Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5.1 Introdução
Por outro lado, o transporte privado é altamente flexível. Proporciona uma viagem mais
confortável e conveniente e tem também melhor acessibilidade. A questão da escolha
do modo, afecta a eficiência geral com que podemos viajar em zonas urbanas, a
quantidade de espaço urbano dedicado às funções de transporte. Portanto, é importante
desenvolver e utilizar modelos que sejam sensíveis aos atributos de viagem que
influenciam as escolhas individuais de modo de transporte.
Os factores que influenciam a escolha do modo podem ser classificados em três grupos:
b) Factores qualitativos:
▪ conforto e a conveniência;
▪ Segurança e protecção;
Tal como nesse caso nível não havia indicação para onde essas viagens poderiam ir as
características da viagem e modos foram omitidos destes modelos. Isto era consistente
com uma visão geral de planeamento que, à medida que os rendimentos cresciam, a
maioria das pessoas adquiriria carros e gostaria de as utilizar.
O objectivo do planeamento dos transportes era prever este crescimento da procura para
viagens de carro, para que o investimento pudesse ser planeado de forma a satisfazê-
lo. Este procedimento foi designado como o "prever e providenciar”. A divisão modal
daquela época relacionava a escolha do modo apenas com características como
rendimento, densidade residencial e a posse de automóvel. Em alguns casos, a
disponibilidade de transportes públicos razoáveis foi incluída sob forma de um índice de
acessibilidade.
A modelação na Europa foi dominada, quase desde o início, por modelos pós-
distribuição, ou seja, modelos aplicados após a gravidade ou outro modelo de
distribuição. Isto tem a vantagem de facilitar a inclusão das características da viagem e
dos modos alternativos disponíveis. No entanto, tornam mais difícil a inclusão das
características do fazedor de viagem, uma vez que podem já foram agregadas na matriz
de viagem (ou matrizes).
Outra abordagem tem sido a utilização, por analogia, de uma versão da formulação
Kirchhoff na electricidade. A proporção dos fazedores de viagens entre a origem i e o
destino j que escolhe o modelo k em função do respectivos custos generalizados do
modelo k, Cij é dada por:
(𝐶𝑖𝑗𝑘 )−𝑛
𝑃𝑖𝑗𝑘 =
∑𝑘1(𝐶𝑖𝑛
𝑘 −𝑛
)
Este modelo é por vezes considerado atractivo porque a escolha do modo (ou rota)
depende da relação de custos e não a sua diferença. Uma limitação destes modelos é
que só podem ser utilizados para matrizes de viagem de viajantes com uma escolha à
sua disposição.
6.1 Introdução
Por exemplo, a utilidade observável é geralmente definida como uma combinação linear
de variáveis, como por exemplo:
(NCAR), seria mais provável que escolhesse a opção de carro do que o outro pertencente
a uma família com apenas um veículo. A constante específica alternativa, 0,25 na
equação é normalmente interpretada como representando a influência líquida de todas
as características não observadas, ou não incluídas explicitamente, do indivíduo e da
sua função de utilidade. Por exemplo, poderia incluir elementos tais como conforto e
conveniência que não são fáceis de medir ou observar.
Para prever se será escolhida uma alternativa, de acordo com o modelo, o valor da sua
utilidade deve ser em contraste com as das opções alternativas e transformadas num
valor de probabilidade entre 0 e 1. Para tal, existe uma variedade de transformações
matemáticas que se caracterizam tipicamente por ter um valor de probabilidade entre 0
e 1 e em forma de S, como por exemplo:
exp(𝑉1 )
𝑃1 =
exp(𝑉1 ) + exp(𝑉2 )
Ou
𝑒 (𝑉1 )
𝑃1 = (𝑉 )
e 1 + 𝑒 (𝑉2)
Os modelos de escolha discreta não podem ser calibrados em geral utilizando técnicas,
tais como como mínimos quadrados, porque a sua variável dependente Pi é uma
probabilidade não observada (entre 0 e 1) e as observações são as escolhas individuais
(que são 0 ou 1).
𝑁𝑖 = ∑ 𝑃𝑖𝑛
𝑛
O quadro teórico ou paradigma mais comum para gerar modelos de escolha discreta é
teoria da utilidade aleatória que basicamente postula isso:
Esta formulação permite explicar duas "irracionalidades" aparentes: que dois indivíduos
com o mesmo atributos e enfrentando o mesmo conjunto de escolhas podem seleccionar
opções diferentes, e que alguns indivíduos podem nem sempre seleccionar o que parece
ser a melhor alternativa (do ponto de vista dos atributos considerado pelo analista).
isto é
apenas se:
isto é
e como a distribuição conjunta dos resíduos ε não é conhecida, não é possível, nesta
fase, derivar uma expressão analítica para o modelo. O que sabemos, contudo, é que os
resíduos são aleatórios variáveis com uma certa distribuição que podemos denotar por:
e como a distribuição conjunta dos resíduos ε não é conhecida, não é possível, nesta
fase, deriver uma expressão analítica para o modelo. O que sabemos, contudo, é que os
resíduos são aleatórios
variáveis com uma certa distribuição que podemos denotar por f (ε)= f (ε1, . . . . , εN).
O modelo de logit binário é a forma mais simples de escolha de modo, onde a escolha
de viagem entre dois modos é feita. O viajante ou o fazedor de viagem associa algum
valor para a utilidade de cada modo. Se a utilidade de um modo for superior ao outro,
então esse modo é escolhido.
𝑣 𝑤 𝑡
𝐶𝑖𝑗 = 𝑎1 𝑡𝑖𝑗 + 𝑎2 𝑡𝑖𝑗 + 𝑎3 𝑡𝑖𝑗 + 𝑎4 𝑡𝑖𝑗 + 𝑎5 𝐹𝑖𝑗 + 𝑎6 ∅𝑖𝑗 + 𝛿
Onde
𝑣
𝑡𝑖𝑗 = é o tempo de viagem dentro do veículo entre i e j, tw
𝑤
𝑡𝑖𝑗 = é o tempo de caminhada de e para as paragens, tt
𝑡
𝑡𝑖𝑗 = é o tempo de espera na paragem
∅𝑗 = é o custo do estacionamento
Se o custo da viagem for baixo, então essa alternativa de tem mais probabilidade de ser
escolhido.
Considere dois modos (m=1,2) então a proporção de viagens por modo 1 da zona i para
a zona j é (𝑃𝑖𝑗1 ).
1
𝑒 −𝛽𝑐𝑖𝑗
𝑃𝑖𝑗1 = 𝑇𝑖𝑗1 ⁄𝑇𝑖𝑗 = 1 2
𝑒 −𝛽𝑐𝑖𝑗 + 𝑒 −𝛽𝑐𝑖𝑗
Esta forma funcional é chamada logit, onde cij é chamado o custo generalizado e 𝛽 é o
parâmetro para a calibração.
O modelo binário pode ser facilmente alargado a vários modos. A equação para um
modelo deste tipo pode ser escrita como:
1
𝑒 −𝛽𝑐𝑖𝑗
𝑃𝑖𝑗1 = 𝑚
∑ 𝑒 −𝛽𝑐𝑖𝑗
Exercício 1
Considere que o número de viagens da zona i para a zona j é 5000, e que estão
disponíveis dois modos que segundo as características dadas na Tabela abaixo.
Modos 𝒕𝒗𝒊𝒋 𝒕𝒘
𝒊𝒋 𝒕𝒕𝒊𝒋 𝒇𝒊𝒋 ∅𝒊𝒋
Carro 20 - 18 4 -
Autocarro 30 5 3 9 -
𝑎𝑖 0.03 0.04 0.06 0.1 0.1
Exercício 2
Seja 5000 o número de viagens de i a j, e estão disponíveis três modos que têm as
características conforme a Tabela 2.
𝒕𝒗𝒊𝒋 𝒕𝒘
𝒊𝒋 𝒕𝒕𝒊𝒋 𝒇𝒊𝒋 ∅𝒊𝒋
Carro 20 - - 18 4
Autocarro 30 5 3 6 -
Comboio 12 10 2 4 -
Coeficiente 0.03 0.04 0.06 0.1 0.1
Calcular as viagens feitas pelos três modos de transportes e a receita cobrada por cada
modalidade.
Exercício 3
𝒕𝒗𝒊𝒋 𝒕𝒘
𝒊𝒋 𝒕𝒕𝒊𝒋 𝒇𝒊𝒋 ∅𝒊𝒋
Exercício 4
𝑒 𝑈𝑚
𝑃(𝑚: 𝑀) =
∑𝑚∈𝑀 𝑒 𝑈𝑚
𝑋𝑚 𝐶𝑚
𝑈𝑚 = 𝜃𝑚 + 𝜃1 𝑡𝑚 + 𝜃2 + 𝜃3
𝑑 𝑌
Onde
• 𝑝(𝑚: 𝑀) = probabilidade de um indivíduo escolher o modo m
• 𝑡𝑚 = tempo no interior do veiculo (minutos, um sentido)
• 𝑋𝑚 = tempo fora do veículo (minutos, um sentido)
• 𝑑 = distância
• 𝑐𝑚 = custo (cêntimos, um sentido)
• 𝑌 = rendimento anual (dolares)
• 𝑚 = automóvel (A) ou Trânsito (T)
No caso de dois modos, uma constante pode ser definida arbitrariamente para zero, uma
vez que apenas a diferença 𝜃𝑇 − 𝜃𝐴 influencia a escolha do modo.
𝜃1 = - 0.030
𝜃2 = - 0.34
𝜃3 = - 50
Agregado do tipo A
𝑌 = $5000
𝜃𝐴 = - 0.13
Agregado do tipo B
𝑌 = $10,000
𝜃𝐴 = - 0.13
𝑡𝐴 = 11.3 min
𝑋𝐴 = 5 min
𝑑 = 7.25 km
𝑐𝐴 = 122.5
𝑡𝑇 = 14 min
𝑋𝑇 = 8 min
𝑐𝑇 = 50
Exercício 5
Usando a informação disponilizada no exercício 4, considere os efeitos da variação da
tarifa do actual nível (50 cêntimos), para os seguintes valores: 0, 25, 75, 100, 125 e 150.