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Campus de Marrere
Campus de Marrere
1.1. Introdução
O presente projecto de pesquisa tem como tema a adaptação das cidades às mudanças climáticas e
os desafios urbanos, busca abordar as questões relacionadas ao crescimento populacional,
urbanização acelerada, infra-estrutura inadequada e impactos das mudanças climáticas em cidades
como Nampula. Esses desafios podem incluir aumento de enchentes e escassez de água, poluição do
ar e problemas de saúde pública. Através de estudos e estratégias de adaptação, busca-se promover
o desenvolvimento urbano sustentável, com infra-estruturas resilientes, planeamento adequado do uso
do solo, transporte sustentável e promoção da resiliência das comunidades urbanas frente aos
impactos climáticos.
A adaptação das cidades às mudanças climáticas é um tema de extrema relevância em todo o mundo,
e Moçambique não é excepção. Com um clima tropical e uma localização geográfica propensa a
eventos climáticos extremos, as cidades moçambicanas enfrentam desafios significativos para se
adaptarem a essas mudanças. Este ensaio discutirá os desafios urbanos específicos enfrentados por
Moçambique e as medidas necessárias para promover a resiliência climática nas áreas urbanas do
país.
Em Moçambique, os eventos climáticos extremos, como ciclones, inundações e secas, têm se tornado
cada vez mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas globais. Esses eventos têm um
impacto significativo nas áreas urbanas do país, afectando a infra-estrutura, a saúde pública e a
economia local. Além disso, a urbanização acelerada em Moçambique aumenta a vulnerabilidade das
cidades às mudanças climáticas, com muitas áreas urbanas sendo construídas em áreas de risco.
1.2. Tema
O presente Projecto de pesquisa tem como tema: a adaptação das cidades às mudanças climáticas e
os desafios urbanos, (2023).
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desordenada, a infra-estrutura inadequada e a vulnerabilidade às mudanças climáticas como principais
aspectos a serem abordados.
1.3. Problematização
A adaptação as cidades as mudanças climáticas envolve a implementação de medidas e estratégias
para reduzir os impactos negativos e aumentar a resiliência urbana, como a construção de infra-
estrutura resilientes, a gestão de recurso naturais, e promoção e da participação comunitária.
A problemática para a abordagem da adaptação das cidades às mudanças climáticas inclui a falta de
recursos financeiros e técnicos, a falta de vontade política e a falta de conscientização pública sobre a
importância da adaptação.
Portanto tais eventos caracterizam diversos bairros ou comunidades da cidade de Nampula, incluindo
o Bairro de Mutauanha, e por isso o autor escolheu o Bairro para realizar o seu presente estudo.
1.4. Justificativa
Para abordar a adaptação das cidades às mudanças climáticas em Moçambique é fundamentada na
necessidade de proteger as comunidades e a infra-estrutura urbana dos impactos cada vez mais
intensos dessas mudanças. Moçambique é um país vulnerável a eventos climáticos extremos, como
ciclones e inundações, que afectam negativamente a população e a economia local. Ao investir em
medidas de adaptação, como infra-estrutura resiliente e planeamento urbano adequado, é possível
reduzir os danos causados pelos eventos climáticos, promover a segurança das comunidades e
garantir a sustentabilidade das cidades. Além disso, abordar a adaptação às mudanças climáticas em
Moçambique é uma oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável, melhorar a qualidade
de vida das pessoas e contribuir para a mitigação dos efeitos do aquecimento global.
As mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para a qualidade de vida, segurança e
bem-estar dos habitantes urbanos.
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Toda via, surge a necessidade de estudar sobre a problemática da adaptação das cidades as
mudanças climáticas porque é crucial entender a implementação de estratégias de adaptação efectiva
para garantir a resiliência das cidades, protegendo os cidadãos e promovendo um desenvolvimento
urbano sustentável.
Por outro lado, o trabalho ira não só servir de base para consulta na realização de outros trabalhos
académicos, mais também irá ajudar a perceber sobre as consequências e as medidas mitigação da
problemática das mudanças climáticas. Entre tanto, o trabalho é importante na medida em que vai
consciencializar a sociedade sobre os factores e a prevenção das mudanças climáticas.
1.5. Objectivos
Alternativa: A cidade de Nampula não se adapta as mudanças climáticas e aos desafios urbanos.
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CAPÍTULO II
Mudanças Climáticas
Segundo PNUD (2007), a adaptação às mudanças climáticas é definida como sendo Ajustes
empreendidos pelas sociedades humanas em sistemas ecológicos, sociais ou económicos em
resposta aos estímulos climáticos reais ou esperados e seus impactos. Entretanto a adaptação pode
tomar a forma de actividades elaboradas de modo a melhorar a capacidade adaptativa do respectivo
sistema, ou acções direccionadas a modificar os sistemas socioeconómicos e ambientais de modo a
evitar ou minimizar os danos causados pelas mudanças climáticas.
Resiliência urbana
A resiliência urbana é a capacidade das cidades de se adaptarem, se recuperarem e se transformarem
diante de desafios e crises. "A resiliência urbana é a capacidade de uma cidade de se recuperar
rapidamente de choques e estresses, mantendo suas funções básicas intactas e melhorando sua
capacidade de se adaptar e crescer." (United Nations-Habitat, 2011)
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Gestão de riscos climáticos
A gestão de riscos climáticos é o processo de identificar, avaliar e responder aos riscos decorrentes
das mudanças climáticas. "A gestão de riscos climáticos é um processo contínuo que inclui a redução
de riscos, a adaptação e a construção de resiliência." (IPCC, 2014)
Vulnerabilidade urbana
A vulnerabilidade urbana é a condição em que uma cidade ou sua população estão expostas a riscos e
impactos negativos. "A vulnerabilidade urbana é uma combinação da exposição física, de condições
socioeconómicas precárias e da falta de capacidade de adaptação das cidades aos riscos." (UN-
Habitat, 2011)
Desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que busca equilibrar as necessidades
presentes com a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
"Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem
comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades."
(Relatório Brundtland, 1987)
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elevação de edifícios, a construção de sistemas de drenagem eficientes, a implementação de medidas
de protecção costeira e a garantia do fornecimento seguro de água potável.
3. Gestão Eficiente dos Recursos Naturais: Envolve a conservação e o uso sustentável dos
recursos naturais, como água, energia e vegetação. Isso pode ser feito através da promoção da
eficiência energética em edifícios e transportes, da implementação de programas de conservação da
água, do estabelecimento de áreas verdes para reduzir as ilhas de calor urbanas e da adopção de
práticas agrícolas sustentáveis.
1. Riscos climáticos específicos: Cada cidade enfrenta riscos climáticos únicos, como inundações,
ondas de calor, tempestades, secas, entre outros. Adaptar-se a esses riscos requer estratégias
personalizadas.
3. Limitações financeiras: Implementar medidas de adaptação pode ser caro para as cidades,
especialmente aquelas com recursos financeiros limitados. A obtenção de financiamento adequado
para projectos de adaptação é um desafio importante.
4. Complexidade das interacções urbanas: As cidades são sistemas complexos com várias partes
interessadas envolvidas. Coordenar esforços entre diferentes sectores e partes interessadas pode ser
desafiador.
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7. Incerteza futura: As mudanças climáticas são dinâmicas e incertas, tornando difícil prever os riscos
futuros com precisão. Adaptar-se a um ambiente em constante mudança é um desafio contínuo.
3. Aumento das temperaturas: As mudanças climáticas podem resultar em temperaturas mais altas.
Isso pode impactar negativamente a qualidade de vida da população urbana, aumentando o risco de
doenças relacionadas ao calor, como insolação e desidratação. Além disso, as altas temperaturas
podem afectar a produtividade económica e o consumo de energia para refrigeração.
1. Causas das mudanças climáticas: As principais causas são as actividades humanas, incluindo a
queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), que liberam grandes quantidades de
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. O desmatamento também contribui para as mudanças
climáticas, pois reduz a capacidade de absorção do CO2 pela vegetação.
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2. Eventos climáticos extremos: As mudanças climáticas estão causando um aumento na frequência
e intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades severas, inundações, secas
prolongadas e ondas de calor. Esses eventos representam desafios significativos para as cidades em
termos de infra-estrutura danificada, riscos para a saúde pública e impactos socioeconómicos.
3. Aumento do nível do mar: O aquecimento global resulta no derretimento das calotas polares e
geleiras, levando a um aumento no nível do mar. Isso representa uma ameaça directa para as cidades
costeiras, que estão sujeitas à erosão costeira, inundações e intrusão salina em aquíferos.
Além dos instrumentos mencionados, as cidades moçambicanas também adoptam outras medidas de
adaptação, como:
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4. Educação e conscientização: Realização de campanhas educativas para aumentar a
conscientização sobre os desafios das mudanças climáticas e incentivar comportamentos sustentáveis
na população.
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6. Monitoramento e avaliação: É importante estabelecer sistemas de monitoramento e avaliação para
acompanhar o progresso das medidas de adaptação implementadas. Isso permite avaliar a eficácia
das intervenções, identificar lacunas e ajustar as estratégias conforme necessário.
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CAPÍTULO III
A pesquisa, quanto aos procedimentos técnicos, tratar-se-á de uma pesquisa Bibliográfica, seguida
de Estudo observacional, que cingir-se-á em método de Análise bibliográficas e observação directa
dos fenómenos a estudar.
A pesquisa Bibliográfica, pautará pela selecção e elaboração do conteúdo a partir das matérias já
existentes e publicados (como é o caso dos livros, artigos científicos, jornais e demais literaturas
existentes e de acesso), mediante as consultas bibliográficas disponíveis pelos autores e literaturas
credenciadas cientificamente.
Constituirá como técnicas de colecta de dados para este estudo a: Pesquisa bibliográfica, Entrevista,
Inquérito, Observação directa e Análise de dados existentes.
3.3.1. Entrevista
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3.3.2. Pesquisa bibliográfica
Revisão de estudos, relatórios e literatura existente sobre as mudanças climáticas e os desafios
urbanos em Nampula no bairro de Mutauanha.
3.4.1. Amostra
A amostra do estudo será constituída pelo bairro de Mutauanha e por 60 indivíduos residentes no
mesmo bairro.
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3.4.2. Tipo de Amostragem
Os dados serão colectados mediante aplicação de um questionário, e depois serão agrupados em uma
base de dados compilado pelo programa estatístico SPSS versão 28, e para a triangulação e
construção de gráficos será usado o Microsoft Excel 2010, de forma a facilitar a sua análise e
interpretação dos dados será usado o Microsoft office 2010.
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CAPÍTULO IV
4.1. Cronograma
Actividades Período de Actividades
Setembro Outubro Novembro Dezembro Dezembro
de 2024
Elaboração de projecto
Apresentação de projecto
Recolha de dados
Processamento de dados
Compilação de trabalho
Apresentação trabalho
Fonte: Autor,2023.
4.2. Orçamento
Questionário 60 120Mt
Esferográfica 1 15Mt
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APA (2015). American Planning Association é uma organização profissional nos Estados Unidos
dedicada ao planeamento urbano e regional.
IPCC. Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Part A: Global and Sectoral
Aspects. Contribution of Working Group II to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental
Panel on Climate Change.
MAROUN, MARIA REGINA, (2007). Adaptação às mudanças climáticas. Rio de Janeiro. Brasil.
MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL – MICOA (2012). Estratégia
Nacional de Adaptação e Mitigação de Mudanças Climáticas
O Relatório Brundtland, também conhecido como "Nosso Futuro Comum", foi publicado em 1987 pela
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas.
ONU-Habitat (2011). O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos.
ONU-Habitat. Cities and Climate Change: Global Report on Human Settlements 2011.
PNUD (2007) Programa das nações unidas para o desenvolvimento. Combater as alterações
climáticas. Relatório de Desenvolvimento Humano 2007-2008.
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