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Director editorial: Egídio Plácido | Maputo, 27 de Julho de 2023 |Ano XIV | nº 1062 mt Começa hoje
50,00

Brazão Muzula sugere reformulação do ensino secundário

É frustrante ter 12ª classe e ser inútil para trabalhar

Derrame cerebral, asfixia ou falta de manta, qual foi a causa?
Polícia engasgada tenta explicar morte de Cebolinha
Guebuza nem sequer aceitou ser revistado pelos advogados da PGR

Ficheiros das dívidas

ocultas foram apagados
na Presidência e no SISE
Apresentadora não foi expulsa da TV Sucesso

Eunice Andrade desafia

Maputo nas autárquicas
2| zambeze | destaques | Quinta-feira, 27 de Julho de 2023

Eunice Andrade é cabeça-de-lista da ND e

continua de “pedra e cal” na TV Sucesso
A apresentadora de televisão, Eunice Andrade (de 44
anos), foi anunciada no pretérito fim-de-semana como
cabeça-de-lista do partido Nova Democracia (ND) para as
eleições de 11 de Outubro próximo. Na luta pelo cargo de edil
da capital moçambicana, Eunice Andrade terá concorrência
forte, sobretudo de Razaque Manhique, do partido Frelimo, e

É
Venâncio Mondlane, em representação do partido Renamo.

uma aposta facto de a TV Sucesso ser li-

forte da ND,
sobretudo
porque a cida-
de de Maputo
nunca foi dirigida por uma
mulher, e também por ser o
município mais importante do
país, que para além de ser a
capital é o centro da econo-
mia moçambicana. Andrade
tem a vantagem de ser a mais
popular entre todos os candi-
datos, pese embora não tenha
nenhuma experiência política.
“A ND traz como mani-
festo para a cidade das acá-
cias aquilo que é preocupação
dos munícipes, aquilo que é
a preocupação das mulheres.
Então, é tempo de vencer’”,
afirmou Eunice Andrade.
Entretanto, contrariamen-
te ao que está sendo veicula-
do em alguns órgãos de co-
municação social e nas redes
sociais, Eunice Andrade não
foi demitida na TV Sucesso.
A apresentadora saiu do ar no
programa que vinha apresen-
tando juntamente com o can-
tar Ivo Mahel, mas continua
ligada à emissora e coordena
programas de entretenimento.
As noticias da alegada de-
missão da cabeça-de-lista da
Nova Democracia surge pelo
derado por Gabriel Jr., depu-
tado da Bancada Parlamentar
da Frelimo na Assembleia da
República, e as diferenças
partidárias teriam precipitado
a sua demissão. No entanto,
não passa de notícia falsa e
o nosso semanário confirmou
que, efectivamente, Euni-
ce continua na TV Sucesso.
Ventos de mudanças
Entretanto, falando no
acto de apresentação dos
cabeças-de-lista do parti-
do, o presidente do partido
Nova Democracia, Salomão
Muchanga, destacou que a
indicação dos cabeças-de-
-lista daquele partido polí-
tico significava mudar de
página no cenário política.
“A Nova Democracia
apresenta, hoje, as caras da
Mudança. Hoje determi-
nados, iniciamos a marcha
triunfal para a celebração da
libertação dos territórios au-
tárquicos que julgamos me-
lhor libertar nesta epopeia,
com a perspectiva de libertar
o país inteiro próximo ano, a
totalidade dos territórios do
povo, pelo povo”, começou
por dizer Salomão Muchanga. Acrescentou que era o para a transformação dos quias, segundo o presidente
início de integração das po- tecidos municipais dos lo- daquela formação política, Sa-
pulações, na gestão da coi- cais a concorrer. Iniciemos lomão Muchanga, vai ajudar a
sa pública, porque pretende a derradeira marcha que vai medir a capacidade do partido
iniciar um processo de ge- desembocar a eleição geral face aos próximos desafios.
rências em que o cidadão é de 2024”, disse Muchanga. “Depois de uma análise
realmente servido e partici- O partido vai concorrer nos profunda, decidimos con-
pa de todos os processos de municípios de Maputo, Mato- correr em 20 municípios e
gestão pública, desde a for- la, Marracuene, Manhiça, Bo- a partir destes municípios
mação, decisão à implemen- ane, na província de Maputo; iremos estabelecer um labo-
tação das políticas públicas. Chokwé, província de Gaza; ratório de boa governação,
“Estes Moçambicanos, o e Vilankulo, na província de para servir de exemplo para
primeiro vasto é a expressão Inhambane, na região sul. o país inteiro”, disse Mu-
da vontade de Moçambica- Pretende ainda concor- changa, em Maputo, duran-
nos, membros e simpatizan- rer nos municípios de Mo- te a cerimónia de apresen-
tes da Nova Democracia, atize, na província de Tete; tação dos cabeças-de-lista.
que vai iniciar o processo da município da Beira (Sofa- “O povo moçambicano
reorientação do desenvolvi- la), Gurué e Mucuba, (Zam- deve compreender rapida-
mento local para que os mu- bézia), e Chimoio (Manica). mente que é possível gover-
nícipes possam revelar-se, Concorre também na ci- nar com sensibilidade aos
atingir seu potencial, crescer dade de Nampula, Monapo, problemas do povo. Só as-
e desenvolver em sua pleni- Ribáuè, Malema, Nacala sim estaremos a construir
tude. Avançamos nesta mar- Porto (província de Nampu- o progresso social e a fazer
cha com estes combatentes, la), cidade de Pemba e Chi- uma repartição justa da ri-
na expectativa de ver e ter úre (Cabo Delgado); e ci- queza nacional para inclusão
projectos políticos de inter- dade de Lichinga (Niassa). e atendimento aos direitos
venção, como os melhores A escolha destas autar- do nosso povo’, sublinhou.
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 | destaques | zambeze |3

MDM recorre ao “Tocovismo”

como cabeça-de-lista para Monapo
Lembra-se de Manuel Tocava? É ele mesmo que foi ção de membro do Movimento
interinamente presidente do Conselho Municipal de Nam- Democrático de Moçambique
pula após o assassinato bárbaro do então edil da capital de (MDM) em consequência de
norte, Mahamudo Amuane. Nessa altura, Manuel Tocova se ter rebelado contra a substi-
notabilizou-se pela insubordinação perante o poder central, tuição de Vasco Napaua na di-
o que acabou por custar uma pena de prisão mais suspensa. recção da formação política no
Manuel Tocova está na lista do Movimento Democrático de maior círculo eleitoral do país.
Moçambique como cabeça-de-lista na autarquia de Monapo, Na companhia de Tocova

P
partido em que chegou a ser expulso por Daviz Simango.
ara garantir a se ter recusado a fornecer do-
gestão da edi- cumentos à Procuradoria da
lidade, Ma- República na província de
nuel Tocova, Nampula sobre as nomeações.
por inerência Ele nomeou e deu posse a dez
legal, teve de assumir a presi- vereadores e seis chefes de
dência interina da autarquia, postos administrativos, con-
mas sem muito sucesso, tanto trariando o Ministério Público.
é que por algum tempo andou A procuradoria conside-
foragido e mais tarde detido rou que a designação tempo-
na posse de uma arma de fogo rária para o cargo o limita a
do tipo pistola, por isso teve decidir apenas sobre “actos
de ser, imediatamente, subs- urgentes e de mera gestão”.
tituído por Américo Iemenle. Manuel Tocova foi intima-
Em 2018, Tocova foi con- do a prestar informação so-
denado a três meses de prisão bre o assunto, mas, como não
pelo crime de desobediên- o fez, foi constituído arguido
cia, com pena de suspensa, num processo-crime sumário.
de acordo com a decisão do Alguns dos empossados ti-
tribunal judicial da cidade. nham sido afastados dos car-
A sentença surge depois gos por indícios de corrupção.
de o autarca ignorar alertas O MP disse que o então edil
da justiça sobre nomeações agiu conscientemente e que
ilegais de vereadores e che- esse tipo de comportamento
fes de postos administrativos. constitui um autêntico des-
O Tribunal Judicial da Ci- respeito e ofensa às entidades
dade de Nampula condenou, judiciais, que têm a autoriza-
também, Manuel Tocova por ção de zelar pela legalidade
no país e pelo respeito pelos
direitos dos cidadãos. Peran-
te esta situação, a Procurado-
ria pediu ao tribunal para que
aplicasse uma pena exemplar
ao presidente interno do Con-
selho Municipal de Nampula
por se tratar de um servidor
público. O tribunal condenou
Manuel Tocova a uma pena
de três meses, mais suspensa,
por se tratar de um delinquen-
te primário com “algumas
circunstâncias atenuantes”.
“Com sua conduta, o réu
cometeu um crime de desobe-
diência previsto e punido nos
termos do artigo 412 do Código
Penal, punível com pena de até
três meses de prisão. São ate-
nuantes a confissão, arrepen-
dimento e conhecimento im-
perfeito do mal do crime. Em
nome da lei da Constituição da
República, o juiz deste Tribu-
nal, por unanimidade, condena
o réu Manuel Tocova a uma
pena de três meses de prisão
pela prática do crime de deso-
bediência”, segundo a sentença.
Suspenso do partido
O polémico Manuel Tocova,
agora cabeça-de-lista do MDM,
chegou a ser suspenso da posi-
também foram suspensos Amé-
rico da Costa da Iemenle (que
também foi autarca interino em
substituição de Tocova), Maria
Luísa Marroviça (membro da
Assembleia Municipal da ci-
dade de Nampula), Sismo Edu-
ardo, Trinta Vicente, Calaveta,
Isildo, Zito, incluindo Luciano
Tarieque, que já desempenhou
as funções de delegado político
ao nível da cidade de Nampula.
Este grupo e mais ou-
tros foram suspensos em
Novembro de 2020 pelo
Conselho Jurisdicional, man-
datado, para o efeito, pelo
malogrado Daviz Simango.
Os visados andam revolta-
dos, e na altura dos factos tenta-
ram se apoderar das instalações
da delegação provincial, exi-
gindo a retirada de Napaua no
posto que se lhe tinha confiado.
A vida de Tocova nunca
foi a mesma e chegou a ope-
rar como transportador semi-
-colectivo de pessoas, com
recurso a uma viatura do
tipo Nissan, modelo Navara.

Muro da vergonha ganha forma de 78 quilómetros da Ponta do

Ouro, em Moçambique, tem sido
“atormentada, há vários anos,

na fronteira com África do Sul

por crimes transfronteiriços, es-
pecialmente roubo de automó-

O
s roubos sis-
temáticos de
bens valio-
sos na Re-
pública da
África do Sul (RSA), com des-
taque para viaturas luxuosas
que posteriormente circulam
livremente em Moçambique,
estão a obrigar a construção
de muro de protecção entre os
dois países. O roubo de viaturas
na vizinha RSA, com destino
para a pérola do indico, foi um
dos motivos que nos princípios
deste ano originou uma onda
de queima de viaturas com ma-
tricula moçambicana, sobretu-
do autocarros de passageiros,
o que levou a intervenção das
autoridades dos dois países.
Enquanto se espera que haja
construção de mais pontes que
muros, eis que a África do Sul
toma uma medida mais arro-
jada. O Governo sul-africano
contratou um novo emprei-
teiro para erguer um muro de
betão no Norte de KwaZulu-
-Natal para impedir a saída
de veículos roubados na Áfri-
ca do Sul para Moçambique.
A governadora da província
sul-africana de KwaZulu-Natal
(KZN), Nomusa Dube-Ncube,
adiantou que a região costeira de
Umkhanyakude, que dista cerca
veis, que originam homicídios”.
“Se um carro desconhecido
estiver estacionado à porta de
sua casa, você será preso se não
denunciar o carro abandonado.
Tem de reportar esse carro à
Polícia. Se a Polícia o encon-
trar perto da sua casa, presumi-
remos que lhe pertence e que
você o roubou (…)”, declarou
à comunidade local Nomusa
Dube-Ncube, citada pelo canal
público sul-africano, SABC.
Desde Janeiro, a Polícia
Sul-Africana reforçou com
mais de 100 meios opera-
cionais o combate ao crime
na região norte da província
de KwaZulu-Natal, que faz
fronteira com Moçambique e
Eswatini (antiga Suazilândia),
segundo a força de segurança.
4| zambeze | destaques | Quinta-feira, 27 de Julho de 2023

Advogados da Peters & Peters tiveram acesso

aos documentos da Presidência e do SISE
O Governo de Moçambique aceitou, finalmente, que advo-
gados da Peters & Peters tivessem acesso a alguns documen-
tos do Gabinete do Presidente da República e do Serviço de
Informações e Segurança do Estado (SISE) relacionados com
as dívidas ocultas. Desta forma, está garantida a realização

O
do julgamento no Tribunal Superior de Londres.

julgamento arquivos digitais e e-mails ins-

está marcado
para Outu-
bro próximo,
entretanto
estava em risco devido à recusa
de Moçambique em partilhar os
documentos com o Tribunal e
outros intervenientes processu-
ais. O juiz do caso, Robin Kno-
wles, já havia admitido a realiza-
ção do julgamento, mas insistia
que as exigências da divulgação
dos documentos se mantinham.
Na semana de 17 a 21 do
mês corrente, três especialis-
tas da Peters & Peters, a firma
de advogados contratada pela
Procuradoria-Geral da Repú-
blica, estiveram em Maputo a
consultar documentos no Gabi-
nete do Presidente da Repúbli-
ca, bem como documentos do
antigo director do SISE, Lagos
Lidimo, e do antigo ministro
da Defesa, Salvador Mtumuke.
Os especialistas da Peters &
Peters que estiveram em Mapu-
to são Keith E. Oliver, chefe do
departamento de assuntos inter-
nacionais, Steffany William e
Sarah Gabriel. Especificamen-
te, os especialistas consultaram
titucionais das figuras referidas
para ver se encontram algum
documento relevante, relacio-
nado com as dívidas ocultas,
que possa ser importante para o
processo em curso em Londres.
Guebuza disse que não saiu
com documentos da Presidên-
cia. O acesso a documentos
relacionados com as dívidas
ocultas incluiu outras figuras
do topo da direcção do Estado.
Armando Guebuza, o antigo
Presidente da República, foi
solicitado a disponibilizar os
seus dispositivos, como compu-
tadores pessoais, para consulta
pelos especialistas da Peters &
Peters. Respondeu que não po-
deria disponibilizá-los, pois não
saiu com nenhum documento
da presidência. Assim, Guebuza
remeteu os especialistas ao Ga-
binete do Presidente Nyusi para
partilhar eventuais documentos.
Isaltina Lucas, directora na-
cional de Tesouro aquando da
contratação das dívidas ocultas
e uma das grandes ausentes no
julgamento das dívidas ocultas
em Maputo, também teve de dar
acesso dos seus dispositivos de
comunicação aos especialistas
da Peters & Peters. E, ciente de
que iriam encontrar dados com-
prometedores, admitiu antes, ao
Tribunal Superior da Inglater-
ra, que afinal recebeu dinheiro
da Privinvest. Mas justificou
– tal como os demais envolvi-
dos – que se tratava de fundos
para projectos de investimento
conjunto com Jean Boustani.
Manuel Chang, antes de
ser extraditado para os Estados
Unidos da América, foi também
procurado pelos especialistas da
Peters & Peters para partilhar
dados do seu e-mail (user e pas-
sword) para se proceder à con-
sulta de documentos essenciais
sobre as dívidas ocultas. Chang
foi orientado a responder que
havia perdido a memória des-
tes dados devido ao longo tem-
po que permaneceu na prisão.
Celso Correia, o super-
-ministro do Governo de Filipe
Nyusi, apesar de na altura da
contratação das dívidas ocultas
ainda não estar no Governo, foi
solicitado a permitir a consulta
das suas comunicações e acei-
tou. Entretanto, há informação
de que não foram encontrados
documentos relevantes na sua
posse. Efectivamente, é pouco
provável que do levantamento
feito sejam encontrados docu-
mentos relevantes, principal-
mente devido ao curso do tempo
desde a contratação das dívidas
ocultas. Já passam cerca de 10
anos e muitos documentos po-
dem ter sido deliberadamente
apagados ou terem desaparecido.
Entretanto, no dia 28 de Ju-
lho haverá uma sessão no Tribu-
nal Superior de Londres, na qual
o juiz irá referir-se aos esforços
feitos pela República de Mo-
çambique para a divulgação dos
documentos. Embora seja quase
certo que haverá julgamento, a
disponibilidade de Moçambi-
que para partilhar documentos
pode ter influência sobre a de-
cisão do tribunal quanto ao pe-
dido principal de Moçambique.
No processo civil das dívi-
das ocultas, iniciado pelo Estado
Moçambicano no Reino Unido,
a Procuradoria-Geral da Repúbli-
ca pede a anulação das garantias
emitidas por Manuel Chang para
avalizar os empréstimos da ProIn-
dicus, no valor de 622 milhões
de dólares, e da Mozambique
Asset Management (MAM), no
valor de 535 milhões de dólares.
Moçambique pede ainda
a compensação por todos os
danos incorridos com o pro-
cesso das dívidas ocultas. Os
demandados são as empre-
sas do grupo Privinvest, o
Credit Suisse e os antigos
colaboradores do Credit
Suisse envolvidos na contra-
tação das dívidas ocultas. CIP

Polícia diz que Cebolinha morreu por derrame cerebral

É
mais uma novela
policial de agres-
são que termina
em tragédia. Um
jovem identifica-
do por Macassar Abacar, também
conhecido por Cebolinha, morreu
na noite de sexta-feira, nas celas
da 3ª Esquadra da PRM, após ter
sido agredido por agentes da Polí-
cia. Esta terça-feira, a PRM negou
as acusações e afirma que Ceboli-
nha morreu vítima de derrama-
mento cerebral, mas não apre-
sentou nenhum exame médico.
Na última terça-feira, a po-
lícia abortou uma tentativa
de vigília junto a 3ª esquadra,
onde se acredita que o jovem
Cebolinha teria sido morto,
vítima de violência policial.
“A segurança pública faz-se
de diversas formas, nós estamos
numa zona, primeiro, com uma
potencialidade para a violência,
falamos da zona da Colômbia, e
estamos a falar de uma manifes-
tação que se chama para instalar-
-se numa subunidade policial.
As pessoas podem usar desta
oportunidade para criar tumultos,
a segurança das pessoas é que
está em primeiro lugar”, expli-
cou Leonel Muchina, porta-voz
da PRM na Cidade de Maputo.
Sobre o alegado assassinato
do jovem, a Polícia da República
de Moçambique disse duas coi-
sas: primeiro, sim, o jovem mor-
reu na esquadra, segundo, “o jo-
vem perdeu a vida diante de uma
situação de derrame cerebral,
ocasionado não por uma agressão
física que o jovem, eventualmen-
te, teria sofrido, como se vem
dizendo em alguma media. Fica-
mos ainda a saber que esta mesma
família teria ainda sido solicitada
pela unidade sanitária para prestar
este depoimento de que o seu fa-
miliar teria perdido a vida diante
de uma situação de derrame ce-
rebral”, disse Leonel Muchina.
Segundo fontes contactadas
pelo CDD, o jovem teria se diri-
gido a um bar com o objectivo de
exigir o pagamento de uma dívi-
da. Sucede que uma empregada
do bar solicitou a intervenção da
Polícia. No local, os agentes deci-
diram prender Macassar Abacar,
mais conhecido por Cebolinha.
A outra versão é de que Ma-
cassar Abacar foi espancado até
à morte a mando de uma ex-na-
morada, após desavenças devido
a uma dívida que a mulher tinha
com o pai do jovem bailarino,
mas as autoridades demarcam-se,
alegando que ele perdeu a vida em
resultado de um derrame cerebral.
Verdade é que o jovem
foi detido na 3ª Esquadra da
PRM da Cidade de Mapu-
to, depois de ter sido suposta-
mente agredido pela Polícia.
Aliás, a agressão é apontada
como uma das prováveis causas
da morte de Cebolinha nas ce-
las da 3ª Esquadra. Após tomar
conhecimento, o pai deslocou-
-se até à 3ª Esquadra para tentar
libertar o filho, mas não foi pos-
sível. Na sequência das agressões
que sofreu nas mãos da PRM,
Cebolinha demandava cuidados
médicos, mas a Polícia não per-
mitiu que o pai o levasse para o
hospital para ser assistido. Já na
manhã deste sábado, o pai voltou
à 3ª Esquadra, onde foi informado
que o filho tinha perdido a vida.
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 | destaques| zambeze |5

Segundo professor catedrático Brazão Mazula

É frustrante passar 12 anos para em seguida

ser rejeitado pelo mercado de trabalho
O professor catedrático Brazão Mazula critica o actu-
al modelo de ensino secundário em Moçambique, o qual
considera que está ultrapassado por não oferecer habilida-
des necessárias aos alunos. Para Mazula, com os desafios da
actualidade, o ensino secundário devia ser profissionalizante

O
porque no modelo actual o mesmo torna-se frustrante.

antigo reitor rejeitado pelo mercado de tra-

na universi-
dade Edu-
ardo Mon-
dlane falava
na última segunda-feira, em
Maputo, como orador principal
num painel de debate da Confe-
rência Nacional sobre a Quali-
dade da Educação em Moçam-
bique, e não poupou ao actual
modelo de educação no país.
As constatações de Mazu-
la são factuais, com o boom
da indústria de explorações de
gás e carvão o país tem que
potenciar mão-de-obra porque
estas áreas exigem habilida-
des. Por isso, segundo ele, é
preciso haver mudanças pro-
fundas e urgentes, para que
o esforço em trazer qualida-
de no processo faça sentido.
“Perante os desafios da glo-
balização, com o ritmo acele-
rado da digitalização do país,
ousaria propor que todo o siste-
ma secundário fosse profissio-
nalizante, embora diferenciado
com o ensino técnico-profis-
sional, que tem uma vocação
própria. A percepção é que o
modelo do ensino secundário
geral em vigor está já ultrapas-
sado, pela dinâmica de desen-
volvimento e pelas exigências
de trabalho que o país coloca.
As indústrias de exploração
de gás, carvão e outros mine-
rais, por exemplo, já exigem
habilidades e competências
técnicas especializadas. que
não se adquirem no actual mo-
delo de ensino”, disse Mazula.
O orador defendeu que os
currículos sejam adequados às
necessidades actuais do país
e do mundo, tendo enfatizan-
do que é frustrante o estudan-
te levar 12 anos na carteira
para em seguida não ser útil
para o mercado de emprego e
por isso defende um novo pa-
radigma na qual a qualidade
de ensino deve ser avaliada a
partir das competências ad-
quiridas pelos estudantes e
não apenas pelo cumprimen-
to dos programas sectoriais.
“É frustrante um indivíduo
passar 12 anos a estudar na sala
de aula para, em seguida, ser
balho, porque o sistema não lhe
conferiu competência de traba-
lho e saber-fazer. O mesmo se
pode dizer do ensino técnico-
-profissional, que deve incluir,
nos seus currículos, algumas
disciplinas humanas, incluindo
filosofia e ética. Uma escola
técnico-profissional sem huma-
nidades produzirá um bom téc-
nico-máquina, um profissional
robótico e, como tal, uma esco-
la não pode ser formativa. É um
ensino que não satisfaz as ne-
cessidades da sociedade”, disse.
Investimento na educação
Por seu turno, o presiden-
te da República, Filipe Nyusi,
falando na abertura da Con-
ferência Nacional sobre Edu-
cação de Qualidade em Mo-
çambique, que se realiza sob
o lema: “Por uma Educação de
Qualidade, Inclusiva e Equi-
tativa, em Prol do Desenvol-
vimento Sustentável”, disse
que a educação é, ainda, uma
força que impulsiona avanços
na vida política, cultural, so-
cial, económica e tecnológica.
“Investir na educação
não é desperdiçar recursos,
é investir no progresso de
uma nação”, afirmou Nyusi.
O Presidente destacou a
componente qualidade, refe-
rindo que “a educação e forma-
ção de qualidade aumentam as
habilidades técnicas, psíquicas
e emocionais do indivíduo,
ajuda a tomar melhores deci-
sões, contribui para o aumen-
to da produtividade no sector
produtivo, de renda familiar e
no crescimento da economia”.
Considerou a educação de
qualidade como um direito fun-
damental de todos, para além de
ser um activo importante para o
exercício pleno da cidadania.
Porque a conferência visa
debater os desafios para o al-
cance de uma educação de
qualidade, Nyusi explicou
que esta componente possi-
bilita os indivíduos a opera-
rem transformações de bene-
fício individual e colectivo.
Para Nyusi, a educação não
deve ser compreendida só na
área de conhecimentos cientí-
ficos, apesar de fundamentais.
Segundo o Presiden-
te, a educação também joga
papel importante na ins-
trução das pessoas, social-
mente e a nível da ética, in-
cluindo o carácter patriótico.
Nyusi ajuntou que o acesso
à educação é um grande equa-
lizador da vida social, porque,
entre muitas outras vantagens,
provê a equidade de género e
económica e facilita o gozo
de tantos outros direitos, in-
cluindo o direito à informação.
“Para Moçambique, o direi-
to a educação é um comando
constitucional que está incorpo-
rado no grande conjunto de po-
líticas, leis, estratégias e planos
definidos pelo governo”, disse.
Sublinhou que Moçambi-
que não é uma ilha e, por isso,
o quadro estratégico e regulató-
rio na área da educação e for-
mação deve estar alinhado com
a região, continente e o mundo.
Analfabetismo
Num outro desenvolvimen-
to. O presidente da República
revelou que cerca de 61 por
cento da população moçambi-
cana sabe ler e escrever. Ex-
plicou que a percentagem de
alfabetizados representa um
crescimento significativo, já
que em 1975, ano em que Mo-
çambique tornou-se indepen-
dente, apenas sete por cento da
população sabia ler e escrever.
“Passados 48 anos, e
num país com um número
da população cada vez mais
a crescer, 61 por cento da
população já sabe ler e es-
crever”, sublinhou Nyusi.
No entanto, o estadis-
ta moçambicano alerta para
a necessidade de equilíbrio
entre a educação de quali-
dade e educação para todos.
Afirmou que um siste-
ma de educação de quali-
dade tem, também, obriga-
ção de preocupar-se com
os que estão fora da escola.
“Os indicadores baixos do
nosso ponto de partida, em
1975, não terminam nesses
que mencionei [sete por cen-
to da população alfabetiza-
da]. No mesmo ano tínhamos
apenas nove escolas secun-
dárias em todo o país, hoje
o número é de 2.450 escolas
secundárias”, acrescentou.
Na ocasião, foi referido
que, ao nível do ensino su-
perior, o país tinha, à data da
independência, apenas uma
universidade, contra 56 ins-
tituições do ensino superior
hoje existentes, das quais
22 públicas e 34 privadas.
Por isso, Nyusi sublinhou
que a aposta do governo no
ensino superior visa produzir
quadros “altamente” qualifi-
cados para participarem ac-
tivamente na promoção do
crescimento e desenvolvimen-
to socioeconómico nacional.
Através da investigação,
referiu que os quadros deverão
produzir soluções científicas e
tecnológicas para atender aos
desafios do quotidiano e que,
por via da extensão universitá-
ria, promovam a transferência
de tecnologias para as comuni-
dades e para o sector produtivo.
No tocante aos factores crí-
ticos que afectam o sector da
educação, o Presidente da Re-
pública disse que tem a ver com
a qualidade de formação dos
principais actores de educa-
ção formal, com principal des-
taque para os professores, que
continua sendo a área onde
os progressos são limitados.
“Com o efeito, mais de
90 por cento dos professores
possuem formação psicopeda-
gógica, mas apenas cerca de
40 por cento dos professores
da educação básica tem um
diploma de bacharel”, disse.
Referiu que existe ain-
da um maior número de
docentes do ensino supe-
rior que leccionam sem o
nível de pós-graduação.
A esse desafio, segundo
o Presidente, aliam-se outros
como o acesso limitado aos
livros didácticos, fraquezas no
atendimento de alunos com
necessidades educativas espe-
ciais; o elevado rácio professor/
aluno; e o reduzido acesso ao
serviço de educação pré-escolar.
6| zambeze | opinião | Quinta-feira, 27 de Julho de 2023

RANDULANI rosariogwambe@gmail.com

Condenam-se os males que nos avassalam e se

desvalorizam as causas de todo o mal (Concl.)

É
verdade que expressando o que ninguém mundo e oprimindo o mundo. e recursos; logo começava O homem, não apenas o
as verdades tem certeza, que os nubentes Certamente poucos dão o imperialismo de todos os moderno, mas o anterior
de facto, se amam, casam por amor, qualquer importância às nomes que surgiram. Deste a este, não se poupa em
aquelas cruas que Deus lhes abençoou fortunas bilionárias que estão processo todo, surgiram em adicionar mais problemas à
e nuas, foram e lhes vai abençoar… à volta de uma pessoa ou de cascata os problemas todos. vida, de tanto ter explorado
e são sempre negadas pelos Por isso mesmo o mundo uma família em todo este Os escravos e todos aqueles o outro homem, seu
homens, porque a maioria viverá mais tempo, se calhar mundo, é muito escusado rebeldes que afrontavam semelhante, começou a
dos homens se aprazem com viverá para sempre, neste apresentar exemplos porque os seus senhores, juntados explorar o ambiente, sem
o tudo o que parece e não ciclo todo, de negar viver há uma boa maioria que sabe em cativeiros, descobriram dó nem piedade, dizimando o
com o que é. Os homens de verdades verdadeiras e disso, que conhece gente e que eles mesmos podiam subsolo em busca insaciável
desde há muito foi lhes preferir viver de verdades famílias assim; mesmo assim, ser solidários em alguns de recursos que ninguém
incutido o senso de que a concebidas, construídas parece fazer todo o sentido aspectos, logo surgia o esgotará, explorando
verdade nunca é revelada para um certo propósito, continuar com tanta gente fenómeno que hoje encontra as florestas e os mares e
por um homem qualquer, criteriosamente definido, pobre e faminta. Já paramos enquadramento na ciência, oceanos, seguro de que
é a lógica que se inculcou; para a satisfação dos próprios para ver e reflectir sobre na política e até na religião, aquelas riquezas que ali
por isso, as verdades só são donos da verdade e alguns quantas bebidas alcoólicas de o homossexualismo; surgiram jazem podem um dia acabar
verdades se forem expressas ao redor. É interessante todos os tipos abarrotam as de tudo isto os racismos e ou um outro alguém poderá
por uma pessoa ou entidade apreciar os métodos da lojas e casas particulares neste exclusões, e como não iriam esgotar. Incrível, a revolução
revestida de autoridade, seja ciência moderna e não mundo todo, que custam, uma surgir? Independentemente industrial iniciou há certa de
ela académica, profissional, encontrar a coerência das só unidade, o equivalente a dos humanismos que se quatro séculos, mas muito
política, religiosa, coisas; dizem todos que as uma cesta básica para duas propalam, nós somos mais antes os recursos foram
governamental, etc., etc. malárias, cóleras, diabetes, ou três famílias? Os carros diferentes um do outro, sempre explorados, já na era
Isto lembra muitas tradições e hipertensões, próstatas, de luxo, as casas, as roupas? mesmo os filhos gerados no dos reis Nabucodonosor,
muitas histórias que o mundo cancros disto e daquilo, tudo E mesmo assim, acreditamos mesmo ventre são diferentes, Davi, Salomão e tantos
registou; Galileu Galilei isso é consequência de alguns no discurso de fome e pobreza como é que não nos vamos outros, e ninguém os
viu sua verdade negada, comportamentos pouco ou que nos afronta? O mundo não distinguir em função de todas esgotou. A ciência fala
considerada um absurdo, muito desmazelados dos deseja ser rico, há muita gente as nossas diferenças? Mas da regeneração, mas a
uma loucura, foi condenado e respectivos pacientes. que não aprecia esse estilo de todos sabemos que não é religião também, quando
morto, porque ele não passava Entretanto, quando o assunto vida, mas devia ser vergonha esse o problema, porque se fala da ressurreição e de
de um homem qualquer, pois é fome, pobreza, guerras, para todos a pobreza e fome se fosse não teríamos renascimento ou baptismo,
havia a verdade verdadeira, conflitos, exclusão, racismo, que assistimos cada dia. negros e brancos, amarelos isso mesmo; o homem
anunciada e defendida por prostituição, corrupção, As guerras que hoje e vermelhos sentados esquece tudo isto e não
aqueles que são os donos homossexualidade… já não vivemos,as do passado e juntos à mesma mesa, de vacila em autodestruir-se,
da verdade, infelizmente, se olha para os métodos da mais aquelas que o futuro excelências; mas nesses precipitando o fim do outro
mais tarde, depois do erro mesma ciência, não se quer poderá criar não surgem por contextos nunca se falou e o seu próprio, porque a
cometido, da vida aniquilada, nem há preocupação em si sós, elas são a consequência de racismo nem exclusão, natureza como tal, os mares,
comprovou-se que a verdade buscar os causadores destes da infinitude dos desejos estão todos ali, abraçam-se; as florestas e o subsolo têm
estava com um homem males todos; ninguém acusa nossos; quando o homem, a vemos mulheres brancas se a capacidade de se defender
qualquer, e não com aqueles ninguém, acusam-se apenas certo momento, percebeu que casando com negros de cor e de se regenerar senão
que fazem as verdades. Vemos essas coitadas consequências, tinha pouco, mas que merecia da noite, vemos negras de estaria isto tudo esgotado.
nas igrejas, nos conservatórios os problemas que nos afectam, o muito, tudo começou, ele um cacau agressivo casando A pergunta que fica é: para
homens a rigor, com títulos afligem e, por conseguinte, expulsou outro homem, com brancos de cor de neve, quê originar todosestes
de excelências, anunciando esses problemas todos matando-o, destruindo-o, claro que não são negros males para o homem se
verdades, muitasvezes com prevalecem, humilhando explorando-o, fazendo-o de nem negras quaisquer, com ninguém gozará para sempre
um fundo de falso; vão o mundo, desgraçando o escravo, usurpando sua terra selo de fome e pobreza. o “paraíso”aqui na terra?

zambezE
FICHA TÉCNICA

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Registado sob o nº 016/GABINFO-DE/2002 Grafismo: NOVOmedia, SARL

Director editorial: Egídio Plácido | Cell: 82 592 4246
Propriedade da NOVOmedia, SARL ou 84 771 0584 Fotografia: José Matlhombe
(E-mail. egidioplacidocossa@gmail.com) Revisão: AM
D i r e c ç ã o, Re d a c ç ã o M a q u e t i z a ç ã o e A d m i n i s t r a ç ã o : Redacção: Ângelo Munguambe, Egídio Plácido, Expansão:
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Colaboradores: Kelly Mwenda (Manica), Publicidade:
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Cell: 82-5924246 | 84-7710584
Conselho de Administração Colunistas: Sheikh Aminuddin Mohamad, Cassamo Lalá, egidioplacidocossa@gmail.com
Arminda Janfar Francisco Rodolfo, Douglas Madjila, Randulani Impressão: Sociedade do Notícias S.A
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
Almadina
A importância da gestão
do tempo
É
próprio da
natureza
Humana
alcançar
o máximo
de benefícios na vida,
não hesitando em
esforçar-se dia e noite.
Se não fosse porque cada um
de nós tem obrigatoriamente
que fazer uma pausa para
descansar, alimentar-se e
dormir, manter-nos-íamos
acordados também à
noite, para conseguirmos
adquirir mais e mais.
Esta tendência do Ser
Humano está presente em
todas as esferas da vida,
tanto na deste Mundo, como
na do Mundo do Além, pois
enquanto um materialista
se esforça por ganhar mais
e mais na vida terrena, o
crente (religioso) esforça-se
também, e ao longo da sua
vida, por acumular o máximo
para a vida após a morte.
Portanto, como Seres
Humanos, o instinto de
todos é o mesmo, variando
apenas nos objectivos.
Desse ponto de vista, na
vida que Deus nos deu há
excelentes oportunidades
para ganharmos o
máximo do Outro Mundo,
e para melhorarmos
a nossa verdadeira
vida que começa logo
após a nossa morte. Deus concedeu-nos mais
Comercial
ANUNCIE NO
ZAMBEZE
Sheikh Aminuddin Mohamad
Para aqueles que
conhecem a importância
da vida e dos tempos, dia
e noite dedicam-se a obter
o máximo proveito disso,
abstendo-se de desperdiçar
o seu valioso tempo
e vida em coisas fúteis.
O tempo é o maior
capital que Deus colocou
à disposição de todos
por igual, quer se trate
de ricos ou de pobres, de
homens ou de mulheres,
de jovens ou de idosos, etc.
Tudo se pode recuperar,
menos o tempo e a vida.
Infelizmente, muitos
de entre nós, em clara
imitação aos outros, não
alcançamos a alma da nossa
existência aqui no Mundo,
e vivemos só por viver,
desperdiçando dias e noites,
e consequentemente a vida,
sem que alcancemos algo
mencionável, e nunca nos
corrigindo, nem adoptando
mudanças para o bem.
Os anos se sucedem um
após outro, mas muitos
continuam na mesma,
sem criar nenhuma
aproximação ao seu Criador.
Quantos anos já se
passaram na vida de cada
um de nós? E quantas
oportunidades douradas
de corrigirmos as nossas
vidas não desperdiçamos?
| opinião |
um Ano Novo (Calendário
Islâmico), pelo que é mais
uma oportunidade para
alcançarmos a Sua satisfação.
Ti r e m o s o m á x i m o
proveito deste Novo Ano,
ainda no seu dealbar, e
não o desperdicemos
em coisas fúteis como o
fizemos em outras ocasiões.
Muitos de entre nós já
passamos muitos anos das
nossas vidas, mas quando
olhamos para o que elas
foram no passado, nem
acreditamos que de facto
já se passaram muitos anos
Felizardos são os que
conseguem aperceber-se
do objectivo da vida, e
também os que não vivem
na ilusão, não fazem mal
a ninguém, e não vivem
apenas para si mesmos,
mas sim estendem as mãos
aos que estão ao seu redor.
Será que os fenómenos
diários do nascer e pôr-do-
sol são por acaso? Não!
A contagem do tempo de
vida de uma criança, bem
como a caminhada rumo à sua
campa começam logo quando
ela nasce. Suponhamos que
a esta criança lhe estejam
destinados 60 anos de vida
neste Mundo. Decorrido
um ano, ela já está com
menos um ano nos 60 que
lhe estão destinados. E à
medida que o tempo vai
Departamento Comercial
Contactos: (+258) 82 307 3450
847710584 ou 825924246
E-mail: zambeze.comercial@gmail.com
decorrendo, as semanas e
os meses vão passando na
forma de dia e noite, a sua
vida também vai diminuindo.
Assim, cada manhã ou cada
noite arranca de nós um
dia, aproximando-nos cada
vez mais à nossa sepultura.
Quando uma criança
atinge a puberdade, os seus
pais naturalmente sentem
alegria. Mas este atingir da
puberdade, a transição para
a fase juvenil, o casamento,
a procriação, os netos, etc.,
tudo isso constitui mensagem
de que o fim do ciclo de vida
para os pais está próximo.
Quando um Novo Ano
tem início, ao colocarmos
um novo calendário no lugar
do anterior, devemo-nos
lembrar que mais um ano de
nossas vidas se foi, e que a
campa se aproxima de nós.
É nesse momento que
cada um de nós deve fazer
o balanço do ano que
findou, identificando o que
fizemos de bom e de mau
para assim prepararmos
um novo plano para o
ano que inicia, e no qual
devemos eliminar todas as
futilidades e concentrarmo-
nos mais no essencial e no
objectivo das nossas vidas.
É deveras triste ver
pessoas que não valorizam
o tempo, desperdiçando
o maior “capital” de que
zambeze |7
o Ser Humano dispõe.
Nota-se isto nos
eventos, particularmente
em banquetes e festas de
casamento. Por exemplo,
estabelece-se no convite
uma hora para o jantar.
A maior parte dos
convidados chega a horas,
mas entretanto o jantar
começa a ser servido hora e
meia ou duas horas depois.
Com esta prática que tem
tendência a generalizar-se
no nosso meio nos últimos
tempos, os anfitriões causam
algum desconforto aos seus
convidados, pois desperdiçam
o seu valioso tempo.
Uma outra “actividade”
que nos leva ao excessivo
desperdício de tempo é a
absorção a que nos deixamos
sujeitar pelos telemóveis,
internet e redes sociais,
num exercício de quase
total despreocupação.
Sem a valorização do
tempo não temos êxito nem
neste Mundo, nem no do
Além, pois perante a Shariah,
prevarica todo aquele que
desperdiça o seu tempo,
e também o dos outros.
A pontualidade é uma
virtude e qualidade dos
povos civilizados, e uma
lição que o Islão nos ensina
por via dos vários rituais
que nos foram instituídos
no nosso dia-a-dia.
8| zambeze
Jaime António Saía
:saiajusce
email
email
O braço de ferro entre
Rússia e a Nato.
O
conflito manter sua influência.
r u s s o Hodiernamente, na
ucraniano, Ucrânia tem se verficado
demostra um conflito que periga
e s t a r a vida das populações,
muito longe do fim, devido a expansão da Nato
porque as duas partes para zonas de influencia
ainda possuem uma grande russa, o que coloca em
força para o combate, e perigo a segurança da
isso acaba afastando a Rússia. Importa referir
hipótese de uma conversa que a invasão da Rússia
diplomatica.É importante à Ucrânia no entender
olharmos a realidade sem de Putin é para preservar
paixões ideológicas, a o interesse primário de
Rússia é o único Estado Moscovo, por isso a
a nível internacional que motivação por detrás do
consegue fazer balance of fabrico de novos e mais
power, portanto tem uma potentes mísseis está
capacidade de confrontar ligada à expansão da Nato
os Estados Unidos. para zonas estratégicas
E essa capacidade tem da Rússia como afirnou
trazido uma situação da Sergei Lavrov em Março
anarquia entre os Estados, de 2012, a expansão da
pois cada um procura Nato para muito próximo
José Matlhombe
| opinião |
: saiajusce
@gmail
@gmail .com.com
das fronteiras da Rússia
aumenta a possibilidade
de confrontação militar
convencional que
se pode transformar
e m g u e r r a n u c l e a r.
O ocidente desenvolveu
a ideia de que os Estados
com armas nucleares
nunca podem entrar
em conflito directo,
porque ninguém pode
sair vitorioso, portanto
diante dessa narrativa
os Estados com armas
nucleares, desenvolveram
uma guerra por procuração
que é a que está acontecer
na Ucrânia, porque na
verdade não é uma guerra
entre Rússia e Ucrânia,
mas é uma guerra entre
Rússia e Nato, a Ucrânia
é palo de venda de armas
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
e testagem das mesmas.
Os Estados Unidos
anunciaram um novo
plano de ajuda militar à
Ucrânia, para apoiar o
seu esforço de resistência
à invasão russa, no valor
de 1,3 mil milhões de
dólares (cerca de 1,1
mil milhões de euros).
O plano prevê a entrega
de quatro sistemas de
mísseis antiaéreos, mísseis
antitanque, munições de
artilharia, equipamentos
de desminagem e `drones`,
de acordo com um
comunicado do Pentágono.
Este novo pacote
de ajuda “salienta o
compromisso contínuo
dos Estados Unidos em
atender às necessidades
prementes da Ucrânia,
fornecendo capacidades
críticas de curto prazo,
ao mesmo tempo que
desenvolve a capacidade
duradoura das forças
armadas da Ucrânia para
defender o seu território
e repelir a agressão russa
a médio e longo prazo”,
acrescenta o comunicado.
O equipamento militar
deste pacote não será
entregue à linha de frente
de combate tão cedo, já
que a ajuda anunciada se
enquadra na Iniciativa de
Assistência à Segurança da
Ucrânia, através da qual os
Estados Unidos fornecem
equipamentos da sua
indústria de defesa, ou dos
aliados, em vez de os retirar
diretamente do arsenal
das suas Forças Armadas.
Zoom
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
D ouglas M adjila
ANTÓNIO A. CONCEIÇÃO
Eunice Andrade: A
vez do povo
U sopram de Namaacha
ma rainha de ovações riquíssimas,
culturalmente, e que merecem ser tão
vivenciadas de tal maneira que assumam
por si mesmas o quão podem representar
um modo de vida, mas não passam da
linha infeliz em que são também colocadas as línguas
nacionais, nem as ovações de Eunice, nem as línguas bantu
de Moçambique são factualmente, senão merecidamente,
ou melhor, verdadeiramente reconhecidas ao seu justo
epíteto. Não passam, todas as ovações, assim como
as nossas línguas nacionais, de sons precários e talvez
nunca descartáveis pelo vasto espaço em que se impõe
como indiscutivelmente indispensáveis. Diante disto,
a aparição de Eunice, surpresa que é para todos junto
as suas ovações típicas, pode-se admitir que se trata,
indubitavelmente, da confissão da leoa, mas não só, esta
se confessa como uma nova democrata, confiante da
língua que porta, que se diga também o rugido da leoa.
As línguas nacionais, as ovações desta jovem, encontram-
se tudo ao estágio do povo, representam a banca mercantil
dos políticos, é por eles que se organiza a festa, mas
obviamente que não entrarão para hora do banquete. O
povo é o espaço de produção económico dos corruptos,
ditos poderosos, e neste país não é diferente. Eunice não
é só portadora dos típicos kulungwanes populares do país,
mas ela própria faz parte do que o poder moçambicano
considera de povoléu, portanto as massas nacionais, o
que não constitui problema nenhum em nações com
dirigentes sérios, patriotas acérrimos, o que não existe em
Moçambique, cá deste lado do globo, povo efectivamente
só vê a cara do menor dos dirigentes em campanha eleitoral.
Com a elitização politica que se vive no país, essa
escolha da Nova Democracia em Eunice Andrade Valgy
se confunde com uma opção popular, mera representação
dos anseios do povo, sendo que esta jovem foi sempre de
representações emocionais abrangentes, ocupando com
o seu serviço desde os mais pequenos corações aos mais
adultos, foi sempre um radialista digna de ser ouvida,
apresentadora de televisão também agradável de se ver.
Este é um sentimento verdadeiramente maioritário e
que significa envolvimento do povo. Ver esta jovem nos
meandros políticos é uma vitória para o povo moçambicano,
pois é a primeira vez em Maputo que se tem esse candidato
das massas. Caso para dizer mesmo a vez do povo.
| opinião | zambeze |9
Editorial
Maus ventos que
N
a última semana houve um ataque na cadeia de Namaacha por
indivíduos até aqui desconhecidos. Há várias interpretações sobre
o sucedido, mas o que convence pode mesmo ter sido tentativa de
resgate de alguns presos naquela cadeia. Independentemente de
qualquer explicação que pode ser dada sobre este incidente, a verdade
manda dizer que os serviços de segurança, sobretudo de inteligência, estão a falhar.
O país não pode ser atacado por um punhado de pessoas que facilmente
consegue se escapulir. Os ataques devem ser possíveis de serem previstos e
anulados antes do pior acontecer. Namaacha, pela sua localização geográfica,
devia merecer mais atenção das autoridades. É verdade que não tem a mesma
importância do passado, mas continua a ser um corredor preferencial de
criminosos que actuam em Moçambique, Eswatini e África do Sul, fugindo
do controlo mais ou menos apertados de outras fronteiras do sul do país.
Embora sejam situações diferentes, não se pode esquecer e nem
ignorar o que aconteceu no início do terrorismo em cabo Delgado.
Naquela madrugada de 5 de Outubro de 2017 foi atacado o posto de
controlo da Polícia, na aldeia Awasse, há cerca de 40 quilómetros da vila
de Mocímboa da Praia, e quase ao mesmo tempo foi assaltada a esquadra
distrital da PRM, depois o quartel das Forças de Defesa e Segurança e
mais tarde a cadeia distrital, onde foram soltos quase todos os prisioneiros.
Depois do primeiro ataque armado a Mocímboa da Praia tudo
parecia estar a voltar à normalidade, mas cerca de um mês depois, o
grupo armado começou a protagonizar assaltos em várias aldeias da
província de Cabo Delgado, que ficaram completamente abandonadas.
Este acontecimento não foi levado a sério, e este ano vão fazer seis anos
em que o país está a ser fustigado por uma guerra injusta e injustificável.
Milhares de moçambicanos são mortos como se de galinhas se tratassem. A
nível interno, há deslocados que perderam quase tudo. Outros pagaram pela
sua própria vida. De simples bandidos, com o tempo foram qualificados, hoje
estamos diante de ataques terroristas que não sabemos quanto irá terminar.
Por via disso, não se pode repetir o erro do passado. Não se pode tratar o
caso de Namaacha de ânimo leve, como de simples criminosos que queriam
os seus comparsas. Este caso tem que ser tratado como ataque terrorista. Aliás,
a vida do guarda prisioneiro que foi ceifada é motivo mais que suficiente para
adoptar esta nossa posição. Matar um guarda prisional a serviço do Estado é
agressão contra o Estado, é agressão contra todos nós, por isso é terrorismo.
Portanto, os que perpetraram o ataque devem ser procurados como
terroristas, não como simples criminosos. Eles podem fazer parte do crime
transnacional, o que exigem acções coordenadas entre os países da região,
neste caso o Eswatini, para onde se presume que os atacantes terão fugido.
Há também necessidade de se aprimorar a segurança transfronteiriça. As
nossas fronteiras são tão vulneráveis ao ponto de os criminosos passearem
a francesa. Isso vem também dar razão aos sul-africanos ao construírem
o muro de vedação na fronteira com o nosso país. Continuamos a tratar
o que tem a ver com a segurança e integridade do nosso país de forma
leviana e com pessoas com despreparo. Se somos atacados a menos de 80
quilómetros da capital do país, imagina o que pode acontecer em outros locais?
10 | zambeze
F ran c i s c o R o d o lf o
“Jovens, deixem a Sommershield e vão à KaTembe construir…”
“EU, viúvo há mais de 5 anos, proibido de
casar e UM “HOMEM” A LIQUIDAR PELOS
FILHOS E FILHAS” … (12)
zz “Roupa suja se lava em casa” – a sociedade tem de saber
destas “coisas” daí o interesse das novelas…
zz “Queremos a gaja dele fora daqui…”
N
esta semana, estivemos
com Pedro, na Segunda-
feira (24.7.2023), no café
e restaurante HOY JO
TACOS para continuação
da Novela (12), que traz factos com base na
nossa experiência e do que constatamos nos
meandros desta maka de HABILITAÇÕES
DEHERDEIROS aos quais temos
vindo a partir do nosso caso pessoal, de
desmascarar, a ambição de alguns filhos,
netos e outros familiares de se apropriarem
dos bens, dos familiares falecidos.
- “Com que então oh Rodolfo, as
nossas análises semanais têm entrado nos
“Corredores” de Justiça, para ver com olho
de ver: “o que se passa?...” - provoca o Pedro
com pastel de nata já pedido e galão, face
ao frio que se tinha abatido para Maputo.
-Chegam vozes de que “o que interessa
é entregar a casa aos filhos, porque
eles têm direito, nos termos da Lei...”
- “Poder-se-á dizer que é Lei do Funil,
mas tu citas o saudoso jurista Tzuma,
que dizia e terminava sempre nos seus
escritos: “A LEI É DURA, MAS É LEI…”
-Ninguém questiona seja o que for,
mas vemos a forma MAQUIAVÉLICA
desde ROUBO DE DOCUMENTOS,(BI)
para depois dizer: “TÊM DIREITO…”
- “É por isso que disseste noutro dia
que DEPOIS DE VIÚVO ou VIÚVA
está-se eternamente em Moçambique,
CONDENADO, a viver MARITALMENTE,
POR CAUSA DOS BENS MATERIAIS…”
-Já disse que a Dra.ARLETE FRANCISCO
MADUELA, Chefe do Departamento de
Inspecção no Ministério de Justiça, Assuntos
Comercial
ANUNCIE NO
ZAMBEZE
|opinião|
M aputadas
Constitucionais e Religiosos, esperam
“EMPURAR”o pai para fora da casa, por se
ter casado depois de 5 anos de viúvo que não
tenho nenhuma animosidade em “difamá-
la” ou “prejudica-la”profissionalmente
por causa desde VUCO-VUCO, que EU
pessoalmente entendi que é necessário
trazer a público, porque TODOS (familiares
e amigos) admiraram o ANÚNCIO ou
EDITAL, fruto do recorte do “Notícias”
de Maputo, do dia 24.8.2022,página
19, depois da “MEGA OPERAÇÃO”
de ROUBO DE DOCUMENTOS,
protagonizado pelo Arquitecto AIRES
FRANCISCO RODOLFO MADUELA
(ADM):Aeroportos de Moçambique,
orientação do (Dr.AMILCAR FRANCISCO
MADUELA (FUNAE – Fundo de Energia),
que é “Coordenador do Grupo”, pelos
motivos que “PODEREMOS LEVAR
ÀESTAMPA, no “LIVRINHO” que mesmo
depois de o AUTOR – FRANCISCO
RODOLFO - ser EXPULSO DA CASA –
para eles usufruírem seu “DIREITO” terá
de SAIR, para “ABRIR OS OHOS” a tantas
viúvas (sobretudo a estas) que são proibidos
de contrair matrimónio depois de falecimento
dos seus queridos maridos…- explico
de novo ao Pedro, depois da garçonete
com sorriso habitual nos ter-nos servido.
- “Parece que a voz das igrejas tem de
se fazer sentir nas famílias moçambicanas,
de que o preceito bíblico segundo o qual:
“ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE…”
-EU estou simplesmente a interpretar o
princípio bíblico, mas também ao trazer
– aquilo que alguns pensam – “LAVAR
ROUPA SUJA AQUI NO JORNAL, NÃO
FICA BEM” ou ‘ROUPA SUJA SE LAVA
EM CASA”, mas tão somente considerar que
em jornalismo, um CASO PESSOAL PODE
INTERESSAR AO GRANDE PÚBLICO
– aquilo que os professores de jornalismo,
como ILÍDIO ROCHA ou MOTA LOPES,
davam-nos, com os saudosos Abel Faife,
Cipriano Caldeira, na Redacção do DM
“Diário de Moçambique”, nos anos sessenta,
quando éramos repórteres… - explico ao
Pedro, quando acabava de pagar o seu
chá e como habitualmente a minha conta.
- “Com esta nossa cavaqueira, veja que me
dizem os amigos que em todas as quintas-
feiras o jornal ZAMBEZE é disputado para
ver a NOVELA, nestas MAPUTADAS…”
-O interesse é tanto que até, há
encomendas noutros jornais, vindo de
Bruxelas ou terra de “Carochinha” para
nós reagirmos, para perder o FOCO…
- “Para esses disseste noutro dia que vai
publicar os seus nomes alguns (agentes
corruptos) no nosso Aparelho de Estado,
que custou a nossa juventude a construir - e
o contraditório, bem como aquilo que está de
irregularidade grosseira nesta problemática
de HABILITAÇOES DE HERDEIROS,
que estamos a analisar semana após
semana…” – explica a finalizar o Pedro.
-Até lá pode ser que até lá poderei
terei levado um “tiro” que a RAIVA de
me “DESALOJAR” da casa onde: (Dr.
AMILCAR FRANCISCO MADUELA
(FUNAE – Fundo de Energia), que é
“Coordenador do Grupo”, o Arquitecto
AIRES FRANCISCO RODOLFO
MADUELA (ADM):Aeroportos de
Moçambique, FRANCISCO RODOLFO
Departamento Comercial
Contactos: (+258) 82 307 3450
847710584 ou 825924246
E-mail: zambeze.comercial@gmail.com
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
MADUELA, que trabalha por conta própria,
Dra. ELSAJOANARODOLFO MADUELA
PACHECO, a exercer funções em Lisboa e
a Dra. ARLETEFRANCISCOMADUELA,
Chefe do Departamento de Inspecção no
Ministério de Justiça,Assuntos Constitucionais
e Religiosos, sempre viveram, É GRANDE.
Alguns se casaram como oArquicteto AIRES
FRANCISCO RODOLFO MADUELA
(ADM):Aeroportos de Moçambique, se
casaram, mas quando inventa divórcio, - diz
“VOLTOPARACASADAMINHAMÃE…”
- “Disseste que ficou cerca de 5 anos sem
pagar NADA: água, luz, renda de casa,
alimentação – COMIDA – como dizem
os moçambicanos, VIVE DE BORLA…”
- Se NÃO GANHA POUCO, sou
espero que o “CLUBE DE FILHOS”
NÃO ME VENHA PROCESSAR COM
CRIME DE DIFAMAÇÃO…- vai ser
a última “BOFETADA”:“queremos
a gaja dele fora daqui…”
- “Vão te dizer: NÃO os educastes”!...
-Saíram daqui há muitos anos e agora
TEM SOMATÓRIO DE VÍCIOS, que não
interessam aqui, mas a ARROGÂNCIA,
FALTA DE HUMILDADE, RESPEITO
e VAIDADE é característica d’alguns…
-“Secalharapanhamcoma“malta”nosbarres,
é por isso que as “esposas” nãoATURRAM…
Concluímos como sempre: “Jovens,
deixem a Sommershield e vão à
KaTembe construir…” – recomendou,
recentemente Filipe NYUSI, Presidente
da República na KaTembe, mas aqui está:
“EU, viúvo há mais de 5 anos, proibido
de casar e UM “HOMEM” A LIQUIDAR
PELOS FILHOS E FILHAS” …)
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 |NACIONAL| zambeze | 11

MEF – ISSM, IP, BM e Consórcio Promovem Seminário de

Revisão da Legislação do Sector de Seguros e de Pensões
O Ministério da Economia e Finanças - Instituto de
Supervisão de Seguros de Moçambique, IP, (ISSM, IP), em
parceria com o Banco Mundial (BM) e o Consórcio Callund,
Ruparelia e Lei-Associados, promoveu, esta terça-feira, 25
de Julho, na Cidade de Maputo, o Seminário da Pro-posta
da Revisão da Legislação de Seguros e de Pensões com o
objectivo de auscultar diversos intervenientes sobre a matéria
de seguros, com vista a adequar a legislação que assegure o
desenvolvimento das actividades neste sector, de forma sã
e credível, em defesa dos interesses dos consumidores e da

N
estabilidade do mesmo mercado.

o acto de ISSM, IP e os operadores de

abertura do
evento, o mente as melhores estratégias
Vice-Ministro
da Econo-
mia e Finanças, Amílcar Tivane,
referiu que, de 2016 a 2021, o
sector cresceu de 621 para 877
operadores de seguros, dos quais
21 são seguradoras, uma resse-
guradora, três micro-seguradoras,
sete entidades gestoras de fun-
dos de pensões complementa-
res, 131 mediadores de seguros,
entre outros. Enfatizou que, ac-
tualmente, o mercado segurador
conta com 18 seguradoras em
virtude da transferência de car-
teira iniciada nos finais de 2021.
Referiu igualmente, que no
mesmo período, quanto ao volu-
me de produção, o sector registou
o crescimento de 10.6 mil milhões
de meticais para 20.2 mil milhões
de meticais, situando-se a taxa de
penetração dos seguros na econo-
mia, actualmente, em 2% do PIB.
O Dirigente desafiou o
seguros a estudarem conjunta-
que permitam o fortalecimento
do sector em prol do mercado
mais sólido, credível e inclusivo.
Por sua vez, a Presidente do
Conselho de Administração do
ISSM, IP, Ester dos Santos José,
explicou que o seminário foi re-
alizado num contexto em que as
acções do Governo estão centra-
-das na retirada do País da lista
cinzenta do Grupo de Acção Fi-
nanceira, no quadro da Prevenção
e Combate ao Branqueamento
de Capitais, Financiamento do
Terrorismo e Financiamento da
Pro-liferação de Armas de Des-
truição em Massa, exigindo dos
operadores o cumprimento escru-
poloso de normas sobre esta ma-
téria. Por outro lado, assegurou
a implementação do Pacote de
Medidas de Aceleração Econó-
mica, no âmbito da medida 17,
devendo o ISSM, IP, “fortalecer
a supervisão dos fundos da pre-
vidência social e fundos comple-
mentares”, incluindo os geridos
pelo Instituto Nacional de Segu-
rança Social (INSS), entre outros.
O Representante do BM,
Laurent Corthay, disse que a re-
forma legislativa no sector de
seguros, pretende que o quadro
regulamentar esteja alinhado com
as melhores práticas internacio-
nais, adaptadas ao contexto local.
“Acreditamos que o fortale-
cimento do sector de seguros e
pensões vai contribuir para o cres-
ci-mento económico do País, con-
tribuindo para a redução da pobre-
za”, acrescentou Laurent Corthay.
Diversos temas foram dis-
cutidos no âmbito da revisão
da legislação que rege a ac-
tividade segu-radora e fun-
dos de pensões, dentre eles:
Princípios Básicos de Se-
guros emanados da Associação
Internacional dos Supervisores
de Segu-ros; Princípios Básicos
da Organização Internacional
dos Supervisores de Pensões;
Relatório e Contas; e Resolução
Alternativa das Disputas entre
as partes contratantes do seguro.
Participaram do evento re-
presentantes do Banco Mundial,
do Ministério da Economia e Fi-
nanças; do Instituto Nacional de
Previdência Social, do INSS, de
Seguradoras e da respectiva Asso-
ciação, de Resseguradora, de Mi-
cro-seguradoras, dos Corretores
de Seguros e da respectiva Asso-
ciação, das Sociedades Gestoras
de Fundos de Pensões, da Confe-
deração das Associações Econó-
micas de Moçambique, da Ordem
dos Advogados de Moçambique,
do Consórcio da Revisão da
Legisla-ção do Sector de Segu-
ros e de Pensões constituído por
Callund, Ruparelia e Lei-Asso-
ciados, dos quadros do ISSM, IP.
Importa referir que o ISSM,
IP, definiu como um dos objecti-
vos a modernização dos sistemas
de informação que se materia-
liza por, entre outras, a acção de
modernizar e inovar soluções
de tec-nologias de informação e
comunicação, através da imple-
mentação de diversos sistemas
que visam apoiar o processo de
supervisão e fiscalização da ac-
tividade de seguros e de fundos
de pensões em Moçambique.
Para a concretização deste
desiderato, o ISSM, IP, aderiu ao
sistema informático denominado
Bank Supervision Application
(BSA), uma solução de software
de supervisão bancária robusta,
segura e estável, já costumizada
para o sector de seguros, sob ges-
tão do Banco de Moçambique.

Águas do Malawi impressionada como o FIPAG subsidia as

taxas de ligação de água para a população de baixa renda

O
s modelos
de funcio-
namento,
organização
e gestão dos
sistemas de abastecimento de
água, implementados pelo FI-
PAG - Fundo de Investimento e
Património do Abastecimento de
Água, foram terça-feira, 25 de
Julho, em Maputo, positivamente
apreciados pela delegação mala-
wiana, composta por gestores do
sector de água e saneamento da
cidade de Lilongué, em Malawi.
A delegação liderada pelo
presidente do respectivo muni-
cípio, Richard Banda, manteve
um encontro com a Direcção
Nacional de Abastecimento de
Água e Saneamento e, terça-
-feira última, percorreu as insta-
lações da Estação de Tratamento
de Água de Sábie (ETA), em
Corumana, na Província de Ma-
puto, onde se inteirou do fun-
cionamento da infra-estrutura,
incluindo do funcionamento, or-
ganização e gestão do sistema de
abastecimento de água do País.
Na ocasião, os visitantes
manifestaram-se impressiona-
dos com a forma como o FI-
PAG está preparado, com vista
a alcançar a meta preconizada
pela Cobertura Universal 2030.
Momentos após a visita à
ETA, o Director dos Serviços
Centrais de Operações no FIPAG,
Abílio Murima, disse, a propósito,
ter despertado, igualmente, o inte-
resse dos visitantes, o Programa de
Ligações Subsidiadas para a Po-
pulação de Baixa Renda (OBA).
Inserido no Projecto WA-
SIS II, o OBA tem como ob-
jectivo subsidiar as taxas de
ligação de água para a popula-
ção de baixa renda em quatro
províncias das regiões Centro e
Norte do País, nomeadamente
as cidades de Beira e Dondo,
em Sofala, Pemba, em Cabo
Delgado, Nacala, em Nampu-
la e, Tete e Moatize, em Tete.
O referido projecto contem-
pla 20 mil agregados familiares
de baixa renda, correspondendo
a cerca de 106 mil pessoas. O
investimento total será de dois
milhões de dólares norte-ameri-
canos, com o governo a subsi-
diar 97,5% das despesas de cada
contrato de ligação de água.
“Fizemos uma apresentação
institucional sobre como o FI-
PAG funciona. Apresentamos-
-lhes as infra-estruturas que
erguemos, outras em curso, in-
cluindo os planos para o futuro,
com vista a garantir o abasteci-
mento de água às populações
com a qualidade e quantidade ne-
cessárias”, frisou Abílio Murima.
Por sua vez, Richard Banda
manifestou-se satisfeito com o
que viu e ouviu: “Tivemos en-
contros muito importantes e tam-
bém a oportunidade de aprender
bastante. Ao voltarmos para Ma-
lawi, vamos implementar algu-
mas das coisas que aprendemos
desta visita a Maputo para que
possamos registar melhorias”,
disse, realçando o facto de ter tido,
igualmente, um encontro com o
Presidente do Conselho Munici-
pal de Maputo, Eneas Comiche.
12 | zambeze | centrais| Quinta-feira, 27 de Julho de 2023

Governo está a agir contra os princípios que norteiam o

exercício do direito à greve por parte dos médicos

O Governo moçambicano está a mostrar desnorte na generalística, que precisa da com prioridade em relação aos militares. Esta forma de actu-
gestão da greve dos médicos do Serviço Nacional de Saúde acção do legislador ordinário demais órgãos. É que a respon- ação acaba por menorizar os
(SNS). As ameaças de sancionar os médicos grevistas com para a sua operacionalização. sabilidade de governar cabe ao efeitos da greve, o que não é
faltas não são o melhor mecanismo para a resolução do O que a Constituição da Repú- Governo, de forma exclusiva, e ético, mas é de compreender,
imbróglio que afasta o Governo da classe médica. O Governo blica de Moçambique (CRM) providenciar serviços de saúde numa situação em que foi ne-
(GdM) e a Assembleia da República (AR) são os principais prevê é que “[a] lei limita o de forma contínua e regular é gligenciada a capacidade dos
culpados por esta situação, por não terem agido de forma direito à greve nos serviços obrigação do executivo. De médicos de voltarem à greve
apriorística, no sentido de legislar a matéria referente à ga- essenciais, no interesse das ne- igual modo, o dispositivo cons- por incumprimento das suas
rantia dos serviços mínimos, no caso, para um sector nevrál- cessidades inadiáveis da socie- titucional acima citado refere-se exigências por parte do Go-
gico como o da saúde. É preciso verificar que a actual greve dade e da segurança nacional”. a “necessidades inadiáveis da verno. Também, esta forma de

T
dos médicos não é a primeira a acontecer.
rata-se, cro- dos médicos para voltarem
nologicamen- à greve. Ou seja, o Governo
te, da terceira não agiu de forma estratégica,
fase da greve, como era suposto, para minorar
pelo que, em os efeitos da greve em curso.
consequência do resultado das É que, a par do parlamen-
anteriores, o Governo e o par- to, o Governo também tem
lamento já deviam ter entrado a iniciativa de lei garantida
em sintonia para produzir uma constitucionalmente. Deste
lei visando regular a realização modo, não se percebe a ra-
dos serviços mínimos. Com a zão da inércia dos dois órgãos
actual fase da greve, a terceira, em exercer os seus poderes
o que se deve questionar é: terá nesta vertente, legislando
o Governo feito o balanço das sobre os serviços mínimos.
anteriores fases para tomar as Previsão constitucio-
medidas necessárias, de forma nal de serviços mínimos não
apriorística, visando acautelar é suficiente para operacio-
as consequências da actual fase nalizar o seu cumprimento
da greve, tendo em atenção que É uma falácia o Governo
anteriormente as questões le- vir a público referir que os mé-
vantadas pelos médicos não dicos estão a violar a previsão
tinham sido resolvidas? Pelo constitucional referente à ga-
que se observa, não! O Gover- rantia dos serviços mínimos.
no negligenciou a capacidade É que se trata de uma previsão
Ora, a constituição nem che-
ga a se referir aos sectores que
devem ser considerados essen-
ciais. Deixa à responsabilidade
do legislador ordinário clarifi-
car esta disposição por meio de
legislação infraconstitucional.
Ademais, o legislador ordiná-
rio não só se deve preocupar
em legislar sobre questões já
conhecidas, sendo que também
se deve antecipar a factos futu-
ros e com a actual crise sócio-
-económica que vem assolando
o país, com alguns sectores a
entrarem em greve ou a exis-
tir a ameaça de virem a entrar.
Sendo assim, exigisse a
tomada de medidas cautelares
para acorrer a situações já pre-
visíveis. Aliás, por decreto, o
Governo podia legislar sobre a
matéria atinente à garantia dos
serviços mínimos, como a en-
tidade interessada em levar a
cabo a sua acção governativa
sociedade”. Mesmo sendo pos-
sível deduzir que providenciar
serviços de saúde é uma neces-
sidade inadiável, fica a obriga-
ção para o Governo de legislar
sobre a forma como os serviços
de saúde devem ser garantidos/
providenciados à população,
mesmo em situações de crise.
Governo na vanguarda da
violação do direito à greve dos
médicos: Não é ético substituir
os médicos efectivos
O exercício do direito à gre-
ve deve produzir os seus efei-
tos, que são os de pressionar o
empregador (no caso o Estado)
a cumprir com as exigências
dos grevistas. No que se refere
à greve dos médicos que está a
decorrer, o Governo tem estado
a recorrer à substituição dos
médicos grevistas por outros,
designadamente estagiários e
actuação do Governo pode ser
compreendida pela necessidade
de materializar o previsto na
CRM que consagra o direito
à saúde, referindo que “[t]odo
o cidadão tem direito à assis-
tência médica e sanitária ...”.
Como princípio geral, du-
rante o período em que decorre
uma greve é proibido substituir
os grevistas por outros profis-
sionais da área, que até aquele
momento não estão vinculados
ao sector de trabalho em causa.
É uma violação grosseira dos
princípios que norteiam o exer-
cício do direito, sendo que “[é]
neste quadro de acautelamen-
to da neutralização dos efeitos
da greve que enquadramos a
proibição de substituição de
grevistas (...), pela sua natureza
adequada, necessária e não ex-
cessiva para garantir os efeitos
práticos do direito à greve”. No
entanto, o Governo tem sido o
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 | centrais| zambeze | 13

Conclusão e recomendações
O GdM não pode pretender
sancionar os médicos grevistas
alegando que estes não estão
a cumprir com a prestação dos
serviços mínimos. O GdM e a
AR devem reconhecer que fa-
lharam ao não ter legislado de
forma a minorar os efeitos das
greves para a população/socie-
dade em sectores essenciais,
como é o caso da saúde. É que
em estados democráticos, ou
que apregoam serem democrá-
ticos, como o moçambicano, o
exercício do direito a greve é
sempre possível de acontecer,
com maior ou menor frequên-
cia, como manifestação da insa-
tisfação da massa laboral e por
ser um direito garantido pela
constituição, seja no sector pú-
blico ou no privado. Pelo que,
recomenda-se o seguinte: - O
GdM deve abandonar a sua pre-
tensão de sancionar os médicos
primeiro a violar os direitos dos gravemente, em causa o nor- mais além ao prever a figura tivas associações sindicais para grevistas; - O GdM deve procu-
médicos à greve, tendo em aten- mal funcionamento de certas da requisição civil, também garantir tais serviços mínimos rar cumprir com as promessas
ção que existem situações de actividades fundamentais. É de pessoas. Se Moçambique ...” . Na situação da actual gre- feitas aos médicos, no que foi
denúncia deste tipo de prática. da competência do Gover- tivesse legislado com amesma ve dos médicos, e nas anterio- acordado; - O Governo deve
no, excepcionalmente, de- abrangência da legislação por- res, e com um diploma legal re- procurar legislar, com urgência,
cretar a requisição civil”. tuguesa, o Governo poderia ferente à requisição civil mais a matéria relacionada aos ser-
Será que o Governo poderia viços mínimos, seja por meio
recorrer à medida excepcional
Aliás, a legislação moçam- recorrer à requisição civil dos abrangente, o Governo poderia,
bicana prevê a figura da requi- médicos, o que faria com que através desta figura, “obrigar” de decreto (dada a urgência em
da requisição civil? legislar esta matéria) seja por
sição civil de forma tímida e não violasse o direito destes à os médicos a exercerem a sua
A requisição civil é uma pouco abrangente, na medida greve. O recurso à requisição actividade, sem que tal violasse proposta de lei a submeter à AR
medida excepcional e não de em que se circunscreve à requi- civil tem que ver com o facto os seus direitos, mas como “... para efeitos de debate e aprova-
uso aleatório. Só se pode re- sição de equipamentos e outros de que “... não podemos estar um mecanismo que tem por vis- ção. - A AR deve assumir o seu
correr a mesma “[n]a eventu- bens para fazer face a opera- totalmente dependentes da dis- ta colmatar a falha dos serviços papel no sentido da conforma-
alidade de o incumprimento ções de emergência. Por exem- ponibilidade, ou mera vontade, mínimos na satisfação das neces- ção dos serviços mínimos na
dos serviços mínimos colocar, plo, a legislação portuguesa vai dos trabalhadores e das respec- sidades públicas impreteríveis”. legislação moçambicana.(CIP)

Comercial

V SIMPÓSIO DE ECONOMIA E GESTÃO DA LUSOFONIA - de 21 a 23 de Novembro / 2023

Instituto Superior de Formação, Investigação e Ciência (ISFIC) - Moçambique
Instituto Superior Mutassa (ISMU) - Moçambique
Por um ensino superior integrado, inovador e orientado para o desenvolvimento sustentável das comunidades

Fórum de Debate de Economia e Gestão Estrutura do Artigo Científico Apresentação dos Trabalhos

É um espaço onde investigadores de países lusófonos se encontram, apresentam e discutem os O Artigo deve ter a seguinte estrutura: O evento irá decorrer de forma híbrida:
seus trabalhos de investigação, sendo elegíveis todas as pessoas que reúnam o título de Licen- Online - Com recurso a plataformas de vídeo conferência e;
1. Título / Proponente
ciado, Mestre ou Doutor nas áreas da economia, da gestão, das finanças, da contabilidade, do Título: Deve estar destacado Presencial - Em Moçambique, nas instalações do ISFIC e do ISMU.
ambiente, da sustentabilidade e demais áreas afins. Proponente: Deve ter o nome do autor e dos co-autores (caso existam)
Devem ser referênciadas as instituições de todos os proponentes e os respectivos endereços electrónicos. O orador terá no máximo 10 minutos para fazer a sua comunicação e em seguida serão concedidos
2. Resumo 20 minutos para a apresentação de dúvidas e debates.
Objectivos Deve ter no máximo 400 palavras. Para mais detalhes sobre a participação no evento de forma presencial, entrar em contacto com
Deve ter no mínimo três e no máximo cinco Palavras-Chave, separadas por vírgula.
a comissão organizadora.
Facilitar o entrosamento dos investigadores.
3. Abstract Observação: Os certificados só serão emitidos para os participantes do simpósio.
Aproximar povos e instituições de ensino, criando oportunidades de mobilidade de quadros. Resumo apresentado na língua inglesa.

Reflectir sobre os impactos socioeconómicos nas diversas áreas. 4. Introdução Datas Importantes
Deve de forma clara e objectiva enquadrar o leitor a cerca do tema/assunto estudado.
Actividades Data
5. Enquadramento teórico/Estado da arte Submissão dos trabalhos 25/06/2023 a 25/10/2023
Candidatura Deve identificar os principais conceitos e modelos teóricos referenciais para sustentar o Divulgação dos trabalhos aceites Até 05/11/2023
estudo realizado. Envio das apresentações (PowerPoint) Até 15/11/2023
1. Tem direito de submissão de comunicação nas áreas da economia, da gestão, das finanças, da Envio do Artigo corrigido em ficheiro Microsoft Word até 21/11/2023
6. Metodologia
contabilidade, do ambiente, da sustentabilidade e demais áreas afins, todos aqueles que possuam Realização do evento 21/11/2023 a 23/11/2023
Deve-se listar os materiais usados e explicar os métodos de investigação aplicados no estudo.
o Grau de Licenciado, Mestre ou Doutor. Publicação dos anais 2024
7. Resultados e Discussão
2. O candidato pode submeter no máximo dois artigos científicos para o Simpósio.
Deve-se usar para relatar os resultados e discutí-los, fazendo um juízo dos mesmos e
3. Os artigos deverão incluir uma nota final que explicite a utilização ou não utilização do novo avaliando os resultados encontrados. Contactos
acordo ortográfico. 8. Conclusões ou Considerações Finais Todos os Artigos devem ser enviados para o endereço electrónico da comissão organizadora -
Deve conter as conclusões ou considerações finais constatadas com base nos resultados simposio.lusofonia@gmail.com
obtidos na secção anterior e as mesmas devem estar alinhadas com os objectivos e a(s) Em caso de dúvidas estamos disponíveis nos seguintes contactos (WhatsApp):
Tipo de Trabalho Aceite questão(ões) de partida ou pesquisa.
+258 86 865 5650 - Ana Lúcia +238 981 0748 - Eliane da Graça
Serão aceites trabalhos: 9. Referências Bibliográficas | Citações +258 84 771 0284 - Egidio Placido +224 923 338 822 - Cláudia Paulo
As fontes podem incluir livros, enciclopédias, revistas, artigos, página de internet, etc. As +258 84 224 4646 - Castro Cardoso +244 934 183 510 - Conceição da Silva
Inéditos e em português ou inglês; citações e referências devem obedecer às normas da 7ª edição da APA. +258 82 653 7882 - Gilmar da Conceição +55 38 99828 6520 - Carla Burle
No formato word; +258 82 946 3607 - Gil Sevene +351 932 515 555 - João Samartinho
10. Formatação e Número de páginas +258 84 544 4330 - Rogério Romão +55 45 8405 7715 - Cleber Sarafin
Nos quais se verifique a conformidade em relação à Estrutura do Artigo Cientifico (ver em O Artigo a submeter tem de respeitar as seguintes regras gerais de formatação:
“Estrutura do Artigo Científico”). Estar formatado com o tipo de letra Arial, tamanho 11, espaçamento entre linhas Simples,
espaço de 6pts antes e depois do parágrafo. Deve ter entre 8 a 12 páginas. Grupo Alvo
Observação: Os trabalhos que não estiverem no formato de artigo científico e/ou não forem
enviados no formato Microsoft Word, não serão aceites. 11. Linguagem Poderão participar neste simpósio todos os estudantes que estejam a frequentar o ensino supe-
Deve ser objectiva e precisa, não sendo permitida a utilização de termos que geram dúvidas rior (graduação e pós-graduação), docentes, investigadores, gestores/funcionários das instituições
como: mais ao menos, relativamente, etc. públicas/privadas e a sociedade no geral.

Instituições Organizadoras Instituições Organizadoras Instituições Organizadoras

V Simpósio - 2023
14 | zambeze | nacional| Quinta-feira, 27 de Julho de 2023

Índia posiciona-se como sexto

maior investidor no país
O ministro da Indústria e Comércio (MIC), Silvino Mo- próximos 2-3 anos”, ou seja, “o
reno, destacou que o volume de investimentos da Índia em mais comum é que Moçambi-
Moçambique nos últimos 10 anos, para além de contar com que e os indianos respeitam as
119 aprovados num total de US$ 316.386.956, posiciona-lhe pessoas e ambos os países são
em sexto lugar da lista dos 10 maiores investidores, tendo humildes por natureza. Este é o
uma capilaridade alinhada com a matriz das prioridades da amor de Moçambique e Índia”.
nossa agenda de diversificação produtiva, designadamente a “Na Índia Expo, você pode
nível da agricultura, no agro-processamento, nos hidrocarbo- encontrar pessoas experientes de
netos, na comercialização agrícola, na energia, na logística, diferentes sectores, como farma-

P
na indústria farmacêutica e serviços médicos.
or outro lado, a
balança comer-
cial, nos últimos
5 anos, indica
que a Índia é um
parceiro estratégico de Moçam-
bique, sendo o terceiro maior
parceiro a nível das exportações,
num total de USD 5.805,3 mi-
lhões com um crescimento de
5%, correspondente a 15% do
volume total das exportações.
Discursando esta terça-feira,
durante a abertura da Feira e Expo-
sição de Negócios e Investimen-
tos Moçambique - Índia, Silvino
Moreno referiu que “a localiza-
ção estratégica de Moçambique,
hoje, deve ser equacionada como
um pólo e plataforma logística
pelo facto de não apenas sermos
a porta de entrada para 6 países
da SADC, que é um mercado re-
gional com cerca de 380 milhões
de consumidores, mas também de
fazermos parte do acesso logís-
tico a Zona de Comércio Livre
Continental Africana, que dispõe
de 1,3 biliões de consumidores”.
isenção de licenciamento. Cin-
co) Estamos a expandir o aces-
so digital dos serviços de apoio
ao negócio através do E-BAU e
com a revisão em baixa código
do IVA para 16%, do Imposto de
Rendimento de Pessoa Colectiva
de 32% para 10% na agricultura,
e do Código de Imposto de Con-
sumo Específico bem assim da
Pauta Aduaneira, estamos dizer
que é melhor investir e fazer ne-
gócios em Moçambique com o
nosso sector priva do nacional”.
Silvino Moreno referiu que
“Esta Feira e Exposição é também
uma antevisão do que os investi-
dores e empresários da Índia estão
assinalar no nosso esforço de re-
toma e alavancagem empresarial.
A partir do dia 28 de Agosto até o
dia 02 de Setembro realizaremos
a nossa 58ª edição da Feira Inter-
nacional de Maputo (FACIM),
pelo que gostaríamos de solicitar
e convidar a V.Excia juntamente
com a activa Liderança do Conse-
lho Indiano de Negócios a mobi-
lizar os investidores da Índia para
acordo com o Alto-comissário
da Índia em Moçambique, “o
nosso comércio bilateral anual
total foi superior a USD 5 bi-
liões para o ano financeiro de
2022-23. As exportações da
Índia ascenderam a 2,5 mil mi-
lhões de dólares americanos”.
“Mais importante ainda e
muito agradavelmente, o comér-
cio bilateral com Moçambique
foi bem equilibrado, com as ex-
portações de Moçambique para a
Índia também a rondar os 2,6 mil
milhões de dólares no último ano
fiscal”, frisou Ankan Banerjee,
tendo sublinhado que “Moçam-
bique é uma importante fonte de
recursos minerais críticos para
a Índia, para além dos produtos
agrícolas. Fornece-nos carvão de
coque que é fundamental para as
Inaugurado Balcão de Atendimento Único de Conteúdo
Local do Projecto Mozambique LNG em Cabo Delgado
fábricas de aço na Índia. Acima
de tudo, “Moçambique exportou
1,2 mil milhões de dólares de
carvão no último ano fiscal, para
além de ser também uma impor-
tante fonte de ervilhas, castanhas
de caju e outros produtos agríco-
las”, frisou o diplomata indiano.
Para Chetanya Singh, Pre-
sidente do Conselho Directivo
do Conselho Indiano de Negó-
cios, indicou as áreas de interesse
das Empresas Indianas em Mo-
çambique: “cuidados de saúde
e saúde produtos farmacêuticos,
Manufactura, Processamento de
comida, Agricultura e Tecnolo-
gia”. Segundo o Presidente do
Conselho Directivo do Conselho
Indiano de Negócios, “nosso alvo
é aumentar a presença da Índia
em Moçambique em 200% nos
cêutica, medicina, saúde, servi-
ços, tecnologias, RH & mão-de-
-obra, Recrutamento, automóvel,
manufactura, comércio, bancos,
seguros, alimentos, e bebidas,
educação, passeios e viagens, en-
genharia, etc, etc. Significa que
você pode encontrar tudo em um
só lugar, as empresas estão aqui
para te apoiar”, acrescentou o di-
rigente empresarial. Nas palavras
de Chetanya Singh, “atingimos
resultados acima do esperado,
mais de 100 empresas on- ins-
talações, mais de 150 empresas
virtualmente, mais de 12 confe-
rências sobre diferentes temas e
além disso, apoiamos mais de 30
Macro e Micro empresas, geral-
mente essas empresas não conse-
guem oportunidades como esta,
neste tipo de exposição comercial.
Agora que o e-visa está aberto,
garantimos que convidaremos mais
de 200 empresas vão investir em
Moçambique na próxima edição”.

Segundo o governante, “a
atracção de Investimentos atra-
vés de um ambiente de negócios
competitivo é uma das prio-
ridades que o nosso Governo
elegeu com vista a alavancar o
sector privado e da economia”.
Conforme o ministro da In-
dústria e Comércio, “temos mui-
tas razões de “porquê Moçambi-
que ser um destino de interesse
para o investimento e parcerias”.
Na verdade, estamos a edificar um
portefólio legal mais atractivo a
materialização de investimentos.
Um) Aprovamos, recentemente, o
Pacote de Medidas de Aceleração
Económica, dentro do qual já per-
mitiu algumas reformas estratégi-
cas. Dois) Hoje, temos uma Lei de
Trabalho e um Código Comercial
cuja revisão aproveitou as melho-
res práticas globais. Três) Através
da Lei de Vistos introduzimos,
pela primeira vez, o e-visa. Qua-
tro) Aprovamos, recentemente, o
Regulamento da Mera Declara-
ção, o que permite que mais de 80
actividades económicas tenham
que participem da FACIM”. Por
seu turno, Ankan Banerjee, Alto-
-comissário da Índia em Moçam-
bique anotou que “a presença da
diáspora indiana em Moçambique
que tornou as relações comerciais
entre os nossos dois países mais
vibrantes, significativas e produ-
tivas. Eles têm proporcionado a
ligação crítica entre os negócios
indianos e os negócios moçambi-
canos e têm investido substancial-
mente para fazer crescer e expan-
dir exponencialmente em todos
os sectores. Também os felicito
profundamente pelo serviço que
prestaram não só para promover
o negócio indiano, mas também
para o povo deste país através das
suas contribuições benevolentes
e generosas para a sociedade e
economia moçambicana. Saúdo-
-os por tão preciosos actos”.
Por outro lado, “a Índia goza
de uma posição proeminente no
que diz respeito ao seu comércio
bilateral e relações comerciais
com Moçambique”, acrescen-
tou Alto-comissário da Índia. De
O
Governador da pro-
víncia de Cabo Del-
gado, Valige Tauabo,
inaugurou esta tarde, em Pemba,
o Balcão de Atendimento Único
de Conteúdo Local do Projecto
Mozambique LNG. O Balcão
visa promover o conteúdo local,
incluindo através da divulgação de
informação de interesse comercial,
da promoção de ligações empresa-
riais, da capacitação de empresas e
recursos humanos moçambicanos,
do fomento de relações comerciais
e integração de empresas moçam-
bicanas nas oportunidades de ne-
gócio criadas, directa ou indirecta-
mente, pelo projecto Mozambique
LNG, operado pela TotalEnergies
EP Mozambique Area 1 Limitada.
Durante a cerimónia de inau-
guração, o Governador de Cabo
Delgado, congratulou o Projecto
Mozambique LNG pela “apos-
ta firme nas PME`s da Província
de Cabo Delgado, demonstrada
a partir da concepção desta plata-
forma, que representa uma capa-
cidade adicional para mudar para
melhor o paradigma da relação
entre os grandes investimentos, o
Governo na Província e o empre-
sariado local. Acrescentou ainda
que esta infra-estrutura é impor-
tante “não apenas pelo alargamen-
to das capacidades institucionais
de assistência ao sector privado,
mas, especialmente, por represen-
tar mais um passo na restauração
do melhor ambiente de negócio”.
Por sua vez, Stéphane Le-
-Galles, Vice-presidente sénior de
operações do projecto Mozambi-
que LNG, afirmou: “Continuamos
a investir em acções de conteúdo
local, embora o nosso projecto,
Mozambique LNG, esteja em
força maior e, portanto, com as
operações de construção suspen-
sas. Este Balcão é mais um passo
importante da nossa iniciativa
CapacitaMoz, que funciona como
plataforma para contribuir para,
entre outros objectivos, a capacita-
ção de moçambicanos, e constitui
mais um marco na implementação
da nossa Estratégia de Conteú-
do Local, que está em linha com
o Programa Único de Conteúdo
Local estabelecido pelo Governo.
Na verdade, este Balcão, que
hoje inauguramos formalmente,
tem vindo já a afirmar a sua mais-
-valia, 2 estando actualmente a
desenvolver diversas actividades,
incluindo a implementação de um
programa de formação que está a
beneficiar 25 empresas locais”.
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 | comercial| zambeze | 15
 No leito do grande rio Onde o n e g ó c io se r e e nc o n t r a

Maningue Magic abre candidaturas

de seriados para o canal
O canal Maningue Magic abre candidaturas para bique, uma vez que nunca
projectos de seriados. As candidaturas decorrem entre 24 antes se realizou uma experi-
de Julho e 13 de Agosto do ano em curso. A proposta do ência desta natureza no país.
seriado deve ser submetida no portal da M-Net (o link está “Estamos empolgados em
no fim deste artigo) contendo o seguinte: um orçamento promover essa Sessão de Pi-
geral, sinopse geral e episódica (13 episódios de 25 minu- tching pioneira em Moçambi-
tos), descrição das personagens e das locações, propostas que. Queremos dar voz aos pro-
de equipa artística e técnica, planos de produção e referên- dutores locais e proporcionar

A
cias visuais.
originalida- Trata-se de um processo
de, qualidade que visa impulsionar a indús-
narrativa e tria cinematográfica local e
viabilidade oferecer uma plataforma ex-
de produção, clusiva para os produtores
para além da adequação ao pú- moçambicanos apresentarem
blico-alvo do canal Maningue seus projectos. Todos os pro-
Magic, são os critérios que vão jectos que não forem seleccio-
concorrer para a pré-selecção nados pelo Canal ficam livres
dos projectos a serem submeti- para serem reapresentados
dos. E só os projectos que rece- ao Canal e/ou ao mercado.
berem a melhor avaliação (má- O canal Maningue Magic
ximo de seis) passarão para a está comprometido em apoiar
fase de apresentação na Sessão o desenvolvimento da indús-
de Pitch, AO VIVO, ao painel tria local, fornecendo uma
de júris, que incluirá o Direc- plataforma para os produto-
tor do Canal Maningue Magic. res moçambicanos mostra-
rem seu talento e criatividade.
Aliás, esta iniciativa é
um marco para a indústria
cinematográfica em Moçam-
uma oportunidade única de de-
senvolver e impulsionar a indús-
tria cinematográfica no país”,
afirma João Ribeiro, Director
do canal Maningue Magic.
Esta iniciativa acontece
no âmbito da 14ªedição do
Festival Kugoma, o mais an-
tigo festival de cinema mo-
çambicano. Faz projecções
ao ar livre e em salas, realiza
workshops, masterclasses, exi-
bições em escolas e ajuda a
promover os futuros realizado-
res moçambicanos e africanos.
Todos candidatos devem
consultar os Termos e Con-
dições desta iniciativa antes
de submeter a sua proposta:

ADE e MCNet assinam memorando de entendimento

A
Agência Na-
cional de
Desenvolvi-
mento Geo-
-Espacial
(ADE) e a Mozambique Com-
munity Network (MCNet) as-
sinaram, na quinta-feira, dia
20 de Julho, um memorando
de entendimento que prevê
a colaboração e cooperação
para partilha de conhecimen-
to e ferramentas de análise
que vão permitir a melhoria
dos sistemas de gestão. Esta
parceria pretende contribuir
para um melhor ambiente de
negócios através de soluções
inovadoras que apoiem a to-
mada de decisão sobre a pla-
nificação, armazenamento e
o desenvolvimento de parce-
rias estratégicas para facili-
tar o comércio internacional.
O memorando de enten-
dimento tem ainda como
objectivo contribuir para o
engajamento do sector pú-
blico, privado e sociedade
no geral, bem como para a
consciencialização do uso
de dados, através de progra-
mas dedicados à educação.
Odete Semião, Directora-
-Geral da ADE, explicou que
“apesar dos potenciais bene-
fícios dos dados e informação
geo-espacial, existem nume-
rosos desafios à sua utiliza-
ção eficaz em Moçambique”.
Estes desafios “incluem o
acesso limitado a dados geo-
-espaciais de alta qualidade,
capacidade limitada para ana-
lisar e utilizar os dados, e uma
consciência limitada ao nível
de tomada de decisão sobre os
potenciais benefícios da utili-
zação de dados e informação
para decisões estratégicas”,
afirmou a mesma responsável.
As informações disponi-
bilizadas pela ADE através
da Rede Nacional do Siste-
ma de Informação Geográfica
são importantes precisamente
para ajudar o sector privado
e o sector público na tomada
de decisão com base em evi-
dências, proporcionando uma
visão holística das questões
que afectam as comunidades.
Segundo Odete Semião,
“estes dados podem aju-
dar os decisores a identifi-
car áreas prioritárias para
investimentos e a alocação
de recursos de forma efi-
caz e eficiente, apoiando,
de igual forma, a elabora-
ção de políticas públicas”.
Para Rogério Samo Gudo,
PCA da MCNet, esta parce-
ria tem inúmeras vantagens,
desde logo, por “garantir o
acesso à tecnologia, inova-
ção e conhecimento especia-
lizado para colecta, optimi-
zação, análise e visualização
de dados e informação geo-
-espacial, nos vários secto-
res de desenvolvimento de
Moçambique” e “contribuir
para o engajamento do sector
público, privado e socieda-
de no geral, para a conscien-
cialização no uso de dados”.
O acordo estabelecido
com a MCNet visa acelerar
o desenvolvimento institu-
cional das partes, focando-se
na promoção de utilização
de dados e tecnologias para
responder aos desafios de de-
senvolvimento sustentável de
Moçambique. Tendo em conta
que a tecnologia está a mudar
os percursos do desenvolvi-
mento, o próprio Estado deve
acompanhar este desenvolvi-
mento, combinando os mode-
los tradicionais de planifica-
ção e os de tomada de decisão
com os modelos mais actuais.
O memorando de en-
tendimento com a MCNet
pretende, também, gerar in-
formação e conhecimento,
através de dados produzidos
nos vários sectores de desen-
volvimento em Moçambique.
O território moçambica-
no é o primeiro espaço ge-
ográfico sobre o qual serão
implementadas as iniciativas
do acordo, podendo ser esta-
belecidas relações com ins-
tituições que operam a nível
nacional, regional ou inter-
nacional. O objectivo é que
as soluções e oportunidades
resultantes dessas iniciativas
sejam aplicadas para respon-
der às metas estabelecidas
pelo memorando, com vis-
ta a promover o desenvol-
vimento de Moçambique.
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 No leito do grande rio Onde o n e g ó c io se r e e nc o n t r a
zambeze | 17

Access Bank reforça presença

no mercado africano
No âmbito da sua estratégia de expansão pelo mercado
africano, o Access Bank finalizou recentemente a aquisição
de dois bancos em Angola, nomeadamente o Finibanco e
o Standard Chartered. O Banco vai também avançar com
a aquisição do Standard Chartered noutros países, como
Camarões, Gâmbia e Serra Leoa, bem como o seu negócio

E
de Consumer, Private & Business Banking, na Tanzânia.

stas transac- na, Kenya, Guiné-Conacri

ções estão
sujeitas à do a presença na Zâmbia.
aprovação das
respectivas en-
tidades reguladoras locais e da
entidade reguladora bancária da
Nigéria, e podem estar conclu-
ídas nos próximos doze meses.
O Access Bank conside-
ra estratégica e fundamental a
aquisição destes novos bancos,
pois permitirá construir uma
franquia global forte, focada em
servir de porta de entrada para
pagamentos, investimento e co-
mércio entre países africanos.
Nos últimos dois anos, o
Access Bank tinha vindo já a
reforçar a sua presença global
em África com a aquisição
de participações em países
como os Camarões, Botswa-
e África do Sul e reforçan-
O crescimento e solidifica-
ção do Grupo está também a
expandir-se para o mercado Eu-
ropeu, com o início recente de
operações em Paris. A presença
do Banco em França está em li-
nha com a estratégia de longo
prazo do Access Bank de se tor-
nar o Banco mais respeitado de rede de centros de comércio do país. Ainda no âmbito do Nigéria operando uma rede de
África e uma porta de entrada internacional e de pagamen- processo de expansão da rede mais de 750 balcões e agentes.
para a Europa e para o mundo. tos, utilizando-a como plata- bancária, irá abrir 5 novos bal- Está presente em três conti-
Para o Administrador- forma para mostrar o potencial cões no país, ainda este ano. nentes e em18 países e serve
-Delegado do Access Bank de África ao resto do mundo”. O Banco continua também 49 milhões de clientes, dando
Mozambique, Marco Abalro- Também em Moçambi- a apostar em quadros nacio- emprego a mais de 28 mil co-
ado, “as fortes expectativas de que, após a aquisição do Ban- nais, oferecendo as soluções laboradores nas suas operações
crescimento no continente afri- cABC em 2021, e finalização mais inovadoras do mercado. na Nigéria, África Subsaariana
cano levaram o Banco a inves- do processo de rebranding, o Líder no ranking dos ban- e no Reino Unido. Tem ainda
tir numa robusta estratégia de Banco prossegue a sua estra- cos Africanos no que respeita escritórios de representação na
expansão, com o objectivo de tégia de expansão, totalizando ao número de clientes, o Ac- China, Líbano, Índia, Emirados
estimular o crescimento da sua já 11 balcões em 6 províncias cess Bank é o maior Banco da Árabes Unidos e África do Sul.

Programa de Apoio à Agricultura continua

a dinamizar a produção em Cateme
A
Vulcan, atra-
vés do seu
Programa
de Apoio à
Agricultura
de Cateme, continua a impac-
tar positivamente agricultores
e neste momento o Programa
abrange um total de 345 famílias
(145 na Fazenda Modelo e 200
nas hortas caseiras) na locali-
dade de Cateme, em Moatize.
Dentro da Fazenda Modelo,
esta comunidade tem vindo a
produzir hortícolas, que incluem
couve, alface, cebola e tomate,
numa área de 8 hectares, onde
cada família dispõe de 500 me-
tros quadrados de terra para de-
senvolver a sua própria produção.
A comunidade de Cateme
mostra-se satisfeita com a ini-
ciativa e afirma que este apoio
está a melhorar, consideravel-
mente, a qualidade da produção
e, consequentemente, a quali-
dade de vida das populações.
“Com as capacitações con-
seguimos aumentar a produ-
ção, o que permite vender os
nossos produtos e aumentar a
nossa renda”, afirmou Joana
Cuvizar, uma das agriculto-
ras abrangidas pelo programa.
Opinião partilhada por Car-
lito Vinte, que se mostra feliz
e reconhece a importância do
Programa de Apoio à Agricul-
tura de Cateme. “Estou bastante
satisfeito com o apoio que rece-
bo da Vulcan. Hoje, através da
comercialização dos produtos
agrícolas deste projecto, consi-
go pagar a escola das crianças e
comprar outros bens”, afirmou
Vinte, beneficiário da iniciativa.
No final, Victor Zimba, em
representação a Vulcan, afirmou
que para além dos familiares re-
ceberem um espaço para a prática
da agricultura, as comunidades
têm outros benefícios acrescidos.
“Os agricultores recebem igual-
mente formação técnica (para
melhorar a produção), instru-
mentos de produção compostos
por enxadas, catanas e regado-
res, bem como 400g de sementes
que compreende 100kg de cada
cultura (couve, alface, cebo-
la e tomate)”, concluiu Zimba.
A Vulcan reforça que vai
continuar a apoiar os produto-
res da Cateme para que pos-
sam desenvolver a actividade
agrícola, promovendo fontes
alternativas de renda e garantin-
do a subsistência das famílias
18 | zambeze
Care Team: LAM retoma
serviço de apoio aos passageiros
A LAM - Linhas Aéreas de Moçambique reintro-
duziu o serviço de assistência aos passageiros em ter-
ra, o qual estará disponível, numa primeira fase, no Ae-
roporto Internacional de Maputo, prevendo-se a sua
A
expansão para as outras escalas onde a companhia opera.
reintrodução
deste serviço,
Care Team,
como é conhe-
cido na lin-
guagem de aviação, faz parte de
um conjunto das reformas em
curso na companhia, depois da
intervenção da Fly Modern Ark
na gestão da LAM e visa orien-
tar os utentes dos vários serviços
nos aeroportos, que incluem:
a chegada até à realização do
check-in, bem como no acto
de embarque e desembarque.
Na sexta-feira, 21 de Julho,
o vice-ministro dos Transpor-
tes e Comunicações, Amilton
Alissone, visitou a equipa po-
sicionada no Aeroporto Inter-
nacional de Maputo, tendo-
-se mostrado satisfeito com a
reintrodução do Care Team.
Nos últimos cinco anos: Work4Progress já criou mais de 4.600 empregos
N
os últimos
cinco anos
(2018-2023),
o programa
“Work4Pro-
gress – Inovação para a Pro-
moção do Emprego”, abran-
geu, no País, a um total de
38.600 pessoas, gerando um
universo de 4.613 empregos.
Trata-se de um programa
promovido pela Fundação La
Caixa, da Espanha, executado
em três países, sendo que em
Moçambique é desenvolvido
através de uma rede de par-
ceiros constituída pela Ayu-
da en Accion, Cesal, Enraiza
Derechos, sob a coordenação
local da Fundação Universi-
tária para o Desenvolvimen-
to da Educação (FUNDE).
O estágio de evolução
deste programa, no País, foi
dado a conhecer, no decurso
da reunião anual desta plata-
forma, ocorrida, quarta-feira,
19 de Julho, na Universidade
Politécnica, em Maputo, sob
o lema “Parcerias Estratégi-
cas Para o Fortalecimento de
Plataformas de Geração de
Emprego, Trabalho e Renda”.
O objectivo deste encontro
“A LAM está num processo
de reformas e há um entendi-
mento de que os seus serviços
têm tendência a melhorar. Por
aquilo que pudemos constatar
durante a interacção com os pas-
sageiros, o serviço (Care Team)
está a facilitar sobremaneira a
sua movimentação dentro do ae-
roporto”, disse o vice-ministro.
Amilton Alissone consi-
derou a reintrodução daque-
les serviços de “necessários”
e que vão tornar a empresa
mais competitiva no mercado.
“Vamos todos abraçar esta
causa, a reforma da nossa com-
panhia de bandeira é um objec-
tivo do Governo e um desejo de
todos os moçambicanos para
que tenhamos uma companhia
mais fiável, segura e que ofe-
reça serviços de qualidade e a
era de identificar e estabelecer
parcerias estratégicas para o
fortalecimento da plataforma
em Moçambique, assim como
a promoção da discussão sobre
a situação actual da geração
de emprego e trabalho de qua-
lidade no contexto moçambi-
cano e a sua sustentabilidade.
Na ocasião, o presidente
da FUNDE, Lourenço do Ro-
sário, enalteceu o facto de a
Fundação La Caixa e os par-
|economia|
custos atractivos”, acrescentou.
Por seu turno, a gestora
do Projecto Care Team, Nei-
la Albuquerque, explicou que
a iniciativa tem como objec-
tivo acolher e encaminhar,
com conforto, os passageiros
ceiros que estão em Moçam-
bique estarem a trabalhar sob
a coordenação da FUNDE, o
que demonstra a confiança que
têm para com a organização: “A
FUNDE tem estado a trabalhar
em três áreas fundamentais,
nomeadamente ambiente, edu-
cação para a saúde (nutrição) e
outras áreas sociais”, indicou.
Entretanto, segundo referiu,
a FUNDE já esteve envolvi-
da em outros projectos sociais,
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
no interior dos aeroportos.
“Temos, por exemplo,
passageiros que nunca tive-
ram a experiência de voar e
precisam saber como fazer o
check-in ou distinguir a classe
económica da executiva, ter
um dos quais foi o reassenta-
mento das populações na linha
férrea que liga Tete a Nacala,
através de um programa finan-
ciado pela Vale Moçambique.
“Foi um programa complexo,
mas conseguimos com êxito
abrandar alguns conflitos de-
correntes do reassentamento”.
Por sua vez, o secretário de
Estado da Juventude e Empre-
go, Oswaldo Petersburgo, con-
siderou que a academia deve ser
noções de prioridades no aten-
dimento, no caso de idosos,
gestantes, deficientes, entre
outras situações. Os membros
da Care Team estão aqui jus-
tamente para prestar este tipo
de assistência e apoio”, frisou.
o local em que o jovem estudan-
te não só busca conhecimentos
técnico-científicos, mas também
se molda como pessoa, e obtém
as bases para que seja um cida-
dão exemplar, excelente profis-
sional e empreendedor exímio.
Neste prisma, enfatizou,
“desafiamos a plataforma
Work4Progress a trabalhar cada
vez mais próxima do Governo,
através do sector do emprego,
concretamente com o Instituto
Nacional do Emprego (INEP),
constituindo um exemplo real
e prático de sinergias que este
fórum advoga e procura”.
Presente, igualmente, na
reunião, a representante da
Fundación La Caixa, Sua Alte-
za Real Dona Cristina de Bor-
bón, destacou que há mais de
20 anos que Moçambique tem
acolhido mais de 50 projec-
tos que beneficiam a mais de
cinco milhões de pessoas: “A
Work4Progress não pensa em
termos de projectos isolados.
É uma plataforma de inovação
que liga actores e acções de
uma forma mais eficiente, com
um claro enfoque nos resulta-
dos e na sustentabilidade a mé-
dio e longo prazos”, concluiu.
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 |economia| zambeze | 19

Coca-Cola Sabco Moçambique capacita

Jovens empreendedores na Matola-Gare
Um grupo de 24 jovens empreendedores da Matola-
-Gare, na província de Maputo, concluiu, na quinta-feira,
dia 20, uma capacitação empresarial promovida pela Coca-
-Cola Sabco (Moçambique) SA (CCSM), uma subsidiá-
ria da Coca-Cola Beverages Africa (CCBA). Com a gra-
duação desses 24 jovens, a CCSM completa um total de 64

D
graduados nas cidades de Nampula, Chimoio e Matola.
urante dois
dias de for-
mação in-
tensiva, mi-
nistrada pela
AIESEC - uma associação inter-
nacional de Estudantes de Eco-
nomia e Ciências Comerciais, os
jovens empreendedores adqui-
riram conhecimentos essenciais
para criar e desenvolver seus pró-
prios negócios, além de aprimo-
rar suas habilidades empresariais.
As áreas abordadas incluíram
vendas, planeamento, orçamento
e módulo de negócios, visando
capacitar os jovens com as fer-
ramentas necessárias para obter
sucesso no mercado de trabalho.
Na cerimónia de graduação,
cada um dos 24 formandos re-
cebeu um kit de trabalho con-
tendo Coleman, sombrinhas,
refrigerantes e água Bonaqua,
fornecidos pela Coca-Cola Sab-
co Moçambique. Esta iniciativa
reafirma o forte compromisso da
empresa em apoiar as comunida-
des moçambicanas e proporcio-
nar oportunidades de crescimen-
to e desenvolvimento inclusivo.
A Directora de Relações
Públicas Comunicação e Sus-
tentabilidade da CCSM, Neyde
Pires, referiu que o sucesso des-
te projecto encoraja a empresa
a prosseguir com iniciativas de
capacitação juvenil, levando o
projecto a mais províncias do
país. “Estamos verdadeiramente
empenhados em criar melhores
oportunidades de negócio para as
comunidades que servimos em
toda nossa cadeia de valor. Quan-
do fazemos crescer o nosso negó-
cio de forma sustentável, ajuda-
mos a impulsionar o crescimento
económico e a refrescar Moçam-
bique todos os dias e construir
um futuro melhor para todos”.
“Compreendemos que o
nosso negócio só pode pros-
perar quando as comunidades
que servimos também prospe-
ram. Investir nas comunidades
assegura a sustentabilidade do
nosso negócio. Acima de tudo,
somos todos Moçambicanos e
fazemos parte das nossas comu-
nidades”, afirmou Neyde Pires.
Calisto Cossa, Presidente do
Conselho Municipal da Matola-
-Gare, enalteceu o empenho da
CCSM em apoiar o desenvolvi-
mento local, referindo que “esta
iniciativa da CCSM em formar
jovens empreendedores é um
exemplo claro de como a cola-
boração entre o sector privado
e as comunidades pode impul-
sionar o crescimento económico
e proporcionar oportunida-
des de trabalho, contribuindo
para um futuro próspero”.
A Coca-Cola Sabco Mo-
çambique continua empenhada
em fortalecer o empreendedo-
rismo e a empregabilidade em
todo o país. Os programas me-
lhoram as competências, re-
qualificam ou oferecem outras
oportunidades aos jovens de
aumentarem as perspectivas de
encontrar um emprego susten-
tável. O sucesso dos progra-
mas é definido pela medida em
que existe um aumento no ren-
dimento, desbloqueio do po-
tencial de ganho sustentável,
melhoria das competências e
dos conhecimentos empresa-
riais dos grupos-alvo, resultan-
do no acesso a oportunidades.
ACCSM possui diversos
programas de empoderamento
de jovens, como o Programa
de Graduados, que existe há
mais de 20 anos, no qual 20
jovens passaram pelo progra-
ma no ano passado, e para o
presente ano prevê-se a parti-
cipação de 24 jovens a nível
nacional. Com um contrato de
um ano, para além do apren-
dizado laboral, os jovens de-
vem desenvolver projectos de
acordo com as necessidades de
cada função, seja na resolução
de problemas operacionais ou
no desenvolvimento de apli-
cativos personalizados. Inter-
namente, a empresa já inves-
tiu mais de 19.000 horas em
formação para colaboradores.
A empresa também pos-
sui o programa VEM – Valo-
rização e Empoderamento da
Mulher, que no ano passado
capacitou 3034 mulheres e
actualmente 98 mulheres es-
tão em processo de formação.
Essas mulheres têm a respon-
sabilidade de formar membros
da comunidade e a sua gradu-
ação está prevista para Agosto.

Recursos para manutenção de estradas: Portagens já

geraram receitas na ordem de mil milhões de meticais

A
estratégia de
colocação de
portagens,
geridas pelo
Fundo de
Estradas (FE, FP), ao longo
das estradas nacionais Nº1,
Nº6 e Nº204, resultou, desde
o início do seu funcionamen-
to, na mobilização de recursos
financeiros para a manuten-
ção das estradas, na ordem
de mil milhões de meticais.
A informação foi dada a co-
nhecer, sexta-feira, 21 de Julho,
em Maputo, durante a Reunião
Anual de Avaliação Conjunta
do Programa Integrado do Sec-
tor de Estradas – PRISE 2022.
Intervindo na reunião, o
Secretário Permanente do Mi-
nistério das Obras Públicas,
Habitação e Recursos Hídricos
(MOPHRH), Hélio Jeremias
Banze, referiu que, para o pre-
sente Quinquénio, 2020-2024,
o Governo de Moçambique
comprometeu-se a realizar ac-
ções que garantam a melhoria
das condições de mobilida-
de de pessoas e bens, através
da reabilitação dos principais
corredores de estradas rurais.
“Para a materialização des-
te desiderato, de 2022 até ao
presente momento, foram re-
abilitados 1.256 quilómetros,
asfaltados 575 quilómetros de
estradas nacionais e regionais
e foram realizados trabalhos de
manutenção de rotina, em 13
mil quilómetros de estradas”,
apontou Hélio Jeremias Banze.
Na mesma ocasião, o
PCA referiu que as porta-
gens, sob tutela do FE, situ-
adas numa extensão de cer-
ca de dois mil quilómetros,
geram, para a instituição,
um orçamento que possibi-
lita a sua comparticipação
na manutenção de estradas.
“O objectivo desta inicia-
tiva é aumentar os recursos
para a manutenção das estra-
das. Os resultados, em termos
de serviços, são consolidados
pelo tempo. Quero destacar o
troço Chissebuca/Lindela, na
província de Inhambane, onde
foi aplicada parte significativa
dos recursos mobilizados, atra-
vés das receitas das portagens”,
explicou Ângelo Macuácua.
Importa referir que, através
deste programa, foram apro-
vados, nos finais do mês de
Junho, para o sector de estra-
das, cerca de 310 milhões de
dólares norte-americanos, para
a construção e reabilitação de
cerca de 606 quilómetros de
estradas, na província da Zam-
bézia, incluindo a construção
da ponte alternativa sobre o rio
Licungo, em Mocuba, a cons-
trução dos acessos à ponte,
numa extensão de 18 quilóme-
tros, bem como a manutenção
periódica da Estrada Nacional
Nº1, nos troços mais críticos.
20 | zambeze
Miquissone volta a ser Konde Boy
do Simba SC da Tanzânia
Luís Miquissone está de regresso ao Simba SC da Tanzânia
e foi, no sábado, apresentado como reforço do afamado clube
do país vizinho, no qual se celebrizou e recebeu a alcunha de
“Konde Boy”, antes de se transferir para o Al Ahly do Egip-
to, histórico clube do país das pirâmides, no qual o interna-
cional moçambicano teve uma passagem agridoce e que che-
O
gou ao fim na semana finda, apesar de o contrato ir até 2025.
internacio-
nal moçam-
bicano Luís
Miquissone
foi oficia-
lizado como reforço do Sim-
ba SC da Tanzânia por duas
temporadas, com mais uma
de opção, e já se encontra
em Dar-Es-Salaam, ao que
já trabalha integrado numa
equipa que bem conhece.
Miquissone, de 28 anos,
regressa ao Simba SC à cus-
to zero, sendo um retorno a
um clube que facturou com a
venda do passe do internacio-
Thando à vontade no comando
Thando avança em quatro
pontos sobre Sporting ao bater
a Nova Aliança por uma bola a
zero. Jóia evitou o pior quando
ainda estava empatado a zero
ao defender um lance certo do
golo e Duda saiu da defesa e foi
marcar o único tento do jogo.
Sobre o jogo do Sporting e a
Nova Luz não se esperava ou-
tro resultado, pois o Sporting
nunca venceu ou empatou com
a Nova luz, e no encontro desta
semana a história se repetiu, e
Sporting admitiu a derrota por
duas bolas a uma. Esta é a sua
segunda derrota consecutiva.
Resultados da 11ª jornada
nal moçambicano ao histórico
clube egípcio, que decidiu res-
cindir amigavelmente por não
querer assumir os custos de
mais um empréstimo devido
ao elevado salário do jogador.
O moçambicano tinha um
contrato com o gigante egíp-
cio até 30 de Junho de 2025,
que o contratou a 26 de Agos-
to de 2021 ao Simba FC da
Tanzânia num negócio de cer-
ca de 1.000.000,00 de dólares,
pouco mais de 65.000.000,00
MT (sessenta e cinco milhões
de meticais ao câmbio actual).
O regresso ao Simba SC
Veteranos x Tigres (1-0)
Nova Luz x Sporting (2-1)
Célula “H” x célula “D”
(1-4)
10 de Novembro x Laula-
ne (0-3)
Matsuva x Célula “F”
(0-1)
Nova Aliança x Thando
(0-1)
Mavalane x Magoanine
(Não se realizou)
Jogos da 12 ª jornada
Thando x 10 de Novembro
Mavalane x Nova Luz
Célula “D” X Laulane
Nova Aliança x Matsuva
Célula “F” x Veteranos
|desporto| Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
vai permitir que Miquisso- na Liga dos Campeões Afri-
ne tenha mais uma aparição canos, competição em que
o moçambicano mostrou as
suas potencialidades ao ponto
de convencer ao Al Ahly para
a sua anterior contratação.
Luís Miquissone teve
o seu primeiro contrato no
Magoanine x Sporting
Tigres x Célula “H”
Resultados da 8ª jornada Desporto recreativo
- seniores
Círculo e Veteranos
Tha valer x Tsetsinhesa
(1-1)
Inter x Kurula (3-8)
Galos x Peladinha (3-1)
Tim tim x Célula “B” apanham goleadas
A
(0-2)
Jogos da 9ª jornada - s equipas
seniores do Círculo
Célula “B” x Kurula e Veteranos
Inter x Peladinha apanha-
Tim tim x Tsetsinhesa ram gole-
Amigos x Tha valer adas de quatro a um e três a
José Matlhombe
zero, respectivamente, nesta
15ª jornada do campeonato
de futebol de veteranos da ci-
dade e província de Maputo.
Por sua vez, a equipa
de Amigos de Khongolote
também não escapou da go-
leada de três bolas a uma.
Resultados dos jogos da
15ª jornada - série “A”
Khongolote x ADV cmc
(1-4) (Buniça fica de fora)
Bunhiça x Mafalala (1-2)
Campoane x Matendene
(1-1)
Veteranos Unidos x Luís
Cabral (0-3)
Ntlhavane x Munna’s (1-0
mas não terminou)
Resultados da série ”B”
estrangeiro com o Mamelo-
di Sundowns clube no qual
não vingou quando era jus-
tamente treinado por Pitso
Mosimane, tendo posterior-
mente seguido para o Sim-
ba SC da Tanzânia, clube no
qual registrou boas exibições
ao ponto de voltar a conven-
cer Mosimane a contratá-lo,
desta feita para o Al Ahly.
Desde Abril último que
Miquissone vinha treinando
na União Desportiva do Son-
go, clube que representou em
Moçambique e que o lançou
para a alta-roda do futebol in-
ternacional, depois de ter sido
descoberto no distrito de An-
gónia, na província de Tete.
Devido ao facto de ter
estado sem competir, Luís
Miquissone esteve ausente
da última convocatória de
Chiquinho Conde, não ten-
do feito parte dos Mambas,
que defrontaram o Ruanda
para a quinta jornada da fase
de grupos de qualificação ao
CAN-2023. (LANCEMZ)
UDM x Inhagoia (1-2)
Jardim x FC Km15
(1-2)
Leões Bravos x Choupal
(0-2)
Círculo x Aeroporto (1-4)
Malhampsene x Khongo-
lote (2-0)
Jogos da 16ª jornada -
série “A”
ADV cmc x Mafalala
Munna’s x Matendene
Veteranos Unidos x Ntlha-
vane
Campoane x Amigos de
Khongolote
Luís Cabral x Madgumb’s
Jogos da série “B”
Malhampsene x Tsalala
Aeroporto x Leões Bravos
FC Km15 x Círculo
Khongolote x Imhagoia
Choupal x UDM
(Jardim fica de fora)
José Matlhombe
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 |desporto| zambeze | 21

Dores de cabeça de Carlos Aik para

eleição das 12 para AfroBasket 2023
Dois jogos e duas vitórias é o saldo positivo de Moçambi-
que no estágio que observa em Kigali, capital do Ruanda, an-
tes da sua estreia na 25ª edição do AfroBasket 2023, frente aos
Camarões, no próximo dia 28 de Julho. Após vencer o Ruan-
da por 85-66 e o Senegal por 70-66, o Seleccionador Nacional,
Carlos Aik, faz uma avaliação positiva do desempenho das 14
atletas que se encontram na capital ruandesa, facto que dá ao
timoneiro do “cinco” moçambicano algumas dores de cabeça
para eleger as 12 que vão tomar parte neste Campeonato Afri-
cano. Esta terça-feira, 25 de Julho, Moçambique volta a jo-
gar com o Ruanda, mais uma oportunidade para realizar um

D
teste ao desempenho das atletas que se encontram em Kigali.
epois de ter
considerado
que na vitó-
ria frente às
ruandesas as
jogadoras moçambicanas co-
meteram mais erros individuais
do que colectivos, Aik gostou
da reacção das suas pupilas
frente ao Senegal, numa parti-
da que exigiu mais, tendo em
conta que foi frente a um dos
principais candidatos ao título.
“Nesta partida foi possível
chegar a conclusões diferen-
tes em relação às que tínhamos
tirado frente ao Ruanda, o ní-
vel de dificuldade era maior,
a média de altura do Senegal
é superior à nossa, o que criou
um determinado tipo de dificul-
dades, pelo que é preciso ajus-
tarmos algumas coisas porque
quando voltarmos a jogar com
adversários que tenham média
de altura superior a nossa jul-
go que vamos ter as mesmas
dificuldades”, disse Carlos Aik.
Aik anotou alguns dos fac-
tores que afectam o desempe-
nho da equipa de todos nós,
particularmente no que diz res-
peito aos ressaltos e aos lança-
mentos livres. No jogo com o
Senegal, Moçambique conquis-
tou 39 ressaltos (11 ofensivos
e 28 defensivos), contra 43 do
seu oponente (15 ofensivos e
28 defensivos), enquanto que
da linha dos lances livres este-
ve na casa dos 58.3 por cento
(21 marcados em 36 tentati-
vas), enquanto que o Senegal
esteve com 63.6 por cento (21
marcados em 33 tentativas).
“Há também questões a se-
rem resolvidas que é a questão
dos bloqueios antes dos ressal-
tos e é a questão dos lançamen-
tos, acho que a equipa não es-
teve bem nesses dois aspectos,
as jogadoras de fora deixaram
essa responsabilidade para as
jogadoras mais altas que es-
tavam de baixo do cesto e isto
numa equipe não pode aconte-
cer porque nas adversárias há
sempre jogadoras que se metem
no ressalto, sobretudo quando
sabem que a altura é superior
a nossa, pelo que há ilações
que vamos tirar e questões que
vamos ter resolver e ajustar”,
comentou o seleccionador.
Depois destes dois ensaios,
o combinado nacional conti-
nuará a sua preparação rumo
ao AfroBasket 2023 e Carlos
Aik tem a difícil missão de
escolher as 12 jogadoras den-
tre as 14 que estão neste está-
gio e com bom desempenho.
“De qualquer das formas foi
um bom teste, pela vitória que
é sempre estimulante, embora
neste momento não seja o mais
importante. O outro objectivo
era também conseguirmos por
todas atletas em actividade no
jogo que é para em definitivo
escolhermos as 12 com pou-
ca margem de erro, acho que
de uma ou de outra forma foi
possível verificar a exibição de
cada uma delas e agora vamos
ter que tomar a decisão em fun-
ção do que vimos, não tem a
ver com a qualidade delas, mas
sim com o momento que é da-
quilo que elas nos podem dar
quando a competição começar”,
afirmou o categorizado técnico.
“Estamos prontas para o
arranque do AfroBasket” –
Tanucha Dongue, Jogadora de
Moçambique
“Estamos de parabéns pelas
vitórias nos dois jogos de controlo
que fizemos, mas todos nós sabe-
mos que o objectivo principal não
eram os resultados, no entanto os
mesmos vem galvanizar o objec-
tivo do grupo para a competição
que se avizinha. Nestes dois jogos
deu para rodar a equipa e com o
jogo fizemos o maior teste, pelo
que penso que estamos prontas
para iniciarmos a competição, já
não teremos mais jogos de contro-
lo e agora é só continuar a acertar
alguns pormenores, mas estamos
prontas para começar a competi-
ção. Estamos nos últimos dias de
preparação, tudo que tínhamos que
trabalhar já está feito, agora o que
temos a fazer é aprimorar os lança-
mentos e alguns aspectos técnicos,
de acordo com as orientações dos
treinadores, mas estamos prontas
para o arranque da competição”.
“Estamos unidas no mesmo
objectivo” – Sílvia Veloso,
jogadora de Moçambique
“Para os primeiros jogos que
fizemos, acredito que estamos
bem, conseguimos ganhar, con-
seguimos rectificar alguns erros
constatados nos treinos, acho que
vamos conseguir ter um bom de-
sempenho no AfroBasket, a equi-
pa está unida, estamos todas juntas.
Temos que acertar ainda mais nos
lançamentos exteriores, sabemos
que esta competição não será fá-
cil, mas estamos focadas com um
objectivo que é chegar ao pódio,
o moral no seio da equipa está a
100%, somos uma equipa que está
junta, que ri e chora junta, então es-
tamos muito bem para esta prova”.

Adeus Diogo, o futebol agradece pelos seus préstimos à modalidade

F
aleceu esta se-
gunda-feira, 25
de Julho, vítima
de doença, aos
34 anos de idade,
o ex-internacional Moçambica-
no Diogo Alberto. Diogo, nota-
bilizou-se no Clube Ferroviário
de Maputo e na Selecção Nacio-
nal de Futebol, Mambas, tendo
representado o Chingale de
Tete e o Ferroviário de Nacala.
Diogo perdeu a vida no
HCM, onde esteve internado
por duas vezes. A notícia deixou
comovidos os seus admiradores,
colegas de profissão e treinado-
res que partilharam o mesmo
balneário com Diogo Alberto.
O nome de Diogo está liga-
do à primeira presença de Mo-
çambique num CHAN, pois em
Agosto de 2013, em um jogo re-
alizado no Estádio de Bengue-
la, Angola, marcou o histórico
golo que assegurou a presença
na competição realizada em Ja-
neiro de 2014, na África do Sul.
O Presidente da Federa-
ção Moçambicana de Futebol,
Feizal Sidat, escreve na conta
oficial do Facebook que “é com
profundo pesar que a FMF la-
menta a morte, esta segunda-
-feira, dia 24 de Julho de 2023,
do jogador de futebol nacional
Diogo António Alberto, víti-
ma de doença”, acrescentan-
do que “recebemos com dor e
consternação essa notícia do
desaparecimento físico de um
dos jovens que se destacou
ao longo dos últimos anos no
futebol nacional”, terminou
escrevendo que “deseja que
tenham força para superar esta
fase tão delicada e dolorosa”.
Diogo foi um exímio exe-
cutante da arte de jogar fu-
tebol, com qualidades acima
da média, que foram eviden-
ciadas logo aquando da sua
aparição na alta competição
pela mão do Chingale de Tete.
À família enlutada, o Lan-
ceMZ endereça as mais sentidas
condolências.(LANCEMZ)
22 | zambeze
O seu bem-estar através das artes
A Xiluva Arte e a Galeria vão apresentar uma Peça
teatral infantil intitulada “A Formiga Juju e a Borbo-
A
leta MWRUSI” no sábado dia 29 na cidade de Maputo.
peça teatral
vai retratar
a estória de
uma formiga
e seus amigos
de infância, um Grilo e uma
Borboleta, com os quais passa
horas a conversar sobre sonhos.
O que a Borboleta MWRU-
SI mais quer é saber voar. As-
sim, para isso acontecer ela
deve se desviar das distracções.
O evento da Xiluva Arte e
a Galeria é parte das propos-
tas semanais para os mais no-
vos. A participação das crian-
ças neste tipo de actividade
lúcidas é fundamental para o
desenvolvimento pessoal, so-
cial e cultural, colaborando
para uma saúde mental estável.
Mel Matsinhe, Diretora da
Xiluva Artes, explicou igual-
mente que isso facilita os pro-
cessos de socialização, comuni-
cação, expressão e construção de
Luís Nhachote escreve cartas ao presidente Chissano
L
uís Nhachote
lançou, na pas-
sada terça-feira
(18), no Sindi-
cato Nacional de
Jornalistas, na Cidade de Maputo,
“Phambeni cartas ao presidente
Chissano”. O livro de crónicas
tem o prefácio assinado pelo an-
tigo Presidente da República,
Joaquim Chissano, e foi apresen-
tado por Ungulani ba ka Khosa.
No espaço reservado à nota
do autor do seu livro, Luís Nha-
chote afirma o seguinte: “Decidi,
vinte anos depois, ir aos arquivos
do mediaFax buscar as 40 cró-
nicas que escrevi ao então Pre-
sidente da República, Joaquim
Chissano, e que dão corpo a este
pequeno livro, com a intenção de
preservar a memória histórica da
nossa democracia embrionária.
“Fi-lo com a intenção de não dei-
xar, no esgoto da memória, que a
cidadania activa pode e deve con-
tinuar a ser exercida dentro dos li-
mites da decência e urbanidade”.
Nas 41 cartas que compõem
o livro, Nhachote expressa as
suas inquietações sobre assun-
tos transversais da sociedade
moçambicana, como o tráfico e
consumo de drogas, que conti-
nuam a ser, 20 anos depois, um
problema que clama por uma
solução com vista a preservar
o futuro de gerações futuras.
conhecimento, tendo as brinca-
deiras e os jogos como pretextos
naturais para despertar na criança
a atenção para uma actividade.
Acrescentou ainda que a
peça teatral infantil “A formiga
Juju e a Borboleta Mwarusi”
surge como uma forma de dar as
crianças um programa saudável
para promover o seu bem-estar
através das artes, para que elas
absorvam conteúdos saudáveis
nos finais de semana e para fe-
char a falta de conteúdos criados
especificamente para as crianças.
Diga-se ainda que é um
evento desenhado para que as
crianças possam se divertir e ab-
sorver conteúdos saudáveis, den-
tro do evento, além da apresen-
tação teatral, teremos também
a oficina de desenho e pintura,
oficina criativa usando material
reciclável, dança com a Yolan-
da Raja e muitos jogos e con-
cursos, com direito a prémios.
O ex-Presidente Joaquim
Chissano, que assina o prefácio
do livro, mostrou-se satisfei-
to com o convite, o que cha-
mou de “pequeno documento
das páginas da nossa história”.
O jornalista percebeu que o
seu exercício foi um acto de ci-
dadania, dito e argumentado pelo
apresentador do livro Ungulani
ba ka Khosa: “Foi uma alegria,
para mim, apresentar o livro de
Nhachote, porque representa,
quer para a classe jornalística,
quer para a classe dos escritores e
toda a classe intelectual, um exer-
| cultura|
“O evento é desenhado para
a família, mas com maior foco
nas crianças e adolescentes,
neste caso, este é um evento
em que os pais trazem a criança
para brincar e se divertir, mas
cício de cidadania que, há 20 ou
30 anos, já se vinha exercendo”.
Segundo Ungulani ba ka
Khosa, numa altura em que se
verificam pressões de alguns po-
deres sobre os cidadãos, o livro
de Luís Nhachote demonstra, de
uma vez por todas, que o exercí-
cio da cidadania tem de estar pre-
sente em todos os moçambicanos.
Concordando com o apresen-
tador do seu livro, Luís Nhachote,
primeiro, confessou que Ungula-
ni ba ka Khosa fez uma análise
do seu projecto muito além do
que antes tinha imaginado. De
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023
estes também irão se divertir
e criar momentos afectivos”.
Para os próximos meses, a
Xiluva Artes tem como plano
expandir o mundo Mágico para
Kumbeza, realizar a IXº Edi-
seguida, assumiu que, de facto,
Phambeni cartas ao presidente
Chissano, “É um dos principais
exercícios de cidadania que eu
tive como moçambicano jo-
vem que até teve o privilégio
de votar em todas as eleições
realizadas em Moçambique”.
Apesar desse necessário
exercício de cidadania, Luís
Nhachote lembrou, no Sindica-
to Nacional de Jornalistas, que
as suas crónicas foram vistas,
pelos mais velhos do seu tem-
po, colegas alguns, como um
acto de ousadia. Firme nos seus
ção do Njingiritana, Festival da
Criança, que é um evento anual
para a promoção do ensino das
artes em Moçambique e tam-
bém a realização do concerto
anual da Escola de Artes Xiluva.
processos, com efeito, o então
jovem jornalista continuou a
trilhar veredas consciente de
que o que quer que escrevesse,
a cordialidade deveria sempre
manter-se como um factor pre-
sente nas crónicas. “Eu escrevi
as minhas cartas com muito res-
peito à figura do então Estadista
e não tive nenhum problema até
ao fim do seu consulado, tanto
que, no fim das cartas, eu me
despedi e desejei-lhe boa sorte”.
Sortudo é o autor do livro,
Luís Nhachote, porque, afinal,
mereceu o prefácio de Joaquim
Chissano. “Nem consigo des-
crever. Ter o prefácio do próprio
visado das minhas cartas é uma
bênção. Penso que o Presidente
insuflou nos moçambicanos que
é possível fazer coisas com base
no respeito e nos princípios”.
Por sua vez, o governante
Manuel de Araújo, no posfácio
do livro, enaltece a tenacidade e
coragem do autor, e considera o
livro um exemplo de um exer-
cício que ocorre “dentro dos pa-
drões elementares do respeito,
da decência e da urbanidade”.
“Phambeni cartas ao Pre-
sidente Chissano” é um livro
constituído por 101 páginas e
foi lançado em cerimónia no
Sindicato Nacional de Jornalis-
tas, na Cidade de Maputo, sob a
chancela da Gala-Gala Edições.
Quinta-feira, 27 de Julho de 2023 | comercial| zambeze | 23
 z ambezE
Comercial
Renovação de
assinaturas
para 2023
Ver, ouvir... e não calar
Ângelo Munguambe
.... Tio Chang na terra do tio Sam*
M
as vejamos, o se-
nhor Francisco,
residente no Xi-
pamanine, roubou
uma galinha ao vi-
zinho, porque estava com fome! A polí-
cia intervem e o sr. Francisco vai passar
uns tempinhos na cadeia, onde até pode
ficar por lá esquecido, por largos meses.
Isto significa que o sr. Francisco não es-
tava imunizado contra as galinhas! Oraa
polícia, em vez de dar de comer a este
senhor, ou procurar forma de o integrar
na sociedade,dando- lhe emprego, mete-
-o na cadeia, por falta de imunização!
Por outrolado, o sr. Manuel Chang,
ex- ministro das Finanças, por estar imu-
nizado em Moçambique contra a justiça e
os tribunais em desfavor das populações,
como quem está vacinado contra a cóle-
ra ou qualquer outra doença endémica,
fica em casa e...passa muitobem...mas,
essa imunidade, cá dentro, nãolhe ser-
viu para nada lá fora. Quando lá chegou
“lá fora”i incauto, foi engaiolado por se
tratar de um presumível bandido inter-
nacional, por mandatodos EUA e ter le-
sado, além do povo moçambicano,outras
gentes mais distantes!
Claro que isto serve de ensinamento
a muito outros quepor cá ainda andam,
com maiores ou menores responsabi-
lidades! Quem se atreve a sair agora
quando o sócio Chang há quase quatro
anos ainda não conseguiu, mesmo com
ajuda dos ditos sócios sair da tal gaio-
Máximas Toneladas...
Renovação de
assinaturas
O n d e a n a ç ã o s e r e e nc o n t r a
Av. Emília Daússe nº1100 l Cell: 82 30 73 450 l zambeze.comercial@gmail.com l Maputo
Homenagem ao Ângelo de Oliveira
la, como se fosse um xirico da RSA?
Esta imunização pelos vistos não
e não precisa de estar imunizado!
Mas há aqui algo que não bate certo!
é bem igual à que serve para acóle- O goveno de Moçambique, por aquilo que
ra ou as tais doenças endémicas que se saiba, já gastou muitos milhões de ran-
nos protegem em toda a parte do des para que o sr. Chang volte para cá: Isto
Mundo, claro que isto nos vai dan- significa que o povo cá da terra, jápagou
do algum consolo, alguma esperança! e continua a pagar uma importância que
Se chamamos ladrão a um ladrão, não nunca ninguém vai saber quanto foi! Mas
estamos de forma alguma a insultá-lo, es- esse mesmo Povo, não quer que ele volte,
tamos só a dizer a verdade, aquilo que ele então como paga uma “coisa” quenão quer?
é a menos que esteja imunizado, aí já não é! Raios “partam”, se eu en-
Por outro lado, se apelidamos tendo alguma coisa disto!...
com o mesmo nome, uma pessoa ir- *Cheina in “O que outros não dis-
repreensível, isso jáé um insulto, seram”
O funcionário público está na m...
O Ministério das Finanças de há uns
meses para cávem criando pânico nas
famílias pelo feio facto de não pagar
atempadamente os salários da função
pública, o que certamente e gravemente
(rima e é verdade) perturba financeira-
mente o sector privado. Benix para o
pelouro de Max Tonela, que apesar de
fazer trabalho para corrigr o mal, está
criando fissuras no tecido familiar. Até
quando esta barafunda?
Comercial
para 2023
A LAS CINCO
... SIEMPRE
(Neide e Sónia). Estão
nesse parêntesis. Só
temos um inimigo:
O medo.
Um grande guerrilhei-
ro latino americano disse ao
carrasco:”dispara, ou tens medo?
Vais matar um homem!”
Sempre entendi aquilo as-
sim: vais matar o homem; Ecce
homo; (é o título de um livro de
Niezche); há séculos que matam
o homem. Continuem.
Dizem que hoje é o dia de
Jesus Cristo. Se virem uma foto-
grafia de Guevara, com crianças
congolesas ao colo, comprem-
na; eu pago-a.
Guevara parececeu-me
pálido; as crianças, com o ventre
dilatado, enfermas. Mas o que
ele estava a dizer- me não o
esquecerei mais: “hei de morrer
por elas”
“Dispara”, disse Che a
quem o ia executar, “ou tens
medo?”O carrasco tinha, por
isso disparou. Talvez Guevara
pensasse”perdoai- lhes Senhor
que não sabem o que fazem”.