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Santo André – SP
2017
Cássia Bezerra Santos
Maitê Thomaz Silva
Trabalho de Graduação da
Engenharia Ambiental e Urbana
na Universidade Federal do ABC,
como requisito para obtenção do
grau de Engenheiro Ambiental e
Urbano
Santo André – SP
2017
Resumo
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................... 9
3. OBJETIVOS.........................................................................................................10
3.1. Objetivo geral.....................................................................................................10
3.2. Objetivos específicos........................................................................................10
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................11
4.1. Sistemas de drenagem tradicionais.................................................................11
4.1.1. Captação e uso de água pluvial nos lotes.....................................................12
4.1.2. Bacias de detenção e retenção na macrodrenagem.....................................13
4.1.3. Pisos permeáveis..........................................................................................13
4.1.4. Bacias de infiltração...................................................................................... 14
4.1.5. Trincheiras de infiltração nos lotes................................................................14
4.2. Como selecionar um mecanismo de drenagem sustentável.........................15
5. METODOLOGIA..................................................................................................20
5.1. Estudo da problemática das enchentes na Região Metropolitana de São
Paulo e seleção de uma bacia hidrográfica para o estudo de caso.....................20
5.2. Bacia hidrográfica de estudo: Bacia do Córrego Oratório, Região do ABC –
Região metropolitana de São Paulo........................................................................21
5.3. Elencar os principais problemas relacionados à drenagem na bacia de
estudo e suas possíveis causas.............................................................................24
5.4. Fazer o levantamento de dados secundários: estudos, planos e projetos
realizados para a bacia em questão, avaliar suas proposições à luz da
bibliografia de referência;........................................................................................25
5.5. Estudar viabilidade de aplicação de técnicas de drenagem urbana
sustentável na região do Córrego do Oratório......................................................25
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................26
6.1. Proposição de sistema de drenagem urbana sustentável integrado para o
Córrego Oratório.......................................................................................................30
6.2. Analise dos pontos de incidência de inundações..........................................32
6.2.1. Definição das áreas com maiores problemas de drenagem urbana.............32
6.3. Proposta para a seleção dos sistemas de drenagem sustentável................39
6.4. Recomendações.................................................................................................48
6
7. CONCLUSÃO......................................................................................................50
8. REFERÊNCIAS................................................................................................... 51
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1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Fonte: http://www.oterprem.com.br/site/imagens/esquema_pisos2.png
alagamentos e enchentes.
Esta medida existe para diminuir o efeito de impermeabilização do solo causado
pela urbanização. Pisos permeáveis são sistemas de placas permeáveis, ou em
alguns casos camadas de cascalho, que permitem a que a água precipitada seja
percolada lentamente, sendo assim uma maneira mais natural de escoar água da
chuva, evitando enchentes. (CANHOLI, 2014)
Em que:
1: pode necessitar de mais um estágio de tratamento;
2: pode necessitar de mais dois estágios de tratamento;
3: o projeto deve inibir a movimentação dos contaminantes.
físicos?
Há solos permeáveis suficientes para permitir práticas de infiltração?
O lençol freático está a uma profundidade adequada abaixo da base
do sistema?
Qual é o tamanho do sistema de drenagem?
Há terra suficiente disponível para desenvolver este sistema?
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é o tipo de sistema que
pode ser utilizado na área, por exemplo, uma zona industrial pode precisar de SUDS
que fornecem tratamento biológico ou forro impermeáveis que podem ser
necessários em instalações que recebem escoamento de derramamentos. Uma área
residencial, por sua vez, poderia ser atendida sem a necessidade de tal tecnologia
Tal como acontece com os sistemas de drenagem convencionais, a
manutenção dos SUDS é necessária para que sua operação seja bem-sucedida.
Planos de manutenção devem ser desenvolvidos antes da aprovação de todos os
sistemas e podem ser categorizados em 3 grupos: manutenção de rotina, reparação
e manutenção ocasional. Os responsáveis pelos SUDS precisam inspecionar as
instalações em intervalos regulares, de modo que quaisquer problemas com a
operação possam ser abordados numa fase precoce. Verificações regulares sobre a
instalação também irão favorecer que o sistema seja mantido em boas condições de
19
5. METODOLOGIA
Assim foi possível identificar as áreas com melhores disposições para comportar
as tecnologias de drenagem sustentável propostas.
25
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Entretanto tais intervenções não ocorreram ainda, pois as prioridades do plano são
as bacias que apresentam problemas mais graves a serem resolvidos, como pode
ser observado na tabela 4, a seguir.
Posição Bacia
1 Tietê
2 Tamanduateí
3 Pinheiros
4 Baquirivu
5 Aricanduva
6 Meninos
7 Oratório
8 Cabuçu de Cima
9 Pirajussara
10 Cabuçu de Baixo
Fonte: Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto do Tietê
Posição Bacia
1 Tamanduateí
2 Meninos
3 Oratório
Figura 6 - Mapa das intervenções propostas pelo Estudo Regional de Planejamento Estratégico da
Macrodrenagem e Microdrenagem da Região do Grande ABC para a bacia do Córrego Oratório
Para estudar as áreas afetadas por problemas de drenagem urbana nas áreas
próximas ao Córrego Oratório, foi realizado um levantamento de notícias sobre os
transbordamentos do córrego e alagamentos na região, listadas na tabela a seguir.
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Insuficiência de galeria e
Rua Oratório,4641-5081
transbordamento do córrego
Uma outra causa de alagamento pode ser observada, por exemplo, na Rua
Planaltina em Santo André, onde já ocorreu alagamento. Nesta rua, há apenas as
canaletas para o escoamento de água, como pode ser visualizado na Figura 9.
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não haja uma intervenção na área. Dentre as opções conhecidas para lidar com este
tipo de situação, uma das mais controversas é a remoção, por violar os direitos à
moradia da população local.
Segundo a Resolução CONAMA nº 369 (2006), a destinação principal das
Áreas de Preservação Permanente (APPs) é preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora,
proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Entretanto esta
mesma resolução afirma que há a possibilidade de ocupação humana e preservação
do meio ambiente simultaneamente, por meio da utilização parcial da área total da
APP pelo sistema de áreas verdes de domínio público.
Contudo neste caso o mais indicado seria a remoção de algumas residências,
pois a invasão está localizada exatamente nas margens do córrego, dificultando
assim a elaboração de medidas mitigatórias na área. Para se dar início ao processo
de remoção é importante ter a participação da população e as informações referente
ao caso devem ser transmitidas de forma clara e sucinta, oferecendo garantias de
assistência social e jurídica para a população local. Além disso os órgãos envolvidos
devem apresentar opções viáveis de realojamento para as famílias removidas,
incluindo indenização pelas perdas sofridas e planos de aluguéis adequados.
Ao se resolver este impasse é possível dar continuidade no projeto de
drenagem da região, e para que o mesmo seja bem-sucedido é essencial que a haja
participação não só da população, mas também dos comerciantes e das indústrias
presentes na região. Como citado anteriormente, existem sistemas disponíveis que
ocupam relativamente pouco espaço e que são eficazes em controlar o escoamento,
logo ao identificar as áreas livres é possível iniciar o dimensionamento dos sistemas
de drenagem aptos a controlar a quantidade excessiva de água, que gera as
enchentes que assolam a região ao redor do Córrego Oratório.
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Fonte: GoogleMaps
Figura 14 - Foto aérea da região das ruas Oratório, Almada, Evangelista de Souza, Atabasca e
Balaclava
Fonte: GoogleMaps
Fonte: GoogleMaps
Nesta figura é possível observar que há uma área verde que pode ser
aproveitada, além de várias residências e telhados planos, portanto as medidas
citadas nos exemplos anteriores também se aplicam para esta região.
E por fim há o Ponto de Enchente 4, a região da foz do Córrego Oratório com o
Rio Tamanduateí que é representada na Figura 16, a área está localizada entre os
dois rios e apresenta uma ocupação majoritariamente industrial, já na margem direita
do córrego estudado a região é dominada por ocupações irregulares.
Na parte industrial é possível instalar nos telhados:
Jardins suspensos;
Tanques ou cisternas de armazenamento.
Cisternas residenciais;
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Fonte: GoogleMaps
6.4. Recomendações
técnicas compensatórias nos lotes contribuem com a recarga dos aquíferos, com a
integração paisagística do rio com o meio urbano e promovem uma melhoria
significativa na qualidade das águas urbanas.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(2017) um estudo hidrológico deve coletar dados hidrológicos que permitam a
caracterização climática, pluviométrica, fluviométrica e geomorfológica da região
estudada, além de coletar elementos que permitam a definição das dimensões e
demais características físicas das bacias de contribuição (forma, declividade, tipo de
solo, recobrimento vegetal) tais como: levantamentos aerofotogramétricos, cartas
geográficas, levantamentos radamétricos, levantamentos fito pedológicos e/ou outras
cartas disponíveis.
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS
ALENCAR, Caique; DIÁRIO, Reporter (Ed.). Ponte cai, dificulta circulação e gera
onda de assaltos na Vila Sá. 2016. Disponível em: <https://www.reporterdiario.com.br
/noticia/2159404/onda-de-assaltos-atinge-moradores-da-rua-taubate-em-santo-
andre/>. Acesso em: 01 out. 2016.
CLAASEN M. et al. Amsterdam, City of Water A Vision for Water, Safety and
Rainproofing. Amsterdam: PLAN Amsterdam, 2013.
ent&view=article&id=275:piscinao-da-bacia-do-alto-tamanduatei&catid=38:piscinoes
Acesso em: 20/10/2016.
2000.
FERNANDES, Natália; ABC, Diário do Grande (Ed.). Água invade imóveis e provoca
queda de muro. 2016. Disponível em: <http://www.dgabc.com.br/
noticia/1809565/agua-invade-imoveis-e-provoca-queda-de-muro>. Acesso em: 01
out. 2016.
IG SÃO PAULO. Córrego transborda na zona leste e deixa motoristas ilhados. 2011.
Disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/corrego-transborda-na-zona-
leste-e-deixa-motoristas-ilhados/n1237930385921.html>. Acesso em: 01 out. 2016.
MACÁRIO, Daniel; FERRAZ, Yara; ABC, Diário do Grande (Ed.). Chuva forte causa
enchentes e congestionamento em Sto.André. 2016. Disponível em: <http://www.
dgabc.com.br/Noticia/46119/estado-inicia-canalizacao-de-7-5-kms-do-corrego-oratori
o>. Acesso em: 01 out. 2016.
MUNHOZ, Fábio; ABC, Diário do Grande (Ed.). Estado inicia canalização de 7,5 kms
do Córrego Oratório. 2010. Disponível em: <http://www.dgabc.com.br/Noticia/46119/
estado-inicia-canalizacao-de-7-5-kms-do-corrego-oratorio>. Acesso em: 01 out. 2016.
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WOODS BALLARD, B. et al. The SUDS Manual. CIRIA. Londres. 2007. Disponível
em: https://www.hackney.gov.uk/Assets/Documents/The-SuDS-Manual-C697.pdf
Acesso em: 20/07/2017.