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UNIVERSIDADE SALVADOR

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

DANIEL ASSIS
FABRICIO SILVA
GABRIELA MELHEM
NATHARCIA QUEIROZ
PAULO SANTIAGO
YAGO PESSOA

ANÁLISE DO ZONEAMENTO E CRESCIMENTO POPULACIONAL


NO BAIRRO DA PITUBA

Salvador
2017
DANIEL ASSIS
FABRICIO SILVA
GABRIELA MELHEM
NATHARCIA QUEIROZ
PAULO SANTIAGO
YAGO PESSOA

ANÁLISE DO ZONEAMENTO E CRESCIMENTO POPULACIONAL


NO BAIRRO DA PITUBA

Este trabalho de pesquisa realizado


durante as aulas de Planejamento Urbano
e Regional II, do curso de Arquitetura e
Urbanismo para obtenção de nota da
segunda unidade das atividades a serem
realizadas. Orientado pela Prof.ª Angela
Cristina Mattos de Magalhães

Salvador
2017
APRESENTAÇÃO
Este trabalho tem por objetivo compor a parcela avaliativa da 2ª Unidade da
disciplina de Planejamento Urbano e Regional II. Os estudos e análises
desenvolvidos, sobre o bairro da Pituba, fazem parte do comparativo de
informações e percentuais entre da LOUOS/1984 e o PDDU/2016 em vista do
crescimento populacional e demográfico da Pituba estimando dados populacionais
e taxas de crescimento entre os anos 2000 e 2030.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................5
1. DELIMITAÇÃO TERRITORIAL DA POLIGONAL DO BAIRRO....................6
2. ANÁLISE DA CARACTERIZAÇÃO ZONAL...................................................6
3. ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS.......7
4. ANÁLISE DEMOGRÁFICA DO BAIRRO ......................................................8
4.1 Relação demográfica da Prefeitura-Bairro com Salvador................8
4.2 Dados demográficos do bairro com os da Prefeitura-Bairro.........8
4.3 Análise da densidade domiciliar........................................................8
4.4 Demanda domiciliar (pessoas/UI²)....................................................8
4.5 Área de solo para as novas edificações (m²)...................................8
CONCLUSÃO..................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................10
INTRODUÇÃO
O conceito primário do bairro é caracterizado na escala intermediária, sendo ela
três escalas: a escala da rua, onde ficam localizadas as unidades habitacionais, a
escala do bairro onde se forma através da união dos quarteirões com
características semelhantes e a terceira escala que é a escala da cidade formada
por todos os bairros.
Em analises feitas ao livro “Morfologia Urbana e Desenho da Cidade”, sobre os
conceitos de bairros, utiliza a mesma linha de raciocínio, modificando apenas a
forma de expressão, dando mais detalhes a cada item citado anteriormente. A
menor delas é a rua, chamada de escala setorial, um pedaço do espaço urbano
com uma forma própria e de características onde os elementos morfológicos são:
os edifícios, o traçado, a vegetação ou estrutura verde entre outros instrumentos de
menor escala. A escala urbana vem em seguida, sendo ela o bairro, com partes
homogêneas identificáveis por traçados e praças, os quarteirões e monumentos, os
jardins e áreas verdes, sendo assim, pode englobar a totalidade da vila, aldeia, ou
da própria cidade. Finalmente, a dimensão territorial é compreendida pela cidade,
nesta escala a estrutura da cidade articula-se de diferentes formas onde a
distribuição de seus elementos primários ou estruturantes define seu espaço: o
sistema de arruamentos e os bairros, as zonas habitacionais, centrais ou
produtivas.
 O autor Kevin Lynch, traz uma linha de raciocínio parecida, em 1977, fala que os
bairros são regiões bidimensionais de médio e grande porte, tendo características e
identidade própria, que tornam de fácil identificação e diferenciação. Outro autor
vem com dados mais técnicos, em 2004, Barros, apresentou a ideia que o bairro
teria entre 2.000 e 3.000 unidades de habitação com uma população entre 5.000 e
10.000 e um perímetro entre 3km e 5km.
Comparando os conceitos de bairro que foram citados ate aqui, entende-se que
todos eles se complementam. Um bairro não é só formado por um monte de dados
técnicos, mas também seu contexto histórico, cultural, estrutural que levou aquela
região a ter a sua própria característica e identidade.
O bairro da Pituba, servirá de base para estudos e análises que serão feitas em
seguida, dentro dos aspectos de Planejamento Urbano, através de mapas
analíticos e dados coletados. O seguinte conteúdo identificará a localização
geográfica da poligonal, baseado em diretrizes e cartografias do PDDU e LOUS
2016, com o objetivo de identificar, quantificar e qualificar dados do bairro, como:
parâmetros urbanísticos, dados demográficos, potencial construtivo e demanda
domiciliar. Obtendo em sua intenção final uma projeção para características do
bairro no ano de 2030.
1. DELIMITAÇÃO TERRITORIAL DA POLIGONAL DO BAIRRO

O bairro da Pituba, fica localizado na parte Sudeste do território da cidade de


Salvador, equivalente ao quadrante de terço inferior na sua península em
formato triangular. A poligonal do bairro é faceada pelo Oceano Atlântico e
possui um relevo irregular.
Na parte Oeste o bairro tem o seu limite no Parque Joventino Silva ou
Parque da Cidade, Amaralina e Santa cruz. Na parte Leste faz limite com
bairro Costa Azul e o Rio Camarajibe. O Norte faz limitação com o Itaigara e
Caminho das Arvores. As delimitações do território da Pituba encontrada no
livro Caminho das Águas é a mesma encontrada nos mapas do PDDU 2016.

Fonte: Mapa 09 do PDDU2016 modificado pelos autores.


Imagem 1: localização do bairro da Pituba na Prefeitura-Bairro Barra/Pituba
do PDDU/2016.
Fonte: Livro Caminho das Águas.
Imagem 2: Delimitação do Bairro da Pituba pelo Livro Caminho das Águas.

Fonte: Mapa 09 do PDDU 2016 editado pelos autores.


Imagem 3: Cartograma completo de Salvador com as Prefeituras Bairro
destacando o Bairro da Pituba.
Fonte: Mapa 09 do PDDU 2016 editado pelos autores.
Imagem 4: Cartograma Ampliado da Prefeitura Bairro Barra/Pituba destacando
o Bairro da Pituba.

A Prefeitura bairro- Barra/pituba equivale a 7,54% da cidade de Salvador e


encontra-se no 5 lugar de área entre as 10 prefeituras-bairro da cidade. Por estar
envolvida em parâmentros de interesse mobiliário, a sua área destaca-se das
demais que estão próximas a seu valor como Valéria, Cajazeiras, Pau da Lima.
Deve-se analisar também a proporção do bairro em relação a sua prefeitura- bairro.
Nesse caso a Pituba, inserida na prifeitura barra/pituba, equivale a 17,08% da
porção total. É um bairro que nota-se equipamentos públicos, boa infraestrutura
urbana, densidade vegetal como a do Parque da cidade e amenindade físicas
como a costa do Oceâno Atlântico. Comparado esses valores pode-se prever
acréscimo populacional significativo para área, para tanto percebe-se o equivoco
do PDDU de 2016 ao permitir aumento no gabarito de altura pois pode ocasionar o
aglomeramento populacional prejudicando a sistematização do bairro.

Memorial de Cáculo:

Área de Salvador304,85Km² 304,85 – 100%

Área da prefeitura bairro 23Km² 23 - x=

Área da pituba 3,93 Km² 304,85x – 2300

X=2300 / 304,85 = 7,54%

23 – 100%

3,93- x

x= 393/23 = 17,08%
2. ANÁLISE DA CARACTERIZAÇÃO ZONAL
3. ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES DOS PARÂMETROS
URBANÍSTICOS

A área Ocupada corresponde à projeção horizontal da construção sobre o


terreno. Na LOUOS de 1984, o Índice de Ocupação Máxima (Io) que é a relação
máxima permitida entre a área ocupada e a área total do terreno, ou seja o valor
máximo do lote que pode ser ocupado pela edificação, e o Índice de Utilização (Iu)
ou Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CAM) é a relação máxima permitida
entre a área construída e a área total do terreno, sendo assim, representa o valor
máximo de área que pode ser construída em um determinado local com base na
área do lote, estes junto ao Índice de Permeabilidade (Ip) eram os principais
parâmetros urbanísticos. Comparando com a LOUOS de 2016, a mais atual, vê-se
que o termo Utilização se tornou obsoleto e passou-se a considerar três
Coeficientes de Aproveitamento (CA):

 Coeficiente de Aproveitamento Mínimo – CAMín;


 Coeficiente de Aproveitamento Básico – CAB;
 Coeficiente de Aproveitamento Máximo – CAM.

O Mínimo tem o objetivo de estabelecer o menor valor de aproveitamento do


solo com o objetivo de promover a edificação dos lotes evitando assim a
especulação imobiliária, o Básico estabelece o valor máximo que o terreno pode
construir em condições normais, já o índice máximo estabelece o valor máximo de
adicional construtivo excedendo o CAB. Pode-se notar que esses parâmentros são
fundamentais para controlar o crescimento das zonas, evitando a especulação,
como mencionado e limita o valor máximo de construção.

Na imagem abaixo, pode ser observado todos os usos permitidos para o Bairro
da Pituba, pela LOUOS de 1984, bem como os índices urbanísticos.
Tabela 1: Restrições de uso e de ocupação aplicáveis ás Zonas De Concentração de usos Residenciais (ZR)

Fonte: LOUOS/1984
Tabela 1: Parâmetros de Ocupação do Solo

Fonte: LOUOS/2016

Percebe-se que há uma grande diferença na classificação bem como nos valores
dos parâmetros. Antes o bairro poderia ter uso residencial ou multiresidencial e
atualmente, se emprega o termo Zona Predominantemente Residencial e estas são
divididas em 3, sendo que no bairro da Pituba, como analisado no capítulo anterior,
engloba a ZPR2 e a ZPR3. Portanto o Índice de ocupação que era de 0,50 e 0,45,
para uso residencial ou multiresidencial, respectivamente, passou a ser obtido de
acordo com a observação (a) onde este varia de acordo com a área e se o lote já
está ocupado ou não.

É visto que estes valores são maiores do que os previstos na LOUOS/1984,


sendo que o valor mais baixo, 0,50 para terrenos existentes com área superior a
250m², era o maior índice da antiga LOUOS. Representando, com o maior valor
0,9, um crescimento de 180%.

Já o antigo Iu, atualmente CAM, anteriormente era de 1,8 e 2,0, e passou a ser
de 2,0 e 3,0, a depender da ZPR, representando um aumento de 112% e 150%
respectivamente. Então há um incentivo para o crescimento residencial deste
bairro.
Antes não se tinha a classificação de ZPAM nem nada similar, mas podemos
perceber que os parâmetros urbanísticos limitam bastante a construção nestas
áreas objetivando desestimular a construção nessa área.
Na LOUOS de 1984, os usos eram divididos em: Comerciais e Serviços Mistos,
na LOUOS de 2016, tem-se as Zona Centralidade Linear Municipal (ZCLMu), a
Zona Centralidade Municipal (ZCMu). Comparando o Io destas, vê-se que antes o
valor era de 0,5 e agora é de 0,7 (ZCLMu) e 0,6 (ZCMu), representando um
crescimento de 140% e 120%, respectivamente. Quanto ao Iu, antes o índice era
de 1,8, já o mais atual estabelece 3,0 para as duas zonas de centralidade,
representando um aumento de cerca de 166%. Pode-se concluir que na nova
LOUOS há um estimulo maior para as zonas de centralidades do que na antiga.

Nas imagens a seguir é analisado o crescimento do bairro da Pituba, observa-


se que este apresenta poucas áreas desocupadas e pouca variação entre os anos,
porém, tal fato é devido à verticalização do bairro.
Imagem 1: Comparação da evolução ocupacional do bairro da Pituba (entre 2005, 2009 e 2016)

Fonte: Google Earth

Tabela 3: Comprometimento do Espaço Municipal de Salvador - 1998

Fonte: Caderno da Cidade – Uso e ocupação do solo


Fonte: Caderno da Cidade – Uso e ocupação do solo

De acordo ao “Caderno da Cidade – Uso e ocupação do solo”, o gráfico 01 ilustra


a comparação entre os percentuais da área ocupada líquida, área ocupada bruta e
Área Comprometida por região, dados visto na tabela 03. Partindo da distribuição
das diferentes categorias, é visto que a ocupação do solo apresentava grande
continuidade em toda a Macrounidade 01 (AUC), integrada pelas regiões Centro
(RA I), Itapagipe (RA II), São Caetano (RA III), Liberdade (RA IV), Brotas (RA V),
Barra (RA VI), Rio Vermelho (RA VII), Pituba (RA VIII) e Boca do Rio (RA IX).
4. ANÁLISE DEMOGRÁFICA DO BAIRRO

4.1 Relação demográfica da Prefeitura-Bairro com Salvador

4.2 Dados demográficos do bairro com os da Prefeitura-Bairro

4.3 Análise da densidade domiciliar

Em 2010, observou-se um aumento de 9,52% no número de habitantes na


cidade de Salvador (2.675.656 habitantes) em relação ao ano de 2000 (2.443.107
habitantes). Nesse mesmo período, houve um significativo aumento de 31,87% no
número de domicílios do tipo particular permanente, ressaltando uma
desproporcionalidade na relação de aumento da população com o aumento do
número de residências.

Com base na observação de dados estatísticos, a diminuição da densidade


domiciliar pode ser explicada pelo aumento da expectativa de vida, aumento dos
números de divórcio, aumento no número de jovens adultos responsáveis por
residências e aumento do grau de escolaridade da população, o que possibilita a
dissociação de núcleos familiares demasiadamente densos.

Tabela: População, domicílios e densidade domiciliar no território de Salvador.


2000 2010 Variação

População 2.443.10 2.675.65 + 9,52%


7 6

Domicílios particulares 651.008 858.496 + 31,87%


permanentes

Densidade domiciliar 3,75 3,12 0,63


x = nº população/ nº domicílio
Fonte: autoria própria.
Referências: IBGE, senso demográfico de 2000 e 2010.

4.4 Demanda domiciliar (pessoas/UI2) e potencial construtivo


Com base nas variações dos dados, podemos fazer uma especulação á cerca
do número de habitantes e da demanda domiciliar no bairro, no ano de 2030,
fazendo a previsão de quantas unidades novas residenciais serão necessárias para
aportar a nova leva da população.

Estimamos que no ano de 2030, a população total do bairro da Pituba seja de


72.837 habitantes. O que representa uma variação positiva de 7.677 habitantes.
Com base nesses dados,  foi feita a simulação baseada nas parcelas específicas
da população por renda média, 30%, alta, 10% e baixa 60%, conforme tabela.

Tabela: População por renda. Simulação com base em parcelas com os valores
hipotéticos conforme solicitados no edital.
Habitantes Parcela 2010 2030

Renda alta 10% 6.516 7.283,7

Renda 30% 19.54 21.851,1


média 8

Renda baixa 60% 39.09 43.702,2


6

Total 100% 65.16 72.837


0
Fonte: autoria própria.
Referências: IBGE, senso demográfico de 2010.

Tabela: População, domicílios e densidade domiciliar no território da Pituba.


2000 2010 Variação

População 53.222 65.16 + 18,32%


0

Domicílios particulares 16.010 23.38 + 31,53%


permanentes 3

Densidade domiciliar 3,32 2,78 - 0,54


x = nº população/ nº domicílio
Fonte: autoria própria.
Referências: IBGE, senso demográfico de 2010.

A partir dos dados do senso demográfico do IBGE de 2010 e do cálculo da


densidade domiciliar desse mesmo período, fez-se a simulação de demanda
domiciliar por parcela de habitantes em relação à renda.
Tabela: Previsão de demanda domiciliar. Simulação com base em parcelas com os
valores hipotéticos conforme solicitados no edital.
Habitantes por Habitantes em Habitações em Memorial de cálculo:
renda 2030 2030 hab/densidade domiciliar
de 2010

Renda alta 7.283,7 2.620 7.283,7 / 2,78 = 2.620

Renda média 21.851,1 7.860 21.851,1 / 2,78 = 7.860

Renda baixa 43.702,2 15.720 43.702,2 / 2,78 = 15.720

Total 72.837 26.200 72.837 / 2,78 = 26.200


Fonte: autoria própria.
Referências: IBGE, senso demográfico de 2010.

4.5 Área de solo para as novas edificações (m²)


1.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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