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Empreendimento pretendido
Realocação de
Alteração na paisagem
aglomerados humanos
Ambiente
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ambiente
Fonte: Elaborada pelo autor.
Assoreamento
Inundações
de cursos d’água
Empreendimento pretendido
Ambiente impactado
Nesse contexto, os impactos cumulativos começaram a ser mais estudados nos anos de
1980, como comenta Oliveira (2008), discutindo de que forma eles poderiam ser pesquisa-
dos, avaliados e mitigados.
Em encontros internacionais, diversos pesquisadores debatiam de formas variadas uma
definição para impactos cumulativos e, a partir dos anos 90, uma definição consensual foi anun-
ciada, conforme cita Oliveira (2008, p. 76), em que impactos cumulativos são, de forma geral, “o
resultado líquido de impactos ambientais de diversos projetos e atividades”.
Para Oliveira (2008), impactos cumulativos devem ter uma metodologia baseada nos
sistemas ambientais, de modo a compreender de forma causal as respostas dos fatores am-
bientais às perturbações geradas, direta ou indiretamente, pelas atividades humanas, con-
siderando sua resiliência, sua complexidade organizacional, uma escala temporal (passado,
presente e futuro), entre outros.
A definição mais detalhada e, de maneira geral, adotada por diversos países, deu-se
pela Política Nacional Americana de Meio Ambiente (Nepa), por meio da norma CEQ 40
CFR 1500, na seção 1508. Definiu-se impacto cumulativo como:
[...] o impacto sobre o meio ambiente que resulta do impacto incremental da
ação quando adicionado a outro passado, o presente e as futuras ações razoa-
velmente previsíveis, independentemente da agência (federal ou não) ou pessoa
que exerça essas outras ações. Os impactos cumulativos podem resultar de ações
individualmente menores mas coletivamente significativas que ocorrem durante
um período de tempo. (NEPA, 1969, tradução nossa)
Somada a essa definição, Oliveira (2008) também traz uma discussão mais abrangente,
em que também ocorrem efeitos cumulativos e consequências para fatores culturais e so-
cioeconômicos, resultantes dos impactos físicos e biológicos, e que devem ser incorporados
nos estudos e nas medidas de mitigação do dano ambiental.
No contexto jurídico brasileiro, os impactos cumulativos estão descritos e têm traçadas
suas diretrizes para estudos e avaliação na Resolução 001/86 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), em seu artigo 6°, inciso II, que diz:
Art. 6° - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes
atividades técnicas:
[...]
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de
identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prová-
veis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (bené-
ficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporá-
rios e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e
sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais. (CONAMA, 1986)
Com base nessas definições, o processo de identificação de impactos ambientais deve ser
desenvolvido a partir da análise dos aspectos da atividade e dos fatores ambientais impactá-
veis diagnosticados para a área de estudo a longo prazo, incluindo seus efeitos cumulativos.
EP 01: LR
EP 02: LR
EP 03: LR
EP 04: LR
EP 05: LR
EP 06: LR
Curso do rio
Legenda:
EP = Empreendimento
LR = Lançamento de resíduos
LC = Empreendimento licenciado
IAC = Impacto ambiental cumulativo
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Risco ambiental é definido, por analogia com a norma NP 4397 de 2001, como
uma “combinação da probabilidade e da severidade do dano causado em
consequência da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso”.
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