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UNIDADE II

Técnica e Economia
de Transportes
Prof. Dr. Helcio Raymundo
O que vamos aprender nesta aula?

 Como classificar os (principais) modos de transporte de passageiros?

 Como enfrentar o desafio do transporte de passageiros nas grandes cidades brasileiras,


provendo melhores condições para a mobilidade urbana?

Fonte: https://www.onmobih.com.br/desafios-da-mobilidade-urbana-o-que-o-novo-governo-vai-enfrentar/
Como classificar os (principais) modos de transporte de passageiros?

 Quanto à propriedade: público e privado.


 Quanto à capacidade e uso: coletivo e individual (alta, média e baixa capacidade).
 Quanto ao custo de implantação: com ou sem infraestrutura.
 Quanto à gestão e à operação: poder concedente (órgão gestor) e empresas operadoras
(públicas ou privadas).
 Quanto às tarifas: tarifa social com subsídio e/ou tarifa real sem subsídio.
 Quanto às formas de remuneração e modelos de implantação: por passageiro transportado,
por produção do transporte (viagens, extensão percorrida etc.) ou mista; implantação
precedida ou não de obra pública.
Como classificar os (principais) modos de transporte de passageiros?

Fonte: Autoria própria.


Como enfrentar o desafio do transporte de passageiros nas grandes cidades
brasileiras, provendo melhores condições de mobilidade urbana?
 Aceitando as limitações dos modos de transporte de passageiros (+ detalhes: desutilidades).
 Aplicando o processo de planejamento de transporte, a partir dos conceitos de sistema,
hierarquia e integração, considerando as necessidades da demanda, caracterizadas por
pesquisas e pela assunção de cenários prospectivos (+ detalhes: processo de
planejamento).
 Verificando se o sistema de transporte concebido atende efetivamente às necessidades
qualitativas e quantitativas da demanda, consolidando-o (+ detalhes: processo
de planejamento).
 Detalhando os projetos do sistema de transporte consolidado
(oferta – quadro de horários, frota, tipo de veículo, tipo de
serviço, tipo de via etc.) e implantando o sistema de transporte
consolidado (tema de outra aula).
 Mantendo, melhorando, atualizando e expandindo o sistema de
transporte (‘girando’ o ciclo PDCA – “plan-do-check-act”).
Quais são as limitações (desutilidades) dos modos de transporte de
passageiros?
 Gasta tempo; Tempo de acesso
ao transporte

 Custa dinheiro; Afeta os passageiros Tempo de espera


Tempo total
 É inseguro; de
Tempo de transporte
deslocamento
 É desconfortável; e nos veículos

Tempo de
 Causa impactos às comunidades (Afeta a sociedade): transferência

 Roubando espaço urbano e criando barreiras; e Custo operacional dos


veículos
 Poluindo a água, o solo e o ar. Parcela Custo
Outros custos (inclusive
imposta aos custo do tempo, tarifa etc.)
passageiros
Risco de ocorrência de
Insegurança acidentes de trânsito

Desutilidade Nos pontos de


total conexão,
Desconforto estacionamento etc.

Nos veículos

Parcela Impactos Áreas devotadas à


infraestrutura do TP
imposta à negativos nas
sociedade comunidades Impactos ambientais
Fonte: Autoria própria.
Etapas básicas do processo de planejamento de transporte

Fonte: Autoria própria.


Como verificar se o sistema de transporte concebido atende efetivamente às
necessidades qualitativas e quantitativas da demanda?
 Colocando-se no lugar dos passageiros – das pessoas.

 Conciliando “todos” os interesses envolvidos.

Fonte: Autoria própria.


Interatividade

Considerando investimentos, custos, espaço ocupado no sistema viário e poluição, indicar a


melhor alternativa para o transporte de passageiros nas regiões metropolitanas brasileiras:

a) Utilização exclusiva de automóveis (construção extensiva de vias elevadas, túneis e vias


expressas).
b) Utilização de automóveis (transporte individual) e vans (transporte coletivo).
c) Utilização de automóveis (transporte individual) e ônibus em corredores exclusivos
(transporte coletivo).
d) Sistema de transporte integrado inter e intramodal, respeitada
a hierarquização dos modos de transporte (maior capacidade:
estruturação; média capacidade: articulação e baixa
capacidade: alimentação).
e) Utilização exclusiva de uma rede de trilhos de 500 km.
Resposta

Considerando investimentos, custos, espaço ocupado no sistema viário e poluição, indicar a


melhor alternativa para o transporte de passageiros nas regiões metropolitanas brasileiras:

a) Utilização exclusiva de automóveis (construção extensiva de vias elevadas, túneis e vias


expressas).
b) Utilização de automóveis (transporte individual) e vans (transporte coletivo).
c) Utilização de automóveis (transporte individual) e ônibus em corredores exclusivos
(transporte coletivo).
d) Sistema de transporte integrado inter e intramodal, respeitada
a hierarquização dos modos de transporte (maior capacidade:
estruturação; média capacidade: articulação e baixa
capacidade: alimentação).
e) Utilização exclusiva de uma rede de trilhos de 500 km.
O que vamos aprender nesta aula?

Como dimensionar (tabelas ou quadros de


horários de) linhas de ônibus?

Fonte: http://www.pmrb.ac.gov.br/index.
php/noticias/noticias-itens/ultimas-noticias
/6807-onibus.html

Fonte:
https://marmitacultural.word
press.com/tag/onibus-cheio/
Por que dar ênfase aos sistemas de ônibus?

 “Por que o Brasil é liderança mundial em transporte por ônibus, sendo o modo ônibus
responsável por 70% dos deslocamentos do transporte coletivo no país, transportando cerca
de 80 milhões de pessoas por dia?”
 “Por que Curitiba é o berço do BRT (Bus Rapid Transit) e o seu sistema de transporte,
estruturado em ônibus, tem sido copiado pelo mundo afora?”
 “Porque o ônibus é um modo de transporte versátil (de baixa até alta capacidade), de baixo
custo e curto prazo de implantação, atendendo às funções de alimentação, articulação e
estruturação dos sistemas de transporte.”

Fonte: http://estacaorio.com/2019/12/20/
conheca-a-operacao-especial-do-brt-durante
-as-festas-de-fim-de-ano/
O problema do dimensionamento de linhas de ônibus

Estabelecer oferta de transporte (frota e tabela ou quadro de horários) para atender às


necessidades (quantitativas) da demanda, sujeita às restrições:

 físico-operacionais (sistema viário, pontos de parada/terminais e integração com outros


modos);

 regulamentares, trabalhistas, sociais, ambientais, de disponibilidade de frota/mão de obra; e

 econômico-financeiras de garantia da adequada remuneração do serviço prestado.


Como caracterizar a demanda (quantitativa) de passageiros?

 Pesquisa de catraca ou operacional (ou relatório diário de bordo ou dados da bilhetagem


eletrônica), com registro dos horários de chegada e saída dos ônibus de uma determinada
linha nos pontos inicial e final e dos contadores das catracas, conhecendo-se, assim, os
tempos de parada e de percurso e a frota utilizada; e
 Pesquisa de Embarque e Desembarque (E/D) (também denominada como Sobe e Desce),
com registro dos passageiros embarcados e desembarcados em cada ponto de uma linha de
ônibus em uma dada viagem. A E/D serve para determinar o Índice de Renovação da Linha.

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/pancho/tag/
onibus/?topo=52,2,18,,159,e159
Exemplo – Índice de Renovação

Fonte:
https://www.radioculturafoz.com.br/2017/08/03/pas
sageiro-pode-trocar-de-onibus-fora-do-terminal-
sem-pagar-segunda-passagem/
Especificações e caracterização da oferta

 Veículo: características nominais (velocidade, tempos de embarque/desembarque,


capacidade etc.).

 Itinerário: infraestrutura viária (tipo e estado do pavimento, relevo, geometria, tráfego e


prioridade para o transporte coletivo).

 Pontos de parada e terminais.

 Esquema de operação (viagens expressas, semiexpressas e


paradoras) e nível de serviço (passageiros em pé por
metro quadrado).

 Tempos de operação (viagens, paradas) e tempos de ciclo.


Cálculo da frota máxima (para tempo de ciclo ≤ período de pico)

 Frota = tc/ip, em que:


 tc = tempo de ciclo no período de pico (tempo de viagem de ida = tempo de viagem de volta
+ tempos de parada nos pontos ou terminais iniciais e finais) (minutos); e
 ip = intervalo (médio) entre partidas no período de pico (minutos).
1,86% (R$ 0,0894) 4% (R$ 0,1916)
Rodagem Gerenciamento

1,92% (R$ 0,0920) 5,64% (R$ 0,2706)


Impostos e taxas Amortização

6,11% (R$ 0,2930)


Peças e acessórios
VALORES
REFERENTES 9,61% (R$ 0,4605)
56,77% (R$ 2,7219) Rentabilidade justa
Gastos com pessoal À TARIFA
TÉCNICA
TARIFA DO
PASSAGEIRO
14,08% (R$ 0,6752) R$ 4,50
Combustíveis e
lubrificantes
TARIFA TÉCNICA R$ 4,79
Fonte: Adaptado de: https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/noticia/reajuste-de-r-0-25-da-tarifa-de-onibus-
fica-abaixo-da-inflacao
Ajustes nas tabelas ou quadros de horários

 Convenção coletiva – turnos + Legislação Trabalhista;


 Lanches, almoço e jantar;
 Necessidades locais e específicas; e
 Banco de horas, treinamento etc.

Observação importante:
 A tabela horária ajustada é o principal insumo da correta alocação da frota e das escalas de
motoristas, cobradores e fiscais.
Exemplo de aplicação de dimensionamento da frota

Uma linha de ônibus tem “Índice de Renovação” de 2,00 no período das 6h30min e 8h00
(período típico = período de pico), tendo sido transportados 2.538 passageiros no sentido de
maior movimento, com tempo de ciclo médio de 60 minutos. Calcular a quantidade de viagens
nesse período, o intervalo médio entre partidas, a frota e a tabela horária para atender à
demanda, nas seguintes situações:

 Ônibus ‘padron’ (3 portas) – capacidade de 51 passageiros sentados, área útil de 7,0 m2 e


nível de serviço de 7 passageiros em pé por m2;

 Ônibus convencional (2 portas) – capacidade de 45


passageiros sentados, área útil de 5 m2 e nível de serviço de 7
passageiros em pé por m2; e

 Ônibus rodoviário (1 porta) – capacidade de 40 passageiros


sentados (não viajam passageiros em pé).
Resolução Ônibus ‘Padron’ (três portas)

 Ocupação máxima no período = passageiros transportados no período/Índice de Renovação


= 2.538/2,00 = 1.269.
 Quantidade de viagens: ocupação máxima no período/capacidade máxima unitária por
ônibus = 1.269/[51 + (7 x 7)] = 1.269/100 = 12,69 viagens = adotam-se 13,00 viagens.
 Intervalo entre viagens = período típico/quantidade de viagens necessárias no período = 90
minutos/13 viagens = intervalo médio de 6,92 minutos – adota-se o intervalo de 7 minutos.
 Frota = tempo de ciclo/intervalo entre viagens = 60/7,00 = 08,57 ônibus, adotam-se 9 ônibus.
 Tabela horária = 06h00; 06h07; 06h14; 06h21; 06h28; 06h35; 06h42; 06h49; 06h56; 07h03;
07h10; 07h17 e 07h24.

Fonte:
https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/
transporte/rede-integrada-de-
transporte/24
Resolução Ônibus Convencional (duas portas)

 Ocupação máxima no período = passageiros transportados no período/índice de renovação


= 2.538/2,00 = 1.269.
 Quantidade de viagens: ocupação máxima no período/capacidade máxima unitária por
ônibus = 1.269/[45 + (5 x 7)] = 1.269/80 = 15,86 = adotam-se 16 viagens.
 Intervalo entre viagens = período típico/quantidade de viagens necessárias no período = 90
minutos/16 viagens = intervalo médio de 5,62 minutos – adota-se intervalo de 6 minutos.
 Frota = tempo de ciclo/intervalo entre viagens = 60/6 = 10 ônibus, adotam-se 10 ônibus.
 Tabela horária = 06h; 06h06; 06h12; 06h18; 06h24; 06h30; 06h36; 06h42; 06h48; 06h54;
07h; 07h06; 07h12; 07h18; 07h24 e 07h30.

Fonte:
https://onibusbrasil.com/rod
rigocoimbra/1232802
Resolução Ônibus Rodoviário (uma porta)

 Ocupação máxima no período = passageiros transportados no período/índice de renovação


= 2.538/2,00 = 1.269.
 Quantidade de viagens: ocupação máxima no período/capacidade máxima unitária por
ônibus = 1.269/40 = 31,73 viagens = adotam-se 31 viagens.
 Intervalo entre viagens = período típico/quantidade de viagens necessárias no período = 90
minutos/31 viagens = intervalo médio de 2,90 – adota-se intervalo de 3 minutos.
 Frota = tempo de ciclo/intervalo entre viagens = 60/3,00 = 20 ônibus, adotam-se 20,00 ônibus.
 Tabela horária = 06h00; 06h03; 06h06; 06h09; 06h12; 06h15; 06h18; 06h21; 06h24; 06h27;
06h30; 06h33; 06h36; 06h39; 06h42; 06h45; 06h48; 06h51; 06h54; 06h57; 07h; 07h03;
07h06; 07h09; 07h12; 07h15;
07h18; 07h21; 07h24;
07h27 e 07h30

Fonte: http://www.parceirosdotransporte.com.br/novo-servico-
838-da-emtu-sp-e-promessa-de-ligacao-rapida-entre-
alphaville-e-linha-4-amarela/
Roteiro de Cálculo do Exemplo

 Ocupação máxima no período = passageiros transportados no período/índice de renovação.


 Quantidade de viagens necessárias no período = ocupação máxima no período/capacidade
máxima unitária por ônibus.
 Intervalo entre viagens = período típico/quantidade de viagens necessárias no período.
 Frota = tempo de ciclo/intervalo entre viagens.
 Tabela horária – adotar um horário da primeira partida, no caso 06h00, e acrescentar o
intervalo para determinar o horário para partida seguinte até completar o período típico.

Tipo de Viagens Intervalo Frota


ônibus (unidades) (minutos) (unidades)
Padrão 13 7 9
Convencional 16 6 10
Rodoviário 31 3 20
Interatividade

Para dimensionar a tabela horária de operação de uma linha de ônibus, é necessário levantar e
obter os dados e as informações de caracterização da demanda que possibilitem o cálculo do
volume de passageiros, do fluxo de passageiros, da ocupação máxima e do Índice de
Renovação. As pesquisas de apoio utilizadas para o levantamento desses dados e
informações são:

a) Pesquisa de Catraca ou Operacional e Pesquisa de Embarque/Desembarque (E/D),


também denominada como Sobe e Desce.
b) Pesquisa de ocupação de ônibus e Pesquisa de Origem e Destino.
c) Pesquisa de espera de passageiros de ônibus e Pesquisa de
Catraca ou Operacional.
d) Pesquisa de tempo de operação em pontos de parada e
Pesquisa de Origem e Destino.
e) Pesquisa de Origem e Destino.
Resposta

Para dimensionar a tabela horária de operação de uma linha de ônibus, é necessário levantar e
obter os dados e as informações de caracterização da demanda que possibilitem o cálculo do
volume de passageiros, do fluxo de passageiros, da ocupação máxima e do Índice de
Renovação. As pesquisas de apoio utilizadas para o levantamento desses dados e
informações são:

a) Pesquisa de Catraca ou Operacional e Pesquisa de Embarque/Desembarque (E/D),


também denominada como Sobe e Desce.
b) Pesquisa de ocupação de ônibus e Pesquisa de Origem e Destino.
c) Pesquisa de espera de passageiros de ônibus e Pesquisa de
Catraca ou Operacional.
d) Pesquisa de tempo de operação em pontos de parada e
Pesquisa de Origem e Destino.
e) Pesquisa de Origem e Destino.
O que vamos aprender nesta aula?

 Conceitos de Logística
 Evolução do enfoque logístico e da Logística
 A Logística no cenário brasileiro
 A Logística no cenário mundial
 Logística nas empresas (Logística e
administração, Logística e marketing
e Logística e produção)

Fonte: https://www.hubi40.com.br/logistica-4-0-e-as-tendencias-para-cadeias-de-suprimentos-digitalizadas/
Conceitos de Logística

 Logística é um ramo da administração que trata do planejamento e da operação dos


movimentos dos bens de uma organização, desde a obtenção de matérias-primas,
armazenagem, circulação e distribuição de produtos e dos serviços associados
a estas atividades.
 Logística é: “O processo de planejamento, implantação e controle do fluxo e armazenamento
eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados,
bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de
consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes” (Council of Logistics
Management, 1986).
 “A logística empresarial trata de todas as atividades de
movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de
produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o
ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de
providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um
custo razoável” (BALLOU, 2006).
Evolução do enfoque logístico e da Logística

 O termo logística vem da palavra grega “logistiki” (λογιστική) – contabilidade e organização


financeira e do verbo francês “loger” – que significa alojar ou acolher. A origem histórica é
militar, como ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares (existia
o posto de “Maréchal-des-Logis” no exército francês já no século XVIII).

 Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a logística passou a significar a gestão do


fluxo de materiais em uma empresa, desde a matéria-prima até os produtos acabados, com
ênfase na superação de barreiras temporais e espaciais.

 Nos anos de 1970 a 1990, a logística passou a ser entendida


como importante instrumento de redução de custos
das empresas.

 Hoje, a logística nas organizações está totalmente a serviço da


administração, gestão, marketing e produção (bens e serviços).
A Logística no cenário brasileiro

Fonte: Autoria própria.


A Logística no cenário mundial

 Europa Central x Europa periférica x antiga União Soviética.


 Estados Unidos, Canadá e México.
 Japão e Coreia do Sul.
 China e Sudeste Asiático.
 Uso intensivo de modelagem, telemática e inteligência artificial.

Aplicação de modelos de negócios da economia digital:

 grande evolução do comércio eletrônico; e


 alta produtividade, mas como geração de altos
impactos ambientais.
Logística nas empresas (Logística e administração)

Estrutura Organizacional
• Sistema de Gestão
• Serviço de Atendimento aos Clientes (SAC)
• Produção/Marketing/Vendas/RH/Finanças
• Logística/Cadeia de Suprimentos Fonte:
https://trabalhosparaescola.com.br/atividade
s-colaborativas/

Na logística propriamente dita, incluindo o transporte de cargas, interagem três blocos:


a) Canais de Distribuição (“Distribution Channel”) – meios/canais pelos quais os produtos são
distribuídos de sua origem até o consumidor final, incluindo armazéns, despachantes,
atacadistas e varejistas;
b) Distribuição Física (“Physical Distribution”) – se dá entre o
final da produção e o consumidor final, incluindo tráfego,
embalagem, manuseio, armazenagem, controle de estoque,
suprimentos dos clientes e previsões; e
c) Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos
(“Suply Chain Management”).
Logística nas empresas (Logística e marketing)

Cuidado:
 Marketing é ramo da Comunicação Social, campo no qual atuam assessoria de imprensa e
relações públicas, que atravessou as seguintes fases históricas:
 1ª fase – produção – o que se produz, vende (Século XIX e XX).
 2ª fase – venda – se estimulado, o consumidor compra mais (após 2ª Guerra).
 3ª fase – promoção – cliente satisfeito é garantia de mercado sólido e duradouro (décadas de
1960 a 1990.
 4ª fase – encantamento e fidelidade – consumidores satisfeitos, mas com qualidade de vida
– enfoque ambiental e sustentável (Século XXI).

Fonte:
https://www.isto
ckphoto.com/br/
ilustra%C3%A7
%C3%B5es/4p-
marketing-mix-
product-place-
price-promotion
Logística nas empresas (Logística e produção)

Fonte: https://logisticatreinamentos.files.wordpress.com/2014/08/administracion-logistica.gif
Interatividade

Assinale a alternativa incorreta quanto aos conceitos de Logística:

a) A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos


e informações para a execução, entre outras, das atividades de movimentação
e estocagem de matérias-primas, produtos semiacabados e produtos finais.
b) A Logística está intimamente ligada às ciências humanas, tais como Administração,
Economia, Contabilidade, Estatística e Comunicação Social (marketing), envolvendo
diversos conhecimentos de Engenharia, Transporte de Cargas e Recursos Humanos,
além de Telemática.
c) Considera-se que a Logística não nasceu da necessidade
dos militares de se abastecerem com armamento, munições e
rações enquanto se deslocavam de suas bases para posições
avançadas. Na Grécia Antiga, Império Romano e Império
Otomano, os oficiais militares com o título “Logistikas” eram
responsáveis pelos assuntos financeiros e pela distribuição
de suprimentos.
Interatividade

d) Fundamentalmente, a Logística se vale de uma visão organizacional holística, pela qual


administra recursos materiais, financeiros e humanos, gerenciando desde a compra e
entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a
distribuição dos produtos, até o monitoramento das operações e o gerenciamento das
informações correspondentes.

e) Pela definição do “Council of Supply Chain Management”,


“Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de
Abastecimento que planeja, programa e controla o fluxo e
armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas,
materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as
informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o
ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências
dos clientes”.
Resposta

Assinale a alternativa incorreta quanto aos conceitos de Logística:

c) Considera-se que a Logística não nasceu da necessidade dos militares de se abastecerem


com armamento, munições e rações enquanto se deslocavam de suas bases para posições
avançadas. Na Grécia Antiga, Império Romano e Império Otomano, os oficiais militares
com o título “Logistikas” eram responsáveis pelos assuntos financeiros e pela distribuição
de suprimentos.
O que vamos aprender nesta aula?

 Sistemas logísticos de distribuição

 Projetos de sistemas logísticos

 Nível de Serviço logístico


Sistemas logísticos de distribuição

Definição:
 Distribuição física + canais de distribuição. A distribuição física é a movimentação do produto
e o canal de distribuição é a intermediação do produto. A distribuição compreende o
transporte e a entrega para suprir os pontos de venda e outros canais,
imediatamente após a produção.

Objetivo:
 Entregar o produto na quantidade e no tempo certos, mantendo sua qualidade e
características, ao menor custo logístico.
Sistemas logísticos de distribuição

Como calcular o Custo Logístico (não incluído o Custo Administrativo):


 CL = Ct + Cz + Cm + Ca (Custo Logístico = Custo de Transporte + Custo de Armazenagem +
Custo de Manuseio + Custo de Acondicionamento)

Fonte: https://www.logisticadescomplicada.com/entendendo-os-custos-logisticos-parte-2/
Projetos de sistemas logísticos

 Projeto de um sistema logístico é a definição dos atributos qualitativos e quantitativos da


solução de oferta logística. Compreende as soluções de transporte (vias, terminais, veículos
etc.), armazenagem e manuseio e acondicionamento de produtos, sistemas de informações,
processos operacionais e de alocação de recursos (humanos e financeiros).
 Aspectos a considerar: (i) localização da produção e do consumo (facilidades), (ii) canais de
distribuição e (iii) gestão dos fluxos.

Fases de projeto:
 Preparação (objetivos, abrangência, necessidades, equipe e supervisão);
 Estudos (levantamento de dados e informações de oferta,
análise, concepção e detalhamento da solução); e
 Gestão do projeto (programa de implantação, testes/ajustes e
avaliação de desempenho).
Nível de Serviço logístico

 Segundo Ballou (2001), “Nível de Serviço Logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e
serviços é gerenciado” e pode ser medido pelo “tempo necessário para se entregar um
pedido ao cliente.”
Gestão do Nível de Serviço:
 Nível de Serviço influencia a escolha do cliente e é importante elemento de sua satisfação.
Ademais, hoje em dia, há, por exemplo, preocupação (ambiental) com a Logística Reversa
(devolução, descarte, assistência técnica etc.);
 As vendas tendem a aumentar se o Nível de Serviço for melhorado além do já oferecido
pelos concorrentes;
 Melhores Níveis de Serviço significam menores custos de
estoque; e
 Níveis de Serviço adequados, ‘negociados’ com os clientes,
balanceado preço e qualidade, são armas importantes para a
melhoria de competitividade das empresas.
Exemplos

 Logística aplicada à construção civil:


Obra complexa de edifício alto, localizado no centro de uma cidade de alta densidade
ocupacional, em área com restrição de acesso de veículos de carga e alta movimentação de
pedestres. Extração de Canal direto
matéria-prima Canal reverso

Materiais de
Fonte:
http://br.luxuryestate.
construção
com/wp-
content/uploads/sites/
7/2014/06/obras-
Mil%C3%A3o.jpg Construção

Reciclagem Reutilização
Reforma Demolição

Centro de reciclagem
de resíduos
Fonte: Adaptado de: Disposição final
http://www.revistaespacios.com/a13v34n04/03-01.jpg
Interatividade

O planejamento logístico deve responder por que, o quê, como, quem, onde, quando e quanto
custa, envolvendo, assim, três níveis de decisões e ações (operacionais, táticas e
estratégicas), diferenciados pelo horizonte temporal de planejamento. Analise as afirmativas:
I. Localização dos centros de distribuição e dos locais de armazenamento de estoques e
seleção dos modais de transporte são decisões de nível estratégico (longo prazo).
II. Níveis dos estoques de segurança e regras de priorização de pedidos são decisões de
nível tático (médio e curto prazos).
III. Separação de pedidos e despacho são decisões de nível operacional
(curto e curtíssimo prazos).
Assinale a alternativa correta:
a) Só as afirmações I e II são corretas.
b) Só as afirmações I e III são corretas.
c) As três afirmações são corretas.
d) Só as afirmações II e III são corretas.
e) As três afirmações não são corretas.
Resposta

O planejamento logístico deve responder por que, o quê, como, quem, onde, quando e quanto
custa, envolvendo, assim, três níveis de decisões e ações (operacionais, táticas e
estratégicas), diferenciados pelo horizonte temporal de planejamento. Analise as afirmativas:
I. Localização dos centros de distribuição e dos locais de armazenamento de estoques e
seleção dos modais de transporte são decisões de nível estratégico (longo prazo).
II. Níveis dos estoques de segurança e regras de priorização de pedidos são decisões de
nível tático (médio e curto prazos).
III. Separação de pedidos e despacho são decisões de nível operacional
(curto e curtíssimo prazos).
Assinale a alternativa correta:
a) Só as afirmações I e II são corretas.
b) Só as afirmações I e III são corretas.
c) As três afirmações são corretas.
d) Só as afirmações II e III são corretas.
e) As três afirmações não são corretas.
Referências

BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed. Porto


Alegre: Bookman, 2006. p. 616.

BALLOU, R. H. Gerenciando a Cadeia de Suprimentos: planejamento, organização e logística


empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
ATÉ A PRÓXIMA!

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