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CURSO DE PEDAGOGIA
Porto Velho-RO
2022
EDNA MARIA ALVES DA SILVA – UP: 19202654
ÉRICA FELÍCIO OLIVEIRA – UP: 20104634
JAQUELINE MARIA CARDOZO FIGUEIRA – UP: 19220037
MARIA TAINÁ PINHEIRO SILVA – UP: 19218187
Avaliação: ( )
Avaliado por:
Agradecemos a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a elaboração deste
TCC, apoio de familiares, ao Tradutor Intérprete de Língua de Sinais - TILS Prof. Miguel
Soares da Luz Filho, que nos incentivou à coletar informação mediante a pesquisa de campo,
aos alunos Surdos das escolas de Porto velho, colegas de sala, professores que contribuíram
com o enriquecimento teórico-prático da prática pedagógica exercida em escola de Ensino
regular no Município de Porto velho, bem como a todos os professores desta Instituição
Faculdade Paulista - UNIP Porto Velho, do curso de graduação em Pedagogia e a professora
orientadora Maria Lúcia Tenório, que com muito discernimento, didática, amabilidade e
atenção nos apoiou e orientou neste trabalho.
“Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a
pessoa”.
Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a
língua é parte de nós mesmos.
Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é
importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito
de ser surdo. “Nós não devemos mudá-los, devemos
ensiná-los, ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser”
Terje Basilier
RESUMO
Este estudo teve por finalidade trazer a tona o tema da Inclusão do Aluno Surdo nas escolas
do município de Porto velho/RO, nele foi feita uma suma de como vem ocorrendo o ensino de
surdo nas escolas, como é essa inclusão, e os meios para introduzir a Língua de Sinais Libras
no aprendizado e auxiliando a inserção destes alunos como recurso aumentativo e alternativo
no meio educacional, para aquisição e construção do conhecimento. Com a utilização da L1
como primeira língua - Libras e L2 - como segunda língua portuguesa em sua modalidade
escrita para surdos. Podemos aqui afirmar que o grande desafio desses alunos esteve por anos
entrelaçado a um sistema hegemônico, onde a inclusão não encontrava meios de sobreviver e
o surdo, passava a viver de forma despercebida. Porém, como foco do nosso trabalho, fomos
aqui, em busca de informações da Lei de amparo a estes alunos Lei: LEI Nº 10.436, DE 24
DE ABRIL DE 2002. Regulamento. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá
outras providências. e o Dec.: 5626/05, que formaliza e expressa o direito à assistência de
Serviço de Saúde Pública à Surdez. Por este estudo deixamos claro que a educação do surdo
não pode ser tratada de forma alheia, ela está na nossa heterogeneidade o que nos torna parte
e, portanto é sociocultural, devemos incluir e conviver de forma igualitária, digna, com
respeito à diferença linguística inerente ao sujeito surdo, que estão em nossas escolas, em
nossa família, na sociedade e precisam sentir-se aceitas no meio.
O que se espera enfim é que neste estudo possamos todos entender que o surdo não é
deficiente ou alguém com uma doença, e não é o surdo que deve mudar e se submeter a
exclusões ou a métodos forçado do aprendizado oralizado, e sim é o meio que deve mudar sua
concepção e passar a buscar viver em sociedade com o mesmo, aprendendo desde o seio
familiar a língua de sinais, onde o surdo se sente valorizado e acolhido.
1.4 OBJETIVOS................................................................................................................ 13
1.4.2 Específicos............................................................................................................... 13
3.3 POPULAÇÃO............................................................................................................ 18
3.4 AMOSTRA................................................................................................................. 18
7.0 ANEXOS............................................................................................................................. 27
CAPÍTULO I - MARCO INTRODUTÓRIO
1.1 TEMA DE INVESTIGAÇÃO : A Inclusão dos alunos surdos nas Escolas do Município de Porto
Velho.
Artigo 2
Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às
limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas
exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
Para tanto se, a igualdade, liberdade e individualidade, são as bases de toda luta no
mundo quando se fala em direitos humanos, pensamos que desde então a educação já deveria
ter tido uma luta, um aprimoramento em busca do tal respeito e igualdade do saber.
Toda escola deve ter a dispor um profissional formado em Libras para atender este
público, que é o intérprete de Libras, o tradutor de Línguas de Sinais, pois é por meio
dele(tradutor) que o aluno surdo irá interagir e acompanhar as atividades bem como o
desenvolver do saber em sala de aula.
Segundo Costa (1994), na etiologia da surdez podem ser identificadas pelo menos três
causas: 1) a surdez de origem hereditária, 2) surdez adquirida pré-natal e 3) surdez adquirida
pós-natal. Para o diagnóstico da surdez hereditária deve ser feito um estudo de genética e
genealogia. A surdez adquirida pré-natal incide de uma infecção ou de um fator traumático
durante a vida intrauterina. A surdez pós-natal é adquirida após o nascimento e pode ocorrer
por diversas infecções como: meningite; otite; rubéola; sífilis; encefalitis, toxoplasmose e
gripe.
A atual conjuntura social que trata da inclusão teve seu início enquanto estrutura
política em 1994 com a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), traz uma novidade a
partir do conceito de inclusão e principalmente abrindo espaço para que a língua de sinais seja
um referencial na comunicação e ensino-aprendizagem dos surdos, também desempenhou
importante papel na intensificação das lutas dos movimentos surdos em prol de uma
terminologia que de fato os representassem.
Ao buscarem modificações na terminologia, buscaram também a compreensão social
para além da deficiência, ou seja; os sujeitos que não se identificavam com a perspectiva
clínica da surdez e com os rituais de normalização em nome da integração, se apropriaram de
outro conceito que lhes permitia e permite serem compreendidos para além das limitações de
ouvirem ou não em nível e graus, mas que identificam para o desenvolvimento, superação,
cultura e identidades. Para tanto a concepção sociantropológica, destaca-se pela luta para que
o surdo seja reconhecido e identificado por meio da sua diferença linguística, como trata o
decreto 5626/05:
O aluno surdo deve ser diagnosticado e tão logo matriculado em uma escola bilíngue e
ou direcionado a uma unidade de ensino público próximo a sua casa com onde deveria por lei
ter um tradutor de linguagem de sinais para que o mesmo possa ser acolhido ainda nas séries
iniciais para aprender a língua materna Libras e Portugues. Mas, vale ressaltar que é de muito
valia que seus pais ou cuidador possam também desenvolver o conhecimento da Língua de
Sinais, para que a criança possa ser antes de tudo aceita em casa, no seu meio e posterior na
sociedade.
Levantar a bandeira do aluno surdo, onde muito se ouve falar em inclusão, a escola
para todos, com decretos, leis e diretrizes de políticas públicas de inclusão editadas em
documentos pela BNCC, LDB, CF, ECA e entre outros,. Porém o que vemos nas escolas
seguem o “protocolo” e recebem crianças com sua diversidade e as colocam juntas com as
tidas como normais, para o saber, porém o que fazem os gestores educacionais e professores é
seguir o que manda a Lei da erradicação do analfabetismo no país, e batem seus números em
quantitativo, mas não se incomodam com o qualitativo, e assim passa-se tempos e quem perde
é a criança.
Contudo, afirmamos neste estudo que a Inclusão do aluno Surdo deve antes de tudo
ocorrer em casa, no seu habitat para então, vir a busca de espaço no meio. “ Neste contexto,
segundo Ronice M. Quadro (2004) as línguas expressam a capacidade específica dos seres
humanos para a linguagem, expressam as culturas, os valores e os padrões sociais de um
determinado grupo social. Os surdos brasileiros usam a língua de sinais brasileira, uma
língua visual-espacial que apresenta todas as propriedades específicas das línguas
humanas.”
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da
Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização
corrente das comunidades surdas do Brasil.
1.4-OBJETIVOS:
Quanto à inclusão do aluno surdo no sistema de ensino regular escolar, além de enfatizar
a necessidade de preparar mais professores bilíngues para o ensino LIBRAS e língua portuguesa
como segunda língua do aluno surdo. Há também que ser preparado toda a metodologia, pois
estes alunos não podem e não devem ser discriminados e sim acolhidos e aceitos com suas
especificidades.
1.4. 2-Específicos:
a) Identificar como os professores acomodam seus argumentos teóricos para organizar sua
ação pedagógica voltada na educação do aluno surdo;
d) Reconhecer que experiências foram vivenciadas pelos professores e alunos surdos diante do
processo de ensino aprendizagem.
1.5-JUSTIFICATIVA DA INVESTIGAÇÃO
A educação dos surdos iniciou com um monge beneditino Pedro Ponce Léon, que
dedicou toda sua vida na educação dos filhos surdos da nobreza espanhola, na época eram
chamados de “loucos” e portadores de “demência”, mas o monge percebeu( a deficiência em
ouvir, surdez e se propôs a introduzi-los no cristianismo(religião da época).
Huet também era surdo. Sua didática foi a primeira a usar a Língua de Sinais, cujo
ele, o criador. Ao sentir-se valorizados, os surdos responderam satisfatoriamente. Logo três
anos após, ele apresentou ao público uma turma de sete alunos, todos eles capazes e
alfabetizados, seja na língua de sinais, seja em portugues.
Desde então, foi inaugurada a Escola Bilíngue em Porto Velho/RO. Conforme pesquisa, no ano
de 2021, havia registro de 85 alunos matriculados e com 11 professores para o ensino de
aprendizado do pré ao 5º ano do fundamental. Onde os alunos sentem-se acolhidos, podem
desenvolver o conhecimento e as relações sociais, pois na alfabetização a criança passa a
conhecer o mundo exterior e com isso pode ensinar seus familiares o uso da Libras. Nela
(escola), os pais ou responsáveis podem também buscar auxílio para o então ensino da língua de
sinais, há profissionais capacitados para dar esse suporte a quem buscar.
As condições para isso serão definidas nos regulamentos dos sistemas de ensino, que
deverão prever a necessidade de professores bilíngues, tradutores e intérpretes, além de
tecnologias de comunicação em Libras. Os regulamentos também deverão tratar do acesso ao
aprendizado da Libras da comunidade estudantil ouvinte (não surda) e dos pais ou responsáveis
pelos alunos que tenham deficiência auditiva. Segundo o projeto, os sistemas de ensino terão
prazo de três anos para implementar as exigências estabelecidas na nova lei.
3.3- POPULAÇÃO
A população que faz parte da investigação, foi constituída pelos professores que atuam
em sala de aula comum com turmas de educação inclusiva, que corresponde desde a Creche, o
Pré-escolar I e até o ensino fundamental de 5º ano das escolas pesquisadas no município de
Porto Velho/RO. Uma vez que a inclusão ao aluno surdo, deve seguir os parâmetros
educacionais do sistema único de ensino do município, estado e do país.
Também podemos aqui, ter contribuição dos professores que atuam na escola Bilíngue
do município, que já vivenciam a inclusão. Tivemos nesta pesquisa, dados e informações
coletadas de alguns intérpretes de Libras, cuja dedicação e zelo destes com a inclusão é deveras
admirável.
3.4- AMOSTRA
A amostra abrange 100% dos professores pesquisados, e que atuam em sala de aula
com turmas constituídas por alunos surdos, ou seja, todos os professores, totalizando um
número de 25 professores, da rede de ensino da cidade de Porto velho/RO.
Professores das séries iniciais com sala de aula média 20 crianças(rede pública e
privada).
3.5. INSTRUMENTO, MÉTODO E TÉCNICA PARA COLHER INFORMAÇÕES.
Este estudo foi baseado em leitura de livros eletrônicos, artigos publicados sobre
assunto(pesquisa científica) e também fora elaborado um questionário qualitativo cujo foco foi
unicamente voltado para nosso Trabalho de Término de Curso-TCC, onde nele foi desenvolvido
diversas perguntas voltadas à Inclusão do Aluno Surdo nas Escolas do Município de Porto velho.
De acordo com a lei 10.436| 02 LIBRAS foi reconhecida e oficializada como língua no
território brasileiro , e vem abrindo caminhos para que as pessoas surdas sejam respeitadas e se
integrem ao meio em que vivem , entretanto , os ouvintes raramente tem o conhecimento e
domínio de LIBRAS e faltam a grande maioria das escolas e professores com esse
conhecimento para receber alunos surdos em suas turmas .
A pesquisa se volta para seu tema considerando que, sabendo que o uso da LIBRAS
permite ao indivíduo surdo a melhor inclusão na sociedade é importante dar ênfase a todas as
maneiras de facilitar essa comunicação e, consequentemente, a inclusão.
Ao avaliar a qualidade de ensino voltado para a inclusão do aluno surdo, é notório que
faltam professores capacitados, treinados e qualificados para receber este público, que quase
sempre é da escola pública. Boa parte desses profissionais da educação básica, faltam preparo,
faltam dedicação e o mais importante, o reconhecimento do sistema econômico público.
Esta pesquisa qualitativa, deu-se nas escolas públicas tradicionais e também na escola
bilíngue do município, onde a inclusão no papel existe, é uma meta a seguir, imposta por lei e
diretrizes básicas, mas que, infelizmente, "quase sempre no papel”.
Conforme o gráfico, usamos Sim ou Não para facilitar resultados e podemos notar o quão
nossos professores são falhos no tatar dos alunos surdos, pois as questões de números: 05,06 e 09
expressam que não há este preparo, faltam intérpretes, faltam ajuda para essas crianças que
ocupam lugar em sala, mas que muitas jamais conhecerão o colorido do saber, a não ser que os
professores possam falar por eles e não ficar na omissão, o que eles já tem em casa.
No município há inclusão, porém para um percentual pequeno. O que vimos nesta é que,
necessitamos de mais intérpretes na rede de ensino, avançar um pouco mais, sair do papel e ser
algo para todos, que englobe toda a rede de ensino do município de Porto velho/RO.
4. CRONOGRAMA DA PESQUISA
FORMAÇÃO DO GRUPO X
ESCOLHA DO TEMA/PESQUISA X
PESQUISA DE CAMPO X X
REVISÃO DO MATERIAL X
ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL
TEÓRICO X
ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO
TRABALHO X
REVISÃO DO TRABALHO X X
REVISÃO FINAL X X
Buscamos aqui nesta pesquisa, contribuir com os resultados da pesquisa acadêmica, ora
desenvolvida e que nos levou a entender um pouco da falta da inclusão do surdo no município.
HTTPS://www.scielo.br
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/
https://modeloinicial.com.br/lei/DEC-5626-2005/decreto-5626
https://w.w.w.ri.unir.br
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/211/o/INCLUS%C3%83O-ESCOLARMaria-Teresa-Egl%
C3%A9r-Mantoan-Inclus%C3%A3o-Escolar.pdf
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25255_12185.pdf
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/08/30/obrigatoriedade-da-oferta-de-libras-n
a-educacao-basica-passa-na-cd
https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2013/04/primeira-escola-para-surdos-de-ro-abre-matriculas-partir-de-segu
nda.htm
https://editora-arara-azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/6
BNCC
ECA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ANEXOS
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Prezado(a) Professor(a),
Este questionário é parte da pesquisa do TCC Inclusão do Surdo nas Escolas Municipais de Porto
Velho, sobre o qual tem a finalidade de colher informações referente ao trabalho desenvolvido em
sala de aula dessa instituição de ensino.
Ressalto que sua identificação pode ser anônima, uma vez que o resultado será utilizado
exclusivamente para esta pesquisa. Responda por favor, cada pergunta de acordo com a sua
opinião.
QUESTIONÁRIO
( ) Sim ( ) Não
2 - Você já participou de alguma capacitação tais como: curso, palestras seminários, conferência
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
4 - Em sua sala de aulas, você oportuniza para seus alunos surdos, o uso exclusivo da LIBRAS?
( ) Sim ( ) Não
5 - Você se considera apto para se comunicar de forma pedagógica com seu aluno surdo?
( ) Sim ( )Não
6-Em sua sala de aula você dispõe de um profissional Interprete de LIBRAS, como apoio
pedagógico?
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
R: