1. Quando se pode considerar que o processo de gestão tem seu início e quem é o agente transformador?
Tem seu início quando se promovem adaptações ou modificações no ambiente
natural, de forma a adaptá‐lo às necessidades individuais ou coletivas, gerando, dessa maneira, o ambiente urbano nas suas mais diversas variedades de conformação e escala.
Nesse aspecto, o elemento humano é o grande agente transformador do ambiente
natural.
2. O que pode reduzir o impacto do ambiente urbano?
A maneira como se “gere” a utilização dos recursos do ambiente natural é um fator
que acentua ou minimiza os impactos.
3. Considerando a gestão urbana de um município, quais são as partes que o
compõe que devemos considerar para a elaboração dos planos de gestão?
No caso do município, considerando o meio urbano e suas atividades e usos do solo,
pode‐se falar em circulação, trabalho, habitação, lazer, saneamento, subdividindo‐se essas funções em “partes específicas”, as quais exigem, para que recebam algum tipo de intervenção, planos, programas e projetos.
4. Quando falamos de saneamento, quais as partes que o constituem?
No caso do saneamento, pode‐se subdividi‐lo, por exemplo, em “partes
constituintes” que envolvem abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública, controle da poluição ambiental – água, ar, solo, ruído –, controle de vetores de importância para a saúde pública, além do saneamento de edificações – habitação, locais de trabalho e de recreação –, entre outros.
5. Apresente o conceito de saneamento e quais são as atividades previstas pelo
saneamento? O conceito de saneamento pode ser entendido como o controle dos fatores do meio físico do homem, meio esse que pode exercer um efeito deletério sobre o seu bem‐ estar físico, mental e social, ou seja, sobre sua saúde (WHO, 1997). As atividades previstas pelo saneamento compreendem o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a drenagem urbana, a coleta e destinação final dos resíduos sólidos, o controle de vetores e de reservatórios de doenças transmissíveis, o saneamento da habitação, a educação em saúde pública e ambiental, o controle da poluição ambiental, o saneamento dos alimentos, o saneamento de locais de trabalho e recreação, o saneamento em situações de emergência e o saneamento no processo de planejamento territorial, entre outros.
6. Apresente o conceito de meio ambiente e de degradação da qualidade
ambiental:
Em relação ao conceito de meio ambiente, as definições introduzidas pela Lei Federal
n. 6.938/81, criando a Política Nacional de Meio Ambiente, trazem princípios de multidisciplinaridade e mostram o inter-relacionamento existente entre as várias áreas do conhecimento humano. Em seu art. 3°, a Lei define meio ambiente como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Define também degradação da qualidade ambiental como “a alteração adversa das
características do meio ambiente”, e a poluição como
A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem‐estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
7. Quanto aos impactos ambientais algumas mudanças são perceptíveis e
distingue-se em duas escalas. Quais são? Explique-as de forma resumida:
Quando se analisam os impactos ambientais sobre a saúde, entendidos aqui como os
efeitos da apropriação humana sobre a natureza, verifica‐se que é possível distingui‐ los em duas escalas, uma global e outra regional (WHO, 1997). Algumas mudanças ambientais perceptíveis, que estão acontecendo em escala global e têm um aspecto significativamente perigoso para a saúde humana, podem ser destacadas: • O efeito estufa na atmosfera mais baixa, com consequências imprevisíveis para o clima da terra e toda uma teia de relações de causa‐efeito que essa mudança pode ocasionar. • A depleção do ozônio na estratosfera, que pode aumentar as taxas de câncer de pele, a incidência de catarata e acarretar prováveis modificações no sistema imunológico humano; esse fato vem sendo, em parte, revertido, por causa do esforço de várias nações em diminuir o uso do gás CFC. • A perda de biodiversidade, que ocorre em ritmo acelerado, com o desaparecimento de espécies e genes úteis à ciência, promovendo o enfraquecimento de vários ecossistemas e diminuindo a capacidade de sustentação da vida e o provimento de bens e serviços naturais. • A desertificação, a depleção de solo fértil, dos aquíferos, dos estoques pesqueiros, que minam a produtividade dos agroecossistemas, como sistemas de produção agrícola. Muitos dos poluentes químicos, constituídos por agrotóxicos, efluentes industriais e resíduos de características urbanas, possuem efeito global e podem afetar os sistemas neurológico, imunológico e reprodutivo dos seres vivos.
Na escala regional, verificam‐se outras mudanças ambientais que causam impacto
sobre a saúde humana. Convém salientar que existe uma subdivisão associada aos efeitos desses impactos. Os impactos ambientais sobre a saúde podem ser descritos como os riscos tradicionais, associados ao subdesenvolvimento e os riscos modernos, associados ao desenvolvimento não sustentável.
Os riscos tradicionais compreendem: a falta de acesso à água potável; o saneamento
inadequado nas residências e na comunidade; a contaminação dos alimentos com elementos patogênicos; o destino inadequado de resíduos sólidos; os acidentes ocupacionais na agricultura e na indústria, além dos desastres naturais, alguns de influência global. Alguns dos riscos modernos associados ao desenvolvimento não sustentável envolvem: a poluição das águas em áreas populosas, industriais e de agricultura intensiva; a poluição do ar em áreas urbanas e metropolitanas causada por automóveis, termelétricas e indústrias; a acumulação de resíduos sólidos perigosos; os riscos de ameaças químicas e radioativas, perpetradas pela utilização inadequada da ciência e da tecnologia na indústria e na agricultura; a emergência e reemergência de doenças infectocontagiosas por motivos culturais e biofísicos; o desflorestamento, a degradação do solo e outras mudanças ecológicas no plano regional e local com efeitos incontestáveis sobre o microclima local.
8. Quais as atividades e fatores que envolvem a saúde ambiental e qual é a sua
finalidade?
A saúde ambiental envolve também as atividades humanas e os fatores que têm
impacto nas condições socioeconômicas e ambientais, com potencial para aumentar doenças, mortes e lesões, especialmente entre grupos vulneráveis, como populações carentes, mulheres e crianças. Nesse âmbito, a saúde ambiental tem por finalidade prevenir os riscos à saúde, com o controle da exposição humana a agentes físicos, químicos, biológicos, psicossociais e mecânicos