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MEIO AMBIENTE

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o meio ambiente é o conjunto de elementos
físicos, químicos, biológicos e sociais que podem causar efeitos diretos ou indiretos sobre
os seres vivos e as atividades humanas. O meio ambiente é o conjunto de unidades
ecológicas que funcionam como um sistema natural. Assim, o meio ambiente é composto
por toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera. Também fazem
parte do meio ambiente os recursos naturais, como a água e o ar e os fenômenos físicos do
clima, como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo.

De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal, “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações”.

São preocupantes as ações humanas em relação ao meio ambiente, no entanto existem


outras formas de degradação, sendo estas “naturais”. Para Louzada (2013), a degradação
ambiental não é originada apenas pelo homem, pela ação antrópica, ela reforça a ideia ao
dizer que com o contato antrópico a degradação é mais preocupante, mas que, também
pode ser originada por processos e fenômenos naturais. Embora possa ser causada por
efeitos naturais, a forma de degradação que mais preocupa governos e sociedades é
aquela causada pela ação antrópica, que pode e deve ser regulamentada.

A atividade humana gera impactos ambientais que repercutem nos meios físico-biológicos e
socioeconômicos, afetando os recursos naturais e a saúde humana, podendo causar
desequilíbrios ambientais no ar, nas águas, no solo e no meio sociocultural. Algumas das
formas mais conhecidas de degradação ambiental são: a desestruturação física (erosão, no
caso de solos), a poluição e a contaminação. (LOUZADA, 2013, p. 6).

IMPACTO AMBIENTAL DA MODA

Dentre muitos autores que compartilham estudos acerca de impactos ambientais e de


degradação ambiental, Meneguzzo e Chaicouski (2010, p.184), afirmam que “existem
inúmeros conceitos de degradação, impacto ambiental e conservação da natureza na
literatura nacional e internacional, porém, os mesmos devem ser vistos e aplicados pela
sociedade à luz das leis ambientais vigentes.”.

Para Louzada (2013), compreendem-se por degradação, as alterações e os desequilíbrios


originados no meio ambiente que acabam por prejudicar os seres vivos, impedindo dessa
forma, os processos vitais existentes antes dessas alterações. Se o assunto é moda e
sustentabilidade, o primeiro tema discutido é o impacto da indústria têxtil na moda, tendo
em vista que essa é um dos dos setores mais responsáveis pela emissão de poluentes no
planeta.

Quando se trata da indústria da moda, a indústria têxtil, antigamente se afirmava que as


matérias primas naturais (GWILT, 2011) causavam menor impacto ambiental que as
sintéticas, por serem renováveis e não emitirem tanta poluição durante o processo produtivo
quanto as sintéticas. Atualmente as matérias primas naturais, assim como as sintéticas, têm
intervenção direta do homem, seja através de químicos durante o processo, seja através da
dispersão de água ao longo do processo.

Segundo Ruthschilling, todas as fases do ciclo de vida podem resultar em algum tipo de
poluição, desde a exploração da matéria-prima, da alteração da mesma na fabricação do
produto e de seu transporte, de seu uso e descarte no lixo, podendo esse ser tratado ou
não. Várias fontes de poluição podem surgir ao longo de uma atividade industrial (resíduos
químicos, resíduos de areias usadas e de pintura, de escórias e refugos, e produtos
descartados em geral).

SUSTENTABILIDADE NA MODA

Segundo Brundtland o desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as


necessidades dos presentes sem comprometer as habilidades das gerações futuras de
satisfazerem suas próprias necessidades. Deve existir um equilíbrio entre as esferas
econômicas, sociais e ecológicas para que um produto possa ser considerado sustentável.

A indústria da moda e do vestuário é responsável por uma parcela considerável na geração


de emprego no cenário mundial, em 2012 era considerada por Berlin a terceira atividade
econômica em termos de geração de renda e movimentações financeiras, em contrapartida
é uma das indústrias que mais gera lixo no planeta.

Além do descaso com a consciência ambiental na dispersão de lixo, existem inúmeras


marcas de moda que seguem o ritmo da fast fashion, caracterizada por ser uma moda
efêmera, de mudanças rápidas, seguindo as tendências de moda, em alta escala produtiva,
focada no consumo de massa, com roupas de baixa qualidade, em sua maioria produzidas
com trabalho escravo ou outro tipo de inconformidade. Consequentemente, as roupas são
descartadas porque não têm durabilidade e por estarem “fora da moda”.

Contrário ao fast fashion foi criado o que é slow fashion, que trabalha com a produção de
menor impacto ambiental possível, derivado do slow design, que tem como foco as
pessoas, tendo em vista que a produção comercial é colocada em segundo plano. Busca
focar-se no local, além de se preocupar com benefícios e transformações socioculturais e
ambientais com vistas à democratização do design com mudanças comportamentais na
criação de novos modelos econômicos, de negócios e oportunidades (ANICET, 2011).

Referências sobre moda ecológica começam a surgir com maior frequência em revistas de
moda, apesar de serem de forma superficial e em poucas páginas. Assistimos hoje o
processo de transição para a conscientização dos consumidores e a prática sustentável dos
designers, que precisam modificar os processos de projetação, incluindo o DNA sustentável
desde o início do projeto. O que se verifica é que a sustentabilidade ainda é pensada como
um fator extra o qual os designers podem considerar depois.

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