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Recursos Hídricos

Aluno(a): Maria Jose coelho da rosa Data: 09 / 11 / 2022

Atividadede Pesquisa NOTA:

ORIENTAÇÕES:
Ler atentamente as instruções contidas no documento é de fundamental importância na realização da avaliação.
Para esta atividade o aluno poderá utilizar-se das ferramentas de pesquisas como: internet, artigos científicos, manuais técnicos, liv
Preencha todos os dados referente a sua identificação como: nome completo, data de entrega.
As respostas poderão ser de escritas forma manual e/ou digitadas abaixo de cada pergunta.
Ao terminar a avaliação o arquivo deverá ser salvo com o nome: "Avaliação de Pesquisa" (nome do aluno).
Envie o arquivo pelo sistema em formato digital em pdf ou word.
Bons Estudos!

1. Com base no que foi estudado neste capítulo, crie um fluxograma simplificado, apresentando as
principais etapas do ciclo hidrológico, isto é, as diferentes fases e os reservatórios em que a
água pode ser encontrada em nosso planeta.

2. Com a crescente urbanização, muitas áreas verdes vêm sendo substituídas por
construções,pavimentações e estradas. Reflita e responda: Como a urbanização e o aumento de
áreas construídas podem interferir no ciclo hidrológico?
Resposta: A urbanização de forma desordenada, sem diretrizes de ocupação, impacta
gravemente no ciclo hidrológico, pois causa drásticas alterações na drenagem, elevando a
possibilidade de ocorrência de enchentes e deslizamentos, impondo riscos à saúde e à vida
humana.
3. O Brasil, apesar de ser a sexta maior economia mundial, ainda apresenta problemas sociais
graves, como a ausência de coleta e tratamento de esgoto doméstico em grande parte de seus
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municípios. Com base no que foi visto neste capítulo, pesquise e responda: Há um sistema de
coleta e tratamento de esgotos em sua região? Caso contrário, quais os impactos que podem
ser observados decorrentes da ausência desse sistema?

Resposta: SAAE
O SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto é uma Autarquia Municipal, criada pela Lei
Municipal 536/69, conveniada com a FUNASA, que presta serviços de saneamento básico:
tratamento e distribuição de água, coleta, tratamento e destinação final de esgoto sanitário;
fornecendo atendimento para a população do Município de Itapemirim e de Marataízes – ES.

4. Escolha uma atividade industrial (exemplos: têxtil, alimentícia, petrolífera etc.) e esbocem
fluxograma indicando as entradas e saídas de água durante as etapas de produção.

5. Reflita sobre os fundamentos do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) discutidos neste
capítulo e responda: Em sua opinião, a gestão atual de águas no Brasil está de acordo com os
fundamentos estabelecidos na PNRH? Por quê?

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O Brasil, embora possua um sistema de gestão dos recursos hídricos com alguma maturidade (mais de
20 anos de promulgação da Lei das Águas), ainda se depara com grandes desafios no que concerne
aos domínios de águas no país.
A realidade da questão hídrica no país é extremamente heterogênea.

Num rápido balanço, é possível dizer que a região Norte do país possui grande abundância deste
recurso, ao mesmo tempo em que apresenta os maiores índices de perda na distribuição de água
tratada. Mesmo a abundância é relativa, uma vez que a região já enfrentou períodos críticos de baixa
precipitação, com impactos para toda a sociedade local.

Na região Nordeste, além dos baixos índices pluviométricos, a baixa qualidade da água coloca a região
em uma situação crítica de segurança hídrica. A região Central do país foi uma das que sofreu com
situação mais recente de escassez hídrica, após um longo período com chuvas bem abaixo dos níveis
registrados historicamente nos pluviômetros.

Nas grandes metrópoles do Sudeste e Sul, a qualidade da água e condição sanitária dos ambientes
aquáticos é ponto crítico que afeta o abastecimento e o bem-estar da população. Também no Sudeste
houve período recente de escassez, com constrangimento do abastecimento na maior região
metropolitana do país.

Diante deste quadro, os desafios da gestão das águas incluem (i) incorporar a heterogeneidade de
soluções demandadas em um país de escala continental, num contexto ainda problemático em
termos, por exemplo, de saneamento básico; (ii) garantir a efetividade dos mecanismos de
fiscalização e governança existentes e (iii) assegurar a tomada de decisão com base em conhecimento
técnico-científico.

6. Pesquise e responda: Seu município apresenta sistema de coleta e tratamento de esgotos


domésticos? Em caso afirmativo, descreva os tipos de tratamento que são levados a efeito em
suas instalações (presença de gradeamento,desarenador, tipo de tratamento secundário,
existência de tratamento terciário etc.).

Coleta de Esgotos:

Nos imóveis residenciais, comerciais ou nas indústrias existem ligações com diâmetro pequeno que
são ligados as redes coletoras que se encontram abaixo das ruas. Tais redes são conectadas ao
coletor-tronco que por sua vez serão ligados a interceptores que levarão o esgoto para uma ETE. Após
o tratamento a água é descartada em rios através de emissários.

– Tratamento de Esgoto:
Geralmente a própria natureza possui a capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos
rios, lagos e no mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande quantidade,
exigindo assim, um tratamento mais eficaz o qual ocorre em uma Estação de Tratamento de Esgoto
(E.T.E.) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais rápida.

O tratamento consiste na remoção de poluentes do esgoto. O método a ser utilizado depende das
características físicas, químicas e biológicas do efluente.

Sistemas utilizados em nossa cidade:

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– Aeróbio: tanques de aeração e filtro biológico, onde a matéria orgânica sempre receberá oxigênio
para o desenvolvimento de microorganismos que degradarão os compostos orgânico presentes no
esgoto.
– Anaeróbio: lagoas, onde se desenvolverão microorganismos que não necessitam de oxigênio para
seu desenvolvimento. Os processos para tratamento de esgotos geralmente são estritamente
biológicos.

7. As usinas hidrelétricas são uma forma renovável de gerar energia, fazendo uso de um recurso
natural abundante na superfície do planeta: a água. Para isso, é necessário que haja uma vazão
de escoamento elevada, a ser transportada por condutos reduzidos até o sistema de geração.
De forma simplificada, explique o processo degeração da hidroeletricidade, justificando a
necessidade, em alguns casos, de um reservatório de água a montante do sistema de geração
de energia.

Energia hidrelétrica é o nome que se dá à eletricidade obtida por meio da força da água. As usinas
geradoras desse tipo de energia são chamadas de hidrelétricas.

Atualmente a energia hidrelétrica representa 16% da energia gerada em todo o planeta, conforme
indicam os dados da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), representando a terceira
fonte mais utilizada para a produção energética no mundo. Ela fica atrás somente do carvão e do gás
natural.

Já no Brasil a hidrelétrica consiste na principal forma de energia que abastece as residências,


indústrias e estabelecimentos, e responde por 67% da eletricidade gerada no país. Os dados
atualizados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A energia hidrelétrica é o produto final da transformação da energia da água em movimento


(energia cinética). Todo esse processo acontece normalmente por meio de um conjunto de estruturas
que integram as usinas hidrelétricas, mais precisamente os equipamentos que ficam na casa de força:
as turbinas e o gerador.

Os reservatórios das usinas são responsáveis pelo armazenamento de uma vasta quantidade de água, 
a qual detém o que se chama de energia potencial gravitacional. A partir do momento em que essa
água deixa o reservatório, ela entra em alta velocidade na casa de força e realiza a movimentação das
pás que formam as turbinas, convertendo assim a energia potencial em energia cinética.

O movimento das turbinas aciona os geradores, responsáveis pela transformação da energia cinética
em energia elétrica. A água que passou por todos esses processos é redirecionada para o rio através
do escoadouro, enquanto a hidreletricidade é conduzida para a rede de distribuição, responsável pela
transmissão ao consumidor final (casas, estabelecimentos comerciais, indústrias etc.).

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8. As alterações climáticas têm ocasionado grandes impactos ao meio ambiente, principalmente
nos corpos hídricos que dependem do equilíbrio do ciclo hidrológico para sua manutenção.
Elabore uma lista apresentando os principais impactos ocasionados aos ambientes aquáticos
devido às modificações do clima no planeta e como esses efeitos danosos podem ser
minimizados.

Impactos nos ecossistemas aquáticos

Os ecossistemas aquáticos são altamente influenciados pelas atividades humanas, seja no próprio
ambiente aquático, seja no ambiente terrestre, a seguir destacaremos os principais impactos
atrelados:

 Desmatamento: Ocasiona a perda da área de proteção entre o ambiente aquático e o


continente. O que reduz por exemplo, a capacidade de suavizar o impacto das ondas nas
praias, além de restringir as áreas de reprodução da fauna marinha, como no caso dos
mangues.

Quais são os prejuízos causados pelo desmatamento?

O desmatamento ocasiona a perda da biodiversidade, de habitats e o aumento da entrada de


sedimentos nos rios, lagos e lagoas – ao se retirar a mata ciliar, principal faixa de vegetação de
proteção. Além disso, possibilita maior entrada de resíduos e contaminantes. Nas zonas marinhas, as
faixas de mangue e restinga, tem função similar de proteção da costa.

 Mineração: Atividades de mineração sem o devido manejo e gestão de impactos, podem


causar sérios danos de contaminação, produzindo alterações físicas e químicas na área.
Como um exemplo, vale citar a extração de ouro, que pode ocasionar acúmulo de mercúrio
no ambiente.
 Construção de rodovias e ferrovias: Sem o devido planejamento e compensação, pode
levar a perda de áreas alagadas, redução de vegetação nativa e alterações nos ambientes
aquáticos.
 Despejo de material residual: Impacta diretamente o ecossistema aquático ao se despejar
resíduos orgânicos e inorgânicos, poluentes não tratados e materiais provenientes de
atividades agrícolas, industriais e domésticas.

Paisagem oceano, embarcações e vegetação do entorno.


 Introdução de espécies exóticas: A introdução de espécies exóticas de plantas, peixes e
outros organismos, pode produzir um profundo impacto nos ecossistemas aquáticos.

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Qual o impacto das espécies exóticas invasoras?

As espécies exóticas invasoras não possuem predadores naturais naquele ecossistema que foram
inseridas, tendo uma maior facilidade de se reproduzir e expandir sua distribuição territorial,
alterando toda uma cadeia alimentar e podendo levar a extinção de espécies nativas. Um exemplo é
o peixe tucunaré, originário da bacia Amazônia, que atualmente é encontrado em outros estados,
como São Paulo e Minas Gerais.

 Remoção de espécies críticas: A retirada de espécies nativas essenciais para aquele


ambiente é um outro fator de impacto, seja devido a pesca exaustiva, caça ou poluição da
água. A remoção das espécies causa todo um desequilíbrio de fonte de alimento, ambiente
de uso para reprodução e proteção.
 Construção de reservatórios: A construção de reservatórios sem a devida gestão e
planejamento, pode levar a alterações significativas no ambiente, sejam elas quantitativas
ou qualitativas.

Consequências dos impactos para a conservação dos ecossistemas aquáticos

Os impactos descritos, geram consequências de curto, médio e longo prazo naquele ecossistema, a
seguir veremos alguns exemplos desta ocorrência.

 Eutrofização: A palavra deriva do grego eutrophos, que significa bem nutrido, pois se trata
de um processo de aumento expressivo de nutrientes no corpo hídrico (rios, lagos, lagoas),
especialmente de fósforo e nitrogênio, que por consequência, causa o surgimento
descontrolado de algas e cianobactérias.

Recuperação de ecossistemas aquáticos

A recuperação de lagos, represas, rios e áreas alagadas demanda um conjunto de ações integradas
que as áreas próximas na bacia hidrográfica, o ecossistema aquático e seus componentes – físicos,
químicos e biológicos. Esta recuperação tem as seguintes etapas definidas:

 Diagnóstico inicial: Para analisar o estágio de contaminação ou degradação do ecossistema;


 Diagnóstico dos custos e perdas envolvidas: Envolve a avaliação das alternativas para a
recuperação e custos de mitigação.

Cada local de recuperação se diferencia conforme região do entorno, ambiente e características


particulares, sendo essencial um diagnóstico específico para cada caso.

Alguns exemplos de represas urbanas são:

 Lago Paranoá;
 Represa Pampulha;
 Represa Jundiaí.

9. A riqueza e a diversidade das espécies aquáticas são patrimônios da humanidade e devem ser
preservadas para o benefício das futuras gerações. Muitas dessas espécies,denominadas
endêmicas, são encontradas apenas em ambientes específicos, oque torna ainda mais

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prejudicial os impactos sobre os seus habitats, ocasionados, em grande parte, pela ação
humana. Nesta atividade você deve escolher um corpo hídrico do seu estado, pesquisar sobre
ele e apresentar um exemplo de espécie endêmica desse ambiente, ou, na ausência desta, uma
espécie típica, isto é, aquela encontrada com elevada frequência no local. Discuta, também,
como essa espécie pode estar em risco devido às atividades antrópicas.

Pescadores do Litoral Sul do Espírito Santo reclamam da falta do tradicional peixe capixaba, o peroá. De
acordo com pescadores da região de Marataízes, a falta do peixe prejudica a economia do município
porque para atender os turistas, os profissionais compram a espécie de outros estados, o que encarece o
preço. Segundo o presidente da Federação das Associações de Pescadores do estado, a espécie começou a
desaparecer após o início da pesquisa sísmica de petróleo na costa capixaba. Mas, de acordo com o biólogo
capixaba Renato Paz Moure , só uma análise local pode identificar com precisão as causas do fato.
No porto do município, os barcos atracados denunciam o desânimo dos pescadores, que estão sem
trabalhar. Pescador há 39 anos, Ismael Matias disse nunca viu uma situação como essa. "Não tem peroá. A
gente sai aqui e não paga nem o óleo que a gente gasta", contou. Já outro pescador, Floriano Silva, disse
que o peroá está desaparecendo do litoral capixaba devido à pesca feita por barcos de grande porte. "Eles
cercam aqueles cardumes e pegam mitos peixes que não servem para eles", disse.

10. A demanda de água na agricultura e na pecuária é bastante elevada, o que as torna atividades
altamente impactantes para o uso sustentável desse recurso. Apesar disso,é fundamental que
haja irrigação em culturas agrícolas, para que se obtenha uma produção condizente à demanda
mundial atual por alimentos. Dessa forma, pesquise e apresente formas ou tecnologias de
irrigação que sejam menos impactantes e capazes de proporcionar um uso mais consciente dos
recursos hídricos.

No país, cerca de 72% de todo o consumo é realizado por sistemas de irrigação na agricultura, um número
um pouco acima da média global (70%), mas muito abaixo da média dos países subdesenvolvidos (82%).
Por isso, se adotadas medidas para a economia de água na irrigação, a preservação dos recursos hídricos
poderá perpetuar-se com maior facilidade.
Umas das formas de reduzir o gasto de água na agricultura é a adoção de métodos de irrigação
voltados para isso, dos quais o mais conhecido é a irrigação por gotejamento. Trata-se de um tipo de
irrigação em que, tal como o próprio nome sugere, a distribuição da água sobre a plantação é feita
pelo derramamento de algumas gotas, que são suficientes para o atendimento das necessidades da
plantação.

No sistema de gotejamento, a água corre por meio de tubos de polietileno sob pressão, de modo a se
dirigir diretamente à raiz da planta, tendo um nível de aproveitamento de cerca de 95%. Com essa
técnica, o desperdício de água em razão da evaporação ou pelo uso desmedido é praticamente nulo,
o que ajuda a manter a produtividade das lavouras de maneira sustentável, ao menos sob o viés

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hídrico. Além disso, o impacto sobre os solos é mínimo, pois não há escoamento superficial da água e
o nem impacto da queda no chão.

Ainda existem outros sistemas de irrigação localizada, realizados próximo ao solo, que também
permitem a economia de água, embora não tanto quanto a técnica do gotejamento. Um deles é
a microaspersão, em que pequenos microaspersores de água são posicionados para distribuir água
por um espaço próximo. Existem modelos que também permitem o uso em áreas maiores, embora o
gasto seja inevitavelmente maior.

Além disso, o uso da tecnologia também pode favorecer a economia de água na agricultura. Em vários
casos, programas de computadores são elaborados para fornecer informações sobre a umidade dos
solos e do ar, a temperatura, entre outros fatores. Assim, consegue-se calcular mais precisamente a
quantidade de água a ser utilizada na irrigação, o que diminui consideravelmente o desperdício.

Portanto, podemos perceber que existem diversas formas de economizar água na irrigação, o que
pode ser importante para a preservação dos recursos hídricos tanto regionalmente quanto em termos
globais. Estudos realizados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
revelam que uma economia de 10% na irrigação seria o suficiente para abastecer por duas vezes a
população mundial.

Por Me. Rodolfo Alves Pena

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