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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


CÂMPUS PATO BRANCO

ÂNGELO TOSCAN NETO

SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL


APLICADA EM UM LOTEAMENTO URBANO UTILIZANDO O EPA SWMM

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

PATO BRANCO
2019
ÂNGELO TOSCAN NETO

SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL


APLICADA EM UM LOTEAMENTO URBANO UTILIZANDO O EPA SWMM

Dissertação de Mestrado, Programa de Pós


Graduação em Engenharia Civil, Universidade
Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR,
como requisito parcial para obtenção do título
de mestre em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Cesar Augusto Medeiros


Destro

PATO BRANCO
2019
T713s Toscan Neto, Ângelo.
Simulação de sistemas de drenagem urbana sustentável aplicada em
um loteamento urbano utilizando o EPA SWMM / Ângelo Toscan Neto --
2019.
98 f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Cesar Augusto Medeiros Destro


Dissertação (Mestrado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Pato Branco, PR, 2019.
Bibliografia: f. 65 - 68

1. Drenagem. 2. Calibração. 3. Meio ambiente- sustentabilidade. I.


Destro, Cesar Augusto Medeiros, orient. II. Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. III.
Título.

CDD 22. ed. 624

Ficha Catalográfica elaborada por


Rosana Silva CRB9/1745
Biblioteca da UTFPR Campus Pato Branco
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Pato Branco
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

TERMO DE APROVAÇÃO

Título da Dissertação n.° 37

“Simulação de Sistemas de Drenagem Urbana Sustentável Aplicada em um


Loteamento Urbano Utilizando o EPA SWMM”

por

Ângelo Toscan Neto

Dissertação apresentada às quatorze horas e trinta minutos, do dia vinte e oito de


junho de dois mil e dezenove, como requisito parcial para obtenção do título de
MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Civil – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco. O
candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo
assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho
APROVADO.

Banca examinadora:

Prof. Dr. Cesar Augusto Medeiros Destro Prof. Dr. Murilo Cesar Lucas
(orientador) UTFPR/PB
UTFPR/PB

_______________________________
Prof. Dr. Daniel Costa dos Santos
UFPR/CT
Homologado por:

Prof. Dr. Murilo Cesar Lucas


Coordenador do Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil - PPGEC/UTFPR

A via original do Termo de Aprovação, devidamente assinada, encontra-se na


Coordenação do PPGEC.
Dedico este trabalho a minha família.
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu orientador, professor Dr. Cesar Augusto Medeiros Destro, pelo
companheirismo durante os anos de estudos, desempenhando com profissionalismo
seu trabalho, transmitindo seu conhecimento, sendo um exemplo de professor e amigo,
em que suas atitudes e seus valores servirão como guia para a minha trajetória
profissional e acadêmica.
RESUMO

O município de Dois Vizinhos - PR acompanha a realidade regional e apresenta


amplo crescimento urbano horizontal através da criação de loteamentos. Em sua
maioria, são construídos utilizando sistemas convencionais de drenagem urbana. No
entanto, essa concepção de drenagem tem mudado ao longo dos anos, sendo
complementada ou substituída por conceitos mais recentes. Dessa forma, surgiram
novas técnicas, como os Sistemas Sustentáveis de Drenagem Urbana (SuDS), que
visam o controle do escoamento superficial junto à fonte geradora, diminuindo volumes
e vazões a valores próximos daqueles antes da urbanização. Partindo dessa análise,
escolheu-se um loteamento característico da região, afim de, o modelar
computacionalmente visando caracterizar os hidrogramas de saída da rede de
microdrenagem para as condições de pré e pós-ocupação, e avaliar as medidas de
drenagem urbana sustentável quanto à efetividade de redução do escoamento
superficial. O lançamento do modelo computacional foi realizado no software EPA
SWMM. Os dados de precipitação foram obtidos por pluviômetro instalado no local e os
dados das vazões do escoamento superficial foram obtidos simultaneamente aos
dados de precipitação, através de uma calha parshall instalada no exutório da rede de
drenagem. Após a calibração e validação do modelo, foram inseridas as configurações
de pós-ocupação para as simulações com a implantação dos SuDS. Os dispositivos
escolhidos foram os microrreservatórios de detenção, bacia de detenção e trincheiras
de infiltração. Para o cenário analisado, ao compararmos o volume de escoamento
superficial total da situação de pré-ocupação com a situação de pós-ocupação,
observou-se um aumento de mais de 118%. A vazão de pico também teve um aumento
considerável, passando de 41,83 L/s para 142,21 L/s, comparando as mesmas
situações anteriores. A utilização de trincheiras de infiltração combinadas à bacia de
detenção demonstrou eficiência tanto na redução do volume de escoamento superficial
quanto na redução das vazões de pico, para o cenário apresentado, sendo desprezível
a combinação dos microrreservatórios de detenção junto aos mesmos, devido sua
baixa contribuição na redução dos parâmetros analisados.

Palavras chave: Drenagem urbana, SuDS, calibração, validação, EPA SWMM.


ABSTRACT

The town of Dois Vizinhos - PR follows the regional reality and presents
wide horizontal urban growth. Most are built using conventional urban drainage
systems. However, this approach of urban drainage has been changed over the years,
being complemented or replaced by newer ones. Thus, new techniques such as
Sustainable Urban Drainage Systems (SuDS) have emerged, which aim at controlling
the surface runoff at the source, reducing volumes and flow rates close to those before
urbanization. Based on this analysis, a region-specific basin was chosen in order to
model the hydrographs of the drainage network for pre and post-occupation conditions,
and to evaluate the measures of sustainable urban drainage in terms of effectiveness to
reduce the runoff. The Storm Water Management Model (SWMM), developed by the
Environmental Protection Agency (EPA), was used for modeling. The rainfall data were
obtained by a rain gauge installed in the site and the runoff data were obtained, through
a parshall flume installed in the drainage system outlet. Model calibration and validation
was performed using experimental data. The post occupation scenario was formulated
considering the guidelines of the municipal masterplan. To control the surface runoff,
the adopted measures were: detention reservoir, detention basin, and infiltration
trenches. When comparing the total surface flow volume of the pre-occupation scenario
with the post-occupation scenario, an increase of more than 118% was observed. The
peak flow increased, from 41.83 L/s to 142.21 L/s, comparing the same previous
scenarios. The implementation of infiltration trenches associated with a detention basin
was able to reduce the total flow volume as well as the peak flow. On the other hand,
the use of detention reservoirs was not efficient in such purposes.

Key words: Urban drainage, SuDS, calibration, validation, EPA SWMM.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Sistemas de esgoto combinados tradicionais e separados............................18

Figura 2: Sistema de drenagem urbana sustentável integrado ao espaço urbano.......23

Figura 3: Gráfico de hidrograma com condições após a construção da urbanização e


após as medidas corretivas...........................................................................................23

Figura 4: Concepção geral dos SuDS...........................................................................26

Figura 5: Corte esquemático de um microrreservatórios de detenção..........................28

Figura 6: Microrreservatório de detenção residencial....................................................28

Figura 7: Bacia de detenção ajardinada com design de paisagem...............................30

Figura 8: Bacia de detenção com uso alternativo de recreação....................................30

Figura 9: Trincheira de infiltração...................................................................................32

Figura 10. Geração do escoamento no modelo SWMM................................................35

Figura 11: Loteamento Xavier – Município de Dois Vizinhos – PR...............................39

Figura 12: Precipitação entre 2007 e 2016 no município de Dois Vizinhos - PR..........40

Figura 13: Mapa de lotes do Loteamento Xavier. Fonte: Acervo do autor....................41

Figura 14: Vista aérea do Loteamento Xavier em 07/06/2017......................................41

Figura 15: Mapa da rede de drenagem e levantamento planialtimétrico do Loteamento


Xavier.............................................................................................................................42
Figura 16: Demonstrativo do escoamento superficial das sub-bacias dos lotes...........44

Figura 17: Topologia do sistema de drenagem e áreas de contribuição.......................44

Figura 18: Pluviômetro utilizado no estudo...................................................................45

Figura 19: Calha Parshall utilizada no estudo...............................................................46

Figura 20: Exutório da rede de drenagem vista lateral..................................................47

Figura 21: Exutório da rede de drenagem vista a jusante (a) e a montante (b)............47

Figura 22: Estado de conservação do pavimento poliédrico do loteamento.................49

Figura 23: Diagrama das simulações realizadas para o evento 3 de precipitação.......49

Figura 24: Situação de pré-ocupação com as sub-bacias dos lotes conectadas ao


sistema...........................................................................................................................51

Figura 25: Hidrograma e hietograma dos dados observados para o evento 3 de


precipitação....................................................................................................................54

Figura 26: Hidrograma e hietograma dos dados observados para o evento 1 de


precipitação....................................................................................................................55

Figura 27: Hidrograma e hietograma dos dados observados para o evento 2 de


precipitação....................................................................................................................56

Figura 28: Simulações de pré-ocupação, pré-ocupação com sub-bacias de lotes


conectadas e pós-ocupação..........................................................................................57

Figura 29: Simulação de pós-ocupação + Trincheira de infiltração...............................58

Figura 30: Simulação de pós-ocupação + Bacia de detenção......................................59

Figura 31: Simulação de pós-ocupação + Microrreservatórios de detenção.................59


Figura 32: Simulações de pós-ocupação com dispositivos SuDS combinados............62
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Ferramentas de modelagem para o gerenciamento de recursos hídricos.....33

Tabela 2: Resultados da performance do modelo EPA SWMM das simulações para o


evento 3..........................................................................................................................55

Tabela 3: Resultados da performance do modelo EPA SWMM das simulações para o


evento 1..........................................................................................................................56

Tabela 4: Resultados da performance do modelo EPA SWMM das simulações para o


evento 2..........................................................................................................................57
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................13

2 OBJETIVOS...........................................................................................................15

2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 15

3 REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................16

3.1 IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO ...................................................................... 16

3.2 SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA ............................................................ 17

3.2.1 Abordagem tradicional da drenagem urbana .......................................... 19

3.2.2 Abordagem compensatória da drenagem urbana ................................... 20

3.2.3 Abordagem sustentável da drenagem urbana ......................................... 22

3.2.4 Medidas estruturais em drenagem urbana sustentável .......................... 27

3.2.4.1 Microrreservatórios de detenção .............................................................. 27

3.2.4.2 Bacias de detenção .................................................................................. 29

3.2.4.3 Trincheiras de infiltração .......................................................................... 31

3.3 MODELAGEM COMPUTACIONAL COMO FERRAMENTA AUXILIAR AO


DIMENSIONAMENTO DE REDES DE DRENAGEM .................................................... 32

3.3.1 SWMM - storm water management model ................................................ 34

3.3.1.1 Modelo chuva-vazão ................................................................................ 35

3.3.1.2 Modelos de transporte hidráulico ............................................................. 36

3.3.1.3 SuDS no EPA SWWM.............................................................................. 38

4 MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................39

4.1 ÁREA DE ESTUDO .......................................................................................... 39

4.2 ENTRADA DE DADOS NO EPA SWMM .......................................................... 43

4.3 AQUISIÇÃO DE DADOS DE PRECIPITAÇÃO E DE VAZÃO .......................... 45

4.4 CALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO DO MODELO ................................................... 48


4.5 PERFORMANCE DO MODELO ....................................................................... 50

4.6 SIMULAÇÃO DO MODELO DE PÓS-OCUPAÇÃO.......................................... 51

4.7 IMPLANTAÇÃO SIMULADA DE DISPOSITIVOS DE SUDS ............................ 52

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................54

5.1 AVALIAÇÃO DA CALIBRAÇÃO DO MODELO ................................................ 54

5.2 VALIDAÇÃO DO MODELO .............................................................................. 55

5.3 PRÉ-OCUPAÇÃO E PÓS-OCUPAÇÃO ........................................................... 57

5.4 SITUAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO COM IMPLANTAÇÃO DE SuDS ............... 58

5.5 SITUAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO COM IMPLANTAÇÃO DE SuDS


COMBINADOS .............................................................................................................. 61

6 CONCLUSÕES......................................................................................................63

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................65

APÊNDICE A – QUADROS DE PARÂMETROS ADOTADOS.....................................69

APÊNDICE B – EVENTOS DE PRECIPITAÇÃO..........................................................72

APÊNDICE C – CONFIGURAÇÕES DOS TRECHOS, NÓS E EXUTÓRIOS PARA


TODAS AS SIMULAÇÕES...........................................................................................79

APÊNDICE D – CONFIGURAÇÕES DAS SIMULAÇÕES DE PRÉ-


OCUPAÇÃO.................................................................................................................82

APÊNDICE E – CONFIGURAÇÕES DA SIMULAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO COM AS


SUB-BACIAS DOS LOTES E RUAS CONECTADAS AO SISTEMA.........................88

APÊNDICE F – CONFIGURAÇÕES DA SIMULAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO..........91

APÊNDICE G – CONFIGURAÇÕES DOS DISPOSITIVOS SuDS.............................94


13

1 INTRODUÇÃO

No processo de urbanização, áreas antes compostas de vegetação


nativa são convertidas em áreas altamente impermeabilizadas ocasionando
diversos problemas ambientais. Dentre eles, destaca-se o aumento da erosão,
da vazão e do volume do escoamento em eventos de chuva na bacia (Soil
Conservation Service, 1986). O crescimento urbano muitas vezes remove a
vegetação natural que intercepta, retarda e retorna a chuva ao ar, reduz a
quantidade de água que pode se infiltrar no solo, e isso pode aumentar
significativamente o volume de água de escoamento superficial (WOODS-
BALLARD et al., 2015).

Aliado à falta de planejamento e de infraestrutura, ou mesmo a


planejamentos equivocados do processo de urbanização, o sistema
convencional de drenagem, tem se mostrado insuficiente e ineficiente não só
quanto à questão de controle de enchentes no meio urbano, mas também
quanto à qualidade da água, qualidade de vida da população e em relação à
sustentabilidade ambiental. Além disso, esse tipo de sistema não considera
adequadamente a transferência de risco de inundação para outras áreas ou até
mesmo a mitigação das causas de inundação (CAPUTO et al., 2011).

Essa concepção de drenagem urbana tem mudado ao longo dos últimos


anos, sendo complementada ou até substituída por conceitos mais recentes,
que vão ao encontro de uma abordagem mais sustentável. Nesse sentido,
surgiram diversas abordagens sustentáveis da drenagem urbana, que visam o
controle do escoamento superficial junto à fonte geradora de escoamento,
diminuindo volumes e vazões a valores próximos daqueles antes da
urbanização do local (SOUZA, CRUZ e TUCCI, 2012). Para minimizar os
problemas inerentes à implantação dos sistemas de drenagem urbana, bem
como de sistemas complementares tais como os SuDS, é necessário avaliar o
impacto desses sistemas no intuito de propiciar uma melhor concepção dos
projetos de ocupação das bacias urbanas.

O uso de modelos hidrológicos e meteorológicos em ambientes


computacionais é uma das principais alternativas para compreensão desses
14

processos, permitindo a predição de eventos futuros, o que torna esses


modelos importantes no cotidiano do planejamento do uso e ocupação do solo
(BELING et al., 2011). Tais modelos são ferramentas que auxiliam na tomada
de decisão na gestão das bacias hidrográficas, porém devemos considerar
vários fatores para assumirmos os resultados fornecidos pelo modelo como
adequados.

Devido à capacidade de predição dos modelos hidrológicos, eles


possibilitam a simulação de cenários com alternativas de controle do
escoamento nas bacias hidrográficas. Essa modelagem, aliada a implantação
de SuDS, torna-se essencial para a exata disposição das medidas estruturais
para controle do escoamento superficial e dos sedimentos. Existem várias
abordagens possíveis para a instalação de SuDS, onde dentre os elementos
mais utilizados, segundo Woods-Ballard et al. (2015), destacam-se os
sistemas de coleta de águas pluviais, telhados verdes, sistemas de infiltração,
sistemas de tratamento de propriedades, faixas filtrantes, trincheiras de
infiltração, sistemas de biorretenção, valas revestidas com cobertura vegetal
(swales), árvores, pavimentos permeáveis, tanques de armazenamento e
atenuação, bacias de detenção e lagoas e zonas úmidas.

Nesse contexto, o presente trabalho visa simular e avaliar a implantação


de SuDS, em um loteamento urbano no município de Dois Vizinhos – PR
utilizando o EPA SWMM.
15

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo geral simular a implantação de


medidas de drenagem urbana sustentável em um loteamento no munícipio de
Dois Vizinhos - PR, e avaliar a efetividade das medidas quanto à redução do
escoamento superficial e das vazões de pico.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Caracterizar o loteamento objeto de estudo de caso;


 Modelar computacionalmente o loteamento e seu respectivo
sistema de drenagem através do software EPA SWMM;
 Caracterizar os hidrogramas de saída da rede de microdrenagem
da área em diferentes eventos de precipitação, para as condições
de pré e pós-ocupação;
 Avaliar o impacto da adoção de medidas de drenagem urbana
sustentável;
 Avaliar os grupos de medidas de drenagem sustentável quanto à
efetividade de redução do escoamento superficial e das vazões
de pico;
16

3 REVISÃO DA LITERATURA

O presente capítulo apresenta uma revisão da literatura na qual a


presente pesquisa foi fundamentada. Os tópicos abordados passam pelos
impactos da urbanização, sistemas tradicionais de drenagem urbana e
sistemas de drenagem urbana sustentável (SuDS), com foco na modelagem
hidrológica como ferramenta auxiliar de gestão.

3.1 IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO

O processo de urbanização altera de forma significativa os processos de


escoamento natural da bacia hidrográfica, proporcionando assim o aumento do
volume das águas pluviais escoadas superficialmente. Isso ocorre em função
da impermeabilização e canalização das redes de drenagem. A parcela de
água que antes da urbanização infiltrava no solo ou ficava retida pela
vegetação e escoava lentamente pela superfície do solo, passa a escoar pelos
condutos. Devido a isso, ocorre o aumento das vazões na rede de drenagem, a
diminuição da recarga subterrânea, a degradação da qualidade da água e a
geração de sedimentos, entre outros fatores (CANHOLI, 2013; RIGHETTO,
MOREIRA e SALES, 2009; VILLANUEVA et. al., 2011).

O ciclo natural da água mantém um balanço da circulação da água


através da evaporação, precipitação, infiltração e recarga de água subterrânea,
e absorção e transpiração pelas plantas. A urbanização altera a paisagem
natural e afeta os processos hidrológicos da bacia, pois reduz a permeabilidade
do solo, o substituindo por superfícies impermeáveis, como estradas, telhados,
estacionamentos e entre outras. O crescimento urbano muitas vezes remove a
vegetação natural que intercepta, retarda e retorna a chuva ao ar, reduz a
quantidade de água que pode se infiltrar no solo, e isso pode aumentar
significativamente o volume de água de escoamento superficial (WOODS-
BALLARD et al., 2015).
17

As consequências da expansão urbana sem planejamento e


regulamentação são sentidas em praticamente todas as cidades de médio e
grande porte no país (TUCCI, 1995). No Brasil, frequentemente pode ser
observado que a drenagem urbana procura solucionar problemas em áreas
parcial ou totalmente urbanizadas, limitando as medidas disponíveis devido a
questões legais (quando o direito adquirido evita de transformar o que existe no
local), devido a questões sociais (quando os moradores não gostam ou não se
adaptam as soluções propostas) ou devido a questões físicas (quando não há
locais disponíveis para áreas de infiltração ou armazenamento de água)
(VILLANUEVA et al., 2011).

Em face do constante e acelerado desenvolvimento do meio urbano e


dos seus impactos, é necessário um maior controle e planejamento da
ocupação do solo para um sistema de drenagem eficiente, de maneira a
propiciar o desenvolvimento sustentável dos municípios e reduzir os impactos
decorrentes da urbanização (ACIOLI et al., 2005).

3.2 SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

Segundo Marques et al. (2013), os sistemas de drenagem podem ser


classificados de acordo com as águas que transportam. Podem ser descritos
como sistemas separadores absolutos, unitários, mistos ou pseudo-
separadores.

Os sistemas separadores absolutos são constituídos por uma rede de


esgoto destinada às águas residuais domésticas e industriais, e uma rede de
drenagem de águas pluviais, sem ligação entre as duas redes. Diferentemente
disso, como pode ser observado na Figura 1, os sistemas unitários são
constituídos por uma única rede de coletores que transporta conjuntamente as
águas residuais domésticas, industriais e pluviais.

Os sistemas mistos são compostos por rede constituída pelos dois tipos
de sistemas, unitário e separador absoluto. Já os sistemas pseudo-
18

separadores ocorrem na inexistência de coletores pluviais, onde a ligação de


águas pluviais de pátios interiores e terraços ao coletor de águas residuais
domésticas é efetuada embora não seja permitida.

Figura 1: Sistemas de esgoto combinados tradicionais e separados


Fonte: Brombach, Weiss e Fuchs (2005)

Nenhum sistema de drenagem pode ser considerado o “melhor” sistema


quando analisamos a questão da carga de poluição liberada nas águas
receptoras. Quando comparados os sistemas separadores absolutos aos
unitários, utilizando o critério da carga de poluição, os resultados mostram que
o sistema separador absoluto é superior ao unitário apenas para alguns
parâmetros, tais como nutrientes, enquanto que para outros parâmetros como,
por exemplo, metais pesados e Demanda Química de Oxigênio (DQO), o
sistema unitário produz menos cargas totais. Sendo assim, qualquer
preferência não crítica do sistema separador absoluto como uma solução
particularmente vantajosa é, portanto, questionável. Devido a essa análise,
investigações individuais caso a caso são indicadas (BROMBACH, WEISS e
FUCHS, 2005).
19

De acordo com Lima et al. (2013), atualmente os sistemas de drenagem


urbana tem como objetivos: a redução de áreas inundadas, a proteção do
tráfego rodoviário e pedestre, a redução de gastos com manutenção das vias
públicas e áreas adjacentes permeáveis e impermeáveis, o escoamento das
águas superficiais, a eliminação de águas estagnadas, o rápido escoamento, a
redução da erosão hídrica do solo, permitir o aproveitamento da água pluvial e
o aumento da resistência do solo em zonas verdes.

Ao longo do tempo os sistemas de drenagem urbana foram sendo


modificados e aprimorados de acordo com as demandas e necessidades de
seus ambientes. Essa evolução pode ser caracterizada por três fases, sendo
elas, higienista ou convencional, compensatório ou alternativo e de sistemas de
baixo impacto ou sistemas de drenagem urbana sustentável (SOUZA, CRUZ e
TUCCI, 2012).

3.2.1 Abordagem tradicional da drenagem urbana

Os conceitos tradicionais de drenagem de águas pluviais e águas


servidas surgiram no século XIX e são fundamentados na eficiência da
drenagem baseada na capacidade de condução do escoamento superficial aos
sistemas receptores, tendo como principal objetivo o rápido escoamento das
águas das áreas urbanas, através da utilização de meios condutores
preferencialmente subterrâneos, com funcionamento via gravidade (BAPTISTA,
NASCIMENTO e BARRAUD, 2011).

A adoção desse método visava à preservação da saúde pública, visto


que o distanciamento das águas servidas amenizava os problemas derivados
da falta de saneamento (SOUZA, CRUZ e TUCCI, 2012). Nesse sentido, por
muitos anos foi extremamente positivo para o desenvolvimento das cidades e
da sua população a utilização desse sistema de drenagem urbana, baseado
nos princípios higienistas, contribuindo de forma positiva para o
desenvolvimento e sanidade da população da época.
20

Segundo Ohnuma Júnior (2008), a grande maioria dos lotes e


edificações das áreas urbanas passou a adotar soluções para as questões da
drenagem das águas pluviais, fundamentadas nos preceitos do conceito
higienista de modo a facilitar o rápido escoamento das águas precipitadas para
o mais longe possível de sua área de captação.

De acordo com Pompêo (2000), o sistema de drenagem das águas


pluviais, fundamentado nos preceitos do conceito higienista, aumenta o volume
do escoamento superficial, amplia consideravelmente o pico de descarga
superficial, diminui a recarga subterrânea e a evaporação, e aumenta a
duração e frequência de inundações.

A abordagem higienista das águas pluviais basicamente reflete na


transferência do problema para áreas de jusante, ocasionando a necessidade
de novas obras de ampliação do sistema e com custos normalmente elevados
e da falsa sensação de segurança na população com respeito às inundações,
resultando em significativos prejuízos para a sociedade (CANHOLI, 2005).

As soluções propostas pelo conceito higienista em muitas vezes


conduzem a situações irreversíveis, que limitam outros usos no presente ou no
futuro. De acordo com Tucci (1995), existe uma tendência em tentar reduzir os
impactos das cheias devido à urbanização canalizando-se os trechos críticos.
Contudo, essa é uma solução pontual que segue o conceito higienista e
penaliza localidades a jusante com aumento da magnitude e frequência das
inundações nesses locais.

3.2.2 Abordagem compensatória da drenagem urbana

A terminologia de técnicas alternativas começou a ser usada no início de


1980 em países de língua francesa, com a finalidade de descrever um novo
conceito de drenagem urbana, afastando-se do tradicional padrão de
eliminação rápida. O termo "alternativa" foi compreendido no sentido de "não
convencional" ou ainda no sentido de "contra" soluções conservadoras. Tais
técnicas alternativas foram atribuídas com o objetivo de amenizar os efeitos da
21

expansão urbana, baseando-se na otimização do uso do espaço urbano.


Dessa forma, eles eram também chamados de técnicas compensatórias, uma
vez que foram considerados no sentido de compensar os impactos da
urbanização (FLETCHER et al., 2014).

Um dos princípios iniciais era que as técnicas compensatórias deveriam


manter as mesmas taxas de fluxo que ocorreram sob condições naturais.
Portanto, a compensação objetiva reduzir o volume de escoamento, as vazões
de pico e, em geral, reduzir a vulnerabilidade das áreas urbanas às inundações
e, em menor medida, proteger a qualidade dos ambientes receptores. Dessa
forma, o foco principal eram os benefícios humanos, e não nos benefícios do
ecossistema. (FLETCHER et al., 2014).

Segundo Baptista, Nascimento e Barraud (2011), as técnicas


compensatórias são classificadas de duas formas: não estruturais, as quais se
baseiam na legislação, racionalização do uso do solo urbano, educação
ambiental e tratamento de fundo de vale, e as técnicas compensatórias
estruturais, que se fundamentam na implantação de dispositivos de drenagem
com, por exemplo, trincheiras de infiltração, valas, valetas, pavimentos
permeáveis, poços de infiltração, bacias de detenção/retenção/infiltração e
técnicas adaptadas à área em análise.

As medidas compensatórias garantem a manutenção do tempo de


concentração da bacia hidrográfica, a diminuição do volume escoado após a
urbanização, o controle das velocidades de escoamento, a manutenção da
qualidade da água, a captação e uso para fins não potáveis da água de chuva,
entre outros (CANHOLI, 2013).

Visando compensar de forma sistemática os efeitos gerados pela


urbanização adotando a bacia hidrográfica como base de estudo, as técnicas
compensatórias são consideradas um avanço quando comparadas ao sistema
higienista, pois consideram os impactos decorrentes da urbanização de forma
global (BAPTISTA, NASCIMENTO e BARRAUD, 2011).
22

3.2.3 Abordagem sustentável da drenagem urbana

Em um cenário de frequentes inundações e grandes impactos ao


desenvolvimento do meio urbano, as soluções da engenharia passaram a
considerar projetos de sistemas de drenagem com foco tanto na eficiência
quanto na sustentabilidade ambiental.

Diante disso, nasce o conceito de drenagem sustentável e os múltiplos


benefícios que ela pode trazer. A filosofia dos sistemas de drenagem
sustentáveis consiste em maximizar os benefícios e minimizar os impactos
negativos do escoamento superficial de água das áreas afetadas. A abordagem
desses sistemas envolve a redução da velocidade e da quantidade de
escoamento superficial de água de uma área desenvolvida para gerenciar o
risco de enchente a jusante e reduzir o risco de que esse escoamento cause
poluição. Isto é possível através da captação, infiltração, atenuação,
armazenamento, transporte e tratamento do escoamento no local (WOODS-
BALLARD et al., 2015).

Os benefícios para a comunidade com sua utilização são numerosos,


incluindo melhorias na saúde, bem-estar e qualidade de vida para indivíduos e
comunidades, o que pode aumentar o valor da propriedade e a prosperidade
da economia local. Um exemplo disso pode ser observado na Figura 2, a qual
exibe um espaço público multifuncional localizado na cidade de Normal, estado
de Illinois, nos Estados Unidos, que tem a função principal de rotatória no
sistema de trânsito, possuindo em seu interior espaços verdes que abrigam
eventos e festivais, mas também foi projetado para coletar o escoamento das
ruas adjacentes, infiltrar, armazenar e tratar o escoamento, recirculando a água
em uma fonte pública (WOODS-BALLARD et al., 2015).
23

Figura 2: Sistema de drenagem urbana sustentável integrado ao espaço urbano


Fonte: Woods-Ballard et al. (2015)

Esse tipo de drenagem busca atuar no ambiente urbano de maneira que


o hidrograma da situação da área urbanizada se assemelhe com o hidrograma
natural, ou seja, de pré-ocupação da área, como se pode observar na Figura 3.

Figura 3: Gráfico de hidrograma com condições após a construção da urbanização


e após as medidas corretivas
Fonte: Marques et al. (2013)
24

Diferentemente do sistema convencional de drenagem, o qual se realiza


a drenagem rápida das águas pluviais através de um sistema enterrado de
coletores, a drenagem sustentável busca o controle do escoamento superficial
o mais próximo possível do local onde a precipitação atinge o solo. O
escoamento é reduzido pela evaporação e evapotranspiração, infiltração do
excesso de água no subsolo e pelo armazenamento temporário, viabilizando o
reaproveitamento da água ou a sua liberação gradual.

Os comportamentos sustentáveis para a drenagem urbana visam


agregar valor ao ambiente construído, gerando um quadro participativo, onde a
população desempenha um importante papel. Dessa forma, a adoção de
medidas que diminuam as consequências da urbanização no ciclo hidrológico,
torna-se um importante ponto a ser considerado na elaboração de projetos de
sistemas de drenagem quando utilizadas em diferentes escalas espaciais,
envolvendo diversas áreas do conhecimento (BAPTISTA, NASCIMENTO e
BARRAUD, 2011).

Pode-se dizer que a abordagem da drenagem urbana sofreu mudanças


significativas ao longo das últimas décadas, passando de uma abordagem
amplamente focada na mitigação de inundações e proteção da saúde para
uma em que uma ampla gama de considerações ambientais, sanitárias, sociais
e econômicas é levada em consideração. Segundo Fletcher et al. (2014), esse
conceito desenvolveu e adotou novos termos e particularidades para descrever
essas novas abordagens, onde se destacam as seguintes:

 Low Impact Development (LID) e Low Impact Urban Design and


Development (LIUDD);
 Water Sensitive Urban Design (WSUD);
 Integrated urban water management (IUWM);
 Best management practices (BMPs);
 Sustainable Urban Drainage Systems (SUDS) or Sustainable
Drainage Systems (SuDS);
 Stormwater Control Measures (SCMs);
 Alternative Techniques (ATs) or Compensatory Techniques
(CTs);
25

 Source Control;
 Green Infrastructure;
 Stormwater Quality Improvement Devices (SQIDs);

No Sistema de Drenagem Urbana Sustentável (SuDS), os princípios de


desenvolvimento sustentável estão incorporados na etapa de projeto do
sistema de drenagem, dessa forma, os impactos sobre a bacia serão
minimizados no tempo e/ou espaço. Além disso, esses sistemas de drenagem
podem ser desenvolvidos para promover a melhoria do ambiente construído,
assim como melhorar o desenho urbano e a gestão de riscos ambientais.
Baseados nesse conceito, os projetos visam diminuir os escoamentos
superficiais, através de estruturas de controle da água pluvial, fazendo com que
seu controle seja realizado na fonte e possa diminuir a necessidade de grandes
estruturas de atenuação e controle das cheias dos rios (REZENDE, 2010).

O princípio fundamental da concepção SuDS é que o escoamento das


águas superficiais deve ser gerenciado para o máximo benefício. Os tipos de
benefícios que podem ser alcançados pelo SuDS dependerão do local, mas se
encaixam amplamente em quatro categorias: quantidade de água, qualidade
da água, amenidades e biodiversidade, conforme pode ser observado na
Figura 4.

De acordo com Cerqueira (2012), os SuDS são tecnicamente mais


eficientes no decorrer do tempo que os métodos convencionais de drenagem,
se adequadamente concebidos, construídos e mantidos, pois tem a capacidade
de reduzir muitos dos efeitos negativos sobre o ambiente, através dos
seguintes efeitos de sua utilização:

 Redução do volume de água da chuva nas redes de drenagem


em sistemas unitários, consequentemente, diminuindo as
descargas de águas poluídas nos cursos d’água através de
dispositivo by-pass.
 Criação, em áreas urbanas, de habitats para a vida selvagem e
oportunidades para o aumento da biodiversidade.
26

 Preservação da qualidade do corpo receptor através da redução


das concentrações de poluentes nas águas pluviais.
 Redução dos volumes suplementares de escoamento, que
tendem a ser aumentados como resultado da urbanização,
potencializando o risco de degradação da qualidade da água e
inundação.
 Melhoramento dos processos de recarga das águas subterrâneas
para diminuir os impactos sobre os aquíferos e a vazão de base
do rio na bacia receptora;
 Melhoria do valor ambiental e estético em áreas urbanas
consolidadas;

Figura 4: Concepção geral dos SuDS


Fonte: Woods-Ballard et al. (2015)
27

3.2.4 Medidas estruturais em drenagem urbana sustentável

Existem várias abordagens possíveis para a instalação de SuDS. As


medidas a serem utilizadas numa determinada zona estão condicionados ao
objetivo a ser atingido, as características do local, ao tipo de construção
existente, a legislação em vigor, as propriedades do solo, entre outras
condicionantes. Os elementos mais utilizados, segundo Woods-Ballard et al.
(2015), são os sistemas de coleta de águas pluviais, telhados verdes, sistemas
de infiltração, sistemas de tratamento de propriedades, faixas filtrantes,
trincheiras de infiltração, sistemas de biorretenção, valas revestidas com
cobertura vegetal (swales), árvores, pavimentos permeáveis, tanques de
armazenamento e atenuação, bacias de detenção e lagoas e zonas húmidas.

Dentre os diversos tipos de SuDS citados acima, serão abordados com


mais relevância os microrreservatórios de detenção, as bacias de detenção e
as trincheiras de infiltração, os quais serão utilizados posteriormente no
desenvolvimento do trabalho.

3.2.4.1 Microrreservatórios de detenção

Os microrreservatórios de detenção podem ser utilizados como medidas


de controle na fonte, integrados às instalações de águas pluviais no lote.
Podem ser superficiais ou enterrados, dependendo das limitações físicas às
quais as cotas de descarga e rede pluvial estão sujeitas, tendo como
funcionamento ideal o escoamento através de conduto livre, por gravidade.

Como pode ser observado na Figura 5, seu princípio de funcionamento


consiste em receber o escoamento gerado no lote e promover seu
armazenamento temporário, controlando seus valores de descarga através da
utilização de dispositivos como orifícios e vertedores, para enfim direcioná-lo à
rede de drenagem.
28

Figura 5: Corte esquemático de um microrreservatórios de detenção


Fonte: Tominaga (2013)

Na Figura 6 podemos observar um microresservatório de detenção


superficial instalado em uma edificação residencial.

Figura 6: Microrreservatório de detenção residencial


Fonte: Canholi (2013)
29

3.2.4.2 Bacias de detenção

Segundo Matias (2006), a bacia de detenção tem como principal função


armazenar água proveniente da chuva, atuando como reguladora de vazões de
pico da mesma, isto porque permite a restituição das vazões a jusante
consoante os limites da rede existente. Esta funcionalidade permite, para
situações onde a vazão máxima admitida pela rede é ultrapassada, escoar
vazões mais baixas durante um maior período de tempo, reduzindo assim o
risco de inundações.

Elas podem atuar interligadas ao sistema, onde o escoamento


superficial de eventos regulares é encaminhado através da rede de drenagem
e quando os fluxos sobem, porque a saída é restrita, a bacia fornece o
armazenamento do escoamento e atenuação do fluxo. Também podem atuar
como componentes auxiliares ao sistema regular e são acionadas apenas
quando os fluxos atingem um limite específico (WOODS-BALLARD et al.,
2015).

As bacias de detenção podem ser depressões projetadas, ajardinadas


com vegetação, como pode ser observado na Figura 7. Nos locais onde a bacia
é vegetada, onde a superfície do solo pode absorver algum escoamento, ela
pode ser utilizada para auxiliar na prevenção do escoamento local para
pequenos eventos de chuva, desde que pequenas quantidades de infiltração
não representem risco para a água subterrânea (WOODS-BALLARD et al.,
2015).

As bacias de detenção que atuam como componentes auxiliares ao


sistema de drenagem poderão ter um uso alternativo, como uma comodidade
ou instalação recreativa. Um exemplo desse tipo de utilização pode ser
observado na Figura 8.
30

Figura 7: Bacia de detenção ajardinada com design de paisagem


Fonte: Woods-Ballard et al. (2015)

Figura 8: Bacia de detenção com uso alternativo de recreação


Fonte: Woods-Ballard et al. (2015)
31

3.2.4.3 Trincheiras de infiltração

As trincheiras de infiltração são dispositivos de desenvolvimento


longitudinal, com pouca profundidade (em média de um metro) e que se
destinam a recolher águas pluviais perpendicularmente ao seu sentido. A água
captada é posteriormente infiltrada no solo, retida na trincheira ou transportada
até um ponto de destino final. Tem o funcionamento de reservatórios
convencionais de amortecimento de vazões de pico, pois promovem o
armazenamento temporário das águas pluviais e favorecerem a infiltração,
assim, contribuem significativamente para a redução do escoamento superficial
e do risco de inundação (POLETO; PEITER, 2012).

Como podemos observar na Figura 9, as trincheiras de infiltração são


preenchidas total ou parcialmente com material granular, como brita, seixo,
cascalho ou blocos de drenagem. O material deverá estar envolvido em manta
geotêxtil para impedir a migração de materiais finos e/ou detritos para o seu
interior e evitar a contaminação do solo. Porém, a função principal da manta
geotêxtil é evitar a colmatação da estrutura, funcionando como um filtro,
aumentando a vida útil do dispositivo, evitando a perda de permeabilidade e a
redução da eficiência do sistema de drenagem.

A entrada da água na trincheira pode realizar–se de duas formas:


alimentação pontual (uma rede ligada à trincheira) ou alimentação direta
(diretamente pela superfície). No caso de alimentação pontual, as trincheiras
deverão possuir um tubo perfurado, no topo, para melhor distribuição das
águas pluviais em toda a sua extensão. Para a situação em que a alimentação
é realizada lateralmente, não é necessária a utilização do tubo perfurado, no
entanto, deve prever-se a instalação de uma descarga de superfície no topo de
jusante para gerir situações de sobrecarga.

As trincheiras de infiltração podem ajudar a reduzir os níveis de


poluentes no escoamento, filtrando sedimentos finos, metais, hidrocarbonetos e
outros poluentes. Eles também podem incentivar processos de adsorção e
biodegradação (WOODS-BALLARD et al., 2015).
32

A aplicação desse dispositivo é diversa, podendo ser utilizado em


parques de estacionamento, estradas e autoestradas, áreas residenciais,
comerciais, industriais, entre outros.

Figura 9: Trincheira de infiltração


Fonte: Canholi (2013)

3.3 MODELAGEM COMPUTACIONAL COMO FERRAMENTA AUXILIAR AO


DIMENSIONAMENTO DE REDES DE DRENAGEM

Ferramentas de software têm sido utilizadas para o gerenciamento de


recursos hídricos desde meados da década de 1960 e as ferramentas de
modelagem que têm a capacidade de simular a qualidade e a quantidade de
escoamento de águas pluviais começaram a surgir a partir da década de 1970
(ZOPPOU, 2001).

Atualmente, existe uma série de ferramentas de modelagem que


incorporam métodos sustentáveis de gerenciamento de águas pluviais, as
quais estão comercialmente disponíveis e são usadas pelos pesquisadores
(ZOPPOU, 2001). Dentre a diversa gama de ferramentas disponíveis,
destacam-se uma seleção de dez ferramentas de modelagem mais recentes e
33

populares, a qual se baseou em sua acessibilidade e disponibilidade de


versões atualizadas de software, conforme pode ser observado na Tabela 1.

Tabela 1: Ferramentas de modelagem para o gerenciamento de recursos hídricos


Ferramentas de
Instituição Disponibilidade Uso pretendido na modelagem
Modelagem
University of
Wisconsin- Conceber e compreender desempenhos de
Madison, water http://dnr.wi.gov/topic/storm
biorretenção, bacias de infiltração e jardins
RECARGA resources water/standards/
de chuva
Group recarga.html

Program for Predicting William W. Walker, Prever a geração e transporte de poluentes


Polluting Particle Passage Jr., Ph.D.,
no escoamento urbano e projetar os
through Pits, Puddles, Environmental http://www.wwwalker.net/p8/
and Ponds (P8 Urban Engineer, métodos sustentáveis para alcançar a
Catchment Model) Massachusetts redução total de sólidos em suspensão

EPA Stormwater United States http://www.epa.gov/nrmrl/ws Planejar, projetar e analisar os


Management Model Environmental wrd/wq/models/ desempenhos de diferentes métodos
(SWMM) Protection Agency swmm/ sustentáveis, na melhoria da qualidade do
escoamento e na redução da quantidade
Water Environment
Water Environment http://www.werf.org/i/a/Ka/S
Research Foundation
Research earch/ Avaliar o custo total do ciclo de vida para
(WERF) BMP and LID Foundation, ResearchProfile.aspx?Repor práticas dos métodos sustentáveis
whole life cycle cost Alexandria tId=SW2R08
modeling tools

http://www.greeninfrastructur
Avaliar o benefício ambiental e econômico
Natural Economy enw.co.uk/html/
The Green Infrastructure dos métodos sustentáveis em termos
North index.php?page=projects&G
Valuation Toolkit monetários
West UK reenInfrastructure
ValuationToolkit=true

Centre for Neighborhood


Technology (CNT) Green Center For http://greenvalues.cnt.org/na Para comparar custo, desempenho e
Values National Neighborhood benefícios dos métodos sustentáveis
Stormwater Technology, Chicago tional/calculator.php
Management Calculator

EPA System for Urban


United States
Stormwater Treatment and http://www.epa.gov/nrmrl/ws Desenvolver planos de implementação para
Environmental
Analysis Integration Model wrd/wq/models/sustain/ o controle de fluxo e poluição e avaliar a
Protection Agency
(SUSTAIN) eficácia do custo dos métodos sustentáveis

Model for Urban


Stormwater Improvement http://www.ewater.com.au/pr Avaliar as práticas dos métodos
eWater, Australia oducts/ewatertoolkit/ sustentáveis para alcançar a redução da
Conceptualization
urban-tools/music/ quantidade de águas pluviais, melhoria da
(MUSIC)
qualidade e relação custo-eficácia
http://www.lidratool.org/data
Low-Impact Development Estudar reduções de custo de escoamento
eDesign Dynamics, base/database.aspx
Rapid Assessment com métodos sustentáveis
New York
(LIDRA)

Estudar a qualidade do escoamento urbano


Source Loading and
PVand Associates, http://winslamm.com/winsla e o papel dos métodos sustentáveis na
Management Model for
USA mm_updates.html melhoria da qualidade do escoamento
Windows (WinSLAMM)

Fonte: Jayasooriya e Ng (2014)


34

Essas ferramentas variam de simples modelos de planilhas a


ferramentas complexas de modelagem de bacias hidrográficas. RECARGA, P8,
SWMM, MUSIC, SUSTAIN e WinSLAMM, suportam a simulação contínua que
fornece resultados mais precisos na modelagem de desempenho de
escoamento. Ao analisar os diferentes aspectos que essas ferramentas podem
abordar, em particular, a partir de um objetivo de gerenciamento de águas
pluviais, o SWMM, em comparação com outros, pode ser usado em projetos de
grande escala, mais complexos, incluindo um projeto detalhado de drenagem
urbana sustentável. Ao comparar a precisão, os algoritmos e as escalas, o
SWMM tende a ser uma das ferramentas mais sofisticadas na modelagem da
qualidade, quantidade e desempenho dos métodos sustentáveis de
gerenciamento de águas pluviais. (JAYASOORIYA; NG, 2014).

3.3.1 SWMM - storm water management model

O SWMM é um modelo de gerenciamento de águas pluviais,


desenvolvido e mantido pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos
Estados Unidos (EPA - Environmental Protection Agency) e utilizado na análise
e concepção de projetos de escoamentos de águas pluviais em áreas urbanas.
É classificado como um modelo de base física, que emprega os princípios de
conservação de massa, energia e momento. Simula os fenômenos hidráulicos
e hidrológicos com modelo chuva-vazão para um único evento ou em séries
continuas de chuva, fornecendo resultados relativos à quantidade e qualidade
das águas do escoamento gerado, a partir do sistema de galerias para a
previsão de vazões, pontos de inundação e de poluentes (US EPA, 2010).

O software trabalha com simulações de hidráulica, hidrologia e do


transporte das substâncias que interferem na qualidade da água no sistema de
drenagem. Possui quatro módulos principais: superfície terrestres (escoamento
e infiltração), transporte de fluxo (canais, condutos, entre outros), atmosférico
(precipitação e deposição de poluentes) e águas subterrâneas (fluxo de base)
(ROSSMAN, 2010).
35

3.3.1.1 Modelo chuva-vazão

O módulo de escoamento fornece os hidrogramas a partir dos dados da


precipitação e de um conjunto de parâmetros, que descrevem fisicamente e
hidrologicamente a bacia hidrográfica, e geram as saídas que podem ser sob a
forma de escoamento superficial, evaporação ou infiltração, como pode ser
observado na Figura 10. Nas simulações, a bacia é dividida em sub-bacias com
características uniformes, modeladas como reservatórios não-lineares, onde
cada sub-bacia é dividida em áreas impermeáveis e permeáveis, com um valor
máximo de armazenamento. Quando a profundidade da água do reservatório é
maior do que o valor máximo do armazenamento ocorre o escoamento
superficial (ROSSMAN, 2010).

Figura 10. Geração do escoamento no modelo SWMM


Fonte: (Rossman, 2010)

O módulo de infiltração nas áreas permeáveis pode ser calculado pelo


método Green-Ampt, pela equação de Horton, ou pelo método SCS. O método
SCS é uma aproximação adotada pelo CN (Curva-Número) do National
Resources Conservation Service (NRCS) para estimativa do escoamento
superficial (ROSSMAN, 2010). As Equações 1, 2 e 3 demonstram esse
método, onde seus dados principais para o cálculo da vazão resumem-se na
precipitação e no CN, que é determinado pelo uso e ocupação do solo
considerado e a sua capacidade total de infiltração, cujos valores são tabelados
na literatura e podem ser observados nos Quadros 1 e 2 do Apêndice A.
36

Equação 1

Equação 2

Equação 3

3.3.1.2 Modelos de transporte hidráulico

Os resultados do módulo de escoamento são utilizados como


parâmetros de entrada nos modelos de transporte, onde o sistema de
drenagem é simulado. O SWMM pode ser utilizar três modelos de transporte
hidráulico diferentes: fluxo em regime uniforme, onda cinemática e onda
dinâmica.

O escoamento em regime uniforme não realiza a propagação de vazões,


não leva em consideração o efeito de armazenamento da água que se produz
nos condutos, nem ressaltos hidráulicos, nem perdas na entrada e na saída,
nem efeitos de remanso ou fluxo pressurizado, simplesmente, nesse modelo, o
hidrograma de entrada em um nó de montante é transferido para o nó a jusante
do conduto, sem atraso ou mudança de forma (US EPA, 2010).

O modelo da onda cinemática permite que a vazão e a área variem no


espaço e no tempo no interior do conduto, o que pode resultar em
amortecimento e defasagem nos hidrogramas de saída com respeito aos
hidrogramas de entrada nos condutos (US EPA, 2010). Esse modelo utiliza a
equação da continuidade e uma versão simplificada da equação de quantidade
de movimento em cada um dos condutos, onde a simplificação de que a
declividade da superfície livre da água seja igual a declividade do fundo do
conduto, conforme pode ser observado nas Equações 4 e 5.
37

Equação 4

Equação 5

O modelo da onda dinâmica resolve as equações completas


unidimensionais de Saint - Venant conforme pode ser observado na Equação
6. Esse modelo admite o armazenamento nos condutos, o ressalto hidráulico,
as perdas nas entradas e saídas do conduto, o remanso e o fluxo pressurizado.
É possível representar o fluxo pressurizado quando um conduto fechado
encontra-se completamente cheio, de forma que a vazão que circula pelo
mesmo pode ultrapassar o valor de vazão do tubo completamente cheio, obtido
pela equação de Manning. Considerando que o modelo calcula, de forma
simultânea, os valores dos níveis de água nos nós e as vazões nos condutos,
ele pode ser aplicado para qualquer tipo de traçado da rede de drenagem,
mesmo aqueles que contem nós com múltiplas divisões de fluxo a jusante ou
as redes malhadas (US EPA, 2010).
38

( ) Equação 6

3.3.1.3 SuDS no EPA SWWM

Na versão 5.1 do EPA SWMM, a qual foi utilizada no presente trabalho,


algoritmos específicos foram incorporados para simular os processos
envolvidos no funcionamento dos SuDS ou LIDs (Low Impact Developments),
dispositivos de baixo impacto, conforme denominação adotada pelos
desenvolvedores. O modelo é capaz de modelar os processos de cinco tipos
de medidas de controle na fonte, a saber: células de biorretenção (jardins de
chuva, telhados verdes, etc.), trincheiras de infiltração, pavimentos porosos,
barris de chuva (cisternas ou microrreservatórios) e valas vegetadas.
39

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 ÁREA DE ESTUDO

O estudo de caso foi realizado em um loteamento peri-urbano, localizado


no bairro São Francisco Xavier, na cidade de Dois Vizinhos – PR, como pode
ser observado na Figura 11. A área total do loteamento é de 26.079,79 m², da
qual 20.617,28 m² corresponde a área de lotes e 5.462,51 m² corresponde a
área das vias públicas.

Figura 11: Loteamento Xavier – Município de Dois Vizinhos – PR


Fonte: Imagens do Google Maps

Essa área foi selecionada pela disponibilidade de informações da rede


de drenagem urbana. Além disso, a área é relativamente pequena, o que
possibilitou uma análise individualizada de cada sub-bacia gerada, melhorando
suas descrições e o entendimento de seus comportamentos. Outro fator
importante foi a presença de um único exutório da rede de drenagem,
40

permitindo a análise das vazões do escoamento superficial em um único ponto,


reduzindo custos e aumentando a precisão do acompanhamento.

De acordo com o Grupo de Estudos em Biometeorologia – GEBIOMET


da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Campus Dois
Vizinhos, o município de Dois Vizinhos está localizado em uma região
subtropical úmida cujo clima, segundo a classificação de Köppen, é o Cfa (C -
subtropical úmido, com mês mais frio entre 18 e -3 ºC; f - sempre úmido, com
chuva em todos os meses do ano; a - verão quente, com temperatura do mês
mais quente superior a 22 ºC) (ALVARES et al., 2013).

Se tratando de dados pluviométricos, analisando uma série histórica de


2007 a 2016, como demostrado na Figura 12, os meses de agosto e setembro
se configuram como os de menor precipitação, por outro lado, o mês de
outubro, com uma média superior a 200 mm, se destaca como o mês mais
chuvoso.

Na Figura 13 observa-se a distribuição dos lotes e a disposição das ruas


do loteamento, além das áreas de reserva legal e de preservação permanente,
e na Figura 14 pode ser observado o loteamento com sua infraestrutura
instalada antes de sua ocupação através de uma imagem aérea.

Figura 12: Precipitação entre 2007 e 2016 no município de Dois Vizinhos - PR


Fonte: GEBIOMET
41

Figura 13: Mapa de lotes do Loteamento Xavier


Fonte: Acervo do autor

Figura 14: Vista aérea do Loteamento Xavier em 07/06/2017


Fonte: http://nortesulempreendimentos.com.br/imovel/venda/loteamento/dois-vizinhos-pr/sao-
francisco-xavier/loteamento-xavier/108572#detalhes
Acesso em 31/11/2018
42

Pode ser observado na Figura 15, a disposição do sistema de drenagem


do loteamento. O sistema é composto por 22 bocas de lobo simples, 3 caixas
de passagem, tubulação de concreto com diâmetro variando entre 400 a 800
milímetros, perfazendo uma extensão total de rede de 719 metros, os quais
captam a água pluvial e conduzem para um único ponto de descarga, onde
está construído o dissipador de energia. Além disso, podemos observar nessa
mesma imagem, o levantamento planialtimétrico da área em estudo, composto
pelas curvas mestras destacadas em vermelho e em entre elas, as curvas
auxiliares, com cotas variando entre 504 e 463 metros.

Figura 15: Mapa da rede de drenagem e levantamento planialtimétrico do Loteamento Xavier


Fonte: Acervo do autor
43

4.2 ENTRADA DE DADOS NO EPA SWMM

As áreas do loteamento foram desenhadas no EPA SWMM de acordo


com os projetos de pavimentação e uso e ocupação do solo. O lançamento do
sistema de drenagem baseou-se nos projetos de drenagem. As informações
referentes a entrada de dados no EPA SWMM estão contidas no material
suplementar. As áreas destinadas às calçadas no projeto do loteamento para o
lançamento no EPA SWMM foram incorporadas ás áreas dos respectivos lotes,
visando à redução do número sub-bacias.

Dentre as opções de configuração foram escolhidos os modelos de


processos físicos de Chuva/Vazão e Propagação de Fluxos. Já o método de
infiltração adotado para a análise deste estudo foi o SCS, devido a facilidade
na aquisição dos dados, que utiliza o CN como parâmetro principal. Para o
modelo de transporte foi utilizado a Onda Dinâmica.

O loteamento em estudo foi subdividido em sub-bacias com


características de lotes e sub-bacias com características de ruas. Para as
ligações entre as sub-bacias e seus respectivos exutórios, observou-se “in
loco” o comportamento de cada sub-bacia. Através dessa análise, verificou-se
que as sub-bacias dos lotes, por ainda não terem recebido movimentações de
terra, possuem as características topográficas da situação de pré-urbanização,
dessa forma, o escoamento superficial dessas áreas é direcionado para fora do
sistema de drenagem, como pode ser observado na Figura 16.

Sendo assim, determinou-se a topologia do sistema de drenagem, bem


como suas áreas de contribuição, as quais podem ser observada na Figura 17.

Durante o período de análise das precipitações e vazões


correspondentes do loteamento (outubro e novembro de 2018), algumas
poucas edificações começaram a ser executadas, porém não modificaram o
cenário observado citado anteriormente.
44

Figura 16: Demonstrativo do escoamento superficial das sub-bacias dos lotes


Fonte: Acervo do autor

Figura 17: Topologia do sistema de drenagem e áreas de contribuição


Fonte: Acervo do autor
45

4.3 AQUISIÇÃO DE DADOS DE PRECIPITAÇÃO E DE VAZÃO

Os dados de precipitação foram obtidos usando um pluviômetro


instalado no local, conforme Figura 18 onde a leitura foi realizada durante o
evento chuvoso, em intervalos de cinco minutos.

A calha parshall, conforme demonstrado na Figura 19, foi instalada no


exutório da rede de drenagem, para a leitura das vazões de escoamento. O
material da calha é de fibra de vidro, sua dimensão de garganta é 6” e demais
dimensões estão de acordo com a Norma NBR/ISO 9826, correspondente a
essa dimensão de garganta da calha. As leituras dos dados das vazões de
escoamento ocorreram simultaneamente à leitura dos dados de precipitação. O
monitoramento foi realizado em três eventos chuvosos, nos dias 18 e 25 de
outubro de 2018 e no dia 3 de novembro de 2018. Os dados das precipitações
e vazões correspondentes encontram-se no Apêndice B.

Figura 18: Pluviômetro utilizado no estudo


Fonte: Acervo do autor
46

Figura 19: Calha Parshall utilizada no estudo


Fonte: Acervo do autor

A tubulação de saída da rede de drenagem é de 800 mm, dessa forma


foi construído um canal em madeira impermeabilizada para adaptar a entrada
da calha parshall que é de 400 mm, como pode ser observado na Figura 20.
Além disso, foram construídos dissipadores de energia dentro do canal,
compostos por rochas e telas metálicas, como pode ser observado na Figura
21, os quais reduziram satisfatoriamente a turbulência da água, possibilitando
as leituras das vazões correspondentes na calha parshall.
47

Figura 20: Exutório da rede de drenagem vista lateral


Fonte: Acervo do autor

Figura 21: Exutório da rede de drenagem vista a jusante (a) e a montante (b).
Fonte: Acervo do autor
48

4.4 CALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO DO MODELO

A calibração do modelo foi realizada manualmente, sem utilização de


algoritmos de otimização. Os parâmetros utilizados foram o percentual
impermeável e os valores de CN (Curva Número) das sub-bacias, e se
basearam nos dados de vazão e precipitação medidas em três eventos de
chuva mencionados anteriormente.

Para a configuração dos valores de CN o solo foi caracterizado com tipo


C, conforme Quadro 1 do Apêndice A. As sub-bacias que correspondem aos
lotes foram definidas inicialmente conforme o Quadro 2 do Apêndice A, como
“baldios em boas condições”, onde aliado as características do solo, conforme
definido anteriormente como grupo C, chega-se a um valor de CN igual a 74.
As sub-bacias que correspondem às ruas do loteamento foram definidas
incialmente de acordo com o Quadro 2, como “arruamentos e estradas do tipo
paralelepípedos”, onde aliado as características do solo, conforme definido
anteriormente como grupo C, resulta em um valor de CN igual a 89.

No entanto, ao se avaliar “in loco” o estado de conservação do


pavimento de paralelepípedos, conforme poder ser observado na Figura 22, se
reduziu o valor do parâmetro CN para 85 como uma opção de simulação, a
qual melhor caracteriza o pavimento em análise.

O outro parâmetro que sofreu variação nas simulações foi o percentual


impermeável, onde conforme o Quadro 3 do Apêndice A, para as condições
apresentadas (pavimentações de blocos inferiores sem as juntas tomadas), as
quais podem ser vistas na Figura 23, o valor do percentual impermeável varia
entre 40 e 50%. Dessa forma, foram adotadas as opções de 40 e 50% para o
percentual impermeável nas simulações do modelo.
49

Figura 22: Estado de conservação do pavimento poliédrico do loteamento


Fonte: Acervo do autor
Portanto, quatro simulações com características distintas foram
realizadas, variando os parâmetros citados conforme Figura 23.

Figura 23: Diagrama das simulações realizadas para o evento 3 de precitação


Fonte: Acervo do autor
50

Dos três eventos de precipitação observados, os dados do evento 3


foram utilizados para calibração do modelo. Após a calibração, se utilizou os
eventos de chuva 1 e 2 para a validação do modelo.

4.5 PERFORMANCE DO MODELO

A performance do modelo foi avaliada pelo coeficiente de Nash-Sutcliffe


(NS), o erro médio quadrático (RMSE) e o erro médio absoluto (MAE) (Nash e
Sutcliffe 1970; Krause et al. 2005, Muleta et al., 2012).

O RMSE corresponde a raiz quadrada do erro médio dividida pelo


número de dados comparados, conforme expresso na Equação 7, o valor do
MAE representa o desvio médio entre observado e simulados, conforme pode
ser observado na Equação 8. O coeficiente de Nash-Sutcliffe (NS), bastante
utilizado avaliação de estudos hidrológicos, está expresso na Equação 9, onde
valores mais próximos de 1, refletem uma melhor coerência entre os dados.

√ ∑ Equação 7

∑ | | Equação 8


∑ ̅
Equação 9

̅
51

4.6 SIMULAÇÃO DO MODELO DE PÓS-OCUPAÇÃO

Após a calibração e validação do modelo de pré-ocupação, realizou-se a


simulação com as configurações de pós-ocupação. Contudo, como abordado
anteriormente, o modelo de pré-ocupação possui as sub-bacias de lotes
desconectadas do sistema de drenagem. Dessa forma, antes de se criar a
situação de pós-ocupação, se fez necessário à realização da simulação de um
novo cenário, corresponde à situação de pré-ocupação com as sub-bacias dos
lotes conectadas ao sistema, conforme pode ser observado na Figura 24, pois
somente dessa maneira os efeitos da urbanização poderão ser percebidos no
exutório da rede de drenagem. As configurações dessa simulação estão
contidas no Apêndice E.

Figura 24: Situação de pré-ocupação com as sub-bacias dos lotes conectadas ao sistema
Fonte: Acervo do autor
52

Após a criação desse novo cenário, pode-se então simular a situação de


pós-ocupação. Nessa simulação, alguns parâmetros de configuração das sub-
bacias dos lotes sofreram alterações. Dentre os mais relevantes podemos citar
a declividade do terreno, a qual reduziu de 15% para 0,5%, considerando os
lotes já terraplanados.

O valor de CN foi modificado. Para nova definição desse parâmetro, o


lotes foram caracterizados de acordo com o Quadro 2 do Apêndice A, como
localizados em zonas residências, com área inferior a 500 m² e média
impermeável aproximada de 65%, e aliado às características do solo, conforme
definido anteriormente pelo Quadro 1 do Apêndice A como grupo C, chega-se a
um valor de CN igual a 90, substituindo os 74, utilizado na configurações de
pré-ocupação.

Outra alteração importante ocorreu no percentual impermeável, onde de


acordo com a legislação do Município de Dois Vizinhos, que dispõe sobre o uso
e a ocupação do solo do perímetro urbano, a zona residencial a qual pertence
o loteamento em estudo, determina uma taxa de ocupação máxima de 70%.
Dessa forma, acrescentando a área das calçadas nas áreas impermeáveis dos
lotes, o percentual impermeável variou de 70 a 72%, de acordo com a área e a
testada dos lotes. Os valores dos percentuais impermeáveis de cada sub-
bacia, bem como as suas demais configurações, estão contidas no Apêndice F.

4.7 IMPLANTAÇÃO SIMULADA DE DISPOSITIVOS DE SUDS

Após o modelo computacional ser devidamente calibrado, validado e ter


seus parâmetros de configuração definidos, realizou-se a implantação dos
SuDS para a situação de pós-ocupação. Os dispositivos escolhidos para
realização das simulações foram os microrreservatórios de detenção (MD),
bacia de detenção (BD) e trincheiras de infiltração (TI).
53

Os microrreservatórios de detenção e as trincheiras de infiltração foram


implantados em cada sub-bacia de lote, e a bacia de detenção foi implantada
entre a última caixa de passagem e o exutório da rede de drenagem. O
dimensionamento dos dispositivos foi realizado com auxílio do software, onde
foram simuladas diversas opções de configurações, sempre observando a
capacidade de detenção e/ou infiltração, buscando as dimensões dos
dispositivos dentre as máximas viáveis e evitando seu extravasamento,
controlando as dimensões dos orifícios de saída. As configurações
dimensionamento escolhidas estão contidas no Apêndice G.

Com o objetivo de se aprimorar as simulações do modelo em relação à


redução do escoamento superficial e as vazões de pico, através da utilização
dos SuDS, realizou-se a combinação de mais de um dispositivo em uma
mesma simulação. Sendo assim, foram simuladas a situações de pós-
ocupação com a combinação dos dispositivos do tipo trincheiras de infiltração e
bacia de detenção (PÓS-OCUPAÇÃO + TI + BD), a combinação dos
dispositivos do tipo trincheiras de infiltração e microrreservatórios de detenção
(PÓS-OCUPAÇÃO + TI + MD) e a combinação dos dispositivos bacia de
detenção e microrreservatórios de detenção (PÓS-OCUPAÇÃO + BD + MD).
Outra simulação realizada foi a combinação da situação de pós-ocupação com
os três dispositivos SuDS já citados (PÓS-OCUPAÇÃO + TI + BD + MD).
54

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 AVALIAÇÃO DA CALIBRAÇÃO DO MODELO

A Figura 25 apresenta o hidrograma e o hietograma dos dados


observados para o evento 3 de precipitação, juntamente com as quatro
simulações com variação dos parâmetros (percentual impermeável e valores
de CN das sub-bacias), conforme abordado anteriormente.

40 0

35 20

30 PRECIPITAÇÃO
40

PRECIPITAÇÃO (mm/h)
VAZÃO OBSERVADA
25
SIMULAÇÃO 1 60
VAZÃO (L/s)

20
SIMULAÇÃO 2
80
15 SIMULAÇÃO 3
100
10 SIMULAÇÃO 4

5 120

0 140
14:25:00

15:25:00
13:05:00
13:25:00
13:45:00
14:05:00

14:45:00
15:05:00

15:45:00
16:05:00
16:25:00
16:45:00
17:05:00
17:25:00
17:45:00
18:05:00
18:25:00
18:45:00
19:05:00
19:25:00
19:45:00

TEMPO (min)

Figura 25: Hidrograma e hietograma dos dados observados para o evento 3 de precipitação

A Tabela 2 apresenta os critérios de erro utilizados para avaliar os


resultados da calibração. Observa-se que a Simulação 2, em relação às outras
simulações, teve os menores valores em relação ao erro médio quadrático
(RMSE) e o erro médio absoluto (MAE), e também teve o valor do coeficiente
de Nash e Sutcliffe mais próximo a 1. Dessa forma, observa-se que a
Simulação 2 para esse evento de precipitação, é a que melhor representa a
situação atual do loteamento em estudo.
55

Tabela 2: Resultados da performance do modelo EPA SWMM das simulações


para o evento 3
SIMULAÇÃO MAE RMSE NS
1 0,447 0,746 0,976
2 0,394 0,631 0,983
3 0,487 0,920 0,964
4 0,576 1,179 0,940
Fonte: Acervo do autor

5.2 VALIDAÇÃO DO MODELO

Os eventos 1 e 2 foram utilizados para validação do modelo, onde nas


Figuras 26 e 27, respectivamente, apresenta-se os hidrogramas e os
hietogramas, juntamente com as quatro simulações com variação dos
parâmetros conforme abordado anteriormente.

40 0

35 PRECIPITAÇÃO 20
VAZÃO OBSERVADA
30

PRECIPITAÇÃO (mm/h)
SIMULAÇÃO 1 40

25 SIMULAÇÃO 2
60
VAZÃO (L/s)

SIMULAÇÃO 3
20
SIMULAÇÃO 4 80
15

100
10

5 120

0 140
15:25:00
08:05:00
08:25:00
08:45:00
09:05:00
09:25:00
09:45:00
10:05:00
10:25:00
10:45:00
11:05:00
11:25:00
11:45:00
12:05:00
12:25:00
12:45:00
13:05:00
13:25:00
13:45:00
14:05:00
14:25:00
14:45:00
15:05:00

15:45:00

TEMPO (min)

Figura 26: Hidrograma e hietograma dos dados observados para o evento 1 de precipitação
Fonte: Acervo do autor
56

14 0

12 PRECIPITAÇÃO 10
VAZÃO OBSERVADA

PRECIPITAÇÃO (mm/h)
10
SIMULAÇÃO 1 20
SIMULAÇÃO 2
8
VAZÃO (L/s)

SIMULAÇÃO 3
30
6 SIMULAÇÃO 4

40
4

50
2

0 60
10:35:00
08:05:00
08:20:00
08:35:00
08:50:00
09:05:00
09:20:00
09:35:00
09:50:00
10:05:00
10:20:00

10:50:00
11:05:00
11:20:00
11:35:00
11:50:00
12:05:00
12:20:00
12:35:00
12:50:00
13:05:00
13:20:00
13:35:00
13:50:00
TEMPO (min)

Figura 27: Hidrograma e hietograma dos dados observados para o evento 2 de precipitação
Fonte: Acervo do autor

As Tabelas 3 e 4 apresentam os critérios de erro usados para avaliar os


resultados da validação. A Simulação 2 dos eventos 1 e 2, em relação às
outras simulações, acompanhando os critérios de erro das simulações do
evento 3, tiveram os menores valores do MAE e RMSE, e também teve o valor
de coeficiente de Nash e Sutcliffe mais próximo a 1.

Tabela 3: Resultados da performance do modelo EPA SWMM das simulações


para o evento 1
SIMULAÇÃO MAE RMSE NS
1 0,622 0,925 0,969
2 0,606 0,903 0,970
3 0,647 0,958 0,966
4 0,737 1,189 0,948
Fonte: Acervo do autor
57

Tabela 4: Resultados da performance do modelo EPA SWMM das simulações


para o evento 2
SIMULAÇÃO MAE RMSE NS
1 0,290 0,456 0,951
2 0,238 0,383 0,965
3 0,357 0,595 0,918
4 0,457 0,723 0,881
Fonte: Acervo do autor
Sendo assim, ficaram definidos os parâmetros de configuração do
modelo do SWMM para a situação de pré-ocupação, os quais correspondem
aos da Simulação 2, pois é a que melhor representou a situação atual do
loteamento em estudo, em relação aos eventos analisados.

5.3 PRÉ-OCUPAÇÃO E PÓS-OCUPAÇÃO

A Figura 28 demonstra o gráfico comparativo das simulações de pré-


ocupação, pré-ocupação com sub-bacias de lotes conectadas e pós-ocupação,
conforme abordado na seção 4.7, para o evento 1 de precipitação.
200 0
10
180
PRECIPITAÇÃO 20
160 30
PRÉ-OCUPAÇÃO 40
140
PRECIPITAÇÃO (mm/h)
50
120 PRÉ-OCUPAÇÃO + SUB-BACIAS DE 60
VAZÃO (L/s)

LOTES CONECTADAS 70
100
PÓS-OCUPAÇÃO 80
80 90
100
60
110
40 120
130
20
140
0 150
08:05:00
08:25:00
08:45:00
09:05:00
09:25:00
09:45:00
10:05:00
10:25:00
10:45:00
11:05:00
11:25:00
11:45:00
12:05:00
12:25:00
12:45:00
13:05:00
13:25:00
13:45:00
14:05:00
14:25:00
14:45:00
15:05:00
15:25:00
15:45:00

TEMPO (min)
Figura 28: Simulações de pré-ocupação, pré-ocupação com sub-bacias de lotes
conectadas e pós-ocupação
Fonte: Acervo do autor
58

5.4 SITUAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO COM IMPLANTAÇÃO DE SuDS

Nas Figuras 29, 30 e 31, são apresentados os hidrogramas e os


hietogramas das simulações das situações de pós-ocupação com a
implantação dos SuDS dos tipos trincheiras de infiltração (PÓS-OCUPAÇÃO +
TI), bacia de detenção (PÓS-OCUPAÇÃO + BD) e microrreservatórios de
detenção (PÓS-OCUPAÇÃO + MD), respectivamente, para o evento 1 de
precipitação. As figuras também apresentam as simulações da situação de pré-
ocupação com as sub-bacias dos lotes conectadas e da situação de pós-
ocupação, para o mesmo evento de precipitação.

200 0
10
180
PRECIPITAÇÃO 20
160 30
PÓS-OCUPAÇÃO + TI 40
140

PRECIPITAÇÃO (mm/h)
50
120 PRÉ-OCUPAÇÃO + SUB-BACIAS 60
DE LOTES CONECTADAS
70
VAZÃO (L/s)

100 PÓS-OCUPAÇÃO
80
80 90
100
60
110
40 120
130
20
140
0 150
08:25:00

13:45:00
08:05:00

08:45:00
09:05:00
09:25:00
09:45:00
10:05:00
10:25:00
10:45:00
11:05:00
11:25:00
11:45:00
12:05:00
12:25:00
12:45:00
13:05:00
13:25:00

14:05:00
14:25:00
14:45:00
15:05:00
15:25:00
15:45:00

TEMPO (min)
Figura 29: Simulação de pós-ocupação + Trincheira de infiltração
Fonte: Acervo do autor
59

200 0
10
180
20
PRECIPITAÇÃO
160 30
PÓS OCUPAÇÃO + BD 40

PRECIPITAÇÃO (mm/h)
140
50
120 PRÉ OCUPAÇÃO + SUB-BACIAS 60
DE LOTES CONECTADAS
70
VAZÃO (L/s)

100 PÓS OCUPAÇÃO


80
80 90
100
60
110
40 120
130
20
140
0 150

15:25:00
08:05:00
08:25:00
08:45:00
09:05:00
09:25:00
09:45:00
10:05:00
10:25:00
10:45:00
11:05:00
11:25:00
11:45:00
12:05:00
12:25:00
12:45:00
13:05:00
13:25:00
13:45:00
14:05:00
14:25:00
14:45:00
15:05:00

15:45:00
TEMPO (min)
Figura 30: Simulação de pós-ocupação + Bacia de detenção
Fonte: Acervo do autor

200 0
10
180
20
PRECIPITAÇÃO
160 30
PÓS-OCUPAÇÃO + MD 40
140
PRECIPITAÇÃO (mm/h)
50
120 PRÉ-OCUPAÇÃO + SUB-BACIAS DE 60
LOTES CONECTADAS 70
VAZÃO (L/s)

100 PÓS-OCUPAÇÃO 80
80 90
100
60
110
40 120
130
20
140
0 150
08:05:00
08:25:00
08:45:00
09:05:00
09:25:00
09:45:00
10:05:00
10:25:00
10:45:00
11:05:00
11:25:00
11:45:00
12:05:00
12:25:00
12:45:00
13:05:00
13:25:00
13:45:00
14:05:00
14:25:00
14:45:00
15:05:00
15:25:00
15:45:00

TEMPO (min)
Figura 31: Simulação de pós-ocupação + Microrreservatórios de detenção
Fonte: Acervo do autor
60

Na Figura 29, observa-se uma redução do volume de escoamento


superficial da simulação da situação de pós-ocupação com dispositivos do tipo
trincheiras de infiltração até às 11:25 horas, em relação à situação de pós-
ocupação, onde, após esse período, os volumes se tornam similares. Isso pode
ser explicado pelo fato que as trincheiras de infiltração atingiram o máximo de
sua capacidade de armazenamento e a capacidade de infiltração está
prejudicada pela saturação do solo, fazendo que ocorra o extravasamento do
dispositivo, tornando-a ineficiente a partir desse período para essa condição de
precipitação. Uma das soluções para esse caso seria o aumento das
dimensões das trincheiras, porém observando as dimensões a qual fora
simulada (16 m² de área e 1 m de profundidade) e a área média dos terrenos
(440 m²), uma trincheira de maiores dimensões seria pouco viável
economicamente.

Em relação às vazões de pico do escoamento superficial da simulação


da situação de pós-ocupação com dispositivo do tipo bacia de detenção, como
pode ser observado na Figura 30, notou-se uma redução considerável em
relação à de pós-ocupação. A grande capacidade de detenção devido as suas
dimensões (5m largura x 8m comprimento x 5m profundidade) foi determinante
para esse resultado. A área onde está localizada a bacia de detenção permite a
implantação de dispositivos de dimensões consideráveis, pois a distância entre
última caixa de passagem e o exutório da rede de drenagem é de 42 metros e
o desnível entre eles é de 5,90 metros.

Em relação à simulação da situação de pós-ocupação com dispositivos


do tipo microrreservatórios de detenção, conforme demonstrado na Figura 31,
também se observa uma redução das vazões de pico em comparação a
situação de pós-ocupação. Uma alternativa para se aumentar a eficiência
desse dispositivo, seria o aumento de suas dimensões e/ou a diminuição de
seu orifício de saída. Porém, a configuração utilizada já prevê um volume
máximo de detenção de 2 m³, sendo que, volumes maiores ao utilizado são
pouco usuais e foram evitados nas simulações. O diâmetro do orifício de saída
foi dimensionado com 25 mm, o qual não pode ser reduzido, pois valores
inferiores ao adotado geram um rápido enchimento do microrreservatório,
61

ocorrendo o extravasamento do mesmo, causando a perda de sua


funcionalidade para o evento de precipitação analisado.

5.5 SITUAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO COM IMPLANTAÇÃO DE SuDS


COMBINADOS

A Figura 32, apresenta o hidrograma e o hietograma das simulações das


situações de pós-ocupação com a combinação dos dispositivos SuDS para o
evento 1 de precipitação. A figura também apresenta as simulações da
situação de pré-ocupação com as sub-bacias dos lotes conectadas e da
situação de pós-ocupação, para o mesmo evento de precipitação.

Percebe-se observando a Figura 32, que todas as simulações reduziram


as vazões de pico em comparação com a situação de pós-ocupação. A
simulação que obteve os menores valores para o parâmetro acima citado foi a
situação de pós-ocupação com a combinação dos três dispositivos SuDS.
Contudo, observa-se que a variação dos valores dessa simulação em relação à
situação de pós-ocupação com a combinação dos dispositivos do tipo
trincheiras de infiltração e bacia de detenção (PÓS-OCUPAÇÃO + TI + BD), é
pequena, de forma que os dispositivos de microrreservatórios de detenção
oferecem pouca contribuição nessa simulação. Isso pode ser explicado pela
grande capacidade de armazenamento das trincheiras de infiltração devido seu
tamanho, em comparação com os microrreservatórios, tornando-os
dispensáveis na combinação desses dispositivos.

O volume total de escoamento superficial para a simulação da situação


de pós-ocupação é igual a 919,35 m³. Isso é mais do que o dobro encontrado
para a situação de pré-ocupação com as sub-bacias dos lotes conectadas, a
qual se tem um valor de 419,92 m³.
62

200 0

180
20
160
40
140

120 60

PRECIPITAÇÃO (mm/h)
100
80
VAZÃO (L/s)

80
100
60

40 120

20
140
0
08:05:00
08:25:00
08:45:00
09:05:00
09:25:00
09:45:00
10:05:00
10:25:00
10:45:00
11:05:00
11:25:00
11:45:00
12:05:00
12:25:00
12:45:00
13:05:00
13:25:00
13:45:00
14:05:00
14:25:00
14:45:00
15:05:00
15:25:00
15:45:00
TEMPO (min)
PRECIPITAÇÃO
PRÉ-OCUPAÇÃO + SUB-BACIAS DE LOTES CONECTADAS
PÓS-OCUPAÇÃO
PÓS-OCUPAÇÃO + TI + BD
PÓS-OCUPAÇÃO + TI + RD
PÓS-OCUPAÇÃO + BD + RD
PÓS-OCUPAÇÃO + TI + BD + RD

Figura 32: Simulações de pós-ocupação com dispositivos SuDS combinados


Fonte: Acervo do autor

Para as simulações as quais possuem como um de seus dispositivos de


SuDS as trincheiras de infiltração, o volume total de escoamento superficial
teve uma redução em relação à situação de pós-ocupação, chegando a 560,37
m³. As simulações que utilizaram outros dispositivos, não combinados com
trincheiras, mantiveram os mesmos 919,35 m³ de volume total de escoamento,
visto que, os mesmos apenas tem a função de detenção e não de infiltração,
armazenamento ou outras características as quais viessem reduzir os volumes
totais de escoamento.
63

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo mostra que as simulações de cenários hidrológicos, usando


de modelos computacionais, são ferramentas importantes para o
dimensionamento de sistemas de drenagem e possibilitam avaliar previamente
alternativas de controle do escoamento nas bacias hidrográficas.

Quando comparado o volume de escoamento superficial total da


situação de pré-ocupação das sub-bacias de lotes conectadas (419,92 m³) com
a situação de pós-ocupação (919,35 m³), observa-se um aumento de mais de
118%. A vazão de pico também teve um aumento considerável, passando de
41,83 L/s para 142,21 L/s, comparando as mesmas situações anteriores. Isso
evidencia algumas das consequências do aumento da impermeabilização das
superfícies dos lotes por meio das construções residenciais.

Os três dispositivos SuDS utilizados se mostraram eficientes para o


cenário apresentado e para o evento de precipitação analisado. A simulação
utilizando a bacia de detenção teve os menores valores de vazão de pico
dentre os dispositivos adotados, não ultrapassando 48,56 L/s, quando
comparados com a vazão de pico máxima da simulação utilizando trincheiras
de infiltração (63,89 L/s) e microrreservatórios de detenção (79,46 L/s).

Para se reduzir o volume total de escoamento superficial da situação de


pós-ocupação através da utilização dos SuDS, torna-se essencial a utilização
de dispositivos do tipo trincheiras de infiltração, o qual é o único dentre os três
dispositivos em análise capaz de realizar a infiltração da água no solo,
reduzindo então o volume escoado.

Os resultados das combinações das simulações, pode-se dizer que a


utilização de trincheiras de infiltração combinadas à bacia de detenção,
demonstrou eficiência tanto na redução do volume de escoamento superficial
quanto na redução das vazões de pico, para o cenário apresentado e para o
evento de precipitação escolhido, sendo desprezível a combinação dos
64

microrreservatórios de detenção junto aos mesmos, devido sua baixa


contribuição na redução dos parâmetros analisados.
65

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69

APÊNDICE A – QUADROS DE PARÂMETROS ADOTADOS


Quadro 1: Grupos e características do solo
Grupo
Características do solo
de solo
Solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a 8%, não havendo
rocha nem camadas argilosas e nem mesmo densificadas até a
profundidade de 1,5m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1%.
A
Solos que produzem baixo escoamento superficial e alta infiltração. Solos
arenosos profundos com pouco silte e argila.

Solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de


argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas, esse
limite pode subir a 20% graças à maior porosidade. Os dois teores de
B húmus podem subir, respectivamente, a 1,2 e 1,5 %. Não pode haver
pedras e nem camadas argilosas até 1,5 m, mas é, quase sempre,
presente camada mais densificada que a camada superficial.

Solos barrentos com teor total de argila de 20% a 30%%, mas sem
camadas argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidade de
1,2m. No caso de terras roxas, esses dois limites máximos podem ser de
40% e 1,5m. Nota-se a cerca de 60 cm de profundidade, camada mais
C densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de
impermeabilidade. Solos que geram escoamento superficial acima da
média e com capacidade de infiltração abaixa da média, contendo
percentagem considerável de argila e pouco profundo.

Solos argilosos (30% a 40% de argila total) e ainda com camada


densificada a uns 50 cm de profundidade. Ou solos arenosos como do
Grupo B, mas com camada argilosa quase impermeável ou horizonte de
D seixos rolados. Solos contendo argilas expansivas e pouco profundos,
com muito baixa capacidade de infiltração, gerando a maior proporção de
escoamento superficial.

Fonte: Porto (1995) e Tucci et al. (1993)


70

Quadro 2: Valores de CN para bacias urbanas e suburbanas.


Grupo de solos
Utilização ou cobertura do solo
A B C D
Zonas cultivadas: sem conservação do solo 72 81 88 91
Zonas cultivadas: com conservação do solo 62 71 78 81
Pastagens ou terrenos em más condições 68 79 86 89

Baldios em boas condições 39 61 74 80


Prado em boas condições 30 58 71 77

Bosques ou zonas com cobertura ruim 45 66 77 83


Floresta: cobertura boa 25 55 70 77

Espaços abertos, relvados, parques, campos de golfe, cemitérios, boas


condições
Com relva em mais de 75% da área 39 61 74 80
Com relva de 50% a 75% da área 49 69 79 84

Zonas comerciais e de escritórios 89 92 94 95

Zonas industriais 81 88 91 93

Zonas residenciais
Lotes de (m²) % média impermeável
<500 65 77 85 90 92
1000 38 61 75 83 87
1300 30 57 72 81 86
2000 25 54 70 80 85
4000 20 51 68 79 84

Parques de estacionamentos, telhados, viadutos, etc. 98 98 98 98

Arruamentos e estradas 98 98 98 98
Asfaltadas e com drenagem de águas pluviais 76 85 89 91
Paralelepípedos 76 85 89 91
Terra 72 82 87 89

Fonte: Tucci et al. (1993)


71

Quadro 3: Coeficiente de deflúvio com base nas características da superfície


Valores do %
Natureza da Superfície
impermeável
Telhados perfeitos, sem fuga 70 a 95
Superfícies asfaltadas e em bom estado 85 a 90
Pavimentações de paralelepípedos, ladrilhos ou blocos de madeira
75 a 85
com juntas bem tomadas
Para as superfícies anteriores sem as juntas tomadas 50 a 70
Pavimentações de blocos inferiores sem as juntas tomadas 40 a 50
Estradas macadamizadas 25 a 60
Estradas e passeios de pedregulho 15 a 30
Superfícies não revestidas, pátios de estrada de ferro e terrenos
10 a 30
descampados
Parques, jardins, gramados e campinas, dependendo da declividade
1 a 20
do solo e da natureza do subsolo
Fonte: Studart (2006).
72

APÊNDICE B – EVENTOS DE PRECIPITAÇÃO

EVENTO 1 DE PRECIPITAÇÃO

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)

10/18/2018 08:05:00 0 0,0


10/18/2018 08:10:00 0 0,0
10/18/2018 08:15:00 0 0,0
10/18/2018 08:20:00 0 0,0
10/18/2018 08:25:00 0 0,0
10/18/2018 08:30:00 0 0,0
10/18/2018 08:35:00 0 0,0
10/18/2018 08:40:00 0 0,0
10/18/2018 08:45:00 0 0,0
10/18/2018 08:50:00 0 0,0
10/18/2018 08:55:00 6 0,0
10/18/2018 09:00:00 15,6 0,0
10/18/2018 09:05:00 8,4 3,4
10/18/2018 09:10:00 15,6 7,5
10/18/2018 09:15:00 14,4 8,5
10/18/2018 09:20:00 16,8 9,1
10/18/2018 09:25:00 18 10,8
10/18/2018 09:30:00 10,8 12,2
10/18/2018 09:35:00 14,4 10,3
10/18/2018 09:40:00 2,4 8,2
10/18/2018 09:45:00 3,6 6,4
10/18/2018 09:50:00 3,6 4,2
10/18/2018 09:55:00 1,2 3,0
10/18/2018 10:00:00 1,2 2,8
10/18/2018 10:05:00 0 2,3
10/18/2018 10:10:00 0 1,7
10/18/2018 10:15:00 0 1,3
10/18/2018 10:20:00 0 1,0
10/18/2018 10:25:00 4,8 1,0
10/18/2018 10:30:00 13,2 1,5
10/18/2018 10:35:00 44,4 6,2
10/18/2018 10:40:00 12 23,4
10/18/2018 10:45:00 16,8 21,9
10/18/2018 10:50:00 8,4 14,8
10/18/2018 10:55:00 15,6 13,2
73

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)
10/18/2018 11:00:00 4,8 12,3
10/18/2018 11:05:00 19,2 10,8
10/18/2018 11:10:00 8,4 14,3
10/18/2018 11:15:00 8,4 12,3
10/18/2018 11:20:00 8,4 9,2
10/18/2018 11:25:00 3,6 8,0
10/18/2018 11:30:00 1,2 7,2
10/18/2018 11:35:00 8,4 5,4
10/18/2018 11:40:00 6 5,0
10/18/2018 11:45:00 7,2 7,5
10/18/2018 11:50:00 3,6 6,0
10/18/2018 11:55:00 7,2 6,9
10/18/2018 12:00:00 8,4 6,9
10/18/2018 12:05:00 10,8 7,2
10/18/2018 12:10:00 16,8 8,5
10/18/2018 12:15:00 3,6 13,4
10/18/2018 12:20:00 7,2 10,2
10/18/2018 12:25:00 7,2 8,6
10/18/2018 12:30:00 9,6 8,5
10/18/2018 12:35:00 10,8 8,3
10/18/2018 12:40:00 8,4 10,0
10/18/2018 12:45:00 10,8 10,0
10/18/2018 12:50:00 6 10,0
10/18/2018 12:55:00 6 9,9
10/18/2018 13:00:00 7,2 9,2
10/18/2018 13:05:00 6 8,6
10/18/2018 13:10:00 8,4 8,6
10/18/2018 13:15:00 8,4 9,2
10/18/2018 13:20:00 10,8 10,0
10/18/2018 13:25:00 8,4 10,5
10/18/2018 13:30:00 6 10,3
10/18/2018 13:35:00 2,4 8,6
10/18/2018 13:40:00 3,6 5,6
10/18/2018 13:45:00 3,6 5,0
10/18/2018 13:50:00 1,2 3,5
10/18/2018 13:55:00 1,2 2,3
10/18/2018 14:00:00 1,2 2,0
10/18/2018 14:05:00 1,2 1,5
10/18/2018 14:10:00 1,2 1,1
10/18/2018 14:15:00 0 1,0
10/18/2018 14:20:00 0 0,0
10/18/2018 14:25:00 0 0,0
74

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)
10/18/2018 14:30:00 0 0,0
10/18/2018 14:35:00 0 0,0
10/18/2018 14:40:00 0 0,0
10/18/2018 14:45:00 0 0,0
10/18/2018 14:50:00 0 0,0
10/18/2018 14:55:00 0 0,0
10/18/2018 15:00:00 0 0,0
10/18/2018 15:05:00 0 0,0
10/18/2018 15:10:00 0 0,0
10/18/2018 15:15:00 0 0,0
10/18/2018 15:20:00 0 0,0
10/18/2018 15:25:00 0 0,0
10/18/2018 15:30:00 0 0,0
10/18/2018 15:35:00 0 0,0
10/18/2018 15:40:00 0 0,0
10/18/2018 15:45:00 0 0,0
10/18/2018 15:50:00 0 0,0
10/18/2018 15:55:00 0 0,0

EVENTO 2 DE PRECIPITAÇÃO

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)

10/25/2018 08:05:00 0 0,0


10/25/2018 08:10:00 0 0,0
10/25/2018 08:15:00 0 0,0
10/25/2018 08:20:00 2,4 0,0
10/25/2018 08:25:00 6 0,0
10/25/2018 08:30:00 9,6 0,0
10/25/2018 08:35:00 9,6 1,5
10/25/2018 08:40:00 10,8 4,8
10/25/2018 08:45:00 14,4 6,2
10/25/2018 08:50:00 9,6 7,0
10/25/2018 08:55:00 8,4 7,5
10/25/2018 09:00:00 8,4 5,8
10/25/2018 09:05:00 3,6 5,4
10/25/2018 09:10:00 4,8 4,5
10/25/2018 09:15:00 2,4 3,9
10/25/2018 09:20:00 4,8 2,8
75

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)
10/25/2018 09:25:00 4,8 2,5
10/25/2018 09:30:00 3,6 3,5
10/25/2018 09:35:00 8,4 3,4
10/25/2018 09:40:00 6 3,4
10/25/2018 09:45:00 6 5,6
10/25/2018 09:50:00 4,8 5,2
10/25/2018 09:55:00 6 4,8
10/25/2018 10:00:00 2,4 4,5
10/25/2018 10:05:00 3,6 3,8
10/25/2018 10:10:00 4,8 3,0
10/25/2018 10:15:00 3,6 3,2
10/25/2018 10:20:00 0 3,2
10/25/2018 10:25:00 0 2,5
10/25/2018 10:30:00 0 1,2
10/25/2018 10:35:00 0 0,0
10/25/2018 10:40:00 0 0,0
10/25/2018 10:45:00 0 0,0
10/25/2018 10:50:00 0 0,0
10/25/2018 10:55:00 0 0,0
10/25/2018 11:00:00 0 0,0
10/25/2018 11:05:00 0 0,0
10/25/2018 11:10:00 0 0,0
10/25/2018 11:15:00 0 0,0
10/25/2018 11:20:00 0 0,0
10/25/2018 11:25:00 0 0,0
10/25/2018 11:30:00 0 0,0
10/25/2018 11:35:00 2,4 0,0
10/25/2018 11:40:00 2,4 0,0
10/25/2018 11:45:00 2,4 0,0
10/25/2018 11:50:00 6 1,5
10/25/2018 11:55:00 4,8 2,8
10/25/2018 12:00:00 3,6 3,8
10/25/2018 12:05:00 3,6 3,7
10/25/2018 12:10:00 0 2,5
10/25/2018 12:15:00 0 1,8
10/25/2018 12:20:00 0 1,0
10/25/2018 12:25:00 0 0,0
10/25/2018 12:30:00 0 0,0
10/25/2018 12:35:00 1,2 0,0
10/25/2018 12:40:00 6 0,0
10/25/2018 12:45:00 6 2,2
10/25/2018 12:50:00 4,8 4,2
76

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)
10/25/2018 12:55:00 1,2 4,2
10/25/2018 13:00:00 1,2 2,5
10/25/2018 13:05:00 2,4 2,0
10/25/2018 13:10:00 3,6 2,0
10/25/2018 13:15:00 2,4 2,0
10/25/2018 13:20:00 1,2 2,5
10/25/2018 13:25:00 0 2,3
10/25/2018 13:30:00 0 1,5
10/25/2018 13:35:00 0 0,0
10/25/2018 13:40:00 0 0,0
10/25/2018 13:45:00 0 0,0
10/25/2018 13:50:00 0 0,0
10/25/2018 13:55:00 0 0,0
10/25/2018 14:00:00 0 0,0

EVENTO 3 DE PRECIPITAÇÃO

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)

11/03/2018 13:05:00 0 0,0


11/03/2018 13:10:00 0 0,0
11/03/2018 13:15:00 0 0,0
11/03/2018 13:20:00 0 0,0
11/03/2018 13:25:00 0 0,0
11/03/2018 13:30:00 0 0,0
11/03/2018 13:35:00 0 0,0
11/03/2018 13:40:00 0 0,0
11/03/2018 13:45:00 0 0,0
11/03/2018 13:50:00 0 0,0
11/03/2018 13:55:00 0 0,0
11/03/2018 14:00:00 0 0,0
11/03/2018 14:05:00 1,2 0,0
11/03/2018 14:10:00 0 0,0
11/03/2018 14:15:00 0 0,0
11/03/2018 14:20:00 0 0,0
11/03/2018 14:25:00 0 0,0
11/03/2018 14:30:00 1,2 0,0
11/03/2018 14:35:00 1,2 0,0
11/03/2018 14:40:00 0 0,0
77

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)
11/03/2018 14:45:00 0 0,0
11/03/2018 14:50:00 0 0,0
11/03/2018 14:55:00 0 0,0
11/03/2018 15:00:00 0 0,0
11/03/2018 15:05:00 0 0,0
11/03/2018 15:10:00 0 0,0
11/03/2018 15:15:00 0 0,0
11/03/2018 15:20:00 0 0,0
11/03/2018 15:25:00 0 0,0
11/03/2018 15:30:00 1,2 0,0
11/03/2018 15:35:00 1,2 0,0
11/03/2018 15:40:00 1,2 0,0
11/03/2018 15:45:00 1,2 0,0
11/03/2018 15:50:00 3,6 0,0
11/03/2018 15:55:00 24 1,0
11/03/2018 16:00:00 36 6,9
11/03/2018 16:05:00 26,4 17,4
11/03/2018 16:10:00 13,2 18,8
11/03/2018 16:15:00 7,2 14,3
11/03/2018 16:20:00 3,6 10,0
11/03/2018 16:25:00 2,4 6,4
11/03/2018 16:30:00 2,4 4,7
11/03/2018 16:35:00 0 3,5
11/03/2018 16:40:00 0 2,1
11/03/2018 16:45:00 0 1,0
11/03/2018 16:50:00 0 0,0
11/03/2018 16:55:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:00:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:05:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:10:00 2,4 0,0
11/03/2018 17:15:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:20:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:25:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:30:00 1,2 0,0
11/03/2018 17:35:00 4,8 1,0
11/03/2018 17:40:00 6 1,5
11/03/2018 17:45:00 31,2 3,2
11/03/2018 17:50:00 9,6 14,3
11/03/2018 17:55:00 4,8 15,7
11/03/2018 18:00:00 19,2 8,2
11/03/2018 18:05:00 3,6 11,6
11/03/2018 18:10:00 7,2 10,2
78

Data Tempo Precipitação (mm/h) Vazão no exutório da


(mm/dd/aaaa) (hh:mm:ss) bacia (L/s)
11/03/2018 18:15:00 9,6 7,5
11/03/2018 18:20:00 6 7,3
11/03/2018 18:25:00 24 8,3
11/03/2018 18:30:00 3,6 14,3
11/03/2018 18:35:00 8,4 13,5
11/03/2018 18:40:00 4,8 7,5
11/03/2018 18:45:00 2,4 6,2
11/03/2018 18:50:00 0 5,0
11/03/2018 18:55:00 0 3,0
11/03/2018 19:00:00 0 1,5
11/03/2018 19:05:00 0 1,0
11/03/2018 19:10:00 0 0,0
11/03/2018 19:15:00 0 0,0
11/03/2018 19:20:00 0 0,0
11/03/2018 19:25:00 0 0,0
11/03/2018 19:30:00 0 0,0
11/03/2018 19:35:00 0 0,0
11/03/2018 19:40:00 0 0,0
11/03/2018 19:45:00 0 0,0
11/03/2018 19:50:00 0 0,0
11/03/2018 19:55:00 0 0,0
11/03/2018 20:00:00 0 0,0
79

APÊNDICE C – CONFIGURAÇÕES DOS TRECHOS, NÓS E EXUTÓRIOS PARA TODAS AS SIMULAÇÕES

C.1 Configurações dos trechos, nós e exutórios, inseridos no modelo computacional do software SWMM para todas as
simulações.

CONFIGURAÇÕES DOS TRECHOS


Nome Nó de entrada Nó de Saída Forma Prof. Máx. Comprimento Coef. Manning Offset entrada Offset saída
T1 N1 N2 CIRCULAR 0,40 11,00 0,012 0,00 0,00
T2 N2 N3 CIRCULAR 0,40 51,00 0,012 0,00 0,00
T3 N4 N3 CIRCULAR 0,40 7,50 0,012 0,00 0,00
T4 N3 N5 CIRCULAR 0,40 45,00 0,012 0,00 0,00
T5 N5 N6 CIRCULAR 0,40 10,00 0,012 0,00 0,00
T6 N7 N8 CIRCULAR 0,40 11,00 0,012 0,00 0,00
T7 N8 N6 CIRCULAR 0,40 57,00 0,012 0,00 0,00
T8 N6 N9 CIRCULAR 0,40 65,00 0,012 0,00 0,00
T9 N10 N9 CIRCULAR 0,40 7,50 0,012 0,00 0,00
T10 N9 N11 CIRCULAR 0,40 3,00 0,012 0,00 0,20
T11 N11 N12 CIRCULAR 0,60 52,00 0,012 0,00 0,00
T12 N13 N14 CIRCULAR 0,40 11,00 0,012 0,00 0,00
T13 N14 N15 CIRCULAR 0,40 61,50 0,012 0,00 0,00
T14 N16 N15 CIRCULAR 0,40 7,50 0,012 0,00 0,00
T15 N15 N17 CIRCULAR 0,40 61,50 0,012 0,00 0,10
T16 N18 N17 CIRCULAR 0,40 7,50 0,012 0,00 0,10
T17 N17 N12 CIRCULAR 0,40 3,00 0,012 0,00 0,10
T18 N12 N19 CIRCULAR 0,60 52,00 0,012 0,00 0,00
T19 N20 N21 CIRCULAR 0,40 11,00 0,012 0,00 0,00
80

Nome Nó de entrada Nó de Saída Forma Prof. Máx. Comprimento Coef. Manning Offset entrada Offset saída
T20 N21 N22 CIRCULAR 0,40 61,50 0,012 0,00 0,00
T21 N23 N22 CIRCULAR 0,40 7,50 0,012 0,00 0,00
T22 N22 N24 CIRCULAR 0,40 61,50 0,012 0,00 0,30
T23 N25 N24 CIRCULAR 0,40 7,50 0,012 0,00 0,30
T24 N24 N19 CIRCULAR 0,40 3,00 0,012 0,00 0,00
T25 N19 E1 CIRCULAR 0,80 42,00 0,012 0,00 0,00

CONFIGURAÇÕES DO EXUTÓRIO
Nome Cota do Radier Tipo
E1 459,00 Free
E2 459,00 Free
E3 459,00 Free
E4 459,00 Free
E5 459,00 Free
81

CONFIGURAÇÕES DOS NÓS


Nome Cota do Radier Prof. Máx.
NO1 499,00 1,40
NO2 496,80 1,10
NO3 489,00 1,10
NO4 489,10 1,10
NO5 481,40 1,10
NO6 480,40 1,10
NO7 493,30 2,20
NO8 490,30 1,10
NO9 470,20 1,10
NO10 470,40 1,10
NO11 469,80 1,30
NO12 469,10 1,30
NO13 485,80 1,10
NO14 484,60 1,10
NO15 476,60 1,10
NO16 476,80 1,10
NO17 469,70 1,20
NO18 469,90 1,10
NO19 464,90 1,30
NO20 481,00 1,10
NO21 479,30 1,10
NO22 472,50 1,10
NO23 472,80 1,10
NO24 465,70 1,10
NO25 465,90 1,40
82

APÊNDICE D – CONFIGURAÇÕES DAS SIMULAÇÕES DE PRÉ-OCUPAÇÃO

D.1 Configurações das sub-bacias caracterizadas como lotes, inseridas no modelo computacional do software SWMM para as
simulações de pré-ocupação.

CONFIGURAÇÕES DAS SUB-BACIAS DE LOTES PARA AS SIMULAÇÕES DE PRÉ-OCUPAÇÃO


Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
S1 PLUV1 S6 0,1701 27,90 15 0 0,015 0,15 74,00
S2 PLUV1 S6 0,0584 10,13 15 0 0,015 0,15 74,00
S3 PLUV1 S2 0,0615 17,72 15 0 0,015 0,15 74,00
S4 PLUV1 S5 0,0580 11,85 15 0 0,015 0,15 74,00
S5 PLUV1 S6 0,0615 16,96 15 0 0,015 0,15 74,00
S6 PLUV1 E2 0,2085 19,49 15 0 0,015 0,15 74,00
S7 PLUV1 S8 0,0577 9,74 15 0 0,015 0,15 74,00
S8 PLUV1 S9 0,0440 12,34 15 0 0,015 0,15 74,00
S9 PLUV1 S10 0,0440 18,32 15 0 0,015 0,15 74,00
S10 PLUV1 S11 0,0440 7,18 15 0 0,015 0,15 74,00
S11 PLUV1 S12 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S12 PLUV1 E2 0,0439 15,58 15 0 0,015 0,15 74,00
S13 PLUV1 S14 0,0574 11,71 15 0 0,015 0,15 74,00
S14 PLUV1 S15 0,0440 10,81 15 0 0,015 0,15 74,00
S15 PLUV1 S16 0,0440 16,62 15 0 0,015 0,15 74,00
S16 PLUV1 S17 0,0440 6,97 15 0 0,015 0,15 74,00
S17 PLUV1 S18 0,0440 9,78 15 0 0,015 0,15 74,00
S18 PLUV1 E3 0,0440 16,85 15 0 0,015 0,15 74,00
S19 PLUV1 S20 0,0578 8,86 15 0 0,015 0,15 74,00
83

Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
S20 PLUV1 S21 0,0440 10,58 15 0 0,015 0,15 74,00
S21 PLUV1 S22 0,0440 16,42 15 0 0,015 0,15 74,00
S22 PLUV1 S23 0,0440 7,19 15 0 0,015 0,15 74,00
S23 PLUV1 S24 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S24 PLUV1 E3 0,0440 15,63 15 0 0,015 0,15 74,00
S25 PLUV1 S26 0,0592 11,92 15 0 0,015 0,15 74,00
S26 PLUV1 S27 0,0440 10,07 15 0 0,015 0,15 74,00
S27 PLUV1 S28 0,0440 15,45 15 0 0,015 0,15 74,00
S28 PLUV1 S29 0,0440 6,97 15 0 0,015 0,15 74,00
S29 PLUV1 S30 0,0440 9,78 15 0 0,015 0,15 74,00
S30 PLUV1 E4 0,0440 14,96 15 0 0,015 0,15 74,00
S31 PLUV1 S32 0,0602 9,11 15 0 0,015 0,15 74,00
S32 PLUV1 S33 0,0440 10,59 15 0 0,015 0,15 74,00
S33 PLUV1 S34 0,0440 16,29 15 0 0,015 0,15 74,00
S34 PLUV1 S35 0,0440 7,19 15 0 0,015 0,15 74,00
S35 PLUV1 S36 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S36 PLUV1 E4 0,0440 15,63 15 0 0,015 0,15 74,00
S37 PLUV1 S38 0,0616 8,93 15 0 0,015 0,15 74,00
S38 PLUV1 S39 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S39 PLUV1 S40 0,0440 15,62 15 0 0,015 0,15 74,00
S40 PLUV1 S41 0,0440 6,97 15 0 0,015 0,15 74,00
S41 PLUV1 S42 0,0440 9,78 15 0 0,015 0,15 74,00
S42 PLUV1 E5 0,0440 14,96 15 0 0,015 0,15 74,00
84

D.2 Configurações das sub-bacias caracterizadas como ruas, inseridas no modelo computacional do software SWMM para as
simulações de pré-ocupação.

CONFIGURAÇÕES DAS SUB-BACIAS DE RUAS PARA SITUAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO – SIMULAÇÃO 1


Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
R1 PLUV1 NO1 0,0338 4,74 15 40 0,015 0,024 89,00
R2 PLUV1 NO2 0,0081 6,13 15 40 0,015 0,024 89,00
R3 PLUV1 NO4 0,0213 4,04 15 40 0,015 0,024 89,00
R4 PLUV1 NO3 0,0208 3,90 15 40 0,015 0,024 89,00
R5 PLUV1 NO7 0,0194 4,93 15 40 0,015 0,024 89,00
R6 PLUV1 NO8 0,0078 5,97 15 40 0,015 0,024 89,00
R7 PLUV1 NO5 0,0219 4,01 15 40 0,015 0,024 89,00
R8 PLUV1 NO6 0,0226 3,87 15 40 0,015 0,024 89,00
R9 PLUV1 NO10 0,0281 4,10 15 40 0,015 0,024 89,00
R10 PLUV1 NO9 0,0269 3,96 15 40 0,015 0,024 89,00
R11 PLUV1 NO13 0,0184 4,69 15 40 0,015 0,024 89,00
R12 PLUV1 NO14 0,0073 5,66 15 40 0,015 0,024 89,00
R13 PLUV1 NO16 0,0245 4,01 15 40 0,015 0,024 89,00
R14 PLUV1 NO15 0,0245 3,93 15 40 0,015 0,024 89,00
R15 PLUV1 NO18 0,0256 4,16 15 40 0,015 0,024 89,00
R16 PLUV1 NO17 0,0252 4,02 15 40 0,015 0,024 89,00
R17 PLUV1 NO20 0,0186 4,73 15 40 0,015 0,024 89,00
R18 PLUV1 NO21 0,0078 5,96 15 40 0,015 0,024 89,00
R19 PLUV1 NO23 0,0248 4,00 15 40 0,015 0,024 89,00
R20 PLUV1 NO22 0,0247 3,93 15 40 0,015 0,024 89,00
R21 PLUV1 NO25 0,0258 4,17 15 40 0,015 0,024 89,00
R22 PLUV1 NO24 0,0254 4,02 15 40 0,015 0,024 89,00
R23 PLUV1 NO21 0,0096 6,39 15 40 0,015 0,024 89,00
85

CONFIGURAÇÕES DAS SUB-BACIAS DE RUAS PARA SITUAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO – SIMULAÇÃO 2


Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
R1 PLUV1 NO1 0,0338 4,74 15 40 0,015 0,024 85,00
R2 PLUV1 NO2 0,0081 6,13 15 40 0,015 0,024 85,00
R3 PLUV1 NO4 0,0213 4,04 15 40 0,015 0,024 85,00
R4 PLUV1 NO3 0,0208 3,90 15 40 0,015 0,024 85,00
R5 PLUV1 NO7 0,0194 4,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R6 PLUV1 NO8 0,0078 5,97 15 40 0,015 0,024 85,00
R7 PLUV1 NO5 0,0219 4,01 15 40 0,015 0,024 85,00
R8 PLUV1 NO6 0,0226 3,87 15 40 0,015 0,024 85,00
R9 PLUV1 NO10 0,0281 4,10 15 40 0,015 0,024 85,00
R10 PLUV1 NO9 0,0269 3,96 15 40 0,015 0,024 85,00
R11 PLUV1 NO13 0,0184 4,69 15 40 0,015 0,024 85,00
R12 PLUV1 NO14 0,0073 5,66 15 40 0,015 0,024 85,00
R13 PLUV1 NO16 0,0245 4,01 15 40 0,015 0,024 85,00
R14 PLUV1 NO15 0,0245 3,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R15 PLUV1 NO18 0,0256 4,16 15 40 0,015 0,024 85,00
R16 PLUV1 NO17 0,0252 4,02 15 40 0,015 0,024 85,00
R17 PLUV1 NO20 0,0186 4,73 15 40 0,015 0,024 85,00
R18 PLUV1 NO21 0,0078 5,96 15 40 0,015 0,024 85,00
R19 PLUV1 NO23 0,0248 4,00 15 40 0,015 0,024 85,00
R20 PLUV1 NO22 0,0247 3,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R21 PLUV1 NO25 0,0258 4,17 15 40 0,015 0,024 85,00
R22 PLUV1 NO24 0,0254 4,02 15 40 0,015 0,024 85,00
R23 PLUV1 NO21 0,0096 6,39 15 40 0,015 0,024 85,00
86

CONFIGURAÇÕES DAS SUB-BACIAS DE RUAS PARA SITUAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO – SIMULAÇÃO 3


Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
R1 PLUV1 NO1 0,0338 4,74 15 50 0,015 0,024 85,00
R2 PLUV1 NO2 0,0081 6,13 15 50 0,015 0,024 85,00
R3 PLUV1 NO4 0,0213 4,04 15 50 0,015 0,024 85,00
R4 PLUV1 NO3 0,0208 3,90 15 50 0,015 0,024 85,00
R5 PLUV1 NO7 0,0194 4,93 15 50 0,015 0,024 85,00
R6 PLUV1 NO8 0,0078 5,97 15 50 0,015 0,024 85,00
R7 PLUV1 NO5 0,0219 4,01 15 50 0,015 0,024 85,00
R8 PLUV1 NO6 0,0226 3,87 15 50 0,015 0,024 85,00
R9 PLUV1 NO10 0,0281 4,10 15 50 0,015 0,024 85,00
R10 PLUV1 NO9 0,0269 3,96 15 50 0,015 0,024 85,00
R11 PLUV1 NO13 0,0184 4,69 15 50 0,015 0,024 85,00
R12 PLUV1 NO14 0,0073 5,66 15 50 0,015 0,024 85,00
R13 PLUV1 NO16 0,0245 4,01 15 50 0,015 0,024 85,00
R14 PLUV1 NO15 0,0245 3,93 15 50 0,015 0,024 85,00
R15 PLUV1 NO18 0,0256 4,16 15 50 0,015 0,024 85,00
R16 PLUV1 NO17 0,0252 4,02 15 50 0,015 0,024 85,00
R17 PLUV1 NO20 0,0186 4,73 15 50 0,015 0,024 85,00
R18 PLUV1 NO21 0,0078 5,96 15 50 0,015 0,024 85,00
R19 PLUV1 NO23 0,0248 4,00 15 50 0,015 0,024 85,00
R20 PLUV1 NO22 0,0247 3,93 15 50 0,015 0,024 85,00
R21 PLUV1 NO25 0,0258 4,17 15 50 0,015 0,024 85,00
R22 PLUV1 NO24 0,0254 4,02 15 50 0,015 0,024 85,00
R23 PLUV1 NO21 0,0096 6,39 15 50 0,015 0,024 85,00
87

CONFIGURAÇÕES DAS SUB-BACIAS DE RUAS PARA SITUAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO – SIMULAÇÃO 4


Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
R1 PLUV1 NO1 0,0338 4,74 15 50 0,015 0,024 89,00
R2 PLUV1 NO2 0,0081 6,13 15 50 0,015 0,024 89,00
R3 PLUV1 NO4 0,0213 4,04 15 50 0,015 0,024 89,00
R4 PLUV1 NO3 0,0208 3,90 15 50 0,015 0,024 89,00
R5 PLUV1 NO7 0,0194 4,93 15 50 0,015 0,024 89,00
R6 PLUV1 NO8 0,0078 5,97 15 50 0,015 0,024 89,00
R7 PLUV1 NO5 0,0219 4,01 15 50 0,015 0,024 89,00
R8 PLUV1 NO6 0,0226 3,87 15 50 0,015 0,024 89,00
R9 PLUV1 NO10 0,0281 4,10 15 50 0,015 0,024 89,00
R10 PLUV1 NO9 0,0269 3,96 15 50 0,015 0,024 89,00
R11 PLUV1 NO13 0,0184 4,69 15 50 0,015 0,024 89,00
R12 PLUV1 NO14 0,0073 5,66 15 50 0,015 0,024 89,00
R13 PLUV1 NO16 0,0245 4,01 15 50 0,015 0,024 89,00
R14 PLUV1 NO15 0,0245 3,93 15 50 0,015 0,024 89,00
R15 PLUV1 NO18 0,0256 4,16 15 50 0,015 0,024 89,00
R16 PLUV1 NO17 0,0252 4,02 15 50 0,015 0,024 89,00
R17 PLUV1 NO20 0,0186 4,73 15 50 0,015 0,024 89,00
R18 PLUV1 NO21 0,0078 5,96 15 50 0,015 0,024 89,00
R19 PLUV1 NO23 0,0248 4,00 15 50 0,015 0,024 89,00
R20 PLUV1 NO22 0,0247 3,93 15 50 0,015 0,024 89,00
R21 PLUV1 NO25 0,0258 4,17 15 50 0,015 0,024 89,00
R22 PLUV1 NO24 0,0254 4,02 15 50 0,015 0,024 89,00
R23 PLUV1 NO21 0,0096 6,39 15 50 0,015 0,024 89,00
88

APÊNDICE E – CONFIGURAÇÕES DA SIMULAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO COM AS SUB-BACIAS DOS


LOTES E RUAS CONECTADAS AO SISTEMA

E.1 Configurações da situação de pré-ocupação com as sub-bacias dos lotes e ruas conectadas ao sistema, inseridas no
modelo computacional do software SWMM.

CONFIGURAÇÕES DA SIMULAÇÃO DE PRÉ-OCUPAÇÃO COM AS SUB-BACIAS DE LOTES E RUAS CONECTADAS AO SISTEMA

Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
S1 PLUV1 NO1 0,1701 27,90 15 0 0,015 0,15 74,00
S2 PLUV1 NO4 0,0584 10,13 15 0 0,015 0,15 74,00
S3 PLUV1 NO4 0,0615 17,72 15 0 0,015 0,15 74,00
S4 PLUV1 NO7 0,0580 11,85 15 0 0,015 0,15 74,00
S5 PLUV1 NO3 0,0615 16,96 15 0 0,015 0,15 74,00
S6 PLUV1 NO10 0,2085 19,49 15 0 0,015 0,15 74,00
S7 PLUV1 NO5 0,0577 9,74 15 0 0,015 0,15 74,00
S8 PLUV1 NO5 0,0440 12,34 15 0 0,015 0,15 74,00
S9 PLUV1 NO5 0,0440 18,32 15 0 0,015 0,15 74,00
S10 PLUV1 NO10 0,0440 7,18 15 0 0,015 0,15 74,00
S11 PLUV1 NO10 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S12 PLUV1 NO10 0,0439 15,58 15 0 0,015 0,15 74,00
S13 PLUV1 NO6 0,0574 11,71 15 0 0,015 0,15 74,00
S14 PLUV1 NO6 0,0440 10,81 15 0 0,015 0,15 74,00
S15 PLUV1 NO9 0,0440 16,62 15 0 0,015 0,15 74,00
S16 PLUV1 NO16 0,0440 6,97 15 0 0,015 0,15 74,00
89

Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
S17 PLUV1 NO9 0,0440 9,78 15 0 0,015 0,15 74,00
S18 PLUV1 NO9 0,0440 16,85 15 0 0,015 0,15 74,00
S19 PLUV1 NO16 0,0578 8,86 15 0 0,015 0,15 74,00
S20 PLUV1 NO16 0,0440 10,58 15 0 0,015 0,15 74,00
S21 PLUV1 NO16 0,0440 16,42 15 0 0,015 0,15 74,00
S22 PLUV1 NO18 0,0440 7,19 15 0 0,015 0,15 74,00
S23 PLUV1 NO18 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S24 PLUV1 NO18 0,0440 15,63 15 0 0,015 0,15 74,00
S25 PLUV1 NO20 0,0592 11,92 15 0 0,015 0,15 74,00
S26 PLUV1 NO15 0,0440 10,07 15 0 0,015 0,15 74,00
S27 PLUV1 NO15 0,0440 15,45 15 0 0,015 0,15 74,00
S28 PLUV1 NO17 0,0440 6,97 15 0 0,015 0,15 74,00
S29 PLUV1 NO12 0,0440 9,78 15 0 0,015 0,15 74,00
S30 PLUV1 NO17 0,0440 14,96 15 0 0,015 0,15 74,00
S31 PLUV1 NO23 0,0602 9,11 15 0 0,015 0,15 74,00
S32 PLUV1 NO23 0,0440 10,59 15 0 0,015 0,15 74,00
S33 PLUV1 NO23 0,0440 16,29 15 0 0,015 0,15 74,00
S34 PLUV1 NO25 0,0440 7,19 15 0 0,015 0,15 74,00
S35 PLUV1 NO25 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S36 PLUV1 NO25 0,0440 15,63 15 0 0,015 0,15 74,00
S37 PLUV1 NO23 0,0616 8,93 15 0 0,015 0,15 74,00
S38 PLUV1 NO23 0,0440 10,17 15 0 0,015 0,15 74,00
S39 PLUV1 NO22 0,0440 15,62 15 0 0,015 0,15 74,00
S40 PLUV1 NO24 0,0440 6,97 15 0 0,015 0,15 74,00
S41 PLUV1 NO24 0,0440 9,78 15 0 0,015 0,15 74,00
S42 PLUV1 NO24 0,0440 14,96 15 0 0,015 0,15 74,00
R1 PLUV1 NO1 0,0338 4,74 15 40 0,015 0,024 85,00
90

Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
R2 PLUV1 NO2 0,0081 6,13 15 40 0,015 0,024 85,00
R3 PLUV1 NO4 0,0213 4,04 15 40 0,015 0,024 85,00
R4 PLUV1 NO3 0,0208 3,90 15 40 0,015 0,024 85,00
R5 PLUV1 NO7 0,0194 4,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R6 PLUV1 NO8 0,0078 5,97 15 40 0,015 0,024 85,00
R7 PLUV1 NO5 0,0219 4,01 15 40 0,015 0,024 85,00
R8 PLUV1 NO6 0,0226 3,87 15 40 0,015 0,024 85,00
R9 PLUV1 NO10 0,0281 4,10 15 40 0,015 0,024 85,00
R10 PLUV1 NO9 0,0269 3,96 15 40 0,015 0,024 85,00
R11 PLUV1 NO13 0,0184 4,69 15 40 0,015 0,024 85,00
R12 PLUV1 NO14 0,0073 5,66 15 40 0,015 0,024 85,00
R13 PLUV1 NO16 0,0245 4,01 15 40 0,015 0,024 85,00
R14 PLUV1 NO15 0,0245 3,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R15 PLUV1 NO18 0,0256 4,16 15 40 0,015 0,024 85,00
R16 PLUV1 NO17 0,0252 4,02 15 40 0,015 0,024 85,00
R17 PLUV1 NO20 0,0186 4,73 15 40 0,015 0,024 85,00
R18 PLUV1 NO21 0,0078 5,96 15 40 0,015 0,024 85,00
R19 PLUV1 NO23 0,0248 4,00 15 40 0,015 0,024 85,00
R20 PLUV1 NO22 0,0247 3,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R21 PLUV1 NO25 0,0258 4,17 15 40 0,015 0,024 85,00
R22 PLUV1 NO24 0,0254 4,02 15 40 0,015 0,024 85,00
R23 PLUV1 NO21 0,0096 6,39 15 40 0,015 0,024 85,00
91

APÊNDICE F – CONFIGURAÇÕES DA SIMULAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO

F.1 Configuração da simulação de pós-ocupação, inseridas no modelo computacional do software SWMM.

CONFIGURAÇÃO DAS SUB-BACIAS DE LOTES E RUAS DA SITUAÇÃO DE PÓS-OCUPAÇÃO


Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
S1 PLUV1 NO1 0,1701 27,90 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S2 PLUV1 NO4 0,0584 10,13 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S3 PLUV1 NO4 0,0615 17,72 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S4 PLUV1 NO7 0,0580 11,85 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S5 PLUV1 NO3 0,0615 16,96 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S6 PLUV1 E2 0,2085 19,49 0,5 0,70 0,015 0,15 90,00
S7 PLUV1 NO5 0,0577 9,74 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S8 PLUV1 NO5 0,0440 12,34 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S9 PLUV1 NO5 0,0440 18,32 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S10 PLUV1 NO10 0,0440 7,18 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S11 PLUV1 NO10 0,0440 10,17 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S12 PLUV1 NO10 0,0439 15,58 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S13 PLUV1 NO6 0,0574 11,71 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S14 PLUV1 NO6 0,0440 10,81 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S15 PLUV1 NO9 0,0440 16,62 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S16 PLUV1 NO16 0,0440 6,97 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S17 PLUV1 NO9 0,0440 9,78 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S18 PLUV1 NO9 0,0440 16,85 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S19 PLUV1 NO16 0,0578 8,86 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S20 PLUV1 NO16 0,0440 10,58 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
92

Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
S21 PLUV1 NO16 0,0440 16,42 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S22 PLUV1 NO18 0,0440 7,19 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S23 PLUV1 NO18 0,0440 10,17 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S24 PLUV1 NO18 0,0440 15,63 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S25 PLUV1 NO20 0,0592 11,92 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S26 PLUV1 NO15 0,0440 10,07 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S27 PLUV1 NO15 0,0440 15,45 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S28 PLUV1 NO17 0,0440 6,97 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S29 PLUV1 NO12 0,0440 9,78 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S30 PLUV1 NO17 0,0440 14,96 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S31 PLUV1 NO23 0,0602 9,11 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S32 PLUV1 NO23 0,0440 10,59 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S33 PLUV1 NO23 0,0440 16,29 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S34 PLUV1 NO25 0,0440 7,19 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S35 PLUV1 NO25 0,0440 10,17 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S36 PLUV1 NO25 0,0440 15,63 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S37 PLUV1 NO23 0,0616 8,93 0,5 0,72 0,015 0,15 90,00
S38 PLUV1 NO23 0,0440 10,17 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S39 PLUV1 NO22 0,0440 15,62 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S40 PLUV1 NO24 0,0440 6,97 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S41 PLUV1 NO24 0,0440 9,78 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
S42 PLUV1 NO24 0,0440 14,96 0,5 0,71 0,015 0,15 90,00
R1 PLUV1 NO1 0,0338 4,74 15 40 0,015 0,024 85,00
R2 PLUV1 NO2 0,0081 6,13 15 40 0,015 0,024 85,00
R3 PLUV1 NO4 0,0213 4,04 15 40 0,015 0,024 85,00
R4 PLUV1 NO3 0,0208 3,90 15 40 0,015 0,024 85,00
R5 PLUV1 NO7 0,0194 4,93 15 40 0,015 0,024 85,00
93

Nome Pluviômetro Exutório Área (ha) Largura Declividade (%) Impermeável (%) n-Impermeável n-Permeável CN
R6 PLUV1 NO8 0,0078 5,97 15 40 0,015 0,024 85,00
R7 PLUV1 NO5 0,0219 4,01 15 40 0,015 0,024 85,00
R8 PLUV1 NO6 0,0226 3,87 15 40 0,015 0,024 85,00
R9 PLUV1 NO10 0,0281 4,10 15 40 0,015 0,024 85,00
R10 PLUV1 NO9 0,0269 3,96 15 40 0,015 0,024 85,00
R11 PLUV1 NO13 0,0184 4,69 15 40 0,015 0,024 85,00
R12 PLUV1 NO14 0,0073 5,66 15 40 0,015 0,024 85,00
R13 PLUV1 NO16 0,0245 4,01 15 40 0,015 0,024 85,00
R14 PLUV1 NO15 0,0245 3,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R15 PLUV1 NO18 0,0256 4,16 15 40 0,015 0,024 85,00
R16 PLUV1 NO17 0,0252 4,02 15 40 0,015 0,024 85,00
R17 PLUV1 NO20 0,0186 4,73 15 40 0,015 0,024 85,00
R18 PLUV1 NO21 0,0078 5,96 15 40 0,015 0,024 85,00
R19 PLUV1 NO23 0,0248 4,00 15 40 0,015 0,024 85,00
R20 PLUV1 NO22 0,0247 3,93 15 40 0,015 0,024 85,00
R21 PLUV1 NO25 0,0258 4,17 15 40 0,015 0,024 85,00
R22 PLUV1 NO24 0,0254 4,02 15 40 0,015 0,024 85,00
R23 PLUV1 NO21 0,0096 6,39 15 40 0,015 0,024 85,00
94

APÊNDICE G – CONFIGURAÇÕES DOS DISPOSITIVOS SuDS

G.1 Configurações de todos os dispositivos do tipo trincheiras de infiltração,


inseridos no modelo computacional do software SWMM.

Editor de controles LID – Nome: TR1

SUPERFÍCIE ARMAZENAMENTO DRENO PROFUNDO


Profundidade de
Coeficiente de
Armazenamento 200 Altura (mm) 800 0
Drenagem
(mm)
Cobertura Vegetal Expoente de
0,0 Índices de Vazios 0,4 0,5
(Fração) Drenagem
Rugosidade Taxa de Filtração Cota ou Referência
0,1 0,036 6
Superficial (mm/hr) do Dreno (mm)
Declividade Fator de
1,0 0
Superficial (%) Colmatação

Editor do uso de controles LID – Nome: TR1

Área de cada unidade (m²) 16


Número de unidades 1
Largura superior do escoamento superficial (m) 0,8

% inicialmente saturado 0
% da area tratada impermeável 100
95

G.2 Configurações do dispositivo do tipo bacia de detenção, inserido no


modelo computacional do software SWMM.

Unidade de Armazenamento - BD1

Propriedades Valor
Nome BD1
Afluentes NO

Tratamento NO
Cota do radier 459,5
Profundidade Máx. 5,5
Profundidade Inicial 0
Fator de evaporação 0
Infiltração NO
Curva do reservatório TABULAR
Nome da curva 1

Editor de curvas – Curva Nome: 1


Profundidade (m) Área (m²)
0 40

1 40
2 40
3 40
4 40
5 40
6 40
96

Orifício O1

Propriedades Valor
Nome O1
Nó de entrada BD1

Nó de saída E1
Tipo SIDE
Forma CIRCULAR
Altura 0,10
Largura 0
Offset do orifício 0
Dispositivo de retenção 0,65
Dispositivo de retenção NO
Tempo para abrir/fechar 0

Vertedor V1

Propriedades Valor
Nome V1
Nó de entrada BD1

Nó de saída E1
Tipo SIDEFLOW
Altura 0,50
Largura 5
Declividade lateral 0
Cota do radier 5
Coef. De descarga 3,33
Dispositivo de retenção NO
Contrações 0
Coeficientes laterais 0
97

G.3 Configurações de todos os dispositivos do tipo microrreservatórios de


detenção, inseridos no modelo computacional do software SWMM.

Unidade de Armazenamento - MD1

Propriedades Valor
Nome MD1
Afluentes NO

Tratamento NO
Cota do radier variável
Profundidade Máx. 2,2
Profundidade Inicial 0
Fator de evaporação 0
Infiltração NO
Curva do reservatório TABULAR
Nome da curva 2

Editor de curvas – Curva Nome: 2


Profundidade (m) Área (m²)
0 1

0,2 1
0,4 1
0,6 1
0,8 1
1,0 1
1,2 1
1,4 1
1,6 1
1,8 1
2,0 1
2,2 1
98

Orifício O2

Propriedades Valor
Nome O2
Nó de entrada MD1

Nó de saída variable
Tipo SIDE
Forma CIRCULAR
Altura 0,025
Largura 0
Offset do orifício 0
Dispositivo de retenção 0,65
Dispositivo de retenção NO
Tempo para abrir/fechar 0

Vertedor V2

Propriedades Value
Nome V2
Nó de entrada MD1

Nó de saída variable
Tipo SIDEFLOW
Altura 0,20
Largura 1
Declividade lateral 0
Cota do radier 2
Coef. De descarga 3,33
Dispositivo de retenção NO
Contrações 0
Coeficientes laterais 0

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