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Elias Silva
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
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TECHNICAL REPORT:
75 PERGUNTAS E RESPECTIVAS
RESPOSTAS SOBRE AVALIAÇÃO DE
IMPACTOS AMBIENTAIS
Com base no exposto, percebe-se que o conceito de meio ambiente só tem sentido se
existir uma forma de vida para ser contextualizada, seja microbiana, vegetal ou
animal (inclui o ser humano), por conta de mencionar que o conjunto de condições,
leis, influências e interações de várias naturezas deve permiti-la, abrigá-la e regê-la.
Assim, subentende-se a sua conotação filosófica, qual seja, só há meio ambiente
porque há vida e vice-versa. Outro ponto importante é que muitas pessoas imaginam
que o meio ambiente está restrito ao nosso planeta, o que não é verdade. Por
exemplo, o sol é um corpo extraterrestre e influencia a vida na Terra ao emitir
radiação eletromagnética, a qual é usada pelos vegetais para fazer fotossíntese.
Desse modo, é óbvio que faz parte do mencionado conjunto de condições, leis,
influências e interações desse tipo de organismo, no caso pela ação da radiação
eletromagnética, que é sabidamente de natureza física. Enfim, com um pouco mais
de perspicácia, não fica difícil perceber que o conceito de meio ambiente se confunde
com o de Universo.
2) Como o conceito de meio ambiente pode ser entendido de uma forma mais
prática?
A menção às atividades humanas não deixa dúvidas que, para ser entendido como
impacto ambiental, será necessária a ação antrópica, seja por meio de matéria e, ou
energia. Portanto, alterações do meio ambiente causadas por fenômenos naturais
(terremotos, maremotos, erupções vulcânicas etc.) não geram impactos ambientais.
É óbvio que não se desconhecem suas consequências, mas no rigor conceitual não
são considerados impactos ambientais.
Sem dúvida que sim, conforme texto original da Lei Federal Nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981, a qual instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente no Brasil (PNMA),
acrescidos de outros por dispositivos legais posteriores. Além da avaliação de
impactos ambientais, são exemplos: o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental; o zoneamento ambiental; o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras; os incentivos à produção e instalação de
equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da
qualidade ambiental; a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo
Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental,
de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; o sistema nacional de
informações sobre o meio ambiente; o Cadastro Técnico Federal de Atividades e
Instrumentos de Defesa Ambiental; as penalidades disciplinares ou compensatórias
ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da
degradação ambiental; a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente,
a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA; a garantia da prestação de informações relativas
ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando
inexistentes; o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras
e/ou utilizadoras dos recursos ambientais; e os instrumentos econômicos, como
concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.
14) No Brasil, quais são as normas a serem seguidas para se fazer a avaliação de
impactos ambientais de um determinado empreendimento impactante?
O SISNAMA é uma sigla que significa Sistema Nacional do Meio Ambiente. Foi
instituído por nossa Política Nacional do Meio Ambiente, isto é, pela Lei Federal
6.938, de 31 de agosto de 1981. Está assim constituído: órgão Superior (Conselho de
Governo); órgão Consultivo e Deliberativo (CONAMA - Conselho Nacional do
Meio Ambiente); órgão Central (Ministério do Meio Ambiente); órgão Executor
(IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis e ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade);
órgãos Seccionais (órgãos ou entidades da administração pública federal direta e
indireta e as fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam
associadas às de proteção da qualidade ambiental); e órgãos Locais (órgãos
municipais responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades impactantes).
17) A avaliação de impactos ambientais no Brasil se dá apenas em nível federal?
Não, ela pode se dar também em nível municipal e estadual, a depender de certas
características dos empreendimentos, tais como tipo, porte, localização, vida útil,
entre outras. Algumas são de exclusiva autorização pelo ente federativo (da União),
como é o caso de instalações nucleares, ainda que todas as partes sejam devidamente
ouvidas. Por outro lado, quando dois ou mais municípios forem afetados
diretamente, então a decisão caberá à unidade federativa onde se situam, sem
prejuízo de se ouvir a estes. O mesmo raciocínio vale para o caso de envolver duas
ou mais unidades federativas, o que implica dizer que a decisão caberá à União, mas
todos terão a oportunidade de proceder às análises que entenderem cabíveis. Na
medida do possível, quando houver o envolvimento de mais de um munícipio ou
unidade federativa, tal como descrito anteriormente, deve-se procurar ações
integradas, a fim de agilizar o processo de avaliação de impactos ambientais.
De modo geral não. A não ser que o empreendimento seja considerado como de
pequeno potencial transformador do meio ambiente, situação que requererá apenas
uma Licença Ambiental Simplificada (LAS) ou de nível equivalente. Mesmo assim,
ela terá um determinado prazo de validade, podendo ser renovada ou não, conforme
entendimento do órgão que a concedeu, após as verificações (fiscalizações) que
entender cabíveis. O mais comum é receber as licenças dentro de um processo, que
inclui primeiramente a obtenção da Licença Prévia (PP), depois a Licença de
Instalação (LI) e, por fim, a Licença de Operação (LO), conforme detalhamento
que consta da resposta à pergunta de número 22.
22) Quais são os tipos de licenças ambientais outorgadas no Brasil com as suas
respectivas características?
Está globalizada, até pelo fato de que a economia mundial assim se caracteriza.
Como se pode imaginar, é evidente que se encontra melhor estruturada em países
desenvolvidos. No entanto, mesmo em países em desenvolvimento ou
subdesenvolvidos há algum tipo de instrumento legal que impõe a necessidade de se
proceder à avaliação de impactos ambientais de certos tipos de empreendimentos.
Tanto é verdade, que na sequência seguem exemplos do ano de promulgação - em
várias partes do Mundo - de algum dispositivo legal vinculado ao tema avaliação de
impactos ambientais. Primeiro Mundo: Estados Unidos da América (1920), Canadá
(1973), França (1976) e Holanda (1987). Outros países: Colômbia (1974), Brasil
(1981), México (1982) e Bolívia (1992).
Não, ela se justifica por quatro perspectivas, quais sejam, a legal, a ecológica
(ambiental), a econômica e a ética.
A forma econômica pode ser melhor percebida, quando se considera que o processo
de avaliação de impactos ambientais preconiza a adoção de medidas ambientais
preventivas, que sabidamente apresentam custos significativamente inferiores às
medidas de cunho corretivo, ou seja, que são adotadas após o surgimento do
problema. Desse modo, são privilegiadas aquelas alternativas que contemplem uma
maior possibilidade de adoção de medidas ambientais preventivas.
Não, ela pode ser usada também para produzir conhecimentos no campo acadêmico,
na forma de dissertações, teses, ente outros tipos de estudos científicos. Porém, o seu
uso mais comum é para verificar se determinado empreendimento impactante tem
viabilidade ambiental, a partir da consideração de suas alternativas tecnológicas e
locacionais, incluindo-se a hipótese de não o fazer.
Nada impede que organizações privadas também usem o processo de AAE dentro
de suas rotinas ambientais. O importante é entender que ela trata de conjunto de
ações, daí a sua maior complexidade se comparada à avaliação de impactos
ambientais tradicional, a qual foca num único projeto.
Depende daquilo que ficou estabelecido no Termo de Referência emitido pelo órgão
público licenciador. Todavia, para casos que envolvam maior capacidade
modificadora do meio ambiente, o Estudo de Impacto Ambiental deve atender aos
seguintes itens sequenciais: Informações Gerais e Descrição do Empreendimento
Impactante; Descrição da Área de Abrangência Direta e Indireta do
Empreendimento; Diagnóstico Ambiental (Meios Físico, Biótico e Antrópico);
Análise dos Impactos Ambientais (Identificação, Cálculo da Magnitude e
Interpretação da Importância e Classificação Qualitativa e Quantitativa de
Impactos); Ações Mitigadoras e Potencializadoras dos Impactos Ambientais
Negativos e Positivos, bem como a Definição de Medidas Compensatórias; e
Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos Ambientais.
Não, ainda que em alguns Estudos de Impacto Ambiental se faça esse tipo de
confusão. As medidas mitigadoras são específicas para os impactos ambientais
negativos, enquanto as potencializadoras visam o impacto ambiental positivo. Desse
modo, deve ficar claro que atendem consequências advindas diretamente do
empreendimento impactante sob análise. Em outros termos, atendem consequências
que resultam do próprio empreendimento, ou seja, dos seus impactos ambientais
negativos ou positivos. Após essa providência, busca-se dar uma compensação às
comunidades direta ou indiretamente afetadas pelo empreendimento impactante, de
modo a atendê-las em situações que não foram causadas pelo empreendimento, mas
que se julgam relevantes sob a perspectiva social, como por exemplo, ao cascalhar
as estradas vicinais da região, ao reformar escolas públicas, entre outras ações. É
por meio das ações compensatórias que o empreendedor consegue se aproximar dos
atores sociais da região, de modo a ter uma boa convivência, que é sabidamente
salutar a todos.
- os custos das ações: levar em consideração algumas rubricas básicas, tais como
Material Permanente (veículos, computadores, móveis etc.); Material de Consumo
(combustível, papel para impressão etc.); Pessoal (diárias, salários e encargos
trabalhistas, pró-labores etc.); Serviços de Terceiros (editoração, exames
laboratoriais, cópias xerox etc.); e Outros – tudo o que não couber nas rubricas
anteriores.
42) Quais são os dois atributos principais dos impactos ambientais?
44) Quais são os três atores socias chaves (clássicos) de um Estudo de Impacto
Ambiental e suas respectivas responsabilidades?
O termo Ad Hoc vem do Latim e significa “para este caso”. Consiste numa reunião
entre especialistas, para se obter dados e informações, em tempo reduzido,
imprescindíveis à conclusão dos estudos, porquanto não há possibilidade de se fazer
um Estudo de Impacto Ambiental convencional, haja vista alguma situação imposta,
normalmente por questão de tempo (urgência). Necessita de pessoal altamente
capacitado e farta base de dados para a obtenção de resultados satisfatórios. Pode
ser feita de modo presencial e, ou virtual.
Não, pois todos têm potencialidades e limitações. Assim, a conjugação deles é sempre
desejável, porque um complementa o outro. Por exemplo: enquanto figura, a matriz
de interação sintetiza os impactos ambientais que resultam de um determinado
empreendimento impactante, enquanto as listas os descrevem. Desse modo, há
complementariedade entre estes dois métodos.
53) Em que consiste a audiência pública e em que contexto se insere num processo
de avaliação de impactos ambientais?
Do seguinte modo: Critério de Plástica: impacto reversível (quando uma vez cessada
a ação, o fator ambiental retoma às suas condições originais) e impacto irreversível
(quando cessada a ação, o fator ambiental não retorna às suas condições originais,
pelo menos num horizonte de tempo aceitável pelo homem).
61) Como se faz a classificação quantitativa de impactos ambientais, isto é, que
critérios são levados em consideração?
62) Qual o perfil típico de uma equipe que elabora Estudos de Impacto Ambiental?
63) O que é Licença Social para Operar (LSO) e quais são as suas principais
características?
- A LSO não está prevista em Lei, como é o caso das licenças expedidas pelos órgãos
públicos brasileiros, quais sejam, a Licença Prévia (LP), a Licença de Instalação
(LI), a Licença de Operação (LO) e a Licença Corretiva (LC).
64) Quais sãos os principais pontos favoráveis (positivos) da Licença Social para
Operar (LSO)?
Ao nosso ver, são os seguintes os pontos positivos da Licença Social para Operar
(LSO):
65) Quais sãos os principais pontos desfavoráveis (limitantes) da Licença Social para
Operar (LSO)?
Ao nosso ver, são os seguintes os pontos limitantes da Licença Social para Operar
(LSO):
- Iniciativas que não partirem da própria empresa poderão ser interpretadas como
oportunistas (busca de assistencialismo ou por questões ideológicas).
Segundo a Norma ISO 14040, é a compilação de avaliação das entradas, saídas e dos
impactos ambientais potenciais do sistema de produção de um bem. É feita sobre
todos os estágios do ciclo de vida do produto ou processo, desde a aquisição da
matéria-prima, ou sua geração a partir de recursos naturais, até sua disposição final,
passando por todas as etapas intermediárias (como manufatura, transporte, uso,
etc.). Por essa razão, a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é também chamada de
avaliação do “berço ao túmulo”. Ela permite uma análise científica sobre as questões
ambientais relacionadas a um produto ou processo, evitando um olhar superficial
do seu impacto. Esta técnica é muito utilizada para comparar o impacto ambiental
de diferentes produtos que exerçam a mesma função (por exemplo, embalagem de
vidro ou plástico). Também é utilizada na área de gestão ambiental para comparar
o impacto ambiental de diferentes tipos de tratamento de resíduos, como por
exemplo, entre incinerá-los ou dispô-los em aterro sanitário.
Repensar: Examinar o produto para que ele seja o mais eficiente possível
ambientalmente.
Reparar: Desenvolver um produto que possa ter suas partes ou peças reparadas.
Reduzir: Pensar em uma forma de reduzir o consumo de matéria-prima, de energia
e a emissão de poluentes.