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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO

MUNICIPAL

Lei n.º 2.198/2006.


“Institui O Plano Diretor do Município de Guanhães MG, e dá outras
providências.”
ÍNDICE

Apresentação – Página 04
Parte I – Histórico Páginas 05 à 09
Parte II – Apresentação de dados colhidos Páginas 10 à 56
Parte III – Síntese das ações Páginas 57 à 59
Anexo – I - Estratégias Páginas 60 à 76
Projeto de Lei do PDEDG – Páginas 77 à 120

TÍTULO 1- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Capítulo I Dos Fundamentos do PDEDG 78


Capítulo II Da Função Social da Propriedade 78
Capítulo III Do Espaço Humano 79
Capítulo IV Da Política Urbana 80

TÍTULO II - DAS ESTRATÉGIAS

Capítulo I Da Estratégia de Uso do Solo 82


Seção I Dos Instrumentos da Política Urbana 88
Seção II Da Regulamentação Legal 89

Capítulo II - Da Estratégia de Estruturação Municipal 90


Seção I Do Programa de Ordenação Urbanística 91
Seção II Do Programa de Estruturação Urbana 91
Seção III Do Programa de Articulação Urbana Municipal 93
Seção IV Do Programa Político de Articulação Regional 93

Capítulo III Da Estratégia de Mobilidade Urbana 94

Capítulo IV Da Estratégia de Qualidade Ambiental 96


Seção I Da Conceituação e Fundamentos 96
Seção II Dos Programas da Estratégia de Qualidade Ambiental 97
Seção III Do Programa de Proteção do Patrimônio Histórico 97
Seção IV - Do Programa Revitalização 98
Seção V Do Programa de Proteção de Nossas Águas 99
Seção VI - Do Programa de Gestão Ambiental 100

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Capítulo V Da Estratégia de Desenvolvimento Sustentável 102
Seção I Do Programa de Dinamização da Economia 102
Seção II Do Programa de Qualificação da Cidadania 104
Seção III Do Programa de Incentivos a Investimentos 105
Seção IV Do Programa de Desenvolvimento das Atividades Primárias 105
Seção V Do Programa de Incentivo ao Turismo 106
Seção VI – Do Programa de Incentivo ao Pequeno Agricultor 107

Capítulo VI - Da Estratégia Habitacional 108


Seção I Do Programa de Habitação para Famílias de Baixa Renda 109
Seção II Do Programa de Reassentamento de Famílias Residentes em Áreas
de Risco 109
Seção III Do Programa de Habitação de Interesse Social 110

Capítulo VII - Da Estratégia de Desenvolvimento Social 111


Seção I Do Programa para a Cultura 111
Seção II Do Programa para Educação 113
Seção III Do Programa para o Esporte 113
Seção IV Do Programa Saúde 115
Seção V Do Programa Assistência Social 117
Seção VI Do Programa Mais Segurança 118

TÍTULO III - DO SISTEMA MUNICIPAL DE GESTÃO DO PDEDG 119

TÍTULO IV- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 119

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Apresentação

O Diagnóstico a seguir reúne dados e informações pesquisados sobre o


Município com o objetivo de agrupar conhecimento para a elaboração do Plano
Diretor Estratégico de Desenvolvimento de Guanhães.

Este trabalho apresenta um retrato da situação atual de Guanhães, com


dados fornecidos pela Prefeitura Municipal em reuniões com os Secretários
Municipais, dirigentes de autarquias, e reunião realizada com os membros das
Associações Comunitárias de Bairros.

Assim foi possível reunir um conhecimento abrangente do conjunto


formado pela história, dados econômicos, sociais e culturais do Município de
Guanhães servindo de subsídio para orientar as propostas contidas nas
estratégias do Plano Diretor de Guanhães, com metas previstas para o
horizonte de 2016.

O trabalho foi divido em três partes:

A Primeira Parte, características gerais do Município, onde relaciona as


informações setoriais privilegiando os dados mais relevantes e pertinentes ao
desenvolvimento do Plano Diretor Estratégico.

A Segunda Parte, apresenta os dados colhidos junto aos Secretários


Municipais, Membros das Associações Comunitárias de Bairros. Estes foram
os meios utilizados para conhecer a cidade pois o morador é aquele que
convive diariamente com os problemas e benefícios que o meio lhe oferece.

A Terceira Parte, é a síntese dessas informações e conclusões que


foram os instrumentos para as propostas que nortearam o Plano Diretor
Estratégico de Guanhães.

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PARTE – I

I - HISTÓRICO

O primitivo Arraial de São Miguel e Almas surgiu em 1821. Foi terra de ouro. A
riqueza atraiu muita gente das redondezas e de longe, como os ingleses, que
decidiram explorar uma mina na Fazenda do "Candonga".
Passou a denominar-se "Guanhães" em 13 de setembro de 1881.
"Guanhães" deriva de "Guanhanhans", nome dos índios que habitavam a
região e se traduz como "aquele que corre".

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II – ASPECTOS GEOGRÁFICOS

1 - Localização do Município
1.1 - Mesoregião da Mata e Rio Doce
Microregião Centro Nordeste
1.2 - Área : 1.188 km2
1.3 - Altitude : Máxima : Pico do Quartel
Mínima : Foz do Rio Guanhães
1.4 – Posição Geográfica – Determinada pelo paralelo de 18°46`43” de
latitude Sul em sua inserção com o meridiano de 42°56`36” de longitude oeste.
1.5 – Municípios Vizinhos - É limitado ao norte com os Municípios de
Sabinópolis e São João Evangelista, ao sul com Dores de Guanhães, Braúnas
e Açucena, ao leste com Peçanha, Virginópolis e Gonzaga e a oeste com
Senhora do Porto.
2- Características climatológicas
2.1 - Tipo: Mesotérmico e úmido
2.2 - Temperatura média anual : 20°c
2.3 -Temperatura máxima anual : 31°c
2.4 -Temperatura mínima anual : 09°c

III –ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

1 - POPULAÇÃO DE GUANHÃES
A população de Guanhães, conforme dados do IBGE, na data de
01/07/2005 está estimada em 29.491 habitantes.

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IV - ASPECTOS HISTÓRICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS.

1 - Contexto
Guanhães é um pólo regional. Tem a agropecuária e o comércio como
atividades predominantes. Atende, diariamente, a centenas de pessoas de
mais de 30 Municípios da região em busca da prestação de serviços nas áreas:
comercial, bancária, hoteleira, educacional, hospitalar, etc.

Guanhães possui um acervo de incalculável valor histórico, natural, cultural e


artístico. Isso pode ser observado através de seus casarios antigos, igrejas
capelas, praças e monumentos.
A beleza natural se descortina em forma de reservas ecológicas, cachoeiras,
lagoas, mescladas de histórias e "causos" que valem a pena ser apreciados.
Eis alguns exemplos desse acervo:
CASA DA CULTURA LAET BERTO - antiga Cadeia Municipal, primeiro
edifício com o estilo de platibanda, construído em estilo neoclássico, local onde
atualmente abriga a Coordenação Municipal de Cultura.
IGREJA MATRIZ DE SÃO MIGUEL E ALMAS - foi erigida a capela através do
alvará régio do Príncipe D. João VI, de 26 de janeiro de 1811, mais tarde,
ampliada.

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CAPELA NOSSA SENHORA DO CARMO - construída ao lado da Santa Casa
Nossa Senhora do Carmo, cujo prédio não mais existe. Seu altar-mor foi
trazido do Serro até Guanhães, em carros de bois, através do Revmo
Monsenhor Pinheiro. A Capela encontra-se em péssimo estado, necessitando
de reformas urgentes.
PRAÇA JK - inaugurada em 1950. Fica ao lado da Igreja Matriz São Miguel e
Almas. Ostenta o Coreto Maestro Du.

LAGOA GRANDE - fica a 10 km do Centro de Guanhães. Segundo a lenda, a


lagoa foi formada a partir de uma arrebentação provocada por intensas chuvas,
inundando um povoado.
PARQUE ESTADUAL SERRA DO CANDONGA - ocupa uma área de
3.303,66 ha. Palco de exploração do ouro e de trabalho escravo, com início em
1824, pela Companhia Inglesa de Mineração "THE CANDONGA GOLD CO.
LIMITED". O ouro era transportado em lombos de tropas de burros, através de
um caminho que convergia para a Estrada Real. Nos arredores da Casa
Grande, onde morava a família de Mr. Edward D. J. Lott, encontra-se ainda
hoje lápides com inscrições, vestígios do Cemitério dos ingleses.

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QUINTA NA PRAÇA - instituída em 11 de janeiro de 2001, abre espaço para
todo tipo de manifestação artístico-cultural, amadora ou profissional. Acontece
quinzenalmente, às quintas-feiras, sob a responsabilidade da Coordenadoria
Municipal de Cultura.
BANDA DE MÚSICA SANTA CECÍLIA - sociedade cultural musical fundada
em 17 de fevereiro de 1962 pelo Maestro Augusto Nunes Coelho (Maestro Du).
O atual Maestro é o Sr. Omir Padilha. CORAL DA CASA DA CULTURA - criado
em 1997, por Rosa Pimenta. Atualmente, os ensaios acontecem na Casa da
Cultura Laet Berto, às terças, quartas e quintas-feiras, às 19:00 h, sob o
comando do Regente Cléber José da Silva.
GUANARTE - feira livre de arte. Funciona na Praça JK, aos sábados.
Apresenta trabalhos em bambu, cerâmica, bordados, tecidos em tricô e crochê,
bem como doces, licores e conservas artesanais.
CAMINHADA ECOLÓGICA - acontece pelo menos uma vez ao ano em locais
diferentes. O objetivo é observar, conscientizar as pessoas da necessidade de
preservação da natureza e denunciar as ações que contrariam as Leis
ambientais.
RODEIOS - há um circuito de rodeios. Durante o ano, cada distrito realiza o
seu. O último, acontece na sede.
MST (Movimento dos Sem Teatro) - atua desde o início de 2001, dirigido pelo
Jornalista Evandro Alvarenga e Elisberto Guimarães.
FESTA DA CIDADE - acontece sempre na semana que sustenta o dia 25 de
outubro; ocasião em que há shows musicais, apresentações teatrais, Rua de
Lazer, oficina de arte, etc.
GRUPO DE SERESTA - fundado em 10 de outubro de 1997. Coordenado por
Luiz Gonzaga Araújo.
GRUPO DE MARUJADA ZICO DE OLINDA - criado em 1951, o grupo
participa de todas as festas comunitárias e religiosas do Município e região.
Liderado por Maria das Graças Alves.
FESTA DE SÃO MIGUEL - São Miguel é o Santo Padroeiro de Guanhães. A
festa acontece no mês de setembro com novena, shows e barraquinhas.

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PARTE - II

Apresentação dos Dados Colhidos

Esta segunda parte, apresenta a síntese e as respectivas priorizações


de necessidades, apontadas pelos Secretários Municipais, Vereadores e
membros das Associações Comunitárias de Bairros, durante as reuniões
realizadas.

O objetivo das reuniões foi informar e esclarecer sobre a importância do


Plano Diretor e colher as reivindicações especificas de cada bairro.

Na reunião realizada no Prédio da Prefeitura Municipal com a presença


do Prefeito Municipal, Vice-Prefeito, Secretários Municipais, Controladoria
Interna, Diretor do SAAE, Engenheiros do Município onde foram abordados os
seguintes temas:

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 Ação Social

Secretaria de Assistência e Ação Social

A Secretaria de Assistência e Ação Social tem função de congregar as


questões referentes a creches, assistência social de uma forma geral a
habitação para a população de baixa renda, além de coordenar programas
federais, estaduais e municipais de auxílio a essa população.

São desenvolvidos os seguintes Programas Federais:

 Bolsa-família;
 CRAS;
 BPC;

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Estão em fase de implantação os programas:

 Sentinela;
 Agente Jovem:

Os problemas sociais detectados são:

 Uso de drogas e desajuste familiar;


 Falta de emprego;
 Falta de perspectiva profissional e econômica;
 Prostituição infantil;
 Problemas habitacionais.

Sugestões de ações para implantação:

 Ações de Prevenção e combate ao uso de drogas;


 Ações de Combate e Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil;
 Desenvolver programas de geração de renda;
 Política de estimulo ao associativismo;
 Regularização dos casos de habitação de baixa renda;
 Criação de centros de atendimento pedagógico profissionalizante e
cultura a criança, jovens e adultos;
 Política de habitação rural;
 Criar espaços para uso coletivo; implementando ações na área de lazer
e cultura;
 Manutenção de contato permanente entre a Secretaria de Assistência e
Ação Social, com as associações de bairros e entidades.

As políticas de assistência social são definidas pelo Conselho Municipal de


Assistência Social, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente bem
como pelos demais Conselhos afins instituídos no Município.

Saúde

A Secretaria da Saúde funciona com recursos do SUS e com recursos do


poder publico municipal, tendo como função básica assegurar condições
dignas de saúde e bem-estar a população municipal.

Sugestões de Ações para implantação:

 Desenvolver programas preventivos de saúde;


 Desenvolver campanhas de educação sanitária;
 Potencializar o Município como pólo regional de saúde;
 Reestruturar e equipar os postos de atendimento;
 Divulgar a população municipal todos os serviços ofertados pelo serviço
de saúde.

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Meio Ambiente

O licenciamento ambiental é centralizado no Estado: FEAM (Fundação


Estadual do Meio Ambiente), IEF (Instituto Estadual de Florestas), IGAM
(água), COPAM (Conselho Ambiental).

Atualmente o lixo doméstico é disposto no aterro controlado e o lixo hospitalar


juntamente com o recolhido nas clinicas e laboratórios do Município são
destinados para o insinerador do hospital local.

Sugestões de Ações para implantação:

 - Implantação do aterro sanitário;


 - Intensificar a fiscalização preventiva, pois hoje ela é corretiva com um
trabalho mais abrangente na área de Educação Ambiental;
 - Implantação de projeto de Coleta Seletiva de Lixo;
 - Recuperação e implantação de novas áreas verdes na malha urbana;
 - Limpeza de lotes vagos;
 - Melhoria e conservação dos espaços urbanos.

Patrimônio Histórico

Existem imóveis inventariados para análise de tombamento, a maioria


localizada na área do central do Município. Os edifícios tombados são todos
públicos. Há uma grande dificuldade em relação ao tombamento de edifícios de
propriedade particular: os proprietários sentem-se lesados e não cuidam do
patrimônio. Há resistência dos proprietários de imóveis com interesse histórico
a se envolver em projetos de valorização do patrimônio arquitetônico. Observa-
se aqui a necessidade de um esforço concentrado em se estabelecer parcerias
e estímulos para a recuperação do que resta deste patrimônio.

Lazer e Turismo

O Município possui um ginásio poliesportivo e um estádio municipal de futebol,


localizados na parte central, porém, alguns bairros têm carências de áreas de
lazer como praças e parques equipados e com boa manutenção. Os distritos
possuem campos de futebol.

A Pedra da Gafurina e as Áreas de Preservação Ambiental, instituídas por Lei,


são os mais significativos pontos de interesse para o turismo ecológico na
região, ate então pouco difundido.

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Ações podem ser implantadas visando à melhoria do lazer e turismo do
Município, tais como:

 Criação de um banco de dados do lazer e turismo;


 Preservação do patrimônio histórico e cultural;
 Criação do turismo rural;
 Criação do ecoturismo;
 Reestruturação dos atrativos já existentes;
 Capacitação e qualificação de mão de obra;
 Divulgação e quando da realização de eventos.

Segurança

O Município está equipado com delegacia de policia civil, e não possui Guarda
municipal.

Vários problemas de segurança foram apontados, dentre eles destacamos:

 Drogas e tráfico de drogas;


 Vandalismo;
 Brigas;
 Falta de policiamento.

Diagnostico Preliminar: Bairros e Distritos do Município:

Bairro: Centro

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados);
 Pavimentação (necessita de manutenção);
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer
 Drenagem Pluvial.

Saúde

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 Atendido por Posto de Saúde;
 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.

Priorização:

 Implantação de PSF.

Bairro: Prefeito João Miranda

Infra-estrutura existente:

 Iluminação Pública (CEMIG);


 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino


Priorização:

 Abastecimento de Água Potável;


 Rede Coletora de Esgoto;
 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

OBS.: Bairro não pavimentado, infra-estrutura precária, ruas estreitas, não


permitindo acesso a veículos. Com várias áreas de risco.

Bairro: Santa Tereza

Infra-estrutura existente:

15
 Abastecimento de Água Potável (SAAE);
 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

OBS.: Necessidade de expandir Escolas Municipais para atender a demanda.

Bairro: Bela Vista

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

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Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: Amazonas

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados).

 Iluminação Pública (CEMIG);


 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados.

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Outras

 Áreas de Lazer (necessita de melhorias das existentes).

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Floresta

Infra-estrutura existente:

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 Abastecimento de Água Potável (SAAE);
 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: AOD Pereira

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Priorização:

18
 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Vicente Guabiroba

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino


Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Nova União

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE – na parte alta do bairro);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE – na parte alta do bairro);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

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Educação

 Atendido por rede de ensino


Priorização:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE – na parte Baixa do bairro);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE – na parte Baixa do bairro);
 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

OBS.: Bairro dividido em duas partes: Parte Alta e Parte Baixa; sendo que a
parte baixa foi construída sobre um brejo aterrado, em região de olaria,
inundações são constantes e a ocupação do solo é desordenada.

Bairro: Guarany

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

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Bairro: Vista Alegre

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE – em parte do bairro);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE – em parte do bairro);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.


Priorização:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

OBS.: Apresentam problemas viários, ruas sem saída.

Bairro: Expansão

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);

 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);


 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

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Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.

 Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: Cidade Nova

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados);

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária;

Educação

 Atendido por rede de ensino.


Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: Village da Estiva

Infra-estrutura existente:

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 Abastecimento de Água Potável (SAAE);
 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de escola


Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: Alvorada

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino


Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;

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 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: Cruzeiro

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Nações

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (Parcial projeto em andamento junto a CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.

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Priorização:

 Iluminação Pública;
 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;
 Construção de Escola Municipal.

Bairro: Boa Esperança

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial;

Bairro: Recanto da Serra

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

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Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido rede de ensino.

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Nunes Coelho

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.


Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Jardins I

Infra-estrutura existente:

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 Abastecimento de Água Potável (SAAE);
 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados) .

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino.


Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Bairro: Nossa Senhora Aparecida

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por rede de ensino

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;

27
 Áreas de Lazer;
 Drenagem Pluvial.

Distrito: Correntinho

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados);
 Áreas de Lazer (campo de futebol amador).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por Escola Pública

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer.

Distrito: Sapucaia

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação (parte pavimentado);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados);
 Áreas de Lazer (campo de futebol amador).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

28
Educação

 Atendido por Escola Pública

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer.

Distrito: Taquaral

Infra-estrutura existente:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (precária);
 Áreas de Lazer (campo de futebol amador).

Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por Escola Pública.

Priorização:

 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer.

Distrito: Farias

Infra-estrutura existente:

 Pavimentação (parte pavimentado);


 Limpeza Pública (realizada pelo Município em dias alternados);
 Iluminação Pública (CEMIG);
 Coleta de Lixo (realizada pelo Município em dias alternados);
 Áreas de Lazer (campo de futebol amador).

29
Saúde

 Atendido por Posto de Saúde;


 Há visita de equipes de Vigilância Sanitária.

Educação

 Atendido por Escola Pública.

Priorização:

 Abastecimento de Água Potável (SAAE);


 Rede Coletora de Esgoto (SAAE);
 Pavimentação;
 Transporte Coletivo;
 Áreas de Lazer;

OBS: Distrito não atendido pelo SAAE por opção da População, água captada
a céu aberto, ou em poços artesianos, algumas moradias possuem fossas
sépticas, outras conduzem seus dejetos direto para os córregos da região.

30
Bairro: Santa Tereza Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- Despoluição do córrego; 2º
1 – Infra-Estrutura X - Conscientização ambiental; 3º
- Pavimentação; 1º
2 – Segurança Pública X - Segurança Pública. 4º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

31
Bairro: Bela Vista Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- expandir escola para atender aumento de 2º
1 – Infra-Estrutura X demanda;
- conscientização ambiental; 3º
2 – Segurança Pública x - pavimentação; 1º
- Segurança Pública 4º
3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário
X
6 – Meio Ambiente
X
7 – Áreas de Lazer
X
8 – Acervo Cultural X

32
Bairro: Amazonas Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- Drenagem pluvial; 1º
1 – Infra-Estrutura X - Pavimentação; 2º
- Segurança. 3º
2 – Segurança Pública X

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

33
Bairro: Floresta Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 2º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- continuidade da avenida sanitária, 4º
2 – Segurança Pública X evitando áreas de risco e outros
transtornos.
3 – Saúde X - Segurança. 3º

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

34
Bairro: Centro Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 2º
1 – Infra-Estrutura X - manutenção da pavimentação existente; 1º
- implantação de um PSF; 3º
2 – Segurança Pública X - melhoria do trânsito (mão, contra-mão, 4º
X regulamentação de estacionamentos);
3 – Saúde - disciplinar ferro velho;
X expansão de áreas de preservação; 5º
4 – Educação - inibir a ocupação desordenada.

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

35
Bairro: AOD Pereira Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 2º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- retirada de famílias de áreas de risco; 3º
2 – Segurança Pública X - segurança. 4º
X
3 – Saúde
X
4 – Educação

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

36
Bairro: Vicente Guabiroba Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- drenagem pluvial; 2º
1 – Infra-Estrutura X - conscientização ambiental; 3º
- pavimentação; 1º
2 – Segurança Pública X - segurança. 4º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

37
Bairro: João Miranda Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- iluminação de acesso ao bairro; 2º
1 – Infra-Estrutura X - conscientização ambiental; 6º
- pavimentação; 1º
2 – Segurança Pública x - remoção de famílias de áreas de risco; 4º
- extensão de rede de esgoto e água; 3º
3 – Saúde X - construção de praça ou parque no local 5º
de onde as famílias serão removidas.
4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

38
Bairro: Nova União Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- remoção de famílias de áreas invadidas; 2º
1 – Infra-Estrutura X - conscientização ambiental; 4º
- pavimentação; 1º
2 – Segurança Pública X - construção de praça ou parque no local 3º
de onde as famílias serão removidas;
3 – Saúde X - Segurança Publica. 5º

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

39
Bairro: Guarany Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 2º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- segurança. 3º
2 – Segurança Pública x
X
3 – Saúde

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

40
Bairro: Vista Alegre Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- abertura de ruas; 1º
1 – Infra-Estrutura X - conscientização ambiental; 3º
- pavimentação; 2º
2 – Segurança Pública X - segurança. 4º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural

41
Bairro: Expansão Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 2º
1 – Infra-Estrutura X - recuperação de pavimentação; 1º
- segurança. 3º
2 – Segurança Pública X

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

42
Bairro: Cidade Nova Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 3º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- abertura de ruas; 2º
2 – Segurança Pública X - segurança. 4º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

43
Bairro: Village da Estiva Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 3º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- segurança. 2º
2 – Segurança Pública X

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

44
Bairro: Alvorada Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 4º
1 – Infra-Estrutura X - construção de área de lazer; 1º
- segurança; 2º
2 – Segurança Pública X - pavimentação 3º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

45
Bairro: Cruzeiro Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 4º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 3º
- drenagem pluvial; 2º
2 – Segurança Pública X - segurança. 1º
X
3 – Saúde
X
4 – Educação

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

46
Bairro: Bairro das Nações Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 4º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- drenagem pluvial; 2º
2 – Segurança Pública X - construção de escola; 3º
- segurança. 5º
3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

47
Bairro: Recanto da Serra Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 5º
1 – Infra-Estrutura X - construção e manutenção de praça e 1º
jardins;
2 – Segurança Pública X - melhoria da sinalização de trânsito; 2º
- pavimentação; 3º
3 – Saúde X - segurança Publica. 4º

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

48
Bairro: Nunes Coelho Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala

1 – Infra-Estrutura X
TUDO.
2 – Segurança Pública X
OBS: loteamento aprovado mas não possui
3 – Saúde X nenhuma infra-estrutura.

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

49
Bairro: Jardins – I Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
Pavimentação 1º
1 – Infra-Estrutura X Segurança 2º
Áreas de Lazer 3º
2 – Segurança Pública X

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

50
Bairro: Mangueiras Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 5º
1 – Infra-Estrutura X - desassoreamento do rio; 2º
- retirada do esgoto que desemboca no rio; 3º
2 – Segurança Pública X - desocupação da área de preservação 4º
ambiental;
3 – Saúde X - calçamento. 1º

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

51
Bairro: Nossa Senhora Aparecida Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 4º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 2º
- segurança; 3º
2 – Segurança Pública X - construção de quadra. 1º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

52
DISTRITO: Correntinho Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 3º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- manutenção do campo de futebol. 2º
2 – Segurança Pública X

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

53
DISTRITO: Sapucaia Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 4º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- manutenção do campo de futebol; 3º
2 – Segurança Pública X - segurança. 2º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

54
DISTRITO: Taquaral Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
- conscientização ambiental; 4º
1 – Infra-Estrutura X - pavimentação; 1º
- manutenção do campo de futebol; 3º
2 – Segurança Pública X - lazer. 2º

3 – Saúde X

4 – Educação X

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

55
DISTRITO: Farias Tabela de Resultados

(1º Momento)

Priorização dos bairros (reunião com secretários) Sim Não Parcial Ações Escala
x OBS: O SAAE disponibiliza a estrutura
1 – Infra-Estrutura necessária ao fornecimento de água,
contudo devera a Secretaria Municipal de
2 – Segurança Pública X Saúde realizar trabalhos para aferir sua
qualidade e, em caso de ser potável e
3 – Saúde X passível para o consumo humano, poderá
a população continuar a usufruir deste 1º
4 – Educação X beneficio natural sem custo financeiro.

5 – Sistema Viário X

6 – Meio Ambiente X

7 – Áreas de Lazer X

8 – Acervo Cultural X

56
PARTE - III
Síntese das Ações

As duas primeiras partes desse diagnóstico sistematizaram as


informações setoriais disponíveis nas Secretarias da Prefeitura Municipal e das
entrevistas realizadas junto aos Secretários, entidades da sociedade civil e
junto à população através de reuniões realizadas com a presença das
Associações de Bairros no Plenário da Câmara Municipal.

Dessa forma foi possível conhecer as questões mais importantes a


serem abordadas pelo Plano Diretor Estratégico de Guanhães

Algumas destas ações já se encontram em desenvolvimento prático,


outras farão parte de programas complementares ao projeto de Lei do Plano
Diretor.

Como diretrizes este conjunto de ações apresenta a base para o


direcionamento do futuro de Guanhães.

Administração Municipal:

 Criação de audiências públicas para acompanhamento de ações no


setor (gestão pública).
 Garantir a aplicação efetiva da legislação urbanística / postura / etc.

Aspectos Sociais:

 Prevenção e combate ao uso de drogas.


 Incentivo à criação de frentes de trabalho.
 Política de estímulo ao associativismo.
 Auxílio profissional (técnico) à Secretaria de Assistência e Ação Social.
 Política habitacional rural e urbana.

Educação:

 Formação de mão de obra em vários níveis, inclusive o pós-médio,


dentro da necessidade regional.
 Qualificar e valorizar os profissionais da educação dentro da realidade.
 Atualizar e renovar os currículos com abordagem de temas atuais e ou
de realidade local, atentando para aspectos preventivos nas diversas
áreas.
Equipamentos Urbanos:

 Disponibilizar o espaço escolar / similares para o uso coletivo


implementando ações na área de lazer e cultura.

Geração de Renda:

 Treinamento de mão-de-obra para produção de artefatos voltados para


a cultura local, como: produção de doces e queijos artesanais, peças de
artesanato usando matéria prima da região, dentre outras.
 Procurar junto a outros municípios projetos de alcance social, que
possam ser implantados em Guanhães ,levando em consideração o
perfil do público alvo e o resultado a ser alcançado junto a população.
 Organização da frente de trabalho, com atividades voltadas para
projetos que capacitem a mão de obra ociosa no Município.

Meio ambiente:

 Aproveitamento dos espaços urbanos (praças / entradas / margens de


rios).
 Desenvolvimento de Plano Ambiental.
 Qualidade de vida do pedestre / ciclista em relação ao transito, visando
aspectos de segurança e conforto.

Saúde:

 Fortalecimento do Município como pólo regional (a ser discutido junto


com o conselho de saúde, entidades representativas de classes,
parceiros).
 Qualidade do atendimento da rede pública e privada.
 Fortalecimento das unidade de saúde.
 Fortalecimento de programas de saúde preventiva.

Segurança pública:

 Criação de parcerias entre a população e a polícia.


 Efetivação do conselho de segurança publica.

Sistema Viário:

 Mapeamento da malha viária determinando os pontos críticos, visando a


eficiente recuperação dos mesmos.
 Estudo das vias públicas para circulação de veículos leves / pesados e
nas vias que provoquem estrangulamento do trânsito, prevendo
alternativas para ligações de bairro a bairro evitando o
congestionamento das vias principais.

58
Turismo e Patrimônio:

 Criação de projetos de circuitos turísticos, explorando os temas naturais,


histórico, religioso, artesanato e rural.
 Esses circuitos devem fazer parte de um projeto mais amplo de reforço
da identidade visual do Município, que englobe também normas para
evitar a poluição visual.
 Estabelecer parcerias e estímulos para a recuperação do que resta do
patrimônio arquitetônico, o que pode ser feito com instrumentos de
estímulo e redução de taxas, para que não seja necessário substituir a
cidade histórica real por uma cenográfica – artificial.
 É importante que se estabeleça um “roteiro turístico” englobando
diferentes atividades de diversas categorias, desde passeio na cidade,
passeio em áreas rurais em Áreas de Preservação Ambiental e na
Pedra da Gafurina.

FONTE DE PESQUISA:

 Prefeitura Municipal de Guanhães – MG;

 Sistema de Água e Esgoto de Guanhães – SAAE;

 Estatuto da Cidade, Lei 10.257/01;

 Site www.wikipedia.org.br;

 Site www.ibge.gov.br;

 Site www.folhadeguanhães.com.br;

 Reuniões realizadas com Secretários Municipais;

 Visita IN LOCO a Bairros e Distritos do Município;

 Estatuto das Cidades – Lei Federal 10.257/01.

59
LEI n°2.198 de 10 de outubro de 2006.

Plano Diretor Estratégico de Desenvolvimento de Guanhães/MG


PDEDG

ANEXO I - Estratégias.

INTRODUÇÃO

As estratégias constituem os caminhos que devem ser percorridos para


que Guanhães atinja seu objetivo delineado pelos estudos e reuniões junto a
equipe de trabalho do Governo local, junto a entidades representativas da
sociedade e da comunidade. Este objetivo constante do art. 3° deve ser o foco
para o qual convergirão as estratégias e em torno do qual se articularão os
diferentes programas, num processo dinâmico de formulação, implementação e
reavaliação que não exclui modificações no próprio objetivo ou nas estratégias
e programas, de forma democrática.

Num primeiro momento, é necessário enfatizar que cada Secretário,


cada Órgão ou Conselho Municipal, cada Organização Civil precisam ter em
mãos a Lei do PDEDG (Plano Diretor Estratégico de Desenvolvimento de
Guanhães) e as demais Leis mencionadas em seu preâmbulo, para poderem
atuar, sem dúvidas, em sua implementação.

Considerando que o Plano é municipal, não se restringe apenas ao


perímetro urbano, e que a vocação do Município é também agrícola, os distritos
e as comunidades rurais devem ser explicitamente incluídos, entendendo-se
que as estratégias e os programas se aplicarão a eles também: habitação,
mobilidade desenvolvimento social, saúde, desenvolvimento sócio –
econômico, serviços públicos, meio ambiente e segurança pública.

O objetivo previsto no PDEDG para 2.016 foi definido e significa que


Guanhães será um Município com menos problemas sociais, ambientais, com
mais áreas protegidas, reflorestadas e produtivas, com índices crescentes de
qualidade de vida para seus moradores.

60
FUNDAMENTOS DO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE
DESENVOLVIMENTO DE GUANHÃES.

As estratégias e recomendações do PDEDG estão em harmonia com as


ações previstas nos diversos ministérios da União, em especial, o Ministério
das Cidades, que prioriza para os próximos anos a prevenção aos efeitos das
enchentes e deslizamentos de encostas com riscos para casas e pessoas e o
fortalecimento do saneamento público; ou o Ministério do Meio Ambiente, que
pretende estimular uma Agenda de Negócios Sustentáveis. Isto implica na
aplicação dos fundamentos do PDEDG, descritos no art. 4°, envolvendo todas
as estratégias, de maneira integrada, e principalmente:

 Trabalhar de forma coordenada entre várias secretarias, em parceria


com associações e iniciativa privada, no sentido de buscar
conhecimento e organiza-los em forma de eventos que possam ser
registrados para consultas posteriores;

 Valorizar os Programas que contenham projetos e requalificação de


áreas de risco, incluindo replantio de espécies nativas em áreas de
proteção (topos de morro, matas ciliares e encostas acidentadas) e a
transferência de famílias para outros lugares. Neste caso o Governo
Municipal trabalhará em sintonia com os serviços de assistência social,
obras e infra-estrutura, agricultura, meio ambiente, incluindo os setores
de parques e jardins.

 Buscar a participação de outros setores nas atividades de educação


ambiental de modo geral e, especificamente, promovendo eventos
informativos, por meio de convênios e do envolvimento das escolas,
em eventos como a Semana do Meio Ambiente, Semana da Água,
Campanhas de Combate a Incêndios e Queimadas, dentre outros de
notada importância para o Município.

 Convidar outros Municípios a participar, caso esses eventos tenham


abrangência microrregional, para melhor e mais amplo entendimento
da questão e articulação de soluções comuns. Desta forma Guanhães
reafirma sua posição de pólo regional .

Outro fundamento importante do PDEDG é a atratividade e a


diversificação. O comércio, naturalmente, precisa apresentar essas
características, mas a cidade também. Para isso, qualquer nova obra deve
ser feita em conformidade com a legislação local para compor o conjunto
arquitetônico, atraindo turistas e fortalecendo o comércio local. Quanto
maiores atrações e diversificação oferecidas por Guanhães para a
microrregião, mais forte será seu comercio e mais importante seu papel no
contexto geral, melhorando a renda local e per capta.

61
Além de novas obras, de eventos científicos, de negócios e de lazer, que
devem ser ampliados e diversificados, o aeroporto também é um atrativo e
um diferencial para o acesso de empresários, políticos e professores das
faculdades.

Ser diversificada e atrativa também tem relação com o potencial da


comunidade:

- O que se pode oferecer;


- O que a nossa gente é ou sabe fazer.

Eventos culturais, que promovam os artistas locais, precisam acontecer


cada vez mais, nos mais variados espaços, para promover e ocupar a
juventude em atividades que promovam a criatividade e o trabalho coletivo,
além de aquecer o comércio e os serviços.

O Inciso IV do art. 4° destaca a importância de construção de parcerias no


fortalecimento da economia local. Alguns exemplos dessas parcerias são
com as indústrias e empresas de prestação de serviços, tanto do Município
do Estado e outras, que venham a contribuir para a implementação de
qualquer Programa do PDEDG. Nem sempre se trata de alocar recursos
financeiros próprios, mas de buscar, juntos, os meios de desenvolver cada
programa ou projeto.

Quanto mais envolvimento e interação houver em cada Programa, através


de reuniões de trabalho, mais se estará colocando em prática os
fundamentos do plano de participação, do resgate de auto-estima e de
gestão integrada e efetiva. Nesse sentido, o meio ambiente é veiculo,
instrumento e base para tudo acontecer de maneira sistêmica, integrada e
transdiciplinar. Uma política ambiental se constrói havendo a participação
de todos os setores envolvidos na comunidade e que dela fazem parte.

DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

Este capítulo do PDEDG indica que até 2.016 não haverá espaço físico, lote
ou fração de lote, publico ou privado, sem um uso, sem um destino. Não
apenas para a construção de edifícios públicos destina-se um terreno. Na
área urbana também são importantes as partes do território que integram a
pessoa humana à natureza, prevenindo situações como de várias
metrópoles em que o cidadão não tem mais refugio natural, seja para o
lazer, seja para a manutenção da qualidade de vida.

Esses espaços urbanos não precisam ser necessariamente praças, mas


também áreas arborizadas, gramados e jardins, margens de cursos d’água
protegidos por vegetação nativa, encostas verdes, sem riscos de
queimadas, mirantes bem estruturados e seguros.

62
No espaço rural, a função social de uma propriedade não está apenas na
produtividade, apesar de que seria desejável o aumento da capacidade
produtiva de muitos produtores rurais. Isso poderá ser conseguido na
medida em que os Programas destinados à renovação econômica,
mediante uma economia baseada em desenvolvimento sustentável,
totalmente apropriada à característica local de pequenos produtores, forem
implementados. Mas os topos de morros protegidos e os corredores dos
cursos d’água completamente verdes também têm a função social na
medida em que protegem a biodiversidade e permitem que a cadeia
alimentar local se recupere, na medida do possível, dado a depredação
existente hoje.

Assim, falar da função social da terra é falar de desenvolvimento


sustentável sempre que se entenda que a cidade de Guanhães, seus
distritos e suas comunidades rurais se assentam sobre um território
originalmente produtivo, com uma biodiversidade exuberante, com um clima
propício à vida e a determinadas atividades, que precisa ser manejado sob
essa perspectiva para que consiga se recuperar e ter capacidade de manter
a vida sobre ele.

O êxodo populacional da região não se deve apenas ao crescimento de


outras partes, que atrai jovens trabalhadores, mas também porque a terra já
não produz mais riquezas que precisam para construir suas vidas, seus
sonhos e a economia local precisa expandir.

Neste contexto, também complementado com as perspectivas de


aproveitamento do espaço urbano do capítulo de Política Urbana,
apresentam-se as Estratégias de Desenvolvimento Sustentável Municipal,
no sentido de instaurar um novo processo de administração municipal, de
tratamento da riqueza local e de busca de revitalização sócio-econômica
ambientalmente correta para a região.

ESTRATÉGIA DO SOLO

Morar coletivamente, em uma cidade, implica em obediência a certas regras


que permitem o convívio e o funcionamento geral da cidade,
independentemente da quantidade de moradores. Essas regras são ditadas
pela legislação municipal relativa ao espaço urbano e pelo Código de
Posturas. Há outras normas, específicas para o trabalho, mas as regras
aqui discutidas dizem respeito ao próprio fato de morar e circular num
espaço coletivo, urbano.

O solo privado normalmente é repositório de duas características urbanas:


 O como se usa esse solo
 Para que é usado.

Mais recentemente, com o entendimento das relações entre espaço natural


e espaço construído pelo ser humano, acrescentou-se a essas
características a impermeabilização. Nesse sentido, a Lei do PDEDG

63
dispõe sobre a taxa de permeabilidade do solo, que deverá ser explicitada
na LUOS , com diferentes percentuais.

A idéia subjacente a esses critérios é de regularizar a drenagem das chuvas


nas partes críticas do Município. A água precisa ser retida nos morros
circunvizinhos à região mais baixa para evitar as inundações das partes
centrais da sede do Município.

Disciplinar o uso e a ocupação do solo privado é necessário na proporção


em que a cidade atinge certo porte e começa a ter problemas entre a
densidade de moradores em cada região e a capacidade da infra-estrutura
de suportar essa densidade sem prejudicar a qualidade de vida desses
moradores.Portanto, a malha urbana tem um papel relevante na definição
dessa densidade.

Disciplinar significa estabelecer regras por categorias. Significa o quanto o


proprietário pode construir em seu próprio terreno. São restrições legais no
sentido de garantir a harmonia do coletivo em detrimento do uso livre da
propriedade. Cidades de certo porte - mais de 20 mil habitantes pelo
Estatuto das Cidades precisam organizar e ordenar o uso do solo porque
começam a surgir conflitos de toda ordem: ambientais, de trânsito, abuso do
solo - que prejudicam a coletividade e oneram os cofres públicos.

1- Classificação do uso do território.

O território do Município de Guanhães, será dividido em áreas dentro de um


perímetro urbanizado, com infra-estrutura completa ou a ser completada em
poucos anos. Áreas fora desse perímetro urbano são consideradas rurais,
por terem fins agropecuários e quase nenhuma urbanização.

Além dessas duas grandes categorias, temos algumas outras especiais: as


áreas de expansão urbana estão dentro do perímetro urbano, mas ainda
não têm infra-estrutura. Serão as próximas áreas onde a Administração
Pública incentivará a urbanização. São vazios urbanos, são áreas muito
próximas de bairros existentes, que por lógica, por questões topográficas ou
por investimentos já realizados nestes bairros, ou por não se exercerem
nelas mais atividades agropecuárias, reúnem o potencial para a
urbanização, justificando seu loteamento.

As áreas não edificáveis, são áreas reservadas para as expansões futuras


dos serviços, no caso de trânsito, ou de segurança para o patrimônio, no
caso das margens de rios, represas, enfim qualquer corpo d’água, com
exceção das APAS e outras áreas delimitadas por lei.

As unidades de conservação são áreas definidas na Lei Federal 9.985/, de


18 de junho de 2000, como unidades de proteção integral ( Estação
Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e
Refúgio de Vida Silvestre), cujo objetivo é preservar a natureza, sendo
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, ou as unidades

64
de uso sustentável (Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante
Interesse Ecológico, Floresta Nacional, reserva Extrativista, Reserva de
Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do
Patrimônio Natural), cujo objetivo é compatibilizar a conservação da
natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais.

2 - Os fundamentos da política urbana de Guanhães

Os fundamentos são muito claros no sentido de apontar como prioridades a


consolidação dos loteamentos e bairros já implantados, indicando que
apenas os vazios urbanos serão passíveis de loteamentos futuros,
respeitando as áreas delimitadas por lei.

Espalhar ainda mais a cidade, por todas as partes é onerar ainda mais o
processo de urbanização, sub-utilizando toda a infra-estrutura já instalada e
colocando em risco a qualidade de vida dos novos moradores, sem escola
para seus filhos, sem toda infra-estrutura a que têm direito, sem densidade
suficiente em novos e distantes bairros. Esforços devem ser feitos no
sentido de consolidar, preencher, fortalecer e dar qualidade ao espaço
urbano existente.

3 - Os instrumentos da política urbana

Os instrumentos apontados pelo PDEDG, que serão explicitados nas Leis


subseqüentes, sinalizam que haverá incentivos ao aumento de construções
nos lotes já existentes e já servidos de infra-estrutura, até os limites
desejáveis, necessários e aceitáveis.

Forte ênfase também é dada à proteção das edificações históricas e do


patrimônio natural, o que indica que a construção nos lotes vagos e nos
vazios urbanos será um fator relevante para diminuir a pressão sobre os
imóveis históricos, geralmente localizados em áreas centrais da cidade.

A preservação desses imóveis é relevante para as futuras gerações que


terão referencias da origem da cidade, de suas relações históricas e
arquitetônicas.

E, os instrumentos da política urbana apontam para a correspondência


diretamente proporcional entre disponibilidade e infra-estrutura e tipo de
ocupação, sendo que, em casos de pouca oferta de infra-estrutura, serviços
complementares necessitam ser feitos conjuntamente (Administração
Municipal e empreendedor) de acordo com as negociações e estímulos que
se pretende dar a um determinado tipo de empreendimento, no sentido de
que novas construções não venham a causar impacto forte na qualidade de
vida local.

65
ESTRATÉGIA DE ESTRUTURAÇÃO MUNICIPAL

A estratégia de estruturação municipal promove:

a) A estrutura do espaço na cidade;


b) A integração com os distritos de Correntinho, Taquaral, Faria e Sapucaia
e com os povoados;
c) A integração da micro região de Municípios do Baixo Suaçuí e das bacias
hidrográficas.

Quatro programas compõem a estratégia:

 Programa de Ordenação Urbanística


 Programa de Estruturação Urbana
 Programa de Articulação Urbana Municipal
 Programa Político de Articulação Regional

Estes programas visam a prover ao Cidadão de Guanhães um espaço urbano


definido e estruturado, fácil de entender e de se percorrer, ao mesmo tempo,
em que buscam a integração do município no contexto regional.

Na medida do possível, a requalificação desses espaços deve contemplar um


item que perpassa todo o PDEDG, desde o seu processo de elaboração, que é
a capacitação das pessoas.

1 - Programa de Ordenação Urbanística

Todos os pontos de grande atração de público, especialmente de carros,


devem ter acesso de qualidade, ligando-os às entradas da cidade de maneira
que em todo o trecho haja sinalização, qualidade de pavimentação, iluminação
adequada, limpeza. Não se trata, entretanto, de estar apenas visando o turista.
O cidadão guanhanense sentirá orgulho em estar numa cidade bem sinalizada,
mobiliada e ambientada para receber visitantes, como para sua própria
mobilidade e participação em atividades de grande público.

Esses espaços são, principalmente, os campos de futebol utilizados em


campeonatos regionais, o parque de exposição, a rodoviária, os centros
comerciais, o hospital, o poliesportivo.

Apesar da mobilidade para os veículos individuais, deve ser priorizado o


acesso garantindo a essas áreas por pedestres, com parada de ônibus nas
proximidades, de maneira que, sempre que possível, seja melhor ir de ônibus
ou a pé do que de carro. São dois os princípios que sustentam essa prioridade:

66
1- A segurança, pois onde muitos andam nas ruas há mais segurança do
que em logradouros desertos, sendo também mais fácil de manejar o
trânsito em dias de grande movimentação pública;

2- A própria dimensão humana e natural deste Plano, pois quando se


planeja uma cidade para as pessoas (pedestres, ciclistas e transporte
coletivo), sempre haverá espaço para mais pessoas participarem de
sua vida coletiva, das atividades e do crescimento urbano, enquanto se
planeja uma cidade para carros, os carros se multiplicarão cada vez
mais, exigindo investimentos cada vez maiores em infra-estrutura,
desumanizando os espaços .

Guanhães já procura manter suas avenidas que ligam as entradas da


cidade entre si, em boas condições. O desenho dessas vias, explicitamente
em um mapa, pode ser base para projetos específicos de mobiliário urbano,
tais como tipo de sinalização, telefones públicos, paradas de ônibus mais
adequadas.

O número de usuários justifica não apenas um projeto de design específico.


Como também a parceria poder público/iniciativa privada, adicionando
propaganda a esses equipamentos.

2 - Programa de Estruturação Urbana

Este Programa é composto de Centros Regionais de Bairros, interligados


por corredores viários e complementados por áreas verdes que garantem a
qualidade de vida dos moradores e do ambiente urbano como um todo; e de
áreas industriais onde não deve haver residências dadas as características
especiais deste tipo de urbanização.

Centro Regionais de Bairros:

A estrutura de Guanhães, é nucleada, ou seja, bairros mais antigos se


consolidam através da ocupação mais intensa de seus lotes e do
estabelecimento do comercio local, ao mesmo tempo em que outros bairros
predominante residenciais surgem ao seu redor. Portanto, constituem
Centros Regionais de Bairros as unidades urbanas de vizinhança, ou seja,
cada conjunto de bairros definidos por proximidade de um único centro de
comercio local ou principal, evidenciado pelo fluxo de pedestres em seus
limites.

 Comércios principais geram Centros Regionais de Bairros muito


maiores, dada a sua capacidade de satisfazer a demanda dos
moradores;
 Comércios locais geram centros regionais menores, mas que podem
ser induzidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo a se tornarem
principais para servir a um determinado grupo de bairros.

67
Aos distritos de Corretinho, Farias, Sapucaia e Taquaral devem ser
aplicadas as mesmas considerações, como núcleos. Outras
comunidades rurais também podem ser consideradas núcleos,
estruturando-se ao redor de um comercio central.

Corredores viários

Os corredores viários que interligam os Centros Regionais de Bairros,


através de avenidas coletoras e arteriais, existentes ou potenciais, são
elementos fundamentais para o sistema viário e, conseqüentemente
para a Estratégia de Mobilidade Urbana do PDEDG. Normalmente
existem por algum estrangulamento geográfico: vale encaixado do rio,
entre montanhas que impedem a ocupação, erosão de grande escala,
que inviabilizam a construção de vias, ou problemas de ocupação
irregular, que impedem a ligação de vias existentes entre dois núcleos.

Dada a intima relação entre a topografia e o traçado de Guanhães, é


possível definir os Centros Regionais de Bairros e os corredores, que
são as vias que não permitem a existência de bairros e, sim, quando
muito, de uma fileira de casas ao longo de seu traçado.

Áreas industriais

As áreas próximas às rodovias devem ser reservadas para ocupação


industrial, principalmente pela facilidade de abastecimento com matéria
prima e escoamento de produção, liberando espaços internos ao
perímetro urbano para usos residenciais e de serviços locais, priorizando
o pedestre, a qualidade de vida e o caráter comercial tradicional da
cidade.

3 - Programa de Articulação Urbana Municipal

Este programa consiste num conjunto de atividades que já figuram no


planejamento de Guanhães. Apenas enfatiza a ligação dos distritos
como prioritária no sentido de estimular a permanência dos moradores,
evitando o êxodo, e também no sentido de considerar os distritos como
áreas mais povoadas da zona rural do Município, que merecem
considerações especiais, inclusive para atrair mais moradores,
desejosos de viver em pequenas comunidades, com segurança e
comodidade.

4 - Programa político e Articulação Regional:

Este programa diz respeito diretamente ao Gabinete do Prefeito e


também ao legislativo local, para participar ativamente das propostas
estaduais e regionais, mantendo Guanhães numa posição de pólo
regional que chama para si representações de novos organismos e
entidades criados com finalidades de desenvolvimento sustentável.

68
O Aeroporto

Como forma de integrar Guanhães às capitais e metrópoles mais


próximas, assim como os outros centros urbanos, negociações precisam
continuar para viabilizar algum vôo no Aeroporto local. O potencial de
clientes da região e a possibilidade de uso dos vôos para emergências
de saúde e para lazer em direção ao leste, ao nordeste pode ser
explorado por companhias áreas regionais.

ESTRATÉGIA DE MOBILIDADE URBANA

Para dar qualidade à circulação na cidade, seja por pedestres, ciclistas


ou automóveis alguns princípios precisam ser levados em consideração:

1- De Ordem Amplos: O estímulo para a circulação dos pedestres, dos


ciclistas trará mais qualidade atmosférica, além de desenvolver hábitos
saudáveis na população. Da mesma forma o estímulo ao transporte
coletivo fará com que menos veículos circulem pelas vias do Município,
diminuindo consideravelmente a poluição ambiental.

2- De Ordem Urbanos: Partindo-se da premissa de que dentro de


unidades de vizinhança é possível, com caminhadas e bicicletas,
resolver a maior parte das necessidades cotidianas, o transporte coletivo
será necessário apenas para as ligações entre as unidades de
vizinhança e elas com os centros comerciais principais.

3- De ordem Locais: Dentro dos Centros Regionais de Bairros, como o


transporte é praticamente todo feito a pé, é necessário um olhar mais
cuidadoso da Administração Pública Municipal.Para isto um projeto que
melhore os becos, os atalhos,as calçadas, trará mais conforto e
mobilidade aos moradores locais.

4- De ordem ética: As pessoas com deficiências deverão ser integradas


ao espaço público, e para isto deverá ser garantido em cada núcleo
comercial das unidades de vizinhança e nos centros comerciais da
cidade, assim como na beira-rio, a acessibilidade a cadeira de rodas,
com rebaixamento do passeio nas dimensões corretas, em pontos
estratégicos.

Um mapa da malha viária de Guanhães, deve ser disponibilizado não


apenas para a Administração Publica, mas para todo aquele empresário
ou organização governamental ou não governamental que, de alguma
forma, lida com mobilidade urbana, permitindo-lhes organizar
adequadamente e participar da gestão deste PDEDG da maneira como
lhes couber. Este mapa será a orientação básica para todas as
atividades do PPA relacionadas à manutenção de vias, pavimentação

69
adequada, iluminação, mobiliário urbano, paisagismo e acessibilidade a
pessoas com deficiência.

A Estratégia de Mobilidade Urbana é composta de três programas:

I- Programa Viário;
II- Programa de Integração Viária;
III- Programa de garagens e estacionamentos.

Enquanto o primeiro lida basicamente com a manutenção das


características apropriadas a cada logradouro, melhorando-os
continuamente, o segundo visa projeto de abertura de novas vias, que
integrem a existente malha viária ainda mais, dentro do perímetro
urbano, indicando, por meio de estudos geológicos e de engenharia de
agrimensura, quais os locais melhores para sua implantação.

Mais ligações com o eixo rodoviário gerará não apenas mais facilidade
de deslocamento, desafogando as vias arteriais internas à cidade, como
também permitirão novas alternativas para o desenvolvimento industrial,
criando, aos poucos, uma zona industrial ampla e bem distribuída ao
longo do eixo.

Dado o teor do PDEDG, é imperativo enfatizar que cada abertura de via


deve ter um estudo de impactos ambientais, para, juntamente com a
sociedade civil organizada e com outros órgãos estaduais e municipais,
mitigar esses impactos, seja mudando detalhes no desenho das vias,
seja adicionando medidas de controle de erosão ou recuperação dos
espaços naturais que forem impactados.

Cada ação de construção, no Município de Guanhães, deve ser vista


também do ponto de vista da quantidade de empregos que pode gerar,
desde os estudos e projetos iniciais até a melhoria da paisagem final,
sendo os recursos para tais construções devem ser buscados não
apenas no orçamento municipal, mas em parcerias, em apresentação de
projetos a entidades nas esferas Estadual e Federal.

O Programa de Estacionamento e garagens não é retroativo, coercitivo


ou obrigatório, a não ser para as áreas já saturadas: são estudos e
principalmente recomendações para os empresários do comercio local,
para que as ruas sejam liberadas o mais possível para os clientes, para
o estacionamento rotativo, deixando para os comerciantes seus
funcionários e residentes, alternativas de garagens e estacionamento no
interior dos quarteirões e outros locais identificados.

70
ESTRATÉGIA DE QUALIDADE AMBIENTAL

O desafio que se coloca para esta estratégia è:

1 - Fazer com que a cidade cresça num conjunto sintonizado;

2 - Fazer com que seja possível qualificar o território municipal,


destacando o que de melhor existe em cada lugar, de forma a manter as
tradições culturais, a sua paisagem, os valores naturais e as unidades
de uso sustentável;

3 - Fazer com que a cidade realize sua função social em cada espaço,
servindo para habitação, atividades econômicas, sistema viário ou sendo
o pano de fundo para essas atividades;

4 - Fazer com que os espaços verdes não passiveis de edificação, como


encostas e margens de cursos d’água, sejam também vistos como
potenciais atividades econômicas: plantio de espécies frutíferas ou
medicinais e replantio de espécies nativas.

5-Formulação de uma política ambiental municipal- Desenvolver


políticas voltadas para a preservação do meio ambiente no Município de
Guanhães, com atenção às áreas delimitadas e inseridas no patrimônio
natural bem como políticas capazes de coibir o avanço de agentes
degradadores da natureza.

O termo “ambiental”, neste Plano, significa a cidade vista e analisada


como um conjunto único, onde vivem entre si diferentes tipos de cidade,
com características bem específicas. Assim, passam -se a tratar os
aspectos culturais e naturais como questões igualmente importantes,
cujos espaços representativos deverão ter sua ocupação e uso
,preservado para as futuras gerações.

O conjunto de elementos naturais existentes na cidade, tais como


terrenos nos topos de morro e vales, vegetação nativa e animais
silvestres, constituem o Patrimônio Natural.

É importante sua identificação e proteção para consolidar, na cidade,


novas condições de equilíbrio entre a parte construída ou a construir e o
ambiente natural, para se promover a qualidade de vida.

Esta estratégia refere-se ao ambiente construído, especialmente o


patrimônio arquitetônico e urbanístico significativos, tradicionais e
representativos da história do Município, na cidade e nos distritos;
também ao ambiente não construído, na maioria dos casos não natural,
porque impactado, que deve se manter de uso publico por questões de:

71
 Qualidade visual (Cruzeiro do Cristo Redentor, ETA e outros);
 Prevenção contra acidentes, lesivos ao patrimônio e à vida (áreas
de encostas);
 Segurança e climatização (áreas altas ao redor de bairros em
formação ou consolidados);
 Abrandar os efeitos de inundações (margens de rios e córregos).
.
São programas desta estratégia:

Programa de Proteção do Patrimônio Histórico

O Programa de Proteção do Patrimônio Histórico visa garantir uma cidade


culturalmente rica e diversificada, que procura manter não apenas o patrimônio
construído, mas também sua historia, costumes, tradições, manifestações
culturais, pois lhe dá identidade.

Programa de Revitalização

Este programa consiste em:

 Ampliar a oferta de áreas verdes públicas, qualificadas, implantando


equipamentos de lazer, esportes e infra-estrutura, para oferecer espaços
verdes a bairros carentes de áreas com tratamento paisagístico;

 Disciplinamento da arborização nos passeios públicos;

 Criação de incentivos à arborização e ao ajardinamento em áreas


privadas;

 Criação de coleta e compostagem das podas urbanas, públicas ou


particulares, em parcerias, convênios e/ou contratos com ONGs ou
iniciativa privada, de acordo com regulamentação específica a ser
elaborada por Órgão da Administração Municipal;

 Produção de mudas: novos empreendedores podem participar dessa


produção para atender o mercado privado, que será incentivado a
plantar, enquanto a administração municipal pode ser encarregada de
hortos municipais em partes diferentes da cidade, para suprir os projetos
comunitários de hortas, de plantas medicinais e mesmo de flores;

 Educação ou democratização da informação: programas de rádio sobre


o assunto, produção de cartilhas e outros materiais informativos, cursos
técnicos de jardinagem, poda, identificação de espécies, etc. deve ser
prioridade deste programa. Disponibilize-se a informação e os cidadãos
criativos e dedicados se responsabilizarão por fazer acontecer. A ação
principal deverá ser feita por pessoas (a valorização do cidadão, o
registro do conhecimento popular e dos jardineiros mais antigos da
Prefeitura, professores e técnicos locais) com eventual participação de

72
universidades, com o apoio da Administração Pública, da CEMIG e de
outras entidades que venham a se beneficiar do correto uso das espécies
vegetais de maneira abundante na cidade.

Toda essa informação deve desmistificar usos das plantas, recomendar os


cuidados na localização, na adubagem e no tratamento de doenças,
encorajando o plantio para fazer Guanhães uma cidade-jardim;

 Adubagem: a produção de adubos orgânicos e compostos através de


minhocários e compostagem de lixo orgânico da vizinhança imediata dos
viveiros deverá ser incentivada, de maneira a reduzir o lixo orgânico,
educar os cidadãos a respeito do assunto e garantir a qualidade,
principalmente dos alimentos assim produzidos.

Os propósitos destas áreas verdes, que normalmente localizam-se nas partes


mais elevadas, são, principalmente:

 Garantir boa porcentagem de áreas permeáveis, de maneira a


aumentar a absorção da água de chuva, evitando a vazão da água no
momento da chuva no canal principal da micro-bacia, provocando
enchentes e/ou erosões;

 Melhorar o microclima dos Centros Regionais de Bairros, providenciando


mais áreas de sombra, provocando a geração de brisas e equilibrando
as altas temperaturas.

Programa de Proteção e das Nossas Águas

O Programa de Proteção das Nossas Águas visa resolver, minimizar ou


prevenir problemas de ordem ambiental que coloquem em risco quaisquer
nascentes. Para isso será necessário, dentro do perímetro urbano, compilar os
dados referentes ao levantamento das nascentes, assim como a análise de
suas águas para certificação do consumo humano.

Nas nascentes, delimitar as áreas de mananciais, estabelecendo restrições ao


uso do solo em reforço à preservação dos olhos d’água, estimulando o
desenvolvimento de atividades compatíveis com a proteção dessas áreas.

No espaço rural, estimular a prática de sistemas agroflorestais, resultando no


reflorestamento com espécies nativas e frutíferas das áreas de recarga (topos
de morro), das micro-bacias e matas ciliares, em propriedades públicas
(parques e outras unidades de conservação) ou privadas.

As atividades de educação ambiental do Programa de Revitalização servem


também aos propósitos deste programa, que visa ainda à participação do
Município em programas relacionados a negócios sustentáveis, que o
Ministério do Meio Ambiente está procurando promover em conjunto com
outros ministérios.

73
Programa de Gestão Ambiental

Este programa tem interface estreita com o Programa Político de Articulação


Regional da Estratégia de Estruturação Municipal, no sentido de prover os
planos e projetos necessários para subsidiar os representantes do Município no
Estado, na microrregião e na bacia hidrográfica a buscarem alcançar objetivos
concretos, precisos e já orçados.
Este programa também visa à participação do município no ICMS Ecológico do
Governo do Estado de Minas Gerais, contemplando dentre outras, ações
específicas para o controle do lixo produzido no Município, buscando a solução
ambiental correta , em parceria com o Estado e a União.

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

As bases para o desenvolvimento sustentável são as informações e as


capacitações para que a população por si só seja capaz de criar organizações
não governamentais, cooperativas, empresas ou micro empresas, na busca de
personalização, da certificação, da excelência. Com as alternativas para
escoamento da produção local, Guanhães precisa desenvolver ainda mais o
potencial de produzir a partir de sua riqueza natural e de seus recursos
humanos.

A partir da capacitação dos recursos humanos e das diretrizes indicadas pelos


planos e programas recomendados, onde serão reunidas informações sobre
cada setor e discutidos mecanismos para o estímulo ao aumento da produção
e a instalação de empreendimentos complementares existentes, Guanhães
estará apta a acelerar seu crescimento e, com as Leis Complementares e as
leis de políticas ambientais municipais .

Algumas características de Guanhães podem ser analisadas:

- As atividades agropecuárias e da indústria aparecem em destaque, com toda


produção leiteira absorvida;

- O Setor de prestação e serviços também figura em destaque dentro do


cenário econômico do Município.

Diversas estratégias deste PDEDG contribuem diretamente com esta


Estratégia, especificamente. A transversalidade é uma das necessidades na
Administração Pública para que a implementação deste Plano resulte em
sucesso, as estratégias de Qualidade Ambiental, de Estruturação, de
Mobilidade, de Uso do Solo trabalham todas diretamente articuladas com esta
tornando assim todas interligadas, que se resumem num produto final, a
eficácia do Plano Diretor.

74
ESTRATEGIA HABITACIONAL.

A cidade é o resultado de uma construção conjunta, onde cada um deve fazer


a sua parte. O Município dará condições e orientações para que as empresas e
os proprietários de terra contribuam para o desenvolvimento urbano reduzindo
o desequilíbrio social, bem como promovendo uma política para a construção
de moradias de baixo custo.

O Município deverá, nas questões que envolvem a cidade, desenvolver


programas voltados para as habitações de interesse social e de incentivo à
habitação para a baixa e média rendas, bem como gerenciar todos os
instrumentos de planejamento com vistas a buscar uma melhor distribuição dos
recursos públicos.

A regularização fundiária e a urbanização específica dos assentamentos


irregulares das populações de baixa renda e sua integração à malha urbana
são condições previas a esses programas e, quando for o caso, farão parte dos
programas.

A urbanização e a regularização das áreas em questão é o principal objetivo


desta estratégia para que mais pessoas passem a contar com os serviços que
a cidade oferece, como rede de esgoto, de água, ruas pavimentadas e luz,
além de acesso à escola, postos de saúde, praças e telefones públicos.

ESTRATEGIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Incluem-se nesta estratégia o aperfeiçoamento dos programas de Assistência


Social, Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Lazer e Segurança, colocado à
disposição dos munícipes, promovendo o acesso de toda a comunidade aos
benefícios propostos pelos projetos novos e a analise dos já existentes.

Sempre haverá de se considerar a qualidade do produto final oferecido pela


Administração, o qual deverá contar com a participação dos conselhos
legalmente instituídos em sua execução e avaliação.

Os programas propostos nesta estratégia serão formulados com a participação


de profissionais de cada área, de maneira coerente com o modelo de
desenvolvimento proposto no PDEDG.

Outro aspecto importante a considerar é a ênfase às ações preventivas, de


forma direta ou transversal, ou seja, para melhorar a saúde pública, além da
vigilância sanitária e epidemiológica, as atividades esportivas, a boa
alimentação e a parceira com o serviço de educação, onde na escola, várias
ações podem ser desencadeadas visando a ampliar o conhecimento das
praticas preventivas à saúde.

75
A Educação terá ênfase em ações que consiste num conjunto de atividades
que visam assegurar a todos os cidadãos acesso a educação assistida, com
ênfase na melhoria das condições de ensino continuado, privilegiando de
maneira linear todas as faixas etárias do educando. Aliado ao ensino o Esporte
e o Lazer justificam a implementação de praticas esportivas nas escolas e no
Município, assegurando desta forma a interação entre o conhecimento, o
aprendizado e o lazer. Ainda, a valorização do potencial cultural do Município,
destacando seus artistas, seus costumes e suas tradições, traduzem as ações
de apoio e incentivo ao resgate da historia da terra.

SISTEMA DE GESTÃO DO PDEDG - SMGP

O Sistema Municipal de Gestão de Planejamento (SMGP) propõe uma correta


e eficiente implantação do Plano Diretor, de maneira planejada e articulada,
mais comprometida com a cidade real e baseada em princípios democráticos.

O Sistema, também é responsável pela implantação e pelo acompanhamento


do desempenho do PDEDG, para que este possa ser modificado sempre que
necessário.

Destacam-se nas atribuições do Sistema de Gestão do PDEDG três grandes


conjuntos de tarefas:

 A de manejo das informações;

 A de articulação dos diversos órgãos e entidades parceiras em cada


programa; e

 A de monitorar os diversos organismos que lideram a execução de uma


ou outra atividade.

Processo e Planejamento

O SMPG atuará na elaboração de rotinas que auxiliem a execução desta Lei,


de forma a garantir o acesso de todos às informações necessárias, de modo
transparente e a participação dos cidadãos e de entidades representativas.

Por intermédio dos Conselhos Comunitários, que representam os bairros de


cada centro regional, o Sistema Municipal de Gestão de Planejamento
receberá periodicamente as sugestões criticas, perguntas e informações da
população. Essas questões serão respondidas e incorporadas aos bancos de
dados dos programas, de acordo com o planejamento anual.

Desta maneira pretende-se que o Sistema de Gestão do Planejamento


funcione eficazmente, com seus Órgãos e respectivas competências em todas
as etapas do planejamento.

76
Lei número 2.198 de outubro de 2.006.

Dispõe sobre o Plano Diretor Estratégico de


Desenvolvimento , o sistema e o processo de
planejamento e gestão do desenvolvimento
urbano do Município de Guanhães.

Em atendimento aos artigos 182 e 183 da Constituição Federal e em


consonância com a Lei Federal 10.257/01, denominada Estatuto da Cidade, a
Lei Federal n° 4.771/65, denominada Código Florestal, a Lei Federal n°
9.433/97, denominada Lei das Aguas, a Câmara Municipal de Guanhães
aprova e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO 1- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Plano Diretor Estratégico de Desenvolvimento de Guanhães -


PDEDG é o instrumento global e estratégico de implementação e
desenvolvimento da política e funções econômicas, sociais, urbanas,
administrativas e ambientais do Município de Guanhães, e integra o processo
de planejamento e gestão municipal.
Parágrafo único - O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentarias e o
Orçamento Anual incorporarão e observarão as diretrizes e prioridades
estabelecidas nesta Lei.

Art. 2° - O PDEDG estabelece estratégias e programas que regulam a


estrutura e a mobilidade urbana, o uso da propriedade urbana em prol do bem
coletivo, o desenvolvimento econômico ambientalmente equilibrado e
socialmente justo, e define o Sistema de Gestão Municipal pelo qual será
implementado.

Art. 3° - O objetivo último do PDEDG, num espaço previsto para 2016, é o


estabelecimento definitivo de um Município que tenha a cidade-sede, seus
distritos e comunidades rurais funcionando articulada e adequadamente, sem
as aflições impostas pelos atuais problemas de ordem física, social e
financeira, crescendo e se moldando dentro de um padrão planejado, em
harmonia com as características topográficas locais, investindo em sua
vocação agrícola e de pólo comercial e industrial microrregional, de maneira
ambientalmente correta, com sua população capacitada para as oportunidades
de trabalho e a elevação de renda almejada.

77
CAPÍTULO I - DOS FUNDAMENTOS DO PDEDG

Art. 4°- A estrutura conceitual desta Lei se embasa no ser humano e na


potencialização de suas atividades no espaço urbano, previstas nas Leis
mencionadas no preâmbulo, com os seguintes fundamentos:

I - Fortalecimento da participação-cidadã, por meio de um sistema de gestão


organizado como processo constante e dinâmico;

II - Melhor entendimento dos fenômenos naturais que interagem com o


processo de apropriação do espaço físico pela comunidade, buscando adotar
medidas preventivas que minimizem perdas de patrimônio e danos à vida;

III - Inserção social e aumento da auto-estima pela valorização cultural,


melhoria educacional e do espaço urbano, promovendo sua diversificação e
atratividade;

IV - Aumento da renda per capita, por meio da articulação do Município na


economia regional e de alternativas resultantes da própria valorização do
ambiente natural e da integração de parcerias entre os setores público e
privado;

V - Fortalecimento do papel pró-ativo do Poder Público na busca de


instrumentos políticos e financeiros que possibilitem o cumprimento das
estratégias e programas em condições de máxima eficiência e eficácia, assim
como na abrangência intersetorial entre os diversos órgãos e conselhos
municipais em ações de caráter programático;

VI - Fortalecimento da regulação pública sobre o solo urbano da sede


municipal, distritos e comunidades rurais, mediante o uso de instrumentos
disponíveis para a organização da estrutura urbana, visando ao pleno
desempenho das funções de habitar, circular, trabalhar e desfrutar nos espaços
urbanizados, de acordo com a identidade do Município de Guanhães.

CAPÍTULO II- DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

Art. 5° - Para o cumprimento da função social, a propriedade deve atender aos


critérios de ordenamento territorial e às diretrizes de desenvolvimento territorial
e social do Município previstas neste PDEDG e em outras normas legais,
observando-se os seguintes requisitos:
I - Aproveitamento socialmente justo e racional do solo;

78
II - Utilização do solo de maneira compatível com a capacidade dos
equipamentos e serviços públicos;

III - Aproveitamento e utilização adequada dos recursos naturais disponíveis,


com a proteção, preservação e recuperação do meio ambiente, do patrimônio
histórico, cultural, paisagístico, artístico e arquitetônico;

IV - Aproveitamento e utilização compatíveis com a segurança e a saúde dos


usuários e dos vizinhos;

V - Plena adequação aos seus fins, sobretudo em se tratando de propriedade


pública;

VI - Aproveitamento e utilização compatíveis com a função social da cidade, no


caso de propriedade urbana;

Parágrafo 1° - Considera-se propriedade, para os fins desta Lei, qualquer


fração ou segmento do território, de domínio público ou privado, edificado ou
não, independentemente do uso ou da destinação que lhe for dada ou prevista.

Parágrafo 2° - A função social da cidade exige a oferta adequada dos atributos


indispensáveis ao bem-estar de seus habitantes, notadamente: moradia; infra-
estrutura urbana; educação; saúde; cultura, esporte e lazer; segurança;
circulação; comunicação; produção e comercialização de bens; prestação de
serviços; proteção, preservação e recuperação dos recursos naturais e do
patrimônio histórico, cultural, paisagístico e arquitetônico.

CAPÍTULO III - DO ESPAÇO HUMANO

Art. 6° - O espaço humano é o ambiente físico-territorial onde se desenvolvem


concentradamente as ações humanas.

Parágrafo único - Para os fins de aplicação dos preceitos do PDEDG, o


espaço humano é constituído pela totalidade do território municipal,
subdividindo-se em:

I - Áreas urbanas;
II - Áreas de expansão urbana;
III - Áreas rurais;
IV - Áreas de conservação;
V - Áreas não edificáveis;
VI - Áreas de diretrizes especiais.

79
Art. 7° - As diretrizes deste Plano serão aplicadas no espaço humano,
obedecendo aos seguintes princípios gerais:

I - igualdade de direitos a todos os cidadãos;

II - abrangência municipal das ações do PDEDG

III - respeito ao ambiente natural;

IV - transparência nos processos públicos.

CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA URBANA

Art. 8 °- A política urbana de Guanhães é o conjunto de normas de controle do


uso do solo em prol da comunidade, a fim de garantir a cidade sustentável e a
qualidade de vida, tendo como fundamentos:
I - Desenvolvimento municipal;
II - Uso social da propriedade;
III - Direcionamento do espaço urbano.

Art. 9° - A política urbana objetiva as seguintes diretrizes:

I - Desenvolver estratégias para a ocupação dos vazios urbanos;

II - Desenvolver estratégias para a proteção do patrimônio histórico edificado;

III - Desenvolver estratégias para reestruturação, fortalecimento e criação de


centros comerciais complementares nos bairros;

IV - Garantir a aplicabilidade das Leis mediante conformação e operação eficaz


dos sistemas de registro, aprovação e fiscalização das construções;

V - Garantir o controle do uso do solo urbano a fim de evitar:

a) utilização inadequada de imóveis urbanos;

b) parcelamento, edificação ou usos inadequados em relação à infra-estrutura


urbana e aos aspectos topográficos e geológicos;

c) instalação de empreendimentos geradores de demandas de infra-estrutura


sem a previsão de adequação necessária;

d) especulação imobiliária com a sub-utilização ou não utilização de imóvel


urbano;

e) deterioração de áreas urbanizadas, poluição e degradação do ambiente


natural;

80
f) aumento e uso inadequados dos vazios urbanos;

g) problemas de trânsito causados pela sobrecarga de fluxo em vias não


projetadas para este fim;

h) crescentes riscos de inundações e deslizamentos de encostas urbanizadas


ou não, colocando em risco a vida e a propriedade dos cidadãos;

VI - garantir a melhoria da paisagem urbana, a preservação dos recursos


naturais e, em especial, dos mananciais de abastecimento de água do
Município;

VII - a promoção de sistema de circulação e rede de transporte que assegure a


acessibilidade satisfatória a todas as regiões da cidade;

VIII - o acesso à moradia digna, com a ampliação da oferta de habitação para


as faixas de renda baixa;
Parágrafo 1º - As ações referentes a políticas urbanas decorrentes do PDEDG
deverão inter-relacionar-se para consecução dos objetivos previstos neste
artigo.

Parágrafo 2º - A implantação das diretrizes de que trata este artigo,


dependerá da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

TÍTULO II - DAS ESTRATÉGIAS

Art. 10 – O PDEDG fundamenta-se nas seguintes estratégias de


desenvolvimento do espaço e das funções sócio-econômicas para as
necessidades humanas:

I - Estratégia de Uso do Solo;

II - Estratégia de Estruturação Municipal;

III - Estratégia de Mobilidade Urbana;

IV - Estratégia de Qualidade Ambiental;

V - Estratégia de Desenvolvimento Sustentável;

VI - Estratégia Habitacional;

VII - Estratégia de Desenvolvimento Social.

81
Parágrafo único - As estratégias de ação serão integradas por programas
implantados por meio de projetos e atividades, com vistas à consecução do
objetivo definido no art. 3° desta lei.

CAPÍTULO I - DA ESTRATÉGIA DE USO DO SOLO

Art. 11 - A Estratégia de Uso do Solo disciplina e ordena a ocupação do solo,


quanto ao seu parcelamento e à edificação, por meio de instrumentos de
política urbana que influem no adensamento e na configuração da paisagem
urbana e na distribuição espacial das atividades humanas.

Parágrafo único O Poder Executivo promoverá a ordenação do parcelamento


do solo, uso e ocupação de acordo com as seguintes diretrizes básicas e
dispositivos legais:

I - Planejamento do desenvolvimento, da distribuição espacial da população e


das atividades econômicas de modo a prevenir e a corrigir as distorções de
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

II - Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e outros


serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e as
características locais;

III - A integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais


tendo em vista o desenvolvimento sócio-econômico sustentável;

IV - Regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população


de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de
urbanização, uso e ocupação do solo e edificação consideradas a situação
sócio-econômica da população e normas ambientais;

V - Proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e


construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico;

VI - Gestão democrática por meio de participação popular;

VII - Evitar:

1. a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

2. o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou


inadequados em relação à infra-estrutura urbana;

82
3. a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar
como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura
correspondente;

4. a poluição e a degradação ambiental;

5. a deterioração de áreas urbanizadas;

6. a retenção especulativa de imóvel urbano que resulte na sua sub-


utilização ou não utilização.

Art. 12 - Os parcelamentos do solo em Guanhães deverão ser considerados


apenas em relação às Zonas de Expansão Urbana, instituídas com esta lei e
regulamentadas na LUOS, observados os seguintes dispositivos legais:

I – as leis Federais 6.766/79 e 9.785/99, que tratam do parcelamento do solo


no território brasileiro;

II - a legislação ambiental em vigor, em especial o Zoneamento Ambiental da


APA Pedra da Gafurina, instituído pela Instrução Normativa 01/97 do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA);

III – A Lei de Parcelamento do Solo decorrente desta Lei;

Parágrafo 1°- De acordo com o Zoneamento Ambiental, o parcelamento do


solo em Guanhães deverá:

I – Apresentar adequação da implantação de arruamentos, obras de drenagem


e controle da erosão, às vulnerabilidades geotécnicas e hidrogeológicas do
terreno a parcelar;

II - ser implantado em terreno com características geotécnicas adequadas a


este tipo de empreendimento;

III – contar com infra-estrutura de saneamento básico adequado, observadas


as disposições da legislação ambiental em vigor e, em especial as disposições
normativas do COPAM relativas ao lançamento de afluentes nos cursos
d’água, e outras tais que disciplinem a matéria;

Parágrafo 2°- Os loteamentos em Guanhães, tendo em vista, sobretudo a


inserção do município na APA Pedra da Gafurina e no Parque Estadual da
Serra do Candonga, deverão ser submetidos a licenciamento ambiental, nos
termos da legislação em vigor;

83
Parágrafo 3° - O Zoneamento de uso e ocupação do solo de um loteamento
deverá ser definido pela Prefeitura, observadas as disposições da LUOS,
estabelecidas para a Zona de Expansão Urbana que inserir o empreendimento
e legislação ambiental vigente;

Parágrafo 4º. - Considera-se aprovado o loteamento definidamente


implantado e urbanizado, com pavimentação, rede pluvial, água, luz, telefone e
área de lazer, observadas as disposições da Lei de Parcelamento do Solo, a
respeito, admitindo-se para efeito de registro imobiliário, conforme disposto no
inciso V, do artigo, 18º da Lei Federal 6.766/79, com as alterações introduzidas
pela Lei Federal 9.785/99, a apresentação de um instrumento de garantia de
execução das obras de urbanização bem como de um cronograma de
execução das mesmas, limitado a um prazo máximo de 36 (trinta e seis)
meses;

Parágrafo 5º. - O loteamento a ser aprovado em Guanhães tendo em vista o


disposto na Lei Federal 6.766/79, e com as alterações da Lei Federal 9785/99,
deverá ter as áreas de domínio público proporcionais à densidade de ocupação
prevista para a Zona de Expansão Urbana, onde se inserir, observado, com
tudo, o percentual mínimo de 35% (trinta e cinco por cento) do total da gleba a
ser parcelado;

Parágrafo 6º. Os loteamentos deverão observar o lote mínimo estabelecido na


Lei de Uso e Ocupação do Solo, para cada Zona de Expansão Urbana, definida
nesta Lei;

Parágrafo 7º. As disposições deste artigo deverão ser consolidadas e


regulamentas na Lei de Ocupação do Solo, decorrente desta Lei;

Art. 13 - Constitui zonas de uso e ocupação do solo de Guanhães, para efeito


desta Estratégia:

I- Zona Urbana (ZU) compreende áreas urbanas historicamente


consolidadas e áreas de parcelamento aprovado;

II- Zona de Expansão Urbana – 1 (ZEU-1) Compreende áreas onde


serão permitidos parcelamentos urbanos de predominância
residencial e de baixa densidade;

III- Zona de Expansão Urbana - 2 (ZEU-2) Compreende áreas onde


serão permitidos parcelamentos urbanos de predominância
residencial e de média densidade;

IV- Zona de Expansão Urbana - 3 (ZEU-3) compreende áreas onde


serão permitidos parcelamentos urbanos de predominância industrial,
observada a limitação à Classe I, definida na Resolução 001/90 do

84
Copam, envolvendo categorias industriais de ponta e de alta
tecnologia, sobretudo as tecnicamente integradas com o transporte
aéreo;

V- Zona de Expansão Urbana - 4 (ZEU-4) compreende áreas onde


serão permitidos parcelamentos urbanos de predominância industrial
em geral, limitada, contudo às indústrias da Classe I;

VI- Zona de Preservação (ZP) compreende áreas consideradas de


preservação permanente nos termos do Código Florestal;

VII- Zona de Usos Sustentáveis (ZUS) compreende áreas onde serão


permitidas atividades rurais compatíveis com o ambiente carstico,
bem como empreendimentos isolados ambientalmente sustentáveis;

Parágrafo 1° A Zona Urbana (ZU) terá subdivisões com flexibilizações de


uso e ocupação do solo compatíveis com as variações das características
físicas, ambientais, sócio-economicas e infra-estruturais do espaço urbano;

Parágrafo 2° A definição e regulamentação das zonas de uso e ocupação


do solo de que se trata este artigo constarão da LUOS;

Parágrafo 3° Os parcelamentos que vierem a ser aprovados passam a


integrar uma das subdivisões da Zona Urbana, definida na Lei de Uso e
Ocupação do Solo, para cada Zona de Expansão Urbana prevista.

Art. 14 - Ficam instituídas as Áreas de Diretrizes Especiais, visando


assegurar os espaços necessários à implementação de programas de
interesse público ou para caracterizar áreas de uso e ocupação especiais.

Parágrafo 1° - São as seguintes as Áreas de Diretrizes Especiais de que


trata este artigo:

I – Áreas de Diretrizes Especiais 1 (ADE-1): compreende áreas


relacionadas com atividades de mineração;

II – Áreas de Diretrizes Especiais 2 (ADE-2) : compreende áreas destinadas


à implantação do sistema viário estrutural do município;

III- Áreas de Diretrizes Especiais 3 (ADE-3): compreende a área de domínio


do Aeroporto de Guanhães;

IV- Áreas de Diretrizes Especiais 4 (ADE-4): compreende as áreas


envolvidas com a Zona de Núcleo criada pelo Zoneamento da Apa da Pedra
da Gafurina;

85
V- Áreas de Diretrizes Especiais 5 (ADE-5) : compreende área destinada a
estudo de implantação de um Parque voltado para o lazer público;

VI - Áreas de Diretrizes Especiais 6 (ADE-6): compreende áreas


comprometidas com as lagoas existentes no município, mesmo que
intermitentes;

VII - Áreas de Diretrizes Especiais 7 (ADE-7): compreende os sítios


arqueólogicos e cavernas existentes no município e que devem ser
protegidas em função das diretrizes de preservação instituídas para a APA
Carste de Guanhães, principalmente da Pedra da Gafurina;

VIII - Áreas de Diretrizes Especiais 8 (ADE-8): compreende áreas


destinadas à implementação de programas habitacionais de interesse
social;

IX - Áreas de Diretrizes Especiais 9 (ADE-9) :compreende área destinada à


implantação de um aterro sanitário, dentro das diretrizes do saneamento
básico do Município e das limitações do ambiente carstico.

Parágrafo 2°- As Áreas de Diretrizes Especiais devem ser consideradas


sem prejuízo das zonas de uso e ocupação do solo instituídas com esta lei.`

Parágrafo 3°- As Áreas de Diretrizes Especiais de que trata este artigo


deverão ser territorialmente definidas e programadas na Lei de Uso e
Ocupação do Solo.

Art. 15 - Constitui os parâmetros de ocupação do solo em Guanhães:

I - Coeficiente de Aproveitamento, que é a relação entre a área de uma


edificação e a área do terreno a edificar;

II - Taxa de Ocupação, que é a relação entre a projeção da edificação


sobre o plano horizontal e a área do terreno a edificar;

III - Dos Afastamentos Laterais e de Fundo, que são distancias entre a


edificação e as divisas laterais e de fundo do terreno a edificar, medidas no
plano horizontal e perpendicularmente a estas divisas;

IV- Do Afastamento Frontal, que é a distancia entre a edificação e o


alinhamento do terreno com a via pública, medida no plano horizontal e
perpendicularmente a este alinhamento;

86
V- Da Taxa de Impermeabilidade, que é a relação entre a área a ser
impermeabilizada, seja por construção, seja por pavimentação, e a área do
terreno a edificar;

Parágrafo 1° - O Coeficiente de Aproveitamento é o parâmetro de


ocupação do solo que define as densidades construtivas e demográficas
das zonas urbanas, devendo, portanto corresponder adequadamente às
condições e perspectivas ambientais, infra-estruturais, sociais e econômicas
de cada uma;

Parágrafo 2° - A Taxa de Ocupação é o parâmetro que define as condições


de comprometimento do terreno a edificar e de habilidade de uma
edificação, devendo variar de acordo com o Coeficiente de Aproveitamento
e as limitações ambientais do território municipal, bem como de forma
inversamente proporcional à declividade do terreno;

Parágrafo 3°- Os Afastamentos Laterais e de fundo são parâmetros que,


além de definirem as condições de habilidade da edificação e de
comprometimento do terreno, dizem respeito á estética e ao conforto
ambiental urbano, devendo variarem de forma diretamente proporcional às
alturas das edificações;

Parágrafo 4° - O Afastamento Frontal é o parâmetro de harmonização da


edificação com o espaço público, devendo como tal observar as seguintes
condições:

I - ter um valor mínimo de 3 (três) metros, considerando a estética e


o conforto ambiental urbano;

II - ter uma variação em relação ao tipo de via a que o terreno for


lindeiro, tendo em vista as indicações do Plano Viário do Município;

Parágrafo 5° - A taxa de Impermeabilidade é um parâmetro de sentido


ambiental, tendo em vista que, ao limitar a impermeabilização do terreno a
edificar, assegura para o mesmo um mínimo de permeabilidade, ajardinamento
e arborização.

Parágrafo 6° - para efeito deste artigo e desta lei define-se como declividade
de um terreno a declividade média de sua linha de maior declive.

Parágrafo 7°- A fixação dos parâmetros de que se trata este artigo, além do
atendimento ao disposto nos parágrafos anteriores, deverá levar em conta, no
que couber, as determinações do Zoneamento Ambiental da APA.

87
Parágrafo 8°- A fixação e a regulamentação dos parâmetros de que trata este
artigo contarão da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Seção I

Dos Instrumentos da Política Urbana

Art. 16 - São instrumentos da política urbana do Município de Guanhães:

I - Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - Direito de preempção;

III - Outorga onerosa do direito de construir e alteração de uso do solo com


contrapartida prestada pelo beneficiário;

IV - Operações urbanas consorciadas;

V - Transferência do direito de construir;

VI - Imposto sobre a propriedade territorial urbana - IPTU — progressivo no


tempo;

VII - Desapropriação com pagamento em títulos;

VIII - Instituição de cobrança às concessionárias de serviços públicos pela


utilização do domínio público;

IX - Sistema Municipal de Gestão do PDEDG, descrito no Título III desta Lei;

X – O Sistema de Engenharia e Arquitetura Pública.

Parágrafo único - Os referidos instrumentos serão disciplinados em Leis


municipais específicas, onde serão estabelecidas as condições para sua
aplicação e os prazos de vigência.

Art. 17 - Como áreas previstas para aplicação dos instrumentos da política


urbana de Guanhães, ficam instituídas:

I - Para aplicação do parcelamento compulsório: áreas do perímetro urbano ou


de expansão urbana, conforme estabelecido em lei;

II - Para aplicação de edificação ou utilização compulsórias: áreas urbanas que


sejam servidas com, no mínimo:

a) vias de acesso abertas pavimentadas;

88
b) dois dos serviços de infra-estrutura como: rede de abastecimento de água,
iluminação pública, coleta de lixo, rede de esgotamento sanitário, rede de
coleta de águas pluviais e transporte urbano.

III - Para aplicação do direito de preempção: os imóveis de interesse para


consecução dos objetivos do PDEDG, tais como áreas de risco, áreas em redor
de nascentes e no 1/3 superior de morros, áreas aproveitáveis para distritos
industriais, áreas relacionadas ao programa de integração viária, prédios de
interesse histórico ou arquitetônico, dentre outros a serem definidos em
legislação específica;

IV - Para aplicação da outorga onerosa do direito de construir e para alteração


do uso do solo com contrapartida prestada pelo beneficiário: preferencialmente
as áreas urbanas detalhadas em zonas específicas de adensamento, conforme
se dispuser em lei;

V - Para aplicação das operações urbanas consorciadas: toda a área urbana


municipal;

VI - Para aplicação da transferência onerosa do direito de construir: áreas de


recepção da capacidade construtiva de imóveis urbanos, notadamente:

a) o bairro onde está situado o imóvel cedente do direito de construir.

Parágrafo único - As taxas, os coeficientes de transferências e os


coeficientes de recepção da capacidade construtiva dos imóveis urbanos, nas
áreas explicitadas no inciso VI serão definidos na legislação específica.

Seção II

Da Regulamentação Legal

Art. 18 — Como diretriz prioritária para o desenvolvimento da Política Urbana


de Guanhães, serão feitas a revisão e a reestruturação da legislação
urbanística municipal, de acordo com os instrumentos previstos no art. 16 desta
lei, com os seguintes elementos:

I - Taxa de ocupação diferenciada para diversos usos e áreas específicas


sempre que necessário, atendendo aos aspectos existentes e as ampliações
previstas de equipamentos, serviços públicos e infra-estrutura urbana:

II - Coeficiente de aproveitamento para o controle do adensamento indesejado;

III - Taxa de permeabilidade do solo;

89
IV - Gabarito máximo permitido diferenciado para os diversos bairros.

Parágrafo 1º - A legislação urbanística municipal mencionada no caput deste


artigo, refere-se aos seguintes diplomas legais:

I - Código Municipal de Obras;

II - Código Municipal de Posturas;

III - Lei do Perímetro Urbano;

IV - Lei de Parcelamento do Solo Urbano;

V - Lei de Uso e Ocupação do Solo;

VI - Outras leis ou codificações necessárias para adequação ao disposto nesta


Lei.
Parágrafo 2º - Para realizar a adequação da legislação urbanística às
disposições desta lei, a Administração Municipal terá o prazo de até 12 meses,
a partir da aprovação desta lei, quando apresentará à Câmara Municipal os
textos e mapas relacionados para tramitação.

CAPÍTULO II - DA ESTRATÉGIA DE ESTRUTURAÇÃO MUNICIPAL

Art. 19 - A Estratégia de Estruturação Municipal promove o ordenamento do


espaço na cidade e a integração da sede com os distritos de Farias,
Correntinho, Taquaral, Sapucaia e com os Municípios da microregião da Bacia
do Suaçuí.

Art. 20 - Compõem a Estratégia de Estruturação Municipal os seguintes


programas:

I - Programa de Ordenação Urbanística;

II - Programa de Estruturação Urbana;

III - Programa de Articulação Urbana Municipal;

IV - Programa Político de Articulação Regional.

90
Seção I

Do Programa de Ordenação Urbanística

Art. 21 - O Programa de Ordenação Urbanística promove a melhoria dos


equipamentos urbanos do Município, visando à qualidade de vida dos
moradores e ao recebimento dos visitantes, mediante a proteção e a
requalificação dos pontos atrativos, articulando-os com as entradas da cidade,
através de avenidas arteriais e coletoras.

Parágrafo 1° - Fazem parte deste Programa os projetos de desenho urbano


para implantação ou requalificação de espaços públicos, abertos ou edificados,
tais como praças, mirantes e edifícios históricos, dentre outros.

Parágrafo 2° - O sistema de espaços atrativos é composto pelos espaços,


existentes ou potenciais, dedicados a eventos culturais, esportivos, econômicos
e de lazer, assim como pelos pontos de atração histórica, arquitetônica,
ambiental e comercial.

Parágrafo 3º - Integram ainda o sistema de espaços atrativos todas as formas


de conexão urbana que permitam viabilizar fluxos entre as diversas partes do
sistema.

Parágrafo 4º - Complementam o sistema de espaços atrativos todos os


elementos que equipam o espaço urbano, tais como os de infra-estrutura
aparente na paisagem urbana (sinalização, iluminação e pavimentação), os de
mobiliário urbano (telefones públicos, bancas de jornal, paradas de ônibus
intermunicipais) e os veículos de publicidade que compõem o espaço visual
urbano.

Seção II

Do Programa de Estruturação Urbana

Art. 22 - O Programa de Estruturação Urbana visa à estruturação de um


modelo urbano polinuclear, que discipline e ordene as funções urbanas por
meio de traçado composto de centros regionais de bairros, corredores viários,
áreas verdes e áreas industriais.

Parágrafo 1º - Centro Regional de Bairros, ou unidade de vizinhança, é o


agrupamento de bairros em torno de um comércio de médio ou grande porte,
constituindo um núcleo da estrutura polinuclear da cidade, no qual não há
necessidade de utilização de transporte motorizado por seus moradores.

91
Parágrafo 2º - Os corredores viários são avenidas arteriais e coletoras que
interligam os Centros Regionais de Bairros, recebendo tratamento específico
de acordo com os programas da Estratégia de Mobilidade Urbana.

Parágrafo 3º - As áreas verdes que protegem, envolvem ou recuperam áreas


degradadas dos Centros Regionais de Bairros são definidas no Programa de
Revitalização, integrante da Estratégia de Qualidade Ambiental.

Parágrafo 4º - As áreas industriais, potenciais e existentes, deverão estar


localizadas prioritariamente próximas de rodovias ou em áreas diretamente
conectadas a ela, recebendo tratamento diferenciado na estrutura urbana,
devido às suas características de maior porte e infra-estrutura mais complexa,
podendo possuir Centro Regionais de Bairros em suas proximidades, mas não
na própria área industrial.

Art. 23 - Constituem diretrizes de estruturação urbana no Município:

I - a consideração das divisas municipais com perímetro urbano, tendo em


vista:

a. a grande extensão territorial do Município;

b. a dispersão considerável das áreas urbanas ou potencialmente urbanas no


território municipal;

c. a limitação de áreas para o uso urbano, decorrente do Zoneamento


Ambiental da APA Pedra da Gafurina;

II - O Controle mais rigoroso da expansão e do adensamento demográfico da


sede do Município, tendo em vista;

III - As características da depressão cárstica onde se localiza, que implicam em


dificuldades para os esgotamentos sanitários e pluvial urbanos e em limitações
de natureza geológica;

IV - As limitações decorrentes da regulamentação da APA PEDRA DA


GAFURINA;

V - A preservação das dolinas e lagoas existentes;

VI - As limitações legais de uso e ocupação do solo impostas para áreas


próximas de rios e córregos;

VII - A previsão de uso sustentáveis, nas áreas consideradas como pouco


adequadas para parcelamentos urbanos;

92
VIII - O comprometimento de áreas que assegurem os corredores viários
necessários à articulação das áreas urbanas ou passíveis de expansão urbana,
dispersas no território do Município;

IX - O comprometimento de áreas de preservação ambiental permanente,


considerando a legislação ambiental em vigor e a regulamentação da APA DA
PEDRA DA GAFURINA.

Seção III

Do Programa de Articulação Urbana Municipal

Art. 24 - O Programa de Articulação Urbana Municipal refere-se à forma pela


qual a sede do Município de Guanhães, os distritos de Sapucaia, Farias,
Correntinho e Taquaral e os povoados relacionam-se no espaço físico.

Art. 25 - Integram o Programa de Articulação Urbana Municipal:

I - manutenção prioritária das estradas que ligam os povoados e distritos com


a cidade, permitindo segurança e rapidez, para garantir qualidade de vida aos
moradores destes locais;

II - garantia de transporte público organizado e de qualidade para os moradores


dos distritos;

III - garantia de serviços de telecomunicação, especialmente telefonia, nos


distritos e povoados, assim como outros serviços de infra-estrutura necessários
para o conforto das famílias ali residentes.

Seção IV

Do Programa Político de Articulação Regional

Art. 26- O Programa Político de Articulação Regional contempla a relação do


Município com a microregião, com as Bacias dos Rios Corrente, Guanhães e
Suaçuí por meio de seus comites, e com as metrópoles mais próximas.

Art. 27 - Constituem objetivos do Programa Político de Articulação Regional:

I - consolidação do papel de Guanhães como Município-pólo da microregião,


ofertando serviços e produtos para os vizinhos e liderando as reivindicações
nas esferas estadual e federal;

93
II - parcerias entre Poder Público e entidades relacionadas ao desenvolvimento
local e regional, para o maior aproveitamento do potencial da Rod. MG 120
para o comércio e a indústria local;

III - participação ativa do Poder Público no âmbito dos Comitês das Bacias
Hidrográficas do Rio Corrente, Guanhães e Suaçuí, a fim de garantir a
qualidade e quantidade de água que chega à cidade durante todo o ano.

IV – Parceria com o Conselho Regional de Engenharia para fiscalização das


obras.

CAPÍTULO III - DA ESTRATÉGIA DE MOBILIDADE URBANA

Art. 28 - A Estratégia de Mobilidade Urbana visa qualificar a circulação e o


transporte urbano, atendendo às distintas necessidades de mobilidade da
população.

Parágrafo único — Esta Estratégia e seus programas atentarão para a


garantia de efetiva acessibilidade especial aos portadores de deficiências,
idosos e outros grupos que dela necessitem, de acordo com a legislação
federal vigente.
Art. 29 — A malha viária de Guanhães é constituída de vias arteriais, coletoras,
secundárias e locais, assim como potenciais vias de pedestres e ciclistas, que
constituem o principal suporte físico à mobilidade urbana e têm as seguintes
características de acordo com os critérios de funcionalidade e hierarquia:

I - Vias Arteriais (VA): permitem ligações entre as entradas da cidade, com


média ou alta fluidez de tráfego, priorizando usos e tipos de ocupação do solo
relacionados a altos fluxos de veículos, inclusive transporte coletivo e eventual
transporte de carga. São avenidas mais largas na malha viária, com iluminação
diferenciada e mobiliário urbano completo, e estão diretamente relacionadas ao
Programa de Ordenação Urbanística. Sempre que possível, devem comportar
ciclovias, além de passeios mais largos para pedestres;

II - Vias Coletoras (VC): recebem e distribuem o tráfego entre vias locais e


arteriais, possibilitando a integração dos núcleos dos Centros Regionais de
Bairros com as vias arteriais, oferecendo boas condições da pavimentação
para o transporte coletivo e o intenso fluxo de pedestres. São vias com
dimensões suficientes para dois automóveis e calçadas destinadas a pelo
menos duas pessoas, sempre que a topografia permitir. Possuem boa
iluminação para segurança dos pedestres e diferenciação destas vias em
relação às locais.

94
III -Vias locais (VL): estabelecem a ligação entre imóveis particulares, dentro de
Centros Regionais de Bairros, com dimensões suficientes para um ou dois
automóveis e calçadas destinadas a pelo menos duas pessoas, sempre que a
topografia permitir. No caso de capacidade para apenas um automóvel, serão
unidirecionais e deverão permitir atalhos para pedestres, encurtando viagens.
Apresentam baixa fluidez de tráfego, sendo bastante integradas com o uso e a
ocupação do solo, podendo ter seu término em rua sem saída, com área final
para manobra de retorno, em casos onde a topografia assim determinar;

IV - Ciclovias (CL): vias com características geométricas e infra-estrutura


próprias ao uso de bicicleta;

V - Vias Secundárias (VS): ligações entre vias locais, exclusivas para pedestres
e ciclistas, identificadas como becos, escadarias ou outro tipo de atalho;

VI - Vias para Pedestres (VP): também denominadas calçadões, são


logradouros públicos com características infra-estruturais e paisagísticas
próprias de espaços abertos exclusivos para pedestres.

Parágrafo único - As vias ou logradouros públicos deverão otimizar o


desempenho da mobilidade urbana, considerando-se aspectos de sua infra-
estrutura, do uso e ocupação do solo, dos tipos de transporte e do tráfego que
precisem comportar.

Art. 30 - Constituem a Estratégia de Mobilidade Urbana os seguintes


programas:

I - Programa Viário: assegura prioridade de manutenção e melhoramento das


vias por onde circula o transporte coletivo (VA e VC) e das vias destinadas a
pedestres e bicicletas, (CL e VS), dando conforto e segurança a pedestres em
geral, inclusive idosos e pessoas com deficiências.

II - Programa de Integração Viária: prioriza a integração da malha viária


existente com o eixo rodoviário e a redução das distâncias a percorrer entre os
Centros Regionais de Bairros, otimizando-se tempo, custos operacionais
consumo energético e impacto ambiental, respeitadas as características
topográficas e geológicas de cada região.

III — Programa de garagens e estacionamentos: estuda e estimula a


implantação de garagens e estacionamentos com vistas à liberação de vagas
nos logradouros públicos para os clientes do comércio.

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Parágrafo único - a implantação de estabelecimentos bancários,
supermercadistas, atacadistas, postos de combustível, hospitais e centros
comerciais e industriais nas áreas urbanas adensadas do Centro da cidade fica
condicionada ao oferecimento de estacionamento exclusivo pelo preponente,
com número de vagas proporcional à clientela prevista.

CAPÍTULO IV - DA ESTRATÉGIA DE QUALIDADE AMBIENTAL

Seção I

Da conceituação e fundamentos

Art. 31 - A Estratégia de Qualidade Ambiental promove o ordenamento do


território municipal realizando o planejamento, a valorização do patrimônio
ambiental e o controle do meio ambiente, através dos programas integrantes
da Estratégia.

Parágrafo único - As iniciativas de ordem pública no âmbito desta estratégia


poderão ser realizadas por meio de parcerias, convênios e consórcios com
outras esferas do Poder Público e da iniciativa privada em geral.

Art. 32 - O Patrimônio Ambiental abrange o Patrimônio Natural e o Patrimônio


Cultural, para os efeitos desta Lei assim definidos:

I - Patrimônio Natural: é composto pelos elementos naturais ar, água, solo,


subsolo, fauna e flora; pelas amostras significativas dos ecossistemas originais
do território de Guanhães, em especial a APA PEDRA DA GAFURINA,
indispensáveis à manutenção da biodiversidade ou à proteção das espécies
ameaçadas de extinção; e pelos marcos referenciais da paisagem, essenciais
ao equilíbrio urbano e à boa qualidade de vida, seja na sede do Município, seja
nos distritos, povoados e comunidades rurais;

II — Patrimônio Cultural: é integrado pelo conjunto de bens imóveis de valor


significativo - edificações, isoladas ou não - praças, dentre outros,
que representem ambientes urbanos históricos, assim como pelas tradições,
práticas e referências culturais, denominadas de bens intangíveis, que
conferem identidade a estes ambientes, seja na sede do Município, seja nos
distritos, povoados ou nas comunidades rurais.

Parágrafo único - As edificações que integram o Patrimônio Histórico e


Cultural serão identificadas, tombadas e inventariadas, nos termos de Lei
específica.

Art. 33 - São fundamentos dos programas e das ações referentes à Estratégia


de Qualidade Ambiental:

96
I - aproximação do cidadão ao ambiente natural;

II - utilização consciente do ambiente natural para o equilíbrio das funções


urbanas;

III - preservação do patrimônio ambiental, histórico e cultural para as gerações


futuras;

IV - equilíbrio entre o desenvolvimento municipal e a utilização do ambiente


natural.

Seção II

Dos Programas da Estratégia de Qualidade Ambiental

Art. 34 - Integram a Estratégia de Qualidade Ambiental os seguintes


programas:

I- Programa de Proteção do Patrimônio Histórico;

II - Programa de Revitalização;

III - Programa de Proteção de Nossas Águas;

IV - Programa de Gestão Ambiental;

Seção III

Do Programa de Proteção do Patrimônio Histórico

Art. 35 — O Programa de Proteção do Patrimônio Histórico envolve ações e


políticas que permitem:

I - identificar e classificar elementos de valor cultural, individualmente ou em


conjunto;

II - estabelecer diretrizes e desenvolver projetos com vistas ao resgate da


memória e da identidade cultural do Município, tais como restauração,
revitalização e potencialização de áreas significativas;

III - criar ou aperfeiçoar instrumentos normativos para incentivar a preservação


do patrimônio histórico e sua integração às mudanças estruturais, econômicas
e sociais, evitando sua descaracterização ou destruição;

IV – preservação e divulgação das tradições culturais do Município;

97
V – adoção de incentivos fiscais que levem as empresas privadas a investirem
na produção cultural e artística do Município, e na preservação do seu
patrimônio histórico, artístico, cultural e ambiental;

VI – impedimento de evasão, destruição e descentralização de obras de arte e


de outros bens de valor histórico, científico, artístico e cultural do Município;

VII – promoção de qualificação técnica de pessoal envolvido na gestão das


políticas culturais;

VIII – desenvolver programas de educação ambiental junto as escolas da rede


pública e particular.

Parágrafo único - Integram este Programa:


a) estruturação e fortalecimento do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural,
adequando suas ações com as diretrizes fixadas por esta Lei e pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais — IEPHA/MG,
visando aos incentivos estaduais proporcionados pela Lei 12.040/95
(Lei Robin Hood);

b) a constituição do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural, com a finalidade


de incrementar as atividades de preservação e manutenção do acervo histórico
do Município protegido por Lei;

c) ações em parcerias com outras esferas do Poder Público e com a iniciativa


privada em geral, de acordo com regulamentação específica a ser elaborada
pela Administração Municipal em conjunto com o Conselho Municipal de
Patrimônio Cultural.

Seção IV

Programa de Revitalização

Art. 36 - O Programa de Revitalização engloba o conjunto de projetos, ações e


outras iniciativas que valorizem as áreas permeáveis de propriedades públicas
e privadas com arborização e jardinagem, além de desenvolver projetos e
ações que potencializem a utilização do ambiente natural das áreas
urbanizadas para resolver problemas de ordem ambiental que coloquem em
risco as vidas e o patrimônio dos cidadãos de Guanhães. Constituem parte
deste Programa:

I - Implantação e manutenção de praças e jardins;

II - Produção de mudas em viveiros públicos (comunitários);

98
III - Criação de mecanismos de comercialização das mudas;

IV - Programação educacional intensa, envolvendo a capacitação de futuros


profissionais do setor;

V - estímulo ao uso de adubos orgânicos que propiciem a reciclagem do lixo


orgânico gerado na vizinhança dos viveiros;

VI - incentivos ao embelezamento de propriedades privadas e campanhas para


a manutenção da limpeza e da higiene dos logradouros públicos;

VII - implantação, manutenção e manejo do sistema de áreas verdes urbanas;

VIII - indicação dos usos sustentáveis das áreas verdes;

IX - serviço de arborização urbana, com incentivos à parceria entre sociedade


civil organizada e poder público para ampliação das áreas de arborização;

X - preservação e arborização dos topos dos morros;

XI - Incrementar a arborização viária com espécies adequadas.

Seção V

Do Programa de Proteção de Nossas Águas

Art. 37 - O Programa de Proteção de Nossas Águas engloba projetos e ações


que promovam soluções para resolver e prevenir problemas de ordem
ambiental que coloquem em risco quaisquer nascentes, ou cursos d’água,
lagos e lagoas .

Constituem parte deste Programa, dentre outras ações:

I - reflorestamento, com espécies nativas e frutíferas, das áreas de recarga das


micro-bacias e das matas ciliares, em propriedades públicas ou privadas;

II - incentivo às atividades econômicas sustentáveis - industriais, agrícolas,


agroflorestais ou relacionadas a sequestro de carbono - que contemplem o
reflorestamento das áreas de recarga, permitindo eventualmente o uso público
dessas áreas para o lazer, esporte, contemplação ou estudo;

III - controle da qualidade das águas de minas urbanas e rurais;

IV – garantir a preservação de nascentes, cursos dágua, lagos e lagoas,


definindo parques verdes nas áreas de preservação permanente, inclusive
como parte do programa de remoção da população instalada irregularmente.

99
Parágrafo único – Para efeito do disposto no caput deste artigo, deverá ser
dada especial atenção aos problemas de poluição e inundação dos cursos
d’água no Município.

Seção VI

Do Programa de Gestão Ambiental

Art. 38 — O Programa de Gestão Ambiental propõe a elaboração de planos


setoriais, visando estabelecer prioridades de atuação articuladas, qualificando
soluções e reduzindo custos operacionais no âmbito das sub-bacias
hidrográficas. Constituem parte deste Programa, dentre outras ações:

I – Elaboração de plano diretor de captação e tratamento de esgotos e de


plano diretor de captação, tratamento e distribuição de água;

II - Elaboração de plano diretor de drenagem urbana;

III - Elaboração de plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, com


a implantação do aterro sanitário e/ou usina de reciclagem e compostagem,
promovendo desta forma a disposição adequada do lixo produzido no
Município, com o seu aproveitamento através da coleta seletiva, associada a
programas de reciclagem de resíduos.

IV - Prevenção e controle da poluição mediante monitoramento constante da


qualidade do ar, da água, do solo e do espaço urbano, visando à prevenção, ao
controle e à fiscalização das atividades potencialmente poluidoras,
considerando as condições atmosférica, hídrica, do solo, sonora e visual, em
relação à degradação do meio ambiente.

V - O cumprimento do disposto nos artigos 23 e 225 da Constituição Federal e


do artigo 11 da Constituição Estadual no que couber;

VI - A elaboração para o território municipal, observadas as normas e os


padrões federais e estaduais, de normas supletivas e complementares e
padrões relacionados com o meio ambiente, tendo em vista o disposto no
parágrafo 2º do artigo da Lei Federal 6.938/81;

VII - A introdução da obrigatoriedade de licenciamento ambiental de


empreendimentos considerados potencialmente poluidores e impactantes
sobre o meio ambiente, em especial os loteamentos;

VIII - A introdução da obrigatoriedade de manifestação prévia do órgão gestor


da APA Pedra da Gafurina sobre a aprovação de empreendimentos
considerados potencialmente poluidores e impactantes sobre o meio ambiente,
em especial de loteamentos;

100
IX - O desenvolvimento de gestões junto ao Estado, visando a cooperação
técnica com os órgãos estaduais e controle ambiental, em função do que
dispõem o Art. 7° da Lei Estadual 7.772/80,que trata da proteção, conservação
e melhoria do meio ambiente, e a Instrução NORMATIVA 29/98 DO COPAM,
que, trata de diretrizes para a cooperação técnica e administrativa com os
órgãos municipais de meio ambiente, visando o licenciamento e fiscalização
de atividades de impacto ambiental local;

X – A exigência, nos processos de lançamento de afluentes nas águas do


Município, de respeito ao disposto nas Deliberações Normativas 10/86 e 29/98
do COPAM;

XI - O desenvolvimento de gestões junto ao IBAMA , visando estabelecer


procedimentos que assegurem o cumprimento, no âmbito do território
municipal, das determinações de manejo, uso e ocupação do solo definidas
pelo Zoneamento Ambiental da APA PEDRA DA GAFURINA, de forma
integrada com a legislação municipal;

XII - O desenvolvimento de gestões que assegurem o cumprimento das


diretrizes de saneamento básico definidas nesta Lei;

XIII -0 estabelecimento de um programa de recuperação de solos degradados


e de recuperação de matas;

XIV - Promover a capacitação dos servidores para o exercício da fiscalização


das Leis que privilegiam o Meio Ambiente.

Parágrafo 1º- A exigência do licenciamento ambiental de loteamentos tem por


base o disposto no Decreto Estadual 39.585/98, que dispõe sobre normas
para exame e anuência prévia do Estado para a aprovação de projetos de
parcelamentos do solo pelos Municípios, e o disposto na Lei n° 1931 de
12/06/2001, que criou a APA DA PEDRA DA GAFURINA.

Parágrafo 2º- Os processos de licenciamento de empreendimento


considerados potencialmente poluidores e impactantes sobre o meio ambiente,
sobretudo o casrtico , deverão ser instruídos com Estudos de Impacto
Ambiental (EIA) e Relatórios de IMPACTO Ambiental, (RIMA), na forma da
legislação ambiental vigente.

Parágrafo 3 º - Os processos de licenciamento de caráter municipal ficam


subordinados ao Plano de Política Ambiental Municipal.

101
CAPÍTULO V - DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL

Art. 39 - A Estratégia de Desenvolvimento Sustentável objetiva o crescimento


econômico com bases ambientalmente corretas e socialmente justas por meio
de ações diretas com a comunidade e com os setores produtivos e da
articulação com outras esferas de Poder.

Art. 40 - Constituem a Estratégia de Desenvolvimento Sustentável os seguintes


programas:

I - Programa de Dinamização da Economia;

II - Programa de Qualificação da Cidadania;

III - Programa de Incentivos a Investimentos;

IV - Programa de Desenvolvimento de Atividades Primárias;

V - Programa de Incentivo ao Turismo;

VI – Programa de Incentivo ao Pequeno Produtor.

Parágrafo único - Os programas desta estratégia não farão distinção de


gênero, raça, credo, idade ou outra segmentação social.

Seção I

Do Programa de Dinamização da Economia

Art. 41 - O Programa de Dinamização da Economia promove o crescimento


econômico da cidade, mediante a elaboração de um Plano de Desenvolvimento
Econômico, com a participação da sociedade civil organizada, que será objeto
de Lei especifica. Constituem ações integrantes desse plano:

I - Catálogo de alternativas de negócios e empregos, resultantes de projetos


especiais de novos investimentos que promovam renovação e revitalização das
áreas comerciais tradicionais e dos núcleos de comércio e serviços dos
Centros Regionais de Bairros, com atividades antes inexistentes e
complementares;

II - Facilitar e incentivar os cursos profissionalizantes mediante convênios com


o Sesi/Senai, Senac e outros;

102
III - Mecanismos de estímulo à geração de negócios e empregos, com a
implantação de novas áreas comerciais nos Centros Regionais de Bairros,
indicadas pela legislação decorrente da Estratégia de Uso do Solo, realizando-
se audiências públicas com os moradores dessas áreas, para introdução ou
ampliação de serviços básicos e outros usos propícios a cada centro regional,
preservando-se a vocação de seus bairros;

IV - Fixação de critérios para localização de novos estabelecimentos


comerciais de grande porte e novas indústrias no perímetro urbano, com
alternativas que permitam sua periódica atualização e adequação à dinâmica
do planejamento municipal, observando-se a legislação vigente;

V - Fortalecimento da economia rural, ouvido o setor, buscando a


implementação de técnicas de cultivo apropriadas às características regionais,
em estímulo à melhoria da produtividade e da rentabilidade das atividades
agro-pecuárias;

VI - Estímulo ao comércio e ao setor de serviços, tendo como alvo tanto o


munícipe quanto o visitante, buscando maior competitividade em relação a
outros Municípios, mediante a melhoria na qualidade do atendimento e o
aumento da variedade de produtos e serviços oferecidos, com valorização de
sua complementaridade, no lugar da simples competição;

VII - Estímulo ao crescimento industrial sustentável, com prioridade para


industrialização de matéria-prima local;

VIII - Incentivos a produtos regionais com maior valor agregado, principalmente


na atividade rural, propiciando informações e assistência técnica ao produtor,
conferindo-lhe padrões que permitam receber certificados de qualidade, que
coloquem o produto da região em condições de comercialização em mercados
mais exigentes;

IX - Reposicionamento do Município na região, como pólo econômico e


político, utilizando-se a proximidade da BR-262, da BR-259 e BR-120 como
fator de desenvolvimento microregional;

X - Da divulgação do potencial econômico de Guanhães para as atividades de


comercio e serviços, junto a empresas e entidades oficiais ou privadas de
fomento do desenvolvimento econômico, seja em relação ao transporte
rodoviário e aeroviário, seja em relação as perspectivas que se abrem com a
consolidação do Aeroporto Municipal de Guanhães, como centro regional de
desenvolvimento.

XI - A implantação, em caráter prioritário, do Distrito Industrial, limitado a


industrias não poluentes, observadas a compatibilidade com os ambientes
cársticos e a LUOS.

103
Seção II

Do Programa de Qualificação da Cidadania

Art. 42 - O Programa de Qualificação da Cidadania consiste num conjunto de


ações voltadas à qualificação pessoal e profissional dos cidadãos, preparando-
os para o acesso ao mercado de trabalho e para o incremento significativo na
renda per capita do Município.

Parágrafo único - Compete à Administração Municipal o fomento e o incentivo


de ações geradoras de emprego e renda, com a participação ativa da
comunidade na busca do ganho social em detrimento de ações meramente
especulativas.

Art. 43 — O Programa de Qualificação da Cidadania tem como principais


metas:

I - Implementação de rede eficiente de informações entre os órgãos


administrativos municipais;

II - Democratização do conhecimento técnico necessário para o desempenho


das atividades produtivas;

III - Divulgação das propostas para o desenvolvimento econômico, elaboradas


no Município ou fora dele;

IV - Disponibilização à comunidade em geral das informações sobre as


indústrias e comércios já existentes;

V - Oferta de alternativas de qualificação para a população de baixa renda, por


meio de cursos de capacitação, atividades de artesanato, artísticas e
esportivas, dentre outras, proporcionadas pelo Poder Público e pela sociedade
civil organizada;

VI - Desenvolvimento de ações para a instalação de cursos profissionalizantes


e universitários, focados para o potencial do Município;

VII - Inserção de Guanhães e microregião nos programas governamentais de


fomento às atividades econômicas em outras iniciativas relacionadas com os
objetivos desta Lei.

104
Seção III

Do Programa de Incentivos a Investimentos

Art. 44 - O Programa de Incentivos a Investimentos tem por objetivo criar


condições de competitividade e atração para empresários locais, novos
empreendedores e outros investidores. E constituído por:

I — equacionamento dos problemas de infra-estrutura urbana e rural;

II — Criação/ampliação e agilização do programa de doação de terrenos e de


incentivos fiscais à empresas legalmente constituídas, disponibilizando-se
novas e diversificadas áreas para as diferentes atividades empresariais;

III — apoio a empresas e empreendedores para ampliação e diversificação da


produção, em parceria com entidades de fomento e empresas de distribuição
atacadista;

IV — elaboração de cadastro de atividades técnica e economicamente viáveis,


para disponibilização aos empresários e empreendedores interessados;

Seção IV

Do Programa de Desenvolvimento das Atividades Primárias

Art. 45 - O Programa de Desenvolvimento das Atividades Primárias objetiva a


geração de renda no meio rural, mantendo o homem no campo e aumentando
sua produção e produtividade, com ganhos sócio-econômicos, por meio do
acesso à tecnologia, financiamento, saúde, educação e habitação.

Art. 46 - A Administração Pública Municipal, em parceria com a sociedade civil


organizada e outros órgãos governamentais, executará o Programa de
Desenvolvimento das Atividades Primárias, contemplando as seguintes ações:

I - Elaboração de cadastro de propriedades com patrimônio natural a preservar,


visando à constituição de um grupo interessado em registrar-se no Programa
de Proteção de Nossas Aguas, informando-se e usufruindo dos seus
benefícios;

II - Estudos para implementar novos mecanismos de incentivos à preservação


do patrimônio natural em propriedades rurais;

105
III - Levantamento de cadastro de proprietários rurais que elaboram produtos
de industrialização caseira, com vistas à implantação de um programa de
incentivo ao registro, padronização e comercialização regional, orientado por
órgãos do setor;

IV - Fortalecimento das associações e cooperativas ligadas às atividades agro-


pecuárias e apoio à criação de novas unidades;

V - Parcerias com órgãos estaduais e federais e com empresas prestadoras de


serviços públicos, para resolução dos problemas de infra-estrutura, habitação,
eletrificação e comunicação nos povoados rurais e conservação das estradas
rurais;

VII - Programa de incentivo à produção com qualidade, pela utilização de selo


ou certificação para produtos rurais do Município;

VIII - Programa de conservação de estradas rurais, em parceria com as


comunidades rurais, para escoamento da produção agrícola e fácil acesso ao
centro comercial e industrial e às escolas.

Seção V

Do Programa de Incentivo ao Turismo

Art. 47 - O Programa de Incentivo ao Turismo objetiva a geração de emprego e


renda por meio do desenvolvimento do turismo de eventos culturais, de lazer
ou de negócios, do turismo rural, do ecoturismo e do turismo de aventura,
estimulando a implantação da Estratégia de Qualidade Ambiental e
incentivando ações criativas de geração de renda como o artesanato e a
formação de feiras. Constituem metas, projetos ou atividades deste Programa:

I - Elaboração de diagnóstico das potencialidades turísticas do Município;

II - Melhoria dos equipamentos urbanos do Município, articulando o sistema de


espaços atrativos com as entradas da cidade, conforme definido no Programa
de Ordenação Urbanística da Estratégia de Estruturação Municipal;

III - Programa de educação da comunidade em geral para a recepção ao


turista, com ênfase na formação e na reciclagem de profissionais de hotelaria,
restaurantes, táxis e outros serviços diretamente ligados ao turismo;

106
IV - Elaboração, em conjunto com os Municípios vizinhos, de uma agenda
anual de eventos regionais, coordenado pela Associação dos Municípios do
Baixo Suaçuí;

V - Integração de Guanhães ao Circuito da Estrada Real;

VI - A exploração do potencial turístico representado pelos atrativos naturais e


culturais da região carstica do Candonga e Pedra da Gafurina;

VII - A exploração do potencial representado pela procura de lazer de fim de


semana, férias, feriados, no âmbito da Região Centro Nordeste.

Seção VI

Do Programa de Incentivo ao Pequeno Agricultor

Art. 48 - O Programa de Apoio ao Pequeno Agricultor foi criado com o


objetivo de apoiar o desenvolvimento rural sustentável, ampliando,
modernizando, racionalizando e relocando a infra-estrutura necessária ao
fortalecimento da agricultura no Município, mediante a realização de obras
pública e aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, celebração de
convênios que visem fomentar, profissionalizar e organizar a produção
agropecuaria do Município.

Este programa consiste em:

I - Disciplinar o uso e ocupação do solo na área rural através do


mapeamento da sua vocação agrícola.

II – Elaborar o Código de Posturas da área rural, para que as relações de


vizinhanças sejam orientadas e estabelecidas, garantindo o acesso às
propriedades, a manutenção de estradas, a eletrificação das residências e das
vias públicas, uso da água, destinação do lixo e esgoto;

III – Desenvolver projetos de apoio ao pequeno e médio produtor, com


programas de desenvolvimento tecnológico para melhorar o aproveitamento da
terra, financiamento para a produção, através da criação de um Fundo
Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, administrado pelo CMDRS –
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável;

IV – Fiscalizar a extração mineraria na área agrícola;

V – Reaparelhamento da estrutura de equipamentos destinados ao setor


agrícola com a aquisição de veículos, patrulha mecanizada, ferramentas e
utensílios, incluindo subsídios para o transporte de corretivas ou criação de
uma infra-estrutura para a chegada e distribuição até o produtor rural;

107
VI – Apoio às iniciativas de comercialização direta entre os produtores e os
consumidores, através de feiras livres, vendas no atacado para supermercados
e Programa de Abastecimento Municipal em parceria com organizações de
produtores;

VII – Promoção de ações de controle de erosão e recuperação do solo


degradado, com incentivo a sistemas produtivos sustentáveis como plantio
direto e integração lavoura-pecuária;

VIII - Fomento à agro-industria e a agricultura de base familiar;

IX – Incentivo à utilização racional dos recursos naturais, como agricultura


ecológica, produção orgânica, dentre outros;

X - Capacitação de servidores municipais para assuntos que propiciem a


melhoria no desenvolvimento do trabalho com a agricultura no Município, tais
como: mercado, agricultura orgânica, artesanato, turismo rural, organização e
administração rural, metodologia em atividades para o desenvolvimento rural
sustentável e planejamento municipal;

XI – Apoiar de forma permanente a continuidade das obras e conclusão do


parque agropecuário do município, bem como sua realizações de eventos
como leilão de gados, exposições agropecuárias e calvagadas. Promover e
estabelecer parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural –
SENAR – para capacitação de mão de obras rural;

XII – Apoio e incentivo a pequenos produtores, na efetivação da infra-estrutura


de usina de processamento de leite, visando viabilizar suas atividades e
oferecer para a população um produto de qualidade;

XII - Promover a criação em Guanhães da Semana do Produtor Rural.

CAPÍTULO VI - DA ESTRATÉGIA HABITACIONAL

Art. 49 - A Estratégia Habitacional visa à construção de novas habitações,


recuperação de habitações de famílias baixa renda, com instalação de infra-
estrutura, ou promovendo prioritariamente o adensamento habitacional na
malha urbana servida de infra-estrutura.

Art. 50 - Integram a Estratégia Habitacional:

I - Programa de Habitação para Famílias de Baixa Renda;

II - Programa de Reassentamento de Famílias residentes em Áreas de Risco;

III - Programa de Habitação de Interesse Social.

108
Seção I

Do Programa de Habitação para Famílias de Baixa Renda

Art. 51 - O Programa de Habitação para Famílias de Baixa Renda é destinado


à promoção de melhorias em habitações precárias, objetivando melhores
condições de vida e saúde para seus moradores, por meio de ação conjunta do
Poder Público, da iniciativa privada, de organizações não governamentais e de
celebrações de convênios entre o Município e as demais esferas de Governo.
Este programa consiste em:

I - Elaboração de cadastro atualizado das habitações precárias situadas no


Município, identificando-se especialmente aquelas sem instalações sanitárias;

II - Elaboração de cadastro de entidades e empresas interessadas em


participar do programa;

III - Estabelecimento de critérios e graus de assistência técnica oferecidos para


ampliação ou reforma das habitações;

IV - Ações para regularização da posse de terrenos e de loteamentos


irregulares;

V - Estabelecimento de rotinas de construção e reforma das habitações


selecionadas com tecnologia apropriada e conexão da habitação às redes de
água e esgotamento sanitário;

Seção II

Do Programa de Reassentamento de Famílias Residentes em Áreas de


Risco

Art. 52 - O Programa de Reassentamento de Famílias Residentes em Áreas


de Risco destina-se à transferência harmoniosa de famílias que se encontram
em áreas de inundações, de potencial deslizamento de encostas ou de outras
situações de risco de vida, em atuação conjunta com o Conselho de Defesa
Civil (CONDEC). Este programa consiste em:

I - Cadastro e notificação das famílias viventes em áreas não edificáveis;

II - Definição de alternativas para transferência das famílias das áreas de risco,


com a utilização de instrumentos jurídicos como a desapropriação do imóvel e
daqueles previstos na Estratégia de Uso do Solo.

109
Seção III

Do Programa de Habitação de Interesse Social

Art. 53 - Fica instituído em Guanhães o loteamento de interesse social, assim


entendido como aquele destinado a famílias sem moradia própria com
rendimentos mensais, inferiores a 03 (três) salários mínimos e com residência
comprovada no Município.

Parágrafo 1º. - A área mínima do lote de interesse social, será de 200 metros
quadrados;

Parágrafo 2º. - Os sistemas viários dos loteamentos de interesse social,


deverão ser planejados de forma a segurar a funcionalidade e a segurança do
tráfego, sem inviabilizar os recursos disponíveis, não deixando também de
levar em conta o papel social que os espaços públicos de circulação cumprem
em áreas residenciais de baixa renda.

Art. 54 - O Programa de Habitação de Interesse Social objetiva o adequado


assentamento de famílias que vivem em cortiços ou desalojadas. Este
programa consiste em:

I - Cadastro atualizado das famílias citadas no caput, descrevendo o ambiente


em que vivem;

II - Elaboração de projetos destinados a conseguir recursos estaduais e


federais para programas de habitação popular, com prioridade para ocupação
dos vazios urbanos;

III - Estabelecimento de ações cooperativas, com atuação ativa da população


contemplada, na elaboração e execução dos projetos de habitação, como
contrapartida para recebimento da moradia;

IV- Ações em prol da reinserção social das famílias atendidas com habitação
popular;

V - Implantação de áreas de lazer e preservação das beira dos córregos e rios


e monitorar a ocupação a fim de evitar novas ocorrências de ocupações
irregulares;

VI - Coibir a ocupação de áreas públicas institucionais, dando-lhe o uso


adequado e acordo com a função social da propriedade; de áreas de lazer e
preservação, com construções irregulares, dando imediatamente o uso
adequado a estas áreas;

110
Parágrafo único - Os programas previstos neste artigo aplicar-se-ão em todo o
Município, incluindo a zona rural e os distritos de Farias, Corretinho, Sapucaia
e Taquaral.

CAPÍTULO VII - DA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Art. 55 - A Estratégia de Desenvolvimento Social estabelece a oferta dos


serviços e das atividades relacionadas a cultura, educação, esporte, saúde,
assistência social e segurança pública para o Município de Guanhães, de
forma articulada, porém independentes

Art. 56 - A Estratégia de Desenvolvimento Social contempla os seguintes


programas:

I – Programa da Cultura;

II - Programa para a Educação;

III - Programa para o Esporte;

IV- Programa para a Saúde;

V - Programa para a Assistência Social;

VI – Programa para a Segurança.

Parágrafo único - Os programas serão formulados com a participação de


profissionais de cada área, de maneira coerente com o modelo de
desenvolvimento proposto neste plano.

Seção I

Do Programa Para a Cultura

Art. 57 - O Programa para a Cultura consiste num conjunto de serviços e


atividades que visam incentivar a prática das manifestações culturais para a
manutenção da memória, elevação do espirito e renovação do saber cultural da
população.

Parágrafo único - São fundamentos para o desenvolvimento do Programa


para a Cultura:

I - liberdade para a manifestação da atividade cultural;

111
II - incentivo às ações de grupos e indivíduos que contribuam para o
incremento cultural no Município;

III - respeito às diversas manifestações culturais praticadas pela comunidade;

V - incremento de atividades artísticas calcadas no passado cultural do


Município.

Art. 58 - Fazem parte do Programa para a Cultura:

I - Incentivo da prática artística de grupos já constituídos e de artistas


individuais, incluindo as bandas municipais, por meio da geração de
oportunidades para apresentação, montagem de espetáculos e ensino da arte
às novas gerações;

II - Identificação, na Lei de Uso e Ocupação do Solo, de espaços próprios para


manifestações e ensino de atividades artísticas e culturais, como teatros,
museus, bibliotecas, salas de exposições e oficinas culturais e de cidadania,
como forma de resgate da auto-estima da população;

III - Promoção de atividades culturais e artísticas nas escolas públicas e


privadas e nos espaços públicos do Município;

IV - Incentivo ao turismo de eventos, em articulação com a Estratégia de


Desenvolvimento Sustentável, como forma de atrair divisas, aproveitando o
potencial artístico, cultural e econômico do Município;

V - Implementação de um Fundo Municipal de Cultura, com a recomendação


do Conselho Municipal de Cultura, que venha estimular e promover a
realização das atividades deste Programa;

VI – Defesa ao patrimonio cultural natural, especialmente Parque do


Candonga, Lagoa Grande e Cachoeiras do Município;

VII – Estrutura efetiva do Parque de Exposições do Município.

Parágrafo único - Serão celebrados convênios, parcerias e outros acordos


com organizações não governamentais dedicadas a assuntos culturais e
artísticos para que se fortaleçam no exercício dessas atividades, promovendo o
nome do Município de Guanhães e garantindo frequência e qualidade.

112
Seção II

Do Programa para a Educação

Art. 59 - O Programa para a Educação consiste num conjunto de serviços e


atividades que visam assegurar a todos os cidadãos acesso à educação
assistida, com ênfase na melhoria das condições do ensino continuado.

Parágrafo único - São fundamentos para o desenvolvimento do Programa da


Educação:

I - Igualdade de tratamento para todos os cidadãos, na rede publica de ensino;

II - Ajuste do conteúdo ministrado à realidade local e global, cumprindo o


preceito da Agenda 21 de “pensar globalmente e agir localmente”;

III - Formação das novas gerações à luz dos paradigmas da sociedade


moderna, no contínuo desafio de não apenas informar, mas educar
integralmente, preparando cidadãos social e ambientalmente responsáveis,
mais cooperativos e que trabalhem em rede;

IV - Estabelecimento de estreita relação da escola com a comunidade vizinha,


para que o prédio da escola se torne um pólo centralizador de atividades
culturais, artísticas, esportivas e educativas das comunidades, garantindo
também a inclusão digital;

V - Suporte educacional aos alunos carentes da rede pública de ensino para


sua integração e construção da cidadania, com atividades de acompanhamento
escolar, artísticas, de informática e esportivas, promovidas pela própria escola;

VI - Estabelecimento de uma estratégia de divulgação dos serviços


educacionais oferecidos pelos sistemas estadual, municipal e privado, para
maior motivação da população na busca do estudo;

VII - Implantação de políticas de valorização do magistério, por meio de plano


de carreira e instrumentos de contínua capacitação profissional.

Seção III

Do Programa para o Esporte

Art. 60 - O Programa para o Esporte consiste na oferta de diversas


modalidades esportivas, apropriadamente realizadas, à população em geral e a
grupos específicos em particular.

113
Parágrafo único - São fundamentos para o desenvolvimento do Programa
para o Esporte :

I - Equidade, com o oferecimento de atividades a todos os munícipes sem


distinção de raça, credo e idade, dentre outros;

II - Valorização da saúde, visando melhorar a qualidade de vida da população


em geral, por meio de prevenção e erradicação de doenças pela prática de
esportes apropriados;

III - Promoção prioritária dos jogos coletivos, para incentivo ao trabalho


cooperativo e em equipe;

IV - Prevenção dos problemas relativos a drogas, obesidade, criminalidade e


outros;

V - Atenção especial a grupos específicos, como idosos, portadores de


deficiências, dependentes químicos e outros, com a utilização de modalidades
esportivas adequadas às suas necessidades;

VI - Aprimoramento das práticas culturais e esportivas geradoras de lazer,


entretenimento e convívio social como fator fundamental para o
desenvolvimento municipal.

Art. 61 - O Programa para o Esporte abrange:

I - Identificação, na Lei de Uso e Ocupação do Solo, de espaços próprios para


as atividades do Programa, priorizando a oferta de oficinas esportivas e de
cidadania, para o ensino de esportes de salão e alternativos, como forma de
resgatar a auto-estima da população;

II - Estabelecimento de mecanismos para a implementação das oficinas;

III - Estipulação de normas para a utilização igualitária e consciente, pela


população da sede e dos distritos, das estruturas esportivas pertencentes às
escolas públicas e aos centros comunitários, para atender demandas locais;

IV - Incremento de eventos esportivos como competições, torneios e jogos, nas


atividades escolares.

V - A valorização do atleta local.

VI – Construção e implantação de Centro Esportivo Municipal.

114
Seção IV

Do Programa para Saúde

Art. 62 - O Programa para Saúde consiste num conjunto de serviços e


atividades que visam assegurar condições dignas de saúde e bem-estar à
população, especificamente aos grupos sociais mais vulneráveis a
enfermidades por fatores diversos.

Parágrafo único - São fundamentos para a elaboração do Programa para


Saúde :

I - Garantir a boa aplicação dos recursos financeiros públicos por meio da


gestão participativa da população no Conselho Municipal de Saúde;

II - Garantir serviços de saúde com qualidade para todos os munícipes;

III - Firmar parcerias entre o Poder Público e a sociedade civil organizada para
execução das ações do Programa, com ênfase às atividades continuadas para
a terceira idade, para jovens em recuperação, deficientes físicos e saúde do
trabalhador;

IV - Promover a inter-relação deste programa com os demais programas e


estratégias previstos nesta Lei, objetivando abrangência e convergência de
ações;

V - Desenvolver e aplicar programas preventivos de saúde, com suporte do


Programa de Saúde da Família;

VI – Potencializar o Município como pólo regional de saúde, não apenas pela


quantidade e qualidade dos atendimentos hospitalares, médicos e clínicos, mas
pela sua localização geográfica, com foco na redução dos índices de epidemias
e enfermidades.

VII – Firmar convênios com o Governo Estadual e a União para obtenção de


recursos financeiros específicos para programas de saúde e melhorias da
estrutura física da Unidades Básicas de Saúde e de Referência.

Art. 63 - São diretrizes para a efetivação da Política Municipal de Saúde:

I - Para a medicina preventiva:

a) fortalecer o desenvolvimento de campanhas preventivas e de promoção da


saúde;

115
b) reestruturar os postos de atendimento para atividades de orientação que
visem redução da morbidade e mortalidade;

II - Promover ações de capacitação para os servidores municipais.

III - Para a vigilância sanitária:

a) desenvolver campanhas de educação sanitária;

b) fortalecer o setor de vigilância sanitária enquanto órgão fiscalizador.

IV - Para Vigilância Epidemiológica:

a) desenvolver programas preventivos e de controle;

b) desenvolver campanhas periódicas de prevenção por meio de parcerias


entre o Poder Público e a sociedade civil organizada.

V - Para o planejamento das ações:

a) incentivar a participação da população no Conselho Municipal de Saúde;

b) informar eficientemente a população sobre os serviços oferecidos pelo


Município, principalmente cuidados e hábitos preventivos de problemas de
saúde física e mental;

c) realizar a Conferência Municipal de Saúde, bianualmente, para formulação


dos programas e das ações adequadas ao Plano Municipal de Saúde.

VI - Para a potencialização do Município como pólo regional de saúde:

a) promover eventos para disseminar práticas de higiene e prevenção de


enfermidades e distúrbios, inclusive psicológicos, para toda a microregião;

b) desenvolver ações que aumentem o poder de resolução do Município,


reduzindo sua dependência dos centros urbanos;

c) promover o credenciamento do Município para atendimentos ainda não


oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e demandados pela população.

d) Fortalecimento da representatividade do município na CIB Regional.

116
Seção V

Do Programa para a Assistência Social

Art. 64 - O Programa para a Assistência Social consiste num conjunto de


serviços e atividades que visam assegurar à população em geral condições
dignas de vida, considerando as desigualdades sociais resultantes do processo
de desenvolvimento da região.

Parágrafo único - São fundamentos para o desenvolvimento deste programa:

I - Combater as causas da pobreza, erradicar a fome e a miséria, sobrepondo


a geração de empregos ao assistencialismo, principalmente por meio do
fomento à organizações da sociedade civil e ao trabalho cooperativo;

II - Garantir a boa aplicação dos recursos públicos, incentivando a gestão


participativa da população no Conselho Municipal de Assistência Social;

III - Desenvolver programas de reinserção e reintegração social para os grupos


menos favorecidos ou com necessidades especiais;

IV - Desenvolver programas de melhoria habitacional e de oferta de habitação


popular para famílias com baixo poder aquisitivo, conforme a Estratégia
Habitacional desta Lei;

V - Firmar parcerias entre o Poder Público e a sociedade civil organizada para


execução das ações previstas neste Programa;

VI - Promover a inter-relação deste Programa com os demais programas e


estratégias previstos nesta Lei, objetivando abrangência e convergência de
ações.

Art. 65 - São diretrizes para a efetivação do Programa para a Assistência


Social:

I - Para o resgate da cidadania:

a) amparo a mulheres e crianças em situação de risco;

b) amparo à terceira idade;

c) combate à mendicância, às drogas, à prostituição e ao alcoolismo;

d) amparo e atendimento as pessoas portadoras de deficiência;

e) implantação de creches infantis para atendimento da população.

117
II - Para a geração de emprego e renda:

a) Incentivar a formação de associações de classe e cooperativas;

b) Incentivar a formação de frentes temporárias de trabalho;

c) Incentivar a formação de parcerias entre a Secretaria Municipal de


Assistência Social e a iniciativa privada.

d) Implantar projetos em parceria com os governos estaduais e federais e com


a iniciativa privada.

III - Para o planejamento das ações:

a) incentivar a população a participar no Conselho Municipal de Assistência


Social;

b) realizar a Conferência Municipal de Assistência Social bianualmente para


formulação dos programas e das ações adequadas ao Plano Municipal de
Assistência Social.

Seção VI

Do Programa Mais Segurança

Art. 66 - O Programa Segurança consiste num conjunto de serviços e


atividades que visam assegurar à população em geral o direito de fruição do
espaço urbano, sem riscos aos seus bens jurídicos.

Art. 67 - São diretrizes para a implantação do Programa Mais Segurança:

I - Apoiar o funcionamento do Conselho Municipal de Segurança Pública;

II - Desenvolver programas preventivos à violência - com ênfase à proteção de


mulheres e crianças - às drogas e aos acidentes de trânsito, em estreita
relação com os programas culturais e de esportes, principalmente usando as
oficinas de cidadania das comunidades;

III - Promover estudos de viabilidade para implantação da guarda municipal,


com atribuições educativas e preventivas;

IV - Desenvolver ações junto ao governo estadual para reestruturação das


polícias civil e militar.

118
TÍTULO III - DO SISTEMA DE GESTÃO DO PDEDG

Art. 68 - O Sistema Municipal de Gestão do PDEDG visa a correta e eficiente


implantação desta Lei e será instituído por iniciativa do Poder Executivo.

Art. 69 - Compete ao Sistema de Gestão de Gestão do PDEDG.

I - Zelar pela realização continuada e eficaz das estratégias e programas


propostos;

II - Garantir a participação popular no planejamento municipal;

III - Promover a instituição da legislação específica decorrente do PDEDG;

IV - Coordenar reuniões temáticas, que definirão atribuições e


responsabilidades dos diversos segmentos envolvidos em cada programa do
PDEDG.

Art. 70 - O Sistema de Gestão do PDEDG atua nas seguintes etapas do


planejamento:

I - Formulação dos planos, estratégias, políticas e programas decorrentes


desta Lei, com sua atualização permanente;

II - Acompanhamento da execução do PDEDG, monitorando a implementação


dos planos, estratégias, políticas e programas dele decorrentes;

III - Controle dos resultados e reavaliação do planejamento.

Art. 71 - O Sistema de Gestão do PDEDG é unidade administrativa


responsável diretamente pela implantação e gerência do PDEDG e projetos
complementares.

Parágrafo 1° - O Sistema de Gestão do PDEDG é integrado por técnicos com


formação específica para o desenvolvimento das ações previstas nesta Lei, e
por um representante de cada unidade administrativa da Prefeitura.

TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 72- São partes integrantes desta Lei:

I - Anexo I - Estratégias;

II - Anexo II - Glossário;

119
III - Anexo III - Relação de prioridades apontadas pela comunidade, durante o
processo de elaboração do PDEDG;

IV – anexo IV - Projeto de Lei do PDEDG.

Art. 73 - O Poder Executivo promoverá, por meio de legislação apropriada, a


adequação de sua estrutura funcional para o cumprimento desta Lei, à luz das
seguintes premissas:

I - Fortalecimento do papel do planejamento estratégico em todas as áreas;

II - Fortalecimento dos órgãos responsáveis pela política de meio ambiente,


com ênfase à transversalidade de suas ações em todas as áreas;

III - Fortalecimento do setor responsável pela fiscalização de obras e posturas;

IV - Fortalecimento do setor responsável pelas atividades de esporte, lazer e


turismo;

V - Fortalecimento dos cadastros imobiliário e econômico.

Art. 74 - Os planos setoriais de ação, desenvolvidos sob a coordenação das


secretarias e dos conselhos competentes, são parte integrante do PDEDG
devendo ser executados em consonância com seus preceitos.

Parágrafo único - Os programas contidos nesta Lei são prioritários, podendo


ser complementados e reformulados de acordo com os planos setoriais de
ação.

Art. 75 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 76 - Revogam-se as disposições contrárias.

Guanhães, 10 de outubro de 2006.

Osvaldo Castro Pinto


Prefeito Municipal

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