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BETTINA PÁDUA NOGUEIRA BETZEL LEMKE

HENRIQUE GONÇALVES DE PAULA VIANA

ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE CENTRO DE


EVENTOS PARA CIDADE LAVRAS – MG

LAVRAS - MG
2022
BETTINA PÁDUA NOGUEIRA BETZEL LEMKE
HENRIQUE GONÇALVES DE PAULA VIANA

ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE CENTRO DE EVENTOS PARA CIDADE


DE LAVRAS – MG

Concepção Básica apresentada à


Universidade Federal de Lavras, como
parte das exigências do Curso de
Engenharia Civil, para a obtenção do título
de Bacharel.

Prof(a). Dr(a). Luciana Barbosa de Abreu


Orientador(a)

LAVRAS - MG
2022
BETTINA PÁDUA NOGUEIRA BETZEL LEMKE
HENRIQUE GONÇALVES DE PAULA VIANA

CENTRO DE EVENTOS MÚLTIPLOS PARA A CIDADE DE LAVRAS – MG

MULTIPLE EVENT CENTER FOR THE CITY OF LAVRAS – MG

Projeto apresentado à Universidade Federal de


lavras, como parte das exigências do Curso de
Engenharia Civil, para a obtenção do título de
Bacharel.

APROVADA em 09 de setembro de 2022.

Dr(a). Luciana Barbosa de Abreu

Dr(a). Andrea Aparecida Ribeiro Correa

Dr(a). Priscilla Abreu Pereira e Ribeiro

Prof(a). Dr(a). Luciana Barbosa de Abreu


Orientador(a)

LAVRAS - MG
2022
RESUMO

A cidade de Lavras conta com um elevado número de estudantes, distribuídos em quatro


instituições de ensino superior distintas. Vários setores da economia são impactados devido a
permanência desses estudantes no município, sendo o setor de eventos o mais influenciado.
Diversos eventos, em geral universitários, são realizados ao longo do ano, tais como festas,
seminários, formaturas, feiras, congressos, entre outros que necessitam de uma estrutura capaz
de suportar um elevado número de pessoas. Diante disto, objetivou-se neste trabalho projetar
a concepção arquitetônica de um centro de eventos multifuncional de grande porte, localizado
na cidade de Lavras – Minas Gerais, tendo como premissas principais o conforto ambiental
dos usuários, a sustentabilidade e a minimização da possível poluição sonora a ser provocada
pelo estabelecimento. Por meio da análise do terreno e das variáveis locais foi possível
projetar um centro para eventos que atenda às necessidades básicas dos usuários e dos
contratantes. De forma a proporcionar ambientes agradáveis em termos de temperatura,
umidade, ventilação, iluminação e acústica. Todo o projeto foi pensado para propiciar
sustentabilidade em todos os âmbitos, sejam eles sociais, ambientais e econômicos. Desta
forma, com a junção de técnicas da construção civil e do pensamento voltado aos usuários, foi
possível obter um projeto aplicável e capaz de suprir as necessidades que Lavras costuma ter.
Criando-se um projeto sustentável, com uma arquitetura única e uma variedade de espaços,
tornando-o um projeto real de um dia vir a ser executado.

Palavras chaves: Conforto ambiental, Eventos, Projeto Arquitetônico, Sustentabilidade.


ABSTRACT

The city of Lavras has a high number of students, professors in four different higher
education institutions. Several sectors of the economy are impacted due to the permanence of
these students in the municipality, with the events sector being the most influenced.
University students, university students throughout the year, year-long seminars, graduation,
fairs, among other events, events organized in congresses with a structure capable of raising a
number of people. In view of this, if in this work to design the creation of architectural events
of a large center, located in the multifunctional city of great sustainability of Minas Gerais,
having as main sound premises the environmental comfort of users, sustainability and the
objective of the possible sound . be charged by the establishment. Through the analysis of the
terrain and the local variables, it was possible to design a center of basic needs for events of
users and contractors. In order to provide accessible environments in terms of temperature,
humidity, ventilation, lighting and acoustics. The entire project was designed to provide
sustainability in all areas, whether social and environmental. In this way, with the possibility
of being possible for civil construction and of what can be designed to be used, it was possible
to meet the applicable needs and able to meet the needs. Creating a sustainable project, with a
unique architecture and a variety of spaces, turning it into a real one-day project to execute.

Keywords: Environmental comfort, Events, Architectural Design, Sustainability.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2. OBJETIVO .......................................................................................................................... 2

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 3

3.1. Projetos Arquitetônicos ................................................................................................... 3

3.2. Impactos ambientais causados pelas edificações............................................................. 4

3.3. Sustentabilidade na Arquitetura....................................................................................... 5

3.4. Conforto Térmico ............................................................................................................ 6

3.4.1. Arquitetura bioclimática .............................................................................................. 7

3.4.2. Temperatura e umidade ............................................................................................... 8

3.4.3. Ventilação .................................................................................................................... 9

3.4.3.1. Ventilação cruzada ................................................................................................... 9

3.4.3.2. Ventilação por efeito chaminé................................................................................ 10

3.4.3.3. Fatores que interferem na circulação dos ventos ................................................... 10

3.5. Acústica na Arquitetura ................................................................................................. 12

3.5.1. Problemas e Soluções Acústicas ................................................................................ 12

3.6. Eventos Culturais e Sociedade ...................................................................................... 13

3.7. Centros de Eventos ........................................................................................................ 16

3.7.1. McCormick Place ...................................................................................................... 17

3.7.2. Centro de Convenções Royal Palm Hall .................................................................... 18

3.7.3. São Paulo Expo .......................................................................................................... 19

3.7.4. Expominas – Belo Horizonte ..................................................................................... 20

3.8. Contexto histórico-cultural de Lavras - MG.................................................................. 20

4. PROPOSTA DE PROJETO .............................................................................................. 21

4.1. Condicionantes de projeto ............................................................................................. 21

4.2. Programa de necessidades e Pré-dimensionamento ...................................................... 25

4.2.1. Primeiro ambiente ...................................................................................................... 26


4.2.2. Segundo ambiente ...................................................................................................... 27

4.2.3. Terceiro ambiente ...................................................................................................... 27

4.2.4. Quarto ambiente ......................................................................................................... 27

4.2.5. Estacionamentos ........................................................................................................ 27

4.3. Materiais ........................................................................................................................ 27

4.3.1. Estrutura ..................................................................................................................... 28

4.3.2. Vedação ..................................................................................................................... 28

4.3.3. Pisos e Revestimentos ................................................................................................ 30

4.3.4. Cobertura ................................................................................................................... 31

4.3.5. Divisórias ................................................................................................................... 31

4.4. Vegetação ...................................................................................................................... 32

4.4.1. Vegetação na edificação ............................................................................................ 32

4.4.2. Vegetação externa ao ambiente ................................................................................. 32

4.5. Pavimento externo ......................................................................................................... 33

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 33

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 34

7. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................................ 35

8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 35

ANEXOS .................................................................................................................................. 40
1

1. INTRODUÇÃO
A cidade de Lavras, pertencente ao estado de Minas Gerais, possui uma população
estimada de 105.756 pessoas (IBGE, 2021). Lavras está ligada a grandes capitais por duas
rodovias principais: pela Fernão Dias, conectando-a a Belo Horizonte, a 230 quilômetros, e a
São Paulo, a 370 quilômetros; e pela BR 265 se alcança BR 040, que dá acesso ao Rio de
Janeiro, a 420 quilômetros da cidade. O município conta com a presença de quatro
instituições de ensino superior, sendo que o ensino de excelência e a proximidade com as
principais capitais do país, atraem milhares de jovens estudantes todos os anos.

Essa grande massa de estudantes é responsável por movimentar diversos setores da


economia local, dentre eles, o setor de eventos. Durante todo o ano, a cidade é tomada por
diversos eventos, em geral universitários, tais como festas, seminários, formaturas, feiras,
congressos, entre outros que necessitam de estrutura capaz de suportar elevado número de
pessoas.

Nos últimos anos, os principais centros de evento da cidade de Lavras vêm sendo
descaracterizados. Podemos citar, como exemplo, o Gran Finalle, o Mediterrâneo e o Cerreto,
que se tornaram centros religiosos, e o Camuá, que passará por reestruturação para a
construção de um condomínio residencial a partir de 2023.

Além desses, o município conta também com o Expolavras, principal local para eventos
de grandes proporções. Porém, o espaço é apenas um terreno de 40 mil metros quadrados, que
não possui estrutura definitiva para receber tais eventos. Segundo membros da Comissão de
Formatura UFLA 2022/1, a estrutura conhecida como Palácio de Cristal, montada para a
festa, tem um custo estimado de meio milhão de reais para a comissão, o que representa,
aproximadamente, 20% do valor final da festa, um custo alto quando se leva em consideração
o fato de que a estrutura é temporária.

Sendo assim, a proposta deste trabalho é o desenvolvimento do projeto arquitetônico de


um centro de eventos capaz de receber festas, congressos, seminários, feiras, aniversários,
casamentos de grande porte, entre outros. Será considerada a aplicação de soluções de
planejamento de ambientes para melhor conforto dos usuários e profissionais, em
conformidade com as normas estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e o
Plano Diretor Municipal. Além disso, focando sempre na sustentabilidade e em mecanismos
para reduzir o impacto da estrutura em seu entorno.
2

2. OBJETIVO
Esse trabalho teve como objetivo, projetar a concepção arquitetônica de um centro de
eventos multifuncional de grande porte, localizado na cidade de Lavras – Minas Gerais, tendo
como premissas principais o conforto ambiental dos usuários, a sustentabilidade e a
minimização da possível poluição sonora a ser provocada pelo estabelecimento.
3

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Projetos Arquitetônicos


O Projeto Arquitetônico é considerado o projeto principal de uma edificação e, é a partir
dele, que se realizam todos os demais projetos (estrutural, elétrico e hidráulico). Nele são
materializadas as ideias dos responsáveis técnicos (arquitetos ou engenheiros civis) em
conformidade com as necessidades dos clientes, desde a disposição dos ambientes até a
seleção dos elementos construtivos, tais como alvenarias, pisos, janelas, portas e tudo que
possa influenciar no conforto e funcionalidade dos ambientes para os usuários. É possível, a
partir dele, prever possíveis problemas de execução e garantir que a obra seja realizada
conforme planejada.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela


normatização e desenvolvimento técnico. Ela é responsável por produzir as Normas
Brasileiras (NBR’s) que padronizam os processos e procedimentos construtivos para que
sejam sempre executados da mesma maneira, de forma a funcionar como verdadeiros manuais
para a construção de edificações.

Além das NBR’s, os Municípios são responsáveis pela criação do Código de Obras
Municipal que, segundo o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) “é o
instrumento que permite à Administração Municipal exercer o controle e a fiscalização do
espaço edificado e seu entorno, garantindo a segurança e a salubridade das edificações”.
Também é de responsabilidade dos municípios criar as Instruções Técnicas do Corpo de
Bombeiros que, segundo o Corpo de Bombeiro do Estado de Minas Gerais, apresentam como
principais objetivos proteger a vida dos ocupantes das edificações em caso de incêndio;
dificultar a propagação do incêndio, reduzindo, danos ao meio ambiente, às pessoas e ao
patrimônio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio; e oferecer condições de
acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

Além do conhecimento das normas vigentes, o estudo do uso da edificação é de extrema


importância, pois, por meio dele, é possível reduzir o consumo de água e energia através da
aplicação de um sistema de iluminação e ventilação eficiente, além da seleção de dispositivos
de economia instalados na edificação. Realizando-se estas atividades em conjunto, é possível
que as construções causem menos impactos ambientais (DEGANI e CARDOSO, 2002).
4

3.2. Impactos ambientais causados pelas edificações


O planeta Terra é um sistema fechado. Estima-se que a cada ano, 10 toneladas de matéria
prima são extraídas para cada ser humano em nosso planeta (MORAES e SOUZA, 2015).
Dessa quantidade de material extraído, a quantidade realmente utilizada é muito menor que a
quantidade de material rejeitado. Segundo Agopyan (2011), não existe extração de matéria-
prima que não gere impacto ambiental.

A construção civil contribui significativamente no percentual de consumo dos recursos


naturais, no aumento das emissões de gases e na criação de resíduos tóxicos, causando, assim,
danos ambientais ao planeta. Dentre os impactos ambientais supracitados, a emissão de Gases
do Efeito Estufa (GEE) é a que mais se destaca no setor da construção civil. Sendo o dióxido
de carbono (CO2) o responsável por 55% das emissões, em termos de efeito radioativo, e
também quanto a emissão na produção dos materiais de construção. Além do dióxido de
carbono (CO2), o vapor d’água, o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozônio
troposférico (O3) e os clorofluorcarbonetos (CFC’s) também são responsáveis por um
impacto significativo no meio ambiente (BUCHANAN e HONEY, 1994 citado por
TAVARES, 2006).

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) estabelece as três principais


maneiras em que os Gases do Efeito Estufa (GEE) são emitidos na construção civil, sendo
elas, no uso de combustíveis fósseis na fabricação e transporte de materiais; na decomposição
de calcário e outros carbonatos durante a calcinação (vital na produção de cimento, aço e cal
hidratada); na extração de madeira nativa, especialmente a não manejada (que serve tanto
como material, como combustível). De todos os processos, a fabricação do cimento é
responsável pela maior emissão, de 4 a 5 % de todo o CO₂ despejado na atmosfera
(TAVARES, 2006).

Além da emissão de GEE na produção dos materiais utilizados na construção civil, o setor
também é responsável pela emissão no que diz respeito à produção de energia elétrica.
Quando falamos da emissão de CO2 na produção de energia, entre 2012 e 2017, o Brasil
emitiu 83% de 𝐶𝑂2 por MWh produzido a menos que a China, 72% menos que os Estados
Unidos e 65% a menos que a União Europeia (Empresa de Pesquisa Energética, 2020). Isso se
deve ao fato de que, no Brasil, a produção de Energia Elétrica acontece em Usinas
Hidroelétricas enquanto, nestes países, em usinas termoelétricas que, além de liberarem CO2,
utilizam fontes não renováveis de energia. Apesar da significativa diferença entre a emissão
5

no Brasil com os demais países, na produção de energia elétrica, a emissão brasileira é


considerável, visto que, o consumo energético no país vem crescendo nos últimos anos e
tende a continuar aumentando segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

São claros os impactos ambientais causados pela construção civil em todas as partes de
sua cadeia produtiva. Visando causar um menor impacto ambiental a caminho da
sustentabilidade devemos levar em consideração a escolha dos materiais utilizados, a escolha
do transporte utilizado e, até mesmo na realização de investimento em pesquisas de novos
materiais (AGOPYAN e JOHN, 2011).

3.3. Sustentabilidade na Arquitetura

Em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu sustentabilidade como a


necessidade de suprir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades.

Corrêa (2009) afirma que a incorporação de práticas de sustentabilidade na construção é


uma tendência crescente no mercado. Sua adoção é “um caminho sem volta”, pois diferentes
agentes, tais como governos, consumidores, investidores e associações alertam, estimulam e
pressionam o setor da construção a incorporar essas práticas em suas atividades.

Além disso, Corrêa (2019) apresenta diversos princípios básicos para que uma construção
seja sustentável. Tais como:

aproveitamento de condições naturais locais; utilização mínima do


terreno e integrando-a ao ambiente natural; implantação e análise do
entorno; não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem,
temperaturas e concentração de calor, sensação de bem-estar; qualidade
ambiental interna e externa; gestão sustentável da implantação da obra;
adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; uso de matérias-
primas que contribuam com a ecoeficiência do processo; redução do
consumo energético; redução do consumo de água; reduzir, reutilizar,
reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; introduzir inovações
tecnológicas sempre que possível e viável; educação ambiental:
conscientização dos envolvidos no processo.

Esses princípios são estabelecidos pela Associação Brasileira dos Escritórios de


Arquitetura - ASBEA, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras
instituições.
6

Utilizando-se destes princípios estabelecidos, é possível desenvolver uma edificação que,


além de apresentar um alto nível de economia de gastos durante sua utilização, apresenta um
elevado grau de conforto para os usuários e prese pelo princípio da sustentabilidade.
Entendendo-se onde a edificação será construída por meio de análises do seu entorno, do
clima regional e integrando a construção ao ambiente natural, é possível proporcionar o
conforto térmico dos usuários da construção.

3.4. Conforto Térmico


A arquitetura deve servir ao homem e ao seu conforto, o que inclui a sua casa termal. A
vida e a saúde das pessoas são melhores quando seus corpos podem funcionar sem fadiga ou
estresse, incluindo calor. Como uma de suas funções, a arquitetura deve proporcionar no
interior da edificação condições térmicas compatíveis com o conforto térmico humano,
independentemente das condições climáticas externas (FROTA, 2006).

Segundo a autora supramencionada, as principais variáveis climáticas para o conforto


térmico são temperatura, umidade e velocidade do ar e radiação solar incidente. Eles estão
intimamente relacionados à precipitação, vegetação, permeabilidade do solo, águas
superficiais e subterrâneas, topografia e outras características locais que podem ser alteradas
pela presença humana.

A necessidade humana de conforto térmico está relacionada ao funcionamento do


organismo, e seu mecanismo precisa liberar calor suficiente para manter sua temperatura
interna em torno de 37ºC (FROTA, 2006).

A Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar


Condicionado (ASHRAE) define conforto térmico como o estado da mente que expressa
satisfação com a ambiência térmica. Enquanto Nicol e Roaf (2017) definiram como sendo
resultado de uma construção psicológica que remete a um estado de espírito que traduz
satisfação térmica.

Segundo Frota (2006), o conhecimento das necessidades humanas de perfis térmicos e


climáticos, ligados às propriedades térmicas dos materiais e à premissa geral de partidos de
construção adequados a um determinado clima, proporciona as condições de conforto térmico
na concepção de edifícios e espaços urbanos cuja resposta térmica satisfaça os requisitos.
7

Como novas propostas estão sempre implícitas no processo criativo, os métodos de


previsão do desempenho térmico em nível quantitativo são uma ferramenta indispensável para
verificação e possíveis ajustes durante a fase de projeto. A racionalização da utilização de
energia está intimamente relacionada com a adaptação dos edifícios ao clima, evitando ou
reduzindo os sistemas de climatização artificial com o objetivo de arrefecer ou aquecer o
ambiente. O controle térmico natural ajuda a reduzir o excesso de calor gerado dentro de um
edifício e às vezes pode minimizar os efeitos de climas superaquecidos (FROTA, 2006).

3.4.1. Arquitetura bioclimática


Existem diversas possibilidades para ofertar conforto aos usuários de uma edificação.
Uma delas, é a arquitetura bioclimática, definida por Maragno (2002) como aquela que se
baseia na aplicação de elementos arquitetônicos, relacionados às características climáticas do
local da construção que é capaz de aumentar o conforto dos ocupantes e economizar energia.

Em termos do ambiente interno de uma edificação, a grande dificuldade ao se trabalhar


na escala da edificação vem da simultaneidade da ocorrência de outros fatores energéticos-
ambientais oriundos da ação antrópica no clima em escalas anteriores à da edificação e a sua
aleatoriedade e complexidade, conforme ilustrado por Randell (1978). A figura 1 apresenta
alguns desses fatores energéticos-ambientes que afetam o ambiente interno de uma edificação.

Figura 1 – Os Fatores energéticos-ambientais na edificação

Fonte: Randell (1978)


Na arquitetura, o objetivo é sempre trabalhar em harmonia com a visão de uma equipe de
projeto que tem o intuito de alcançar a melhor alternativa de ajuste entre exigências
aparentemente conflituosas como: vistas, luz natural, ofuscamento e controle solar, conforto
térmico e qualidades ambientais internas, relação com o usuário, efetividade da ventilação e
8

sistemas operacionais e energéticos eficientes (VOSGUERITCHIAN, 2006). Dessa forma,


um projeto arquitetônico deve levar em consideração diversos aspectos como, por exemplo,
os fatores climáticos e de temperatura, que devem ser ajustados de maneira ideal para oferecer
uma boa estruturação e conforto às pessoas.

3.4.2. Temperatura e umidade


O homem é um ser vivo homeotérmico que depende de condições apropriadas de
temperatura e umidade para um bom funcionamento do seu organismo. Quando o ser humano
se encontra em ambientes onde essas condições não são encontradas, o organismo humano
precisa se esforçar para manter suas condições básicas de funcionamento, o que pode gerar
certo desgaste e, consequentemente, problemas de saúde (BESANCENOT, 2001 citado por
FANTE, DUBREUIL e SANT’ANNA, 2017).

Em termos de temperatura do ambiente, a Norma Regulamentadora da Ergonomia (NR-


17), publicada pela Portaria MTB n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, estabelece que, para
locais onde acontecerão atividades intelectuais, que necessitam de atenção constante, a
temperatura deve variar entre 18ºC a 25ºC, enquanto a ISO-9241 estabelece uma faixa
variando de 20ºC a 24ºC (SICFLUX, 2019).

Já em termos da umidade relativa do ar, a Organização Mundial de Saúde (OMS),


estabelece uma faixa entre 40 e 70% como o ideal para o organismo humano (MARQUES,
2018). Quando a umidade se encontra acima da faixa estabelecida, o ar apresenta um grande
volume de vapor d’água, o que interfere nos mecanismos de controle da temperatura corporal,
a transpiração, impedindo a dissipação do calor. Já nas situações onde a umidade se encontra
abaixo da faixa pré-estabelecida pela OMS, ocorre o ressecamento das mucosas das vias
aéreas, tornando as pessoas mais suscetíveis a crises de asma e infecções virais e bacterianas.
Além disso, a baixa umidade pode provocar uma densificação do sangue, através da
desidratação, e aumentar a probabilidade de problemas oculares e alergias.

Como forma de estabelecer um parâmetro ideal de temperatura e umidade para os seres


humanos, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) criou o Diagrama de Conforto
Humano (Figura 2) que, a partir do diagrama e do cruzamento das informações referentes a
temperatura e umidade, apontará a faixa de conforto térmico, ou o que é necessário para
atingir tal faixa. Dessa forma, através de uma combinação de técnicas construtivas, chega-se
em uma faixa ideal para a edificação. Posto isso, a ventilação é um excelente controlador da
temperatura e umidade em uma construção.
9

Figura 2 – Diagrama de Conforto Térmico

Fonte: INMET (2006)

3.4.3. Ventilação
Um dos melhores modos de reduzir a temperatura de um ambiente e obter condições mais
próximas do conforto térmico, é natural, abundante e gratuita: a ventilação natural. A
sensação de pele úmida é dada como uma das principais causas de desconforto em locais de
clima quente. A ventilação, ao provocar a evaporação do suor e, consequentemente, o
resfriamento fisiológico, traz a sensação de conforto térmico nos usuários de uma edificação
(NEVES, 2006). Segundo Bittenrcourt e Candido (2005), a estratégia bioclimática de
ventilação natural apresenta maior eficiência, no que diz respeito ao conforto térmico, nos
espaços urbanos, pois é um recurso sustentável, gratuito e oferece a renovação do ar,
melhorando o conforto térmico.

Segundo Neves (2006), a ventilação natural envolve a passagem do ar pelo edifício, por
meio de aberturas em suas vedações. O fluxo de ar origina-se da diferença de pressão entre as
áreas externa e interna, que por sua vez tem duas fontes distintas: o fluxo de ar existente no
exterior (ventilação cruzada) e a diferença de temperatura entre o ar interno e externo
(ventilação por efeito chaminé) (NEVES, 2006). A ventilação cruzada e a por efeito chaminé
são os métodos mais eficazes e baratos de se climatizar o ambiente.

3.4.3.1. Ventilação cruzada


Dentre os tipos de ventilação existentes, Costa (2009) cita que, para as regiões de
clima quente e úmido, a ventilação cruzada torna-se uma importante estratégia de remoção do
10

calor do ambiente interno. A sensação de conforto térmico, por ventilação cruzada, é mais
eficiente quando as aberturas de entrada de ar estiverem localizadas em zonas de alta pressão,
enquanto as de saídas, nas zonas de baixa pressão. A taxa de ar em um ambiente está em
função das áreas de entrada e saída do ar, da velocidade do vento e da direção dos ventos em
relação às aberturas.

3.4.3.2. Ventilação por efeito chaminé


Já para a ventilação por efeito chaminé, Costa (2009) diz que ela é capaz de garantir o
mínimo de circulação do ar quando existem empecilhos ao acesso do vento na edificação, seja
em função da condição urbana, climática ou arquitetônica. O efeito chaminé baseia-se na
diferença de pressão que ocorre devido à variação de temperatura interna e externa da
construção. Visto que o ar, quando aquecido, se torna menos denso e tende a subir, saindo da
edificação por aberturas localizadas na parte superior do ambiente, que é substituído pelo ar
novo que entra por aberturas localizadas na parte inferior da estrutura. A intensidade deste
fenômeno influenciado pela dimensão e distância entre as áreas de entrada e saída do ar, além
da diferença entre as temperaturas internas e externas. Quanto maior a distância entre as
aberturas de entrada e saída do ar e quanto maior a diferença de temperaturas internas e
externas, maior será a taxa de renovação do ar no recinto e, consequentemente mais eficiente
a ventilação por efeito chaminé.

3.4.3.3. Fatores que interferem na circulação dos ventos


Brown e Dekay (2004) destacam que o fluxo do ar tem comportamento semelhante ao da
água e que, por meio dos seguintes princípios, pode ser visualizado (Figura 3):

a) A velocidade do vento diminui à medida que se aproxima da superfície da terra em


função do atrito causado pela irregularidade do terreno;
b) O ar continua movendo-se na mesma direção quando encontra um obstáculo, da
mesma forma que a água flui ao redor de uma rocha;
c) O ar flui de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão.

Figura 3 – Influência do terreno sobre a ventilação


11

Fonte: McClenon e Robinette, 1975 apud Costa, 2009.


Além da configuração do terreno, as disposições das aberturas de ventilação da
edificação também influenciam na circulação interna do ar. Dessa forma, saber onde está
localizada a abertura de entrada do ar na edificação é a principal estratégia para definir a
direção do fluxo do ar no ambiente (COSTA, 2009) (Figura 4).

Figura 4 - Distribuição das aberturas de ventilação.

Fonte: Brown e Dekay, 2004 apud Costa, 2009.

Além dos fatores supracitados, a vegetação desempenha um papel primordial no controle


das correntes de ar podendo filtrar, guiar, obstruir, ou até mesmo acelerar ou reduzir sua
velocidade em torno da edificação (Figura 5). Para que isso aconteça da forma que mais
beneficiará o projeto, é necessário controlar a forma, a densidade e a rigidez das massas
vegetais, e principalmente, a disposição apropriada para a vegetação (NEVES, 2006).
12

Figura 5 – O efeito de uma árvore sobre a direção do vento com relação à sua distância do
edifício -1,5m, 3m, 9m

Fonte: Allard, 1998 apud Neves, 2006.

Allard (1998) demonstrou como a posição da vegetação influencia na forma com que a
ventilação interage com a edificação. O esquema mostra que, quanto maior a proximidade da
vegetação com a edificação, maior o bloqueio da massa de ar que adentra ao ambiente.

3.5. Acústica na Arquitetura


Durante as etapas preliminares do projeto, é possível identificar como o projeto irá
interferir no local e como o entorno irá interferir na construção. Por meio de análises de dados
quanto às atividades de ocupação do solo, localização e caracterização das ruas, conformação
topográfica, características das edificações vizinhas, é possível conferir significados acústicos
a estas características e escolher a melhor forma de prosseguir com o projeto (SOUZA,
ALMEIDA e BRAGANÇA, 2006). A principal função do tratamento acústico em uma
edificação é a minimização dos ruídos externos ou internos.

3.5.1. Problemas e Soluções Acústicas


Ruído é todo som indesejável decorrido de uma atividade interna ou externa. Para os
ruídos decorrentes de atividades que acontecem dentro do próprio ambiente é denominado
ruído de fundo e, caracteriza-se por apresentar uma variação de intensidade (SOUZA,
ALMEIDA e BRAGANÇA, 2006). Uma das melhores formas de minimizar os ruídos de
fundo, inicia-se na correta seleção de materiais que apresentam as melhores propriedades
acústicas para a atividade que será desenvolvida no local.

Conhecer a propriedade físicas dos materiais utilizados na construção de uma edificação


permite reduzir a propagação dos ruídos e um maior conforto dos usuários e das construções
vizinhas.

Dentre os materiais com propriedades acústicas interessantes o concreto celular que,


devido a quantidade de pequenas bolhas de ar produzidas por uma espuma que é agregada ao
13

concreto, durante a sua produção, lhe concebe propriedades isolantes, podendo ser utilizado
para revestimentos (CAZELOTO e TAMANINI, 2003).

Para utilizar como piso, o linóleo1 é uma excelente escolha. Apesar de não possuir
propriedades absorventes, é um grande amortecedor de vibrações mecânicas e, além de ser
facilmente colocado, possui diversos padrões estéticos disponíveis no mercado (CAZELOTO
e TAMANINI, 2003).

Composto por uma câmara de gás argônio entre as duas lâminas de vidro, o vidro insulado
ou vidro duplo possui um ótimo desempenho acústico. Para uma maior eficiência do vidro
insulado, é possível variar a espessura das placas conforme a necessidade de isolamento. Isso
se deve ao fato que chapas de mesma espessura vibram de maneira uniforme, enquanto chapas
de diferentes espessuras bloqueiam diferentes faixas de ondas sonoras (ROHDEN VIDROS,
2022).

Além do vidro insulado, o vidro laminado, que é composto por duas ou mais lâminas
intercaladas com Polivinil butiral (PVB) e Etileno-vinil-acetato (EVA), elementos que
contribuem para o bloqueio do som, o vidro laminado também é um excelente material
isolante. Segundo a Rohden (2022), empresa especializada em vidros, ainda existe a
possibilidade de se utilizar películas acústicas para melhorar o desempenho, sem a
necessidade de aumentar a espessura do vidro ou, então, utilizar mais de dois vidros com
diversas camadas de PVB.

3.6. Eventos Culturais e Sociedade


A realização de eventos culturais tais como shows, peças de teatro, peças de comédia,
eventos esportivos, dentre outros tem obtido cada vez mais importância social e econômica na
sociedade atual. A realização de tais eventos acontecem desde a antiguidade, onde os
imperadores e reis controlavam a cultura local para manter sua população sob controle
(FERNANDES, 2012).

Um dos exemplos mais famosos da história da humanidade é o Teatro Grego, que teve
sua origem por volta do século V antes de Cristo, na Grécia Antiga. Com festividades que
duravam seis dias e envolviam espetáculos de mímica, dança, música, e recitais de poesias, o
teatro grego tinha função social e cívica e estava associado às celebrações que saudavam o
Deus Dionísio. A partir da Grécia, essa arte se espalhou por toda a área de influência grega,

1
Linóleo é uma mistura de óleo de linhaça, resina, pó de calcário, dentro outros materiais e tem diversas funções
como, por exemplo, a impermeabilidade e o melhoro o acústico do ambiente.
14

desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África (DIAS, 2019). Tais eventos eram
realizados em grandes teatros a céu aberto (Figura 6) e que hoje ajudam a contar parte da
história da humanidade.

Figura 6 - Ruínas do teatro de Mileto

Fonte: Wikipédia, 2020


De lá pra cá, as manifestações culturais foram se modificando seguindo o contexto
político social e a mentalidade da população em que essas manifestações estão inseridas,
como foi o caso do Rock In Rio. Evento que surgiu em uma época que, segundo a 89 FM A
Rádio Rock, o país ansiava pela liberdade após um longo período de ditadura militar e se
tornou um marco do cenário musical brasileiro. Em sua nona edição, em setembro de 2022, o
festival vai receber 670 artistas em mais de 250 shows que, somados, representam mais de
500 horas de entretenimento. Além do impacto cultural, o evento realizado na Cidade do
Rock (Figura 7), no Rio de Janeiro, em sua última edição, trouxe para a cidade R$ 1.7 bilhão
de impacto econômico e mais de 28 mil empregos diretos e indiretos, estando eles
diversificados entre as redes hoteleiras, comércios, pontos turísticos, dentre outros (RÁDIO
ROCK, 2022).

Figura 7 – Maquete 3D da Cidade do Rock


15

Fonte: Audiograma (2017)


No interior do Brasil as manifestações culturais apresentam grande influência da
agricultura e da religiosidade de seu povo. Muitos são os exemplos da influência religiosa nas
festividades brasileiras, como as quermesses e as festas juninas (BATISTA, 2022). Após o
Carnaval, as Festas Juninas são a segunda maior comemoração realizada no Brasil. Segundo
Batista (2022), após a influência do catolicismo, a festa que cultuava deuses pagãos, foi
associada a santos católicos, tais como Santo Antônio, São João e São Pedro. Na Paraíba,
mais especificamente em Campina Grande, a festa junina conhecida como São João de
Campina Grande (Figura 8), tem uma visitação de um milhão de pessoas anualmente, sendo
considerado o maior festejo do país, com queima de fogos, concurso de dança e diversas
barracas com jogos e comidas típicas (BATISTA, 2022).

Figura 8 - São João de Campina Grande

Fonte: G1 – Paraíba
16

Além das festividades religiosas, os rodeios, também chamados de festa do peão,


dominam o cenário cultural do interior brasileiro. Inicialmente, a interação entre homem e
animal eram vistas apenas como prática esportiva. A partir daí, estas práticas tornaram-se
eventos culturais, com caráter festivo, de ações de graças, entretenimento e principalmente
convenções ligadas a pecuária e agricultura (SIMON, ZAGO, MAGALHÃES, LEVRINO,
SAÑUDO e KIRINUS, 2018). Atualmente, a Festa do Peão de Barretos é o maior evento da
cultura agropecuária do Brasil. O evento reúne em torno de 900 mil pessoas por edição e
movimenta milhões de reais em diversos setores da economia nacional. Apesar do rodeio vir
sendo proibido em alguns estados do país, por instituições protetoras dos animais, a prática do
esporte ainda é muito forte no Brasil e no mundo.

Figura 9 – Festa do Peão de Barretos

Fonte: Instituto de Compromisso com o Desenvolvimento Humano (2013)


Além de serem responsáveis por movimentar milhões de reais na economia brasileira e
gerar milhares de empregos diretos e indiretos, tais eventos fomentam a cultura brasileira e
incentiva a confraternização da população. Todos os eventos citados apresentam uma
necessidade em comum: um centro de eventos que seja capaz de comportar um grande
número de pessoas de forma confortável, segura e com o maior grau de salubridade possível
aos seus usuários.

3.7. Centros de Eventos


Entende-se como centro de eventos os espaços destinados à realização dos mais diversos
tipos de encontros, sendo eles corporativos, acadêmicos ou de entretenimento (shows,
espetáculos e concertos), podendo ser de pequeno, médio ou grande porte e que devem
oferecer espaço suficiente para acomodar todos os participantes (BRAZ, 2022). O
17

McCormick Place, é o maior centro de eventos do mundo e o mais completo no que diz
respeito a infraestrutura.

3.7.1. McCormick Place


Segundo a administração, localizado em Chicago, o McCormick Place é o maior centro de
convenções do mundo. A estrutura possui 248 mil metros quadrados de pavilhões, 4 salões, 4
teatros, 173 salas de reunião e foram necessários 2 bilhões de dólares para sua construção
(Figura 10).

Figura 10 – Fachada McCormick Place

Fonte: McCormick Place


McCormick Place recebeu o prêmio de sustentabilidade pelo governo de Illinois e,
segundo a administração, eles seguem comprometidos em fazer sua parte para ajudar a
proteger o meio ambiente, ao mesmo tempo em que atende às necessidades dos clientes e
hóspedes.

No quesito acessibilidade, em todo o complexo, estão disponíveis entradas, elevadores,


banheiros e serviços que oferecem a acessibilidade necessária para os Portadores de
Necessidades Especiais (PNE). Além disso, as instalações apresentam 3 cápsulas de
enfermagem destinadas à amamentação.

Todo o campus McCormick Place está ligado por avenidas para pedestres e pontes
suspensas, contendo lojas de varejo e outras comodidades para visitantes, como ilustrado pela
figura 11.
18

Figura 11 – Layout McCormick Place

Fonte: McCormick Place

3.7.2. Centro de Convenções Royal Palm Hall


No Brasil, um dos centros de eventos que mais se destaca é o Centro de Convenções
Royal Palm Hall, desenvolvido por meio de uma parceria entre a Odebrecht Realizações (OR)
e o grupo Royal Palm Hotels & Resorts. Ele conta com uma área construída de 54 mil metros
quadrados e um ballroom de 4.500 metros quadrados. Quando estiver montado na forma de
auditório, ele comporta confortavelmente 5000 pessoas. Quando montado para almoço ou
jantar, 3.500 pessoas poderão ser servidas simultaneamente (Figura 12). Contando com uma
infraestrutura de cozinha compatível para atender esse contingente, o Salão Monumental,
como é chamado, ainda conta com dois camarins completos, sala multiuso com 270 metros
quadrados, área de carga e descarga de eventos, com acesso direto da rua ao salão,
ambulatório e ampla disponibilidade de banheiros (ODEBRECHT, 2015).

Figura 12 – Salão Monumental


19

Fonte: Odebrecht (2015)

3.7.3. São Paulo Expo


O São Paulo Expo é um pavilhão de exposições localizado na cidade de São Paulo que,
em 2013, passou para a concessão de 30 anos há empresa francesa GL Events. Com um
investimento de cerca de 400 milhões de reais, a reforma realizada pela GL Events incluiu nas
instalações pavilhões novos, edifício de estacionamento, um hotel e obras para facilitar o
acesso ao local (Figura 13).

Figura 13 – Área interna do São Paulo Expo

Fonte: Panrotas (2016)


A partir da conclusão da reforma, o São Paulo Expo, com seus 100 mil metros quadrados
de área construída, voltou a receber os mais diversos eventos, tais como: Festival do Japão,
Salão do Automóvel, FEIMEC, EXPOSEC, CCXP - Comic Con Experience, Mega Artesanal,
Adventure Sports Fair e a FEICON Batimat. Eventos que, somados, recebem milhões de
visitantes anualmente.
20

3.7.4. Expominas – Belo Horizonte


Já no estado de Minas Gerais, localizado a 60 minutos do Aeroporto Internacional de
Confins e a 25 minutos do Aeroporto da Pampulha, o Expominas BH é o único centro de
eventos da América Latina que está conectado por uma plataforma de embarque e
desembarque de passageiros a um metrô.

Com uma área construída de 72 mil metros quadrados e uma área de 30 mil metros
quadrados destinados para eventos, estima-se que 45 mil pessoas podem ser acomodadas
simultaneamente no local (Figura 14). O empreendimento foi planejado com as mais
modernas técnicas de espaços moduláveis e multifuncionais do mercado, o que torna o
Expominas uma estrutura inteligente, capaz de realizar com sucesso feiras, exposições,
congressos e eventos corporativos, culturais e sociais.

Figura 14 – Expominas BH

Fonte: SouBH

3.8. Contexto histórico-cultural de Lavras - MG


Segundo a Prefeitura Municipal de Lavras, foi durante a primeira metade do século XVIII
que Francisco Bueno da Fonseca (c. 1670-1752) junto de seus filhos e outros sertanistas que,
adentravam pelas Minas Gerais na busca pelo ouro, fundaram o Arraial de Sant’Ana das
Lavras do Funil. A missão fracassada na busca pelo metal fez com que eles voltassem suas
forças para a agricultura e a pecuária, que acabaram se tornando as principais atividades da
região.

Em 1831, o Arraial recebe o título de Vila e, devido ao constante crescimento da


população, em 1868, ocorre a emancipação política e administrativa e Lavras se torna uma
das principais cidades do estado de Minas Gerais. Poucos dias após o Proclamação da
República de 1889, o missionário estadunidense Samuel Rhea Gammon desembarca no Brasil
21

e, fazendo jus ao seu lema: "Dedicada à glória de Deus e ao progresso humano", Samuel
Gammon ajuda a revolucionar o desenvolvimento educacional do município, cuja qualidade e
excelência fez Lavras ser conhecida como “terra dos ipês e das escolas”, lema criado pelo
jornalista Jorge Duarte.

Segundo o IBGE (2021), Lavras conta com cerca de 65 mil estudantes, muitos de outras
cidades, que frequentam uma rede de 65 estabelecimentos de ensino, entre os quais quatro de
nível superior: a Universidade Federal de Lavras (UFLA), o Centro Universitário de Lavras
(UNILAVRAS), a Faculdade Adventista de Minas Gerais (FAD-MINAS) e a Faculdade
Presbiteriana Gammon (FAGAM). A posição estratégica de Lavras, ligada às principais
capitais do país e a abundância de mão de obra qualificada, foi a combinação perfeita para o
município começar a atrair grandes empresas, que chegam a contratar de forma direta até 5
mil funcionários.

Assim, carregando uma base agrícola forte, um crescente desenvolvimento industrial e


uma evolução frequente de suas universidades, o centro de eventos para o município de
Lavras tem de ser versátil e capaz de agradar os mais diferentes públicos que se encontram na
Terra dos Ipês.

4. PROPOSTA DE PROJETO

4.1. Condicionantes de projeto


O centro de eventos é um espaço no qual as pessoas vão para se divertir, relaxar e usufruir
de um evento e, consequentemente, existe um grande consumo de água e energia. Por isso, é
necessário que a edificação esteja preparada para atender as necessidades dos usuários de
forma que o bem estar e o conforto dos usuários estejam atrelados com a sustentabilidade.

Sendo assim, o projeto do centro de eventos foi desenvolvido utilizando-se de técnicas e


soluções sustentáveis, para promover maior eficiência energética na edificação, em conjunto
com estratégias para oferecer conforto durante a estadia no local. A realização do projeto leva
em consideração não apenas a utilização da edificação, mas também dos ambientes externos
para a realização dos mais diversos tipos de eventos e festivais.

A presença de vegetação é um ponto importante no projeto, já que pode interferir nas


mudanças de temperatura e contribuir para um ambiente mais agradável aos usuários.
Informações do terreno
22

O terreno escolhido para realização do projeto é uma fazenda situada no bairro Serra
Verde. Tanto do lado esquerdo, como do lado direito do terreno escolhido, existem áreas
verdes e sem edificações vizinhas (Figura 15).

Figura 15 – Localização do terreno

Fonte: Google, 2022.

O acesso ao terreno se dá pela Avenida Totonho Resende (Figura 16), que possui pista
dupla nos dois sentidos da via, o que facilita o acesso e não sobrecarrega o trânsito nos dias de
utilização. Na Avenida Totonho Resende tem-se a presença de dois hotéis em construção e do
Centro de Hemodiálise da Santa Casa de Lavras. O Centro de Hemodiálise não foi
considerado um empecilho na realização do projeto. Já a presença dos hotéis nas
proximidades, valoriza ainda mais o terreno escolhido.

Figura 16 – Avenida Totonho Resende


23

Fonte: Pemi Construtora

Para verificação das dimensões do terreno, foi realizada uma medição com o Google
Earth. As dimensões encontradas do terreno foram de 260 x 310 x 368,01 x 368,01 metros. A
área obtida foi de 104.504,21 m². Na vista também foi conferida a direção do Norte,
informação importante para análise da trajetória solar (Figura 17).

Figura 17 – Dimensões do lote e posição do norte sem escala


24

Fonte: Autores (2022)

O lote atualmente é uma fazenda cafeeira, mas que devido ao crescimento do município,
parte do terreno já passou por processo de terraplanagem para receber construções futuras, o
que pode ser observado na Figura 18.

Figura 18 – A fazenda

Fonte: Autores (2022)

Segundo análise realizada no Mapa de Zoneamento de Lavras (2019), o terreno se


encontra na Zona de Expansão Urbana (ZEU) (Figura 19) que, de acordo com a Lei
Complementar nº 156, de 22 de setembro de 2008, corresponde a áreas ainda vazias dentro do
25

perímetro urbano e que estão propícias à ocupação de instalações de infraestrutura, desde que
se respeite as Áreas de Preservação Permanente (APP). Sendo assim, o terreno está apto a
receber uma estrutura tal como um centro de eventos.

Figura 19 – Mapa de Zoneamento (Lavras – MG)

Fonte: Prefeitura Municipal de Lavras (2019)

4.2. Programa de necessidades e Pré-dimensionamento


Quanto à legislação urbanística, o lote encontra-se na Zona de Expansão Urbana (ZEU),
portanto, o projeto seguirá as diretrizes do Código de Obras de Lavras e do Corpo de
Bombeiros de Minas Gerais.

Devido a pluralidade de eventos que podem ocorrer no local, foram pensados quatro
ambientes distintos, sendo que dois destes espaços estão interligados. O primeiro ambiente é
uma estrutura coberta de grande porte que contará com toda estrutura necessária para a
realização de jantares, congressos, shows, formaturas, casamentos, entre outros. O segundo
ambiente, trata de um espaço gramado, com grande presença de arborização pensado para
eventos menores a céu aberto. O terceiro espaço, é uma área pavimentada, a céu aberto,
pensada para receber grandes eventos, como festivais, shows e feiras. Por último, uma pista
26

de locomoção foi pensada como forma de aproximar o espaço ao centro de eventos. Todos os
espaços serão explicados adiante.

4.2.1. Primeiro ambiente


O primeiro ambiente contará com banheiros planejados em pontos estratégicos do salão
que, além de contar com um grande número de cabines, serão construídos banheiros para
Portadores de Necessidades Especiais (PNE) e fraldários externos aos banheiros.

Uma ampla cozinha industrial foi planejada para atender o público dos eventos. Esta
cozinha contará com áreas distintas para a preparação dos diversos tipos de alimentos, de
forma a minimizar qualquer tipo de contaminação dos alimentos por meio da separação das
áreas sujas e limpas. O depósito de alimentos foi posicionado de forma a facilitar o acesso dos
trabalhadores. Tal instalação deve seguir as exigências estabelecidas pela norma ABNT NBR
14518, elaborada com foco na garantia de segurança contra incêndios e controle ambiental
(ARWEK, 2022).

O palco contará com toda estrutura necessária para receber as mais diversas
personalidades. Contando com instalações sanitárias exclusivas, recepção, camarins e coxias
para as equipes técnicas. Além disso, o palco contará com escadas laterais e uma plataforma
para Portadores de Necessidades Especiais (PNE) e, quando necessário, o impedimento do
acesso pelas escadas será feito através de uma estrutura acoplada ao teto para o fechamento.

Para um melhor conforto térmico dos usuários, as aberturas foram dispostas de forma que
aconteça ventilação cruzada e por efeito chaminé na instalação. As aberturas foram planejadas
para serem construídas com vidros especiais que, além de permitir a circulação do ar no
ambiente, também permitem a entrada de luz e o isolamento acústico dos eventos. Devido a
disposições de ambientes pensadas, para alguns ambientes específicos, a ventilação por
exaustão foi a solução mais eficiente encontrada para manter a circulação de ar e,
consequentemente, a climatização e assepsia do espaço.

De forma a atender as exigências do Corpo de Bombeiros e pensando sempre na


segurança dos usuários, as saídas de emergências foram dispostas de forma a permitir o menor
deslocamento dos usuários até se chegar a um local seguro, tendo suas dimensões em
conformidade com as normativas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, IT 08 .
27

4.2.2. Segundo ambiente


O segundo ambiente, que pode ser utilizado em conjunto com o primeiro ou de forma
independente com entrada privativa, foi pensado para eventos a céu aberto, contando com
uma área verde aberta e um projeto de paisagismo para integrar o usuário à natureza. Para a
arborização, foi pensada uma vegetação mais resistente às alterações climáticas, além dos
Ipês, árvore símbolo do município que, além de homenagear a cidade de Lavras, deixará o
ambiente ainda mais bonito. Os banheiros da lateral direita da estrutura coberta contam ainda
com portas externas voltadas para essa área externa, possibilitando assim o uso para os dois
ambientes.

4.2.3. Terceiro ambiente


O terceiro espaço é uma grande área aberta pavimentada com cimento poroso, localizada
mais próximo da entrada, à direita da propriedade. Este espaço foi pensado para permitir a
possibilidade de uma estrutura ser montada de acordo com o evento e o público esperado. De
forma a ser possível a realização de feiras, shows, festivais, eventos que durante todo ano
movimentam a economia local e atraem pessoas de toda a região. Foi considerado ainda o
fornecimento de água potável e energia para este espaço, de forma a atender as necessidades
básicas do contratante.

4.2.4. Quarto ambiente


Pensando na carência da população em um ambiente aberto para a prática de exercícios,
na importância do contato com a natureza e na divulgação da arte no município, um quarto
ambiente foi pensado para compor o projeto. Uma pista de caminhada, por um parque
arborizado, mesclando a natureza com esculturas metálicas dispostas pelo trajeto da pista.

4.2.5. Estacionamentos
O Parque de Eventos de Lavras, também contará com dois estacionamentos, dos quais um
deles coberto com placas fotovoltaicas que, além de promover maior conforto aos usuários,
será responsável pela produção de 202.950 kWp. Assim como o terceiro espaço, os
estacionamentos e as pistas de rolamento também foram planejados com a utilização de
cimento poroso.

4.3. Materiais
A fim de se obter uma edificação sustentável, térmica e acusticamente confortável é
necessário estudar e selecionar os materiais que mais se adequa aos objetivos da construção,
28

para promover o seu melhor desempenho (MACHADO, SOUZA E BARROSO-KRAUSE,


2012).

É importante ressaltar que, na construção civil, não existe material totalmente sustentável.
Isso se deve ao fato de que a sustentabilidade está relacionada com a situação em que ela está
inserida, ou seja, da função que deve cumprir, da localização, do uso do material, do modo de
produção, da região que será utilizado, dos hábitos e costumes do usuário, entre outros
(FLORES, 2011). Dessa forma, os critérios mencionados anteriormente devem ser analisados
para que, seja possível escolher os materiais que apresentem as melhores condições de
utilização e de sustentabilidade.

4.3.1. Estrutura
Para os pilares, vigas internas, estrutura do telhado e brise localizado na parte frontal da
estrutura coberta foi escolhida a estrutura metálica, visto que, ela permite a utilização de
pilares de menores seções, de vigas com menores alturas e vencer maiores vãos livres, o que
promove uma redução no número de pilares e, consequentemente, uma economia na obra
(NARDIN, 2008). Além disso, a estrutura metálica também permite um menor prazo de
execução, diminuição de recursos e reduz o desperdício no canteiro de obras; e diminui a
poluição e de resíduos (MACHADO, SOUZA E BARROSO-KRAUSE,2012).

Como a vedação será realizada com bloco de concreto celular autoclavado, não serão
necessários pilares e vigas de canto ou de extremidade entre as paredes de vedação, visto que,
os blocos de concreto celular autoclavado possuem a capacidade de suportar as forças
verticais e horizontais que seriam descarregados nos pilares e vigas.

4.3.2. Vedação
Para as paredes de vedação, será considerado para a construção o emprego de blocos de
concreto celular autoclavado (Figura 20) que, segundo Bonotto (2005), apresentam ganho de
produtividade, desempenho e qualidade da obra em comparação aos demais blocos
convencionais.

Figura 20 – Bloco de concreto celular autoclavado


29

Fonte: MARTINS, MILAGRES e ROSA (2018)


As alvenarias estruturais devem resistir cargas verticais, suportar cargas de vento,
impactos e cargas de uso e ocupação, além de ter isolamento térmico e acústico para os
ambientes, tendo ainda boa estanqueidade à água da chuva e do ar, apresentando resistência
ao fogo (KATO, 2002).

Segundo Martins, Milagres e Rosa (2018), o concreto celular autoclavado ainda possui as
seguintes características: peso específico baixo, boa resistência à compressão, isolante
térmico, isolante acústico, resistência ao fogo excepcional, impermeabilidade elevada, boa
trabalhabilidade, durabilidade interminável e os resíduos de fabricação são reutilizados como
resíduos inertes. Devido a todas as características supracitadas, o concreto celular autoclavado
será escolhido para a vedação da edificação.

Segundo Angeli e Filho (2019), o vidro indicado para a adequação acústica de um projeto
arquitetônico é o do tipo insulado (Figura 21), com a seguinte construção: vidro laminado
composto por 2 camadas de vidro de 3 mm de espessura cada e uma camada intermediária de
Polivinil Butiral (PVB) de 0,76 mm de espessura, espaço (câmara) de 6 mm, vidro de 4 mm
de espessura. Essa distribuição garante uma atenuação sonora de pelo menos 25 dB e, por
isso, será escolhido para as vedações em vidro.

Figura 21 – Corte esquemático vidro insulado


30

Fonte: ARQGLASS

4.3.3. Pisos e Revestimentos


Para o revestimento dos pisos será utilizado o linóleo que, devido à variedade de cores e
padrões disponíveis, à facilidade e rapidez de colocação, ao longo período de vida útil (cerca
de 30 anos), o tornam o material ideal para o projeto (JOSE, 2022).

O linóleo ainda apresenta boa resistência mecânica, quanto a circulação de pessoas, é


reciclável, antibacteriano, antiestático, hipoalérgico, contribui para o isolamento acústico a
ruídos de percussão do local em que é aplicado e é constituído por materiais naturais, ou seja,
gera menor impacto ambiental (BASTOS, 2016).

Devido a todas essas características e a crescente preocupação ambiental e promoção de


uso de materiais naturais, com menor impacto ambiental, Bastos (2016) afirma que o linóleo
tem sido cada vez mais considerado como opção de revestimento de piso, devido à sua
composição de materiais naturais e às suas propriedades ecologicamente corretas.

Para os ambientes sanitários e a cozinha industrial, a Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (ANVISA) determina que os pisos devem ser revestidos com material liso,
antiderrapante, impermeável, lavável, de fácil higienização e resistente ao uso e aos produtos
de limpeza de desinfecção. Já as paredes devem possuir acabamento liso, impermeável,
lavável, de cor clara e resistente aos impactos, à higienização e ao calor. Portanto, devido ao
constante contato com produtos químicos de limpeza, o porcelanato foi considerado para estes
ambientes.
31

Já para o palco e suas escadas de acesso, o piso amadeirado será utilizado para compor o
revestimento, visto que, segundo Molina e Junior (2010), a madeira apresenta fácil
trabalhabilidade, propriedades acústicas e elevada resistência. Além disso, é o único material
de construção renovável, que demanda baixo consumo energético para produção, sequestra
carbono da atmosfera durante o crescimento da árvore (MOLINA E JUNIOR, 2010).

4.3.4. Cobertura
A cobertura da edificação possui grande influência sobre o conforto térmico e acústico de
uma obra (TOKUSUMI, 2019). Segundo Telhas Termoacústicas (2016), as telhas
termoacústicas reduzem o índice de acidentes por fadiga, reduz os custos desnecessários com
climatização, promovem o aumento da produtividade e economia de energia e promovem o
controle da emissão sonora. Por isso, foram escolhidas para compor o projeto.

Além da utilização das Telhas Termoacústicas, visando maximizar a renovação constante


do ar do ambiente, através da ventilação por efeito chaminé, a cobertura da edificação
também contará com um Lanternim (figura 22). O ar, quando aquecido tende a subir, dessa
forma, o lanternim permite que esse ar quente saia do ambiente liberando espaço para a
entrada de uma nova massa de ar.

Figura 22 – Esquema de um lanternim

Fonte: Autores (2022)

4.3.5. Divisórias
Pensando na possibilidade de segmentar áreas dentro do espaço principal, para tornar
possível a divisão em salas menores, cabos de aço serão fixados na estrutura metálica do
telhado para que tecidos de vibras vegetais possam ser colocados para segmentar o espaço em
salas. Os tecidos de fibra vegetal possuem absorção máxima para sons de frequência média,
variando de acordo com sua espessura e em função do número de pregas, podendo se tornar
mais ou menos absorventes (CAZELOTO e TAMANINI, 2003). Devidos às especificações da
fibra vegetal, elas também foram escolhidas como material das cortinas do palco e das coxias.
32

4.4. Vegetação

4.4.1. Vegetação na edificação


Em algumas paredes externas da edificação e em todo o muro do segundo ambiente de
eventos foram utilizadas paredes verdes que, segundo Vasconcellos (2006), sempre que
possível, são recomendadas em edificações localizadas em clima tropical. Além da
valorização estética do ambiente, revestir as superfícies com vegetação, promove a
diminuição do efeito das altas temperaturas e melhora o conforto térmico do ambiente
(MARTINHO, 2022).

Foi também utilizada na área interna da edificação uma parede verde desidratada,
processo que trata da proteção e estabilização das folhas. Utilizando-se de um processo
químico, as folhas são desidratadas e preservadas quanto a sua forma, textura e cor. A parede
verde desidratada foi escolhida para compor o ambiente interno devido ao fato de apresentar
uma baixa manutenção, não atrair insetos, não precisar ser regada e ser capaz de absorver o
som ambiente (FONTES, 2020).

A jabuticabeira, árvore nativa do Brasil, também pode ser cultivada como planta
ornamental em ambientes internos a construção, sendo capaz de suportar desde as baixas
temperaturas do Sul do país até as altas temperaturas do Norte e Nordeste Brasileiro
(ALCANTARA, 2019). Assim, o salão principal, contará com jabuticabeiras, que irão dotar o
espaço de uma brasilidade e valorização estética e climatológica ao ambiente.

4.4.2. Vegetação externa ao ambiente


Em ambientes externos, a arborização apresenta um papel fundamental na redução da
incidência solar, tendo seu uso como dispositivo gerador de umidade e de sombreamento
bastante eficazes (GONÇALVES, CAMARGO e SOARES, 2012).

Como ilustrado pela figura 5, a vegetação é capaz de filtrar, guiar, obstruir, ou até mesmo
acelerar ou reduzir a velocidade do vento em torno da edificação. Além disso, segundo
Baranyi (2018), o contato com a natureza ajuda na saúde física, melhora a saúde mental,
reduz estresse e a hipertensão. Sendo assim, a arborização do centro de eventos não tem
apenas a função de regulador climático, mas também de aproximar a população de um
ambiente natural, proporcionando sensações de bem estar e de proximidade com a natureza.
33

4.5. Pavimento externo


Para o pavimento externo, foi planejada a utilização do concreto poroso. O concreto
poroso é composto por cimento Portland, materiais de graduação aberta, tais como brita 0 e
pedriscos, agregado graúdo, pouco ou nenhum fino, aditivos e água, sendo indicado para
locais com tráfego de cargas moderadas, como estacionamentos e calçadas (FERGUSON,
2005).

O American Concrete Institute (ACI 522, 2010) define o concreto poroso como uma
estrutura que possui vazios interconectados entre si, que permitem que a água passe através da
superfície. Sendo considerado um material sustentável para a construção devido ao fato de o
escoamento das águas pluviais melhorar a qualidade da água de recarga do lençol freático
(MONTEIRO, 2010). Além disso, a rápida infiltração da água pelo concreto poroso também
reduz os riscos de empoçamentos de água no local.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a aplicação dos conceitos de conforto ambiental e sustentabilidade, foi possível
desenvolver um centro para eventos que atenda às necessidades básicas dos usuários e dos
contratantes. O centro de eventos foi projetado de forma a proporcionar ambientes agradáveis
em termos de temperatura, umidade, ventilação, iluminação e acústica. Todo o projeto foi
pensado de forma a propiciar sustentabilidade em todos os âmbitos, sejam eles sociais,
ambientais e econômicos.

Quanto às necessidades básicas, o projeto possui banheiros corretamente dimensionados


com banheiros separados para Portadores de Necessidade Especiais (PNE) e grupos que não
se sentem confortáveis em utilizar banheiro masculino e feminino. As cozinhas, depósitos e
áreas de acesso exclusivo foram projetadas de forma a conferir o maior conforto dos
trabalhadores e assepsia aos utensílios, alimentos e materiais utilizados. Os estacionamentos e
áreas de carga e descarga foram locadas de forma a facilitar o acesso aos usuários e
trabalhadores. Já em relação à segurança, as saídas de emergências foram posicionadas e
dimensionadas de forma a facilitar o acesso a locais seguros pelos usuários.

A estrutura fechada, quando utilizada para público em pé, será capaz de comportar 9050
pessoas. Quando organizada para receber mesas, a estrutura será capaz de comportar 4525
pessoas sentadas. Já o espaço do lago, será capaz de receber público de até 6800 pessoas,
enquanto o espaço pavimentado a céu aberto conta com uma área total de 5,5 mil metros
34

quadrados e sua capacidade de público varia de acordo com a estrutura a ser montada e das
necessidades e planejamentos da organização.

A questão social também foi considerada no Parque de Eventos ao se adicionar uma pista
de caminhada ao parque, o que torna o espaço um lugar de contemplação e relaxamento fora
dos dias de utilização principais.

No âmbito do desempenho energético da edificação, as aberturas estrategicamente


posicionadas ajudarão a promover a iluminação e a ventilação natural que, consequentemente,
promoverão uma economia de energia no centro de eventos. As 3 mil vagas de
estacionamentos cobertas com placas fotovoltaicas serão responsáveis por produzir a energia
consumida no local. Por fim, a pluralidade de espaços e áreas tornam o Parque de Eventos de
Lavras ainda mais atrativo aos contratantes.

Em termos ambientais, a utilização de energia sustentável, através das placas fotovoltaicas


instaladas no estacionamento, é um dos principais pontos a ser destacado. A vegetação
presente em todo o terreno integra o projeto à natureza e valoriza ainda mais a questão
ambiental. A escolha dos materiais para o projeto agrega ainda mais valor à questão
ambiental.

O anteprojeto, o projeto executivo e as imagens da maquete 3D encontram-se em anexo.

6. CONCLUSÃO
O Parque de Eventos Lavras, carinhosamente assim nomeado, busca unir as necessidades
atuais com as das gerações futuras, através do pensamento sustentável, do conforto ambiental,
das distribuições de espaços e da forma com que cada elemento influencia na vida das pessoas
que por ali podem passar.

A união de técnicas construtivas com a utilização dos blocos de concreto celular


autoclavado, estruturas metálicas, vidros insulados e laminados, piso de linóleo, cobertura
com telhas termoacústicas e pavimento de concreto poroso busca extrair as melhores
qualidades dos materiais, sendo assim, possível realizar um projeto sustentável o mais
sustentável possível, com isolamento acústico e com as melhores técnicas de conforto térmico
e ambiência.

Através da união das técnicas supracitadas e do pensamento voltado aos usuários, foi
possível obter um projeto aplicável e capaz de suprir as necessidades que Lavras costuma ter.
35

Assim, foi criado um projeto sustentável, com uma arquitetura única e com uma variedade de
espaços e, o torna um projeto real de um dia vir a ser executado.

7. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS


Para trabalhos futuros, seria interessante a complementação dos projetos, com o
desenvolvimento dos projetos estrutural, elétrico, hidrossanitário e de combate e prevenção a
incêndio. Além disso, um estudo referente a viabilidade econômica da realização do projeto
também seria de grande valia. Outro tópico interessante a ser sugerido seria a realização de
simulações para a avaliação da eficiência dos sistemas opostos.

8. REFERÊNCIAS

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2022.
40

ANEXOS

ANEXO A - ENTRADA

ANEXO B - PALCO
41

ANEXO C - VEGETAÇÃO

ANEXO D - ESTACIONAMNETO 1
42

ANEXO E - ESTACIONAMENTO 2

ANEXO F - ESTACIONAMENTO 3
43

ANEXO F – RECEPÇÃO 1

ANEXO G – RECEPÇÃO 2
44

ANEXO H – ÁREA PRINCIPAL 1

ANEXO I - ÁREA PRINCIPAL 2


45

ANEXO J - ÁREA PRINCIPAL 3

ANEXO K - ÁREA PRINCIPAL 4


46

ANEXO L - ÁREA PRINCIPAL 5

ANEXO M - ÁREA PRINCIPAL 6


47

ANEXO N - BANHEIRO

ANEXO O - VISÃO PANORÂMICA 1


48

ANEXO P – VISÃO PANORÂMICA 2

ANEXO Q - VISÃO PANORAMICA 3


49

ANEXO Q -VISÃO PANORÂMICA 4

ANEXO R – PRANCHA 1
50

ANEXO S – PRANCHA 2
51

ANEXO T – PRANCHA 3
I.S. Fem. Funcionários I.S. Masc. Funcionários I.S. Masculino 1 I.S. Feminino 1
I.S. PNE 1
Lixo DML Vest. Fem. Vest. Masc.
Circ. 2
I.S. Fraldário 1
I.S. Feminino 3 Cozinha
Carga e Descarga 2 Despensa Carga e Descarga 1

CORTE AB
ESC - 1/75

310.00

5.00

5.00
6.50
2.50 2.50 2.50

6.50

6.50
6.00
2.50

50.87

50.67
0.50 2.60

5.00

5.00

5.00
6.50

2.00

2.00

2.00
passeio passeio

5.00

5.00

5.00
jardim jardim
passeio passeio

6.00
0.50 2.60 6.00 6.00
2.50 2.50 2.50

6.00
6.50
2.50
jar

plataforma carga e descarga


dim
pa
ss
eio

5.00

5.00
pa
ss
eio

6.00
124.81 45.50 131.96

2.00

2.00
J1 J1 J1

sobe
0.50 2.60

5.00

5.00
passeio
plataforma

6.50
elevatória pne

10.30
6.00 6.00
2.50 2.50
8.50 123.46

6.00
12 degraus 12 degraus
28x17,5cm 28x17,5cm passeio

passeio

20.70
jardim
2.50
6.00

P8

sobe

sobe
0.50 2.60 plataforma plataforma P4

5.00

5.00
J5 elevatória pne elevatória pne J3

11.40
passeio
6.50

acesso de J6

2.00

2.00
funcionários J4
1.00 P4

5.00

5.00
44.50 8.50
P10
6.00

J1
dormentes h=2.10
6.00 6.00
0.50 2.60 2.50 2.50
J1

6.00
P17
2.50

17.00
J7
6.50

passeio
jardim

5.00

5.00
jardim
J7

passeio

2.00

2.00
passeio
ESTACIONAMENTO COBERTO COM PLACAS FOTOVOLTAICAS - 360 VAGAS DE 2,60x6,50m
J1 P18
0.50 2.60
0.00

5.00

5.00
3.00 44.50
J8
6.50

EDIFICAÇÃO PRINCIPAL passeio 6.00 6.00


LAGO
2.50 2.50

44.00
ÁREA = 4.428,05m²

6.00
Área Verde
Esáço Aberto ESTACIONAMENTO DESCOBERTO
J8
315 VAGAS DE 2,50x5,00m 2.50
6.00

97.30

J8

5.00

5.00
0.50 2.60 P18
28.20
passeio
jardim

2.00

2.00
6.50

5.00

5.00
passeio

6.00 6.00
6.00

2.50 2.50

seio

seio
pas
P17

6.00
pas
0.50 2.60

im
jard
2.50
2.00 P19
45.50
6.50

J1 8.50 J1

5.00

5.00
J1 J1

2.00

2.00
passeio
jardim

passeio
6.00

15.60
15.40

5.00

5.00
0.50 2.60
passeio

54.00 6.00 6.00


2.50 2.50
6.50

- -

6.00
X X
J12 J12
J10 J10 J11 J12 J12 J12 P15 P16 J10 J10 P8 passeio eio
2.50
5.00

5.00

ss
pa
eio
ss
pa
im
6.00

5.00

5.00
rd

acesso ao público
ja

119.11 0.50 2.60 8.50 6.00 área coberta 6.00 8.50 118.63

2.00

2.00
rampa i=8%

rampa i=8%
11.00

11.00
6.50

5.00

5.00
6.00 6.00
2.50 2.50
6.00

6.00
25.00
0.50 2.60 2.50 2.50 2.50 2.50
56.00

5.00

5.00

5.00
6.50

10.00

2.00

2.00

2.00
2.00

13.0
5
13.0

5.00

5.00

5.00
5

Jardim Jardim
12.50

10.00

6.00 6.00 6.00


FONTE 2.50 2.50 2.50

7.00
passeio
2.00

368.01
TP = 41,04%
Área Total=42.889,29m²

57.16
AVENIDA AVENIDA

55.00 17.01

escultura
196.90
196.90

47.04
219.00

219.00

escultura
2.40

pista de caminhada

ESPAÇO DESCOBERTO CIMENTADO


100.00

ÁREA = 5.500,00m²
12.00

escultura
40.96

escultura

55.00 10.20

113.77 34.80 113.73

EDIFICAÇÃO SECUNDÁRIA (GUARITA)


36.70

36.70
7.10

7.10

ÁREA = 247,08m²

PROJETO PARA CONSTRUÇÃO / REFORMA / REGULARIZAÇÃO / DEMOLIÇÃO SELO_PML_ABR_22_R0


15.00

15.00

FINALIDADE: APROVAÇÃO INICIAL DE PROJETO Nº DO IPC ______________________


jardim

USO: COMERCIAL 02 / 03 DESENHO __________________


FOLHA Nº __________

INSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA:
LOGRADOURO: AVENIDA TOTONHO DE REZENDE
CADASTRO DO IMÓVEL
S/N
112.63 34.00 112.63
NÚMERO: QUADRA: LOTE:
ZONEAMENTO:
BAIRRO: VILA BRASILIA LAVRAS - MG
259.25
MUNICÍPIO:

IMPLANTAÇÃO acesso de pedestres e veículos RESPONSÁVEL PELO PROCESSO:

ESCALA - 1:300 GOVERNO DE LAVRAS


ÁREA = 4.675,13m² CPF / CNPJ

Subsecretaria de Planejamento
e Regulação Urbana
Superintendência de
Modernização e Projetos Digitais
ASSINATURA DO(S) RESPONSÁVEL(IS) PELO PROCESSO

OBSERVAÇÕES (Nº DE PROCESSOS ANTERIORES, ETC)


QUADRO DE ÁREAS
TERRENO 104.504,21 m²

APROVAÇÃO INICIAL OU
1.00

REGULARIZAÇÃO DE OBRA
MODIFICAÇÃO DE PROJETO
1.55

ÁREA DE PROJEÇÃO: ÁREA EXISTENTE:


4.675,13 m²
3.40

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO


1.70

1.70

ÁREA A CONSTRUIR: ÁREA AVERBADA:


2.40

2.40

4.675,13 m² CREA - CAU - CRT / UF


3.50

3.50

ÁREA APROVADA: ÁREA APROVADA:


0.70

0.70
1.80

1.80

ÁREA AVERBADA: ÁREA DE ACRÉSCIMO:


ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO

ÁREA TOTAL: TOTAL A REGULARIZAR:


PAVIMENTOS E OCUPAÇÃO
4.675,13 m² GABARITO TOTAL DE PAVIMENTOS
10.50

10.50

10.50
3.50

PERMEABILIDADE DO TERRENO
01
2.40

2.40

2.40

ÁREA PERMEÁVEL TAXA DE PERMEABILIDADE TAXA DE OCUPAÇÃO Nº DE UNIDADES


8.95

42.889,29 m² 41,04 % 4,47% 01


8.15

UNIDADES RESIDENCIAIS UNIDADES NÃO RESIDENCIAIS


QUANDO USO MISTO
01
0.10

7.10

0.10

ÁREA RESIDENCIAL ÁREA NÃO RESIDENCIAL


4.675,13 m² Analisado conforme Lei Complementar 425/2021 e suas alterações
que dispõem sobre o Código de Obras do município e demais legislações
pertinentes a este departamento.
CONTEÚDO Conforme termo de responsabilidade fornecido ao município pelo(a)
profissional responsável Técnico(a) pelo projeto cabe à ele(a) a
IMPLANTAÇÃO E CORTES
3.50

3.50

3.50

responsabilidade pela compatibilidade em relação aos demais órgãos


reguladores nas esferas Municipal, Estadual e Federal.

RESERVADO PARA O CARIMBO DE APROVAÇÃO

I.S. FEMININO 4 I.S. MASCULINO 4 ÁREA DE FOTOS FOYER BILHETERIA W.C. MASC. 2 I.S. MASCULINO 3 I.S. FEMININO 3

CORTE ESQUEMÁTICO XX (TRANSVERSAL)


ESC - 1/75

FORMATO - 2 A0
0.60 0.60

0.60 0.60
passeio passeio

0.80

0.80
jardim jardim
0.60 passeio passeio
70.79

10.00
15.00

15.00

15.00
jar
dim
2.00 7.50 7.00 54 pa
.78 ss
sobe eio
pa

0.50
ss
eio

A
rampa plataforma carga e

5.00

25.30
i=17,33% descarga

4.50
40.50
0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20
0.20 0.20 0.20
1.60 1.50 11.50 1.50 6.35 4.55 2.00 2.00 3.08 3.72 2.50 7.40 1.50 1.50 1.50
0.60 P2 J1 J1 J1

0.20

0.20
0.20
0.30

0.30
9.90

W.C Fem. 1

W.C Masc. 1
TELHA METÁLICA sobe 12 degraus

2.00
2.05
28x17,5cm

Banho
P1

2.32
TERMOACUSTICA Circulação 1 60
0.

3.00
saída de emergência

3.20
i=10% 0
14.07 60 0.8
plataforma 0.

1.25
saída de elevatória

0.20
Circ. Coxia P3 P3 P3
emergência

1.30
pne 3.40 1.50

4.40

1.3
Hall 1

2.10

2.30
10.95 1.60 Vest.

0
10.30
10.00
Carga e Descarga 1 2.90

55
P4
4.20

2.
P5

cortin
a
Recepção

passeio

cortin
6.80
h=1.60 a partir da laje h=2.40 a partir da laje 37.68

2.80

2.80
J2

0
.4
a
3.70

4.80

4.60
Camarim

12
11.50 1.50 13.30 5.10 coxia 1 coxia 2

passeio
Palco passeio

jardim
0.60 P6 P7

11.00
0.20
0.20 0.20 0.20 3. 0.20 0.20 0.20 1.00
0.80 8.30 2.00 34 34 4.90 2.60 2.00 8.30 17.91
3.

0.20
0.20

0.20

0.20
h=1.60 a partir da laje

3.15 3.08 2.00 2.00 3.08 3.15 P8

h=2.40 a partir da laje

1.60

1.60
12 degraus 12 degraus

1.90

1.90

2.25
h=2.40
PNE PNE

sobe
sobe

h=2.40

emergência
2.75

2.75
beiral de laje imperm.

28x17,5cm 28x17,5cm

beiral de laje imperm.

saída de
3.70

3.70
3.60

1.20

1.20
saída de emergência
bancos bancos P4 plataforma plataforma P4 bancos bancos

5.50

5.50
P4
elevatória elevatória
I.S. Feminino 1 I.S. Masculino 2

saída de emergência
J5 Hall 2 pne pne
TELHA DE FIBROCIMENTO 4.3 8 Hall 4
J13 8 4.3 J3

1.80

1.80
i=10% PNE PNE passeio
12.00

passeio
h=2.40 h=2.40

11.40
0.20

0.20

0.20

0.20
2.20 2.20

1.80

1.80
J6
PNE Hall 3 PNE
J4
Hall 5
h=0.70 a partir da estrutura metélica da cobertura principal

h=0.70 a partir da estrutura metélica da cobertura principal

1.50
4.30
I.S. Masculino 1
P4 I.S. Feminino 2
h=1.60 0

5.30
h=2.40
0 .2

2.50

h=2.40
acesso de 8.30 P4 bancos bancos P4

1.70
39.25

3.50
1.50
h=2.40 a partir da laje funcionários PNE em Pista de Dança

J13

gê de
sa

ia
TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA er
A=536,20m²

íd
0.20

nc
0.20

er da

1.70

1.65
PNE

em s aí
P10 2.00 nc

de
TERMOACUSTICA TERMOACUSTICA P9 saída de emergência
0.20 0.20 ia

1.60

0.20

0.20
i=10% i=10% 0.20 0.20 0.20
1.60 1.50 9.50 1.50 3.00 1.40 3.20 2.70 2.20 32.20 2.00 8.30
0.20 0.20

1.50
0.80

0.20
armário para guardar os
0.20

14.10
saída de emergência
materiais dos funcionários
P4

2.00
J1 Vestiário Masc. 0.201.00 e
4.40 1.70
J13
36.60
d a d ncia

0.20
í
sa rgê

aberturas de vidro
e

12.50
P4
em

Circ. 2
J1 Vestiário Fem. saída de

2.00
0.60 1.20 P17
armário para guarda de emergência

0.20
materiais dos funcionários

área externa funcionários

1.50
h=1.60 a partir da laje

dormentes h=2.10

33.0
beiral de laje imperm.

5.60 1.50

3.10
I.S. Masc. 0.20

4.20

saída de emergência
J7 J13

17.00
delimitação da pista de dança delimitação da pista de dança delimitação da pista de dança

passeio

9
jardim
Funcionários

0.85

0.85
P4

2.00

0.30

0.30

0.30
TELHA DE FIBROCIMENTO 3.60

1.10 1.10
i=10% 0.20

2.00
0.20

1.50
3.50 7.80 2.00 15.00 2.00 7.80
0.80 0.80
3.60

jardim
P4 0.20 0.20

1.00
I.S. Fem.

0.20
4.20
J7 Funcionários 0.20 P4

3.10
5.60 1.50

passeio
J13

passeio
2.30
passeio

aberturas de vidro
0.20

1.50
4.40 1.20
J1

cervejeiras
0.20
DML

2.00
P4

11.50

13.20

13.20
P18

6.90
0.20
2.80

0.20
área limpa
J13

Circ. 3
lavagem de utensílios
bar

lavagem de utensílios
0.20
bar

4.70
área limpa

1.50
2.00
J8
h=1.60 materiais sujos P11

0.20
passeio
J13 LAGO
0.80

assepsia
12.00
0.60 0.60
Área Verde

5.80

44.00
8.60 1.50

2.00

0.30

0.30

0.30
0.20

cervejeiras
0.20 Esáço Aberto

assepsia
13.80

4.80

1.50

delimitação do espaço para mesas

delimitação do espaço para mesas


J8 0.20
7.80 2.00 15.00 2.00 7.80
0.80 0.80

2.00
empratamento
0.20 0.20

legumes
cozimento
J13 Espaço para mesas
A = 808,27m²

66.00
97.30
P11

aberturas de vidro
refrigeração

92.32
87.59
alimentos
J8

1.50
Cozinha

saída de emergência

11.50

13.20

13.20
P18

passeio
jardim

assepsia
P12 J13

8.50
carnes
bar

0.20

cervejeiras
6.40
0.60 bar
P12
Despensa

Circ. 3
alimentos

1.50
4.80
alimentos
alimentos
J13

0.20
8.60
h=1.60 a partir da laje

alimentos alimentos
P13

0.20

2.40

2.00

0.30

0.30

0.30
beiral de laje imperm.

2.90 1.50
P4 Depósito P4 0.20

1.80
0.20
de Lixo

1.50
0.20
7.80 2.00 15.00 2.00 7.80
5.50 0.80 0.80
0.20 0.20 0.20 0.20

aberturas de vidro
P2 saída de

seio
J13 emergência

seio
pas
39.25
saída de Carga e

0.30

pas
emergência P17
Descarga 2

9.25
6.80
passeio
saída de

8.40

10.75
saída de

im
sa rgê
em
emergência

1.50

jard
emergência

íd nc
e
a
P14

de ia
0.20 acesso aos delimitação do espaço para mesas 8.50
10.50 0.20
0.20 J13 banheiros 1.00 0.20
1.80 8.50 0.20

emergência

emergência
0.20 P19 2.50

acesso aos
saída de

saída de
0.20

0.20
0.20

banheiros
1.00 5.60
5.80 3.50 J9 J1

camarão
2.20x2.40
1.50
J1 I.S PNE 1

porta
I.S PNE 2

2.20

2.20

2.20
h=0.70 a partir da estrutura metélica da cobertura principal

h=0.70 a partir da estrutura metélica da cobertura principal

1.50
P4 P4 17.60 5.00 3.70 P4
3.70 0.
20

0.20

0.20

0.20
0.20
Hall 9

5.25

5.25
2.50 4.60 1.20 2.30 h=3.50 2.30 1.20 2.50
1.00 1.00

1.40

1.40
0.20 0.20

1.60
I.S. LGBT 1
1.60
0.20 P4
Hall 6 P4 P4 P4 0.20

2.86

2.85
J9

6.40

I.S. LGBT 2
1.20 1.20
Maquiagem

7.20
1.45
J1 Fraldário 1 Fraldário 2 J1
passeio
jardim

P4 P4 P4 P4

5.70
TELHA METÁLICA TELHA METÁLICA Área de Fotos

0.20

0.20

0.20
0.20
TERMOACUSTICA TERMOACUSTICA passeio

4.10

4.10
0.20
0.20 0.20
i=10% i=10% 4.05 3.50 6.40 1.20 21.20
0.20

0.20
1.80

15.60
P4

.38
1.00
Foyer

57
0.20

0.20
TELHA DE FIBROCIMENTO 3.50

I.S. Feminino 3

I.S. Feminino 4
I.S. Masculino 3

I.S. Masculino 4
P4 0.20
0.60

h=1.60 i=10% beiral de laje imperm.

2.50

2.50
Escritório Hall 7
0.20 0.20

9.75

9.75

9.75

9.75
h=2.40 a partir da laje 2.00
8.40 2.90

0.20 0.20

0.20
W.C P4
1.40

1.20 1.40 1.20


Área de Fotos

6.90
Fem. 2

emergência
saída de
emergência
P3

saída de
passeio

4.20
Hall 8 Bilheteria Área de Fotos

0.20
P3
W.C
26.30

2 .0
Masc. 2 P8
0.20

0.20

0.20

0.20

0.20

0
J10 J10 J11 J12 J12 J12 J12 J12 P15 P16 - cobogó com vidro J10 J10 7.98
0.60 0.60

1.80
1.60 1.50 11.50 1.50 4.05 4.05 2.00 7.90 5.00 3.20 4.05 4.05
0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 0.20 acesso ao público 0.90 0.20 0.20 passeio ei
o
h=2.40 a partir da laje
h=2.40 a partir da laje

0.20 ass
B área coberta p

4.80

4.80

4.80
io
5.00

54.00 sse
beiral de laje imperm.

21.98 pa
m
beiral de laje imperm.

i
rd
ja

0.20

0.20

0.20

0.20
0.30

0.30
TELHA DE FIBROCIMENTO
i=10% 10.00 5.70 7.00 10.00 7.00 5.70

12.
0.30 0.20 0.30 0.30 0.20 0.30

00
16.00
rampa desce

rampa sobe
Embarque e Desembareque de Passageiros

i=8%
10.60

10.80

10.60

i=8%
área coberta
PROJETO PARA CONSTRUÇÃO / REFORMA / REGULARIZAÇÃO / DEMOLIÇÃO SELO_PML_ABR_22_R0
QUADRO DE ÁREA
12.50 12.00 12.50

0 .6
CÔMODO ÁREA APROVAÇÃO INICIAL DE PROJETO Nº DO IPC ______________________

0.8 0.6
FINALIDADE:

0
0 0
Carga e Descarga 1 136,87m² COMERCIAL 01 / 03 DESENHO __________________
h=2.40 a partir da laje h=2.40 h=3.40 h=2.40 h=2.40 a partir da laje USO: FOLHA Nº __________

Recepção 39,57m² INSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA:

Circulação 1 56,99m² LOGRADOURO: AVENIDA TOTONHO DE REZENDE


CADASTRO DO IMÓVEL
Circulação Coxia 16,33m² NÚMERO: S/N QUADRA: LOTE:

Coxia 1 12,21m² ZONEAMENTO:


0.30

0.30
VILA BRASILIA LAVRAS - MG

0.20

0.20
BAIRRO: MUNICÍPIO:
Coxia 2 12,21m²
Palco 152,91m² 2.50 7.00 10.00 7.00 2.50
0.20 0.30 0.30 0.20 RESPONSÁVEL PELO PROCESSO:
Hall 1 7,14m² GOVERNO DE LAVRAS
25.00
Camarim 22,54m² CPF / CNPJ
Vestiário 3,45m² 56.00
Subsecretaria de Planejamento
Banho 4,50m² e Regulação Urbana
W.C. Fem. 1 4,50m²
Superintendência de
W.C Masc. 1 4,50m²
I.S. Fem. 1 45,65m² QUADRO DE ESQUADRIAS Modernização e Projetos Digitais

10.00
ASSINATURA DO(S) RESPONSÁVEL(IS) PELO PROCESSO

I.S. Masc. 1 35,70m² PORTA / PORTÃO JANELAS OBSERVAÇÕES (Nº DE PROCESSOS ANTERIORES, ETC)
QUADRO DE ÁREAS
Hall 2 11,36m²
Hall 3 8,96m²
P1 1.80x2.40 J1 1.20x0.60 / h=1.80 TERRENO 104.504,21 m²

I.S. Fem. 2 43,99m²


P2 3.00x2.40 J2 2.00x1.40 / h=1.00
I.S. Masc. 2 45,65m²
P3 0.70x2.10 J3 5.50x0.60 / h=2.60 APROVAÇÃO INICIAL OU
REGULARIZAÇÃO DE OBRA

Hall 4 11,36m²
P4 1.00x2.10 J4 5.30x0.60 / h=2.60
MODIFICAÇÃO DE PROJETO

Hall 5 10,96m²
P5 1.50x2.40 J5 5.50x0.60 / h=1.80 ÁREA DE PROJEÇÃO: ÁREA EXISTENTE:

Circulação 2 34,85m²
P6 2.30x2.40 J6 4.30x0.60 / h=1.80 10.00 4.675,13 m²
PERGOLADO P7 2.50x2.40 J7 3.40x0.60 / h=1.80
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO

Vestiário Masc. 8,80m² ÁREA A CONSTRUIR: ÁREA AVERBADA:


EM ESTRUTURA METÁLICA P8 4.50x2.40 J8 3.00x1.20 / h=1.20
Vestiário Fem. 8,80m² 8.46 8.46 4.675,13 m²
2.00

P9 1.20x2.40 J9 5.60x1.10 / h=1.20


CREA - CAU - CRT / UF
COBERTA COM VIDRO I.S. Masc. Funcionários 21,32m² passeio
I.S. Fem. Funcionários 21,32m²
P10 1.80x2.10 J10 4.05x0.60 / h=1.80 34.80
ÁREA APROVADA: ÁREA APROVADA:

13.
05

DML 8,79m²
P11 1.60x2.40 J11 0.60x0.60 / h=1.80 0.20 0.20
13.

05
Cozinha 118,68m²
P12 2.00x2.40 J12 0.50x0.50 / h=1.00 0.20 1.00 ÁREA AVERBADA: ÁREA DE ACRÉSCIMO:
2.15
P13 1.10x2.40 J13 3.00x0.60 / h=5.85
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO

Circulação 3 35,85m² P22 P21 P23 P23 P21 P22


P14 4.00x2.40 J14 3.00x2.00 / h=1.00

0.20 0.20
Despensa 41,28m² Jardim Jardim P20 ÁREA TOTAL: TOTAL A REGULARIZAR:
PAVIMENTOS E OCUPAÇÃO
P15 6.00x4.00 J15 3.35x2.00 / h=1.00

1.30
Carga e Descarga 2 82,46m² J17 4.675,13 m² GABARITO TOTAL DE PAVIMENTOS
P16 11.20x4.80 J16 1.60x0.60 / h=2.40 Lavabo P3
I.S. PNE 1 5,50m² 01
passeio

passeio

P17 8.35x6.00 J17 0.60x0.60 / h=2.40 PERMEABILIDADE DO TERRENO

3.70
circ.
geladeira
be

microondas
Fraldário 1 7,15m²

passeio
TAXA DE PERMEABILIDADE TAXA DE OCUPAÇÃO Nº DE UNIDADES
P18 13.20x6.00 ÁREA PERMEÁVEL

2.00
Hall 6 29,89m² J16
10.00

42.889,29 m² 41,04 % 4,47% 01


P19 4.60x3.50

passeio
FONTE Copa

passeio
I.S. Feminino 3 39,44m²

7.10

7.10
P20 0.80x2.10

0.20
UNIDADES RESIDENCIAIS UNIDADES NÃO RESIDENCIAIS
I.S. Masculino 3 39,44m² acessos acessos QUANDO USO MISTO

I.S. LGBT 1 18,03m²


P21 12.00x2.40 Guarita 01
ÁREA RESIDENCIAL ÁREA NÃO RESIDENCIAL
P22 2.00x2.30
COBERTURA Maquiagem 46,08m² 4.675,13 m²

3.00

3.00
P23 1.13x2.30 10.
04 J14 J14 Analisado conforme Lei Complementar 425/2021 e suas alterações
04
ESCALA - 1:100 Escritório 21,00m² 10. que dispõem sobre o Código de Obras do município e demais legislações
pertinentes a este departamento.
Hall 7 8,45m²
projeção cobertura projeção cobertura CONTEÚDO Conforme termo de responsabilidade fornecido ao município pelo(a)

0.20
Bilheteria 33,18m² profissional responsável Técnico(a) pelo projeto cabe à ele(a) a
J15 PLANTA BAIXA, COBERTURA E QUADROS responsabilidade pela compatibilidade em relação aos demais órgãos
W.C. Fem. 2,40m² QUADRO DE ÁREA reguladores nas esferas Municipal, Estadual e Federal.
W.C. Masc. 2,40m² 2.00 12.00 1.13 3.35 1.13 12.00 2.00
Área do Terreno 104.504,21m² 0.40 0.20 0.20 0.40
Hall 8 3,08m² Área de Projeção 4.675,13m² passeio RESERVADO PARA O CARIMBO DE APROVAÇÃO
2.00

Hall 9 29,45m² acesso de pedestres e veículos


Área a Construir 4.675,13m² QUADRO DE ÁREA
I.S. PNE 2 5,50m² Área Total 4.675,13m²
Fraldário 2 7,15m² Área Permeável 42.889,29m² CÔMODO ÁREA
I.S. LGBT 2 18,03m² PLANTA BAIXA GUARITA
Guarita 9,00m²
I.S. Masculino 4 39,44m² ESCALA - 1:125
I.S. Feminino 4 39,44m² PLANTA BAIXA SALÃO DE FESTAS Copa 4,30m²
ESCALA - 1:125 Circulação 3,70m² ÁREA = 247,08m²
Salão 2.262,61m² Lavabo 2,79m²
Depósito de Lixo 9,90m² ÁREA = 4.428,05m² Acessos 214,76m²
ÁREA TOTAL 4.428,05m² ÁREA TOTAL 247,08m²

FORMATO - 2 A0
310.00

50.87

50.67
124.81 45.50 131.96

10.30
8.50 123.46

20.70

11.40
1.00
44.50 8.50

17.00
ESTACIONAMENTO COBERTO COM PLACAS FOTOVOLTAICAS - 360 VAGAS DE 2,60x6,50m

3.00 44.50

LAGO

44.00
Área Verde
Esáço Aberto ESTACIONAMENTO DESCOBERTO - 315 VAGAS DE 2,50x5,00m

97.30

28.20
2.00

15.60
15.40

5.00

5.00
119.11 8.50 6.00 6.00 8.50 118.63

11.00

11.00
25.00

10.00

2.00
passeio

13.0
5
13.0

5
Jardim Jardim
passeio

passeio
10.00

FONTE

passeio
2.00

368.01
AVENIDA AVENIDA

TP = 41,04%
Área Total=42.889,29m²

ESCULTURA
196.90
219.00

219.00

ESCULTURA
2.40

PISTA DE CAMINHADA

ESPAÇO DESCOBERTO CIMENTADO


ÁREA = 5.500,00m²

N.M.
ESCULTURA

ESCULTURA

113.77 34.80 113.73


7.10

7.10
15.00

15.00
jardim

112.63 34.00 112.63


259.25
acesso de pedestres e veículos

AVENIDA TOTONHO DE REZENDE - BAIRRO VILA BRASILIA, LAVRAS-MG

SITUAÇÃO
ESCALA - 1:300

PROJETO PARA CONSTRUÇÃO / REFORMA / REGULARIZAÇÃO / DEMOLIÇÃO SELO_PML_ABR_22_R0

FINALIDADE: APROVAÇÃO INICIAL DE PROJETO Nº DO IPC ______________________

USO: COMERCIAL 03 / 03 DESENHO __________________


FOLHA Nº __________

INSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA:
LOGRADOURO: AVENIDA TOTONHO DE REZENDE
CADASTRO DO IMÓVEL
NÚMERO: S/N QUADRA: LOTE:
ZONEAMENTO:
BAIRRO: VILA BRASILIA MUNICÍPIO: LAVRAS - MG

RESPONSÁVEL PELO PROCESSO:

GOVERNO DE LAVRAS
CPF / CNPJ

Subsecretaria de Planejamento
e Regulação Urbana
Superintendência de
Modernização e Projetos Digitais
ASSINATURA DO(S) RESPONSÁVEL(IS) PELO PROCESSO

OBSERVAÇÕES (Nº DE PROCESSOS ANTERIORES, ETC)


QUADRO DE ÁREAS
TERRENO 104.504,21 m²
FACHADA FRONTAL
ESC - 1/75 APROVAÇÃO INICIAL OU
REGULARIZAÇÃO DE OBRA
MODIFICAÇÃO DE PROJETO

ÁREA DE PROJEÇÃO: ÁREA EXISTENTE:


4.675,13 m²
RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO
ÁREA A CONSTRUIR: ÁREA AVERBADA:
4.675,13 m² CREA - CAU - CRT / UF

ÁREA APROVADA: ÁREA APROVADA:

ÁREA AVERBADA: ÁREA DE ACRÉSCIMO:


ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO

ÁREA TOTAL: TOTAL A REGULARIZAR:


PAVIMENTOS E OCUPAÇÃO
4.675,13 m² GABARITO TOTAL DE PAVIMENTOS

PERMEABILIDADE DO TERRENO
01
ÁREA PERMEÁVEL TAXA DE PERMEABILIDADE TAXA DE OCUPAÇÃO Nº DE UNIDADES
42.889,29 m² 41,04 % 4,47% 01
UNIDADES RESIDENCIAIS UNIDADES NÃO RESIDENCIAIS
QUANDO USO MISTO
01
ÁREA RESIDENCIAL ÁREA NÃO RESIDENCIAL
4.675,13 m² Analisado conforme Lei Complementar 425/2021 e suas alterações
que dispõem sobre o Código de Obras do município e demais legislações
pertinentes a este departamento.
CONTEÚDO Conforme termo de responsabilidade fornecido ao município pelo(a)
profissional responsável Técnico(a) pelo projeto cabe à ele(a) a
SITUAÇÃO E FACHADAS responsabilidade pela compatibilidade em relação aos demais órgãos
reguladores nas esferas Municipal, Estadual e Federal.

RESERVADO PARA O CARIMBO DE APROVAÇÃO

FACHADA LATERAL
ESC - 1/100

FORMATO - 2 A0

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