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LEVANTAMENTOS: CADASTRAL, ESTRUTURAL E PROJETOS COMPLE-

MENTARES

Levantamentos: Cadastral e Estrutural

Cadastral

O Cadastro é um Sistema de Informação Territorial (SIT), normalmente baseado em parcelas, que


registra interesses sobre a terra como direitos, restrições e responsabilidades.

O Cadastro pode ser estabelecido para arrecadação legal e de apoio ao planejamento, buscando
sempre o desenvolvimento social e econômico.

Assim os Sistemas Cadastrais devem estabelecer infraestruturas modernas de forma a ser sustenta-
dos por dois pilares: o Estado, que o utiliza para planejamento e administração, e o usuário, que
busca garantir seus direitos.

De forma coerente, sintonizada com diversas geotecnologias, existem estudos recentes voltados a
implementação do Cadastro Técnico Imobiliário, e a Engefoto busca a otimização máxima desta ativi-
dade, preservando seus componentes técnicos e jurídicos, com automação do processo de coleta de
dados e cálculo de áreas, por processo fotogramétrico, combinado com técnicas de geoprocessa-
mento, definição de padrões construtivos e demais informações sobre cada unidade imobiliária atra-
vés de imageamento móvel georreferenciado.

Utilizando gerenciadores de bancos de dados, com equipes de engenheiros, profissionais de enge-


nharia de avaliações e cadastradores a Engefoto elabora a Planta de Valores Genéricos (PVG) de
forma obter uma relação de setores com os respectivos valores unitários de um lote padrão.

Sabemos ainda que as questões relacionadas à regularização fundiária, urbana e rural, no país, apre-
sentam-se como um grande desafio a ser enfrentado, tendo na Geomática o suporte para soluções
confiáveis na demarcação de limites, na coleta de atributos, nas pesquisas jurídicas e socioeconômi-
cas e na elaboração de mapas de uso e ocupação do solo.

Levantamentos físicos e jurídicos para fins de implantação de obras de infraestrutura, definição de


valores para fins de desapropriação/negociação com ocupantes, também fazem parte das atividades
de campo que a Engefoto desenvolve ao longo dos anos.

Diferenciais

Experiência consolidada com a realização de mais de 1 milhão de cadastros técnicos em diversos


municípios brasileiros, nas diferentes condições de atualização e armazenamento de plantas quadras
de loteamentos, códigos tributários próprios, buscando sempre adequar a solução com a realidade
local.

Automação de processos de coleta de dados e geração de peças técnicas, assim como otimização
de buscas cartoriais, quando a atividade assim exige.

Ampla experiência na elaboração de Planta de Valores Genéricos.

Estrutural

Levantamento de Armadura De Pilares Em 5 Passos Básicos

O levantamento de armaduras de pilares é simples, normalmente vem na própria prancha do projeto.


Entretanto, é comum acontecer de vir numa formatação que não atende alguma necessidade da obra
como, por exemplo, vir o levantamento total de uma prumada de um determinado pilar, mas o enge-
nheiro necessitar calcular o quantitativo de algum pavimento em específico para mensurar produtivi-
dade e consumo.

Portanto, vamos elaborar um breve levantamento de um pilar parede.

Vamos supor que o engenheiro queira separar o levantamento do 8º pavimento que, hipoteticamente,
é o pavimento que muda as bitolas das ferragens em relação aos pavimentos inferiores.

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Passo 1 – Especificação

Antes de qualquer levantamento é primordial separar materiais por especificação correta. No exemplo
dado vamos adotar a especificação do projeto:

bitola 12.5mm – Aço CA50A

bitoal 5.0mm – Aço CA60B

Passo 2 – Quantidade

Barras longitudinais: N1 – Aço CA50A – 28 ferragens → (N1 28 ø 12.5 C=346)

Estribos: N2 – Aço CA60B – 40 ferragens → (N2 2×20 ø 5.0 C=248)

Ganchos: N3 – Aço CA60B – 240 ferragens (12 ganchos por fiada e um total de 20 fiadas) →
(N3 12x20 ø 5.0 C=35)

Passo 3 – Comprimento Unitário

O comprimento unitário pode ser extraído da legenda de cada armação. Exemplo:

N1 28 ø 12.5 C=346 → A ferragem N1 possui comprimento de 346cm cada

Passo 4 – Peso Unitário

A NBR 7480 preconiza sobre o peso unitário, o mesmo índice pode ser encontrado nos catálogos dos
fornecedores.

Vamos adotar:

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CA-50A, 12.5mm – 0,963 Kg/m

CA-60B, 5.0mm – 0,154 Kg/m

Passo 5 -Construção da Tabela

Os cálculos matemáticos são simples e, para ganhar produtividade, podemos construir uma planilha
para levantar outros pilares também.

Resultado

O pilar P6 tem consumo de 122,93kg de aço no 8o pavimento que pode ser utilizado para calcular a
produtividade ou até fazer o orçamento por pavimento.

A execução de uma boa estrutura para qualquer obra é essencial. Uma boa estrutura é aquela que
atende aos critérios de segurança, economia e compatibilidade com a arquitetura. Para que estes cri-
térios sejam satisfatórios é essencial a elaboração de um projeto estrutural.

O projeto de uma estrutura é desenvolvido por um engenheiro civil, em boa parte dos casos, com ex-
pertise na área. Além de desenvolver o projeto o engenheiro civil torna-se responsável pela estrutura
que desenvolveu, garantindo por meio de uma anotação de responsabilidade técnica que todo o pro-
jeto foi desenvolvido em observância das normas vigentes e de boas práticas da engenharia.

Entretanto, é comum encontrarmos diversas obras sendo executadas sem a elaboração de um pro-
jeto estrutural. É um risco que o proprietário assume, visto que não existem garantias de que a estru-
tura está sendo construída de maneira adequada ou de maneira econômica.

Vale ressaltar também que projetos de estrutura mal elaborados podem trazer infortúnios no futuro.
Como incompatibilidades durante a execução, deformações excessivas e trincas. Para que você evite
este tipo de situação é essencial contratar um profissional capacitado para tal serviço.

Etapas do Projeto Estrutural

Todo projeto estrutural é desenvolvido com referência no projeto arquitetônico, estudos preliminares e
investigações realizadas. É importante para o desenvolvimento de um bom projeto as seguintes infor-
mações:

Projeto Arquitetônico;

Levantamento Topográfico;

Investigações do Solo;

Projetos Complementares, quando possível.

Com as informações acima é possível iniciar um projeto estrutural com segurança. Veja a seguir as
etapas para um bom projeto estrutural.

1 – Contato com proprietário e arquiteto:

É importante desde o início dos trabalhos que o engenheiro responsável pelo projeto estrutural man-
tenha contato constante com o proprietário e o arquiteto que desenvolveu o projeto arquitetônico.

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Assim, é possível alinhar premissas do projeto e definir critérios importantes. Além disso, o enge-
nheiro poderá identificar necessidades específicas do cliente que irão interferir no dimensionamento
da estrutura.

É importante conhecer também a disponibilidade financeira do proprietário e se existirá um acompa-


nhamento constante da execução da estrutura por um engenheiro de obra.

2 – Visita ao local:

Outro ponto importante é a visita ao local. A visita ao local da obra tem como objetivo principal a ob-
servação das condições do local, construções de divisa, facilidade de acesso de equipamentos, ca-
racterísticas visuais do solo, entre outras informações importantes.

Além disso, durante a visita ao local da obra o engenheiro deve avaliar a disponibilidade de materiais
específicos da região e mão de obra qualificada.

Em muitos casos, os projetos estruturais são desenvolvidos em locais distantes do escritório de pro-
jeto. Nestes casos, mesmo que a visita não seja realizada é importante o envio de fotos e informa-
ções que o engenheiro civil considere importante para a elaboração do projeto.

3 – Definição do sistema estrutural:

O próximo passo é a definição do sistema estrutural da edificação em questão. Munido de todas as


informações, como projeto arquitetônico, investigações do solo, disponibilidade de mão de obra no
local e disponibilidade de materiais, o engenheiro responsável propõe ao cliente o sistema estrutural
ideal, em acordo com o arquiteto.

Os sistemas estruturais convencionais são:

Concreto armado;

Alvenaria estrutural (autoportante);

Estrutura metálica;

Concreto protendido;

Parede de concreto.

Em alguns casos o projeto arquitetônico já é desenvolvido baseado em algum destes sistemas. Por
exemplo, para uma boa construção em alvenaria estrutural é essencial que o projeto arquitetônico
atenda algumas características deste tipo de estrutura.

4 – Cálculo da estrutura:

Após a definição do sistema estrutural e do aceite por parte do cliente e arquiteto o engenheiro civil
inicia o cálculo da estrutura.

Para isto, ele utiliza técnicas, processos de análise estrutural, softwares e normas técnicas específi-
cas para cada sistema estrutural. É essencial para um bom dimensionamento da estrutura a identifi-
cação do tipo de utilização de cada ambiente da edificação a ser construída.

Nesta fase o engenheiro define os seguintes pontos:

Posicionamento dos pilares e suas dimensões;

Posicionamento das vigas e suas dimensões;

Tipos de lajes e espessuras;

Tipos de fundação e dimensões, quando este projeto estiver incluso no escopo do serviço;

Muros de arrimo necessários, quando este projeto estiver incluso no escopo do serviço.

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É de responsabilidade do engenheiro verificar o funcionamento da estrutura como um todo e o cada


peça específica. Verificando não só a segurança à ruptura, mas também o conforto visual, como o ex-
cesso de deformação das peças estruturais ou de vibração das lajes.

5 – Detalhamento e desenho do projeto:

Com a estrutura calcula e verificada passa-se para o próximo passo que o detalhamento e o desenho
do projeto. Mas antes disso, é prudente que o engenheiro entre em contato com o arquiteto para que
sejam verificadas qualquer tipo de interferência do projeto estrutural com a arquitetura. Afim de reali-
zar um projeto mais próximo possível do que foi idealizado pelo arquiteto.

O detalhamento e desenho do projeto consiste na demonstração gráfica dos elementos estruturais


dimensionados durante o cálculo estrutural. São utilizados para este desenho normas e padrões téc-
nicos específicos.

Todo desenho emitido deve procurar ser o mais claro e autoexplicativo possível. Visando assim eximir
o construtor de qualquer tipo de dúvida e possíveis erros durante a execução.

6 – Emissão do projeto:

A última fase é a emissão do projeto. Algumas práticas são importantes para a emissão do projeto
como entregar um jogo do projeto impresso e assinado ao cliente.

O projeto estrutural deve acompanhar ser acompanhado no ato de sua entrega pela Anotação de
Responsabilidade Técnica, a ART, ratificando legalmente a responsabilidade do engenheiro civil pela
estrutura desenvolvido.

Em casos onde acordado, o projeto estrutural pode ser acompanhado também de:

Memória de cálculo;

Memorial descritivo;

Planilha de quantidades.

Além das entregas, pode fazer parte do serviço contratado visitas técnicas do engenheiro responsá-
vel pelo projeto durante a execução da obra. Estas visitas devem ser acordadas entre o cliente e o
profissional contratado e geralmente são realizadas em fases específicas da obra a serem definidas
em conjunto.

Principais vantagens

A elaboração de um projeto estrutural é um custo a mais para o construtor. Entretanto um bom pro-
jeto estrutural merece ser visto como um investimento. Pois pode agregar muitos benefícios à obra
em questão.

Vale ressaltar que o valor de um projeto estrutural é mínimo, comparado a outros diversos serviços
que envolvem a construção de uma edificação.

Confira alguns benefícios que você pode alcançar com um bom projeto:

Garantia de segurança da edificação e para seus usuários;

Projeto realizado de acordo com as normas técnicas;

Correto posicionamento e dimensionamento das peças estruturais;

Racionalização no uso de materiais;

Definição do melhor sistema estrutural para a edificação;

Ausência de interferências indesejadas com vizinhos;

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Futuras manutenções facilitadas;

Compatibilização com outros projetos da obra;

Planilha de materiais para orçamento da obra;

Possível previsão de futuras ampliações.

Como pode ver, são inúmeros os benefícios que você pode alcançar com um bom projeto estrutural.
Não se esqueça que é de suma importância para a sua obra projetos de qualidade, que tenham como
princípios a economia e a segurança.

Ainda dá tempo de deixar uma última dica, cada obra desenvolvida é um caso específico. Ou seja, é
importante que o engenheiro desenvolva um projeto considerando as condições específicas de sua
obra. Por isso, contrate um profissional acessível e que esteja disponível em te atender.

Não deixe de compartilhar este material com seus amigos, você pode colaborar com outras pessoas.
Ainda está com alguma dúvida é só deixar aqui nos comentários.

Para que se possa elaborar um projeto estrutural de modo adequado, seja ele pequeno, médio ou
grande, o engenheiro de estruturas precisa dispor de um conjunto de informações preliminares antes
de iniciar seu trabalho, sendo que algumas dessas informações interferem inclusive na própria defini-
ção do valor a ser cobrado pelo projeto. Nesse sentido, apresentamos abaixo uma lista das principais
informações, com o objetivo de orientar um profissional que está começando nesse mercado, tanto
para montar uma proposta para elaboração do projeto, como também na condução do projeto junto
ao contratante.

1. Projeto Arquitetônico da Edificação

Obviamente, é necessário que tenhamos o projeto arquitetônico definido para elaborar os comple-
mentares. Todavia, muitas vezes o projetista da estrutura recebe somente o projeto já aprovado na
prefeitura, que normalmente sofreu um longo e burocrático processo até sua aprovação. Por conta
disso, o arquiteto e o proprietário dificilmente aceitam realizar mudanças na arquitetura já aprovada
para melhor adaptação ao projeto estrutural.

Embora essa seja uma prática corrente, não é a melhor forma de trabalho. Quanto mais cedo o proje-
tista da estrutura tiver acesso ao arquitetônico, melhor. Quando o arquitetônico ainda é apenas um
estudo preliminar ou um projeto básico, já é possível fazer um pré-lançamento da estrutura e fazer
pequenos ajustes na arquitetura, mas que podem fazer grande diferença para a solução estrutural,
tanto no aspecto de desempenho quanto em economia. Quanto mais oportunidade de ajustar a arqui-
tetura, melhor será a estrutura e a obra. Procure então convencer seu cliente a repassar o projeto ar-
quitetônico o mais breve possível.

2. Laudo de Sondagem do Terreno

Infelizmente, existe no Brasil uma cultura de que as obras de pequeno porte não precisam desse tipo
de laudo. O laudo de sondagem do terreno não pode ser visto como custo extra porque, além de re-
presentar um aspecto de segurança para a obra, pode representar também uma economia, visto que
reduz a incerteza no dimensionamento.

Contratantes de grandes obras sabem muito bem disso e não costumam criar empecilhos para esse
tipo de documento. Se o cliente não quiser realizar a sondagem, mostre por meio de casos reais que
o valor do ensaio se paga através da economia, além de evitar o risco que uma obra corre quando
não há a sondagem prévia do terreno.

3. Levantamento Topográfico

Não é exigido em todas as obras, mas quando o terreno é acidentado, é um documento fundamental,
pois é utilizado para definir estruturas de contenção, quando necessárias, além das cotas das funda-
ções. Quando você não tem informações sobre o terreno, pode solicitar que o contratante lhe envie
fotos para você tomar essa decisão se deve ou não dispor do levantamento topográfico.

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4. Obras Especiais

Quando as obras são especiais – o caso de barragens, viadutos, pontes, usinas, estações de trata-
mento – são ainda necessários perfis geológicos, relatórios hidrológicos ou até informações sismoló-
gicas. Verifique as exigências antes de iniciar o projeto.

5. Avaliar As Características das Edificações Vizinhas

A maioria das obras construídas em área urbana já tem uma obra ao lado ou certamente ainda vai
ter. Quando existem construções adjacentes, o profissional precisa conhecer claramente as condi-
ções de projeto e construção dessas obras, antes de começar a elaborar seu projeto.

Conhecer essas informações é primordial especialmente quando a obra nova envolve escavações,
que podem modificar o estado de equilíbrio das fundações da obra vizinha e provocar danos nessas
edificações. Lembre-se que, além do prejuízo físico, existe também um risco à segurança das pes-
soas que executam a obra ou habitam a edificação vizinha. Para evitar essa situação, recomenda-se
estudar os projetos executivos das obras adjacentes bem como fazer uma inspeção prévia para ava-
liar patologias já existentes.

6. Caracterização do Macro Ambiente Da Obra

Para desenvolver o projeto de acordo com a norma NBR 6118, o engenheiro precisa definir qual é a
classe de agressividade ambiental da construção. Esse parâmetro pretende avaliar o risco predomi-
nante de deterioração da estrutura, levando em conta aspectos ambientais e geográficos. Para isso,
você precisará definir se a obra será erguida em um ambiente considerado rural, urbano, industrial ou
marinho. Esses diferentes macro-ambientes influenciam na definição de outros parâmetros de projeto
que interferem na durabilidade da estrutura ao longo dos anos, e por isso é fundamental para criar
condições em que a estrutura se mantenha estável e segura, sem patologias, dentro pelo menos dos
próximos 50 anos. Estude bem as condições ambientais para definir adequadamente a classe de
agressividade de acordo com a NBR 6118

7. Planejamento Previsto Para Execução da Estrutura

Em termos de desenvolvimento da solução do projeto estrutural há uma enorme diferença se a obra


tem uma laje concretada a cada 28 dias ou a cada 7 dias, pois nos dois casos há uma grande dife-
rença na capacidade que as lajes têm em resistir aos carregamentos dos pavimentos superiores,
obrigando que haja um sistema de escoramentos suficiente para resistir aos esforços conjuntos da
obra naquela fase de execução.

De acordo com a norma NBR 14931, deve ser elaborado um plano de execução da estrutura e um
projeto do sistema de formas e escoramentos, com definições sobre o processo de cura de concreto
e o prazo para a retirada das formas e escoramentos. Quando o projetista não conhece esse plano
de execução, faz o projeto estrutural sem levar em conta essas informações e não tem como garantir
que o projeto cumpra os requisitos necessários durante a fase de execução, comprometendo a segu-
rança e a durabilidade. Assim, antes de iniciar o projeto você deve solicitar ao contratante esse plano
de execução ou, caso não exista um documento pronto, estabelecer em reunião com a participação
do contratante e do responsável pela execução algumas diretrizes e responsabilidades para cumpri-
mento dos requisitos dessa norma.

8. Prazo desejado para início da obra

Quanto maior o prazo para elaboração do projeto estrutural, melhor e mais econômica é a solução.
Não há dúvidas sobre isso. Quando os contratantes não fornecem um prazo adequado para o projeto,
o projetista tem menos tempo para avaliar as diversas alternativas possíveis e acaba adotando a pri-
meira solução viável, que dificilmente seria a mais econômica e muitas vezes também poderá não ser
a mais funcional. Procure deixar isso muito claro ao cliente com exemplos de projetos em que você
teve tempo adequado para trabalhar.

9. Preferências do Cliente Quanto a Solução

Em alguns casos, o cliente tem interesse em optar por um tipo de solução técnica em detrimento de
outra. Há ainda circunstâncias em que o contratante prefere evitar uma determinada solução devido a

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uma experiência ruim em outro projeto ou opta por uma solução com apelo mais comercial que tenha
grande impacto no momento da venda do imóvel, como elementos estruturais aparentes e flexibili-
dade de layout. Procure conhecer as expectativas do cliente quanto às soluções a serem adotadas
antes mesmo de iniciar seu projeto.

Todos esses aspectos influenciam na qualidade do projeto que será executado e também no prazo
que vai conseguir executar. Com essas informações de antemão é muito mais fácil tomar as deci-
sões, já que há menos risco na hora de fazer a proposta e a própria elaboração do projeto. Um pro-
jeto estrutural bem feito deve levar em conta todas essas questões para minimizar os possíveis pro-
blemas que o projetista pode encontrar ao longo do caminho, além de ter bem definido alguns pré-
requisitos para atuar com projetos estruturais.

Para quem quer trabalhar com a construção civil, a carreira de projetista é uma opção que pode ser
bastante rentável e que proporciona uma flexibilidade de horário, em caso de trabalho autônomo.
Cada vez mais o projeto é valorizado, pois se for eficiente, evita o desperdício de materiais, viabili-
zando o empreendimento. Isso sem contar a compatibilização, que orienta a execução para que não
surjam improvisações no canteiro de obras, evitando futuros incômodos.

Nesse mercado, os projetos estruturais e de infraestrutura aparecem como caminho natural e princi-
pal a ser percorrido, em vista aos demais projetos complementares residenciais e prediais. No en-
tanto, segundo dados do Confea e do Cau/Br existem 1.397,505 engenheiros e arquitetos ativos no
Brasil. Desses, 34,73% dos arquitetos e 40% dos engenheiros trabalham com concepção de projetos.
Diante desse cenário, a concorrência torna-se cada vez mais acirrada.

O cenário de concorrência na área de projetos e a atual situação econômica do país tornam ainda
mais raras as oportunidades para quem está começando a trabalhar com projetos ou quer se firmar
nesse nicho.

Frente a esses fatores, a escolha por elaborar projetos demais complementares residenciais e predi-
ais tornam-se um caminho alternativo menos concorrido e com alta possibilidade de rendimento.

No Brasil, apenas 5% das obras para habitação unifamiliar de até 100m² possuem projetos comple-
mentares como elétrico e hidráulico em sua concepção, segundo levantamento do CREA/PR. A ine-
xistência de uma padronização desses projetos nesse tipo de obras torna esse um campo com
enorme potencial e pouco explorado.

O índice de projetos complementares como hidráulico e elétrico é ainda menor em edificações comer-
ciais e residenciais de até 100m², apesar de ser altamente recomendado pelos profissionais que
atuam na construção civil.

Mesmo sendo comum em qualquer projeto de grande porte ou obras de habitação coletiva, a impor-
tância dos demais projetos complementares em obras de pequeno porte ainda é uma cultura que está
sendo implantada no nosso país. Tão importante quanto os projetos arquitetônico e estrutural, os de-
mais projetos complementares surgem com um horizonte pouco explorado e com potencial para car-
reiras rentáveis e bem-sucedidas, seja na elaboração de novos empreendimentos ou em reformas.
Cabe aos profissionais da construção civil defender a importância e inserir no hall de necessidades
fundamentais a concepção dos demais projetos complementares, assim como foi feito com o estrutu-
ral.

Os projetos complementares para residências e prédios são um campo riquíssimo a ser explorado. A
cultura está em implementação, a integração de projetos é um importante aliada e o momento econô-
mico do país completam o ambiente propício para o fortalecimento desse nicho. O profissional que
apostar nessa tendência certamente se destacará no mercado.

Em nosso próximo artigo, falaremos sobre uma das vertentes dos projetos complementares, os proje-
tos hidráulicos prediais e residenciais, abordando suas vantagens e desafios.

São conhecidos como projetos complementares, os projetos técnicos que se integram ao projeto ar-
quitetônico e que o completam. Os mesmos devem ser realizados por engenheiros especialistas em
cada área.
Nos projetos complementares, todos os elementos são previamente dimensionados, especificados e
compatibilizados.

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Os projetos complementares de engenharia são constituídos por projetos:

Estrutural; Fundações, arrimos, estruturas de (concreto armado, metálica, madeira, pré-moldados de


concreto).

Hidráulico; Instalações hidro-sanitárias, abastecimento, distribuição, sistemas de aquecimento de


água, reservatórios, captação de água pluvial, tanques sépticos, esgotos, gás.

Elétrico; Instalações elétricas, sistemas de energia, cargas, circuitos, pontos elétricos, fiação, poten-
cias, correntes, distribuição, aterramento.

Telefonia e Lógica; Redes, terminais, telefone, interfone, internet, TV a cabo, PABX.

Luminotécnica; Iluminação especial, tipos de lâmpadas e luminárias, quantidade de potência, localiza-


ção, distribuição.

Climatização; Ar condicionado, aquecedores, calefação, pisos aquecidos.

Segurança; Centrais, alarmes, câmeras, sensores, cerca elétrica.

Automação; Controle de equipamentos, sistemas de iluminação, temperatura ambiente, segurança,


telecomunicações, entretenimento, etc.

Proteção conta incêndio; Hidrantes, extintores, sprinklers, portas corta-fogo, detector de gás e calor
por alarme.

Os projetos complementares são um guia para execução da obra e importante para que as necessi-
dades do cliente ou usuário sejam transformadas na melhor solução, o que não inclui apenas esté-
tica, mas também, condições de habitação, acesso, conforto, eficiência da edificação, racionalização
dos custos e melhores prazos.

A partir de planejamentos, cálculos e levantamentos é possível:

Evitar surpresas durante a execução;

Desenvolver diferenciais competitivos;

Antecipar situações desfavoráveis;

Facilitar as decisões;

Aumentar o controle gerencial.

Em resumo, os projetos são imprescindíveis para um bom resultado.

Projetos complementares de engenharia são projetos técnicos que complementam a arquitetura e


atuam como um guia para a execução da obra, onde todos os elementos são dimensionados previa-
mente, com características específicas e compatíveis entre si. Os projetos complementares de enge-
nharia não se resumem às questões estéticas, pois envolvem a eficiência da construção, de acordo
com as necessidades, incluindo condições de habitação e custos, para assim, obter as melhores so-
luções.

Os projetos complementares de engenharia são regulamentados pela lei 8.666 de 21 de junho de


1993, que os designa como um conjunto de especificações imprescindíveis e supridoras à execução
completa da obra, segundo as normas vigentes da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técni-
cas.

Especificidades dos Projetos Complementares de Engenharia

Os projetos complementares de engenharia estabelecem a criação e a compatibilidade do sistema


estrutural com a instalação dos sistemas hidráulico, elétrico, instalações contra incêndio e sistemas
de instalações de gás. O projeto hidráulico cuida das instalações de água fria e quente, as de águas

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pluviais, de redes de coleta e de tratamento de esgoto. Os projetos complementares de engenha-


ria hidráulicos compreendem, ainda, soluções para o meio ambiente, como reaproveitamento da água
das chuvas para rega de jardins, descargas de vaso sanitário, limpeza de carros e calçadas.

Os projetos complementares de engenharia voltados à elétrica cuidam dos circuitos elétricos e seus
dispositivos na construção, de maneira a especificar os cabos e disjuntores adequados a cada fun-
ção, distribuindo pontos de iluminação e tomadas, de acordo com as normas do segmento. Os proje-
tos complementares de engenhariacontra incêndio envolvem vários itens, como a iluminação e sinali-
zação de emergência, a rede de hidrantes, sprinklers, rota de fuga, porta corta-fogo, extintores,
alarme de incêndio, etc.

Aio Engenharia – Excelência em Projetos de Engenharia

Destaque no ramo, a Aio Engenharia atua no mercado desde 2009, com a credibilidade de uma em-
presa com experiência e qualificação técnica. Focando sempre nas necessidades dos seus clientes,
realiza seus projetos de instalação de maneira compatível, atendendo em todo território nacional.

O projeto de SPDA (sistema de proteção contra descargas atmosféricas) é parte integrante e obriga-
tória do projeto preventivo. Ele serve para proteção da edificação e pessoas contra as descargas at-
mosféricas diretas.

Os projetos de SPDA mais atuais utilizam o método da Gaiola de Faraday, da Esfera Rolante ou mais
a combinação desses métodos.

Projeto Complementar, comumente chamado de Projeto Executivo, é aquele que, segundo a lei brasi-
leira 8.666 de 21 de junho de 1993, representa "o conjunto dos elementos necessários e suficientes à
execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas)".

Em outras palavras, o Projeto Complementar pode ser entendido como o conjunto de informações
técnicas suficientes para a concepção do empreendimento, reunindo de maneira ordeira, clara e con-
cisa, todos os sistemas construtivos que compreendem o empreendimento para sua perfeita imple-
mentação.

Os Projetos Complementares ou Executivos de Engenharia são a expertise da PrimeHub. Nosso es-


copo de atuação compreende a criação e compatibilização de sistemas estrutural, elétrico, comuni-
cação, hidráulico, ventilação e ar condicionado, preventivo e SPDA, soluções ambientais, drenagem
urbarna, terraplanagem e pavimentação.

O projeto estrutural é o dimensionamento das estruturas que sustentarão a edificação, que nasce a
partir do projeto arquitetônico. Através de cálculos específicos é apontada a estrutura (e fundação)
mais adequada para a sustentação da edificação.

As estruturas comumente utilizadas são Estruturas de Concreto Armado, Estruturas Metálicas, Estru-
turas de Madeira, Pré-moldados e Alvenaria Estrutural.

Na elaboração do projeto estrutural os conceitos básicos de Segurança, Economia e Durabilidade da


Edificação, aliados aos conceitos de funcionalidade e prazo de execução formam os preceitos funda-
mentais para criação de projetos apropriados.

O Projeto Elétrico visa determinar, caracterizar, quantificar e dimensionar de maneira segura, eficaz e
econômica os circuitos elétricos e seus dispositivos na edificação. Para economizar, erroneamente,
muitas pessoas não fazem o projeto elétrico por não ser obrigatório e acabam gastando mais na com-
pra de material e na mão de obra.

O projeto elétrico dimensiona toda a carga da edificação, especificando, por exemplo, o cabeamento
e os disjuntores corretos para cada função, além de distribuir de acordo com as normas os pontos de
iluminação, tomadas, entre outros componentes.

O projeto elétrico contempla a lista de material, detalhando exatamente o que comprar e assim evi-
tando desperdícios, além de estar garantido à segurança do usuário e do patrimônio. Sob o ponto de

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vista de segurança familiar, o dimensionamento incorreto pode provocar curto-circuítos e até mesmo
incêndios.

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