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2006
Controle Ambiental
Controle Ambiental
SENAI-SP, 2006
Equipe responsável
Versão Preliminar
Sumário
Legislação ambiental 71
Opacímetro 89
Desenvolvimento industrial e
impacto ambiental
introdução
Ainda hoje essa posição costuma ser defendida, com interesses justificáveis à primeira
vista, como os do prefeito do interior que vê na industrialização a única fonte possível
de renda e de emprego da mão-de-obra de seu município; ou os da empresa
imobiliária que aufere lucros do parcelamento de terras; ou, ainda, os do empresário
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O que é ecologia?
Percebemos então que a formiga, para poder viver, depende da roseira (ou de outra
planta), de várias espécies de microrganismos que decompõem as folhas para formar
a terra vegetal e do fungo do qual ela se alimenta. Mas não pára aí. Há, ainda, outros
animais que vivem no interior do formigueiro incumbindo-se, por exemplo, de eliminar o
lixo.
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De certa forma, podemos até afirmar que a vida das formigas depende da existência
de seus predadores, isto é, de animais que matam e comem formigas, tais como o
tamanduá, o tatu, a cobra-cega e muitas espécies de pássaros. Isso porque, se não
fossem eles, o crescimento da população de formigas seria tão grande que em pouco
tempo já não haveria alimento suficiente para elas em toda a Terra.
A vida das formigas depende ainda do Sol como fonte de calor, indispensável para a
manutenção de uma temperatura adequada à vida e para a continuidade dos ciclos
hidrológicos, isto é, a recirculação da água na Terra. Sem o calor do Sol, não haveria
chuvas, umidade atmosférica e rios: toda a água da Terra estaria concentrada em um
grande oceano congelado. Além disso, o Sol é o responsável pela emissão de luz,
indispensável para a fotossíntese, isto é, o processo pelo qual as plantas produzem
todo o alimento orgânico primário existente na superfície da Terra, assim como
praticamente todo o oxigênio disponível na atmosfera para a respiração de plantas e
animais.
Todo esse conjunto de fatores físicos: luz e calor; químicos: a presença de oxigênio,
carbono, nitrogênio e cerca de 30 ou mais elementos indispensáveis à vida: biológicos:
a roseira, fungos, bactérias do solo, outras espécies de insetos que habitam o
formigueiro, pássaros, tamanduás etc., enfim, todos os fatores que cercam as formigas
e tornam possível sua vida recebem, em conjunto, a denominação meio ambiente. No
caso, o meio ambiente específico de uma espécie definida de formiga, mas que pode
ser também o meio ambiente de muitos outros animais e vegetais.
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O ambiente artificial
Naturalmente, pode ser levantada uma séria objeção a todas essas considerações:
você tem em sua casa, colocado em uma gaiola, um passarinho que não depende de
nenhum fator de meio ambiente, uma vez que você o alimenta diariamente com algum
tipo de farelinho comprado em loja.
O ambiente cultural
Essa questão nos leva a outro tipo de consideração muito importante: a de que o meio
ambiente do ser humano inclui muitos fatores que não apenas os físicos, químicos e
biológicos. Esses fatores de que todos nós dependemos recebem em seu conjunto a
denominação fatores culturais.
O índio de uma determinada tribo, por exemplo, pode não possuir nenhuma erudição,
conhecimento científico ou humanístico, e certamente será analfabeto. Mas ele possui
uma cultura típica da raça, da qual faz parte a fabricação de arcos, flechas, canoas,
cestos e cerâmicas; o cultivo de milho e mandioca; o preparo de alimentos; tudo
segundo um padrão definido, característico da sua raça e que pode ser distinguido dos
padrões seguidos por uma outra tribo ou raça. Cada uma delas possui a sua própria
cultura.
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que vai sendo aprimorada a cada nova geração. Nesse sentido costuma-se dizer que o
homem é a única espécie de ser vivo que possui história: a evolução de seus
costumes.
A cultura é o que melhor define a nacionalidade de cada povo. É bem verdade que,
com o progresso das comunicações, a cultura de cada nação vem sendo "poluída"
pela cultura vinda de outros povos. Assim, há a tendência de o idioma (que é um dos
caracteres culturais mais importantes) ser deformado pela introdução de termos
estrangeiros; de a alimentação típica ser modificada ou substituída pela introdução de
pratos alienígenas; e de a influência industrial alterar completamente os costumes de
uma nação.
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Por outro lado, inúmeros avanços têm sido feitos na agricultura e na pecuária,
permitindo maior produção de cereais, frutos, carne e leite por área de terra. Os
próprios inseticidas e outros agrotóxicos que, como veremos mais adiante, podem
tornar-se nocivos ao ambiente e aos seres vivos, inclusive ao homem foram, em
grande parte, responsáveis pelo aumento da produção de alimentos, reduzindo o
ataque de pragas à lavoura e protegendo cereais armazenados contra carunchos e
outros seres nocivos.
Mas o crescimento constante das populações continua sendo maior que o aumento da
produção de alimentos. Por isso mais de dois terços da população mundial vive em
condições de subnutrição ou de quase inanição. Além disso, as grandes
concentrações populacionais - principalmente nas cidades - vêm criando problemas
crescentes de poluição dos rios, dos solos e do ar, congestionamento do trânsito;
problemas habitacionais; desmatamento de grandes áreas para a formação de novos
pastos, campos de cultivo, represas para o abastecimento de água potável ou para a
geração de energia elétrica. Há também o esgotamento das reservas de petróleo e
outros minerais, como ferro, alumínio, chumbo, etc.; a necessidade de construção de
novas indústrias e de utilização de novos processos de geração de energia, como a
nuclear.
O ensaio de Malthus foi um dos livros mais discutidos ao longo do século passado.
Deu origem a polêmicas intermináveis. A maioria dos sociólogos e economistas da
época colocaram-se contra sua teoria. Darwin, pelo contrário, descobriu nela a
explicação que faltava para formular sua teoria da seleção natural sobre o fenômeno
da evolução dos seres vivos. Várias centenas de livros e artigos foram escritos a
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respeito do princípio da população. Depois ficou quase esquecido. Voltou, porém, a ser
lembrado, já em meados deste século, quando os problemas de superpopulação,
poluição, industrialização, uso de agroquímicos, etc., começaram a se avolumar. Hoje
novamente se discute - e agora com muito mais vigor - a questão da limitação da
natalidade, do uso de anticoncepcionais e até da legitimação do aborto. Que você
pensa de tudo isso?
Os impactos ambientais
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O hábito sedentário, por sua vez, levou o homem a desenvolver novas habilidades
tecnológicas (necessárias à edificação de casas, manejo do solo, uso do fogo,
produção de tecidos e vestuários); ferramentas de trabalho; o transporte; a roda; a
tração animal; armas para a defesa de suas aldeias; o aproveitamento da energia da
água e do ar, através de rodas d'água, monjolos, moinhos de vento, etc. Assim, teria
sido a necessidade ou a conveniência da vida sedentária - origem das cidades - a
causa dessa tendência ao domínio progressivo da natureza: os povos menos sujeitos
ao rigor do frio, como por exemplo os da faixa tropical da América do Sul (com a
exceção dos habitantes dos Andes) tiveram um desenvolvimento das artes e das
técnicas muito menor que o dos povos de clima temperado.
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ou região da Terra que possui vida). Mas não depende mais, especificamente, de
algumas variedades de plantas ou de animais como elementos indispensáveis à sua
sobrevivência.
Vimos, portanto, que não basta manter as espécies vivas: é preciso manter o seu
equilíbrio, o equilíbrio do conjunto de seres vivos que constitui um sistema
perfeitamente integrado, pois um simples desequilíbrio pode levar à perda de todo
esse sistema.
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morte de algumas espécies, mesmo de uma só, provoca uma reação em cadeia que
leva à desorganização e extinção de todo o sistema.
Que é um sistema?
Um sistema compõe-se de uma fonte de energia, que é externa a ele, embora possa
ser acumulada de alguma forma dentro dele; de um conjunto de estruturas, ou peças,
que garante o fluxo de energia; de um mecanismo regulador, através de retroação, isto
é, de controle do próprio funcionamento. E todo esse conjunto de ações deve ter uma
finalidade.
No caso de um relógio de corda, a fonte externa de energia é a mão que lhe dá corda.
Essa energia é acumulada na forma de uma mola em espiral que vai se desenrolando
aos poucos, com velocidade controlada; o conjunto de estruturas que garante o fluxo
de energia é constituído por rodas dentadas, eixos de transmissão e outras peças que,
engrenadas umas às outras, recebem a energia cedida pela mola e a transmitem até
os ponteiros; o mecanismo regulador é constituído por um pêndulo, um volante ou
outro sistema que, acionado pelo conjunto de engrenagens mencionado, produz um
certo tipo de ação que recai sobre a própria fonte de energia, a mola, controlando a
velocidade do seu desenrolar e, portanto, regulando todo o fluxo de energia, de
maneira a manter os movimentos rigorosamente constantes. A finalidade desse
sistema é, evidentemente, marcar as horas com precisão.
Que é um ecossistema?
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Além disso, cada vez mais o homem envereda pelo caminho do desperdício
intencional, com a introdução dos objetos descartáveis, que constituem moda hoje em
dia. Se calculássemos a quantidade de energia e trabalho humanos - não só em
operações mecânicas, mas também em imaginação, criatividade, arte, ciência - contida
em cada copo plástico ou guardanapo de papel que utilizamos uma vez só e depois
lançamos ao lixo com a maior irreverência e displicência, certamente procederíamos
de maneira mais racional. Cada objeto desses contém, de forma condensada, uma
soma enorme de energia, experiência e informação que, ao ser jogado fora, não mais
é recuperada para a natureza, o que representa a chamada entropia. A entropia cresce
no universo cada vez que realizamos um trabalho. Imagine, então, a quantidade de
entropia - ou perda de utilidade da energia contida em um relógio, calculadora ou
qualquer outra máquina descartável!
Por causa da moda dos descartáveis, da mania de querer ter sempre o modelo mais
moderno, do excesso de comodismo que leva à utilização de equipamentos
automáticos e motorizados até para escovar os dentes, da submissão inconsciente à
chamada sociedade de consumo, tudo isso somado à necessidade de produção maior
originada com o aumento das populações no globo terrestre, o fato é que as indústrias
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Assim, na verdade, os impactos provocados por uma indústria podem extravasar muito
o espaço físico que ela ocupa. As fábricas de celulose, por exemplo, utilizam como
matéria-prima a madeira extraída de milhares e milhares de hectares de florestas de
pinheiros, concorrendo poderosamente para a quase extinção dos pinheirais do
Paraná - e de plantações de eucaliptos ou de pinus que, por sua vez, foram cultivadas
em áreas onde as vegetações nativas foram devastadas. As siderúrgicas, outro
exemplo, consomem minérios extraídos de extensas escavações, deformando
paisagens, poluindo rios com suas escórias, assoreando lagos, destruindo peixes.
Também as extrações de manganês, cobre e outros metais deixam enormes crateras e
sulcos sujeitos a intensa erosão onde antes havia montes cobertos de vegetação.
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Enfim, a todos esses impactos devem-se ainda somar os impactos gerados pela
própria presença física da indústria em funcionamento, para que se possa ter uma
idéia real da influência da atividade industrial sobre o meio ambiente.
Décadas de 60 e 70
Nos anos 60, o livro “Primavera Silenciosa” da jornalista Rachel Carson provocou um
forte impacto sobre a consciência ecológica em diversos países. A autora realizou
uma pesquisa de abrangência mundial sobre os usos e abusos dos agrotóxicos e seus
efeitos sobre o meio ambiente. Suas denúncias resultaram em mobilização de
organizações não governamentais e pressão sobre as autoridades constituídas.
• Lei do ar puro;
• Lei da água pura;
• Lei de controle de substâncias tóxicas;
• Lei federal sobre inseticidas, fungicidas e rodenticidas.
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A produção, por sua vez, seguia o ritmo acelerado do pós-guerra, com a reconstrução
de imensas áreas destruídas na Segunda Guerra Mundial, tanto nas grandes potências
como Inglaterra, França, Itália, Alemanha, como nos países de economia emergente
(Japão) e países que durante a Guerra receberam um forte impulso de industrialização
- como é o caso do Brasil.
Tratava-se, pois, de produzir a qualquer custo; a poluição era vista como decorrência
normal do processo industrial, sendo ao mesmo tempo símbolo do progresso e preço a
ser pago por ele. Essa atitude ficou claramente demonstrada pelo Brasil, por ocasião
da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano , realizada em
1972 (Estocolmo), em que nosso país defendeu o desenvolvimento a qualquer custo.
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Conferência de Estocolmo
PNUMA
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Com relação ao primeiro, vale a pena citar o artigo do Prof. José Goldemberg, da
Universidade de São Paulo: “A Contribuição do Automóvel à Poluição nos Estados
Unidos é de 40 % do total.” (jornal O Estado de São Paulo de 24.08.75).
Década de 80
A indústria química, acuada por uma imagem pública em constante deterioração, cria
no Canadá, em 1984, o programa Atuação Responsável (Responsible Care). Tal
programa, atualmente obrigatório para os membros da Associação das Indústrias
Químicas (Chemical Industries Association), baseia-se nos princípios da gestão da
qualidade total, incluindo a avaliação dos impactos atuais e potenciais, devidos às
atividades e produtos químicos, sobre a saúde, segurança e meio ambiente. Prevê,
ainda, a prestação de informações a todos os interessados.
Também em meados dos anos 80, a indústria começa a adotar uma atitude mais pró-
ativa, reconhecendo que um sistema de gestão ambiental (SGA) voluntário e
significativo pode reforçar a imagem da corporação, melhorar os lucros, a
competitividade e reduzir custos.
A indústria começa a se dar conta de que, para se manter competitiva, precisa definir o
meio ambiente como uma oportunidade de lucro. Assim, a DuPont conseguiu
economizar US$ 50 milhões por ano, de 1985 a 1990, por ter gerado 450 mil toneladas
a menos de resíduos nesse período.
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Os estudos elaborados pelos selos verdes procuram cobrir desde a produção até o
descarte final do produto. Surge, assim, a idéia de “ciclo de vida”.
Em 1988 o Anjo Azul, pioneiro entre os selos ecológicos, já era aplicado em 3.500
produtos diferentes.
Percebe-se, portanto, que o selo ecológico, apesar de voluntário, adquire força pelas
leis de mercado, atingindo simultaneamente a indústria e o consumidor, pois:
incentiva a primeira a aplicar métodos de produção com menor impacto ambiental;
induz o consumidor a adquirir produtos ambientalmente corretos.
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1988:
Década de 90:
Esse novo grupo de rótulos ecológicos difere do primeiro, da década de 80, pois visam
não apenas a eliminação de substâncias poluentes nos produtos, mas o impacto
causado durante todo o ciclo de vida do produto. Trata-se de um novo conceito de
desempenho ambiental dos produtos.
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A Comunidade Européia, por sua vez, vem instituindo uma série de medidas
ambientais emitindo, por exemplo, regulamentos para rótulos ecológicos, para eco-
auditorias, uma política para embalagens e obras que discutem as ações relacionadas
com o ambiente e o desenvolvimento sustentável.
1990:
O primeiro informe com base na colaboração científica de nível internacional foi o IPCC
(Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, em inglês), onde os cientistas
advertem que para estabilizar os crescentes níveis de dióxido de carbono (CO2) – o
principal gás-estufa – na atmosfera, seria necessário reduzir as emissões de 1990 em
60%.
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Agenda 21
Convenção da Biodiversidade
Foi assinada no Rio em 1992 por 156 Estados e tem como objetivos “a conservação da
biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a divisão eqüitativa dos
benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos, através da transferência
apropriada das tecnologias relevantes, levando-se em consideração todos os direitos
sobre tais recursos, e através da transferência apropriada das tecnologias
relevantes...” (Artigo 1 da Convenção).
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A Convenção sobre Mudança do Clima foi assinada em 1992, no Rio de Janeiro, por
154 Estados e reflete a preocupação com o aquecimento de nosso planeta e seus
efeitos sobre a sobrevivência do ser humano e as condições adversas sobre os
ecossistemas.
1995:
Kyoto - 1997:
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BS 7750
ISSO
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ISO 14000
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Normas previstas:
Normas previstas:
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A ABNT, a exemplo do que ocorreu com outros países, organizou um grupo para
acompanhar os trabalhos do TC-207. Esse grupo, denominado Grupo de Apoio à
Normalização Ambiental é designado pela sigla ABNT/GANA e está estruturado nos
mesmos moldes que o TC-207.
EMAS
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A postura pró-ativa, entretanto, ainda é nova e muitas vezes convive nas empresas
com outras já ultrapassadas, características das décadas de 60, 70 e 80.
Essas posturas e sua evolução estão sintetizadas na relação abaixo que mostra a
evolução do comportamento gerencial:
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• Permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões, ou seja,
contabilizar as reduções de carbono vinculadas às atividades de desmatamento
e reflorestamento. Atualmente existe um grande debate em relação a essas
definições. Há outra cláusula que permitiria incluir “outras atividades” entre os
sorvedouros de carbono, algumas delas, como a fixação de carbono no solo,
são motivo de preocupação especial;
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A fim de entrar em vigência, o Protocolo de Kyoto deve ser ratificado por, no mínimo,
55 governos que contabilizem 55% das emissões de CO2 produzidas pelos países
industrializados. Essa fórmula implica que os Estados Unidos não podem bloquear o
Protocolo sem o respaldo de outros países. Até o momento, 23 países, incluindo
Bolívia, Equador, El Salvador e Nicarágua, já o ratificaram e outros 84 países, entre
eles os Estados Unidos, somente o assinaram (em 7 de agosto).
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Poluentes atmosféricos e
seus agravantes
Origem da atmosfera
As várias camadas
Para os mais leigos o ar que respiramos provêm de uma camada gasosa única,
homogênea e que se rompe abruptamente com o vazio do espaço estelar. Contudo à
muito foi demonstrado que a atmosfera se rarefaz (pressão diminui) a temperatura
diminui e sua composição muda na medida que a altitude aumenta, formando camadas
gasosas que se mesclam nos seus limites. A figura a seguir caracteriza a atmosfera.
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Exosfera
500 Km
Ionosfera
80 a 85 Km Ozônio e Vapor de
Sódio
Mesosfera
Ozônio
Estratosfera 50 Km
Nuvens e
fenômenos
Toposfera
8 a 16 Km meteorológicos
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Considerações Gerais
Poluentes atmosféricos
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Irritantes
• Corrosivos: atacam preferivelmente as mucosas (membrana que reveste as vias
respiratórias e outras cavidades do organismo). Sua concentração é mais
importante que o tempo de exposição.
• de reação imediata: SO2, H2SO4, Cl2, oxidantes fotoquímicos;
• de efeitos crônicos e retardados: O3, NO2.
• Partículados:
• pó causador de fibrosi pulmonar: silício, asbestos;
• pós inerte: carbono, cimento;
• pó que origina alergias: pólen, madeira, resinas.
Asfixiantes:
• simples: reduzem a concentração do oxigênio disponível no ar . Ex: CO2, N2,
etano, metano;
• químicos: interferem no intercâmbio e transporte de oxigênio no sangue. Ex: CO,
cianetos de hidrogênio;
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Naturais
• cinzas e gases de emissões vulcânicas;
• tempestades de areia;
• partículas e gases de incêndios florestais;
• spray salino dos mares e oceanos (maresia).
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Óxidos de enxofre
• Dióxido de Enxofre (SO2) - é formado na combustão do petróleo, do carvão e de
combustíveis fósseis. mais de 130 milhões de ton/ano são desprendidos no
planeta, um dos principais formadores das chuvas ácidas.
Define-se material particulado como sendo uma grande variedade de sólidos e gotas
de líquidos que são aspersos no ar através de vários processos. O material
particulado é a forma de poluição mais comumente perceptível, pela interferência na
visibilidade. Seus efeitos estão relacionados com a dose de exposição, composição
química e forma física.
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Uma avaliação dos efeitos adversos sobre a saúde resultantes da exposição a dioxinas
e furanos ainda é difícil de ser feita. Estudos toxicológicos sobre os efeitos das
dioxinas em cobaias de laboratórios indicam que a toxicidade não é a mesma para
cada possível isômero. Informações sobre o 2,3,7,8 TCDD tem mostrado que este
isômero causa efeitos letais em certas cobaias de laboratório em baixos níveis de
concentração.
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Ozônio (O3)
É um gás incolor, não inflamável e tóxico de odor picante e penetrante sendo muito
instável, decompondo-se lentamente (50% em poucos dias) à temperatura ambiente
formando o oxigênio. Forma-se naturalmente na estratosfera através de reações
fotoquímicas, pela ionização do oxigênio molecular (O2) e também como subproduto de
reações entre os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos.
Hidrocarbonetos (HC)
Os hidrocarbonetos, que são emitidos pelos veículos e por combustão incompleta,
produzem uma série de substâncias químicas geradas na atmosfera terrestre em
presença de radiação solar. Estas substâncias, chamadas de oxidantes fotoquímicas,
são o ozônio (O3) e o PAN (peróxiacetíl nitrato). A mistura de 03, PAN e outros
contaminantes do ar formam o smog fotoquímico. Tais oxidantes são removidos da
atmosfera por reação com a vegetação e o solo.
O grau com que esses efeitos afetam na saúde humana dependem, basicamente, dos
seguintes fatores:
propriedades físico-químicas:
tamanho, densidade, viscosidade, forma, carga elétrica, volatilidade, solubilidade e
reatividade química.
Tempo de exposição:
fator importante pois estamos respirando nas 24 horas do dia;
Concentração:
Determina os efeitos agudos e crônicos sobre a saúde. Depende das máximas
concentrações permissíveis a diferentes tempos de exposição;
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Via de exposição:
Depende da dose total recebida;
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Fatores agravantes da
poluição atmosférica
Inversão térmica
Ar
aquecido
irradiação
Ar
resfriado
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Ar
quente Ar
frio
Ar
frio
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Resumo
UV + O3 ⇒ O2 + O
O + O3 ⇒ 2O2 (duas moléculas de oxigênio)
F2CCl2 ⇒ Cl + F2CCl
Cl + O3 ⇒ ClO + O2
ClO + O ⇒ Cl + O2
Clorofluorcarbonos CFC
Um dos maiores destruidores da camada de ozônio são os hidrocarbonetos
halogenados, grupo de compostos formados por carbono e um ou mais halogênios
(bromo, cloro) mais conhecidos como CFC’s .
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Vida na atmosfera
Composto Fórmula ODP
(anos)
CFC-11 CFCl3 1,0 60
CFC-12 CF2Cl2 1,0 120
CFC-113 CF2ClCFCl2 0,8 90
CFC-114 CF2ClCF2Cl 0,6 - 0,8 200
CFC-114a CF3CFCl2 nd nd
CFC-115 CF3CF2Cl 0,3 - 0,5 400
Nd = não disponível
Efeito estufa
A sociedade moderna, para sua manutenção, depende da produção de energia. Tal
energia tem sido obtida, sobretudo de combustíveis fósseis, como o gás natural, o
petróleo e o carvão. Essa utilização intensa dos materiais energéticos fósseis tem
resultado num acréscimo mensurável da concentração de gás carbônico (CO2) na
atmosfera (aproximadamente 25% desde o início da primeira Revolução Industrial).
Embora automóveis e usinas produtoras de energia contribuam com
aproximadamente 75 % do gás carbônico liberado em nações industrializadas, a
devastação e queima de florestas tropicais em países como o Brasil é outro grande
contribuinte.
As florestas são ecossistemas em clímax, em que o consumo e a produção de CO2
se eqüivalem. As queimadas, pela combustão de biomassa, podem elevar o
lançamento de CO2 na atmosfera. A destruição de florestas tropicais pode acarretar
graves alterações climáticas, já que o fenômeno de evaporação-transpiração regula
o clima mundial.
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Certos gases lançados na atmosfera impedem que a energia radiante emitida pelo
sol retorne para o espaço, resultando em um sobre aquecimento da atmosfera.
O CO2 é um dos principais gases emitidos que podem causar aquecimento
climático, e sua quantidade na atmosfera tem aumentado significativamente como
resultado do crescimento industrial.
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Oxido nitroso
Metano
Clorofluorcarbono
Dióxido de Carbono
0 10 20 30 40 50 60
Chuva ácida
Em 1872, um funcionário público britânico, Robert Angus Smith, impressionado pela
rapidez com que as peças de metal exposta ao tempo se oxidavam na cidade de
Londres, passou a investigar minuciosamente o fenômeno, chegando a correta e
brilhante conclusão de que se devia a presença de ácido sulfúrico no ar, resultante
de reações com os compostos de enxofre provenientes da queima de carvão
mineral nas fornalhas industriais e sistema de aquecimento doméstico. Concluiu
ainda que isso também causava alteração de pinturas, desgaste das pedras dos
edifícios e a má qualidade da água de consumo público. A esse respeito, publicou
um livro com o título Ar e Chuva: fundamentos de uma climatologia química, ao qual
ninguém deu importância durante todo século.
A chuva ácida é um fenômeno que surgiu com a crescente industrialização do
mundo e está diretamente relacionada com a poluição do ar, manifestando-se com
maior intensidade e maior abrangência nos países desenvolvidos. Não obstante, tal
fenômeno começa a manifestar-se também em pontos isolados, em países como o
Brasil.
As emissões de fumaça das usinas termelétricas à base de carvão, das industrias
de celulose, das refinarias, dos veículos automotores, assim como quaisquer
poluentes gasosos lançados na atmosfera, contribuem para a formação de chuva
ácida. Compostos de enxofre e nitrogênio são os principais componentes desta
chuva, que pode se manifestar tanto no local de origem, como a centenas de
quilômetros de distância. Um exemplo disto é a mineração de carvão em Criciúma,
Santa Catarina, que é responsável pela chuva acidificada, devido ao enxofre
emanado do carvão depositado, que se mistura às formações de nuvens, em
suspensão no ar. Esta chuva quando transportada pelos ventos vai cair, por
exemplo, no parque nacional de São Joaquim, também em Santa Catarina, situado
a muitos quilômetros de distância.
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enxofre e nitrogênio.
No Brasil, a mata atlântica é extremamente afetada pela chuva ácida, uma vez que
muitos centros urbanos e industriais se localizam próximos ao litoral. Em Cubatão
(São Paulo) vários programas de reflorestamento têm acontecido nos últimos anos,
a fim de proteger as encostas cuja vegetação foi destruída.
Resumo
NO + 1/2O2 ⇒ NO2
H2O + 3NO2 ⇒ NO + HNO3
Estes ácidos podem ser carregados a longas distâncias de suas fontes de emissão
antes de caírem em forma de chuva.
Alguns efeitos das precipitações ácidas:
2. Águas ácidas dissolvem minerais que são normalmente mais insolúveis e isso
tem um efeito danoso aos ciclos de vida. Por exemplo, muito alumínio dissolvido
na água é tóxico para os peixes, causando anormalidades nos embriões.
Algumas plantas também são muito sensíveis a alterações na concentração de
alumínio dissolvido;
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O3 + NO ⇒ NO2 + O2
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O + O2 ⇒ O3
Fontes Efeitos
• evaporação de solventes; • irritação dos olhos;
• combustão incompleta de de • irritação respiratória;
VOC’s combustíveis fósseis; • alguns são cancerígenos;
ocorrência natural (terpenos de • diminuem a visibilidade.
árvores).
• irritação dos olhos;
• formados pela reação de NOx com • alta toxicidade para plantas;
PAN
VOC’s • irritação do trato respiratório;
• causa danos às proteínas.
• irritação do trato respiratório superior
(nariz, garganta);
• irritação nos olhos;
• dissociação do oxigênio molecular
• ataca os tecidos do trato respiratório,
por ação da radiação ultravioleta
Ozônio produzindo desde bronquite crônica e
• descargas elétricas (precipitadores
enfisema pulmonar, até parada cardíaca;
eletrostáticos)
• secamento das folhas das plantas;
• descoloração da superfície superior
das folhas
Outro tipo de smog é o smog redutor, geralmente composto por dióxido de enxofre e
material particulado. Este tipo de smog vitimou mais de 4.000 pessoas em Londres,
Inglaterra, em dezembro de 1952. Um agravante destes episódios, é que alguns
materiais particulados apresentam óxidos de metais que catalisam o dióxido de
enxofre à forma de trióxido, provocando o surgimento de condições fortemente
ácidas. Além disso, partículas de fuligem usualmente contêm alcatrões
carcinogênicos.
60 SENAI
Controle Ambiental
após várias reações as moléculas de SO2 oxidam-se a SO3 que reage com a água
da neblina formando ácido sulfúrico. Desta forma, o nevoeiro transforma-se num
autêntico aerossol de ácido sulfúrico.
1- EXERCÍCIOS
1 Quais os dois tipos de Smogs?
3 A camada de ozônio é responsável pela absorção de 99% dos raios ultra violeta.
Os clorofluorcarbonos(CFC’s) são os principais responsáveis da destruição desta
camada . Isto acontece por causa da recombinação do O3 com:
( ) Cloro
( ) Fluor
( ) Carbono
( ) Oxigênio
SENAI 61
Controle Ambiental
62 SENAI
Controle ambiental
Emissões, imissões e
Dispersões de poluentes
Alguém já ouviu falar do “Vale da Morte“? Houve uma época que Cubatão assim era
conhecida. Bairros como Vila Parisi sofriam com a imissão de diversos gases, onde um
número considerável de crianças nasceram encefálicas. Um total de 23 indústrias
emitiam quase mil toneladas de poluentes, onde 250 toneladas eram de pó.
Em 1984, um verdadeiro “coquetel” de poluentes do ar colocava em perigo a saúde
dos trabalhadores e da população que morava perto das fábricas. Mas havia também
sérias ameaças ao solo e às águas, e era preciso fazer alguma coisa. A qualidade de
vida dos habitantes de Cubatão precisava ser recuperada rapidamente, antes que
fosse tarde demais.
Hoje, Cubatão não é mais conhecida como vale da morte, graças a ação da CETESB
que impôs controles de emissões de poluentes.
“Cubatão já foi uma das áreas mais contaminadas do mundo. Hoje é um exemplo de
controle que a ONU poderá levar para regiões do México, Chile e Venezuela.”
Essa declaração, feita em 1990, que até então, era do diretor do Programa das
Nações Unidas do Meio Ambiente para a América Latina, José Lizarraga.
Emissão
SENAI 63
Controle ambiental
Devido a diversas fábricas espalhadas no mundo e uma vasta frota veicular e geradora
de energia com combustíveis fosseis, nosso planeta tem sofrido com a emissão de
bilhões de toneladas de poluentes. Isso tem causado alterações desastrosas em nossa
atmosfera. Podemos entender a extensão disto, com alguns dados da ONU no ano de
1989 sobre emissões de algumas regiões do mundo .
TOTAL TONELADAS
MUNDO 270.000.000
POR REGIÃO NO MUNDO
ÁSIA 130.000.000
AMÉRICA DO NORTE E CENTRAL 45.000.000
EUROPA 26.000.000
URSS 34.000.000
ÁFRICA 19.000.000
AMÉRICA DO SUL 18.000.000
OCEANIA (AUSTRÁLIA, FIJI, ETC...) 9.000
64 SENAI
Controle ambiental
TOTAL TONELADAS
MUNDO 580.000
A deplexão da camada de ozônio é o principal efeito, lembra que cada átomo Cl destrói
100.000 moléculas de O3.
CO Particulado Hidrocarbonetos
60.900.000 6.900.000 18.500.000
1989 1990
ÁSIA --- 1.263.000
AMÉRICA DO NORTE E CENTRAL 20.700.000 23.900.000
EUROPA 23.000.000 ---
URSS 9.318.000 12.800.000
SENAI 65
Controle ambiental
Imissões
66 SENAI
Controle ambiental
Histórico
Episódio agudo de poluição do ar em cubatão.
Dispersão de poluentes
Escalas de movimento
Os fenômenos meteorológicos que atuam no processo de dispersão fazem,
obedecendo a uma seqüência de escalas de movimento, a dinâmica da atmosfera.
Essas escalas são a sinótica, a mesoescala e a microescala, descritas a seguir:
68 SENAI
Controle ambiental
Favorável Desfavorável
Chaminé alta 9
Topografia acidentada (vale) 9
Topografia plana 9
Ventilação horizontal (ventos) 9
Concentração de fontes 9
Concentração de edificações 9
Gradiente de temperatura
9
estável (Inversão térmica)
Gradiente de temperatura
9
instável
SENAI 69
Controle ambiental
Legislação Ambiental
Padrões de qualidade do ar
Pelo que vimos até agora é de se esperar que no cotidiano estamos respirando ar que
não seja puro, ou seja, que contenha mesmo que em ínfimas proporções quantidades
de poluentes atmosféricos. Você já parou para pensar se o ar respira agora é de boa
qualidade? Mas o que seria um ar de boa qualidade? Podemos quantificá-lo?
Compará-lo? Vamos por parte. No Brasil e no mundo existem órgãos governamentais
e não governamentais que atuam no monitoramento do meio ambiente entre outros
objetivos ambientais. Quando se fala em monitorar, estamos nos referindo a medir os
níveis de poluição e comparar com valores pré-estabelecidos, ou seja, com padrões
aceitáveis visando o bem estar das pessoas
Os principais objetivos do monitoramento da qualidade do ar são:
SENAI 71
Controle ambiental
Padrões primários
São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que,
ultrapassadas poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como
níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se
em metas de curto e médio prazo.
Padrões secundários
São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de poluentes
atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da
população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio
ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de
poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo.
PADRÃO PADRÃO
TEMPO DE MÉTODO DE
POLUENTE PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
AMOSTRAGEM MEDIÇÃO
µg/m³ µg/m³
Partículas
24 horas (1) 240 150 Amostrador de
Totais em
MGA (2) 80 60 grandes volumes
Suspensão
Monóxido de 1 hora (1) 40.000 (35 ppm) 40.000 (35 ppm) Infravermelho não
Carbono 8 horas (1) 10.000 (9 ppm) 10.000 (9 ppm) dispersivo
Ozônio 1 hora (1) 160 160 Quimiluminescência
24 horas (1) 150 100
Fumaça Refletância
MAA (3) 60 40
Partículas 24 horas (1) 150 150 Separação
Inaláveis MAA (3) 50 50 Inercial/Filtração
Dióxido de 1 hora (1) 320 190
Quimiluminescência
Nitrogênio MAA (3) 100 100
SENAI 73
Controle ambiental
(1) Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano.
(2) Média geométrica anual (MGA).
(3) Média aritmética anual (MAA).
NÍVEIS
PARÂMETROS ATENÇÃO ALERTA EMERGÊNCIA
Dióxido de
800 1.600 2.100
Enxofre(µg/m³) -24 h
Partículas Totais em
Suspensão (PTS) 375 625 875
(µg/m³)-24 h
SO2 X PTS
65.000 261.000 393.000
(µg/m³)(µg/m³) - 24 h
Monóxido de Carbono
15 30 40
(ppm) - 8 h
Ozônio (µg/m³) - 1 h 400* 800 1.000
Partículas Inaláveis
250 420 500
(µg/m³) - 24 h
Fumaça (µg/m³) - 24 h 250 420 500
Dióxido de Nitrogênio
1.130 2.260 3.000
(µg/m³) - 1 h
* O nível de atenção declarado pela CETESB com base na legislação Estadual SP que
é mais restritiva (200 µg/m³).
74 SENAI
Controle ambiental
Legislação Federal
Portaria n.° 100/1980 - Ministério do Interior: estabelece os limites de emissão para
fumaça preta para veículos movidos a diesel. O limite de emissão a altitudes acima de
500m , o Ringelmann n.° 3 (60%). Abaixo de 500 m e para frotas com circulação
restrita à área urbana em qualquer altitude, o limite é o Ringelmann n.° 2 (40%).
SENAI 75
Controle ambiental
Densidade
Material Particulado SO2
Colorimétrica
Classe I 120 Máx. 20% ER Nº1 2000
Óleo Carvão
Classes II e III Combust. Mineral Máx. 20% ER Nº1 5000
350 1500
Resolução CONAMA n.° 09/94, de 04/05/94, dispõe sobre os limites para a emissão
de hidrocarbonetos e aldeídos dos veículos automotores leves e equipamentos com
motor a álcool.
76 SENAI
Controle ambiental
Portaria IBAMA n.° 1937/90, que disciplina o controle de emissão para veículos
importados.
a) Ringelmann número 1 é o limite de emissão para fumaça preta emitida por fontes
estacionárias;
b) Ringelmann número 2, o limite de emissão para fumaça preta emitida por veículos a
diesel a qualquer altitude em operação normal;
c) Os padrões de emissão para material particulado são impostos para Cubatão;
d) A melhor tecnologia disponível será adotada quando não houver regulamentação
para padrões de emissão;
e) Normas para localização, operação e sistema de controle para fontes estacionárias;
f) Normas especificas para incineração;
g) Queimas ao ar livre estão proibidas;
h) Fica estabelecido um plano de Emergência para episódios agudos de poluição do
ar.
1 EXERCÍCIOS
( ) Megaescala
( ) Mesoescala
78 SENAI
Controle ambiental
( ) Sinótica
( ) Microescala
( ) SO2 e NO2
( ) O2 e N2
( ) Material Particulado e CO
( ) O3 e SO2
SENAI 79
Controle ambiental
Medição de poluentes
atmosféricos
Desde dos tempos remotos, sempre houve emissão dos “atuais poluentes” na terra.
Isso era devido as emissões causadas por fenômenos naturais, tais como: cinzas e
gases de emissões vulcânicas, tempestade de areia e poeira, decomposição de
vegetais e animais, partículas e gases de incêndios florestais, sprays salinos dos
mares e oceanos (maresia), e outros, porém sempre havia auto-regulação do
ecossistema .
Com a modernização, o homem tem interferido contínua e desordenadamente no
ecossistema, emitindo grande quantidades de poluentes na atmosfera. De alguns anos
para cá , o mundo está preocupado em controlar e amenizar os impactos ambientais.
Como?
Para controlar precisa antes medir e é ai que entra os analisadores industriais, que tem
a função de “dedurar”, é claro no bom sentido, alarmando se algum dos poluentes está
fora dos níveis estabelecidos pelos órgãos controladores
Escala de Ringelmann
SENAI 81
Controle ambiental
Escala de ringelmann
Por exemplo:
Legislação do Estado de São Paulo
Lei número 977 e Decreto número 8.468, que a regulamenta, ambos de 1976:
regulamentam as ações de controle ambiental e padrões, licenças para as novas
indústrias, bem como para aquelas já estabelecidos, e as sanções para ações
corretivas. Este regulamento mantém os padrões federais de qualidade do ar e
acrescenta os seguintes principais requisitos:
a) Ringelmann número 1 é o limite de emissão para fumaça preta emitida por fontes
estacionárias;
b) Ringelmann número 2 é o limite de emissão para fumaça preta emitida por veículos
a diesel a qualquer altitude em operação normal.
82 SENAI
Controle ambiental
1. sonda;
2. caixa quente (filtro);
3. caixa fria (borbulhadores);
4. cordão umbilical;
5. módulo de controle.
SENAI 83
Controle ambiental
Cordão Umbilical: conjunto flexível contendo tubulação que conduz o gás amostrado
84 SENAI
Controle ambiental
Princípio do método
O material particulado (MP) é coletado isocineticamente ponto a ponto e sua
massa é determinada gravimetricamente. Simultaneamente, é determinado o
volume do gás amostrado. A concentração do MP é obtida pela relação entre
ambos.
Isocinetismo
Existem condições isocinéticas de amostragem sempre que a velocidade dos gases
que estão sendo amostrados (Vn) na ponta da boquilha é exatamente igual a
velocidade dos gases na chaminé ou duto (Vs).
Vn
Isocineticidade (%) = × 100
Vs
Quando Vn é diferente de Vs, a amostragem não é isocinética e pode resultar em
concentrações menores ou maiores do que a realidade, segundo veremos a seguir.
SENAI 85
Controle ambiental
24,12mg / min
Concentração = = 24,12mg / m3
1m3 / min
86 SENAI
Controle ambiental
Com Vn = 2Vs
Qn = 2 m3/min
24,24mg / min
Concentração = = 12,12mg / m3
2m3 / min
Vn = 0,5Vs
Qn = 0,5 m3/min
24,06mg / min
Concentração = 3
= 48,12mg / m3
0,5m / min
SENAI 87
Controle ambiental
88 SENAI
Controle Ambiental
Opacímetro
SENAI 89
Controle Ambiental
Princípio de medição
Natureza da luz
Várias técnicas analíticas, utilizam o princípio do espectrofotômetro na interação da
luz com a matéria .
A propagação da luz é de natureza ondulatória, e composta por uma componente
elétrica e outra magnética, e se caracteriza pelo seu comprimento de onda (λ).
90 SENAI
Controle Ambiental
SENAI 91
Controle Ambiental
Os princípios que regem a extinção da luz em um meio com particulado são dados
pela Lei de Beer-Lambert:
I / Io = e -blc
I / Io = Transmitância
(I / Io ) = Opacidade
Onde:
Região Espectral
Para minimizar ao máximo as interferências do tipo umidade, SO2, NOX , CO, CO2,
hidrocarbonetos, etc..., a técnica analítica do monitor de opacidade, trabalha na região
espectral do visível (400-700nm), como podemos constatar no gráfico abaixo
92 SENAI
Controle Ambiental
Norma
O procedimento para testes e especificações de um Opacímetro são encontrados nas
normas da "EPA": Método 9, Alternativa 1 e Método de especificação e performance
nº1; estes métodos se encontram no CFR 40, parte 53 a 60 de 01/07/89 "Code Federal
Regulations".
SENAI 93
Controle Ambiental
Principais especificações
A resposta de pico espectral deve ser de 500 a 600 nm. Abaixo de 400 e acima de
700nm deve ser menor de 10% da resposta de pico.
O angulo máximo de projeção e de prospeção não poderá ultrapassar a 5°, pois para
uma melhor detecção do feixe a colimação deste deverá ser do tipo canhão laser.
94 SENAI
Controle Ambiental
Funcionamento
Uma fonte de luz gera um feixe que atravessa um conjunto de lentes de projeção que
tem a finalidade focar o feixe de luz. Em seguida atravessa um divisor de feixe, sendo
dividido em dois feixes: um é desviado para o detetor de referência e o outro atravessa
a chaminé e é refletido de volta por um espelho retro refletor, atravessando o processo
novamente, até chegar no espelho divisor que desvia o feixe para o detetor de amostra
.
Como podemos observar na figura a seguir, o sistema de medição com feixe duplo
possui maior sensibilidade, pois apresenta o dobro de passo óptico ( l ). Assim obtêm-
se o dobro de sinal detectado para o mesmo valor de concentração, e a separação
amostra e referência, permitirá que obtenhamos o quociente entre as mesmas (I / Io),
cancelando a variação produzida pela mesma fonte de luz.
Aplicabilidade
Com o monitoramento contínuo da opacidade, podemos realizar vários trabalhos
importantes na área de controle ambiental e também na eficiência de combustão de
uma determinada fonte.
Pode-se obter o valor de concentração do particulado, relacionado com a % de
opacidade. Quando parâmetros como pressão, velocidade, temperatura e umidade do
SENAI 95
Controle Ambiental
Analisador de nox
O NOx é o termo genérico usado para expressar uma mistura que contém os
componentes óxido nítrico (NO) e dióxido de nitrogênio (NO2).
Assim [NOx ] = [NO] + [NO2] .
O NOx é gerado na reação do nitrogênio com o oxigênio do ar na chama a altas
temperaturas . Também se forma através da oxidação do nitrogênio contido no
combustível.
A seqüência a baixo mostra os combustíveis em ordem crescente de emissão de NOx.
1. Metanol
2. Etanol
3. Gás natural
4. Butano
5. Óleo
6. Carvão
Principio de medição
96 SENAI
Controle Ambiental
NO + O3 Æ NO2* + O2
NO2* Æ NO2 + hv
(Estado exitado)
Onde:
h = constante de Plank
v = freqüência
Determinação do NOx
Um exemplo de realização prática para medição de NOx é mostrado nas duas figuras
a seguir. Primeiramente converte-se o componente NO2, presente na mistura, em NO.
A reação envolvida é:
2 NO2 2 NO + O2
Em seguida o gás convertido é dirigido para uma câmara de reação onde mistura-se
com o ozônio, gerando NO2* (estado exitado). Os fótons emitidos na transição
para o estado estável do NO2 são capturados pelo fotomultiplicador, transformando em
um sinal eletrônico proporcional a concentração de NOx.
SENAI 97
Controle Ambiental
hν
3 O2 2 O3
Analisador de hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos são compostos orgânicos que tem em sua composição carbono e
hidrogênio. São gases combustíveis e são gerados a partir da combustão de derivados
de petróleo.
Os Hidrocarbonetos produzem uma série de substâncias químicas geradas na
atmosfera terrestre em presença da radiação solar. Estas substâncias, chamadas de
oxidantes fotoquímicas, são o ozônio (O3) e o PAN ( peróxiacetíl nitrato). A mistura do
O3, PAN e outros contaminantes do ar formam o smog fotoquímico. Tais oxidantes são
removidos da atmosfera por reação com a vegetação e o solo.
Principio de medição
O analisador de hidrocarbonetos por ionização de chama, utiliza um detetor baseado
no princípio de que a condutividade elétrica do gás é diretamente proporcional à
concentração de partículas eletricamente carregadas, existentes no gás. O esquema a
seguir mostra um circuito de medição típico.
98 SENAI
Controle Ambiental
SENAI 99
Controle Ambiental
Analisador de so2
Ultravioleta
Ultravioleta é o nome dado à região do espectro eletromagnético compreendido entre
os comprimentos de onda de 0,1µm a 0,4µm. Veja a figura abaixo. A energia radiante,
nesta região do espectro, é absorvida pela matéria produzindo transições atômicas, ou
seja, mudanças dos elétrons entre os níveis eletrônicos.
Princípio de medição
100 SENAI
Controle Ambiental
Ao longo dos anos esse tipo de instrumento vem recebendo inúmeras inovações. As
mais significativas estão relacionadas com os elementos do sistema de medição que
levaram ao aumento da sensibilidade e estabilidade na medição. Inovações no
tratamento de sinal incorporaram circuitos microprocessados que deram maior
versatilidade ao instrumento. O sistema de medição apresentado a seguir demonstra
essa evolução.
Nele é empregado uma lâmpada que gera um feixe de UV pulsante na faixa de 225 a
550 nm. Esse tipo de fonte elimina o modulador mecânico, usados em outros
analisadores, diminuindo o ruído e o problema de estabilidade. Além disso a ação
pulsante aumenta e pelo menos em duas vezes a vida útil da lâmpada. Um espelho
colimador é utilizado para focalizar e direcionar o feixe de UV. Porém, antes de entrar
na câmara de amostra , o feixe UV passa por um divisor de feixe plano, insensível a
vibrações que direciona 50% do feixe transmitido para o primeiro bloco detetor.
SENAI 101
Controle Ambiental
102 SENAI
Controle Ambiental
Controle da poluição do ar
Medidas Indiretas
Ações que visam a eliminação, redução, diluição, segregação ou afastamento dos
poluentes.
Medidas diretas
Ações que visam reduzir a quantidade de poluentes descarregada na atmosfera,
através da instalação de equipamentos de controle (‘filtros de ar”).
SENAI 103
Controle Ambiental
Este método é tanto uma forma de diluição pela diminuição da densidade de fontes
por área, quanto pela redução da emissão.
Não se trata, propriamente, de uma medida indireta de controle da poluição, uma vez
que não busca A utilização de chaminés altas visa a redução da concentração do
poluente ao nível do solo, sem a redução da quantidade emitida. Trata-se, portanto,
de uma medida auxiliar, cuja eficácia depende da distribuição espacial das fontes e
das condições meteorológicas e topográficas da região.
É uma técnica recomendável como medida adicional para melhoria das condições de
dispersão dos poluentes na atmosfera, após o devido controle da emissão na fonte.
Na prática, a altura da chaminé deve ser, no mínimo, 2,5 vezes a altura da edificação
mais próxima. Quanto mais alta for a chaminé, maior será a diluição dos poluentes.
104 SENAI
Controle Ambiental
SENAI 105
Controle Ambiental
O tratamento
Eficiência de controle
A eficiência de controle de um equipamento de controle de poluição do ar indica a
quantidade de poluentes que o equipamento remove (coleta) ou tem condições de
remover .
Deve-se ressaltar que a eficiência dos equipamentos do controle de poluição do ar
nunca alcança 100%, apesar de existirem equipamentos capazes de removerem mais
que 99,9% dos poluentes. Assim, o termo ar limpo deve ser entendido que contém
uma quantidade de poluentes dentro de níveis aceitáveis, e em relação ao poluente
considerado.
Quando a eficiência é expressa por tamanho de partícula a mesma recebe a
denominação de Eficiência Fracionada. Exemplo de eficiência fracionada é mostrada
na tabela abaixo para vários tipos de coletores. A eficiência fracionada também pode
ser expressa por uma curva e nesse caso temos a Curva de Eficiência.
Na prática existem muitos casos de utilização de equipamentos de controle em série
com a intenção de aumentar a eficiência, como por exemplo um ciclone seguido de
um lavador.
SENAI 107
Controle Ambiental
Diâmetro de partícula ηm
Tipo de Equipamento 0-5 5 - 10 10 - 20 20 - 44 > 44
Câmara de sedimentação
7.5 22.0 43.0 80.0 90.0
quantitacional
Ciclone convencional 12.0 33.0 57.0 82.0 91.0
Ciclone de alta eficiência 40.0 79.0 92.0 95.0 97.0
Multiciclone 25.0 54.0 74.0 95.0 98.0
Lavadores de média
80.0 90.0 98.0 100.0 100.0
energia
lavador Venturi (lavador
95.0 99.5 100.0 100.0 100.0
de alta energia)
Precipitador eletrostático 97.0 99.0 99.5 100.0 100.0
Filtro de tecido 99.0 100.0 100.0 100.0 100,0
* Valores para fins comparativos. Não deverão ser utilizados para fins de projeto.
Coletores secos
• Coletores mecânicos inerciais e gravitacionais
• Coletores mecânicos centrífugos (ex.: ciclones)
• Precipitadores eletrostáticos secos
• Precipitadores dinâmicos secos
Coletores úmidos
• Lavadores com pré-atomização (lavadores tipo spray)
• Lavador com atomização pelo gás (ex.: lavador Venturi, lavador de orifício)
• Lavadores de leito móvel
• Lavadores com enchimento
• Precipitadores eletrostáticos úmidos
108 SENAI
Controle Ambiental
Sedimentação gravitacional
A eficiência de coleta de partícula através de sedimentação gravitacional é função da
velocidade terminal da partícula.
A sedimentação gravitacional é um mecanismo de deposição importante somente
para partículas grandes.
Força centrífuga
A Força Centrífuga age sobre partículas que estejam em movimento numa trajetória
circular, fazendo com que a partícula se afaste do centro do círculo e no caso de
ciclones, se dirija às paredes do mesmo.
Impactação inercial
A impactação é importante mecanismo de coleta de partículas. A impactação
representa a "batida" da partícula contra um obstáculo que faz com que a partícula
SENAI 109
Controle Ambiental
que estava em movimento diminua a sua energia e se separe do fluxo gasoso que a
transportava.
Intercepção
A intercepção é um mecanismo de coleta que pode ser considerado como um caso
limite da impactação pois representa o mecanismo de coleta para as partículas que
ao atingir o coletor (obstáculo) estejam a uma distância igual ao seu diâmetro ou seja,
aquelas partículas que "raspam" o coletor.
Força eletrostática
A força eletrostática é um mecanismo de coleta predominante em precipitadores
eletrostáticos no entanto apresenta importância também em outros tipos de
equipamentos de controle de poluição do ar como os filtros de tecidos uma vez que
as partículas podem ter na ausência de campo elétrico, cargas elétricas positivas ou
negativas.
F = força eletrostática
q = carga elétrica da partícula
E = intensidade do campo elétrico
110 SENAI
Controle Ambiental
Força térmica
A termoforese é um mecanismo pelo qual partículas sujeitas a um gradiente de
temperatura migram da zona mais quente para a zona mais fala.
SENAI 111
Controle Ambiental
Usos
Pré-coletor de partículas grandes ( > 40 micrômetros)
Diminuir (reduzir carga para coletor final).
Vantagens
• Baixa perda de carga ( < O,5 "CA)
• Projeto, Construção e Instalação simples
• Baixo custo de instalação, operação e manutenção
• Pequenos desgaste
• Não tem limitação de temperatura exceto para matérias de construção
• Coleta a seco (permite recuperação fácil)
Desvantagens
• Baixa eficiência para partículas pequenas ( < 10 micrômetros)
• Requerer grande espaço para instalação
• Requerer cuidados especiais para substâncias inflamáveis ou explosivas.
Ciclones
Ciclones são coletores que utilizam primariamente a força centrífuga para a coleta de
partículas. São de grande uso em controle de poluição do ar, principalmente como
pré-coletores. Devido à sua eficiência baixa para partículas pequenas, o seu uso
nesses casos apresenta restrições face à impossibilidade de atender normas de
112 SENAI
Controle Ambiental
emissão mais exigentes. Em geral são utilizados para coleta de material particulado
com diâmetro maior que 5 µm.
Usos
Em geral como pré-coletor para partículas de tamanho médio e grande ( > 10
micrômetros).
Coletor final em alguns casos
Vantagens
• Baixo custo de construção
• Perda de carga baixa a média (2 a 6 "CA)
• Projeto relativamente simples
• Equipamento simples com poucos problemas de manutenção.
• Simples de operar
SENAI 113
Controle Ambiental
Desvantagens
• Baixa eficiência para partículas pequenas ( < 10 micrômetros).
• Possibilidade de obstrução no caso de material adesivo ou higroscópico.
• Pode apresentar problemas de abrasão para determinados tipos de partículas e
• determinadas velocidades.
• Não pode ser utilizado para partículas com características adesivas.
114 SENAI
Controle Ambiental
A limpeza por jato pulsante é o que tem sido mais utilizado atualmente, pois
apresenta a vantagem de exigir uma área de filtragem menor que os que utilizam
limpeza por sacudimento mecânico ou ar reverso, possibilitando limpeza contínua e
automática das mangas.
SENAI 115
Controle Ambiental
Em certos casos o meio filtrante recebe tratamento especial como por exemplo a
aplicação de silicone e grafite. Atualmente os meios filtrantes feltrados estão bastante
utilizados principalmente o de poliéster.
Usos
Coletor final de partículas de todos os tamanhos inclusive submicrônicas, exceto
oleosas e adesivas.
Vantagens
• Proporciona alta e eficiência de coleta (99,9 %)
• Pouco sensível a flutuação de vazão e concentração.
• Coleta a seco possibilitando recuperação de material sem tratamento.
• Não apresenta problemas de resíduos líquidos.
• Corrosão pouco acentuada
• Manutenção simples
• Operação relativamente simples
• Princípio de funcionamento e projeto simples.
• Perda de carga e custo de operação moderados.
• Vida útil longa chega a 20 anos
Desvantagens
• Temperatura máxima restringidas (limitadas) em função do material das mangas.
• Pode requerer tratamento especial de mangas para determinar aplicações.
• Custo de manutenção alto (troca de mangas).
• Materiais higroscópicos, adesivos e condensação de umidade pode ocasionar
entupimento das mangas.
• Localização de mangas furadas relativamente difícil.
• Requer espaço razoável especialmente no caso de limpeza por fluxo reverso.
116 SENAI
Controle Ambiental
Lavadores (scrubbers)
Os lavadores são equipamentos do controle de poluição do ar que podem ser
utilizados tanto para o controle de gases e vapores. Nesta seção vamos tratar de
lavadores utilizados para o controle do material particulado. Os lavadores utilizados
para o controle de gases e vapores recebem a denominação de absorvedores.
SENAI 117
Controle Ambiental
Lavador venturi
Necessita ter em série um equipamento que coletará as partículas que tiverem o seu
tamanho aumentado ao passar pela garganta do Venturi. Nota-se portanto, que o
Venturi age como um aglomerador de partículas. O equipamento de coleta final é em
geral um coletor ciclônico que separará as gotas e as partículas do fluxo gasoso. O
venturi é um equipamento de coleta de uso bastante difundido pela alta eficiência de
coleta que o mesmo pode atingir, pela sua simplicidade operacional e por ser um
sistema compacto.
Tem como desvantagem principal a alta perda de carga necessária para o seu
funcionamento.
118 SENAI
Controle Ambiental
Usos
Coletor final partículas de todos os tamanhos.
Podem ser utilizados também para a coleta de determinados gases e ou vapores.
Vantagens
• Não é fonte secundária de poeiras (Disposição).
• Em geral compactos, exigindo pouco espaço para instalação.
• Coleta partículas adesivas sem ocasionar entupimento.
• Pode tratar gases a altas temperaturas e altas umidades.
• Pode proporcionar alta eficiência de coleta partículas pequenas (a custa de altas
perdas de carga).
Desvantagens
• Material coletado está na forma úmida e em geral necessita tratamento para sua
reutilização
• Pode causar problema de poluição das águas.
• Pode necessitar sistema de tratamento de efluentes líquidos.
• O material é coletado a úmido dificultando a sua reutilização.
• Mais suscetível a problemas de corrosão.
• Perda de carga alta para altas eficiência de coleta.
• Necessita material de construção especial (inox ou fibra de vidro).
• Pode apresentar pluma visível proveniente da condensação da umidade contida
nos gases (usar reaquecimento antes do lançamento na atmosfera).
• Custo de manutenção relativamente alto.
• Pode apresentar problema de incrustação.
• Faixa ampla de eficiência.
Precipitadores eletrostáticos
Os precipitadores eletrostáticos vem sendo utilizados há muitos anos como um meio
efetivo para o controle de emissões atmosféricas na forma de partículas.
SENAI 119
Controle Ambiental
a) Quanto à voltagem ?
Baixa voltagem: voltagem menor ou igual a 30 kV
Alta voltagem: voltagem maior que 30 kV
120 SENAI
Controle Ambiental
Usos
Coleta final para partículas de todos os tamanhos.
Fontes médias a grandes.
Em geral para grandes vazões.
Vantagens
• Alta eficiência de coleta. Pode exceder 99,9%.
• Coleta de partículas submicrônicas.
• Baixa perda de carga
• Podem operar a altas temperaturas
SENAI 121
Controle Ambiental
Desvantagens
• Investimento inicial alto.
• Requer grande espaço para instalação.
• Apresenta riscos de explosão quando processa partículas ou gases inflamáveis.
• Exige medidas especiais de segurança contra alta voltagem.
• Muito sensível a variações de vazão, temperatura e umidade.
• Alguns materiais são de difícil coleta por apresentarem resistividade alta ou baixa.
• exige pessoal especializado para manutenção.
• produção de ozônio.
Mecanismos de coleta
O controle de gases e vapores envolve operações unitárias e reações químicas.
As operações unitárias principais são a absorção física, a adsorção e a condensação.
Reações químicas ocorrem em casos de absorção e adsorção com reação química
(quimissorção), na incineração (combustão) e em processos especiais.
Adsorvedores
A adsorção é um processo seletivo e bastante apropriado para a remoção de gases e
vapores quer a baixas concentrações, quer a altas concentrações. A eliminação de
compostos odoríferos, os quais em geral estão presentes em baixas concentrações,
pode ser realizada com alta eficiência através da adsorção.
122 SENAI
Controle Ambiental
O carvão ativado é o adsorvente mais importante no grupo dos sólidos não polares.
Ele é produzido pelo aquecimento de sólidos orgânicos (carvão, coco, madeira dura,
etc) a aproximadamente 900 oC em atmosferas redutoras. Esse adsorvente é um
dos mais antigos e é muito utilizado face à sua versatilidade, disponibilidade e custo.
124 SENAI
Controle Ambiental
Grau 4 - Alta capacidade de adsorção. Uma grama adsorve de 20 a 5O% do seu próprio
peso (média de 33%).
Ácido acético Ácido caprílico Tetracloreto de carbono
Álcool Álcool butílico Acetato de etila
Álcool isopropílico Benzeno Álcool butírico
Cresol Fenol Cloropicrína
Gasolina Mercaptanas Fumaça de cigarro
Odores hospitalares Odores de Perfumaria Odores corporais
óleos essenciais Ozona Píridina
Terebentina
Tolueno
Grau 3 - Capacidade de adsorção satisfatória. Adsorve entre 10 a 25% do seu peso (média
de 16,7%).
Acetona Acroleína Cloro
Cheiro de fumaça de óleo Gás sulfídrico
diesel
Grau 2 - Capacidade de adsorção razoável. Requer estudos específicos para sua utilização.
Acetaldeído Aminas Amônia
Butano Formaldeído Propano
Grau l - Baixa capacidade de adsorção. Uso não recomendado.
Etileno Gás carbônico Monóxido de carbono
Eficiência de Remoção
Os adsorvedores são extremamente efetivos na remoção de poluentes gasosos.
Mesmo para gases e vapores presentes em baixas concentrações, os mesmos
podem ser projetados e operados a eficiência próximas a 100%.
SENAI 125
Controle Ambiental
Usos
Controle de gases e vapores orgânicos e inorgânicos.
Vantagens
Possível a recuperação do produto.
Pouco sensível a variações do processo.
Não há problema de disposição de resíduos quando se processa a recuperação do
produto.
Capacidade de operação totalmente automática. Altas eficiência de coleta.
Desvantagens
Recuperação em geral cara.
a eficiência cai progressivamente com o uso necessitando substituição do adsorvente
Regeneração requer fonte de vapor ou vácuo.
Investimento inicial relativamente alto.
Requer pré-filtragem de partículas para evitar entupimento.
Necessita condicionamento dos gases em relação à temperatura (50oC)
Necessita grande quantidade de vapor para a desorção de hidrocarbonetos de alto
peso molecular.
Incineradores
A incineração é um método bastante eficaz a eliminação de gases e vapores de
origem orgânica. A combustão, que é o processo utilizado na incineração, transforma
os contaminantes combustíveis em dióxido de carbono e vapor d'água, no caso de
combustão completa. A incineração também pode ser utilizada para a oxidação de
compostos inorgânicos como por exemplo o gás sulfídrico (H2S), que é um gás de
odor bastante desagradável, transformando-o em dióxido de enxofre e vapor d'água.
Neste último caso temos a transformação de um gás poluente em outro também
poluente porém, dependendo da quantidade de dióxido de enxofre que será formada,
é melhor que se tenha este último do que o odor desagradável do gás sulfídrico.
A combustão também pode ser utilizada na redução das emissões de monóxido de
carbono e hidrocarbonetos por fontes móveis (veículos), através do uso de
combustores catalíticos ou térmicos.
126 SENAI
Controle Ambiental
Equipamentos de Incineração
Três tipos básicos de equipamentos de incineração são utilizados para o controle das
emissões de gases e vapores combustíveis quais sejam:
incinerador de chama direta
incinerador catalítico
Flare.
A incineração em uma câmara de combustão já existente, na qual existe um outro uso
principal, como é o caso da utilização de câmaras de combustão de caldeiras,
enquadra-se como incinerador de chama direta.
SENAI 127
Controle Ambiental
Parâmetros Básicos
a) Temperatura
A tabela abaixo fornece algumas recomendações de temperaturas de operação de
incineradores para determinadas fontes de poluição do ar. Em geral a temperatura
varia do mínimo de 650ºC ao máximo de 815ºC.
Deve-se ressaltar que a temperatura deve ser a mínima necessária porque o custo de
operação está baseado no consumo de combustível auxiliar.
128 SENAI
Controle Ambiental
Essa quantidade de calor será suprida pelo calor produzido pela queima combustível
auxiliar. O consumo do combustível auxiliar dependerá do poder calorífico do mesmo
e da eficiência de queima. Previsão deve ser feita possíveis perdas de calor.
Incinerador catalítico
O incinerador catalítico consiste basicamente de uma câmara que contém um
camada do catalisador que promoverá a oxidação do poluente. A incineração
catalítica necessita temperaturas mais baixas quando comparada com a d incineração
com chama direta, mas na maioria dos casos há necessidade d câmara de pré-
aquecimento. O incinerador catalítico também deve possuir dispositivos indicadores,
controladores de temperatura, dispositivos de segurança sistema de recuperação de
calor.
SENAI 129
Controle Ambiental
Os elementos que tem sido utilizados como catalisadores são metais e óxidos
metálicos da família da platina e outros metais nobres. Como a catálise é um
fenômeno de superfície, pequenas quantidades de catalisador são suportadas por um
meio expandido, tal como a alumina, de tal modo que seja conseguida uma grande
área superficial.
A temperatura na entrada do leito catalisador está usualmente na faixa de 340 °C a
540 °C.
O peso molecular do hidrocarboneto também exerce influência na eficiência de
remoção. Hidrocarbonetos de baixo peso molecular podem reagir mais rapidamente
devido às maiores taxas de difusão, contudo a estabilidade da molécula tem que ser
levada em consideração.
A eficiência do incinerador catalítico deteriora com o tempo de uso e portanto, deve
ser feita a reposição periódica dos elementos. Essa reposição varia largamente,
desde alguns meses até vários anos. Em adição, a performance do catalisador é
seriamente afetada por materiais que o envenenam, como por exemplo mercúrio,
arsênio, zinco e chumbo. Substâncias que cobrem o catalisador, tais como resinas,
devem ser evitadas.
A principal vantagem do incinerador catalítico sobre o incinerador de chama direta é o
baixo custo operacional devido à menor quantidade de combustível auxiliar requerida.
Como desvantagem podemos citar a eficiência geralmente mais baixa e o problema
da disponibilidade do catalisador no mercado interno.
Flare
O sistema de flare é usado primeiramente com um método de segurança para
disposição do excesso de gases residuais. É usado para hidrocarbonetos, amônia,
cianeto de hidrogênio e outros tóxicos e perigosos gases que estão sujeitos a
130 SENAI
Controle Ambiental
Usos
Controle de gases e vapores orgânicos.
Controle de H2S
Vantagens
Operação simples
Capacidade de recuperação de calor.
Alta eficiência de coleta.
Desvantagens
Custo de operação alto (combustível auxiliar).
Perigo de explosão pelo retorno da chama.
Envenenamento do catalisador, no caso de combustão catalítica.
Combustão incompleta - fonte de poluição do ar.
SENAI 131
Controle Ambiental
Absorvedores
Os usos típicos de absorção são o controle do dióxido de enxofre (SO2), gás sulfídrico
(H2S), gás clorídrico (HCl), cloro (Cl2), Amônia (NH2), gás fluorídrico (HF) e
hidrocarbonetos leves.
132 SENAI
Controle Ambiental
Exemplo:
SENAI 133
Controle Ambiental
Seleção do Absorvedor
Vários fatores ditam a escolha do absorvedor. Inicialmente deve ser escolhido aquele
que proporcione a maior área de transferência de massa, de funcionamento simples e
de menor custo.
No caso do lavador venturi ou lavador tipo spray, o contato entre gás e líquido é feito
através da superfície das gotas formadas sendo recomendados somente para gases
altamente solúveis ou altamente reativos no líquido absorvente escolhido.
134 SENAI
Controle Ambiental
Eficiência de controle
A eficiência de controle é função da qualidade do projeto, das condições de operação
de manutenção. Em geral apresentam eficiência na faixa de 70 a 95%.
Usos
Controle de gases e vapores solúveis em água
Amônia, Dióxido de Enxofre, Ácido Fluorídrico, Gás Sulfídrico, Hidrocarbonetos
de baixo peso molecular.
Vantagens
Perda de carga relativamente baixa.
Uso de fibra de vidro permitido em atmosferas corrosivas.
Capazes de atingir alta eficiência de coleta.
Versáteis quanto ao aumento de eficiência (aumento da altura ou troca de
enchimento).
Custo de operação relativamente pequeno para instalação.
Pode coletar gases e partículas (cuidado).
Desvantagens
pode causar problemas de poluição das águas.
pode necessitar tratamento de efluentes.
custo de manutenção relativamente alto.
Condensadores
SENAI 135
Controle Ambiental
- quando o refrigerante está separado dos gases e vapores por uma superfície.
Usos
Controle de vapores em altas concentrações e com pressão de vapor alta.
Vantagens
Permite recuperação de produto puro.
Reaproveitamento da água de resfriamento.
Desvantagens
Eficiência de coleta baixa para concentrações típicas de fontes de poluição do ar.
Custo de resfriamento pode ficar muito caro.
Biofiltração
O processo de biofiltração é similar a um lodo ativado, pois microorganismos oxidam
os compostos orgânicos a CO2 e H2O. A principal diferença é que no biofiltro os
microorganismos estão imobilizados no material filtrante ou de empacotamento,
enquanto que no lodo ativado os microorganismos estão dispersos na suspensão
líquida.
A biofiltração é frequentemente de alta eficiência e baixo custo comparada com outras
técnicas de controle de poluentes atmosféricos. Tem sido largamente empregada com
sucesso na remoção de VOCs.
136 SENAI
Controle Ambiental
Usos
controle de VOCs, H2S, NH3
Vantagens
processo natural, seguro e de ambientalmente correto;
possui baixo custo de operação;
tecnologia simples com baixo custo de manutenção e operação;
Desvantagens
Pouca eficiência na remoção de gases com altas concentrações de poluentes;
os microorganismos estão sujeitos a cargas tóxicas de componente químicos;
tempo de aclimatação dos microorganismos no início da operação do biofiltro;
necessário um tempo de residência ou retenção longo;
pouco conhecido e difundido industrialmente.
SENAI 137
Controle Ambiental
Seleção de equipamentos de
controle de poluição do ar
Fatores Envolvidos
Os fatores envolvidos na escolha de um equipamento de controle técnica e
economicamente viável são:
Caracterização do Problema
• Identificação da Fonte Emissora
• Tipo de Poluente
• Quantidade emitida, através de: balanço material, fatores de emissão, amostragem
em chaminé
SENAI 139
Controle Ambiental
• Características da lndústria
• Condições meteorológicas da região
• Localização em relação à áreas residenciais, parques, áreas verdes em geral outras
indústrias mais sensíveis à poluição.
• disponibilidade de insumos (água, energia elétrica e combustíveis)
• Área disponível para implantação do sistema de controle
• Disposição de resíduos
• Necessidades de recuperação de calor
140 SENAI
Controle Ambiental
• odor
• natureza das reclamações
• Grau de Controle Requerido
• Exigências legais
• padrão de emissão
• padrão de qualidade do ar padrão de condicionamento e projeto eficiência
requerida
• exigências da comunidade condições previsíveis para o futuro exigências quanto à
disposição de resíduos
• Possíveis Soluções
• Métodos Indiretos
• impedir a geração de poluente
• diminuir a quantidade gerada
• diluição através de chaminé alta
• adequada localização da fonte
• Métodos Diretos
• ciclones
• multiciclones
• lavadores
• lavador venturi
• filtro de tecido
• precipitadores eletrostáticos
• absorvedores
• adsorvedores
• incineradores de gases
• condensadores
SENAI 141
Controle Ambiental
142 SENAI
Controle Ambiental
• preparação do local;
• teste inicial do sistema;
• do sistema de disposição do material coletado;
• projetos e administração da obra.
SENAI 143