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MATERIAL DIDÁTICO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
UNIDADE 1 – PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO ............ 7
UNIDADE 2 – COMPORTAMENTO E SAÚDE ........................................................ 12
2.1 Comportamento saudável X comportamento de risco ......................................... 12
2.2 Procurando tratamento ........................................................................................ 32
2.3 Adesão ao tratamento ......................................................................................... 39
UNIDADE 3 – EQUIPE INTERDISCIPLINAR ........................................................... 41
UNIDADE 4 – PSICÓLOGO CLÍNICO X PSICÓLOGO HOSPITALAR X
PSICÓLOGO DA SAÚDE ......................................................................................... 45
UNIDADE 5 – O PSICÓLOGO NA SAÚDE PÚBLICA ............................................. 52
5.1 Histórico .............................................................................................................. 53
5.2 Psicólogo no SUS ............................................................................................... 57
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 66
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
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INTRODUÇÃO
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estigma de serem pessoas que “liam a mente” dos outros. A clientela não podia ser
diferente: pessoas abastadas, que podiam “se dar ao luxo de sofrer de problemas
psicológicos, coisa de rico”. Nesse contexto a psicologia foi se consolidando como
uma prática exercida por alguns e cujos benefícios também eram estendidos
somente àqueles que poderiam pagar por ela. Em termos simbólicos, fica
compreendido que o paciente paga um preço para se desvencilhar de seu sintoma.
Além dessa visão elitista, outros estigmas eram também associados à psicologia,
tais como “profissional que atende doidos”, “curso que não dá futuro”, dentre outras
visões que acabavam por afastar tanto futuros profissionais quanto os pacientes da
psicologia.
Frente a isso tudo, uma corrente divergente começou a surgir. A psicologia
vem passando por uma mudança de paradigma, a qual reflete o contexto sócio-
histórico e cultural pelo qual o Brasil vem passando, principalmente nas três últimas
décadas. Com a criação do SUS – Sistema Único de Saúde – e a compreensão das
doenças a partir de uma perspectiva biopsicossocial a psicologia desponta,
juntamente com várias outras profissões que compõem a equipe multiprofissional
em saúde, como uma possibilidade para promover a saúde mental de todos aqueles
que sofrem, inclusive os que não podem pagar pelos tratamentos tradicionais nos
consultórios. Mas quem irá pagar para ficar livre do seu sintoma? Nos ambulatórios
assistencialistas mais clássicos (como as clínicas-escola e os atendimentos
psicológicos que costumam acontecer em ambulatórios de igrejas e outros espaços
voltados à população carente) paga-se um preço simbólico pelo tratamento, mas no
SUS não pode haver esse pagamento em espécie, os profissionais, os espaços e
todo o tratamento em si é custeado pelos impostos arrecadados de todos os
cidadãos brasileiros, os quais têm o direito de usufruir da assistência.
Observa-se que com essa mudança, o psicólogo encontra mais campo de
trabalho. Muitos almejam ser aprovados num concurso público, porém, para que a
prática do profissional da psicologia seja realmente eficaz, ela precisa acompanhar
as mudanças que o contexto de saúde brasileiro vem sofrendo ao longo dos anos. A
mudança precisa começar na graduação, onde se modifica o foco de formar apenas
psicólogos clínicos para atuar em consultórios particulares. Esses profissionais são
importantes e têm seu espaço de atuação garantido (ainda mais na última década,
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a) Promoção da saúde
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prevenção primária são usar cinto de segurança, seguir uma boa nutrição,
fazer exercícios, não fumar, manter padrões saudáveis de sono e fazer
exames de saúde regularmente (STRAUB, 2014, p.153).
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Prevenção terciária envolve ações para conter ou retardar danos uma vez
que a doença já tenha avançado além de seus estágios iniciais. Um
exemplo de prevenção terciária é o uso de radioterapia ou quimioterapia
para destruir um tumor. A prevenção terciária também busca reabilitar as
pessoas ao maior nível possível (STRAUB, 2014, p.153).
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Nessa perspectiva, fica evidente que o estado de ser saudável não é algo
estático; pelo contrário, é necessário adquiri-lo e reconstruí-lo de forma
individualizada e constantemente ao longo de toda a vida, oferecendo
indícios de que a saúde é também domínio educacional e, por sua vez,
deva ser tratada não apenas com base em referências de natureza
biológica e higienista, mas, sobretudo num contexto didático-pedagógico
(GUEDES; GUEDES, 1995, p. 11).
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a) Atividade física
Como temos enfatizado a importância da prevenção, iniciaremos falando
sobre uma estratégia de prevenção que, em muitos casos, envolve a mudança de
comportamentos não saudáveis, muitos deles praticados durante muitos anos de
vida: a atividade física.
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O que foi abordado sobre a atividade física não é nenhuma novidade nos
meios acadêmicos e mesmo nas conversas informais, onde o apelo pela vida
saudável é cada vez mais evidente. Entretanto, isso parece mais conversa de
profissionais da educação física do que de psicólogos, não é mesmo? Ao contrário
do que possa parecer num contato inicial, a questão da atividade física na promoção
da saúde também é área de interesse do psicólogo por envolver a questão de uma
possível modificação de comportamento. A citação a seguir deixa isso bem claro:
b) Obesidade
A obesidade precisa ser compreendida como um fenômeno biopsicossocial,
ou seja, suas causas e consequências atingem o indivíduo em todas as suas
dimensões. Dentre os fatores biológicos, destaca-se o papel da hereditariedade (em
interação com os fatores ambientais – padrão alimentar e nível de atividade física)
(STRAUB, 2014).
Para o psicólogo, os fatores psicossociais envolvidos à obesidade são os
que mais merecem destaque. Os padrões de fome e alimentação variam
individualmente. Como a maioria das confraternizações e eventos sociais envolvem
a alimentação, é comum associar o estresse à ingestão de certos tipos de alimentos,
ou seja, em situações de estresse agudo ou crônico as pessoas tendem a comer
mais (STRAUB, 2014).
Segundo Nieman (1999), dentre os riscos associados à obesidade podem-se
destacar dificuldades emocionais (como baixa autoestima e depressão) aumento de
osteoartrite; aumento de incidência de hipertensão arterial e diabetes; aumento dos
níveis de colesterol; aumento dos riscos de doença cardíaca, câncer e morte
prematura. O autor pontua que um dos grandes problemas é que a maioria dos
tratamentos enfoca a obesidade como uma doença aguda (que se resolve num curto
período de tempo), sendo que, na verdade, é uma doença crônica (como a
hipertensão arterial).
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c) Transtornos alimentares
Assim como ocorre com a obesidade, os transtornos alimentares são um
problema muito frequente na atualidade e merecem a atenção da equipe
multidisciplinar em saúde, em especial o psicólogo. Falaremos aqui sobre a anorexia
nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno dismórfico corporal (vigorexia).
Numa sociedade marcada pelo culto ao corpo, onde a necessidade de se
mostrar se faz evidente, marcada pela busca incessante aos ideais de beleza
impostos pela mídia, os quais são muitas vezes inatingíveis pela maioria das
pessoas, os transtornos alimentares e da imagem corporal tornam proporções
alarmantes.
Dentre os fatores psicológicos, um que merece destaque é a autoestima. Ter
uma boa autoestima é fator protetor não apenas para os transtornos alimentares,
mas, sem sombra de dúvidas, uma pessoa com boa autoestima é uma pessoa mais
saudável, que lida melhor com as adversidades impostas pela vida. Mas, o que é
autoestima? Segundo Papalia, Olds e Feldman (2006), autoestima significa gostar
de si mesmo de modo genuíno e altruísta; não se trata de excesso de valorização de
si mesmo ou de arrogância e egocentrismo. Gostamos do que realmente somos,
aceitando nossas próprias habilidades e limitações. O papel do outro é importante
no desenvolvimento da autoestima, sejam eles familiares, amigos, ou mesmo
desconhecidos. Afirmar que um sujeito possui uma autoestima elevada é o mesmo
que dizer que ele tem um julgamento positivo de si mesmo.
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• Anorexia
Segundo Borges e colaboradores (2006), a anorexia nervosa é um
transtorno alimentar que se caracteriza por perda significativa de peso que acontece
após ocorrência de dieta extremamente restrita. A pessoa que sofre com esse
transtorno apresenta uma verdadeira busca desenfreada pelo padrão de magreza
que deseja atingir e a sua autoimagem encontra-se distorcida. Além disso, as
mulheres com esse problema começam a apresentar alterações do ciclo menstrual.
O portador da anorexia nervosa possui o agravante de não se enxergar
como anormal, correndo sério risco de morte por inanição ou devido a complicações
decorrentes de seu estado de saúde. Durante as refeições observa-se que essas
pessoas beliscam a comida, remexem o prato, comem alimentos pouco calóricos e
mentem sobre a sua alimentação (WEINBERG; GOULD, 2006).
• Bulimia
Normalmente, os bulímicos são pessoas de baixa autoestima que se tornam
depressivas e, num comportamento compulsivo, comem excessivamente numa
tentativa de se sentirem melhor. Porém, com a ingesta excessiva surge o sentimento
de culpa, assim o indivíduo induz o vômito ou toma laxantes numa tentativa de
expelir o que foi ingerido compulsivamente. Ao contrário do que acontece com o
anoréxico, o bulímico sabe que tem um problema, porém em alguns casos a bulimia
pode levar à anorexia. No dia a dia é comum observar que essas pessoas
escondem comida e desaparecem após as refeições (normalmente é comum o
vômito ou a diarreia como efeito dos laxantes) (WEINBERG; GOULD, 2006).
A bulimia caracteriza-se, então, por um comportamento compulsivo seguido
da purgação. Diferente do que acontece com a anorexia nervosa, esse transtorno
dificilmente leva ao óbito, porém também implica em consequências graves, tais
como dependência de laxantes; hipoglicemia; dentes danificados pelo ácido
clorídrico presente do vômito frequente; sangramento do estômago devido à indução
dos vômitos; anemia e desequilíbrio dos eletrólitos causados pela frequente perda
de minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo (STRAUB, 2014).
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d) Abuso de substâncias
A questão do abuso de substâncias é algo que merece ser discutido em
nossa sociedade. Enquanto algumas substâncias, como o álcool, são bem vistas em
reuniões sociais e até mesmo em ritos religiosos, outras, tais como as drogas ilícitas,
medicamentos que causam dependência e tabaco não são bem vistos. De qualquer
forma, ressalta-se que todas as substâncias são fonte de prazer para as pessoas
que delas fazem uso, porém o abuso das mesmas pode ser extremamente nocivo à
saúde.
O abuso de substâncias pode ser compreendido como o uso de qualquer
substância em um nível que interfira negativamente nos domínios biológico,
psicológico ou social nos quais o indivíduo encontra-se inserido. Algumas dessas
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A busca de ajuda é uma etapa muito importante nas situações que envolvem
o binômio saúde-doença. Sabe-se que em determinadas situações as chances de
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sucesso de determinado tratamento se fazem maiores quanto mais cedo for seu
diagnóstico.
Partimos do pressuposto de que, em muitas situações, o próprio paciente
nota que há algo de errado com ele (do ponto de vista biopsicossocial) e, a partir
dessa constatação, ele se dirige a um profissional de saúde em busca de verificar o
que realmente está ocorrendo para, a partir daí, iniciar o tratamento adequado.
Entretanto, nem sempre é isso que acontece, algumas pessoas, por determinados
motivos, não buscam socorro logo. Quando falamos de pedir ajuda profissional,
normalmente pensamos no médico, porém, dependendo do problema, o paciente
pode buscar outros profissionais da equipe de saúde, inclusive o psicólogo. Na
saúde pública isso não acontece devido à dinâmica do SUS, nem no contexto dos
planos de saúde, já que em ambos os casos se faz necessário o encaminhamento
do médico.
Em relação ao psicólogo, como foi falado na primeira apostila do curso, em
contextos ambulatoriais (consultório, clínica e ambulatório) é o paciente quem vai até
o profissional em busca de ajuda, porém, em contexto hospitalar, o movimento é
oposto, como o paciente se encontra impossibilitado, na maioria das vezes, é o
psicólogo que vai até ele a partir de algum encaminhamento de outro profissional
que compreende que há uma queixa psicológica.
A comunicação profissional-paciente é um ponto chave num momento inicial,
como expresso na citação a seguir:
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alguns dos motivos que levam as pessoas a não buscarem auxílio profissional
quando sentem algo anormal:
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[...] Homem é durão, homem não fica doente. “Magina! Você vai no médico
pra quê? Tá tudo bem, você tá forte aí” (Enfermeira, 26a).
[...] culturalmente, foi desenvolvida essa preocupação maior com a mulher.
Até porque é maior a quantidade de doença, ela acabou sendo mais
cuidadosa (Enfermeiro, 30a) (COSTA-JÚNIOR; MAIA, 2010, p.22).
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a) Psicólogo clínico
Definir quem é o psicólogo clínico não é uma questão simplista. Como
pontuaremos no item a seguir, em diversas modalidades institucionais nas quais o
psicólogo possa estar inserido (dentre elas a hospitalar), muitos profissionais
acabam por “exercer uma prática clínica” mesmo fora do contexto clássico: a clínica
(particular, clínica-escola, UAPs, social – voltada à população de baixa renda com o
pagamento de um valor simbólico). É redundante, mas partiremos do pressuposto
de que o psicólogo clínico é o profissional graduado em psicologia que exerce a
Psicologia Clínica (não tocaremos aqui na questão da especialização, o que será
abordado numa breve ocasião).
Mas o que é a Psicologia Clínica? Começaremos essa tentativa de
explanação utilizando as palavras de Ribeiro e Leal (1996), os quais compreendem
a psicologia clínica como uma metodologia de intervenção que privilegia a relação
que se estabelece entre o profissional e o cliente. A partir de diferentes linhas
teóricas, este profissional visa decodificar o conteúdo que o cliente leva até a ele.
Esse conteúdo é vivido pelo paciente como sofrimento, mal-estar e desadaptação e
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b) Psicólogo hospitalar
Através da Resolução 014/00 o CFP discorre acerca da instituição do título
de especialista em psicologia que é concedido pelo respectivo Conselho. Esse é um
ponto que precisa ser ressaltado, em especial num curso de pós-graduação, para se
evitar possíveis divergências de interpretação.
Entende-se, de maneira bem simplificada, que o Título Profissional de
Especialista é concedido pelo CFP, conforme regulamentado pela Resolução 014/00
(CFP, 2000), o que será detalhado a seguir. Por outro lado, os cursos de pós-
graduação são aqueles oferecidos por instituições reconhecidas pelo MEC (como o
nosso caso).
Lazzaretti et al. (2007) elucidam que, independente da titulação, é
importante que o psicólogo hospitalar se mantenha sempre atualizado em função
das constantes transformações que acontecem na área da saúde.
Segundo o CFP (2001), o psicólogo Especialista em Psicologia Hospitalar:
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c) Psicólogo da saúde
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5.1 Histórico
Detalhar fatos relevantes acerca da história da saúde pública no Brasil é
demasiadamente complexo e, além de demandar muito tempo, fugiria
completamente do objetivo desse material. Porém, é importante que o psicólogo
hospitalar e da saúde compreenda como se deu a inserção de seus colegas de
profissão nesse contexto – profissão que anteriormente era considerada elitista.
Assim, iremos citar alguns fatos pertinentes que ocorreram no decorrer do contexto
histórico e favoreceram a atuação do psicólogo dentro dos contextos públicos de
saúde brasileiros.
A definição de saúde pública não é simplista para ser esgotada aqui, porém,
concordamos com a definição de Lazzaretti et al. (2007) que, de maneira bastante
sucinta, elucidam sobre políticas públicas que:
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seu meio, além de também visar à reabilitação da saúde (CONTINI, 2001 apud
RONZANI; RODRIGUES, 2005).
não contemplavam uma classe de pessoas: os menos favorecidos, que não podiam
pagar pelo serviço, ou que não trabalhavam regularmente. O SUS surge como uma
forma de prestar atendimento a todas as pessoas em território nacional, sem
nenhum tipo de discriminação:
Assim,
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