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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS JI-PARANÁ | AFYA

STELA DE JESUS MOURA

DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO DA CIDADE DE SUMARÉ, SÃO PAULO

JI-PARANÁ, RO
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS JI-PARANÁ | AFYA

STELA DE JESUS MOURA

Atividade avaliativa apresentada ao Curso de


Arquitetura e Urbanismo, do Centro
Universitário São Lucas - Campus Ji-Paraná, a
ser utilizada como diretrizes para manufatura da
TED 1 da disciplina de Planejamento Urbano:
Teoria, Desafios e Perspectivas, ministrada pela
docente Natália Costa.

JI-PARANÁ, RO
2022
SUMÁRIO
1. DIAGNÓSTICO........................................................................................................................ 4
2. PROGNÓSTICO .................................................................................................................... 18
3. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 19
1. DIAGNÓSTICO
1.1. HISTÓRIA DO MUNICIPIO DE SUMARÉ
Em meados do século XVIII, surge nesta região a Vila de São Carlos das
Campinas. Ao seu redor vão surgindo as sesmarias, grandes porções de terras
incultas e devolutas que o governo imperial concedia a pessoas que gozavam de
prestígio pelo império português no Brasil. Sumaré tem a sua origem vinculada as
sesmarias. As mais antigas referências à região do Quilombo, há mais de 200 anos,
são encontradas em documentos de doação das sesmarias. Com o
desmembramento das sesmarias, a região passa a ser formada por fazendas. Em
suas culturas, destaque para o café. Com fazendas e povoado formados, no dia 26
de julho de 1868 foi construída uma capela dedicada à Nossa Senhora de Santana,
marco da fundação de Sumaré. Em 1875, com a inauguração da estação da
Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o povoado progrediu rapidamente. A
Estação recebeu o nome de um dos maiores engenheiros brasileiros, Antônio
Pereira Rebouças Filho.
Em 1920, em franco desenvolvimento, o povoado já contava com energia
elétrica, posto policial, iluminação pública, cartório, escola, serviço telefônico, igreja
matriz, subprefeitura e pronto socorro. O serviço de abastecimento de água foi
inaugurado em 1934. Sumaré, em seus primórdios era conhecida como Quilombo.
Com a passagem da estrada de ferro, Quilombo passou a ser chamado Rebouças.
A denominação Sumaré, nome de uma orquídea originária desta região, se deu em
1945, por meio de um plebiscito. A escolha do nome se deu em face que a
legislação brasileira impedia dois povoados ter o mesmo nome. Na época, existia
uma cidade, com nome de Rebouças, no Paraná. O nome da orquídea Sumaré foi
escolhido dez anos antes da emancipação político administrativa do município, que
conquistaria a sua independência de Campinas no 1° de janeiro de 1953. Sumaré
é elevado à condição de Comarca no ano de 1964.
Em relação ao crescimento populacional, a história de Sumaré se divide
nitidamente em duas partes: até 1950 sua população era basicamente formada por
imigrantes italianos e portugueses; depois de 1950, pela presença de migrantes de
todos os estados do Brasil. Os imigrantes vieram quando o café chegou a
Campinas na segunda metade do século XIX. A produção cafeeira avançava para
o oeste paulista deixando para trás as terras cansadas e as antigas fazendas
retalhadas em pequenos sítios, agora ocupadas pelos imigrantes. Eles compravam
terras, praticavam a agricultura nas imediações de Sumaré ou abriam comércio na
zona urbana. O vilarejo crescia ao redor da Estação de Rebouças, impulsionado
pelo comércio, pela incipiente indústria de sabão, de tijolos, de bebidas e pela
atividade extrativa da madeira. Em 1907 o povoado tinha perto de 300 habitantes,
em 1912 pouco mais de 400, em 1940 o distrito tinha perto de 5.000 e em 1950
chegava a 6.000. Coincidido com a industrialização do Sudeste, as indústrias
alcançaram Sumaré nos anos 50 e a partir de então o município vivenciou um
crescimento vertiginoso a cada década.
IMAGEM 1: PRAÇA DA REPÚBLICA - IGREJA DE SANT’ANA

FONTE: IBGE, 2022.1

IMAGEM 2: HOSPITAL CONCEIÇÃO IMACULADA, 1973

FONTE: IBGE, 2022.2

1 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/historico
2 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/historico
IMAGEM 3: BANCO BRADESCO, 1976

FONTE: IBGE, 2022.3

IMAGEM 4: SEMINÁRIO SÃO FRANCISCO DE ASSIS, 1975

FONTE: IBGE, 2022.4

IMAGEM 5: VISTA PANORÂMICA DA CIDADE

FONTE: IBGE, 2022.5

3 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/historico
4 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/historico
5 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/historico
A Região Metropolitana de Campinas, conhecida também como Grande
Campinas, conta com uma população estimada de 3,2 milhões de habitantes
distribuídos em 3.791 km², é formada pelo Município de Campinas e mais 19
municípios que se reúnem ao redor da Capital Campineira e são por ela
polarizados. Os municípios participantes são: Americana, Arthur Nogueira,
Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba,
Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira,
Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
Foi criada pela Lei Complementar Estadual 870, de 19 de junho de 2000 e a
região é uma das mais dinâmicas no cenário econômico brasileiro, com PIB de
R$109,9 bilhões, e PIB per Capita de R$38.207,86, a região mostra-se em uma
posição de destaque, semelhantemente ao PIB per Capita do Estado de São Paulo,
que corresponde a R$33.624,41 e do Brasil a R$22.645,86. Assim, além de possuir
uma economia robusta, a região conta também com uma infraestrutura que oferta
o crescimento de toda a área metropolitana.
É a décima maior região metropolitana do Brasil e a segunda maior região
metropolitana de São Paulo, é participante do Complexo Metropolitano Expandido,
sendo essa a quarta maior megalópole do mundo, contando com 29,8 milhões de
pessoas, 153 cidades e 27% do PIB nacional, firmados entre as duas maiores
rodovias do estado: Via Anhanguera - SP 330 e Rodovia dos Bandeirantes – SP
348.
A mancha urbana ampliou, gerando uma aglomeração intensa de São Paulo
a Campinas, unindo todos esses municípios, assim essa região abriga uma parcela
considerável da população brasileira. Além de ser considerada a maior macro
metrópole do Hemisfério Sul. Dessa maneira, a cada grupo de 100 brasileiros, 12
moram nessa mancha. Sua extensão de 11.698 km 2 corresponde a 0,27% do
território brasileiro, chegando a ser mais populoso do que países como Chile,
Bélgica e Holanda.
Segundo o estudo da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano
(EMPLASA), com base em imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), mostra que entre os dois aglomerados urbanos não há mais que
14 km entre bairros com o mínimo de 72 moradias, conceito mundial para
determinar uma macro metrópole, a união de duas regiões metropolitanas.
Os 19 Municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC)
representam 3,24% do total do território do Estado, numa área de 3.7982km²,
concentrando aproximadamente 47% da população de todo o Estado. Sua primeira
definição legal data de 1967, mediante os Decretos Estaduais números 47.863, de
29/03/1967, 48.162 e 48.163, de 3/7/1967, ano em que foi oficialmente estabelecida
a divisão do Estado em Regiões Administrativas.
A divisão do Estado em Regiões Administrativas e Região Metropolitana
visou definir diretrizes para uma Política de Regionalização da Administração
Estadual, com o objetivo de conferir maior racionalidade às suas atividades e
decisões básicas. Os critérios orientadores foram: utilidade para racionalização da
Administração Pública Estadual, limites físicos das Regiões, considerando também
a polarização urbana e suas áreas de influência, critérios especiais relativos a áreas
que exijam tratamento diferenciado quanto às atividades de planejamento e
execução governamentais.
A Região apresenta uma diversificada produção industrial, principalmente
em setores dinâmicos e de alto input científico/tecnológico, com destaque para
municípios de Campinas, Paulínia, Sumaré, Santa Bárbara D´Oeste e Americana,
o que tem resultado em crescentes ganhos de competitividade nos mercados
internos e externos.
Além disso, é servida por um sistema viário amplo e de boa qualidade,
contando como eixos principais as Rodovias Bandeirantes (SP-348) e Anhanguera
(SP-330) ligando a região à Capital e ao interior paulista, a Rodovia Luiz de Queiroz
(SP-304) rumo a Piracicaba e a Rodovia D. Pedro I (SP65) que faz a ligação com
o Vale do Paraíba e a Rodovia Presidente Dutra (SP-60 e/ BR 116) ligando a região
ao Nordeste e ao Sul do país.
Dessa maneira, a Região Metropolitana de Campinas vem conquistando e
consolidando, nos últimos anos, uma importante posição econômica nos cenários
estadual e nacional. Visto que, essa área, próxima à Região Metropolitana de São
Paulo, possui um parque industrial moderno, diversificado e formado por
segmentos de natureza complementar. Apresenta uma estrutura agrícola e
agroindustrial bastante significativa, desempenhando atividades terciárias com uma
especialização expressiva. Destaca-se ainda, a presença de centros inovadores no
campo das pesquisas científica e tecnológica, com a importante presença de
centros universitários de renome nacional e internacional.
E por fim, a RMC conta, também, com a presença do Aeroporto de
Viracopos, o segundo maior do país, situado no município de Campinas. Ele
registrou em 2018 um fluxo de cargas de cerca de 240 mil toneladas, embarcadas
e desembarcadas em voos internacionais e 9,2 milhões de pessoas passaram pelo
terminal em 2018.
MAPA 1: LOCALIZAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS NO ESTADO DE SÃO
PAULO

FONTE: WIKIPÉDIA, 20226

MAPA 2: LOCALIZAÇÃO DE SUMARÉ NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

FONTE: PLANO DIRETOR DE SUMARÉ, 20227

6https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Campinas#/media/Ficheiro%3A

SaoPaulo_RM_Campinas.svg
7https://www.sumare.sp.gov.br/plano_diretor/arquivos/sobre/Plano%20Diretor%20Sumar%C3%A9

%202019.pdf
1.2. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA
Distrito criado com a denominação de Rebouças, pela Lei Estadual n.º 1.187,
de 16-12-1909, subordinado ao município de Campinas. Em divisão administrativa
referente ao ano de 1911. Assim em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e
31-XII-1937, o distrito de Rebouças, figura no município de Campinas. Pelo
Decreto-lei Estadual n.º 14.334, de 30-11-1944, o distrito de Rebouças passou a
denominar-se Sumaré.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Sumaré
(ex-Rebouças), figura no município de Sumaré. Elevado à categoria de município
com a denominação de Sumaré, pela Lei Estadual n.º 2.456, de 30-12-1953,
desmembrado de Campinas. Sede no antigo distrito de Sumaré. Constituído de 2
distritos: Sumaré. Hortolândia, criado pela mesma Lei que criou município acima
citado. Instalado em 01-01-1955. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o
município é constituído de 2 distritos: Sumaré e Hortolândia. Pela Lei Estadual n.º
5.285, de 18-02-1959, é criado o distrito de Nova Veneza (ex-povoado), com terras
desmembradas do distrito de Hortolândia e anexado ao município de Sumaré. Em
divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos:
Sumaré, Hortolândia e Nova Veneza. Assim permanecendo em divisões territoriais
datadas de 1988. Pela Lei Estadual n.º 7.644, de 30-12-1991, desmembra do
município de Sumaré o distrito de Hortolândia. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos:
Sumaré e Nova Veneza. Assim permanecendo em divisão territorial datada de
2007.
MAPA 3: MAPA DAS ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SUMARÉ

FONTE: RESEARCHGATE, 20228

1.3. DADOS SOCIOECONÔMICOS – PANORAMA


1.3.1. POPULAÇÃO
De acordo com os dados do IBGE, Sumaré apresenta uma população
estimada de 289.875 habitantes. E a pirâmide etária, em 2010, apresentava-se da
seguinte forma:
GRÁFICO 1: PIRÂMIDE ETÁRIA - 2010

FONTE: IBGE, 2022.9

8 https://www.researchgate.net/figure/FIGURA-2-Mapa-das-administracoes-regionais-do-Municipio-
de-Sumare-Mapa-10-Extraido-de_fig2_357813837
9 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/panorama
• População estimada (2021): 289.875 pessoas;
• População no último censo (2010): 241.311 pessoas;
• Densidade demográfica (2010): 1.572,04 hab/km².

1.3.2. POPULAÇÃO RESIDENTE POR RELIGIÃO


GRÁFICO 2: RELIGIÃO – UNID. PESSOAS

FONTE: IBGE, 202210

1.3.3. TRABALHO E RENDIMENTO


Em 2020, o salário médio mensal era de 3.6 salários mínimos. A proporção
de pessoas ocupadas em relação à população total era de 21.7%. Na comparação
com os outros municípios do estado, ocupava as posições 10 de 645 e 281 de 645,
respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição
43 de 5570 e 1167 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com
rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 32.2% da
população nessas condições, o que o colocava na posição 274 de 645 dentre as
cidades do estado e na posição 4234 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
• Salário médio dos trabalhadores formais (2020) = 3,6 salários mínimos;
• Pessoal ocupado (2020) = 62.198 pessoas;
• População ocupada (2020) = 21,7%;

10 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/panorama
• Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até
½ salário mínimo (2010) = 32,2%.

1.3.4. EDUCAÇÃO
• Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade (2010) = 97,7%;
• IDEB - Anos iniciais de ensino fundamental (Rede pública) (2019) = 6,3;
• IDEB - Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) (2019) = 5,2.
• Matrículas no ensino fundamental (2021) = .33.088 matrículas;
• Matrículas no ensino médio (2021) = 9.176 matrículas;
• Docentes no ensino fundamental (2021) = 1.436 docentes;
• Docentes no ensino médio (2021) = 624 doentes;
• Número de estabelecimentos do ensino fundamental (2021) = 81 escolas;
• Número de estabelecimentos de ensino médio (2021) = 28 escolas.

1.3.5. ECONOMIA
• PIB per capita (2019) = R$52.557,85;
• Percentual das receitas oriundas de fontes externas (2015) = 61%;
• Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) (2010) = 0,762;
• Total de receitas realizadas (2017) = 697.378,02 R$ (×1000);
• Total de despesas empenhadas (2017) = 594.154,62 R$ (×1000).

1.3.6. SAÚDE
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 9.94 para 1.000 nascidos
vivos. As internações devido a diarreias são de 0.2 para cada 1.000 habitantes.
Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 265 de 645 e
386 de 645, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas
posições são de 2780 de 5570 e 4284 de 5570, respectivamente.
• Mortalidade Infantil (2020) = 9,94 óbitos por mil nascidos vivos;
• Internações por diarreia (2016) = 0,2 internações por mil habitantes;
• Estabelecimentos de Saúde SUS (2009) = 38 estabelecimentos.
1.3.7. TERRITÓRIO E AMBIENTE
Apresenta 95.1% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 91.5%
de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 45.8% de domicílios
urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro,
calçada, pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios
do estado, fica na posição 152 de 645, 383 de 645 e 108 de 645, respectivamente.
Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 195 de 5570, 1345
de 5570 e 558 de 5570, respectivamente.
• Área de unidade territorial (2021) = 153,465 Km2;
• Esgotamento sanitário adequado (2010) = 95,1%;
• Arborização de vias públicas = 91,5%;
• Urbanização de vias públicas (2010) = 45,8%;
• Bioma (2019) = Mata Atlântica;
• Sistema Costeiro-Marinho (2019) = Não pertence;
• Hierarquia urbana (2018) = Metrópole (1C) - Município integrante do Arranjo
Populacional de Campinas/SP;
• Região de influência (2018) = Arranjo Populacional de Campinas/SP -
Metrópole (1C);
• Região intermediária (2021) = Campinas;
• Região imediata (2021) = Campinas;
• Mesorregião (2021) = Campinas;
• Microrregião (2021) = Campinas.
1.4. LEVANTAMENTO TERRITORIAL
Como mencionado acima, Sumaré faz parte da Região Metropolitana de
Campinas, o que impacta não apenas positivamente, como também
negativamente, pois de certo modo, isso a transformou em uma cidade-dormitório.
Grande parte da população apenas mora e usufrui dos equipamentos públicos de
Sumaré, mas trabalha e gasta seu dinheiro em Campinas, Paulínia e demais
cidades com maior infraestrutura. Assim, as rodovias são usadas intensamente
para o transporte diário entre casa e trabalho.
MAPA 4: IMAGEM DE SATÉLITE MOSTRANDO OS LIMITES DA CIDADE

FONTE: GOOGLE MAPS, 202211

Isso é desencadeado por diversos fatores, como o difícil acesso dos bairros
até região central de Sumaré, mas a facilidade de acesso desses até Campinas,
principalmente no quesito transporte público; favorecimento na aquisição de lotes
urbanos para grandes indústrias, mas pouco investimento em cursos técnicos
profissionalizantes, fazendo com que a população não desfrute de forma integral
das ofertas de empregos criadas na região, levando os a procura de empregos com
requisitos menos rigorosos em Campinas; pouco investimento em equipamentos
de lazer, esporte e cultura, bem como nos estabelecimentos de saúde; uso e
ocupação do solo mal planejados, pois mescla indústrias e residências,

11https://www.google.com/maps/place/Sumar%C3%A9,+SP/@-22.8409503,-
47.2511681,16371m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x94c8bcfd64c3182d:0x8e575af90f766b31!8m2!
3d-22.8244116!4d-47.2707792
ocasionando em moradias irregulares nas áreas de preservação permanente;
pouco investimento no comércio local, resultando em serviços básicos e repetidos.

MAPA 5: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

FONTE: PLANO DIRETOR DE SUMARÉ, SÃO PAULO

O município abriga pouquíssimas áreas verdes, que vêm sendo


frequentemente usada pela população de baixa renda para a construção de
moradias irregulares, visto que o processo de aquisição de lotes urbanos é
extremamente burocrático. Além disso, o sistema viário encontra-se bastante
prejudicado uma vez que falta calçadas e às condições das que existem não
favorecem pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiência, ou seja,
há ausência de acessibilidade e falta de manutenção nas estradas rurais, bem
como a falta asfalto nas ruas mais altas, resultando no entupimento dos bueiros em
dias chuvosos, pois a água da chuva carrega toda terra dessas ruas e leva para as
ruas mais baixas que são asfaltadas e possuem bueiros.
MAPA 6: ÁREAS VERDES

FONTE: PLANO DIRETOR DE SUMARÉ, SÃO PAULO


Por outro lado, em Sumaré há uma grande oferta de instituições de ensino,
contemplando desde o primário até o médio, conforme os dados do IBGE, soma-
se aproximadamente 109 escolas, de modo bem distribuído na região. Além disso,
é válido ressaltar que a distribuição de água é excelente, dificilmente ocorre
racionamento e ainda conta com um recurso extra, pois há diversos poços
artesianos espalhados pela cidade, podendo a população usufruir de forma gratuita.
Assim, é possível perceber que o município apresenta forte potencial de
crescimento, visto que está inserido em uma das maiores regiões metropolitanas
do país, basta o direcionamento correto para haja o crescimento ordenado e
sustentável.
2. PROGNÓSTICO

Considerando a situação atual da cidade, sua história e tendências, se nada for


feito, como esta cidade será amanhã?
Se a cidade continuar seguindo os mesmos direcionamentos, ela se tornará
em sua totalidade apenas uma cidade-dormitório e os recursos conquistados nos
setores comerciais desaparecerão de forma gradual, levando ao empobrecimento
vertiginoso do município. E em consequência desse empobrecimento, aumentará
também o número de incidentes violentos, roubos e crimes em geral.
Além disso, prejudicará o senso de pertencimento ao local, visto que se
passa muito mais tempo (de segunda-feira a sábado) em Campinas do que em
Sumaré, bem como o intenso congestionamento nas principais rodovias que ligam
o município a região metropolitana, já que grande parcela da população as utiliza
no mesmo dia e horário, sem ter uma rota alternativa.
Ainda, se permanecer o mal planejamento do uso e ocupação do solo, as
poucas áreas verdes existentes desaparecerão, dando lugar a moradia irregulares,
que contribuirão para a poluição dos rios e consequentemente culminará em
enchentes nas épocas chuvosas.
3. REFERÊNCIAS

PREFEITURA DE SUMARÉ, SÃO PAULO. Plano Diretor de Desenvolvimento


Sustentável, 2019.

IBGE CIDADES. Sumaré, São Paulo. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sumare/panorama. Acesso em: 18 de
setembro de 2022.

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