembro de 2004 temos:

Os canteiros, em formato de mandalas, permitem maior circulação de


energia e, mais do que isso, todas as plantas “sabem” que estão sendo
cuidadas para atuarem na cura da alma, como ensinavam os velhos
alquimistas. A colheita também segue um ritual de labor e oração, em
períodos astrológicos determinados e com pessoas centradas e equilibradas
no propósito de cura. [...] É através dessas técnicas e princípios utilizados
nos Florais Brasileiros, que Joel Aleixo não só resgata a alquimia, mas vai
gradativamente ampliando este trabalho que faz parte da “obra” e que está
dentro de cada um que se conecta com a proposta da cura (Círio, setembro
de 2004, p. 1).

Os Alquimistas não existiram somente na Idade Média, muito tempo

antes de Cristo já há registros de suas práticas, que não se restringiam ao

tratamento de doenças. Os Alquimistas praticavam uma filosofia que precisa ser

resgatada em nosso tempo.

Eles viviam em completa sintonia com Gaia, pois tratavam seus pacientes

levando em conta tudo que os cercava, a estação do ano, a configuração dos


37

planetas, os elementos que regem cada parte do dia, se era homem ou mulher, e

não somente o mal que o trouxe.

Hermes Trimegistos deixou o ensinamento que resume todo o significado

da alquimia. A “bíblia” dos alquimistas em sua linguagem simbólica registrada na

famosa Tábua de Esmeralda sintetiza o que ele chamou de Obra Solar, ou seja, um

tratado sobre a natureza de tudo que existe.

A Tábua de Esmeralda

“É verdadeiro, sem engano, certo e muito verdadeiro.


O que esta embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o
que está em embaixo; por tais coisas se fazem os milagres de uma coisa só.
Assim como todas as coisas são e procedem do Uno, assim todas as coisas
nasceram desta coisa única, por adaptação.
O sol é teu pai, a lua é tua mãe. O vento trouxe-a em seu ventre.
A Terra o alimenta e é o seu receptáculo.
O pai de tudo, o Telesma universal, está aqui.
A sua força permanece inteira quando se transforma em terra.
Separarás a terra do fogo, o sutil do espesso, suavemente, com grande habilidade.
Sobe da Terra ao Céu e desce novamente à Terra e recebe a força das coisas
superiores e das coisas inferiores.
Por este meio obterás a glória do mundo e toda a obscuridade se afastará de ti.
É a força forte de toda a força, pois vencerá toda coisa sutil e penetrarás toda coisa
sólida.
Assim o mundo foi criado; disso sairão adaptações admiráveis cujo meio é dado
aqui.
Por isto me chamam Hermes Trimegistos, porque possuo as três partes da
sabedoria do mundo inteiro.
O que disse sobre a operação do Sol está completo”.

Um dos mais conhecidos alquimistas da Idade Média foi Paracelsus,

médico suíço que revolucionou o trabalho de cura em sua época. Muitos seguiram

seus ensinamentos e até hoje são utilizados em muitos lugares no mundo. Em seu

livro Aleixo nos diz:

Os tratados de Paracelsus reacenderam a chama da Santa Inquisição, que


atribuía a estas idéias “demoníacas” o envolvimento com a bruxaria. A
alquimia e os alquimistas mudaram muito com as idéias deste médico e
uniram conhecimento em benefício da arte de curar. Nesta época as
perseguições “às bruxas” aumentaram muito e muitos escritos foram
queimados, junto com seus autores. Os que conseguiram sobreviver
38

deixaram obras traduzidas numa linguagem acessível àqueles que lêem


com o coração e a mente abertos ao que é fechado [...] (ALEIXO, 1992, p.
17).

O legado que os alquimistas deixaram tem grande valor em

conhecimento e sabedoria e devem ser resgatados, pois eles tratavam as pessoas

de modo a restaurar a ressonância com a natureza. Tratavam o Ser como parte

dessa natureza e não separado dela. E é esse Cuidar em sintonia com a natureza

que o Terapeuta deve trabalhar.

4.4 A dinâmica dos florais

Os Florais Brasileiros foram desenvolvidos em etapas distintas, evoluindo

junto com seu criador, em sete passos, que culminaram na criação da escola de

alquimia. A cada término de um trabalho, resultando num novo kit de essências

florais e toda uma nova abordagem de tratamento, outro processo de descoberta se

iniciava. Cada passo nesta evolução dos florais é um salto mais profundo na psique

humana.

Segue resumo dos tipos de florais e sua influência no Ser, extraído do

Jornal Círio de setembro de 2004, p. 2 e 3:

4.4.1 Florais básicos

São compostos por 99 essências divididas em 3 níveis de atuação no

campo emocional do Ser. Esses florais dizem ao terapeuta como está o momento

do paciente.

O primeiro nível provém de flores de ervas medicinais que têm um padrão

mais denso, por isso, promovem a descarga de sentimentos grosseiros ligados às


39

emoções, aos medos, às ansiedades, às expectativas e às raivas. Esses florais

limpam a memória de sentimentos grosseiros, preparando o caminho para os

demais florais.

O segundo nível dos florais básicos provém de flores, que não são ervas

medicinais, e que mergulham mais fundo na psique humana e no comportamento,

na linguagem onírica com seus símbolos que ajudam o Ser a se conhecer melhor.a

ter mais consciência de si próprio.

O terceiro nível dos florais são feitos de plantas especiais, pois dentre as

99, são apenas sete. Essas essências têm ressonância mais profunda na psique

humana e podem alterar o padrão vibratório da pessoa que a usa e também das

que estão a sua volta.

4.4.2 Florais alquímicos

Os Florais Alquímicos solares e lunares tem como objetivo, além do auto-

conhecimento, que a pessoa entre em contato com sua herança genética, herdada

de seus pais e até 4 gerações antes deles. As flores aqui usadas são as mesmas

dos florais básicos, porém são somente 49 delas e são enriquecidas com os sais

dessas plantas obtidas num processo alquímico de calcinação. Essas essências

ficam, assim, potencializadas para ancorar a energia dentro das células, morada do

DNA, buscando na pessoa a herança genética recebida de seus antepassados, a

nível físico e emocional. Esse tratamento segue os preceitos de Paracelsus, Nicolas

Flamel e outros alquimistas, em que o corpo necessita estar sempre criando

ressonância com sua alma para que possa adiantar seu processo de auto-

conhecimento.
40

4.4.3 Florais astrológicos

Esses florais trabalham o primeiro instante do Ser. São apenas 12 flores

que dão origem a 33 essências diferentes, elaboradas apenas uma vez por ano

quando o sol entra na constelação de Áries. Essas essências trabalham os campos

magnéticos da primeira respiração e trazem à consciência do espírito sua missão e

de seu propósito de vida, sua predestinação. Traz à consciência o caminho que o

Ser tem que percorrer ao longo de sua vida e dos seus propósitos nessa

encarnação. É um floral para o tratamento de pessoas que já passam pelos florais

básicos e alquímicos.

4.4.4 Florais minerais

Esses florais dão suporte aos florais astrológicos no corpo. Eles ajudam a

acelerar o processo de auto-conhecimento, transformando os padrões vibratórios

em padrões mais densos, permitindo que a pessoa possa perceber melhor a sua

alma interagindo com seu corpo.

4.4.5 Projeto phoenix

Direcionado para pacientes que apresentam quadros de doenças infecto-

contagiosas, levando-se em conta que os vírus e bactérias são seres da natureza,

portanto precisam ser tratados como tal. O objetivo maior desse projeto é educar o

paciente para que ele entre novamente em ressonância com seu ecossistema,

apoiado pelos florais. Fazer com que ele tome consciência que o mal não está fora

dele e sim dento dele; afinal, vírus e bactérias só encontram ressonância num corpo
41

quando existe um meio que favoreça sua manifestação. O paciente deve entender

que equilibrando o corpo físico e emocional, o invasor não terá mais um ambiente

para se desenvolver.

4.4.6 As três substâncias da alquimia

Essas essências são o resultado de estudos de alquimia que considera

que tudo que existe no universo é produto de três substâncias que eles chamavam

de mercurius, sal e sulphur. Isso significa que mercurius são os princípios voláteis; o

sal são os minerais e o sulphur são os princípios ativos oleosos. Quando um

tratamento floral é feito existe a tendência de estas três substâncias se separarem,

produzindo os conhecidos “surtos”. As três substâncias da alquimia são florais

desenvolvidos para evitar esses surtos, que podem aparecer no corpo físico, como

eliminação e também como mudanças bruscas de comportamento. Esse floral dá

suporte para que o paciente possa continuar seu tratamento, equilibrando as três

substâncias no seu corpo e na sua mente.

4.5 O tratamento com os florais

O tratamento com os florais segue um ritmo aberto, onde o terapeuta leva

em consideração o momento do paciente. Cuidamos aqui de falar do terapeuta

alquimista, aquele que já trilhou um caminho nesta senda e galgou os degraus da

escada que leva ao laboratório.

O paciente vem em busca do fogo que dá início ao movimento de retorno

ao seu equilíbrio, onde os florais vão ajudar nesse trabalho de despertar as

potencialidades adormecidas e, talvez, obscurecidas do seu ser. Neste momento é


42

levado em conta além da causa física e emocional, todo o contexto do ambiente em

que o paciente vive.

O terapeuta observa como e porque o paciente veio até ele, isso lhe diz o

que o paciente está trazendo, o que a história dele tem a ver com a sua; em que

parte do dia o paciente está chegando, isso lhe dá o elemento que está em

evidência; em que época do ano ele está chegando, isso mostra a configuração

cósmica do momento; se é homem ou mulher, pois o alquimista trata de maneira

diferente cada um; suas queixas físicas, que denotam como seu corpo reage; suas

queixas emocionais, que evidenciam os padrões que a ele estão vinculados.

Diante de todas as informações apresentadas o terapeuta desenvolve o

tratamento embasado em seus conhecimentos, direcionando a continuação

conforme o retorno do paciente. Dentre as respostas apresentadas pelo paciente

estão: a linguagem simbólica dos sonhos, mudanças emocionais, sentimentos em

relação ao tratamento, a resposta que seu corpo físico apresenta, o sentimento das

pessoas que o cercam.

Nesse momento de sintonia como paciente, o terapeuta tem consciência

de que todas as suas ações são direcionadas e estão navegando por uma realidade

holográfica, onde as leis da física quântica atuam. Ele sabe que os florais vão fazer

emergir sentimentos, pensamentos e emoções que terão que ser tratados com a

visão de quem tem o coração aberto para o campo sutil que envolve esse paciente.

Os florais têm esse potencial de cura, de despertar o paciente, de guiá-lo

para fora do caos em que se encontra.

A doença que o domina por uma fraqueza sua e por estar desconectado

do todo, enquanto assim ele o permitir, pode dominá-lo por muito tempo. No

momento em que o paciente tomar consciência disso, a doença deixa de existir,

finda-se o ambiente propício para ela, pois o paciente muda vibratoriamente e dessa
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forma se desfaz o campo magnético que a materializa.

O trabalho com os florais procura desvendar e despertar em cada Ser o

potencial latente de cura. Trazer novamente esse Ser para a harmonia com a sua

natureza interior e exterior. Cuidar de seu ecossistema para que ele entre

novamente em ressonância com a natureza da qual ele faz parte.


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5 METODOLOGIA

A metodologia usada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, tanto a

indicada durante o curso como outras fontes em sintonia com o propósito de

embasar as proposições aqui apresentadas.

Toda a pesquisa foi direcionada em livros cujos conteúdos têm grande

enfoque na nova ciência holística, isto é, com abrangência dentro da medicina

vibracional, que longe de ser um sonho de visionários, é uma realidade presente em

todo o mundo.
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6 CONCLUSÃO

Minha trajetória até hoje foi cercada por uma grande certeza, a de que

estou no caminho certo. Tenho plena convicção de que minha missão segue por

esse caminho que tem coração.

O Cuidar do Ser reforçou essa certeza, abriu novos horizontes e me

ensinou que para tratar e cuidar do Ser que vem em busca de ajuda e de recuperar

sua inteireza, devo ser realmente Terapeuta respeitando esse paciente em suas

dificuldades, e com toda a humildade colocar em prática o meu conhecimento a

serviço dessa comunhão de energias sutis.

Cuidar do Ser e integrá-lo novamente à natureza de sua existência em

ressonância com Gaia, a Mãe Terra, é meu objetivo.

A grande jornada do Ser Humano rumo ao seu equilíbrio, é a busca que

norteia sua evolução pessoal. Nesse caminho o Ser Humano, por vezes, se desvia

da rota, mas a centelha que o anima e que o faz parte da consciência universal

anseia pelo retorno harmônico ao seu curso. Trabalhar como terapeuta centrado no

tratamento do paciente com uma visão holística, integral e com o objetivo de ajudá-

lo a encontrar em seu caminho, essa é minha missão pessoal.

No estudo aqui apresentado, procurei objetivar a relação terapeuta –

paciente, sob a ótica da nova ciência no que concerne à visão holística,

transpessoal em paralelo com a medicina vibracional.

Concluí que somos agentes criadores de nossa realidade, ao mesmo

tempo que, nos tornamos prisioneiros dessa mesma realidade, que envolve tudo e

todos que estão a nossa volta.

Temos, pois, o poder de mudar essa realidade. Temos o livre arbítrio,


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podemos fazer novas escolhas e recriar nosso mundo pessoal. Mudando a nós

mesmos, nosso ambiente, nosso ecossistema, podemos mudar o mundo a nossa

volta. Esse poder é nosso e não devemos abrir mão porque somos responsáveis

pela realidade que construímos.

Nós temos a chance de criar um mundo novo. Somos a semente do

futuro e não há um tempo que essa tarefa termina, pois o tempo e o espaço são

relativos. O mundo não pára. Essa é a missão de cada um na Terra.


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REFERÊNCIAS

A DINÂMICA DOS FLORAIS BRASILEIROS. Jornal Círio – Luz do


Conhecimento. Porto Alegre, setembro de 2004, p. 2 e 3.
ALEIXO, Joel. Essências Florais Brasileiras, São Paulo: Ground, 1995, 191 p.
BRENNAN, Barbara Ann. Luz Emergente: A Jornada da Cura Pessoal, São Paulo:
Cultrix / Pensamento, 1993, 521 p.
BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz: Um Guia para a Cura através do Campo de
Energia Humana, São Paulo: Pensamento, 1987, 384 p.
CHOPRA, Deepak. A Cura Quântica: O Poder da Mente e da Consciência na
Busca da Saúde Integral, 18ª ed. São Paulo: Best Seller, 1989, 302 p.
FLORAIS ALQUÍMICOS – A memória física como alvo. Revista Portais, São
Leopoldo, Ano 3, Nro. 13, p. 8-4, janeiro/fevereiro de 2000.
GERBER, M.D., Richard. Medicina Vibracional: Uma Medicina para o Futuro, São
Paulo: Cultrix, 1988, 463 p.
GROF, Stanislav; BENNETT, Hal Zina. A Mente Holotrópica: Novos
Conhecimentos Sobre Psicologia e Pesquisa da Consciência, Rio de Janeiro:
Rocco, 1999, 279 p.
TALBOT, Michael. O Universo Holográfico: Uma perturbadora concepção da
realidade como um holograma gigante gerado pela mente, 5ª ed. São Paulo: Best
Seller, 1991, 390 p.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: Ética do humano – compaixão pela terra, 7ª ed.
Petrópolis: Vozes, 2001, 199 p.
BURGOS, Enio. Medicina Interior: A medicina do coração e da mente, Porto
Alegre: Bodigaya, 2003, 255 p.
CAPRA, Fritjof. O Tão da Física: Um paralelo entre a física moderna e o misticismo
oriental, São Paulo: Cultrix, 1983, 260 p.
DETHLEFSEN, Thorward; DAHLKE, Rüdiger. A Doença como Caminho: Uma
visão nova da cura como ponto de mutação em que um mal se deixa transformar
em bem, São Paulo: Cultrix, 1983, 262 p.
LASZLO, Ervin. Conexão Cósmica: Guia pessoal para a emergente visão da
ciência, Rio de Janeiro: Vozes, 1999, 232 p.
LELOUP, Jean-Yves. A Arte da Atenção: Para viver cada instante em sua
plenitude, São Paulo: Versus, 2000, 151 p.
LELOUP, Jean-Yves. Cuidar do Ser: Filon e os terapeutas de Alexandria,
Petrópolis: Vozes, 2002, 150 p.
WEIL, Pierre. A Arte de Viver em Paz, 5ª ed. São Paulo: Gente, 1990, 93 p.

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