MANIFESTO ELEITORAL DA RENAMO PARA

CIDADE MAPUTO 2023

VAMOS RESGATAR MAPUTO!

Cabeça de lista da RENAMO na cidade de Maputo
Índice
Exortação....................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3

PILARES QUE VÃO NORTEAR A NOSSA GOVERNAÇÃO MUNICIPAL

1. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................................ 5
2. MOBILIDADE E TRANSPORTE ................................................................................................. 7
3. MERCADOS, FEIRAS E SECTOR INFORMAL ................................................................. 10
4. MEIO AMBIENTE E GESTÃO TERRITORIAL .................................................................. 12
5. REFORMA INSTITUCIONAL E FINANCEIRA.......................................................................... 15
6. ÁREAS SOCIAIS ...................................................................................................................... 17
7. PROTECÇÃO E SEGURANÇA................................................................................................. 20
8. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL .......................................................................................... 21
Manifesto Eleitoral da Renamo para Cidade Maputo 2023: VAMOS RESGATAR MAPUTO!

MANIFESTO ELEITORAL

AUTARQUIA DA CIDADE DE MAPUTO

Exortação

1. Na história democrática do país, realizam-se a 11 de Outubro de 2023, as Sextas Eleições

autárquicas, e o Partido RENAMO sendo um actor incontornável na história política
contemporânea de Moçambique, apresenta-se como a melhor alternativa governativa no
processo de descentralização em consolidação no País.

2. Nestas eleições autárquicas abre-se uma oportunidade para a reconstrução de uma cidade
enfraquecida em todos os aspectos da urbanidade pelo actual partido no poder, que nas várias
opções estruturantes do desenvolvimento da cidade, demonstrou a incapacidade para colocar
o poder local, as suas estruturas e meios, ao serviço da cidade capital.

3. É necessário quebrar o ciclo da governação do partido no poder que desde o início das
autarquias locais tem marcado a gestão danosa dos destinos da cidade, com altos índices de
criminalidade, exclusão social, degradação ambiental, incapacidade de recolha do lixo, má
gestão do sistema de transportes, desemprego juvenil, inundações nas casas suburbanas,
elevado índice de pobreza urbana, e da degradação das infra-estruturas públicas incluindo rede
viária e tantos outros males que afectam os Munícipes da Cidade de Maputo. Pelo que nas
próximas eleições é necessário mudar o curso da história, votando na RENAMO para a mudança
do paradigma.

4. A RENAMO assumiu um papel de relevo para a paz e desenvolvimento económico e

sociocultural de Moçambique, ao encerrar a última base militar em Vanduzi, Distrito da
Gorongoza, Província de Sofala, a 15 de Junho de 2023, como fruto do diálogo entre o saudoso
Presidente AFONSO DHLAKAMA e a persistência do Presidente OSSUFO MOMADE, com o Governo
de Moçambique, no âmbito do cumprimento do processo de Desarmamento, Desmobilização e
Reintegração (DDR).

5. Com o encerramento da última base armada, a RENAMO demonstrou inequivocamente aos

Moçambicanos e ao mundo em geral a sua determinação inabalável de consolidar a paz e
democracia em Moçambique sem o recurso à guerra.

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Manifesto Eleitoral da Renamo para Cidade Maputo 2023: VAMOS RESGATAR MAPUTO!

6. A ideologia da RENAMO é pela Paz, Democracia e Desenvolvimento, e sua luta não é contra
Moçambique e nem contra os Moçambicanos, mas sim contra todos aqueles que promovem "a
exclusão social, a negação de quem pensa diferente, a limitação de direitos fundamentais, a
não distribuição equitativa da riqueza, as recorrentes fraudes eleitorais e os factores que
promovem o ódio e assassinatos, razões que destroem a paz e a confiança dos moçambicanos",
como se referiu o nosso Presidente OSSUFO MOMADE, no seu discurso por essa ocasião.

7. Doravante, a RENAMO nunca deve ser vista como um Partido armado e de guerrilheiros, mas
sim, como um Partido político comprometido com Moçambique e com os Moçambicanos na luta
pela Paz, Democracia, Desenvolvimento Económico e Sociocultural; sempre presente nos
processos eleitorais para uma disputa de Eleições Livres, Justas e Transparentes.

8. O novo regime jurídico das autarquias locais fruto do entendimento entre RENAMO e o
Governo Moçambicano, precisa de ser aprimorado e acarinhado por todos os moçambicanos,
exige uma participação massiva de todos cidadãos eleitores para demonstrar o compromisso
com a Paz efectiva, a Democracia e o Desenvolvimento Económico e Sociocultural.

9. Nesta perspectiva, a RENAMO propõe um projecto político que traduz os interesses sublimes
dos Munícipes de Maputo e exorta a todos os cidadãos a participar massivamente nas Eleições
Autárquicas de 11 de Outubro de 2023, votando no manifesto e no programa de governação do
Partido RENAMO, o único garante das mudanças rumo ao desenvolvimento. O único programa
que dá o devido privilégio e destaque aos espaços comuns da cidade acima de quaisquer outros
interesses privados.

10. Na cidade de Maputo, a RENAMO, revertendo, de forma decisiva, todo o historial e

propaganda política subversiva feita desde a Independência Nacional, oferece aos Munícipes de
Maputo, uma nova caminhada Manifesto Eleitoral com propostas ambiciosas e exequíveis,
organizadas em 8 pilares (linhas de força ou eixos estratégicos) – Gestão de Resíduos Sólidos,
Gestão Territorial, Mobilidade, Mercados, Feiras e Sector Informal, Reforma Institucional e
Gestão Financeira do Município, Áreas Sociais, Protecção e Segurança e, Cooperação
Intermunicipal.

11. Com este slogan “Vamos Resgatar Maputo" queríamos garantir aos eleitores e aos citadinos
desta cidade que estamos comprometidos em restaurar a dimensão internacional que esta Urbe
já teve, desenvolver as grandes e ilimitadas potencialidades que generosamente Deus colocou
à nossa disposição, mas, e sobretudo, libertar a Cidade das mãos alheias, salvar a Urbe da
Gestão calamitosa a que foi sujeita durante quase meio século e devolvê-la aos legítimos donos:
os Maputenses.
VAMOS RESGATAR MAPUTO!

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Manifesto Eleitoral da Renamo para Cidade Maputo 2023: VAMOS RESGATAR MAPUTO!

1. INTRODUÇÃO

No dia 11 de Outubro de 2023, vão se realizar as Sextas Eleições Autárquicas em Moçambique.

O Partido Renamo, vai avançar, na Cidade de Maputo, com o cabeça de Lista, Venâncio
Mondlane, cujo CV na vida cívica e política se anexa ao presente manifesto.

Existe uma percepção generalizada de que Moçambique precisa de experimentar uma

alternância democrática, visto que após quase meio século de Governação pelo partido que
proclamou a independência, os indicadores sociais do país regrediram e continuam com uma
tendência francamente decadente, sendo corolário disso o facto de o país ter se situado
novamente na terceira posição entre os Países mais pobres do mundo.

Este cenário contrasta e representa uma atroz ironia com as potencialidades naturais que
generosamente o País foi agraciado. Depois de 3 décadas de intensa exploração de madeiras
preciosas, minerais nobres, gás, imensos e inumeráveis recursos marinhos, o nível de
desenvolvimento humano é surpreendentemente assustador: os indicadores de pobreza estão
piores que há 20 anos; a qualidade de ensino e dos serviços básicos de saúde são simplesmente
horripilantes; o nível de segurança degradou-se geometricamente.

Em termos de Municipalização, um processo iniciado em 1998, a fotografia não é diferente.

Todos Municípios governados pelo partido no poder tem os mesmos problemas que afectam a
globalidade do país. As estradas estão esburacadas, a recolha de resíduos sólidos urbanos
extremamente deficientes, a recolha de receitas muito debilitada pela forte corrupção e
métodos de gestão obsoletos; por fim, as cidades não estão sendo fonte de bem-estar para os
seus contribuintes, mas uma espécie de pesadelo urbanístico.

A Cidade de Maputo que já foi considerada a "Paris da África Austral", hoje está convertida num
aglomerado de pessoas e habituações caóticas, despersonalizada e com registos infindáveis de
violações das normas mais básicas de planeamento urbano. O desordenamento urbanístico,
associado as vias de acesso profundamente problemáticas, ao sistema de transportes e de
mobilidade anárquica, oferece um quadro urbanístico que nos remete para uma cidade
babilónica cuja fotografia já não é reconhecida mesmo por aqueles que acompanharam e
estudaram a história desta urbe.

A economia urbana está profundamente afectada por métodos e políticas que distorcem o
normal funcionamento do mercado. A população maioritária da Cidade vive abaixo do limiar da
pobreza, basicamente com recurso aos rendimentos do sector informal e sem nenhuma garantia
de melhoria das precárias condições de vida em que se encontram. Os agentes económicos mais

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destacados e com tradição empresarial não sentem segurança nos seus investimentos e
património porque sujeito a chantagens, perseguições e ameaças de índole político-partidárias.
Os empresários sentem constantemente o perigo à espreita, ora sob forma de raptos e
sequestros, ora sob forma de perturbações e interferências muito para além do que o quadro
legal permite.

Nossa candidatura visa "devolver" a cidade aos munícipes. Queremos restaurar o sentimento de
que a cidade pertence a todos, a ideia de que o acesso a cidade e as oportunidades é um direito
humano básico, assente na inclusão, na gestão participativa, atrativa ao investimento nacional
e estrangeiro, com altos padrões de segurança e a reposição da vasta área verde perdida ao
longo de quase meio século de desgovernação. Dito numa única frase nosso lema é um
chamamento para que todos juntos nos comprometamos a um exercício de transformação
colectiva da nossa cidade, por isso terminamos gritando bem alto e bom som que "Vamos
Resgatar Maputo".

Assim, o nosso manifesto apresenta oito (8) pilares que vão nortear a nossa governação
municipal, nomeadamente:

PILAR 1 – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PILAR 2 – MOBILIDADE E TRANSPORTE
PILAR 3 – MERCADOS, FEIRAS E SECTOR INFORMAL
PILAR 4 – MEIO AMBIENTE E GESTÃO TERRITORIAL: MAPUTO UMA CIDADE ECOLÓGICA
PILAR 5 – REFORMA INSTITUCIONAL E GESTÃO FINANCEIRA
PILAR 6 – ÁREAS SOCIAIS
PILAR 7 – PROTECÇÃO E SEGURANÇA
PILAR 8 – COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

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1. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(Transformar o Lixo em Luxo)

1.1. Intervenções prioritárias (imediatas)

i. Criação de comités de salubridade nos bairros, constituídos por residentes
idóneos, que façam parte da planificação e monitoria da Gestão de Resíduos
Sólidos Urbanos (GRSU);
ii. Produção de fertilizante orgânico ou composto, a partir do lixo orgânico e venda
para outros Municípios para fertilização de solos para jardins e viveiros
municipais. Tornar a Cidade de Maputo, sobretudo na cintura verde, o Município
com o maior índice de compostagem do País;
iii. Reutilização de diversos desperdícios para o fabrico de diferentes tipos de obra
de arte. A transformação de resíduos sólidos em objectos de arte deverá ter um
enfoque particular para jovens desempregados, acolhidos num centro
vocacionado ao reaproveitamento de resíduos, especialmente papel, plástico,
arame, peças de vestuários no Município;
iv. Envolvimento de jovens estudantes recém-formados nas equipes de fiscalização
após um treinamento e formação específica a ser ministrada pelo Conselho
Autárquico da Cidade de Maputo;
v. Introduzir o subsídio de risco, assistência médica e medicamentosa para os
trabalhadores nas áreas de serviços que apresentem um maior risco para saúde;
vi. Formação permanente dos comités de salubridade para separação artesanal do
lixo: orgânicos e plásticos;
vii. Organizar os cantadores de lixo dando formação, fardamento e apoio social;
viii. Criar parcerias com grupos mundiais de voluntários de reciclagem para formação
de toda a cadeia humana envolvida na Gestão Resíduos Sólidos Urbanos.
ix. Educação cívica mais intensiva: Televisão, Rádio Municipal, jornais, actualizar e
modernizar o site do Município, panfletos, etc.
x. Introdução dos princípios e práticas de separação de lixo nas escolas. Nos Bairros
em pequenas ruas, premiando as iniciativas dos estudantes pelas quantidades de
lixo separado – 3 caixotes de lixo.
xi. Maior rigor no cumprimento dos contratos de recolha de lixo sobretudo na região
mais urbanizada: Zona dos compactadores.
xii. Introdução da tecnologia da Localização Geo-Espacial das residências para acabar
com os problemas da taxa de Limpeza paga injustamente e para facilitar a
reconciliação de contas com a EDM.
xiii. Aproveitamento dos compostos Orgânicos par produção do biogás, compostagem,
produção eléctrica, fazer pavimentos, asfaltos com base no plástico e no vidro;

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1.2. Intervenções Estruturantes

i. Introduzir o tratamento combinado de resíduos sólidos por incineração e reciclagem
para uma taxa de 25% até o final do mandato.
ii. Introduzir a produção de biogás e biofertilizante a partir dos resíduos orgânicos;
iii. Recuperar para o Município o património adstrito ao sector da Salubridade mas que
foi adjudicado a interesses empresariais alheios ao bem comum;
iv. Reabilitação do ‟centro de acomodação” dos trabalhadores da salubridade que
actualmente funciona como uma verdadeira caserna, sem nenhumas condições de
dignidade mínima de um ser humano;
v. Criação de um Centro de Triagem de RSU na Lixeira Municipal;
vi. Criar um Centro Municipal de reciclagem de viaturas e tornar a reciclagem uma
verdadeira indústria municipal;

vii. Introduzir maior rigor no controle dos equipamentos, viaturas, combustível e outros
meios operacionais alocados ao sector da salubridade, com base em plataformas
tecnológicas modernas.
viii. Introduzir a técnica de rota-fixa e equipe-fixa para as viaturas de recolha de lixo e
rigorosas medidas disciplinares para desvios de rota e prestação de serviços
privados com uso de equipamento do CMM e no horário normal de trabalho; Estudo
dos fluxos para RS e Transportes Urbanos.
ix. Tomar todas as diligências legais, técnicas e institucionais para o Encerramento da
Lixeira de Hulene e conversão do espaço num centro de triagem numa parte e
noutra num espaço habitacional com altos padrões de segurança;
x. Enquanto não se encerra a Lixeira instalar uma Usina que possa incinerar o Lixo e
transformar em energia eléctrica para a população, reduzindo os custos desta
variável no capaz e ainda produzir outros derivados: fertilizantes, gás e material
de construção de baixo custo;
xi. A curto prazo criar uma central de cantadores e a médio prazo ter condições de
exportar o lixo. Município deverá garantir para a central de cantadores:
formação, cooperativismo, assistência psicológica, assistência médica e
medicamentosa;
xii. Criação de uma unidade de Serviços especiais para lidar com lixo industrial,
hospitalar, tóxico e radioactivo;
xiii. Reforço do serviço de recolha de ‟monstros” (colchões, mobiliário danificado,
ramos de árvore) e tornar este serviço uma fonte de receitas para o município.
Fiscalização: Jovens recém-formados e sem emprego em coordenação com os
comités de salubridade;
xiv. Criar um mapeamento preciso das 3 áreas de recolha de lixo: Zona de
compactadores (exclusiva para contendores), zona do saco (recolha em saco
plástico) e zona de recolha primária (bairros periféricos), operando num regime
de Parcerias Público Privadas (PPP).

1.3. Intervenções complementares

i. Incentivar a criação de microempresas e/ou Associações de jovens para recolha
primária semi-mecanizada nos Bairros periféricos da cidade de Maputo, o tratamento,
deposição final e limpeza de espaços públicos como praias por exemplo, cujo processo
de registo legal das empresas/associações a ser assistida pelo Município e injeção do
capital inicial por via Fundo de Investimento de Iniciativa Autárquica (FIIA) e Fundos do
PERPU;

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ii. Incentivar movimentos associativos, podendo ser garantido pelo CMM em função das
ruas limpas (limpeza primária).
iii. Incentivar o licenciamento de empresas de reciclagem em vários Bairros, mas com uma
engenharia financeira mais modesta para garantir viabilidade do projecto e menores
custos fixos.
iv. Estabelecer cooperativas nos maiores mercados para a reciclagem do lixo orgânico e
produção de energia e fertilizantes.
v. Educação ambiental dada no ensino primário e centros infantis por profissionais tanto
públicos quanto privados. É imperioso criar uma sociedade voltada para a reciclagem,
valorizando simultaneamente a preservação ambiental e o desenvolvimento económico;
vi. Colocação de Ecopontos em todas Escolas da Cidade de Maputo, Centros Comerciais,
supermercados e mercados municipais, munidos de Kit de separação e premiar os
melhores exemplos.

2. MOBILIDADE E TRANSPORTE

(Transportar com segurança, comodidade e prazer)

2.1. Intervenções prioritários

i. Criar corredores de transportes segregados: determinadas vias reservadas apenas para

certo tipo de transportes. Conjugar esta medida com adaptações a serem feitas na hora
de ponta onde serão reservados corredores para o transporte públicos (Machimbombos
e chapas);
ii. Criar novas terminais com novo paradigma de acordo com os padrões internacionais e
regionais (RSA): devem ter bilheteira, centro social, sanitários, Loja de
telecomunicações múltipla (Mcel, Voda, Movi, TDM.....), Bancos. Em fim com um
sistema que maximize a integração de serviços. Estas terminais deverão estar acopladas
com silos de estacionamento;
iii. Consolidar a política de apoio ao transporte público numa perspectiva de
sustentabilidade e de maior equidade e coesão social e territorial, promovendo uma
menor utilização do automóvel e uma repartição modal mais equitativa é o objectivo
estratégico central para os próximos quatro anos de gestão municipal em matéria de
defesa e promoção do transporte público e da qualidade de vida dos cidadãos.
iv. Priorizar o transporte público, através da implementação de um novo sistema de gestão
de tráfego, mais inovador e capaz de responder aos novos desafios da cidade, através
da criação de uma rede de corredores bus de elevada frequência nas principais Avenidas
da Cidade.
v. Aumentar as zonas de estacionamento aproveitando todos os terrenos baldios;
vi. Tornar obrigatório que novas construções tenham parques de estacionamento, com
capacidade suficiente para moradores, funcionários e visitantes;

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vii. Dar incentivos que novas construções sejam feitas em áreas que não estejam
sobrelotadas;
viii. Planificar zonas de escritórios para fora das zonas centrais, para dispensar o trânsito.

2.2. Intervenções estruturantes

i. Criar na região metropolitana uma ‟Rede confiável” que consistiria num mapa com
a rota e horários precisos dos transportes integrados no sistema.
ii. Parcerias público-privadas financeiras. As empresas com grande número de
trabalhadores e pesadas frotas de transportes, podem abdicar deste custo
operacional fazendo uma ‟simbiose financeira” – cobrem total ou parcialmente os
custos financeiros das operações de locação financeira (Leasing) para autocarros
dos TPM e/ou operador privado licenciado pelo Município, com base num protocolo
que permita uma redução significativa da tarifa dos bilhetes para os trabalhadores.
Findo o período de financiamento os autocarros podem ser integrados num sistema
de mercado secundário de autocarros usados – para alimentar o sector privados nas
províncias, cujo encaixe financeiro irá directamente para os cofres das empresas
em simbiose financeira com o Município.
iii. Criar na praça dos trabalhadores a primeira Estação Municipal de transportes
integrado. As pessoas vem de comboio e com o mesmo bilhete, apanha o autocarro
(pode ser TPM). Sistema de luz verde e Luz vermelha sincronizado. Evitar também
os desvios de dinheiro que não entra, nos cofres dos TPM.

iv. Uniformizar procedimentos, normas, legislação e posturas de transportes em todo

perímetro fronteiriço com a área metropolitana do Grande Maputo: Matola,
Moamba, Boane (curto prazo) e Marracuene e Manhiça (Médio prazo).

v. Definição de uma política de concessões em que as vias nevrálgicas (principais vias)

sejam operadas por veículos de média e grande capacidade (incluindo a EMTPM) e
que estejam interligadas com concessões para viaturas de pequena capacidade (15
lugares), formando um sistema de integração em que nenhum operador seja a
partida ‟descartado”.

vi. Introdução de um sistema integrado de passe, válido tanto para operador público
quanto para o privado, onde os estudantes e os trabalhadores são a primeira
prioridade (85% dos utilizadores, se incluirmos os trabalhadores sazonais). Sendo
que a tarifa dos estudantes deverá ser subsidiada para se ajustar as normas
internacionais em que define que o preço não deve exceder 20% do salário médio
mensal.

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vii. Adopção de um sistema tecnológico moderno de gestão dos passes electrónicos para
cada veículo alocado no sistema integrado de transportes. Este sistema iria garantir:
a) evitar o desvio das receitas, b) maior comodidade aos passageiros, c) encaixe
antecipado de receitas para a autoridade de gestão dos transportes urbanos. v.
Instituir um órgão especializado para a gestão do sistema integrado de transportes
(Autoridade Metropolitana de Transportes por exemplo) em que os Municípios de
Maputo, Matola e Boane constituiriam o ‟colégio“, mas com um modelo de gestão
altamente profissionalizado e privado e/ou misto.
viii. Instituição de um fundo de transportes para compensar as chapas” e os TPM e não
apenas nos combustíveis como está sendo feito actualmente. Articular outro tipo
de impostos (autárquico, predial. etc) para o reforço do fundo de transportes:
quanto mais comodidade na locomoção, maior número de clientes para as lojas,
bancas, quiosques e todos os agentes económicos. Sustentabilidade do fundo para
compensar o défice para cobrir o preço real da tarifa de transportes (30,00 MZN
para passagem de 10 km).
ix. Integrar as empresas como fortes parceiros do fundo pela integração dos seus
trabalhadores na ‟Rede Confiável“, contribuindo para o fundo no que as mesmas
passariam a poupar em custos administrativos e operacionais de gestão das suas
frotas particulares de transportes. Assinar convénios com empresas para garantir o
‟dinheiro de avanço” para posteriormente se fazerem investimentos financeiros e
infra-estruturais.
x. Reactivar o sistema de transporte articulado (Barco + Autocarro) para Inhaca.
Atracar no mesmo ponto onde atraca o ferryboat. Sistema articulado deve ser
entregue a privados (não funcionam porque estão entregues ao Estado) e
introdução do passe. Necessita-se de uma política de concessões.
xi. Promover uma maior equidade e coesão territorial da rede viária, repartindo o
espaço de forma mais equilibrada com uma ciclo via;
xii. Implementar corredores de autocarro de alta qualidade, em varias áreas da Cidade.
Conseguiremos, assim, criar condições para o aumento da velocidade comercial de
circulação dos autocarros de transporte público, com evidentes ganhos de
mobilidade para os cidadãos.
xiii. Requalificar os arruamentos, mantendo uma intervenção sistemática de
manutenção, repavimentação e requalificação do espaço - canal na rede
estruturante e local.
xiv. Finalizar acessos em falta na rede rodoviária, fomentando uma maior equidade e
coesão territorial e melhorando as acessibilidades aos principais aglomerados
habitacionais, com particular enfoque para os distritos de Kamavota e Kambukwana.
xv. Promover uma maior equidade e coesão territorial da rede rodoviária, repartindo
o espaço de forma mais equilibrada com os modos suaves, designadamente o
pedonal e o ciclável.

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xvi. Investimento cirúrgico em infra-estruturas: reabilitar estradas terciárias que façam

o maior percurso inter-bairros e inter-distrital: Mahotas (Av. Julius Nyerere) – Dona
alice; Bairro de Inhagoia – Xipamanine; Bairro 25 de Junho – Malhazine; Bairro do
Jardim (2M) – Zona Verde.
xvii. Definir os pontos de intersecção como terminais intermédias rodoviárias que
permitam o transbordo. Já existem estudos que definiram 3 pontos: Polo 1- entre
Matola e Maputo (EN2 e EN1); Polo 2 (Linha do Jardim dois sentidos e outras Linhas
da Cidade); Polo 3 (prende-se com a sua localização entre duas das mais
movimentadas artérias de Maputo, a Avenida Vladimir Lenin e a Avenida dos
Acordos de Lusaka, e com o facto de se encontrar no cruzamento da Avenida Karl
Marx (que vai até à Baixa) com a Marien Ngouabi (que circunda do Distrito n.º 1).
xviii. Redes alternativas a actual (estudo de Matos – 2003 por exemplo e André Araújo
2010).

2.3. Intervenções complementares

i. Ajustar o número de bancos nos autocarros a realidade de carência de
transportes: reduzir o número de Bancos pode ser uma das opções. A nossa
pirâmide etária é de uma população jovem, ficar de pé não é um grande
condicionalismo. Ocupa-se menos por pessoa e os transportes passam a levar
mais pessoas. Aumento da produtividade e rentabilidade dos transportes.
ii. Criar instrumentos de regulação da micrologística nas zonas de maior
concentração de comércio e turismo, definindo novas regras e horários de
acesso para as Zonas de Acesso Automóvel Condicionado.
iii. Implementar novas áreas de acesso automóvel condicionado, dotadas de gestão
“inteligente” e de maior protecção a moradores e comerciantes.
iv. Criar novos parques de estacionamento ou garagens municipais de proximidade,
destinados fundamentalmente a residentes em zonas habitacionais de forte
procura.
v. Implementar uma rede de parques de estacionamento/áreas de rebatimento
destinadas exclusivamente a autocarros em serviço ocasional/ turístico,
evitando e condicionando o seu acesso ao centro histórico da cidade.

3. MERCADOS, FEIRAS E SECTOR INFORMAL

(Por um Município amigo do Vendedor)

3.1. Intervenções prioritárias

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i. Não Privilegiar o conceito de ‟formalizar o informal” mas de "legalizar o informal"

e conceder dignidade a quem trabalha, dando garantias de segurança e permitir
que todos contribuam para os cofres do Município;
ii. Cadastrar todos os vendedores informais e atribuir um cartão de vendedor informal
autorizado;
iii. Melhorar a organização, estrutura e funcionamento do mercado abastecedor do
Zimpeto, dando maior dignidade aos vendedores e comodidade aos clientes;
iv. Realizar a manutenção das infraestruturas dos mercados existentes com base no
conceito de tercializar estes serviços dando oportunidade a pequenas,
microempresas e associações de jovens recém-formados ou na situação de
desemprego;
v. Apoiar as associações dos mercados para melhorar as infra-estruturas com reflexos
sobre as condições de compra e venda e que assegurem maior estabilidade e
conservação dos produtos, como por exemplo, redes de frio, através de negociações
com a banca para a concessão de crédito com taxas de juro bonificadas e eventual
comparticipação financeira do município;

3.2. Intervenções estruturantes

i. Construir mercados grossistas em três pontos de entrada para Cidade de Maputo: a)
para a entrada sul – Catembe; b) da zona da Matola (coordenando para o efeito
com este município) e c) Na entrada que liga com Marracuene - Costa do Sol;
ii. Construir novos pequenos mercados de forma a aumentar as acessibilidades dos
vendedores e compradores, incentivar para a redução das vendas nos passeios e
melhorar as condições de higiene, salubridade e segurança;
iii. Reforçar, através de formação, assistência técnica, jurídica e de outras naturezas,
as associações existentes nos mercados com o objectivo de melhorar a organização
das condições de venda nos mercados (higiene, salubridade, segurança, etc.);
iv. Requalificação dos mercados existentes, sobretudo os mercados históricos,
introduzindo neles serviços múltiplos para os tornar mais atractivos e dinâmicos:
serviços financeiros; serviços de telecomunicações; Mediateca; internet grátis para
os estudantes; espaços desportivos; áreas artístico-culturais…etc…etc..
v. Padronização do tipo de Bancas a serem usadas nos mercados, nas feiras, no espaço
público, nas barreiras e outros.

3.3. Intervenções complementares

i. Facilitar o apoio organizacional e jurídico para que as associações defendam e

reivindiquem os seus direitos e cumpram as suas obrigações.
ii. Dar apoio jurídico às associações dos vendedores dos mercados para a resolução de
conflitos;

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iii. Melhorar e tornar eficaz e transparente a acção de fiscalização nos mercados no

âmbito do quadro legal vigente.

4. MEIO AMBIENTE E GESTÃO TERRITORIAL

(Maputo uma Cidade Ecológica)

4.1. Intervenções prioritárias

4.1.1. Meio Ambiente

i. Nas artérias da cidade, promover o plantio de árvores sombreiras com destaque

para diferentes tipos de acácias e, em parceria com centros de pesquisa, iniciar a
introdução de espécies nativas.
ii. Aumentar o número de parques infantis, reforçando o rácio de equipamentos por
criança.
iii. Construção de sanitários públicos em locais de maior aglomeração de cidadãos ao
longo do perímetro da cidade, com base em tecnologias inovadoras que usam
sistemas mecânicos, sem necessidade de energia eléctrica;
iv. Promover campanhas de sensibilização dos munícipes sobre os cuidados a ter com
as infra-estruturas públicas de saneamento e com o ambiente, usando para o efeito,
os jovens e mulheres residentes nas áreas em causa.
v. Fazer o mapeamento das valas secundárias e terciarias que alimentavam a Vala de
drenagem Principal da Cidade de Maputo estabelecida na década 80;
vi. Introdução da Tecnologia Geo-espacial para uma gestão do espaço urbano mais
eficiente e com uma margem de erro mínima;
vii. Promoção do conceito de 3R, isto é, Redução, Reutilização e Reciclagem.
viii. Capacitação dos agentes Municipais e dos Municipes em matéria ambiental. As
capacitações podem cingir-se sobre erosão costeira dos solos causada pelo homem
e pela natureza, perda do espaço físico devido ao avanço das águas, respeito pelas
normas e valores ambientais, mudanças climáticas – aquecimento global, etc.;
ix. Criar a Escola de Jardineiros do Município de Maputo, em articulação com diversas
instituições e, designadamente, com o Instituto de Emprego e Formação
Profissional, garantindo que o conhecimento específico, especializado e único
perdurará e de que a reciclagem e formação dos melhores jardineiros está
assegurada.
x. Criar uma especialidade de "Polícia Municipal Verde”.
xi. Introduzir um concurso interescolar denominado "Minha escola – meu jardim"

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4.1.2. Gestão Territorial

i. Atribuição de DUATs aos ¾ da população que vive na larga área do Município sem
estrutura. A estratégia correta é manter as pessoas no Bairro (Casa Segura);
ii. Recuperar o maior número possível de terrenos para infra-estruturas e serviços
públicos.
iii. Apetrechar o cadastro do município com as últimas tecnologias de informação para
que o Município possa responder cabalmente com as atuais demandas sobre a terra.
iv. Integração de jovens desempregados por via dos comités distritais de salubridade
na calendarização de actividades de limpeza das valas. Este e modelo de gestão vai
contribuir para redução da incidência do desemprego e de custos operacionais para
o Conselho Municipal.
v. Rever o Plano de Estrutura Urbana por formas a conceder terrenos em áreas
devidamente infraestruturas para habitação para jovens recém-formados
(Habitação juvenil), concomitantemente criar novos bairros habitacionais de tipo
social na Katembe.

4.2. Intervenções Estruturantes

4.2.1. Meio Ambiente (Aumentar o espaço verde em Maputo)

i. Converter o espaço do actual Jardim Zoológico no primeiro Central Park de
Moçambique. Um verdadeiro pulmão verde, acoplado ao desporto como canoagem,
trilhas para caminhada, pistas para patinagem, museu de histórica contemporânea
de Moçambique, Bibliotecas, mediatecas, Galerias, Centros de formação
tecnológica para juventude, espaço para campismo, áreas para Leitura, coretos
para declamação de poesia…etc…etc. A visão é termos o parque urbano mais
visitado em Moçambique e na SADC;

ii. Restabelecer os espaços verdes e a flora urbana. Para tal deve ser feita a
reactivação do Viveiro Municipal em parceria com as instituições do Ensino Superior
ligadas a Agronomia e Engenharia Florestal. O fim último será o resgatar o Estatuto
já granjeado de cidade das acácias que a cidade de Maputo já teve.
iii. Em parceria com o Município da Matola, ligar este Município e o Bairro dos
pescadores numa única ciclovia (Projecto piloto de Ciclovia para Maputo);
iv. Reservar áreas para reposição do equilíbrio ecológico e conceder aos espaços
verdes um estatuto de protecção;
v. Preservar as características paisagísticas típicas da cidade de Maputo (Barreira por
exemplo). A construção de prédios a partir de uma certa altura deviam ir para zona
de expansão.
vi. Ajardinar as barreiras da Maxaquene e criar actividade económica não permanente
(por exemplo Quiosque)

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vii. A nível da linha costeira, é importante plantar os quebra ventos nomeadamente

casuarinas de modo a proteger a cidade de eventos extremos como ventos fortes e
ciclones. Por outro lado implementar um projecto de reflorestamento com base no
plantio de mangais que constituem abrigo para uma variedade infindável de
mariscos e crustáceos;

viii. Para combater a contaminação das águas marinhas por águas negras e salvaguardar
a existência de algumas espécies marinhas e para saúde humana, Instalar até o final
do mandato, uma central-piloto de tratamento e reciclagem de águas residuais
para reutilização, como contributo para redução dos níveis de poluição marinha e
suprimento do défice da oferta de água potável a população;
ix. Reabilitação e operacionalização da lagoa de oxidação inoperacional.
x. Reabilitação de fundo das valas de drenagem nos bairros propensos as cheias (Ex:
Mafalala, Urbanização, Maxaquene, Chamanculo, Xipamanine).
xi. Reservar áreas para repor o equilíbrio e assegurar a manutenção e melhoramento
da qualidade ambiental.

xii. Equipar os edifícios públicos, nomeadamente as escolas, com painéis fotovoltaicos,

produzindo a energia que consomem e antevendo a possibilidade de
armazenamento diário de energia para consumo nocturno;
xiii. Substituição da iluminação pública por um sistema mais eficiente (led), com
poupanças substanciais. (Em parceria com EDM).
xiv. Criação de um Gabinete das Zonas Verdes (GZV) com atribuição para revitalizar a
Agricultura Urbana, com o enfoque para o vale do Infulene e a instalação de
projectos de aquacultura (sendo que já existem projectos concretos elaborados por
especialistas Moçambicanos na diáspora). Outras atribuições deste Gabinete:
a) O GZV dará prioridade à produção de hortícolas, frutas e animais de pequena
espécie e peixes em tanques de piscicultura;

b) Formar as famílias produtoras e os associados na utilização de recursos locais

para que seja possível uma menor dependência dos sistemas de produção em
relação aos mercados (produção de adubos orgânicos, multiplicação de
sementes, disseminação da agricultura biológica, etc.).

4.2.2. Gestão Territorial

i. Implementação do Plano de Estrutura Urbana de Maputo (PEUM) conforme é de lei
e planificar o uso da terra ao nível autárquico;
ii. Expansão urbana: criar novos bairros e fazer com os mesmos sejam autónomos em
termos de serviços básicos nomeadamente reservas de espaços para edificação de
infra-estruturas sociais como hospitais, escolas, espaços de lazer, arruamentos,
acesso a água e luz. Esta actividade pode ser desenvolvida a um custo mínimo

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bastando para o efeito envolver a comunidade local e utilizar o manual de Técnicas

Básicas de Planeamento Físico;
iii. Reordenar os bairros informais num processo de negociação permanente com os
residentes. Esta actividade deverá ser feita não por empresas que apresentam
projectos de requalificação, pois, a requalificação não pode ser feita por
"procuração". Técnica "casa a casa" "pessoa a pessoa". Medidas: acertar as ruas,
conceder DUATs e colocar drenagem.
iv. Privilegiar as zonas suburbanas para construção de infra-estruturas sociais.
v. Implementar um programa de habitação social, reservando áreas a disposição da
população mais carenciada que comprove ser detentora de níveis de rendimento
médio baixo.
vi. Acordos com grandes projectos de promoção imobiliária nacionais e internacionais
para uma parceria para implementar o projecto municipal de habitação social em
grande escala. O princípio é um acordo win-win onde Município concede terra e os
projetos imobiliários constroem os edifícios sociais como contrapartida;
vii. Expandir os serviços a todas as zonas da cidade, nomeadamente os serviços
públicos: saúde, escolas, espaços recreativos, postos de pagamento e de emissão
de documentos.

5. REFORMA INSTITUCIONAL E FINANCEIRA

(Gestão transparente, participativa, inclusiva, moderna e sustentável)

5.1. Gestão dos Recursos humanos

i. Promover o Desenvolvimento Institucional e a melhoria da gestão de Recursos

Humanos, com foco na mudança de atitude e comportamento – Gestão Orientada
para Resultados;
ii. Adoptar uma Política de Gestão de Recursos Humanos atractiva e competitiva que
assegura a profissionalização e qualificação dos Funcionários do Conselho Municipal;
iii. Adoptar uma gestão de recursos humanos que acaba com as nomeações com base
político-partidária. Introduzir a meritocracia como factor exclusivo para admissão,
enquadramento e promoção de colaboradores a quaisquer níveis;
iv. Elaborar o Plano Municipal de Saúde, em articulação com as instituições locais, com
vista à adopção de um melhor plano de saúde para trabalhadores e autarcas do
município;
v. Introduzir no salário base a componente do Bónus de Eficiência Municipal (BEM) por
formas a garantir uma reforma condigna aos funcionários Municipais;

5.2. Gestão Financeira

i. Introdução de um sistema de colecta de receitas online para todos os sectores do

Município;

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ii. Cadastrar para fins de cobrança de impostos todos os contribuintes e criar uma
plataforma de aviso eletrónico de cobrança de impostos;
iii. Registo de todos agentes económicos do sector formal e informal, e atribuição de
um cartão de operador informal;
iv. Simplificação e equidade fiscal, através da diminuição das despesas das empresas,
comercio informal e residentes, através da descida gradual da carga tributária, e
garantir a celeridade nos processos de licenciamento de actividades económicas;
v. Lançar um Modelo de “guia fiscal autartico”, que permita simplificar, eliminar e
fundir taxas para melhor aperfeiçoamento e simplificação;
vi. Adoptar uma plataforma tecnológica que permita garantir transparência nas
receitas da taxa de limpeza cobradas pela EDM;
vii. Aplicações da lei sobre receitas consignadas em todos sectores da Autarquia, para
permitir melhorar os serviços prestados;

5.3. Reforma Institucional

i. Garantir o funcionamento pleno da Unidade de Inspecção convertendo-a num
Departamento de Auditoria Interna no Município. Garantir a este Departamento
poderes para acompanhamento online de todos os pagamentos feitos em todos os
sectores sempre que for necessário se efectuar uma averiguação;
ii. Introdução de um sistema contabilístico moderno e publicação do relatório
financeiro do Município numa base anual/semestral;
iii. Auditar o relatório financeiro anual do Município através de auditores
independentes e divulgar os relatórios ao público;
iv. Reestruturar o Regulamento Interno do Município por forma a garantir uma
estrutura mais leve e mais sustentável sob ponto de vista operacional, funcional e
de sustentabilidade;
v. Estabelecimento de um código deontológico no Município que regule e garanta uma
cultura democrática e constitucional em todas unidades orgânicas;
vi. Meritocracia como factor exclusivo para admissão, enquadramento e promoção de
colaboradores a quaisquer níveis;
vii. Introdução de uma unidade de atendimento telefónico – Call Center - especializado
em atendimento em multissectorial;
viii. Criação de um serviço online para reclamações, sugestões e apresentação de
requerimentos para serviços prestados pelo Município;
ix. Melhoramento da página de internet do Conselho Municipal;
x. Criação de um centro de apoio a Juventude, com profissionais preparados para
formação em várias áreas do mercado.
xi. Garantir maior rigor no uso dos fundos de compensação autárquica, fundo de
investimento autárquico e PERPU, assegurando a obrigatoriedade de apresentação
de relatórios públicos periodicamente;

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xii. Transparência na utilização do PERPU, priorizando as microempresas existentes,

formais ou informais, de Mecânicos, eletricistas, sapateiros, alfaiates,
comerciantes e assegurar a prestação de contas aos Munícipes numa base anual.

6. ÁREAS SOCIAIS

(A Mulher e o Jovem como pilar central do Edifício Maputo)

6.1. Educação e Cultura

i. Criação de uma Rádio e Televisão Municipal;

ii. Criação de uma biblioteca Municipal mais interactiva, configurada com as mais
modernas TICs;
iii. Valorização do património cultural e arquitectónico da Cidade de Maputo, por via
de parcerias para restaurando de edifícios históricos e conversão dos mesmos em
centros de cultura, turismo e aprendizagem para adolescentes e jovens;
iv. Investimento nos bairros mais antigo e com marcos históricos relevantes para
Cidade, nomeadamente Mafalala, Chamanculo e Baixa para garantir e preservar a
cultura e assegurar maior turismo para autarquia;
v. Reforçar os apoios à educação especial, qualificando-a através da melhoria das
infra-estruturas físicas, do aumento e formação de pessoal especializado e da
adequação de ofertas socioeducativas;
vi. Estabelecer um programa de apoio à acção social escolar, nomeadamente os
auxílios económicos para o serviço de alimentação, a aquisição de livros e material
escolar e as visitas de estudo;
vii. Desenvolver programas, projectos e acções nas mais diversas áreas de âmbito social,
cultural, desportivo, científico e pedagógico, de iniciativa autárquica ou em
parceria, em articulação com os diversos serviços do Município, as escolas, as
universidades e outros agentes educativos;
viii. Converter parte da Feira Popular num Centro de Jogos Infantil (Disney Maputo);
ix. Elaborar um Plano de Investimento com parceiros nacionais e internacionais para
implementação do Centro Ecoturístico de Malhazine.

6.2. No âmbito do Turismo

i. Estabelecer um roteiro turístico para o Município de Maputo envolvendo

jovens recém-formados e em situação de desemprego;

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ii. Estabelecer uma escola básica de turismo para Inhaca e Catembe.

iii. Abertura de áreas de campismo.
iv. Explorar o potencial turístico da ilha dos Portugueses e Xefina.
v. Potenciar a prática de Diving (mergulhos) nas ilhas.
vi. Diversificar licenciamento para o turismo e áreas não tradicionais:
equipamentos desportivos, cadeiras de descanso na praia, campismos...etc.
vii. Tornar a ilha de chefina um destino turístico.
viii. Reservar toda orla Marítima para investimento exclusivo em infraestruturas
para Hotelaria e Turismo.
ix. Criar um roteiro turístico e cultural pelos edifícios considerados como
património arquitetural da cidade, com apoio das instituições de ensino
superior e centro de pesquisa especializados a nível nacional e
internacional;
x. Garantir a preservação da parte histórica da Baixa, de acordo com o Plano
de Requalificação já aprovado e impedir autorizações que atentam contra
o Plano. Adicionalmente, buscar parcerias para viabilizar o Plano a nível
nacional e internacional.

6.3. Juventude e Emprego

i. Promover a formação técnica e profissional dos jovens, em matéria de gestão

empresarial e empreendedorismo;
ii. Sensibilizar os jovens para as questões globais, promovendo o empreendedorismo
e o auto-emprego, através da adopção e desenvolvimento de novas tecnologias de
reaproveitamento dos Resíduos sólidos e a protecção do meio ambiente;
iii. Desenvolver parcerias com os sectores público e privado, para a concessão de
estágios pré-profissionais, com vista a promover a empregabilidade dos jovens;
iv. Incentivar a criação de pequenas cooperativas, de jovens desempregados, para
manutenção dos cemitérios, parques e jardins. Portanto o município passa o serviço
a terciários, assim poderá exigir responsabilidades na limpeza e manutenção;
v. Incentivaremos a criação de emprego para jovens nas áreas de limpezas,
manutenção, vamos criar escolas técnicas, para que possam ser empreendedores
qualificados ou entrar no mercado de trabalho com qualificação;
vi. Usar os serviços municipais (Recolha de resíduos sólidos, transportes, saneamento,
reciclagem, criação e reabilitação devias de acesso, cuidados de saúde básicos,
etc….) como plataforma para incrementar a oferta de emprego e trabalho para os
jovens e para as mulheres;

vii. Criação de um Instituto de formação Técnico-profissional Básica do Município para

capacitar juntos com ferramentas para o mercado.

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6.4. Desporto

(Maputo: Cidade Amiga do Desporto. Cidade dos Campeões)

i. Criar um Site especializado para promover a visão da "Cidade dos Campeões"

ii.
iii. Criar um Fundo Municipal para Cultura e Desportos;
iv. Construção de um Pavilhão Multiuso para modalidades desportivas que já deram
orgulho na arena internacional (salta corda, Artes Marciais, Xadrez, basquete,
canoagem, natação) – Modalidades adoptadas;
v. Recuperar e expandir as infra-estruturas desportivas municipais;
vi. Apoiar os grandes eventos desportivos, que contribuem para a competitividade
internacional das cidades, para a atracção turística e para aumentar a auto-estima
dos citadinos;
vii. Implementação de projecto “100 Tabelas” que consiste em instalação de tabelas
de Basket nos bairros com um pavimento consistente de 10 m2 para que resgatemos
o gloria do Basketbol feminino a nível internacional num período de 5 anos;
viii. Potenciar a prática de Diving (mergulhos) nas ilhas, promovendo em paralelo o
nível de turismo da Cidade de Maputo;
ix. Promover o acesso de deficientes à prática desportiva;
x. Apoiar o movimento associativo e a valorização dos respectivos agentes, com
especial enfoque na área de massificação do desporto;
xi. Assegurar a formação e capacitação de gestores e monitores desportivos para o
desporto escolar e comunitário;
xii. Assegurar a reabilitação, manutenção e construção da rede de infra-estruturas
desportivas e locais de prática desportiva e de lazer nos bairros;
xiii. Promover a regularização dos espaços de prática de desporto e actividades
recreativas nos bairros.
xiv. Promoção da prática desportiva e introdução de competições de distritais sob
égide do Município; implementação do projecto ‟mil tabelas de Basket” em todos
os distritos Municipais; criação de um complexo desportivo municipal (Basket,
salão, andebol, ginástica, artes marciais.)
xv. Aposta na reabilitação do espaço público de lazer e desporto promovendo maior
bem-estar social para os munícipes.
xvi. Adopção de 5 modalidades desportivas de eleição com um estádio multiuso, tendo
em vista relançar Maputo na arena internacional;

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6.5. MULHER, CRIANÇA E ACÇÃO SOCIAL

(52% dos Maputenses são mulheres, os restantes 48% são filhos delas)

i. Promover um conjunto de acções formativas e informativas pela afirmação da

participação em igualdade das mulheres, em todas as áreas da vida da cidade;
ii. Capacitar a mulher para o empreendedorismo que é a habilitação para o auto-
emprego;
iii. Promoção do reforço da formação académica e técnico-profissional para a
valorização social do papel da mulher e do empoderamento;
iv. Um Plano Municipal para a Igualdade de Oportunidades, que promova o acesso de
todas e todos aos recursos e serviços que a cidade oferece, sem discriminações
baseadas no género, na idade, na deficiência, na religião, na etnia ou na orientação
sexual;
v. Disponibilização de espaços para associações e movimentos cívicos de combate à
discriminação;
vi. O estabelecimento de parcerias eficazes para o combate à exploração do trabalho
infantil e para a protecção das crianças face ao tráfico organizado;
vii. Combate ao trabalho infantil, ao tráfico de menores, à pedofilia, gravidez precoce,
ao casamento prematuro e garantir a protecção do idoso e da criança;
viii. Criar programas de apoio aos grupos vulneráveis: portadores de deficiência,
crianças de famílias desfavorecidas, idosos e outros grupos;
ix. Garantir o cumprimento dos direitos da criança, da mulher, da pessoa com
deficiência e da pessoa idosa;
x. Com o apoio das confissões religiosas e da sociedade civil, trabalhar para
restruturar e devolver o papel da família como eixo central de todas as realizações
sociais.
xi. Criação de uma Clínica Municipal para a Saúde Materno-Infantil com pequenas
unidades nos maiores mercados para cuidados básicos de saúde.

7. PROTECÇÃO E SEGURANÇA

(Tornar Maputo segura e tranquila)

i. Especialização da Polícia Municipal para contribuir para o combate a criminalidade

urbana;
ii. Garantir a Paz, a Ordem e a Segurança, assegurando o patrulhamento dos bairros.
iii. O Município dever ter uma voz mais activa na definição e integração das diversas
componentes da segurança pública, nomeadamente na complementaridade entre
Policia Municipal e os restantes corpos policiais com intervenção na cidade.
iv. Combater o abuso sexual de menores, a violência doméstica e a violação sexual.

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v. Criar um posto de Polícia Municipal em cada Distrito.

vi. Combater a Poluição sonora.
vii. Reforçar as medidas de segurança rodoviária.
viii. Fazer cumprir na íntegra a implementação das posturas municipais.
ix. Garantir a iluminação pública em bairros e vias de acesso para garantir a segurança dos
munícipes.
x. Incentivar a criação de uma rede de casas solidárias e instituir os Centros de
Acolhimento de emergência e integração social, uma vez que continua a verificar-se a
existência de um elevado número de pessoas em situação de pobreza extrema,
exclusão social e sem abrigo;
xi. Elaborar o Plano Municipal de Saúde, em articulação com as instituições locais, com
vista à adopção de estilos de vida saudáveis e contribuindo para a instituição de
sistemas activos de prevenção, diagnóstico precoce e orientação para o tratamento,
nas principais determinantes da saúde com reconhecido impacto no estado de saúde
dos indivíduos, ao longo de todas as fases do seu ciclo de vida.

8. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

(Maputo abraçando o mundo)

i. Criar mais amigos do Município de Maputo;

ii. Interessar mais investidores para o Município de Maputo, dando garantia de segurança
nos investimentos e promovendo áreas de negócios atrativos por via de Feiras de
negócio;
iii. Garantir a participação nos foros internacionais onde o Município de Maputo for
convidado e apresentar planos de investimentos consistentes e ambiciosos.
iv. Geminagem com cidades em que se provem ganhos mútuos e significativos, sobretudo
na área da conservação

Contamos Contigo! Porque juntos VAMOS RESGATAR MAPUTO!

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