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Autor:
Marcus Campiteli
Aula 22
18 de Janeiro de 2021
Fiscalização ........................................................................................................................ 2
1 – Introdução ................................................................................................................... 2
1.1 – Atividades da Fiscalização ........................................................................................................ 2
2 – Editais .......................................................................................................................... 4
3 – Projetos ....................................................................................................................... 5
4 – Caderno de Encargos .................................................................................................... 8
5 – Contratos ..................................................................................................................... 9
6 – Diário de Obras .......................................................................................................... 12
7 – Medição ..................................................................................................................... 13
7.1 – Condições Gerais .................................................................................................................... 13
1253728
7.2 – Composição das Medições ..................................................................................................... 14
7.3 – Elaboração das Medições ....................................................................................................... 14
7.4 – Critérios de Medição............................................................................................................... 15
8 – Recebimentos ............................................................................................................ 31
9 – Pagamentos ............................................................................................................... 32
10 – Reajustamento ......................................................................................................... 32
11 – Mudança de Data-base............................................................................................. 33
12 – Aditivos .................................................................................................................... 33
13 – Questões Comentadas.............................................................................................. 35
14 – Questões Apresentadas Nesta Aula .......................................................................... 56
15 – Gabarito ................................................................................................................... 64
16 – Referências Bibliográficas......................................................................................... 64
FISCALIZAÇÃO
Olá pessoal,
Segue a aula sobre Fiscalização ou Acompanhamento de Obras.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons estudos!
1 – INTRODUÇÃO
A Fiscalização trata-se de atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus
prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e
administrativas, em todos os seus aspectos.
Deverão ser observadas as seguintes condições gerais:
- o Contratante manterá desde o início dos serviços e obras até o seu recebimento definitivo, a seu
critério exclusivo, uma equipe de Fiscalização constituída por profissionais habilitados que
considerar necessários ao acompanhamento e controle dos trabalhos;
- a Contratada deverá facilitar, por todos os meios ao seu alcance, a ampla ação da Fiscalização,
permitindo o acesso aos serviços e obras em execução, bem como atendendo prontamente às
solicitações que lhe forem efetuadas;
- todos os atos e instruções emanados ou emitidos pela Fiscalização serão considerados como se
fossem praticados pelo Contratante.
- promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão sobre o andamento
dos serviços e obras, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato;
- esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas nos
desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como fornecer
informações e instruções necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos;
- solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos serviços e obras em
execução, bem como às interferências e interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades
de outras empresas ou profissionais eventualmente contratados pelo Contratante;
- promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre que for necessária
a verificação da exata correspondência entre as condições reais de execução e os parâmetros,
definições e conceitos de projeto;
- paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em
conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato;
- solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados defeituosos,
inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras;
- solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de
qualidade dos serviços e obras objeto do contrato;
- exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços e obras, aprovando os
eventuais ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos;
- aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e atestar as respectivas
medições, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento as faturas emitidas pela
Contratada;
- verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços solicitada pela
Contratada e admitida no Caderno de Encargos, com base na comprovação da equivalência entre
os componentes, de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;
- verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras, elaborados de
conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;
- solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace ou dificulte a ação
da Fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja considerada prejudicial ao
andamento dos trabalhos;
- verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela Contratada, registrando todas
as modificações introduzidas no projeto original, de modo a documentar fielmente os serviços e
obras efetivamente executados.
Qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais,
especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, não poderá
ser invocado para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e obras.
A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência
oficial e anotações ou registros na Caderneta de Ocorrências.
A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como:
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos,
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a
serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra),
com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais
do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento,
efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades
de suas subcontratadas.
As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião,
elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e
assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a
serem tomadas.
É importante, também, que sejam mantidas no canteiro de obras, para rápida consulta, cópias da
documentação completa dos elementos que auxiliam no entendimento da situação do
empreendimento, como por exemplo: projetos, especificações técnicas constantes do edital,
caderno de encargos, cronogramas, correspondências, resultados dos ensaios, laudos e atas de
reunião (Altounian, 2008).
2 – EDITAIS
É importante que o fiscal detenha conhecimento básico das regras estabelecidas no procedimento
licitatório que não foram registradas no contrato, como, por exemplo, o orçamento-base definido
no edital, de modo a ter subsídios para análises de pleitos formulados pela empresa no decorrer
do contrato.
No preâmbulo do edital encontram-se:
- modalidade da licitação: convite, tomada de preço ou concorrência;
- regime de execução: empreitada por preço unitário ou por preço global;
- tipo de licitação: menor preço, melhor técnica ou técnica e preço.
Dentre os itens obrigatórios do edital, previstos no art. 40 da Lei 8.666/93, destacam-se para a
fiscalização:
- Objeto: o que se quer contratar
- Sanções
- Critérios de reajuste
- Condições de pagamento
3 – PROJETOS
Também é importante ao fiscal conhecer a definição de Projeto Básico da Lei 8.666/93, no seu
inciso IX do art. 6º:
“Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra
ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do
prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
elementos constitutivos com clareza;
De acordo com Altounian (2008), o Projeto Básico é o quesito mais importante de um processo
licitatório. Projeto Básico mal elaborado é certeza de sérios problemas futuros.
E de acordo com a Lei 8.666/93, art. 6º, inciso X, projeto executivo é o conjunto dos elementos
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
No art. 12 da Lei 8.666/93 consta que nos projetos básicos e projetos executivos de obras e
serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:
I - segurança
II - funcionalidade e adequação ao interesse público
III - economia na execução, conservação e operação
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes
no local para execução, conservação e operação
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do
serviço
VI - adoção das normas técnicas adequadas
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas
VII - impacto ambiental
A Resolução 361/91 do Confea, no art. 3º, alínea “f”, acerca do nível de precisão do projeto básico,
diz:
“Art. 3º - As principais características de um Projeto Básico são:
(...)
f) definir as quantidades e os custos de serviços e fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte
da obra, de tal forma a ensejar a determinação do custo global da obra com precisão de mais ou menos 15%
(quinze por cento)” (grifou-se)
Sobre a responsabilidade do projeto básico e executivo, o Decreto 7.983/2013, § 4º, traz que:
Art. 10. A anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que
integrar o edital de licitação, inclusive de suas eventuais alterações.
Segundo Altounian (2008), o TCU já se manifestou pela necessidade de que o órgão contratante
“colha a assinatura dos responsáveis por cada etapa do projeto básico (cadernos de especificações,
de encargos, plantas, orçamentos etc.) [...], como forma de evidenciar autorias e atribuir
responsabilidades. Todo projeto básico deve ser respaldado por profissional habilitado,
necessariamente com a existência de ART.
Caso ocorra falha no projeto, é essencial que a fiscalização promova a responsabilidade
devidamente anotada das empresas ou profissionais que elaboraram o projeto executivo da obra,
sempre que for verificada a omissão ou insuficiência de elemento essencial do projeto.
O responsável técnico indicado pela empresa no processo licitatório que detém experiência
anterior na execução de obras com características similares, deverá apresentar a ART, em seu
nome, do empreendimento a ser executado, e participar do objeto da licitação. A fiscalização
deverá assegurar que esse responsável técnico participe de forma efetiva do acompanhamento da
obra.
O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros,
decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
Na Orientação Técnica OT - IBR 001/2006, do Instituto Brasileiro de Obras Públicas – Ibraop, consta
que o Projeto Básico deve possuir as seguintes peças técnicas:
- Desenhos
- Memorial Descritivo
- Especificações Técnicas
- Orçamento
- Cronograma Físico-financeiro
E que as pranchas de desenho e demais peças deverão possuir identificação contendo:
- Denominação e local da obra;
- Nome da entidade executora;
- Tipo de projeto;
- Data;
- Nome do responsável técnico, número de registro no CREA e sua assinatura.
O desenho é a representação gráfica do objeto a ser executado, elaborada de modo a permitir sua
visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e
especificações, perfeitamente definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e detalhes,
obedecendo às normas técnicas pertinentes.
O Memorial Descritivo é a descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, onde são
apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno
entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos.
A especificação técnica é o texto no qual se fixam todas as regras e condições que se deve seguir
para a execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente os materiais,
equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o modo como
serão executados cada um dos serviços apontando, também, os critérios para a sua medição.
A Planilha de Custos e Serviços sintetiza o orçamento e deve conter, no mínimo:
- Discriminação de cada serviço, unidade de medida, quantidade, custo unitário e custo parcial
- Custo total orçado, representado pela soma dos custos parciais de cada serviço e/ou material
- Nome completo do responsável técnico, seu número de registro no CREA e assinatura.
O cronograma físico-financeiro é a representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem
executados ao longo do tempo de duração da obra demonstrando, em cada período, o percentual
físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido.
O Caderno de Encargos é parte integrante do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o
objeto da Licitação e do sucessivo Contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e
diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução.
4 – CADERNO DE ENCARGOS
De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, o Caderno de
Encargos é parte integrante do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da
Licitação e do sucessivo Contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes
técnicas e administrativas para a sua execução.
O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e
instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como:
- descrição e abrangência dos serviços objeto da Licitação, localização e plano ou programa de
suporte do empreendimento;
- prazo e cronograma de execução dos serviços, total e parcial, incluindo etapas ou metas
previamente estabelecidas pelo Contratante;
- Memorial Descritivo, Especificações Técnicas, Desenhos e demais elementos de projeto
correspondentes aos serviços e obras objeto da Licitação;
- Planilhas de Orçamento, contendo a codificação, a discriminação, o quantitativo, a unidade de
medida e o preço unitário de todos os serviços e fornecimentos previstos no projeto;
- regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de
medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento;
5 – CONTRATOS
De acordo com a Lei 8.666/93:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços,
os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento
definitivo, conforme o caso
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da
categoria econômica
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas
VIII - os casos de rescisão
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77
desta Lei
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do
licitante vencedor
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
[...]
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.
De acordo com Altounian (2008), O início dos serviços fica condicionado à existência dos seguintes
documentos:
- ART dos responsáveis técnicos pelo empreendimento recolhida junto ao CREA do Estado em que
a obra será realizada
- Licença ambiental de instalação
- Ordem da Administração autorizando o início dos serviços
- Alvará de construção junto à Prefeitura Municipal
- Aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndio pelo Corpo de Bombeiros
- Certificado de matrícula junto ao INSS
- Demais autorizações específicas
Etapas de uma contratação de obra pública:
Quanto à definição dos preços referenciais e aceitação dos preços contratuais, cabe verificar
o que prevê o Decreto 7.983/2013 sobre esse assunto:
Art. 3o O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de
infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto
que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de
referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados os
itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção
civil.
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas
de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE.
Art. 4o O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras - Sicro,
cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT,
excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de
infraestrutura de transportes.
Art. 5o O disposto nos arts. 3o e 4o não impede que os órgãos e entidades da administração pública federal
desenvolvam novos sistemas de referência de custos, desde que demonstrem sua necessidade por meio de
justificativa técnica e os submetam à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Parágrafo único. Os novos sistemas de referência de custos somente serão aplicáveis no caso de
incompatibilidade de adoção dos sistemas referidos nos arts. 3o e 4o, incorporando-se às suas composições de
custo unitário os custos de insumos constantes do Sinapi e Sicro.
(...)
Art. 11. Os critérios de aceitabilidade de preços deverão constar do edital de licitação para contratação de
obras e serviços de engenharia.
6 – DIÁRIO DE OBRAS
De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, a comunicação
entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações
ou registros na Caderneta de Ocorrências.
A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como:
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos,
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a
serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra),
com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais
do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento,
efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades
de suas subcontratadas.
Segundo Altounian (2008), no caso de obra, documento de extrema relevância é o “Diário de
Obra”, livro que registra todas as informações diárias relativas ao empreendimento: equipamentos
disponíveis, condições meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de
subcontratadas, observações quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de
projeto etc. Em regra, é composto por três vias, cujas folhas são assinadas pelo representante da
Administração e da empresa contratada: a primeira permanece na obra, a segunda é destacada
pelo fiscal e a terceira pela empresa.
Segue um exemplo de Diário de Obra adotado pelo DNIT:
7 – MEDIÇÃO
Os serviços de medição das obras de implantação têm por finalidade a apuração das grandezas dos
seus diversos elementos, de modo a permitir o seu pagamento.
As medições compreendem duas partes distintas: as folhas de medição, com todos os detalhes de
cálculo, contendo a memória de cálculo, com todos os esclarecimentos e detalhes e parâmetros
considerados, apresentados de forma transparente, e o resumo, onde são indicadas as
quantidades globais de cada serviço, quantidades estas extraídas das folhas de medição, nas quais
deve ser observado o que se segue:
- As medições terão sempre caráter cumulativo, isto é, devem abranger todos os serviços
executados desde o início dos trabalhos, objeto do contrato em causa.
- Nas folhas de medição, os trabalhos que já foram objeto de pagamento em medições anteriores e
que não sofreram alteração, devem aparecer apenas com os seus valores globais.
- As folhas de medição, que constituem a medição propriamente dita, devem ficar arquivadas na
Superintendência Regional do DNIT, que é o responsável pelo acerto e fidedignidade dos dados
apresentados.
a) Medição resumo
a) Obras Rodoviárias
A medição deve ser feita na área satisfatoriamente desmatada, destocada e limpa. Deve-se medir
essa área, em m2, na projeção horizontal do corpo estradal, isto é, na superfície delimitada pelas
poligonais das estacas de amarração (off-sets) com os acréscimos laterais previstos e/ou pelas
operações executadas em empréstimos marginais e caminhos de serviços, sempre observando o
disposto nas Especificações de Serviço.
No destocamento de árvores de diâmetro superior a 15 cm, devem ser consideradas as unidades
destocadas, devidamente agrupadas em duas faixas, a saber: 0,15 m < ø ≤ 0,30 m e ø > 0,30 m,
devendo o diâmetro ø das árvores ser medido a 1,00 m de altura do solo.
A escavação dos caminhos de serviço deve ser calculada pelo processo da média das áreas. Não
devem ser objetos de medição específica os segmentos dos caminhos de serviço situados no
interior da faixa delimitadora da linha de off-set, devendo ser observado, no caso, o que dispõe a
Especificação de Serviço, do DNIT.
Os elementos de volume Vi devem ser limitados pela superfície natural do terreno, configurado
após as operações de desmatamento, destocamento e limpeza, pela superfície final assumida pela
plataforma e taludes e por duas seções transversais normais ao eixo da rodovia.
Portanto, para a obtenção do volume V do corte, torna-se necessária a determinação das áreas das
seções transversais que limitam o elemento e a cubação do elemento.
a seção de projeto, com as anotações necessárias à perfeita delimitação de cada tipo de material
escavado. Os cortes que apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais categorias com
limites pouco definidos, devem merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir
uma avaliação justa do volume de 3ª categoria no interperfil, de conformidade com o definido na
Especificação de Serviço correspondente.
Nas medições de cortes não acabados, o levantamento das seções transversais pode ser feito com
base nas estacas de amarração (off-sets), não sendo necessário o restabelecimento do eixo. Deve,
outrossim, ser considerada a seção transversal levantada após as operações de desmatamento,
destocamento e limpeza.
Para medição de cortes concluídos, deve ser relocado e nivelado o eixo, e levantadas,
obrigatoriamente, todas as seções transversais.
O levantamento das seções transversais deve ser feito a trena, tomando-se todas as medidas que
forem necessárias à reprodução das seções transversais assimiladas a polígonos. Estas medidas
devem ser tomadas, admitindo a decomposição da área de cada seção transversal do corte em
triângulos, que ficarão determinados pela medida dos seus lados, ou se um dos ângulos for
conhecido (taludes verticais), pela medida dos seus lados adjacentes. O engenheiro que executar
os serviços de medição deve ter em mente que a figura geométrica representativa da seção
transversal, a cuja medida procede, deve ficar plenamente determinada pelas dimensões por ele
colhidas no terreno.
Deve-se ter o cuidado de considerar no levantamento das seções somente a parte realmente
escavada, evitando, assim, que os depósitos de materiais acumulados nas cristas dos taludes
venham a aumentar a área da seção respectiva, ou que os acumulados dentro do corte, em
especial, o decorrente das operações de desmatamento, destocamento e limpeza, venham
diminuí-la, cumprindo ao empreiteiro fazer a limpeza dos cortes para as medições neste último
caso.
Sempre que os taludes não constituírem uma superfície desempenada, por defeito de escavação, o
engenheiro encarregado deve fazer a devida correção no levantamento da seção, considerando a
área limitada pelas tangentes à seção curvilínea dos taludes.
O registro das medidas tomadas no campo deve ser feito com o máximo cuidado e clareza em
caderneta especialmente organizada para tal fim. É imprescindível para cada seção o esboço da
figura geométrica da mesma, com todas as dimensões tomadas, indicadas com clareza. Com esta
providência, o próprio engenheiro encarregado dos serviços de medição verificará, no campo, se as
figuras geométricas representativas das seções escavadas ficaram suficientemente determinadas
pelas medidas por ele tomadas, conforme as figuras a seguir, sendo a, b, c, d, e, f, g, h, i, j as
medidas a serem tomadas.
Colhidos estes elementos no campo e utilizado o nivelamento do eixo, devem ser os mesmos
transpostos para as seções transversais já desenhadas por ocasião da locação e, com a
superposição das seções, calcula-se a área correspondente à parte escavada. Esta área pode ser
calculada por decomposição em figuras geométricas (triângulos e trapézios) ou, de preferência,
por integração gráfica (planímetro), devendo cada seção ser planimetrada no mínimo duas
vezes, para controle dos resultados obtidos.
A escavação do material que ficar fora da seção transversal do projeto, respeitadas as tolerâncias,
deve correr por conta do empreiteiro, salvo se se tratar de escavações adicionais inevitáveis em
rochas e autorizadas pela Fiscalização. Todos os desmoronamentos fora dos taludes regulares,
devidos a defeitos de execução, devem ser retirados pelo empreiteiro à sua conta.
A partir das áreas das diversas seções transversais ao longo do corte, devem ser calculados os
volumes entre as seções consecutivas. Considere-se, em primeiro lugar, o caso de um trecho
totalmente em corte, isto é, em que não haja seção mista.
O interperfil assemelha-se, com grande aproximação, a um prismoide sólido limitado por duas
seções planas e paralelas, de forma qualquer, chamadas bases, e por uma superfície regular,
gerada por uma reta que se apoia em ambas. Na realidade, nos cortes só raramente ocorre este
sólido ideal, isto porque a superfície do terreno não é uma superfície regular, o mesmo
acontecendo com os taludes e com a plataforma. Entretanto, como dissemos, todos os casos que
ocorrem na prática podem referir-se a ele, com grande aproximação.
O volume do prismoide é dado pela fórmula:
Na fórmula, d é a distância entre as bases ou altura do prismoide, Ω1, Ω2 e Ωm as áreas das bases e
da seção média.
A fórmula anterior não é de aplicação prática, pois exige o conhecimento da seção média Ωm,
conforme ilustrado na figura a seguir:
Para simplificação, admitimos que as geratrizes do prismóide sejam paralelas a um plano diretor;
neste caso, a seção média coincide com a média das seções extremas, isto é:
Expressão simples, de aplicação bastante prática e conhecida como fórmula da Média das Áreas.
O erro cometido aplicando-se esta fórmula, em lugar do prismóide, pode ser positivo ou negativo,
dependendo da grandeza da seção média em relação à média das seções extremas, havendo,
portanto, no resultado geral, certa compensação.
A fórmula da média das áreas continua válida no caso de curvas, desde que se reduza o
espaçamento entre as seções, quando a curvatura for grande.
A cubação dos elementos e a soma dos volumes são feitas em modelo específico, terraplenagem-
escavação, que contém: as estacas, as áreas de solo (1ª e 2ª categoria) e rocha (3ª categoria), a
soma das áreas, as semidistâncias, os volumes de solo e rocha e as observações.
dividir o volume total numa série de sólidos parciais, de base quadrada ou retangular, de 10 a 20 m
de lado, cujo volume é de fácil determinação.
Especial cuidado deve ser tomado nas vizinhanças dos taludes dos empréstimos quando se utiliza o
processo da “rede de malhas cotadas”. Se o serviço for executado por máquinas do tipo trator com
scraper ou moto-scraper, os taludes se apresentarão bastante suaves e o processo descrito
continua válido. Entretanto, sendo o serviço executado por máquinas tipo escavadeira, surgem
taludes a prumo, que podem conduzir a erros na cubação.
Conforme é ilustrado na Figura a seguir, há casos em que a projeção horizontal da linha do talude
fica entre dois nodos, e neste caso o processo continuará válido; porém, em certas situações esta
linha pode ficar próxima de um dos nodos, e então deve ser computado volume não escavado ou
vice-versa.
Nestes casos, a solução deve ser recorrer a processo gráfico, para determinar o
volume dos sólidos nas proximidades do talude. Para isso, devem ser identificadas no
campo, pelas suas três coordenadas, o pé e a crista do talude em cada situação.
O volume de aterro, para efeito de pagamento da operação de compactação, deve ser medido na
pista, após compactação e conforme a seção de projeto. Nestas condições, a medição não deve ser
feita diretamente.
Para efeito de análise, deve ser verificada a correspondência entre o volume de aterro compactado
e o volume de material escavado, através da seguinte fórmula:
Va = Vc + Ve - Vd
Sendo:
Va = volume total de aterro compactado;
Vc = volume total dos cortes ao longo da diretriz (em materiais de 1ª e 2ª categoria);
Ve = volume total dos empréstimos;
Vd = volume total dos bota-foras.
Se for utilizada rocha proveniente dos cortes na construção dos aterros, o volume de aterro de
solos a ser compactado é:
Va = (Vc + Ve) - (Vd + Var)
Onde, Var é o volume de aterro construído com rocha extraída de corte, e os demais símbolos têm
a mesma significação vista anteriormente. O volume Var deve ser medido diretamente no aterro,
pelo processo da "média das áreas".
No volume de bota-fora só devem ser incluídos os volumes de solo realmente não aproveitados na
implantação da plataforma. Os volumes excedentes aplicados nos alargamentos e nas bermas de
equilíbrio dos aterros e, portanto, sujeitos à compactação, devem ser considerados como parte
integrante dos aterros. O volume de bota-foras deve ser medido compactado, (de conformidade
com a energia de compactação estabelecida), no próprio local do depósito, devendo-se
providenciar com antecedência o levantamento de seções transversais na área a ser atingida.
Os procedimentos e respectivos parâmetros de compactação de aterros e de bota-foras, inclusive
com a utilização de rocha, deve estar definido no Projeto de Engenharia.
Nota: Deve ser procedida, sistematicamente, a checagem entre os volumes escavados e os
volumes compactados de aterros e de bota-foras, considerando as seções de aterros definidas no
Projeto de Engenharia, as considerações acima expostas e mediante a devida aplicação dos fatores
de conversão, levando em conta inclusive os volumes dos materiais de 2ª e de 3ª categorias.
A medição da obra de arte corrente deve ser iniciada logo após a conclusão da cava de fundação,
para determinação do volume de escavação e da classificação do material. Quando a cava de
fundação for executada conforme o projeto constante da nota de serviço, pode ser dispensada a
medição direta da escavação no campo. A escavação da cava de fundação, bem como o
preenchimento e a compactação após a colocação da obra de arte corrente, deve ser medida e
objeto de pagamento, conforme definido na Especificação de Serviço correspondente e/ou no
Projeto de Engenharia.
Todos os elementos colhidos no campo devem constar sempre de caderneta especial, reservada
para tal fim. No caso de bueiros tubulares, o comprimento da obra deve ser medido realmente, e
não apenas contando o número de tubos empregados.
Os demais elementos constituintes da obra (calçada, berço, gigante, muros, alas etc.) não devem
ser medidos diretamente, sendo os volumes respectivos retirados do próprio projeto. Cabe apenas
constatar se o projeto foi executado.
Na caderneta de medição, devem ser anotadas as distâncias de transportes dos materiais
(cimento, areia, brita, pedra, tubos etc.) empregados nos diversos serviços e observada a utilização
de agregado, quando proveniente de rocha, cuja extração já tenha sido paga na terraplenagem.
A medição dos canais de derivação (corta-rios) deve ser feita pelo processo da média das áreas
descrito anteriormente, devendo, para isto, ser levantadas as seções transversais
convenientemente espaçadas, antes e depois de concluído o trabalho de escavação.
Os procedimentos pertinentes à elaboração das medições destes serviços devem ser objeto de
detalhamento no Projeto de Engenharia e nas Especificações de Serviço.
Estes serviços, compreendendo, de uma forma ordinária, a execução de cercas de vedação da faixa
de domínio, de sinalização rodoviária, a construção de defensas e de revestimento primário, têm
seus respectivos procedimentos para medição e pagamento definidos nas competentes
Especificações de Serviço vigentes no DNIT e, complementarmente, no Projeto de Engenharia.
b) Edificações
O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e
instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como
a regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de
medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento.
Seguem os critérios de medição dos serviços de construção civil previstos no Manual de Obras
Públicas – Edificações – Prática SEAP – Projetos:
Demolição de
Metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o
concreto simples e
volume através das dimensões de projeto.
armado
Locação de Sistemas
Viários Internos e Vias Metro de eixo locado, medido conforme o projeto.
de Acesso
Limpeza e Preparo da
Área efetivamente capinada e roçada, em m².
Área - Capina e roçado
Destocamento de
Unidade de árvore destocada.
árvores
Transporte,
Lançamento e m3 x dam, apurando-se o volume medido no corte e
Espalhamento determinando-se a distância entre os centros de
massa dos locais de carga e descarga. O percurso será
de Material Escavado o autorizado pela Fiscalização.
até a distância de 1km
Drenos Horizontais e
Suborizontais, e Metro de dreno executado, conforme projeto.
verticais de areia
Escoramento contínuo
e descontínuo de Área da pranchada executada, em m².
madeira
Impermeabilização
com argamassa rígida
de cimento, areia e m³, conforme o projeto.
impermeabilizante
Impermeabilização -
Área, conforme projeto, em m², não descontando
Pintura com emulsão
áreas de interseção de alvenarias.
betuminosa
Contrapiso e
m², conforme projeto.
regularização de base
Revestimento de
m², descontando-se no que exceder a 1,00m², os
Parede Cerâmico e de
vazios cujas superfícies de topo não sejam revestidas.
Azulejo
Revestimento de
Parede de Pedras,
m², conforme o projeto.
Madeira, Borracha,
Laminado Melamínico
8 – RECEBIMENTOS
De acordo com a Lei 8.666/93:
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a
adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da
obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos
pela lei ou pelo contrato.
§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo (entrega definitiva) não poderá ser superior a
90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital. “
Segundo o Manual de Obras Públicas da SEAP, o Recebimento dos serviços e obras executados
pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas:
a) na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante
uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será
efetuado o Recebimento Provisório;
Nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de
montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes
pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia.
Após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e
complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o
prazo para a execução dos ajustes.
O Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de
FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.
9 – PAGAMENTOS
De acordo com Altounian (2009), no caso de obras, a liquidação se faz com base em medição
atestada e detalhada pela fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento
dos devidos tributos e da implementação das demais condições exigidas no edital.
Na liquidação e pagamento, verificar também: correção dos cálculos dos reajustes; atentar para as
compensações financeiras e penalizações por eventuais atrasos e descontos por eventuais
antecipações de pagamentos, conforme previsto no edital; não proceder a pagamentos
antecipados, salvo em situações excepcionais e com as devidas garantias.
Segundo a Lei 4.320/64:
“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.”
10 – REAJUSTAMENTO
De acordo com Altounian (2009), o reajustamento tem como principal objetivo assegurar que os
preços contratuais sejam compensados em função de variações dos preços dos insumos (material,
mão de obra e equipamentos) que ocorrem em determinado período, ou seja, nada mais é do que
a atualização do poder aquisitivo da moeda em face da inflação setorial.
A conjuntura inflacionária ocasiona aumento periódico do preço dos insumos de construção civil,
exigindo, portanto, reajustamento dos preços de serviços pagos às construtoras, de modo a evitar
o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Para a atualização dos preços são geralmente utilizados índices que refletem a variação dos custos
do setor.
Segundo a Lei 10.192/2000:
“Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou
que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração
igual ou superior a um ano.
§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a
um ano.
Art. 3º (...)
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite
para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.”
11 – MUDANÇA DE DATA-BASE
Data-base: mês de referência do orçamento ou de cotação dos preços
Mudança da data-base: aplicação dos índices de reajuste específicos de cada serviço/insumo do
orçamento ou de índice geral ao total do orçamento.
12 – ADITIVOS
Conforme a Lei 8.666/93:
“Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em
relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os
direitos do contratado;
[...]
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas
para que se mantenha o equilíbrio contratual.”
[...]
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de
fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes,
mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma
II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a adequação
do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões em
qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e estudos técnicos preliminares do projeto
não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato, computando-se esse
percentual para verificação do limite previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
Parágrafo único. Para o atendimento do art. 11, os critérios de aceitabilidade de preços serão definidos em
relação ao preços global e de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato, que
deverão constar do edital de licitação.
Art. 14. A diferença percentual entre o valor global do contrato e o preço global de referência não poderá ser
reduzida em favor do contratado em decorrência de aditamentos que modifiquem a planilha orçamentária.
Parágrafo único. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço unitário e tarefa, a diferença a que
se refere o caput poderá ser reduzida para a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em
casos excepcionais e justificados, desde que os custos unitários dos aditivos contratuais não excedam os custos
unitários do sistema de referência utilizado na forma deste Decreto, assegurada a manutenção da vantagem
da proposta vencedora ante a da segunda colocada na licitação.
Art. 15. A formação do preço dos aditivos contratuais contará com orçamento específico detalhado em
planilhas elaboradas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação, na forma prevista no Capítulo II,
observado o disposto no art. 14 e mantidos os limites do previsto no § 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 1993.
13 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (120 – CEF/2011 – Cespe)
Celebrado o contrato com a administração pública, a execução desse contrato deve ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da administração especialmente designado
para tal fim, admitida a contratação de terceiros para assistir ou subsidiar o trabalho.
Comentários
A assertiva está exatamente de acordo com o art. 67 da Lei nº 8.666/93:
“Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.”
No caso do DNIT, é comum a contratação de empresa supervisora para subsidiar o representante da
administração na tarefa de fiscalização da obra.
É interessante trazer mais duas importantes informações acerca da fiscalização, previstas nos §§ 1º e 2º do
mesmo artigo:
“§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a
execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.”
O registro próprio, no caso de construção civil, é o diário de obras, que possui 3 vias (uma do
contratante, uma do contratado e uma fica na obra).
Gabarito: Correta
(ANA/2006 – Cespe)
A fiscalização de uma obra pública consiste no acompanhamento e na verificação da
execução de cada etapa dos serviços, zelando-se pelo cumprimento dos padrões de
qualidade fixados no projeto executivo e nas especificações. Com relação a essa tarefa de
controle, julgue os itens subsequentes.
3. 96 –
A fiscalização é responsável pela análise e pela aprovação do projeto das instalações
provisórias e do canteiro de serviço apresentados pela empresa contratada no início dos
trabalhos.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, a fiscalização deverá analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de
serviço apresentados pela Contratada no início dos trabalhos.
Gabarito: Correta
4. 97 –
A fiscalização deverá fornecer à empresa contratada, ao profissional que se responsabilizará
pela execução de serviços e obras, o manual de qualidade que contém o sistema de gestão de
qualidade e verificar a efetiva utilização.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, a fiscalização deverá obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de
Gestão de Qualidade e verificar a sua efetiva utilização.
Gabarito: Errada
5. 98 –
A fiscalização pode solicitar o refazimento de qualquer serviço que não tenha sido executado
em conformidade com o projeto, a norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao
objeto do contrato, não cabendo a ela, no entanto, solicitar a paralisação desse serviço.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, a fiscalização deverá paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja
executado em conformidade com o projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável
ao objeto do contrato.
Gabarito: Errada
(TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe)
Gabarito: Correta
(ABIN/2018 – Cespe/Cebraspe)
Determinada empresa foi contratada pela administração pública para construir um prédio.
Durante a construção, houve atrasos no cronograma, para os quais a empresa apresentou as
seguintes justificativas: alterações de projeto propostos pela fiscalização; dias de chuva
durante a fase de terraplenagem e fundações, atividades críticas da obra; e dificuldades de
obtenção de mão de obra qualificada na região.
No que se refere a essa situação hipotética, julgue os itens seguintes, de acordo com a
legislação vigente.
14. 120 –
Se a contratada absorver os custos oriundos da dilação de prazo de execução, não haverá
penalidades, ainda que as justificativas não sejam aceitas pela fiscalização.
De acordo com o § 1º do art. 57 da Lei 8.666, os prazos de início de etapas de execução, de
conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e
assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos
seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no
interesse da Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta
Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela
Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;
E conforme o § 2º do mesmo artigo, toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito
e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Gabarito: Errada
15. 121 –
Como durante o processo licitatório a contratada declara ter tomado conhecimento de todas
as informações e das condições locais para a execução da obra, não pode alegar como
justificativa para os atrasos a dificuldade de obtenção de mão de obra qualificada na região.
Exato. De acordo com o art. 30 da Lei 8.666/93, dentre a documentação relativa à qualificação
técnica, encontra-se a comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das
condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação.
Gabarito: Correta
16. 122 –
A aceitação da justificativa para os atrasos de terraplenagem e fundações depende de a
contratada comprovar que as chuvas foram imprevisíveis ou excepcionais.
Conforme vimos anteriormente, de acordo com o § 1º do art. 57 da Lei 8.666, a superveniência de
fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as
condições de execução do contrato é um dos motivos admitidos para a prorrogação dos contratos.
Gabarito: Correta
17. 123 –
Por se tratar de uma prática comum em obras públicas, a contratada deve considerar, nos
custos indiretos da obra, os riscos de atrasos decorrentes de alteração de projeto e
==132160==
18. 124 –
Toda prorrogação de prazo de execução devidamente justificada assegura ao contratado a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Exato, conforme vimos anteriormente.
Gabarito: Correta
(CGM-JP/2018 – Cespe/Cebraspe)
Uma das tarefas do controle interno, no que diz respeito às obras públicas, é a avaliação da
correta aplicação dos recursos públicos. Para isso, são considerados objetos de análise, entre
outros, os editais, os contratos, os termos aditivos, os projetos de engenharia, as medições e
os diários de obra. A respeito da fiscalização de obras civis, julgue os itens subsecutivos.
19. 62 –
Os incrementos de mão de obra ocasionados pela data-base de cada categoria profissional
não constituem fundamento para a alegação de desequilíbrio econômico-financeiro.
Anualmente ocorrem as convenções coletivas das diferentes categorias profissionais, situação
previsível, que não resulta em consequências incalculáveis, pois costumam seguir por referência
índices de inflação, o que afasta o pressuposto de eventual reequilíbrio econômico-financeiro.
Gabarito: Correta
20. 63 –
Em face do crescimento anormal de insumo integrante da faixa A da curva ABC acima do
esperado e de maneira superior ao crescimento histórico do produto, terá agido
corretamente a administração que avaliar isoladamente apenas esse insumo e revisar seu
preço para os quantitativos não medidos com a finalidade de restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro da avença.
A análise de reequilíbrio econômico-financeiro deve considerar o contrato como um todo, e não
um item ou alguns itens isolados. Logo, cabe verificar o impacto do crescimento do referido
insumo sobre o restante do valor contratual para que se confirme potencial consequência
retardadora ou impeditiva de execução do contrato.
Gabarito: Errada
21. 64 –
No valor dos contratos, o prazo estipulado para correção monetária ou reajuste por índices
de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos
utilizados é de, no máximo, um ano, sempre em relação à data de apresentação da proposta.
A Lei 8.666 prevê que o critério de reajuste deverá retratar a variação efetiva do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do
adimplemento de cada parcela.
Gabarito: Errada
(ANA/2006 – Cespe)
A medição de obras e serviços públicos executados e o pagamento relativo a esses serviços e
obras devem ser realizados de forma a atender as disposições legais vigentes. A respeito
desse assunto, julgue os próximos itens.
23. (100 – ANA/2006)
Para efeito de medição e pagamento, somente podem ser considerados os serviços e as
obras efetivamente executados pela empresa contratada.
Comentários
De acordo com o item 3.5 do Anexo 4 - Medição e Recebimento do Manual de Obras Públicas –
Edificações, da SEAP, somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os
serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização,
respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente
aprovadas pelo Contratante.
Portanto, não basta a execução dos serviços, mas a sua aprovação pela Fiscalização.
Gabarito: Errada
posição geográfica inicial e final da execução de cada serviço e seja acompanhado por arquivo de
fotos digitais datadas e que enquadrem a indicação, com precisão mínima de uma centena de
metros, da localização em que foram obtidas, de forma a evidenciar suficientemente a situação
dos trechos concernentes antes e depois dos trabalhos e registrar inequivocamente a realização
das atividades.
Gabarito: Correta
E o Diário de Obras – DO deve ser analisado e aprovado pela Fiscalização. Logo, a fiscalização
deverá ter o controle dos insumos alocados para que possa aprovar as quantidades de cada
categoria de funcionários e tipo de equipamentos registrados nos DO.
Ademais, ao aprovar uma medição, e atestar a fatura correspondente, o fiscal está atestando que
aqueles valores correspondem à execução dos serviços conforme o contrato, do qual faz parte a
proposta orçamentária.
Gabarito: Correta
Logo, o pagamento dessa fatura dependerá da aprovação do correspondente termo aditivo pela
autoridade competente.
Gabarito: Errada
Não obstante as vedações legais, consta na alínea “d” do inciso XIV do art. 40 da Lei nº 8.666/1993
a possibilidade de eventuais pagamentos antecipados mediante descontos. Cabe ressaltar que essa
possibilidade deve estar prevista, de forma objetiva, no edital, conforme comando do art. 40.
Contudo, a figura das medições provisórias pressupõe a formalização de serviços não executados
como se executados estivessem, o que representaria uma inverdade, em sentido oposto ao
Princípio da Transparência.
Portanto, resta claro que a situação descrita acima seria irregular, pois essa antecipação precisaria
estar objetivamente prevista no edital, mediante desconto, e a figura das medições provisórias
seria ilegal.
Gabarito: Errada
33. 102 –
O recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve ser efetivado
pelo contratante após a apresentação, pela empresa contratada, da certidão negativa de
débito junto ao INSS, do certificado de recolhimento de FGTS e de comprovação de
pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato.
Comentários
Dando continuidade à questão anterior, de acordo com o item 3.5 do Anexo 4 - Medição e
Recebimento do Manual de Obras Públicas – Edificações, da SEAP, o recebimento dos serviços e
obras executados pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas:
(...)
- na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da
Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e(ou) Comissão de Recebimento de
Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo;
- o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de
FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.
Gabarito: Correta
§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias,
salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.”
De acordo com o item 3.5 do Anexo 4 – Medição e Recebimento do Manual de Obras Públicas –
Edificações, da SEAP:
“O Recebimento dos serviços e obras executados pela Contratada será efetivado em duas etapas
sucessivas:
- na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante
uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será
efetuado o Recebimento Provisório;
- nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de
montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes
pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia;
- após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e
complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o
prazo para a execução dos ajustes;
- na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da
Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de
Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo;
- o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de
FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.”
Portanto, primeiramente haverá a entrega provisória, que será recebida pelo fiscal da obra.
Posteriormente é que haverá a entrega definitiva a uma comissão especialmente designada.
Gabarito: Errada
Portanto, verifica-se que há exceção a essa regra, quando, por exemplo, em um contrato de
duração menor que um ano (irreajustável – Art. 2º da Lei nº 10.192/2001) ocorrerem atrasos por
culpa da Administração, quando poderia ter direito a reajuste após decorridos 12 (doze) meses da
proposta.
Gabarito: Errada
37. 53 –
Considerando as informações do texto 2A5BBB, assinale a opção que apresenta o valor total
reajustado devido à empresa pela execução de R$ 1.200.000 em serviços de terraplenagem e
de R$ 2.500.000 em serviços de pavimentação, a preços iniciais, executados no mês de julho
de 2016.
A) R$ 1.100.000
B) R$ 2.090.000
C) R$ 2.350.000
D) R$ 4.800.000
E) R$ 5.790.000
Comentários
De acordo com o Art. 3º da Lei nº 10.192/2001:
(...)
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data
limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
No caso da nossa questão, a data-base do contrato seria a data limite para apresentação da
proposta, ou seja, jan/2014. Com isso, as datas de reajuste contratual seriam jan/2015 e jan/2016.
Contudo, a questão deixou de fornecer os índices de reajustamento de jan/2016, motivo pelo qual
esta questão foi anulada.
Mas vamos supor que o índice apresentado de jul/2016 fosse o índice de jan/2016. Com isso,
teríamos:
Rterraplenagem = ((I – Io)/Io) x V = ((170-100)/100) x 1,2M
Rterraplenagem = R$ 840.000,00
Rpavimentação = ((300-200)/200) x 2.500.000
Rpavimentação = R$ 1.250.000,00
Gabarito Preliminar: E
Gabarito Definitivo: Anulada
38. 54 –
A partir das informações apresentadas no texto 2A5BBB, assinale a opção correta.
A) A previsão de periodicidade anual para o reajuste está equivocada, pois ele pode ser dado
a qualquer momento, desde que justificado por fatos imprevisíveis.
Comentários: Conforme vimos, de acordo com o parágrafo 1º do Art. 3º da Lei nº 10.192/2001, a
periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data
limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
Gabarito: Errada
B) No exemplo apresentado, o índice inicial a ser considerado para o cálculo do reajuste é o
de julho de 2014, data de início dos trabalhos.
Comentários: De acordo com o subitem anterior, no caso da nossa questão, a data-base do
contrato seria a data limite para apresentação da proposta, jan/2014.
Gabarito: Errada
C) A metodologia apresentada está errada, pois indica a utilização de diferentes índices de
reajustamento para etapas distintas da obra, o que permite o jogo de planilhas.
Comentários: Pelo contrário, é desejável que o índice de reajuste seja o mais específico possível de
modo a refletir a realidade.
Gabarito: Errada
D) A data-base do reajuste não pode ser definida antecipadamente no edital, devendo ser
acordada entre as partes, após a assinatura do contrato.
Comentários
De acordo com o art. 40 da Lei 8.666/93:
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta
Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
(...)
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de
índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que
essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (grifou-se)
Gabarito: Errada
E) A cláusula de reajuste é obrigatória nos contratos administrativos.
Comentários: De acordo com o art. 55 da Lei 8.666/93:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
(...)
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de
preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento; (grifou-se)
Gabarito: Correta
Gabarito: E
Gabarito: Errada
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a
retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução
do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)”
O parágrafo 8º do art. 65 traz os casos que não precisam de aditamento, conforme a seguir:
“§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido,
não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a
celebração de aditamento.”
Gabarito: D
(TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe)
O caderno de encargos é parte integrante do edital de licitação e tem por finalidade definir o
objeto da licitação bem como estabelecer as diretrizes técnicas e administrativas para a sua
execução.
23. (100 – ANA/2006)
Para efeito de medição e pagamento, somente podem ser considerados os serviços e as
obras efetivamente executados pela empresa contratada.
24. (90 - STM/2011 - Cespe)
Somente serão considerados, para efeito de medição e pagamento, os serviços e obras
efetivamente executados pela contratada e aprovados pela fiscalização; porém, a medição
dos serviços executados baseia-se em relatórios periódicos elaborados pela própria
contratada.
25. (144 – TCU/2007)
É recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo detalhado,
indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos.
26. (59 – TCE-PR/2016 – Cespe/Cebraspe)
Considerando que uma construtora tenha vencido a licitação para a construção de um prédio
público e a equipe de fiscalização da contratante esteja acompanhando a execução dos
serviços de engenharia de fundação, concretagem das vigas, pilares e lajes e de confecção
das alvenarias, assinale a opção correta, a respeito de responsabilidades da equipe de
fiscalização.
A) Na execução da alvenaria de elevação, a fiscalização pode permitir o lançamento de
camadas de chapisco com espessura superior à especificada, para possibilitar a correção das
imperfeições do revestimento.
B) A construtora pode alterar a posição de qualquer tipo de canalização que atravesse uma
viga para otimizar o projeto original, desde que, após a execução do serviço, informe a
alteração à equipe de fiscalização.
C) A contratada pode se eximir da responsabilidade pela execução dos serviços alegando a
participação da fiscalização na interpretação dos desenhos, especificações e demais
elementos de projeto.
D) Na execução das fundações diretas, a liberação da execução da concretagem da peça
compete ao engenheiro da contratada, e não à equipe de fiscalização.
E) Ainda que a contratada execute os serviços conforme o projeto, ela só pode faturar
quando os serviços medidos forem aprovados pela fiscalização.
27. (112 - SEGERES/2011 - Cespe)
Compete ao serviço de fiscalização verificar a alocação de instalações, equipamentos e
equipe técnica previstos na proposta e no contrato de execução dos serviços.
28. (102 - STM/2011 - Cespe)
37. 53 –
Considerando as informações do texto 2A5BBB, assinale a opção que apresenta o valor total
reajustado devido à empresa pela execução de R$ 1.200.000 em serviços de terraplenagem e
de R$ 2.500.000 em serviços de pavimentação, a preços iniciais, executados no mês de julho
de 2016.
A) R$ 1.100.000
B) R$ 2.090.000
C) R$ 2.350.000
D) R$ 4.800.000
E) R$ 5.790.000
38. 54 –
A partir das informações apresentadas no texto 2A5BBB, assinale a opção correta.
A) A previsão de periodicidade anual para o reajuste está equivocada, pois ele pode ser dado
a qualquer momento, desde que justificado por fatos imprevisíveis.
B) No exemplo apresentado, o índice inicial a ser considerado para o cálculo do reajuste é o
de julho de 2014, data de início dos trabalhos.
C) A metodologia apresentada está errada, pois indica a utilização de diferentes índices de
reajustamento para etapas distintas da obra, o que permite o jogo de planilhas.
D) A data-base do reajuste não pode ser definida antecipadamente no edital, devendo ser
acordada entre as partes, após a assinatura do contrato.
E) A cláusula de reajuste é obrigatória nos contratos administrativos.
39. (133 – TCU/2011 – Cespe)
Após a fiscalização confirmar que, no orçamento, o quantitativo de um serviço da obra está
menor que o necessário, a contratada terá direito a um acréscimo de valor, mediante
realização do termo aditivo contratual correspondente.
40. (99-B – TCM-BA/2018 – Cespe/Cebraspe)
Em se tratando de obras contratadas por meio do regime diferenciado de contratação
integrada (RDCi) a partir de um anteprojeto de engenharia, podem ser realizados aditivos
para cobrir custos advindos das compensações ambientais até o limite de 5% do valor total
do contrato.
41. (44 – CGU/2008 – ESAF)
O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades, no qual são
estabelecidos vínculos e estipuladas obrigações recíprocas. Com relação à celebração e à
administração de contratos, assinale a opção que constitui exemplo de irregularidade.
15 – GABARITO
16 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. Manual de Implantação
Básica de Rodovia. Rio de Janeiro: 2010.
- Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP – Construção.
- Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP – Projetos.
- Sarian, Cláudio. Obras Públicas – Licitação, Contratação, Fiscalização e Utilização. Editora Fórum.