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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

LUCAS DE ARAÚJO SOUZA

ESTUDO DO SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL URBANA NO BAIRRO JARDIM


CANADÁ NO MUNICÍPIO DE GOIOERÊ, PARANÁ

CAMPO MOURÃO
2023
LUCAS DE ARAÚJO SOUZA

ESTUDO DO SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL URBANA NO BAIRRO JARDIM


CANADÁ NO MUNICÍPIO DE GOIOERÊ, PARANÁ

Study of urban stormwater drainage system in jardim Canadá neighborhood in


the city of Goioerê, Paraná

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentada


como requisito para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (UTFPR).

Orientador(a): Profª. Dra. Paula Cristina de Souza

CAMPO MOURÃO
2023

Esta licença permite remixe, adaptação e criação a partir do trabalho,


para fins não comerciais, desde que sejam atribuídos créditos ao(s)
autor(es) e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.
Conteúdos elaborados por terceiros, citados e referenciados nesta obra
4.0 Internacional não são cobertos pela licença.
LUCAS DE ARAÚJO SOUZA

ESTUDO DO SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL URBANA NO BAIRRO JARDIM


CANADÁ NO MUNICÍPIO DE GOIOERÊ, PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação


apresentada como requisito para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Data de aprovação: 01/junho/2023

___________________________________________________________________________
Sérgio Roberto Oberhauser Quintanilha Braga
(Mestrado)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão

___________________________________________________________________________
Eliana Fernandes dos Santos
(Doutorado)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão

___________________________________________________________________________
Paula Cristina de Souza
(Doutorado)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Campo Mourão

CAMPO MOURÃO
2023
AGRADECIMENTOS

Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que fizeram
parte dessa importante fase de minha vida. Portanto, desde já peço desculpas àquelas
que não estão presentes entre essas palavras, mas elas podem estar certas que
fazem parte do meu pensamento e de minha gratidão.
Agradeço a minha orientadora Profª. Dra. Paula Cristina de Souza, pela
sabedoria com que me guiou nesta trajetória.
Aos meus grandes amigos de curso com quem compartilhei meus estudos e
carrego uma amizade além dos portões da universidade, André Chiullo, Bruno Polo e
Eduardo Endo.
Gostaria de deixar registrado também, o meu profundo reconhecimento a
minha mãe Aleane e a meu falecido pai Jenaro.
E principalmente a Deus, que me deu forças e me capacitou na reta final deste
ciclo.
RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo da rede de drenagem


pluvial do bairro Jardim Canadá, localizado no município de Goioerê, no estado do
Paraná. A crescente urbanização e o aumento das chuvas têm gerado diversos
problemas relacionados à drenagem urbana, tais como erosão, alagamento e
enxurradas. Nesse contexto, a drenagem pluvial urbana desempenha um papel crucial
na infraestrutura das cidades e na garantia do bem-estar social. Para alcançar o
objetivo proposto, foram levantadas informações sobre a rede de drenagem existente
por meio de projetos, mapas e visitas in loco. Calcularam-se as áreas de influência
que contribuem para a rede, juntamente com suas vazões correspondentes. Também
foram analisadas possíveis vazões adicionais a rede e verificou-se sua capacidade de
escoamento por meio do método racional. Os resultados revelaram que a rede de
drenagem no bairro Jardim Canadá apresenta desafios significativos. Mesmo sem
considerar as vazões adicionais, foram identificadas sobrecargas e altas velocidades
em alguns trechos. Com a inclusão das vazões adicionais, os problemas se
agravaram, destacando-se pontos de estrangulamento e sobrecarça no início da rede.
Concluiu-se, portanto, que investimentos contínuos em infraestrutura de drenagem
urbana são essenciais para garantir um sistema robusto e eficiente, capaz de lidar
adequadamente com as demandas das áreas urbanas e evitar problemas como
proliferação de vetores e a desvalorização imobiliária.

Palavras-chave: urbanização; gestão de águas pluviais; drenagem pluvial urbana;


método racional.
ABSTRACT

This work aimed to conduct a study of the stormwater drainage network in Jardim
Canadá, a neighborhood located in the municipality of Goioerê, Paraná state. The
increasing urbanization and rainfall patterns have resulted in various issues related to
urban drainage, such as erosion, flooding, and runoff. In this context, urban stormwater
drainage plays a crucial role in the infraestructure of cities and ensuring social well-
being. To achieve the proposed objectives, information about the existing drainage
network was collected through projects, maps, and on-site visite. The contributing
areas that influence the drainage network, along with their corresponding flow rates,
were calculated. Possible additional flows to the network were also analyzed, and the
capacity of the drainage system was assessed using the rational method. The results
revealed significant challenges in the Jardim Canadá drainage network. Even without
considering the additional flows, overloads and high velocities were indentified in some
sections. With the inclusion of the additional flows, the problems worsened, highlighting
bottlenecks and overloads at the beginning of the network. In conclusion, continuos
investments in urban drainage infrastructure are essential to ensure a robust and
efficient system capable of adequality handling the demands of urban areas and
preventig issues such as vector proliferation and property devaluation.

Keywords: urbanization; stormwater management; urban stormwater drainage;


racional method.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Localização do Município de Goioerê – Paraná.................................. 17


Figura 2 – Esquema de rede de microdrenagem urbana ..................................... 20
Figura 3 – Tipos de boca de lobo........................................................................... 21
Figura 4 – Características geométricas do conduto livre de seção circular ...... 27
Figura 5 – Localização da área de estudo ............................................................. 30
Figura 6 – Área de contrubuição do bairro Jd. Canadá ....................................... 32
Figura 7 – Áreas de contribuição do bairro Jd. Canadá, Cidade Alta e Avenida
Stos Dumont ............................................................................................................ 32
Figura 8 – Fluxograma das etapas de determinações, cálculos e verificações 34
Figura 9 – Vista do PQ22 - Aclive na Avenida Antônio Sestak............................ 42
Figura 10 – Vista do PV31 - Intersecção da Rua Ouro Branco com a Rua das
Sphatodias ............................................................................................................... 45
Figura 11 – Cruzamento da Av. Dr. Rosalvo G. de M. Leitão e início da Av.
Antônio Sestak ........................................................................................................ 46
Figura 12 – Trecho da Avenida Santos Dumont que liga a rede do Jardim
Canadá ..................................................................................................................... 47
Figura 13 – Início do trecho da galeria da Avenida Santos Dumont em análise48
Figura 14 – Final do trecho da galeria da Avenida Santos Dumont em análise 48
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Fases do desenvolvimento das águas urbanas................................ 19


Quadro 2 – Parâmetros utilizados em galerias circulares de águas pluviais .... 24
Quadro 3 – Valores de “C” adotados pela Prefeitura Municipal de São Paulo .. 26
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valores calculados para seção circular .............................................. 29


Tabela 2 – Rede de drenagem na rua Cândido Portinari ..................................... 39
Tabela 3 – Rede de drenagem na rua Helena de Paula Sestak, tubulação de
800mm ...................................................................................................................... 40
Tabela 4 – Rede de drenagem na rua Helena de Paula Sestak, tubulação de
1000mm .................................................................................................................... 40
Tabela 5 – Rede de drenagem na Avenida Antônio Sestak do PV20 ao PQ24... 41
Tabela 6 – Rede de drenagem na rua Açaí ............................................................ 43
Tabela 7 – Rede de drenagem do trecho final passando pela travessia ao
dissipador ................................................................................................................ 44
Tabela 8 – Rede de drenagem na Av. Antônio Sestak com vazão adicional da
Av. Santos Dumont ................................................................................................. 49
Tabela 9 – Rede de drenagem na Rua Cidreira com vazão adicional do bairro
Cidade Alta............................................................................................................... 50
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................13
2 OBJETIVOS ...........................................................................................14
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................14
2.2 Objetivo Específicos ............................................................................14
3 JUSTIFICATIVA .....................................................................................15
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................16
4.1 Caracterização da Região ....................................................................16
4.2 Drenagem Urbana.................................................................................17
4.2.1 Evolução da drenagem urbana...............................................................18
4.2.2 Rede de drenagem pluvial urbana..........................................................20
4.3 Dimensionamento de rede de drenagem pluvial ...............................22
4.3.1 Vazão de projeto ....................................................................................22
4.3.2 Método Racional.....................................................................................25
4.3.3 Método de SAATÇI.................................................................................26
5 METODOLOGIA DE PEQUISA .............................................................30
5.1 Área de Estudo .....................................................................................30
5.2 Levantamento de Informações ............................................................31
5.3 Confronto de Informações ...................................................................31
5.4 Projeto da Rede de Drenagem.............................................................33
5.5 Análise da Rede de Drenagem ............................................................33
5.5.1 Tempo de concentração .........................................................................35
5.5.2 Intesidade pluviométrica e coeficiente de runoff .....................................35
5.5.3 Cálculo da vazão ....................................................................................35
5.5.4 Diâmetro da tubulação ...........................................................................36
5.5.5 Cotas e declividades do terreno e da galeria .........................................36
5.5.6 Demais parâmetros e verificações .........................................................37
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...........................................................38
6.1 Primeira Análise ...................................................................................38
6.2 Segunda Análise...................................................................................44
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................51
REFERÊNCIAS ......................................................................................52
APÊNDICE A - Projeto da Rede de Drenagem Jardim Canadá.........55
APÊNDICE B - Tabela de Dimensionamento e Verificação 1............57
APÊNDICE C - Tabela de Dimensionamento e Verificação 2............60
ANEXO A - Mapa de Zoneamento Urbano Goioerê ..........................63
ANEXO B - Parâmetros Urbanísticos ................................................65
ANEXO C - Projeto de Drenagem Av. Stos Dumont.........................67
13

1 INTRODUÇÃO

A drenagem pluvial urbana resulta da necessidade do combate de problemas


causados a população e as cidades por conta das chuvas, problemas esses como:
erosão, alagamentos, enxurradas, aumento da transmissão de doenças e perdas
materiais. O sistema de drenagem pluvial é o principal meio de escoamento de água
da chuva. Sem ele, torna-se insustentável a execução e/ou liberação de obras de
infraestrutura urbana, como por exemplo: obras de pavimentação e conjuntos
habitacionais (DAL-PRÁ, 2016).
O crescimento das cidades e o rápido processo de urbanização não é uma
novidade, segundo o relatório de perspectivas da urbanização mundial da ONU
(2022), atualmente 55% da população mundial vive em áreas urbanas, com
perspectiva de aumento para 68% no ano de 2050. Junto a esse processo acelerado
de urbanização, é possível notar também o aumento de problemas relacionados a
drenagem urbana, segundo BASSO et al. (2018), várias cidades do Brasil têm sofrido
com problemas relacionados ao manejo da água da chuva, que são refletidos em
impactos ao meio ambiente e consequentemente a sociedade.
Um sistema de drenagem pluvial funcional é primordial para o bem-estar
social, de acordo com o artigo 2 do capítulo I da Lei nº 10.251 de 10 de julho de 2001,
que estabelece diretrizes gerais de políticas urbanas de cidades. A infra-estrutura
urbana é um direito dos cidadãos e deve-se haver cooperação entre os governos, a
iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em
atendimento ao interesse social (BRASIL, 2001).
Desse modo, o presente trabalho visa realizar um estudo da rede de
drenagem pluvial do bairro Jardim Canadá no município de Goioerê, e
consequentemente, identificar possíveis problemas.
14

2 OBJETIVOS

O presente capítulo tem como finalidade apresentar o objetivo geral e


objetivos específicos deste trabalho de conclusão de curso.

2.1 Objetivo Geral

Realizar análise da rede de drenagem pluvial do bairro Jardim Canadá no


município de Goioerê-PR.

2.2 Objetivo Específicos

 Levantar a rede de drenagem pluvial urbana existente no bairro Jardim Canadá


através de projeto, mapas e visitas in loco;
 Calcular as áreas de escoamento superficial que contribuem para a rede de
drenagem e suas respectivas vazões solicitantes;
 Examinar possíveis vazões adicionais anexadas a rede de drenagem;
 Verificar a rede de drenagem através do método racional.
15

3 JUSTIFICATIVA

A drenagem pluvial urbana é uma necessidade crescente nas cidades


brasileiras, onde a urbanização e a expansão urbana levam a mudanças significativas
na paisagem natural e, consequentemente, na hidrologia local. Segundo a ABNT NBR
10844 (2015), a drenagem pluvial urbana consiste em "um conjunto de obras e
instalações destinadas a evitar ou minimizar os efeitos das águas pluviais, de forma a
proteger a saúde pública e o patrimônio, a promover o bem-estar da população e a
preservar o meio ambiente".
À medida que as áreas urbanas estão se tornando mais densas e altamente
impermeabilizadas, é necessário desenvolver estudos e técnicas para o manejo
adequado das águas pluviais nas cidades. Segundo Lima et al. (2018), a drenagem
urbana deve ser vista como um processo que engloba a captação, transporte e
tratamento das águas pluviais, com o objetivo de minimizar os impactos das chuvas
nas áreas urbanas.
Um dos desafios da drenagem urbana no Brasil é a falta de planejamento e
investimentos adequados. Conforme aponta Melo et al. (2017), é necessário ter
planejamento estratégico para a gestão das águas pluvias, que leve em conta não
apenas as questões técnicas, mas também as questões políticas, sociais e
econômicas envolvidas.
Uma rede de drenagem bem planejada e executada trás inúmeros benefícios
a população, que não precisará sofrer com enchentes e enxurradas, por exemplo.
Levando em conta esses fatores, o presente trabalho busca analisar se a rede de
drenagem pluvial do bairro Jardim Canadá no município de Goioerê apresenta
problemas em seu dimensionamento e possíveis causas.
16

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente capítulo busca embasar e fundamentar o tema proposto no


trabalho por meio de referências teóricas e estudos anteriores relacionados a região
de estudo e drenagem urbana.

4.1 Caracterização da Região

O município de Goioerê está localizado na região Noroeste do estado do


Paraná, região Sul do Brasil. Possui altitude média de 505 metros com relação ao
nível do mar, uma área de 564,048 quilômetros quadrados e seu clima é caracterizado
como subtropical úmido mesotérmico (IBGE, 2022).
A população estimada do município de Goioerê no ano de 2021 era de 28.734
pessoas. No último censo realizado em 2010, Goioerê contava com 29.018 habitantes,
e sua densidade demográfica era de 51,44 hab/km². O município faz divisa com as
cidades de Moreira Sales ao norte, Janiópolis a leste, Rancho Alegre d’Oeste e Quarto
Centenário ao sul, e Formosa do Oeste e Mariluz a oeste (IBGE, 2023).
Segundo o IBGE (2022), o relevo de Goioerê é apresentado como ondulado,
suavemente ondulado, em declividade constante no sentido norte-sudeste. O
município faz parte da bacia hidrográfica do Rio Piquiri. Dentro de seus limites
territoriais, encontram-se os rios Água Bela, Caracol, Vorá, Piquiri, do Salto e Goioerê.
A Figura 1 mostra a localização do município de Goioerê no estado do Paraná.
17

Figura 1 – Localização do Município de Goioerê – Paraná

Fonte: IBGE (2023)

4.2 Drenagem Urbana

A drenagem urbana desempenha um papel crucial no planejamento e


desenvolvimentos das cidades. Com o crescimento das áreas urbanas, é essencial
adotar medidas eficientes para gerenciar as águas pluviais. Este sistema abrange
desde a coleta, o transporte e armazenamento das águas provenientes das chuvas,
com o objetivo de prevenir inundações, evitar a erosão do solo e garantir a qualidade
da água (LIMA et al., 2018).
Segundo a ASCE (American Society of Civil Engineers), o sistema de
drenagem pluvial urbana pode ser caracterizado como:

“[…] coleta, transporte e armazenamento das águas pluvias nas áreas


urbanas, abrangendo tanto as infraestruturas físicas quanto as práticas de
gestão adotadas para lidar com os desafios relacionados as chuvas em áreas
urbanizadas.” (ASCE, 2012).

As redes de galerias pluviais auxiliam na redução dos impactos negativos das


precipitações intensas nas áreas urbanas. Conforme destaca Silva (2018), “a
18

drenagem pluvial urbana é fundamental para proteger as áreas urbanas contra


inundações e para garantir a qualidade da água em nossas cidades”. Além disso, a
drenagem adequada contribui para a preservação dos recursos hídricos, evitando a
contaminação das águas superficiais e subterrâneas.
A ABNT trata do assunto de drenagem pluvial urbana na NBR 10844, onde
define esta drenagem como:

“[...] é o conjunto de medidas e estruturas implementadas nas áreas urbanas


para controlar o escoamento das águas pluviais, prevenindo inundações e
minimizando os impactos ambientais causados pelo aumento da
impermeabilização do solo e pela urbanização intesa” (ABNT, 2015).

Conforme prevê a Lei Federal n° 11.445, de 2007 (BRASIL, 2007) a drenagem


urbana faz parte do contexto do Saneamento Básico, sendo um serviço prestado que
deve considerar sua integração com os demais serviços de saneamento, tais como,
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2015).
Segundo a FHWA (2005), o sistema pluvial urbano deve envolver também
estratégias de uso e ocupação do solo que promovam a infiltração, retenção e
tratamento das águas pluvias.

4.2.1 Evolução da drenagem urbana

No Brasil, a história da drenagem pluvial urbana remonta ao período colonial.


Segundo Silva (2018), "a ocupação das cidades brasileiras no período colonial já
contemplava algumas práticas rudimentares de drenagem, com a construção de valas
e canais para o escoamento das águas pluviais".
Inicialmente a drenagem era apenas uma técnica complementar a utilização
da irrigação na agricultura. No entanto, com o passar do tempo a drenagem tornou-se
importante para alcançar certos objetivos, como o aproveitamento de terrenos
inundados, charco e pântanos, regulagem da umidade para áreas agrícolas, entre
outros (MIGUEZ; VERÓL; REZENDE, 2015).
Tucci (2005) relaciona a evolução da drenagem urbana quanto ao seu
desenvolvimento histórico, em quatro principais fases, conforme demonstrado
resumidamente no Quadro 1.
19

Quadro 1 – Fases do desenvolvimento das águas urbanas

Fase Características Consequências


Esgoto em fossas ou
Pré – higienista: Epidemias e doenças com alta
diretamente nas ruas, sem
Até ínicio do século XX taxa de mortalidade.
coleta ou tratamento.
Redução das doenças e da
Transporte do esgoto distante
Higienista: mortalidade, degradação dos
das pessoas e canalização do
Até 1970. corpos d’água, contaminação
escoamento.
dos mananciais.
Sistema separador absoluto,
Melhoria da qualidade da água
Corretiva: tratamento dos esgotos,
dos rios, poluição difusa, obras
Entre 1970 e 1990. amortecimento dos
de grande impacto.
escoamentos pluviais.
Tratamento do escoamento Conservação ambiental,
Desenvolvimento sustentável:
pluvial, preservação do sistema melhoria da qualidade de vida e
Após 1990
natural, integração institucional. controle das inundações.
Fonte: Adaptado de Tucci (2005, p. 141)

Segundo Souza (2013), os sistemas de drenagem urbana no Brasil seguem


uma linha mais higienista, com a função de drenar as águas pluviais rapidamente e
conduzi-las à um destino final. O autor pontua que o crescimento desenfreado aliado
a um planejamento urbano não sustentável modifica drasticamente os cursos d’água,
acarretando em problemas graves para as cidades.
No contexto internacional, diversos países também passaram por uma
evolução na drenagem pluvial urbana ao longo dos anos. Nos Estados Unidos, por
exemplo, a implementação de sistemas de drenagem eficientes começou a ganhar
destaque a partir do início do século XX. De acordo com a ASCE (2012), "o
desenvolvimento da drenagem urbana nos Estados Unidos foi impulsionado pela
necessidade de combater inundações e melhorar a qualidade da água em áreas
urbanas".
20

4.2.2 Rede de drenagem pluvial urbana

A rede de drenagem é um dos componentes principais de um sistema de


drenagem urbana. Ela é constituída por uma série de tubos, canais e galerias
subterrâneas que coletam e transportam as águas pluviais dos locais de origem até
os pontos de descarga, como rios, lagos ou oceano (DE LIMA et al., 2019).
Segundo Cunha et al. (2018), “a rede de drenagem urbana é composta por
tubulações, galerias e canais que têm a finalidade de coletar e conduzir as águas
pluviais, evitado inundações e enchentes nas áreas urbanas”.
Tal sistema é composto por galerias, tubos de ligação, bocas de lobo (BL),
poços de visita (PV), caixas de ligação (CL), meio fio e sarjetas (COSTA; SIQUEIRA;
MENEZES FILHO, 2007).
A Figura 2 mostra como seria um possível esquema de uma rede de
drenagem pluvial urbana.

Figura 2 – Esquema de rede de microdrenagem urbana

Fonte: IAT (2002, p. 100)

Os elementos componentes de uma rede de microdrenagem urbana podem ser


definidos da seguinte forma:
Galeria: canalização pública usada para o manejo das águas pluviais advindas dos
sistemas coletores, como bocas de lobo ou ligações privadas (TUCCI, 2015). Ela
consiste em tubulações ou canais que coletam o escoamento das águas das chuvas
e o transportam para locais adequados, como rios, lagos ou reservatórios. As galerias
21

são essenciais para a eficiente gestão da drenagem pluvial, evitando inundações e


alagamentos nas áreas urbanas (OLIVEIRA et al., 2019).
Boca de Lobo (BL): são estruturas presentes nas vias públicas, projetadas para
coletar as águas pluviais que escoam das ruas e calçadas. Elas são responsáveis por
receber a água da chuva e direcioná-la para a rede de drenagem subterrânea (SOUZA
et al., 2019).
A Figura 3 mostra os tipos de bocas de lobo mais usuais, empregadas como
estrutura coletora de água da chuva.

Figura 3 – Tipos de boca de lobo

Fonte: IAT (2002, p.104-105)


22

Poços de Visita (PV): são estruturas de acesso as tubulações subterrâneas. Eles


permitem à inspeção, manutenção e limpeza dos condutos e galerias (RIBEIRO et al.,
2017).
Caixa de ligação (CL): componente do sistema de drenagem que conecta as saídas
de água provenientes das bocas de lobo na galeria. Ela tem a finalidade de direcionar
o escoamento para a rede de drenagem principal/coletora (CUNHA et al., 2015).
Meio fio e sarjeta: o meio fio é uma estrutura elevada ao longo das vias urbanas que
separa as calçadas da pista de rolamento. Ele desempenha um papel importante na
drenagem urbana ao direcionar o escoamento das águas pluviais para as sarjetas,
que por sua vez conduzem as águas pluviais para as bocas de lobo (SOUSA et al.,
2017).

4.3 Dimensionamento de rede de drenagem pluvial

A presente seção busca mostrar alguns métodos e parâmetros adotados para


o dimensionamento de uma rede de drenagem pluvial.

4.3.1 Vazão de projeto

Para dimensionamento de redes de drenagem pluvial alguns parâmetros


devem ser adotados, sendo que o primeiro deles é a vazão de projeto. Segundo Melo
et al. (2017), a vazão de projeto pode ser calculada com base na intensidade de
precipitação e na área de contribuição da bacia hidrográfica em estudo, e deve levar
em conta fatores como tempo de concentração, e probabilidade de ocorrência da
chuva.
No contexto da determinação da intensidade de precipitação temos a equação
da chuva, que é uma relação matemática utilizada para estimar a intensidade da
precipitação pluvial em um determinado local, considerando váriáveis climáticas e
características geográficas da região. Segundo Souza et al. (2016), “a equação da
chuva é fundamental para o cálculo das vazões de projeto, auxiliando no
dimensionamento adequado das estruturas de drenagem e no planejamento urbano”.
23

As Equações (1),(2) e (3) demonstram equações da chuva de municípios na


região de Goioerê, segundo Fendrich (1998), para o município de Cianorte e
Cascavel, e segundo Arantes et al. (2009), para o município de Campo Mourão.

Cianorte (PR)
,
. ,
𝑖 = (1)
( ) ,

Cascavel (PR)

,
. ,
𝑖 = (2)
( ) ,

Campo Mourão (PR)

,
,
𝑖 = (3)
( ) ,

Onde:
i = é a intensidade máxima média de precipitação em (mm/h);
TR = é o tempo de recorrência em anos;
t = a duração da chuva em minutos.

Para determinar o tempo de duração da chuva ou tempo de concentração (tc),


utiliza-se a Equação 4 (COSTA; SIQUEIRA; MENEZES FILHO, 2007).

𝑡𝑐 = 𝑡𝑐𝑖 + 𝑡𝑝 (4)

Onde:
tc = tempo de concentração, em minutos;
tci = tempo de concentração inicial, em minutos;
tp = tempo de percurso, em minutos.
24

O tempo de concentração (tc) é uma relação entre o tempo de entrada ou


tempo requerido para que o escoamento superficial da chuva flua sobre a superfície
até chegar a primeira estrutura coletora (geralmente uma boca de lobo), e um tempo
de percurso, que seria o tempo desde a entrada da água na estrutura coletora até
determinado ponto de interesse da galeria (COSTA; SIQUEIRA; MENEZES FILHO,
2007).
Para adoção do tempo de concetração inicial pode-se recorrer a literatura,
onde encontramos valores de tci recomendados por autores, bem como valores de
outros parâmetros importantes utilizados em galerias de seções circulares de águas
pluviais, como: velocidade mínima e máxima, relação da lâmina d’água e diâmetro
adotado (h/D) e recobrimento mínimo (Rm), conforme mostra o Quadro 2 (COSTA;
SIQUEIRA; MENEZES FILHO, 2007).

Quadro 2 – Parâmetros utilizados em galerias circulares de águas pluviais

Autor Vmin (m/s) Vmáx (m/s) Tci Rm (m) h/D


Tucci et al (2004) 0,6 5,00 10 1 Plena

Azevedo Netto e Araújo Plena ou


0,75 5,00 5 1
(1998) 0,90

Wiken (1978) 0,75 3,50 5 até 15 - Plena

Alcântara apud Azevedo


1 4,00 7 até 15 - 0,7
Netto (1969)

Porto (1999) Vméd = 4 até 6 - - 0,75

Haestad-Durrans (2003) 0,60 até 0,90 4,50 - 0,9 0,85

Costa, Siqueira e Menezes


0,75 5,00 5 1 0,85
Filho (2007)
Fonte: adaptado de Costa, Siqueira e Menezes Filho (2007, p. 66-67)

Uma vez visto os parâmetros do Quadro 2 e com possibilidade de determinar


a intensidade máxima média de precipitação da chuva, é necessário encontrar a área
de contribuição, afim de determinar a vazão de projeto.
A área de contribuição é a área da superfície que contribui com o escoamento
para a caixa de captação das águas pluviais (CURITIBA, 2012). É determinada
através de levantamentos topográficos, aerofotogramétricos, expeditos ou ainda
através da combinação da carta topográfica com a planta de galerias de águas pluviais
25

da região em análise formando mosaicos (COSTA; SIQUEIRA; MENEZES FILHO,


2007).

4.3.2 Método Racional

O método racional é amplamente utilizado na determinação da vazão máxima


de projeto para bacias pequenas, menores que 2 km² (CURITIBA, 2012). Tal método
busca a determinação da vazão superficial local (Qloc), relacionando o coeficiente de
Runoff (C), a intensidade da chuva (i) e a área de contribuição da bacia (A), conforme
mostra a Equação (5) (MENEZES FILHO; COSTA, 2012).

𝑄 =𝐶𝑖𝐴 (5)

Onde:
Qloc = vazão superficial local (m³/s);
C = coeficiente de escoamento superficial;
i = intensidade da chuva (m/s);
A = área da bacia contribuinte local (m²).

O coeficiente de escoamento superficial (C) pode ser chamado também de


coeficiente de deflúvio ou coeficiente de Runoff, segundo Machado et al. (2017) “o
coeficiente de Runoff é uma medida importante para o dimensionamento do sistema
de drenagem pluvial e para a gestão sustentável das águas pluviais, permitindo avaliar
a quantidade de água que será escoada para as redes de drenagem”.
De acordo com Lima et al. (2018), o coeficiente de Runoff pode ser
influenciado por diversos fatores, como por exemplo a impermeabilidade do solo, a
rugusidade da superfície, a declividade do terreno, a cobertura vegetal e o uso do
solo. Esses fatores afetam diretamente a capacidade de infiltração de água no solo e
consequentemente a quantidade de água que escoará superficialmente até ser
coletada pela rede de drenagem pluvial.
No Quadro 3 encontra-se sugestões para o coeficiente de Runoff (C) de
acordo com a zona de edificação segundo a prefeitura de São Paulo.
26

Quadro 3 – Valores de “C” adotados pela Prefeitura Municipal de São Paulo

ZONAS C

1 DE EDIFICAÇÃO MUITO DENSA: Partes centrais, densamente construídas, 0,70 a 0,95


ruas e calçadas pavimentadas
2 DE EDIFICAÇÃO NÃO MUITO DENSA: Partes adjacentes do centro, menor 0,60 a 0,70
densidade de habitação, ruas e calçadas pavimentadas

3 DE EDIFICAÇÕES COM POUCAS SUPERFÍCIES LIVRES: Partes residenciais 0,50 a 0,60


com construções cerradas, ruas pavimentadas

4 DE EDIFICAÇÕES COM MUITAS SUPERFÍCIES LIVRES: Partes residenciais 0,25 a 0,50


do tipo Cidade-Jardim, ruas pavimentadas ou com mistura de brita com asfalto

5 DE SUBÚRBIO COM ALGUMA EDIFICAÇÃO: Partes de arrabaldes e subúrbios 0,10 a 0,25


com pequena densidade de construções

6 DE MATAS, PARQUES E CAMPOS DE ESPORETES: Partes rurais, áreas 0,05 a 0,20


verdes, superfícies arborizadas, campos de esporte sem pavimentação
Fonte: adaptado de Witken (1978, apud COSTA; SIQUEIRA; MENEZES FILHO, 2007, p.36)

4.3.3 Método de SAATÇI

O trabalho de Saatçi (1990) é uma referência importante para o


dimensionamento de redes de drenagem pluvial urbana, uma vez que considera a
geometria da tubulação e a fração de preenchimento do tubo para determinar a
velocidade e profundidade do escoamento, amplamente utizada em tubulações
circulares onde o escoamento não é completamente cheio.
Uma vez que a rotina de cálculo pode consumir muito tempo e buscando
minimizar o uso de ábacos e tabelas, Menezes Filho e Costa (2012) em seu trabalho,
buscaram uma abordagem alternativa ao dimensionamento de galerias de águas
pluviais, inserindo os equacionamentos propostos pelo método de Saatçi no Método
Racional.
De acordo com Menezes Filho e Costa (2012) para o cálculo da velocidade e
profundidade de escoamento levando em conta as características geométricas do
tubo (Figura 4) e a equação de Manning, tem-se a sequência de fórmulas que será
apresentada nas Equações (6),(7),(8),(9) e (10).
27

Figura 4 – Características geométricas do conduto livre de seção circular

Fonte: Menezes Filho e Costa (2012, p. 15)

Dados a vazão (Q), a declividade (I) e o diâmetro (D), calcula-se a constante


“k” pela Equação (6) e o ângulo central (θ) pela Equação (7), depois calcula-se a área
molhada (Am) pela Equação (8) e encontra-se a velocidade (V) e profundidade com
as Equações (9) e (10) respectivamente (MENEZES FILHO; COSTA, 2012).

/ /
𝑘=𝑄𝑛𝐷 𝐼 (6)

Onde:
K = constante;
Q = vazão (m³/s);
D = diâmetro (m);
I = declividade (m/m).

θ= 1 − 1 − √π k (7)

Onde:
Ө = ângulo central (rad);
K = constante.
28

Por meio da Figura 4, calcula-se a área molhada, sendo:

( )
𝐴 = (8)

Onde:
Am = área molhada (m²)

Obtem -se a velocidade e a relação altura da lâmina de água e diâmetro:

𝑉= (9)

= 1 − cos (10)

Onde:
V = velocidade do escoamento (m/s);
h/D = relação altura lâmina d’água‐diâmetro;
h = profundidade do escoamento (m);
D = diâmetro (m).

É importante ressaltar que este método é aplicavel apenas para o ângulo


central variando de 0º a 265º (0 a 4,625 rad), que é equivalente a uma relação de
altura-diâmetro (h/D) de 0,84 (MENEZES FILHO; COSTA, 2012).
A partir da necessidade de determinar uma equação de ângulo central (θ) em
função da constante “k”, Menezes Filho e Costa (2012) fixaram uma variação de altura
lâmina de água-diâmetro (h/D) entre 10% e 85% e através de um ajuste polinomial de
quinto grau com coeficiente de determinação de 99,98%, formularam a Equação (11).

θ = 5915,8. 𝑘 − 5201,2. 𝑘 + 1786,6 − 298,89 𝑘 + 32,113. 𝑘 + 1,1487


(11)

Os limites foram estabelecidos uma vez que a relação h/D menor que 10%
isentaria a necessidade de galeria de águas pluvias e acima de 85% correria-se o
29

risco de trabalhar a galeria como conduto forçado, o que não é recomendado para o
dimensionamento de redes de drenagem pluviais (MENEZES FILHO; COSTA, 2012).
A Tabela 1 mostra o intervalo de valores do ângulo central e da constante k
em relação aos limites de h/D pré-estabelecidos, onde a Equação (11) mostra-se
extremamente satisfátoria.

Tabela 1 – Valores calculados para seção circular

𝚯 (rad) h/D k
1,2915 0,10068 0,0066009
1,3090 0,10332 0,0069697
1,3265 0,10599 0,0073531
1,3439 0,10870 0,0077514
. . .
. . .
. . .
4,6426 0,84100 0,31855
4,6600 0,54418 0,31950
4,6775 0,84733 0,32130
4,6949 0,85045 0,32130
Fonte: Adaptado de Menezes Filho e Costa (2012, p. 18)
30

5 METODOLOGIA DE PEQUISA

O presente capítulo refere-se ao conjunto de procedimentos, técnicas e


estratégias adotadas para conduzir o estudo e investigação afim de alcançar os
objetivos propostos.

5.1 Área de Estudo

O local de estudo está situado no município de Goioerê-PR (Figura 1), no


bairro residencial denominado Jardim Canadá, como é possível verificar na Figura 5
o bairro ainda não está 100% consolidado, alguns lotes não apresentam edificações,
o que pode ser explicado devido a recência de seu loteamento, que teve suas obras
finalizadas em meados de 2018 de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento e
Planejamento Urbano do Município.

Figura 5 – Localização da área de estudo

Fonte: Adaptado, Google Earth (2022)


31

Segundo o mapa de macro zoneamento urbano do munícipio de Goioerê


(Anexo A), atribuído a Lei complementar nº. 50/2020 que dispõe da Lei de
Zoneamento e Uso e Ocupação do Solo Urbano, o bairro do Jardim Canadá é
caracterizado como uma área residencial de média renda em consolidação, quanto a
seu zoneamento é caracterizado como ZRE3 (Zona Residencial Multifamiliar
Horizontal), o que implica de acordo com os parâmetros urbanísticos e indíces de
ocupação do solo, uma taxa de permeabilidade mínima de 10% como pode ser vista
no Anexo B (GOIOERÊ, 2022).

5.2 Levantamento de Informações

As informações necessárias para a elaboração deste trabalho foram


levantadas juntamente a Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do
Município de Goioerê, onde foi obtido o mapa georreferenciado com altimetria do
município (arquivo extensão .dwg) e verificado o projeto de drenagem do bairro Jardim
Canadá. Outros dados foram obtidos através do site da Prefeitura Municipal de
Goioerê, que dispõe do acesso das Leis Gerais do Plano Diretor Municipal, mapas de
zoneamento, leis complementares e outras informações pertinentes ao estudo como
licitações de obras públicas.
Além dos dados obtidos através da secretaria e site do município, foram
realizadas visitas in loco e análises através do software Google Earth Pro.

5.3 Confronto de Informações

Através da análise da rede de drenagem pluvial urbana do bairro Jardim


Canadá, obteve-se a área de contribuição mostrada no croqui da Figura 6. Foi
constatado através de documentos de licitação e visitas in loco que a rede de
drenagem pluvial do bairro Cidade Alta e da Avenida Santos Dumont, que fazem divisa
com o bairro Jardim Canadá, foram anexadas à rede em análise, aumentando
consideravelmente a área de contribuição do primeiro dimensionamento conforme
ilustra a Figura 7.
32

Figura 6 – Área de contrubuição do bairro Jd. Canadá

Fonte: Autoria própria (2022)

Figura 7 – Áreas de contribuição do bairro Jd. Canadá, Cidade Alta e Avenida Stos Dumont

Fonte: Autoria própria (2022)


33

5.4 Projeto da Rede de Drenagem

O projeto foi elaborado através do software Autodesk AutoCAD 2023 student


version, utilizando-se o arquivo extensão .dwg cedido pela Secretaria de
Desenvolvimento e Planejamento Urbano de Goioerê.
Confrontou-se o projeto em prancha fornecido pela prefeitura e visitas in loco,
afim de locar corretamente os dispositivos de drenagem, como bocas de lobo, poços
de visita, caixas de ligação e tubulações em planta. Após locar as estruturas
componentes da rede de drenagem e nomeá-las, foi calculada a área de contribuição
(ou influência) de cada trecho através de mosaicos, levando em conta a declividade
do terreno, extraindo dessa forma o projeto da rede de drenagem em planta
apresentado no Apêndice A.

5.5 Análise da Rede de Drenagem

Para realização da análise da rede de drenagem pluvial foram consideradas


as etapas descritas na Figura 8.
34

Figura 8 – Fluxograma das etapas de determinações, cálculos e verificações

Fonte: Autoria própria (2023)

Foi utilizado o software Microsoft Excel para a análise dos dados, uma vez
que os cálculos e verificações necessárias tornam-se mais práticos e rápidos.
35

5.5.1 Tempo de concentração

É definido como o tempo necessário para que a água percorra desde o ponto
mais distante de uma bacia hidrogáfica até o ponto de saída, como um rio, córrego ou
sistema de drenagem (RIGUETTO, 1998).
Para a análise da rede de drenagem deste trabalho, adotou-se o tempo de
concentração inicial de 12 minutos.

5.5.2 Intesidade pluviométrica e coeficiente de runoff

A intensidade pluviométrica foi obtida através da equação da chuva do


munícipio de Cianorte, proposta por Fendrich (1998) apresentada na equação (1), com
tempo de recorrência de 10 anos. Uma vez que Cianorte é um múnicipio da região de
Goioerê e a sua equação da chuva se mostrou-se satisfatória para descrever a
intensidade da chuva deste município.
O coefiente de Runoff foi definido através do Quadro 3, considerando que o
bairro pertence a uma zona de edificação não muito densa, com ruas e calçadas
pavimentadas, adotando-se C = 0,65.

5.5.3 Cálculo da vazão

A vazão foi calculada pelo método racional através da Equação (5), a área de
contribuição foi subdivida em formas geométricas menores, formando mosaicos, o que
levou ao cálculo da vazão superficial local para cada área de contribuição da rede de
drenagem. Para as vazões totais considerou-se o somatório das vazões que
chegavam ao poço de visita em análise, o emprego deste método foi possível haja
vista que a área da bacia hidrográfica era inferior a 2km² (CURITIBA, 2012).
36

5.5.4 Diâmetro da tubulação

O diâmetro das tubulações foram extraídos do projeto de dimensionamento


apresentado pela prefeitura e verificações in loco da rede de drenagem pluvial do
bairro Jardim Canadá.

5.5.5 Cotas e declividades do terreno e da galeria

As cotas do terreno foram extraídas do mapa do munícipio de Goioerê


georreferenciado com altimetria, as cotas da galeria do projeto cedido da prefeitura e
visitas in loco.
As fórmulas utilizadas para a determinação das cotas das geratrizes inferiores
da tubulação a montante e jusante; e a declividade da galeria e do terreno serão
apresentadas respectivamente nas Equações (12), (13), (14) e (15) segundo (COSTA;
SIQUEIRA; MENEZES FILHO, 2007).

𝐶 = 𝐶 − (𝑅 + 𝐷) (12)

Onde:
Cim = cota inferior da galeria a montante (m);
Cm = cota do terreno no PV a montante (m);
Rm = recobrimento mínimo (m);
D = diâmetro (m)

𝐶 =𝐶 − (𝑆 ∗ 𝐿) (13)

Onde:
Cij = cota inferior da galeria a jusante (m);
Cim = cota inferior da galeria a montante (m);
L = extensão do trecho (m);
Sg = declividade da galeria (m/m);
37

( )
𝑆 = (14)

( )
𝑆 = (15)

5.5.6 Demais parâmetros e verificações

Para o cálculo da constante k, área molhada (Am), velocidade de escoamento


(V), relação altura-diâmetro (h/D) e ângulo central da superfície livre (θ), foram
utilizadas as Equações (6), (8), (9), (10) e (11) respectivamente.
As verificações da rede de drenagem foram feitas de acordo com os
parâmetros atribuídos por Costa, Siqueira e Menezes Filho (2007) no Quadro 2, sendo
a faixa aceitável da relação altura da lâmina d’água-diâmetro entre 0,10 (10%) e 0,85
(85%), velocidade mínima de 0,75 m/s e máxima de 5,0 m/s. Os valores de k e ângulo
central da superfície livre (θ) seguiram os valores expostos na Tabela 1, para que os
demais dados de verificação sejam válidos.
38

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A presente seção tem como objetivo apresentar e interpretar os dados


coletados durante o estudo, para tal, foi separado em duas análises, que se
diferenciam pela consideração das vazões adicionais.

6.1 Primeira Análise

Em um primeiro momento foi feito a análise do dimensionamento da rede de


galerias pluviais do bairro Jardim Canadá sem levar em consideração as vazões
adicionais provenientes do bairro Cidade Alta e da Avenida Santos Dumont, conforme
ilustrado na Figura 6.
A tabela de dimensionamento apresentada no Apêndice B contém todos
dados de cálculo adotados, abreviaturas e fórmulas utilizadas. Para facilitar a
compreensão, cada trecho de galeria foi separado por rua.
A nomenclatura e numeração apresentada em projeto no Apêndice A, seguem
a direção da esquerda para direita e/ou sentido escoamento.
Para as verificações, foram adotados os parâmetros pré-estabelecidos no
item 5.5.6, propostos por Siqueira e Menezes Filho (2007), sendo a faixa aceitável da
relação altura da lâmina d’água-diâmetro entre 0,10 e 0,85, velocidade mínima de 0,75
m/s e máxima de 5,0 m/s.
No primeiro trecho, localizado na rua Cândido Portinari, constatou-se que a
vazão requerida é superior a capacidade da rede. Entre o trecho PV2 - PV3, a relação
h/D já ultrapassava 0,85, conforme resumido na Tabela 2.
39

Tabela 2 – Rede de drenagem na rua Cândido Portinari

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PV01 – PV02 659 600 2,96 0,22247 3,65 0,627 3,50

PV02 – PV03 1069 600 2,99 0,36237 5,83 0,987 3,79

PV03 – PV04 1523 600 3,89 0,45229 14,15 0,148 2,58

PV04 – PV05 1878 800 3,17 0,28699 4,21 0,755 4,61

PV05 – PV06 2017 800 3,12 0,31043 4,51 0,817 4,59

Fonte: Autoria própria 2022.

No trecho PV03 – PV04 os valores de k e θ(rad) estão fora dos limites pré-
estabelecidos e apresentados na tabela 1, onde 0,0066 < k < 0,3213 e 1,2915 < θ <
4,6949, isso resulta em valores irreais para a relação h/D e a velocidade. Ao observar
o trecho anterior (PV02 – PV03), percebe-se que o parâmetro h/D ultrapassou o limite
de 85%, isso nos leva a concluir que no trecho de PV03 – PV04, a galeria excedeu
sua capacidade, passando a funcionar como um conduto forçado.
A partir do trecho PV04 – PV05, a tubulação doi dimensionada com um
diâmetro aumentado de 600mm para 800mm. Essa alteração permitiu que a rede
funcionasse dentro dos parâmetros pré-estabelecidos.
Ao seguir a rede a partir do PV06, entramos na rua Helena de Paula Sestak,
onde encontramos um trecho um tanto problemático. No início do trecho (PV06 –
PV07), a inclinação da galeria é de 1,92%, enquanto no trecho final (PV09 – PQ10) é
de 6,15%, isso faz com que o escoamento seja mais lento na parte inicial e,
consequentemente, aumenta a altura da lâmina de água em relação ao diâmetro da
tubulação. Por outro lado, no trecho final com uma inclinação maior, a velocidade de
escoamento aumenta consideravelmente. Essas informações estão resumidas na
Tabela 3.
40

Tabela 3 – Rede de drenagem na rua Helena de Paula Sestak, tubulação de 800mm

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PV06 – PV07 2122 800 1,92 0,41710 9,45 0,494 2,80

PV07 – PV08 2400 800 2,31 0,42904 10,77 0,188 2,55

PV08 – PV09 2703 800 3,02 0,42313 10,09 0,338 3,16

PV09 – PQ10 2981 800 6,15 0,32705 4,81 0,870 6,42


Fonte: Autoria própria 2022.

Nos trechos entre o PV06 e PV09, os valores de k e θ estão acima dos limites
pré-estabelecidos, o que resulta em valores não realistas para h/D e V, isso indica que
o diâmetro da tubulação não é adequado para o escoamento de toda a água nesse
trecho.
No trecho PV09 – PQ10, também não foram atendidos os parâmetros de
verificação, onde 0,10 < h/D < 0,85 e 0,75 < V < 5,0(m/s).
Uma solução seria fazer uma modificação na tabela de dimensionamento,
alterando o diâmetro da tubulação de 800mm para o próximo diâmetro comercial mais
comum, que seria de 1000mm. Isso resultaria nos dados apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 – Rede de drenagem na rua Helena de Paula Sestak, tubulação de 1000mm

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PV06 – PV07 2122 1000 1,92 0,23004 3,71 0,641 3,99

PV07 – PV08 2400 1000 2,31 0,23663 3,77 0,653 4,41

PV08 – PV09 2703 1000 3,02 0,23337 3,74 0,647 5,00

PV09 – PQ10 2981 1000 6,15 0,18038 3,33 0,546 6,80


Fonte: Autoria própria 2022.

Os dados apresentados na Tabela 4 reforçam a ideia de que a tubulação de


800mm não é suficiente para lidar com a vazão dos trechos entre PV06 e PV09. Haja
vista que com o aumento do diâmetro para 1000mm, os trechos passaram a operar
dentro dos parâmetros pré-estabelicidos de k, θ, h/D e V.
Apesar da modificação, o trecho PV09 – PQ10 ainda apresenta problemas
com a alta velocidade de escoamento. Isso indica que mesmo com o aumento do
41

diâmetro da tubulação a velocidade ainda está além dos limites recomendados por
Siqueira e Menezes Filho (2007).
Prosseguindo com a análise, foi constatado que os trechos de galeria
localizados na rua Aroeira não apresentam nenhuma observação significativa, isso
indica que a galeria nesses trechos não violou nenhum dos parâmetros de verificação
estabelecidos.
Na rede de galerias que se inicia na Avenida Antônio Sestak e se conecta com
as redes da rua Aroeira (PQ14) e Helena de Paula Sestak (PQ10), foram identificados
problemas nos trechos entre o PV20 e o PQ24, relacionados tanto à velocidade de
escoamento quanto à relação h/D. Os dados e parâmetros desses trechos serão
apresentados resumidamente na Tabela 5.

Tabela 5 – Rede de drenagem na Avenida Antônio Sestak do PV20 ao PQ24

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PV20 – PV21 1008 600 11,72 0,17246 3,26 0,530 6,62

PV21 – PQ10 1091 600 14,90 0,16560 3,21 0,517 7,40

PQ10 – PQ22 4216 800 7,42 0,42105 9,86 0,392 5,13

PQ22 – PQ23 4488 800 8,38 0,42169 9,93 0,376 5,39

PQ23 – PQ24 4488 800 11,51 0,35982 5,73 0,981 8,97


Fonte: Autoria própria 2022.

Os trechos entre o PV20 e o PQ10 apresentaram problemas relacionados a


velocidade excedendo o limite de 5m/s. No PQ10, há um aumento considerável da
vazão, pois é neste ponto que o PV9 da rua Helena de Paula Sestak contribui com
sua vazão para a avenida.
Ao analisar os dados apresentados na Tabela 5, é observado que os trechos
PQ10 – PQ22 e PQ22 – PQ23 não atendem os critérios de verificação para os
parâmetros k e θ. Além disso, no trecho PQ23 – PQ24, que apresenta valores mais
próximos aos limites estabelecidos para k e θ, a relação h/D é de 98,1% e velocidade
de 8,97 m/s, o que excede os respectivos parâmetros de verificação de 85% e 5 m/s.
A Figura 9, apresenta uma vista do PQ22, juntamente com a grande declividade
do terreno nos trechos entre o PV20 e PQ22.
42

Figura 9 – Vista do PQ22 - Aclive na Avenida Antônio Sestak

Fonte: Autoria própria 2022.

A imagem da Figura 9 mostra o terreno em aclive, sentido contrário ao fluxo


de água na galeria apresentado na Tabela 5. Essa representação visual é importante
para destacar a configuração topográfica do local.
Na continuação da análise da rede de drenagem pluvial urbana do bairro Jardim
Canadá, é possível observar outra ramificação desta rede, que será encontrada com
a avenida Antônio Sestak no PQ24. Essa ramificação é diferenciada pelas cores das
ruas, destacadas em verde na tabela do Apêndice B.
Na rua Pinus, no trecho de galeria do PV25 ao PQ28, foi observado uma
deficiência na verificação de velocidade de escoamento no trecho PV27 – PQ28.
Nesse trecho, a velocidade excede em 0,47 m/s o limite estabelecido de 5,00 m/s. Isto
indica que a velocidade está acima do recomendado, o que pode gerar problemas no
sistema de drenagem.
Na rua Cidreira, no trecho PV31 – PV32, foi observada uma velocidade de 5,12
m/s que também excede o limite.
No trecho do PQ28 ao PQ24, identificado na tabela do Apêndice B como
pertencente à Rua Açaí, foi observado um excesso de velocidade nos trechos entre o
PQ28 e PV34, como resumidamente apresentado na Tabela 6.
43

Tabela 6 – Rede de drenagem na rua Açaí

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PQ28 – PQ33 1278 600 7,50 0,27340 4,07 0,725 5,82

PQ33 – PV34 1278 600 9,75 0,23982 3,79 0,659 6,46

PV34 – PV35 1278 1000 1,45 0,15930 3,16 0,504 3,22

PV35 – PV36 1278 1000 2,33 0,12566 2,90 0,439 3,85

PV36 – PQ24 1278 1000 0,93 0,19903 3,47 0,582 2,69


Fonte: Autoria própria 2022.

Como nestes trechos da rede de drenagem não há estruturas coletoras (bocas


de lobo) a vazão permaneceu constante. Todos os trechos da Rua Açaí passaram na
verificação de k e θ, porém os trechos PQ28 – PQ33 e PQ33 – PV34 apresentaram
excesso de velocidade.
No trecho final da rede de drenagem, que se conecta ao dissipador, há uma
travessia na BR-272, conforme apresentado em projeto entre o PQ40A e o PQ40B.
Essa travessia é realizada por meio de uma tubulação de aço de diâmetro 1400mm.
Ao analisar a rede a partir do PQ24, que recebe a vazão do PQ23 (Avenida
Antônio Sestak) e do PV36 (Rua Açaí), e segue até o dissipador, temos os dados
apresentados de forma resumida na tabela 7 e completa no Apêndice B.
44

Tabela 7 – Rede de drenagem do trecho final passando pela travessia ao dissipador

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PQ24 – PV37 5,767 1000 4,33 0,41590 9,33 0,524 5,00

PV 37 – PV38 5,767 1000 2,60 0,53675 40,40 0,390 1,15

PV38 – PV39 5,767 1000 2,41 0,55736 51,80 0,140 0,91

PV39 – PQ40A 5,767 1000 2,32 0,56790 58,66 0,746 0,80

PQ40A – PQ40B 5,767 1400 1,17 0,32605 4,79 0,867 4,07

PQ40B – PQ40C 5,767 1000 6,45 0,34059 5,12 0,918 7,64

PQ40C – PV40D 5,767 1000 5,54 0,36762 6,05 0,997 7,34

PV40D – PQ40E 5,767 1000 5,13 0,38209 6,76 0,986 7,32

PQ40E – DISSIP. 5,767 1000 5,12 0,38209 6,76 0,986 7,32


Fonte: Autoria própria 2022.

A partir do ponto de PQ24 até o dissipador, foi observado que nenhum trecho
passou pela verificação da constante “k” e ângulo central (θ), resultando em valores
discrepantes para a relação h/D e a velocidade (V).
No entanto, é relevante notar que no trecho onde a tubulação é maior, ou seja,
entre PQ40A e PQ40B, que coincide com a travessia na BR-272, os valores de k e θ
estão próximos aos limites aceitáveis. Isso resulta em uma relação h/D de 86,7% e
uma velocidade (V) de 4,07 m/s.
Com base nos dados apresentados na Tabela 7, é possível observar que, nos
trechos finais da rede analisada, o diâmetro de 1000mm parece ser insuficiente para
acomodar a vazão requerida.

6.2 Segunda Análise

Para a segunda análise da rede de drenagem pluvial do bairro Jardim Canadá,


foi levada em consideração a inclusão das galerias pluviais do bairro Cidade Alta e
Avenida Santos Dumont. As áreas de influência dessas galerias estão demonstradas
em projeto, conforme Apêndice A, e também podem ser visualizadas em croqui na
Figura 7.
45

É importante considerar essas galerias anexadas, pois elas podem fornecer


vazões adicionais a rede de drenagem analisada, impactando o dimensionamento e
desempenho do sistema como um todo. A análise dessas áreas de influência e a
consideração das vazões provenientes desses locais são fundamentais para garantir
a capacidade adequada da rede de drenagem.
O ponto de anexo da galeria de água pluvial do bairro Cidade Alta com a rede
em análise ocorre no PV31, localizado na intersecção da rua Ouro Branco com a rua
das Sphatodias, conforme mostra a figura 10.

Figura 10 – Vista do PV31 - Intersecção da Rua Ouro Branco com a Rua das Sphatodias

Fonte: Autoria própria 2023

Já no caso da rede de drenagem da Avenida Santos Dumont, o anexo ocorre


no PV15, que fica no cruzamento da Avenida Dr. Rosalvo Gouveia de Mello Leitão e
início da Avenida Antônio Sestak, como mostra a Figura 11.
46

Figura 11 – Cruzamento da Av. Dr. Rosalvo G. de M. Leitão e início da Av. Antônio Sestak

Fonte: Autoria própria 2023

A ligação entre o trecho da Avenida Santos Dumont e o PV15 da rede de


drenagem do bairro Jardim Canadá pode ser visualizada tanto no local como no
projeto de drenagem disponível na aba de Projetos da Licitação de Concorrência
Pública nº 001/2020. Este projeto refere-se à execução de recapeamento asfáltico e
drenagem de galerias pluvias na Avenida Santos Dumont (GOIOERÊ, 2023).
A referência ao projeto específico pode ser encontrada na folha 01/03 do
arquivo em formato PDF baixado do site da Prefeitura Municipal de Goioerê, e no
anexo C deste trabalho. A Figura 12 apresenta de forma resumida essa ligação entre
a Avenida Santos Dumont e o PV15 da rede de drenagem.
47

Figura 12 – Trecho da Avenida Santos Dumont que liga a rede do Jardim Canadá

Fonte: Adaptado de GOIOERÊ, 2023

As obras de recapeamento asfáltico e rede de galerias pluviais da Av. Santos


Dumont estão concluídas. Na Figura 12, é possível observar o trecho da avenida que
vai desde o trevo da saída pra Rancho Alegre D’Oeste (Figura 13) até a intersecção
na Rua Manuel Pereira Melo (Figura 14).
Nesse trecho, é importante notar a presença de 14 bocas de lobo duplas, que
desempenham um papel fundamental na captação e drenagem de um grande volume
de água proveniente dessa região industrial. Essas bocas de lobo são responsáveis
por coletar a água pluvial e direcioná-la posteriormente a galeria do bairro Jardim
Canadá.
48

Figura 13 – Início do trecho da galeria da Avenida Santos Dumont em análise

Fonte: Autoria própria 2022

Figura 14 – Final do trecho da galeria da Avenida Santos Dumont em análise

Fonte: Autoria própria 2022

Uma observação pertinente da ligação entre a galeria pluvial da Av. Santos


Dumont e a galeria do bairro Jd. Canadá, é que a tubulação que passa pela Rua
Manuel Pereira Melo tem diâmetro de 800mm e liga no PV15, que por sua vez, da
continuidade na rede com uma tubulação de diâmetro inferior, de 600mm.
49

Para a análise do impacto dessas vazões adicionais anexadas a rede de


drenagem pluvial do bairro Jd. Canadá, temos a tabela do Apêndice C, onde foi
adicionado a área de contribuição de 69.552 m² no PV31, referente ao bairro Cidade
Alta, e área de contribuição de 71.232 m² no PV15, referente ao trecho da Av. Santos
Dumont.
No começo da Avenida Antônio Sestak encontra-se os primeiros problemas,
a tubulação de 600mm não é capaz de dar vazão a toda água que chega nesse ponto,
o que pode ser observado de forma completa na tabela do Apêndice C e de forma
resumida na Tabela 8.

Tabela 8 – Rede de drenagem na Av. Antônio Sestak com vazão adicional da Av. Santos
Dumont

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PV15 – PV16 2191 600 2,68 0,78453 492,88 0,414 0,10

PV16 – PV17 2191 600 2,67 0,78566 497,44 0,930 0,10

PV17 – PV18 2323 600 2,68 0,83108 711,15 0,920 0,07

PV18 – PV19 2440 600 3,05 0,81757 641,03 0,001 0,08

PV19 – PQ14 2499 600 4,83 0,66621 169,95 0,994 0,33

PQ14 – PV20 2858 600 4,50 0,78961 513,69 0,139 0,12

PV20 – PV21 2911 600 11,72 0,49803 24,98 0,002 2,57

PV21 – PQ10 2994 600 14,90 0,45432 14,50 0,215 4,91

PQ10 – PQ22 6119 800 7,42 0,61110 95,69 0,876 0,81

PQ22 – PQ23 6391 800 8,38 0,60047 85,10 0,431 0,94

PQ23 – PQ24 6391 800 11,51 0,51237 29,89 0,861 2,59


Fonte: Autoria própria 2022.

Todos os trechos extrapolaram o limite de k e θ, o que não nos permite avaliar


a relação h/D e velocidade de escoamento. O volume de água por segundo no trecho
PV15 – PV16 sem a vazão adicional era de 289 l/s, com a vazão adicional esse
número passou a 2.191 l/s, um aumento aproximado de 758%.
Neste trecho podemos afirmar que a tubulação existente não é compatível
com a vazão local, o que pode acarretar problemas na funcionalidade da rede, como
extravasamento e afogamento dos condutos da galeria.
50

Na outra ramificação da rede pluvial do bairro em análise, temos o anexo da


rede pluvial do bairro Cidade Alta no PV31, em processo análogo ao trecho da Avenida
Antônio Sestak, é demonstrada a Tabela 9.

Tabela 9 – Rede de drenagem na Rua Cidreira com vazão adicional do bairro Cidade Alta

TRECHO Q(l/s) D(mm) Sg (%) k θ(rad) h/D V (m/s)

PV31 – PV32 2257 400 11,21 1,16408 5546,24 0,808 0,02

PV32 – PQ28 2458 600 1,44 1,20151 6680,71 0,832 0,01


Fonte: Autoria própria 2022.

Assim como nos trechos a partir do PV15 não foi possível analisar os
parâmetros de h/D e V, nos trechos a partir do PV31 também encontramos este
problema.
A vazão no primeiro dimensionamento e análise do trecho PV31 – PV32 era
de 399 l/s, já neste apresentado na Tabela 9, a vazão passou a ser de 2.257 l/s, o que
corresponde a um aumento de aproximadamente 565% da vazão calculada
inicialmente.
Em ambos pontos de anexo das galerias pluviais adicionais a rede existente
no bairro Jd. Canadá, foi constatado que a capacidade de vazão da rede não é
suficiente para lidar com as vazões adicionais demandadas por essas galerias. Além
disso, observou-se que os problemas identificados no primeiro dimensionamento
foram agravados com essas vazões adicionais, conforme demonstrado na tabela do
Apêndice C.
51

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente trabalho, foi realizado um estudo detalhado da rede de drenagem


pluvial urbana no bairro Jardim Canadá, por meio de mapas, projetos e visitas in loco.
O objetivo principal foi avaliar a eficiência e capacidade da rede existente, levando em
consideração as áreas de escoamento superficial e suas respectivas vazões
solicitantes.
Inicialmente, foi levantada toda a infraestrutura da rede de drenagem pluvial
existente, permitindo um mapeamento completo e preciso. Em seguida, foram
realizados cálculos para determinar as áreas de escoamento superficial que
contribuem para a rede de drenagem, juntamente com suas vazões correspondente.
Além disso, foram verificadas possíveis vazões adicionais à rede, onde foi
identificado que o bairro Cidade Alta e a Avenida Santos Dumont tiveram suas redes
de galerias anexadas ao bairro em análise, o que afetou a capacidade de escoamento
dessa rede.
Com base nos dados coletados, foi realizada a análise da rede de drenagem
por meio do método racional, que considera aspectos hidrológicos e hidráulicos
fundamentais. Os resultados obtidos foram comparados com a capacidade da rede
existente, permitindo uma análise de sua eficiência e identificação de possíveis
problemas.
Nesse contexto, constatou-se que a rede de drenagem apresenta certos
desafios. Em uma primeira análise verificou-se que a rede mesmo sem as vazões
adicionais apresentava sobrecargas e altas velocidades em alguns trechos. Na
segunda análise, com as vazões adicionais, os problemas pioraram, onde foi possível
identificar um ponto de estrangulamento e sobrecargas já no início da rede.
Em conclusão, este estudo proporcionou uma compreensão aprofundada da
rede de drenagem pluvial no bairro Jardim Canadá, fornecendo informações valiosas
sobre sua capacidade e eficiência. Os resultados obtidos destacam a importância de
investimentos contínuos em infraestrutura de drenagem urbana, a fim de garantir um
sistema robusto e eficiente, capaz de lidar adequadamente com as demandas das
áreas urbanas. Espera-se que este trabalho contribua para a melhoria do
gerenciamento de águas pluviais no município de Goioerê e sirva como base para
futuros estudos e intervenções na área.
52

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Alegre/RS: ABRH, reimpressão da 1ª edição, 2015. 428 p.
55

APÊNDICE A - Projeto da Rede de Drenagem Jardim Canadá


57

APÊNDICE B - Tabela de Dimensionamento e Verificação 1


DADOS DE CÁLCULO ABREVIATURAS FÓRMULAS

Intensidade da chuva (mm/hora) 148 Qloc = C.i.A k = Q.n.(D^(-8/3)).Sg^(-1/2)

Recobrimento mínimo (m) 1,00 St = (cm - cj) / L Ɵ = 591,8.k^5 - 5201,2.k^4 + 1786,6.k^3 - 298,89.k^2 + 32,113.k + 1,1487

Coef de Manning (mm.s) 0,015 Sg = (cim - cij) / L h/D = (1/2).(1 - cos(Ɵ/2))

Tempo de retorno 10 anos Q = V.A A = D^2.(Ɵ - senƟ)/8

Equação da intensidade da chuva da cidade de Cianorte/PR para


tp = L / ( V x 60) *Coeficiente k e Ɵ segundo Menezes Filho (2007)
dimensionamento de galeria pluvial no munícipio de Goioerê/PR

DIMENSIONAMENTO DE GALERIA DE DRENAGEM PLUVIAL


R DETALHE DO TRECHO CONTRIBUIÇÃO GALERIA
Cota do PV no Cotas inferior da
U Extensão Área (m2) C Qloc Prof Galeria (m) Prof do poço
Trecho tc (min) i_max Q(m3/s) D(mm) terreno (m) St (m/m) Galeria (m) Sg (m/m) a jusante k θ(rad) h/D A (m²) V (m/s) tp (min)
A (m) (terreno) (m3/s)
Trecho Total mont. jus. mont. jus. mont. jus. (m)
PV01 - PV02 65,00 24443,00 24443,00 12,00 0,65 148 0,6530 0,653 600 527,593 525,672 0,030 526,09 524,17 0,0296 1,50 1,50 1,50 0,22247 3,65 0,627 0,1866 3,50 0,31
RUA CÂNDIDO
PORTINARI

PV02 - PV03 62,00 15584,00 40027,00 12,31 0,65 147 0,4163 1,069 600 525,672 523,820 0,030 524,17 522,32 0,0299 1,50 1,50 1,50 0,36237 5,83 0,987 0,2821 3,79 0,27
PV03 - PV04 62,00 17000,00 57027,00 12,58 0,65 146 0,4541 1,523 600 523,820 521,907 0,031 522,32 519,91 0,0389 1,50 2,00 2,00 0,45229 14,15 0,148 0,5915 2,58 0,40
PV04 - PV05 79,00 13258,00 70285,00 12,98 0,65 144 0,3542 1,878 800 521,907 519,406 0,032 519,91 517,41 0,0317 2,00 2,00 2,00 0,28699 4,21 0,755 0,4071 4,61 0,29
PV05 - PV06 72,00 5232,00 75517,00 13,27 0,65 143 0,1398 2,017 800 519,406 517,157 0,031 517,41 515,16 0,0312 2,00 2,00 2,00 0,31043 4,51 0,817 0,4395 4,59 0,26

PV06 - PV07 66,00 3932,00 79449,00 13,53 0,65 143 0,1050 2,122 800 517,157 517,693 -0,008 515,16 513,89 0,0192 2,00 3,80 3,80 0,41710 9,45 0,494 0,7575 2,80 0,39
DE P. SESTAK
RUA HELENA

PV07 - PV08 62,00 10393,00 89842,00 13,92 0,65 141 0,2776 2,400 800 517,693 515,858 0,030 513,89 512,46 0,0231 3,80 3,40 3,40 0,42904 10,77 0,188 0,9397 2,55 0,40
PV08 - PV09 62,00 11332,00 101174,00 14,33 0,65 140 0,3027 2,703 800 515,858 512,987 0,046 512,46 510,59 0,0302 3,40 2,40 2,40 0,42313 10,09 0,338 0,8559 3,16 0,33
PV09 - PQ10 73,00 10419,00 111593,00 14,65 0,65 139 0,2783 2,981 800 512,987 508,101 0,067 510,59 506,10 0,0615 2,40 2,00 4,00 0,32705 4,81 0,870 0,4644 6,42 0,19

PV11 - PV12 62,00 3298,00 3298,00 12,00 0,65 148 0,0881 0,088 400 527,898 526,057 0,030 526,40 524,56 0,0297 1,50 1,50 1,50 0,08829 2,60 0,366 0,0417 2,11 0,49
AROEIRA
RUA

PV12 - PV13 62,00 2908,00 6206,00 12,49 0,65 146 0,0777 0,166 400 526,057 524,501 0,025 524,56 523,00 0,0251 1,50 1,50 1,50 0,18072 3,33 0,547 0,0703 2,36 0,44
PV13 - PQ14 66,00 4955,00 11161,00 12,93 0,65 145 0,1324 0,298 500 524,501 524,906 -0,006 523,00 522,31 0,0105 1,50 2,60 2,60 0,27673 4,11 0,732 0,1540 1,94 0,57

PV15 - PV16 39,00 10804,00 10804,00 12,00 0,65 148 0,2886 0,289 600 530,633 529,589 0,027 529,13 528,09 0,0268 1,50 1,50 1,50 0,10332 2,72 0,396 0,1043 2,77 0,23
PV16 - PV17 26,00 0,00 10804,00 12,23 0,65 147 0,0000 0,289 600 529,589 528,895 0,027 528,09 527,40 0,0267 1,50 1,50 1,50 0,10347 2,72 0,397 0,1044 2,76 0,16
PV17 - PV18 59,00 4913,00 15717,00 12,39 0,65 147 0,1312 0,420 600 528,895 527,314 0,027 527,40 525,81 0,0268 1,50 1,50 1,50 0,15023 3,09 0,487 0,1366 3,07 0,32
AV. ANTÔNIO SESTAK

PV18 - PV19 44,00 4373,00 20090,00 12,71 0,65 145 0,1168 0,537 600 527,314 525,970 0,031 525,81 524,47 0,0305 1,50 1,50 1,50 0,17986 3,32 0,545 0,1575 3,41 0,22
PV19 - PQ14 22,00 2228,00 22318,00 12,93 0,65 145 0,0595 0,596 600 525,970 524,908 0,048 524,47 523,41 0,0483 1,50 1,50 2,60 0,15894 3,16 0,504 0,1427 4,18 0,09
PQ14 - PV20 40,00 2283,00 35762,00 13,01 0,65 144 0,0610 0,955 600 524,908 522,010 0,072 522,31 520,51 0,0450 2,60 1,50 1,50 0,26392 3,99 0,706 0,2132 4,48 0,15
PV20 - PV21 67,00 1971,00 37733,00 13,16 0,65 144 0,0527 1,008 600 522,010 514,258 0,116 520,51 512,66 0,1172 1,50 1,60 1,60 0,17246 3,26 0,530 0,1523 6,62 0,17
PV21 - PQ10 44,00 3125,00 40858,00 13,33 0,65 143 0,0835 1,091 600 514,258 508,101 0,140 512,66 506,10 0,1490 1,60 2,00 4,00 0,16560 3,21 0,517 0,1474 7,40 0,10
PQ10 - PQ22 39,00 5366,00 157817,00 13,43 0,65 143 0,1433 4,216 800 508,101 503,209 0,125 504,10 501,21 0,0742 4,00 2,00 4,50 0,42105 9,86 0,392 0,8223 5,13 0,13
PQ22 - PQ23 55,00 10205,00 168022,00 13,56 0,65 142 0,2726 4,488 800 503,209 496,100 0,129 498,71 494,10 0,0838 4,50 2,00 4,50 0,42169 9,93 0,376 0,8327 5,39 0,17
PQ23 - PQ24 53,00 0,00 168022,00 13,73 0,65 142 0,0000 4,488 800 496,100 487,500 0,162 491,60 485,50 0,1151 4,50 2,00 2,50 0,35982 5,73 0,981 0,5005 8,97 0,10
DIMENSIONAMENTO DE GALERIA DE DRENAGEM PLUVIAL
R DETALHE DO TRECHO CONTRIBUIÇÃO GALERIA
Cota do PV no Cotas inferior da
U Extensão Área (m2) C Qloc Prof Galeria (m) Prof do poço
Trecho tc (min) i_max Q(m3/s) D(mm) terreno (m) St (m/m) Galeria (m) Sg (m/m) a jusante k θ(rad) h/D A (m²) V (m/s) tp (min)
A (m) (terreno) (m3/s)
Trecho Total mont. jus. mont. jus. mont. jus. (m)
PV25 - PV26 100,00 4486,00 4486,00 12,00 0,65 148 0,1198 0,120 400 520,428 515,798 0,046 518,83 514,30 0,0453 1,60 1,50 1,50 0,09723 2,67 0,384 0,0445 2,69 0,62
PINUS
RUA

PV26 - PV27 78,00 6788,00 11274,00 12,62 0,65 146 0,1813 0,301 400 515,798 506,390 0,121 514,30 504,89 0,1206 1,50 1,50 1,50 0,14975 3,08 0,486 0,0606 4,97 0,26
PV27 - PQ28 19,00 1121,00 12395,00 12,88 0,65 145 0,0299 0,331 400 506,390 503,624 0,146 504,89 502,12 0,1456 1,50 1,50 3,00 0,14986 3,09 0,486 0,0606 5,47 0,06
CIDREI

PV29 - PV30 61,00 7988,00 7988,00 12,00 0,65 148 0,2134 0,213 400 509,883 507,150 0,045 508,38 505,65 0,0448 1,50 1,50 1,50 0,17409 3,28 0,533 0,0682 3,13 0,32
RUA

RA

PV30 - PQ28 61,00 2635,00 10623,00 12,32 0,65 147 0,0704 0,284 500 507,150 503,624 0,058 505,65 502,12 0,0578 1,50 1,50 3,00 0,11242 2,80 0,414 0,0767 3,70 0,27
CIDREI

PV31 - PV32 60,00 14922,00 14922,00 12,00 0,65 148 0,3986 0,399 400 510,250 503,526 0,112 508,75 502,03 0,1121 1,50 1,50 1,50 0,20563 3,52 0,595 0,0779 5,12 0,20
RUA

RA

PV32 - PQ28 28,00 7537,00 22459,00 12,20 0,65 147 0,2013 0,600 600 503,526 503,624 -0,004 502,03 501,62 0,0144 1,50 2,00 3,00 0,29328 4,28 0,770 0,2336 2,57 0,18

PQ28 - PQ33 55,00 2371,00 47848,00 12,94 0,65 145 0,0633 1,278 600 503,624 498,500 0,093 500,62 496,50 0,0750 3,00 2,00 3,50 0,27340 4,07 0,725 0,2195 5,82 0,16
RUA AÇAÍ

PQ33 - PV34 53,00 0,00 47848,00 13,10 0,65 144 0,0000 1,278 600 498,500 492,335 0,116 495,00 489,84 0,0975 3,50 2,50 2,50 0,23982 3,79 0,659 0,1978 6,46 0,14
PV34 - PV35 109,00 0,00 47848,00 13,23 0,65 144 0,0000 1,278 1000 492,335 491,256 0,010 489,84 488,26 0,0145 2,50 3,00 3,00 0,15930 3,16 0,504 0,3971 3,22 0,56
PV35 - PV36 100,00 0,00 47848,00 13,80 0,65 142 0,0000 1,278 1000 491,256 488,928 0,023 488,26 485,93 0,0233 3,00 3,00 3,00 0,12566 2,90 0,439 0,3321 3,85 0,43
PV36 - PQ24 100,00 0,00 47848,00 14,23 0,65 140 0,0000 1,278 1000 488,928 487,500 0,014 485,93 485,00 0,0093 3,00 2,50 2,50 0,19903 3,47 0,582 0,4746 2,69 0,62

PQ24 -PV37 70,00 0,00 215870,00 13,83 0,65 142 0,0000 5,767 1000 487,500 484,472 0,043 485,00 481,97 0,0433 2,50 2,50 2,50 0,41590 9,33 0,524 1,1537 5,00 0,23
TRECHO FINAL - DISSIPADOR

PV37 - PV38 70,00 0,00 215870,00 14,06 0,65 141 0,0000 5,767 1000 484,472 482,654 0,026 481,97 480,15 0,0260 2,50 2,50 2,50 0,53675 40,40 0,390 4,9957 1,15 1,01
PV38 - PV39 70,00 0,00 215870,00 15,07 0,65 137 0,0000 5,767 1000 482,654 482,168 0,007 480,15 478,47 0,0241 2,50 3,70 3,70 0,55736 51,80 0,140 6,3497 0,91 1,28
PV39 - PQ40A 15,00 0,00 215870,00 16,35 0,65 134 0,0000 5,767 1000 482,168 481,120 0,070 478,47 478,12 0,0232 3,70 3,00 3,60 0,56790 58,66 0,746 7,2255 0,80 0,31
PQ40A - PQ40B 53,00 0,00 215870,00 16,67 0,65 133 0,0000 5,767 1400 481,120 480,000 0,021 477,52 476,90 0,0117 3,60 3,10 5,20 0,32605 4,79 0,867 1,4176 4,07 0,22
PQ40B - PQ40C 40,00 0,00 215870,00 16,89 0,65 132 0,0000 5,767 1000 480,000 474,720 0,132 474,80 472,22 0,0645 5,20 2,50 5,50 0,34059 5,12 0,918 0,7551 7,64 0,09
PQ40C - PQ40D 41,00 0,00 215870,00 16,97 0,65 132 0,0000 5,767 1000 474,720 469,450 0,129 469,22 466,95 0,0554 5,50 2,50 5,00 0,36762 6,05 0,997 0,7851 7,34 0,09
PQ40D - PQ40E 40,00 0,00 215870,00 17,07 0,65 131 0,0000 5,767 1000 469,450 464,900 0,114 464,45 462,40 0,0513 5,00 2,50 4,10 0,38209 6,76 0,986 0,7877 7,32 0,09
PQ40E - DISSIP. 40,00 0,00 215870,00 17,16 0,65 131 0,0000 5,767 1000 464,900 458,750 0,154 460,80 458,75 0,0512 4,10 0,00 0,00 0,38209 6,76 0,986 0,7877 7,32 0,09
60

APÊNDICE C - Tabela de Dimensionamento e Verificação 2


DADOS DE CÁLCULO ABREVIATURAS FÓRMULAS

Intensidade da chuva (mm/hora) 148 Qloc = C.i.A k = Q.n.(D^(-8/3)).Sg^(-1/2)

Recobrimento mínimo (m) 1,00 St = (cm - cj) / L Ɵ = 591,8.k^5 - 5201,2.k^4 + 1786,6.k^3 - 298,89.k^2 + 32,113.k + 1,1487

Coef de Manning (mm.s) 0,015 Sg = (cim - cij) / L h/D = (1/2).(1 - cos(Ɵ/2))

Tempo de retorno 10 anos Q = V.A A = D^2.(Ɵ - senƟ)/8

Equação da intensidade da chuva da cidade de Cianorte/PR para


tp = L / ( V x 60) *Coeficiente k e Ɵ segundo Menezes Filho (2007)
dimensionamento de galeria pluvial no munícipio de Goioerê/PR

DIMENSIONAMENTO DE GALERIA DE DRENAGEM PLUVIAL


R DETALHE DO TRECHO CONTRIBUIÇÃO GALERIA
Cota do PV no Cotas inferior da
U Extensão Área (m2) C Qloc Prof Galeria (m) Prof do poço
Trecho tc (min) i_max Q(m3/s) D(mm) terreno (m) St (m/m) Galeria (m) Sg (m/m) a jusante k θ(rad) h/D A (m²) V (m/s) tp (min)
A (m) (terreno) (m3/s)
Trecho Total mont. jus. mont. jus. mont. jus. (m)
PV01 - PV02 65,00 24443,00 24443,00 12,00 0,65 148 0,6530 0,653 600 527,593 525,672 0,030 526,09 524,17 0,0296 1,50 1,50 1,50 0,22247 3,65 0,627 0,1866 3,50 0,31
RUA CÂNDIDO
PORTINARI

PV02 - PV03 62,00 15584,00 40027,00 12,31 0,65 147 0,4163 1,069 600 525,672 523,820 0,030 524,17 522,32 0,0299 1,50 1,50 1,50 0,36237 5,83 0,987 0,2821 3,79 0,27
PV03 - PV04 62,00 17000,00 57027,00 12,58 0,65 146 0,4541 1,523 600 523,820 521,907 0,031 522,32 519,91 0,0389 1,50 2,00 2,00 0,45229 14,15 0,148 0,5915 2,58 0,40
PV04 - PV05 79,00 13258,00 70285,00 12,98 0,65 144 0,3542 1,878 800 521,907 519,406 0,032 519,91 517,41 0,0317 2,00 2,00 2,00 0,28699 4,21 0,755 0,4071 4,61 0,29
PV05 - PV06 72,00 5232,00 75517,00 13,27 0,65 143 0,1398 2,017 800 519,406 517,157 0,031 517,41 515,16 0,0312 2,00 2,00 2,00 0,31043 4,51 0,817 0,4395 4,59 0,26

PV06 - PV07 66,00 3932,00 79449,00 13,53 0,65 143 0,1050 2,122 800 517,157 517,693 -0,008 515,16 513,89 0,0192 2,00 3,80 3,80 0,41710 9,45 0,494 0,7575 2,80 0,39
DE P. SESTAK
RUA HELENA

PV07 - PV08 62,00 10393,00 89842,00 13,92 0,65 141 0,2776 2,400 800 517,693 515,858 0,030 513,89 512,46 0,0231 3,80 3,40 3,40 0,42904 10,77 0,188 0,9397 2,55 0,40
PV08 - PV09 62,00 11332,00 101174,00 14,33 0,65 140 0,3027 2,703 800 515,858 512,987 0,046 512,46 510,59 0,0302 3,40 2,40 2,40 0,42313 10,09 0,338 0,8559 3,16 0,33
PV09 - PQ10 73,00 10419,00 111593,00 14,65 0,65 139 0,2783 2,981 800 512,987 508,101 0,067 510,59 506,10 0,0615 2,40 2,00 4,00 0,32705 4,81 0,870 0,4644 6,42 0,19

PV11 - PV12 62,00 3298,00 3298,00 12,00 0,65 148 0,0881 0,088 400 527,898 526,057 0,030 526,40 524,56 0,0297 1,50 1,50 1,50 0,08829 2,60 0,366 0,0417 2,11 0,49
AROEIRA
RUA

PV12 - PV13 62,00 2908,00 6206,00 12,49 0,65 146 0,0777 0,166 400 526,057 524,501 0,025 524,56 523,00 0,0251 1,50 1,50 1,50 0,18072 3,33 0,547 0,0703 2,36 0,44
PV13 - PQ14 66,00 4955,00 11161,00 12,93 0,65 145 0,1324 0,298 500 524,501 524,906 -0,006 523,00 522,31 0,0105 1,50 2,60 2,60 0,27673 4,11 0,732 0,1540 1,94 0,57

PV15 - PV16 39,00 82036,00 82036,00 12,00 0,65 148 2,1915 2,191 600 530,633 529,589 0,027 529,13 528,09 0,0268 1,50 1,50 1,50 0,78453 492,88 0,414 22,1644 0,10 6,57
PV16 - PV17 26,00 0,00 82036,00 18,57 0,65 127 0,0000 2,191 600 529,589 528,895 0,027 528,09 527,40 0,0267 1,50 1,50 1,50 0,78566 497,44 0,930 22,3454 0,10 4,42
PV17 - PV18 59,00 4913,00 86949,00 22,99 0,65 117 0,1312 2,323 600 528,895 527,314 0,027 527,40 525,81 0,0268 1,50 1,50 1,50 0,83108 711,15 0,920 31,9607 0,07 13,53
AV. ANTÔNIO SESTAK

PV18 - PV19 44,00 4373,00 91322,00 36,52 0,65 93 0,1168 2,440 600 527,314 525,970 0,031 525,81 524,47 0,0305 1,50 1,50 1,50 0,81757 641,03 0,001 28,8398 0,08 8,67
PV19 - PQ14 22,00 2228,00 93550,00 45,19 0,65 83 0,0595 2,499 600 525,970 524,908 0,048 524,47 523,41 0,0483 1,50 1,50 2,60 0,66621 169,95 0,994 7,6343 0,33 1,12
PQ14 - PV20 40,00 2283,00 106994,00 46,31 0,65 82 0,0610 2,858 600 524,908 522,010 0,072 522,31 520,51 0,0450 2,60 1,50 1,50 0,78961 513,69 0,139 23,1611 0,12 5,40
PV20 - PV21 67,00 1971,00 108965,00 51,71 0,65 77 0,0527 2,911 600 522,010 514,258 0,116 520,51 512,66 0,1172 1,50 1,60 1,60 0,49803 24,98 0,002 1,1309 2,57 0,43
PV21 - PQ10 44,00 3125,00 112090,00 52,15 0,65 76 0,0835 2,994 600 514,258 508,101 0,140 512,66 506,10 0,1490 1,60 2,00 4,00 0,45432 14,50 0,215 0,6103 4,91 0,15
PQ10 - PQ22 39,00 5366,00 229049,00 52,30 0,65 76 0,1433 6,119 800 508,101 503,209 0,125 504,10 501,21 0,0742 4,00 2,00 4,50 0,61110 95,69 0,876 7,5755 0,81 0,80
PQ22 - PQ23 55,00 10205,00 239254,00 53,10 0,65 75 0,2726 6,391 800 503,209 496,100 0,129 498,71 494,10 0,0838 4,50 2,00 4,50 0,60047 85,10 0,431 6,8296 0,94 0,98
PQ23 - PQ24 53,00 0,00 239254,00 54,08 0,65 75 0,0000 6,391 800 496,100 487,500 0,162 491,60 485,50 0,1151 4,50 2,00 2,50 0,51237 29,89 0,861 2,4710 2,59 0,34
DIMENSIONAMENTO DE GALERIA DE DRENAGEM PLUVIAL
R DETALHE DO TRECHO CONTRIBUIÇÃO GALERIA
Cota do PV no Cotas inferior da
U Extensão Área (m2) C Qloc Prof Galeria (m) Prof do poço
Trecho tc (min) i_max Q(m3/s) D(mm) terreno (m) St (m/m) Galeria (m) Sg (m/m) a jusante k θ(rad) h/D A (m²) V (m/s) tp (min)
A (m) (terreno) (m3/s)
Trecho Total mont. jus. mont. jus. mont. jus. (m)
PV25 - PV26 100,00 4486,00 4486,00 12,00 0,65 148 0,1198 0,120 400 520,428 515,798 0,046 518,83 514,30 0,0453 1,60 1,50 1,50 0,09723 2,67 0,384 0,0445 2,69 0,62
PINUS
RUA

PV26 - PV27 78,00 6788,00 11274,00 12,62 0,65 146 0,1813 0,301 400 515,798 506,390 0,121 514,30 504,89 0,1206 1,50 1,50 1,50 0,14975 3,08 0,486 0,0606 4,97 0,26
PV27 - PQ28 19,00 1121,00 12395,00 12,88 0,65 145 0,0299 0,331 400 506,390 503,624 0,146 504,89 502,12 0,1456 1,50 1,50 3,00 0,14986 3,09 0,486 0,0606 5,47 0,06
CIDREI

PV29 - PV30 61,00 7988,00 7988,00 12,00 0,65 148 0,2134 0,213 400 509,883 507,150 0,045 508,38 505,65 0,0448 1,50 1,50 1,50 0,17409 3,28 0,533 0,0682 3,13 0,32
RUA

RA

PV30 - PQ28 61,00 2635,00 10623,00 12,32 0,65 147 0,0704 0,284 500 507,150 503,624 0,058 505,65 502,12 0,0578 1,50 1,50 3,00 0,11242 2,80 0,414 0,0767 3,70 0,27
CIDREI

PV31 - PV32 60,00 84474,00 84474,00 12,00 0,65 148 2,2566 2,257 400 510,250 503,526 0,112 508,75 502,03 0,1121 1,50 1,50 1,50 1,16408 5546,24 0,808 110,9442 0,02 49,16
RUA

RA

PV32 - PQ28 28,00 7537,00 92011,00 61,16 0,65 69 0,2013 2,458 600 503,526 503,624 -0,004 502,03 501,62 0,0144 1,50 2,00 3,00 1,20151 6680,71 0,832 300,5875 0,01 57,07

PQ28 - PQ33 55,00 2371,00 117400,00 12,94 0,65 145 0,0633 3,136 600 503,624 498,500 0,093 500,62 496,50 0,0750 3,00 2,00 3,50 0,67083 177,89 0,221 7,9633 0,39 2,33
RUA AÇAÍ

PQ33 - PV34 53,00 0,00 117400,00 15,27 0,65 137 0,0000 3,136 600 498,500 492,335 0,116 495,00 489,84 0,0975 3,50 2,50 2,50 0,58843 74,33 0,070 3,3843 0,93 0,95
PV34 - PV35 109,00 0,00 117400,00 16,22 0,65 134 0,0000 3,136 1000 492,335 491,256 0,010 489,84 488,26 0,0145 2,50 3,00 3,00 0,39085 7,29 0,937 0,8059 3,89 0,47
PV35 - PV36 100,00 0,00 117400,00 16,69 0,65 133 0,0000 3,136 1000 491,256 488,928 0,023 488,26 485,93 0,0233 3,00 3,00 3,00 0,30832 4,48 0,811 0,6819 4,60 0,36
PV36 - PQ24 100,00 0,00 117400,00 17,05 0,65 132 0,0000 3,136 1000 488,928 487,500 0,014 485,93 485,00 0,0093 3,00 2,50 2,50 0,48834 22,11 0,470 2,7793 1,13 1,48

PQ24 -PV37 70,00 0,00 356654,00 54,42 0,65 74 0,0000 9,528 1000 487,500 484,472 0,043 485,00 481,97 0,0433 2,50 2,50 2,50 0,68713 208,42 0,929 25,9427 0,37 3,18
TRECHO FINAL - DISSIPADOR

PV37 - PV38 70,00 0,00 356654,00 57,60 0,65 72 0,0000 9,528 1000 484,472 482,654 0,026 481,97 480,15 0,0260 2,50 2,50 2,50 0,88679 1068,28 0,001 133,5177 0,07 16,35
PV38 - PV39 70,00 0,00 356654,00 73,95 0,65 61 0,0000 9,528 1000 482,654 482,168 0,007 480,15 478,47 0,0241 2,50 3,70 3,70 0,92085 1349,53 0,889 168,8130 0,06 20,67
PV39 - PQ40A 15,00 0,00 356654,00 94,62 0,65 52 0,0000 9,528 1000 482,168 481,120 0,070 478,47 478,12 0,0232 3,70 3,00 3,60 0,93827 1514,68 0,988 189,2826 0,05 4,97
PQ40A - PQ40B 53,00 0,00 356654,00 99,59 0,65 50 0,0000 9,528 1400 481,120 480,000 0,021 477,52 476,90 0,0117 3,60 3,10 5,20 0,53869 41,37 0,630 10,2571 0,93 0,95
PQ40B - PQ40C 40,00 0,00 356654,00 100,54 0,65 50 0,0000 9,528 1000 480,000 474,720 0,132 474,80 472,22 0,0645 5,20 2,50 5,50 0,56272 55,19 0,889 7,0212 1,36 0,49
PQ40C - PQ40D 41,00 0,00 356654,00 101,03 0,65 50 0,0000 9,528 1000 474,720 469,450 0,129 469,22 466,95 0,0554 5,50 2,50 5,00 0,60737 91,85 0,681 11,5653 0,82 0,83
PQ40D - PQ40E 40,00 0,00 356654,00 101,86 0,65 49 0,0000 9,528 1000 469,450 464,900 0,114 464,45 462,40 0,0513 5,00 2,50 4,10 0,63128 118,85 0,982 14,9194 0,64 1,04
PQ40E - DISSIP. 40,00 0,00 356654,00 102,90 0,65 49 0,0000 9,528 1000 464,900 458,750 0,154 460,80 458,75 0,0512 4,10 0,00 0,00 0,63128 118,85 0,982 14,9194 0,64 1,04
63

ANEXO A - Mapa de Zoneamento Urbano Goioerê


65

ANEXO B - Parâmetros Urbanísticos


67

ANEXO C - Projeto de Drenagem Av. Stos Dumont

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