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Faculdade de Arquitectura e

Planeamento Físico

INFRAESTRUTURAS URBANAS
III ano, I semestre

LEVANTAMENTO NO BAIRRO DE MAVALANE A

GRUPO 4
Doho, Othelo
Mazenga, Kleberson
Zucule, Leonardo

Docentes
Comiche, Jaime
Mercília Lombe
Simão, António

Maputo, Março de 2023


Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 3
1.1. Objetivos ......................................................................................................................... 3
1.2. Metodologia..................................................................................................................... 3
1.3. Enquadramento .............................................................................................................. 4
2. Capítulo 1 - Levantamento e Diagnóstico do Bairro .......................................................... 4
2.1. Levantamento Demográfico .......................................................................................... 4
2.2. Levantamento Topográfico ........................................................................................... 5
2.3. Levantamento de Acesso á Infraestruturas ................................................................. 5
2.3.1. Sistema de Abastecimento de Água ....................................................................... 5
2.3.2. Sistema Viário e Drenagens .................................................................................. 6
2.3.3. Esgotos ..................................................................................................................... 7
2.3.4. Gestão De Resíduos Sólidos.................................................................................... 8
3. Capítulo 2 - Desastres Naturais ............................................................................................ 8
3.1. Tipos ................................................................................................................................ 8
3.2. Efeitos e Consequências ................................................................................................. 9
3.3. Estatística de ocorrência ................................................................................................ 9
3.3.1. A Nível Nacional ...................................................................................................... 9
3.3.2. A Nível Internacional ............................................................................................ 10
4. Capítulo 3 – Análise............................................................................................................. 11
4.1. Identificação e justificativa de desastres naturais prejudiciais ao bairro em análise
…………………………………………………………………………………………...1
1
4.2. Exemplos de evidências das principais consequências dos danos a nível da
habitação e a nível do bairro .................................................................................................. 11
5. Conclusão ............................................................................................................................. 13
6. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 14
1. Introdução
Moçambique é um país tropical costeiro, que nos últimos tempos tem sido alvo de eventos
ciclônicos, afetando vidas assim como diversas infraestruturas. Uma das formas de mitigar esses
trágicos impactos dos eventos climáticos, é garantindo um sistema de infraestruturas eficiente.
É nessa sonda que o presente trabalho estará alinhado, porém, para essa fase será exposto o
presente cenário duma área “urbana”, o bairro de Mavalane “A” e os possíveis problemas que está
enfrentando.

1.1. Objetivos
Esta pesquisa é feita para fins de compreender as interações entre a infraestrutura existente no
bairro de Mavalane “A” e as respectivo edificações urbanas existentes.

1.2. Metodologia
Para contextualização dos dados deste relatório, foi feita a pesquisa na internet e, principalmente
um melindroso trabalho de campo.
Estudados os casos referentes à actividade em causa
• 11% Da pesquisa foram feitas nas plataformas digitais (internet)
• 89% Da pesquisa foram feitas por meio de entrevistas e observação no camp
1.3. Enquadramento

O bairro de Mavalane “A” localiza-se no distrito municipal KAMAVOTA, na cidade de Maputo


em Moçambique. Sendo limitado a norte pelo bairro de Hulene “A”, e sul pelo bairro de
Maxaquene, a este pelo bairro de Mavalane “B” e a oeste pelo bairro de Aeroporto “A”. O bairro
ocupa uma área de 1226 m2.

2. Capítulo 1 - Levantamento e Diagnóstico do Bairro


2.1. Levantamento Demográfico
O gráfico á seguir, mostra a distribuição da população de Mavalane “A” por sexo.
Os dados estatísticos, de acordo com as projecções do Censo populacional de 2017, mostram que
a população de Mavalane “A” é de 1 9407 habitantes. Onde, 9 347 são homens e 1 0060 mulheres.
Analiticamente, destes, 2 889 são crianças dos 0 aos 14 anos, correspondente a 31 %, e 374 são
idosos com idade superior a 65 anos, correspondente a 4%. Significando que a maioria da
população deste bairro, isto é, 65% do total, tem idade activa.
2.2. Levantamento Topográfico

2.3. Levantamento de Acesso á Infraestruturas


2.3.1. Sistema de Abastecimento de Água
Quanto ao abastecimento de água, a FIPAG é a principal distribuidora de água potável no bairro,
tendo um sistema que abrange maior parte do bairro. Também existem algumas áreas do bairro
que a distribuição de água potável é feita por instituições públicas(escolas) e privadas
(distribuidores que usam furos), que usam a técnica de captação de água subterrânea.
A Escola Secundária Solidariedade, fornece água potavel a um raio de aproximadamente 500m e,
é a instituição que melhor abastece o bairro com água de furros.
Actualmente tem surgido algumas residências que possuem furos próprios de água, esta tendência
ocorre como meio de desviar das altas taxas de renda de água.

2.3.2. Sistema Viário e Drenagens


Por ser um bairro informal, a
maior parte das vias de acesso
não foram planeadas
devidamente, o bairro possui
arruamentos bem pequenos, na
sua maioria com 1.50m de
largura. Isso faz com que a maior
parte do bairro não tenha sistema
de drenagens e sistemas de
esgoto nas vias. Por essa razão o
escoamento das águas pluviais é
feito naturalmente pelos declives
do bairro.
O sistema de drenagem só existe em duas vias que são: AV. Acordos De Lusaka e AV. FPLM

2.3.3. Esgotos
O bairro de Mavalane “A”, não possui um sistema de esgotos público, cada residência é
responsável por tratar as águas negras e/ou pluviais no seu próprio terreno, usando fossas sépticas
e drenos.
Quando as fossas ficam saturadas, os residentes contactam os serviços que tratam dos assuntos de
limpezas de fossas e drenos.
2.3.4. Gestão De Resíduos Sólidos
Quanto a gestão de resíduos sólidos, o bairro possui um serviço de recolha de resíduos prestado
pelo município, cada área possui dois dias específicos para a recolha. Cada residência é
responsável por tirarar logo pela manhã os sacos contendo resíduos para a rua, a fim de facilitar o
trabalho dos responsáveis pela recolha que, por sua vez, canalisam os resíduos aos pontos de
recolha existentes ao longo das vias principais.

3. Capítulo 2 - Desastres Naturais


Desastres Naturais, são conceituados como o resultado de eventos adversos da natureza no planeta.
Fenômenos que fazem parte, portanto, da geodinâmica terrestre e, que causam, por sua vez,
grandes impactos na sociedade.

3.1. Tipos
Moçambique é afetado por vários desastres que são, por sua vez, provocados por fenómenos
naturais tais como inundações, seca, ciclones e sismos.
Alguns dos supracitados fenómenos são de carácter cíclico, enquanto que outros são ocasionais.
Citando casos referentes, os ciclones e os sismos. Portanto, ocorre que os mais recorrentes na zona
em estudo são as inundações, e ventos fortes.
3.2. Efeitos e Consequências
A insuficiência de infraestrutura como sistema de drenagens, sistema de esgotos e sistema viário
bem planeado, causa constrangimentos aos activos do bairro, como inundações em algumas
residências e vias.
Por consequência, os moradores são, muitas vezes, privados de exercer suas atividades domésticas.
Também, devido ao alagamento de algumas vias de acesso, dá-se a dificuldade de circulação de
pedestres e automóveis.
No que diz respeito aos ventos fortes, algumas residências e equipamentos públicos têm sofrido
danos graves, principalmente em coberturas e fechamentos. Isto, por se usar materiais ineficazes
aos fortes arremessos, como madeira e chapa de zinco. Importa constar que a "não consulta" à
mão-de-obra profissional pode ser um dos motivos pelo qual ocorrem estes desastres.
3.3. Estatística de ocorrência
3.3.1. A Nível Nacional
Conforme citado no primeiro ponto deste capítulo, <<Moçambique é afetado por vários desastres
que são, por sua vez, provocados por fenómenos naturais tais como inundações, seca, ciclones e
sismos>>, esses eventos se devem a influência climática do país, ditada pelos anticiclones
subtropicais do oceano índico, a zona de convergência intertropical, depressões térmicas da África
Austral e a passagem das frentes frias no sul.
Para além dos desastres de origem climatérica, uma grande parte do território nacional assenta em
falhas tectónicas, ficando assim sujeito a abalos sísmicos. O território nacional sujeito a tremores
de terra é aquele localizado no Vale do Rift e no Canal de Moçambique.
Referente aos ciclones, Moçambique nos últimos 12 meses foi assolado por um ciclone, o
»Freddy«. Atingiu velocidades de até 172 km/h perto da cidade de Quelimane em 11 de março
2023 às 14h00, e tinha um diâmetro de 5 quilômetros naquela época.
De acordo com a classificação internacionalmente aceita Saffir-Simpson, isto correspondeu a um
ciclone de categoria 2. No mar aberto, foram medidas velocidades de até 183 km/h.
A seguir temos a linha cronológica dos principais eventos climáticos:
➢ Cheias de 2000
➢ Sismo de 2006
➢ Ciclone tropical Fávio (2007)
➢ Ciclone Jokwé (2008)
➢ Cheias de 2013
➢ Ciclone tropical Helen
➢ Cheias de 2015
➢ Ciclone Idae (2019)
➢ Ciclone Freddy (2023)

3.3.2. A Nível Internacional

Em 2020 houve: 46 desastres naturais na categoria de ciclones, 8 desastres naturais na categoria


de enchentes e inundações, 5 incêndios florestais e 8 desastres na categoria de sismos;

Em 2021 houve: 42 desastres naturais na categoria de ciclones, 4 desastres naturais na categoria


de enchentes e inundações, 4 erupções vulcânicas, 2 ondas de calor e 3 desastres na categoria de
sismos;

Em 2022 houve: 35 desastres naturais na categoria de ciclones, 9 desastres naturais na categoria


de enchentes e inundações, 1 erupção vulcânica, 1 onda de calor, 7 sismos;

Em 2023 até agora houve: 6 desastres naturais na categoria de ciclones, 1 deslizamento de terra, 1
enchente, 1 incêndio florestal e 2 sismos.
4. Capítulo 3 – Análise
4.1. Identificação e justificativa de desastres naturais prejudiciais ao bairro em análise
Inundações nas residências, alagamento nas vias de acesso e danificação das edificações, sãos os
desastres que têm embaraçado o bairro de Mavalane “A”. Partimos do princípio que o mesmo
ocorre devido ao facto de o bairro ser maioritariamente um assentamento informal, não possuindo,
portanto, infraestrutura suficiente para mitigar o impacto causado pelas calamidades naturais.
Felizmente, o bairro não foi afetado pelo ciclone que se fez sentir nos últimos dias na zona centro
do país, porém não escapou das inundações causadas pela chuva que se fez sentir um pouco por
todo país, desestabilizando e desabrigando muitas famílias, principalmente na zona sul da
província de Maputo, concretamente no distrito de Boane.

4.2. Exemplos de evidências das principais consequências dos danos a nível da


habitação e a nível do bairro
5. Conclusão
Concluído o trabalho, é possível identificar quais pontos do bairro de Mavalane “A”, logram maior
fragilidade ao serviço de infraestruturas. Diante disso, a pesquisa permite, também, aos tomadores
de decisões identificar os pontos onde têm ocorrido as principais problemáticas, a fim de definir
estratégias e ações de planeamento urbano eficientes.
Contudo, por meio dessa pesquisa feita principalmente no campo, tendo a possibilidade de ver e
sentir os impactos que a presença e ausência de infraestruturas causa no meio urbano, houve por
nossa parte um sentimento de “dívida” perante as nossas comunidades, de como cidadãos e futuros
projectistas, velar para que hajam infraestruturas que funcionem e cumpram com as suas
solicitações, garantindo desse modo, a melhoria de vida do cidadão.
6. Referências Bibliográficas
Publicado por Green View, em Desastres Naturais: Porque temos notado uma quantidade cada vez
maior? Disponível em: https://greenviewgv.com.br/desastres-naturais/ Acesso em 18/3/2023.

Publicado por Dados Mundiais, em Calamidades Naturais em Moçambique, Disponível em:


https://www.dadosmundiais.com/africa/mocambique/ciclones.php Acesso em 16/3/2023.

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