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TEMA:
PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO SECTOR INDUSTRIAL PESQUEIRO
DA VILA SEDE DE MOSSURIL-|2023-2033|
Amanse Aliasse
Docentes:
MCs. Wilson Ludovico, Arqto
MCs. Abdul Carimo, Plandor
Deste modo, importa aqui ressaltar que por se tratar de uma região que geograficamente é propícia para a
prática desta actividade (sendo que mesmo sem a elaboração/implementação deste plano já esta sendo
praticada – como parte do dia-a-dia e cultura de parte da população). O presente plano vem para
desenvolver esta actividade de modo a gerar ganhos, para Mossuril e posteriormente para o país
(entendendo que esta possui um potencial para a prática da actividade pesqueira e desenvolvimento da
mesma).
Para tal feito, importa primeiramente entender qual é o posicionamento desta actividade em relação ao
pais e o mundo, para posteriormente (entendendo o estado actual e as dinâmicas que este sector nesta
região tem tomado) identificar as potencialidades que este sector/actividade apresenta nesta região, apara
assim por ciam destes dados puder definir o cenário e as estratégias para o desenvolvimento desde sector
de Mossuril.
1.2 METODOLOGIA
O presente tópico, apresenta a sequência lógica das etapas de elaboração do presente Plano Estratégico
com seus respectivos procedimentos metodológicos e ferramentas usadas, para melhor compreensão do
mesmo. As fases que permitirão a materialização dos objectivos previamente definidos, são:
FASE 01: Definição dos objectivos: Definição dos objectivos gerais e específicos que irão nortear o
presente Plano estratégico.
FASE 03: Processamento e Análise dos dados obtidos: Com base nos dados levantados através das
fontes electrónicas, manuais e dados levantados in loco, fazer a para o processamento e análise dos
mesmos.
FASE 04: Formulação dos cenários e estratégias de desenvolvimento.
FASE 05: Elaboração de Trabalho: Elaboração do Plano de acção do plano assim como o Plano de
financiamento deste, a para a posterior Implementação do mesmo Plano.
02 Levantamento de Dados
05 Elaboração de Trabalho
1.3 OBJECTIVOS
HORIZONTE TEMPORAL
No Contexto Nacional, os instrumentos de Ordenamento Territorial (IOT) tem como período de vigência de
10 anos após a sua aprovação. Em função disso e pelo grau de complexidade (relativamente ao tema a
ser desenvolvido) para a implementação do mesmo (sendo que pela sua flexibilidade estes planos não
possuem de forma consensual um período de vigência), para o Plano Estratégico de Desenvolvimento do
Sector Industrial Pesqueiro, prevê que para a sua implementação sejam necessários 10 anos (2023 –
2033).
PROBLEMATIZAÇÃO
“A pesca, por sempre ter feito parte da cultura humana, desempenha um papel específico tanto do ponto
de vista alimentar, como do artístico, da identidade e do modo de vida de várias comunidades.” (Moreira p.
53)
Deste modo, por se tratar de uma região que geograficamente é propícia para a prática desta actividade
região, esta que possui uma extinção costeira de …km e que tem contribuído anualmente com os seus
recursos marinhos (ocupando a quinta posição no ano de 2021, onde produziu 4982,91/Ton). Em meio a
isso, o presente plano vem para desenvolver esta actividade (esta cultura humana) de modo a gerar
ganhos, para Mossuril e posteriormente para o país (entendendo que esta possui um potencial para a
prática da actividade pesqueira e desenvolvimento da mesma).
O que é que está sendo feito na Vila Sede de Mossuril para que a actividade pesqueira seja de
referência para o desenvolvimento urbano?
JUSTIFICATIVA DO TEMA
“A pesca envolve um conjunto de actividades, tais como a captura, o processamento de produto,
estocagem e comercialização e ainda a captura naval e fabrico e reparo de apetrechos.” (Moreira, p. 53). A
actividade pesqueira, sempre e realizada com um certo propósito/fim. Na maior parte das vezes esta
actividade está relacionada, com a alimentação. Mas indo mais a fundo nesta temática da pesca,
acabamos por descobrir que a mesma vai muito além e entendemos que através dela podemos melhora e
transformar o nosso território (melhoria esta que será notória como consequência da incidência directa que
este sector causara na vida do pessoal envolvido nela).
Associado a esta actividade (em uma observação mais profunda desta temática – pesca), percebemos
também que esta actividade também pode ser praticada com fins recreativos (pesca recreativa/esportiva),
ornamentais (na captura de espécies marinhas que realçam a ornamentação de certos ambientes) ou até
mesmo para fins industriais (processando o produto marinho, como forma de obter através deste os seus
derivados), com isso gerar oportunidades de emprego onde a qualificação para o mesmo seria em algum
momento o saber fazer.
As principais espécies exploradas pela pesca no mundo pertencem aos grupos dos peixes, dos crustáceos
e dos moluscos, respectivamente. Moçambique possui 2515km de Costa, onde sobre a mesma vários
sectores actuam como intervenientes directos para o crescimento da economia e da imagem do nosso
belo Moçambique. E a actividade pesqueira (como sendo um dos sectores que actua como interveniente
directo para o crescimento de Moçambique) também tem a sua contribuição no crescimento económico do
mesmo por conta da sua localização.
Em parte desta extensão costeira, localizamos Mossuril. Esta que um dos seus potenciais que apresenta,
está directamente relacionado com a sua localização (elemento este que já possui alguns antecedentes
históricos que comprovam tal valor atribuído a esta região). Que sobre este potencial, esta região acaba
por se destacar também por apresentar um potencial pesqueiro, turístico, comercial.
Deste modo o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Industrial Pesqueiro, será elaborado com
o principal objectivo de diferenciar e obtendo uma grande vantagem económica, social, ambiental, sem
perder a identidade cultural da actividade pesqueira predominante nesta região.
Mossuril agrupa localidades de dois distritos nomeadamente: Mossuril (Chocas Mar), localiza-se na região
oriental da Província de Nampula, em relação as coordenadas astronómicas e limites físico:
Norte: Posto Administrativo de Matibane;
Este: pelo Oceano indico;
Sul: Posto Administrativo de Lunga e Lumbo;
Oeste: Localidade de Namitatar.
Mapa 1: Enquadramento geográfico de Mossuril, 2023
ENQUADRAMENTO LEGAL
A pesca é uma actividade que envolve a captura de peixes, crustáceos, moluscos e outros organismos
aquáticos em rios, lagos, mares e oceanos.
Compreende as actividades de pesca, tais como: pesca no mar largo, em águas costeiras ou em águas
interiores (salgadas, salobras e doces); apanha de espécies de animais marinhos e de água doce
(moluscos, crustáceos, equinodermes, espongiários, etc.); caça de espécies de animais marinhos e de
água doce (cetáceos, tartarugas, baleias, etc.). Inclui a pesca industrial e artesanal. (INE, 2008).
Nos últimos 10 anos a pesca se encontra entre os 3 sectores que mais crescem em Moçambique.
Os países asiáticos foram a fonte de 70% da produção global de pesca e aquicultura em 2020, seguidos
por países das Américas, Europa, África e Oceânia. A China continua sendo o maior produtor de pescado,
seguida pela Indonésia, Índia, Vietnam e Estados Unidos da América.
A China como maior produtor de peixes no mundo, respondeu por 35% da produção global de peixes em
2020. Excluindo a China, uma parcela significativa da produção em 2018 veio da Ásia (34%), seguida
pelas Américas (14%), Europa (10%), África (7%) e Oceânia (1%). (FAO, 2022)
Africa Oceania
China 80944000 9% 1%
Indonesia 26400000
Europa
India 10780000 13%
Produção em Asia
Vietnam 6380471 toneladas/metricas America 60%
17%
EUA 4991150
Produção
Consumo e comércio
Quantidade total para consumo humano (excluindo algas): 157 milhões de toneladas;
Valor do comércio internacional de produtos da pesca: USD 151 bilhões.
Emprego e frotas
Total de trabalhadores no sector primário de pesca e aquicultura: 58,5 milhões (21% mulheres);
Região com maior número de pescadores e aquicultores: Ásia (84%);
Número de navios de pesca: 4,1 milhões;
Região com maior frota: Ásia (2,68 milhões de navios, aproximadamente dois terços da frota
mundial).
Estoques de peixe
Estoques explorados de forma sustentável: 64,6% (2019), 1,2% menos que em 2017.
18
67
27
39 61 27 21 % 34
14 86 % % 37
% % 73 % 37 55 61
% 45 %
38 %
62 63
% %31 %
14 40 60 20
% % % %
86 80 71
% 38 %
77 62
41 % %
47
33 81
% 67 51
% 35
23 % 65
% %
77
%
Não sutentavel
Sustentavel
No ano de 2021 a produção pesqueira artesanal atingiu uma produção de 425,655 toneladas. No que
concerne a produção por província destacam-se as províncias da Zambézia, com 99,811 toneladas,
seguida de Nampula com 71,454 toneladas, Sofala com 66,575 toneladas e Inhambane com 52,025
toneladas, conforme o gráfico a seguir.
Em termos regionais o distrito de Angoche pode ser enquadrado na região costeira da província de
Nampula, juntamente com os seguintes distritos:
Angoche
Ilha de Moçambique
Memba,
Mogincual
Moma
Mossuril
Nacala-Porto
Tabela 01: Tipo de pesca no âmbito regional: Região Costeira de Nampula
É de se destacar que os distritos que praticam a pesca diversificada (artesanal e industrial) têm tido uma
produção de peixe maior em comparação com os distritos que somente praticam a pesca artesanal.
Para o sector da pesca o Distrito de Mossuril ocupa a 5ª posição, perdendo para Moma que ocupa a
primeira posição e se seguida por Mongicual.
Produção pesqueira (ton)
15066
Moma 18372
8211
11863
Mogincual 13315
8820
6449
Angoche 5148
6007
6398 2018
Memba 3703
1671 2017
3405 2016
Ilha De Moçambique 4832
1363
3278
Mossuril 4041
502
3172
Nacala Porto 2222
1509
126
Nacala à Velha 64
48
A costa do distrito de Mossuril se estende por cerca de 158km onde a pesca é uma das actividades que se
destacam. O distrito conta com 13674 pescadores, 3944 artes de pesca e 3838 embarcações de pesca
artesanal, cujo produto abastece o mercado local, área do interior e fora do distrito.
Durante o ano de 2020, foram licenciadas 288 artes de pescas de diferentes tipos contra 43 artes no igual
período do ano 2021. O distrito produziu 4982,91 toneladas de diversos tipos de pescado por meio da
pesca artesanais.
A pesca no distrito está mais voltada para o camarão, em detrimento de outras espécies e de recursos
valiosos constituídos pela lagosta, lula, polvo e caranguejo.
Peixe 4743.45
Camarão fino 56.17
Caranguejo 74.03
Camarão 9.38 Produção da pesca (ton)
Lula e polvos 99.75
Lagosta 0.13
Tubarões 0
Distritos de
Mossuril ,
498291, 11%
Outros
distritos da
provincia,
59053, 89%
Gráfico O7: Percentual Produção da pesca por tonelada
Em Mossuril, apresenta como potencial pesqueiro os seguintes produtos:
Camarão;
Camarão fino;
Lulas e polvos;
Caranguejos e lagostas;
Variedade de Peixes.
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
Com base nos dados obtidos no (INE, 2017), Onde o Distrito de Mossuril (segundo os dados obtidos no
INE, 2017), possui cerca de 182,335 habitantes, dos quais 88,761 são homens 93,574 são mulheres.
População de Mossuril
200,000
180,000
160,000
Aspectos demográficos
140,000
120,000
100,000
80,000
60,000
40,000
20,000
0
Homens Mulheres Total
População 88,761 93,574 182,335
E esta actividade nesta região é caracterizada por ser realizada para fins alimentícios, comerciais e
maioritariamente caracterizada como uma actividade focada simplesmente para a subsistência.
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO DE MOSSURIL
Fazendo-se fusão, percebe-se um aumento proporcional dos homens assim como das mulheres, desde os
anos 1997, 2007 e 2017, apresentando taxas de crescimento de forma decrescente.
Em Mossuril, conta com 11 serviços de bar e restauração (locais estes que são potenciais compradores do
produto marinho ora pescado). Como podemos ver na tabela abaixo:
Designação Quantidade
Bar e Restaurante 8
Restaurantes 3
Total 11
Tabela 03: Principais serviços e equipamentos
TRANSPORTE MARÍTIMO
A região possui 45 barcos que têm carregado mercadoria diversa de Lunga a Mossuril, Ilha a Mossuril,
Mossuril à Matibane e vice-versa. E por sua vez esta possui 10 barcos a vela que circulam de Mossuril à
Ilha, Mossuril à Lumbo, Mossuril á Matibane e vice-versa. O licenciamento é feito dentro do Distrito através
dos Conselhos Comunitários de Pesca.
ROTAS MARÍTIMAS
Para esta região, podemos destacar 7 (sete) rotas marítimas. Onde estas estão centradas exclusivamente
ao transporte de passageiros, visando os seus interesses (quer sejam turísticos, lazer, recreação ou até
mesmo para garantir uma conexão com demais pontos com interesse de trabalho).
Pelo que estas rotas abaixo descritas, possuem uma escala semanal. Sendo que temos as Rotas diárias
(as embarcações de carga e passageiros deslocam-se do distrito de mossuril para as praias da zona
continental, e para a ponte cais, na zona insular da ilha de Moçambique. Ao meio dia, os deslocamentos
são no sentido contraria, isso e, para a parte continental, concretamente para a ponte cais do Lumbo e
para o distrito de Mossuril) e as Rotas Intermitentes (nas Segundas, quintas e sextas-feiras, as
embarcações deslocam-se da ilha (insular), para a baia de Lunga e Matibane). Pelo que temos:
Lumbo – Cabeceira;
Mossuril – Ilha de Moçambique;
Mossuril – Lumbo;
Ilha de Moçambique – Chocas Mar;
Ilha de Moçambique – Cabeceira;
Ilha de Moçambique – Lunga.
Moçambique – Lunga.
Sustentabilidade dos recursos pesqueiros A gestão adequada dos recursos pesqueiros é essencial
para garantir a sua sustentabilidade a longo prazo,
evitando a sobrepesca e protegendo os ecossistemas
marinhos.
Pressão da pesca ilegal, não declarada e não A pesca INDNR pode prejudicar os esforços de
regulamentada (INDNR): conservação e gestão sustentável dos recursos
pesqueiros, afectando negativamente as comunidades
pesqueiras locais.
Conflitos de uso do espaço marinho A competição pelo uso do espaço marinho, seja entre
diferentes sectores da pesca ou com outras actividades
como turismo e conservação, pode gerar conflitos que
precisam ser gerenciados de forma adequada.
Mossuril é uma área predominantemente rural, com uma economia baseada na pesca e agricultura. No
entanto, a cidade de Mossuril, localizada na costa, tem uma população crescente e enfrenta alguns
problemas urbanos relacionados à pesca. O principal problema urbano em Mossuril na área de pesca
é a falta de infra-estrutura adequada para a gestão dos produtos pesqueiros.
A cidade não possui um porto ou cais adequado para o desembarque de pescado e outros produtos do
mar, o que dificulta a operação dos pescadores e afecta a qualidade dos produtos. Além disso, a falta de
armazenamento refrigerado e outras instalações para processamento e embalagem limita a capacidade
dos pescadores de agregar valor aos seus produtos e de atender a demanda do mercado.
Essa falta de infra-estrutura adequada também pode levar ao desperdício de produtos pesqueiros, já que
sem um sistema eficaz de armazenamento e transporte, os produtos podem se deteriorar rapidamente.
Isso pode afectar negativamente os meios de subsistência dos pescadores locais e limitar o potencial
económico da actividade pesqueira em Mossuril.
Portanto, é importante que sejam implementadas medidas para melhorar a infra-estrutura portuária e de
processamento de produtos pesqueiros em Mossuril, visando melhorar as condições de trabalho dos
pescadores locais, aumentar o valor agregado aos seus produtos e promover o desenvolvimento
socioeconómico da região.
ANÁLISE SWOT
Como forma de melhor caracterizar e enquadrar a região, importa assim após o diagnóstico estratégico
apresentar as análises dos factores internos e externos que geram um certo impacto (quer seja positivo
assim como negativo, e que este a sua incidência seja directa assim como indirecta). Pelo que, segue-se
assim a lista dos elementos obtidos na análise SWOT:
FACTORES INTERNOS
Força FACTORES EXTERNOS
1. Existência de 44km de extensão da costa nesta Oportunidades
região com 50m de profundidade possíveis para a
prática da actividade pesqueira; 1. Proximidade ao Porto de Nacala capaz de
escoar os produtos marinho e os seus
2. Existência de 11 equipamentos turísticos, que dão derivados;
potencial económico e gastronómico em Mossuril;
2. Travessia de rotas de navegação da África
3. Existência de 23,1% da população activa Ocidental ao longo do canal de Moçambique.
praticante da actividade pesqueira.
SWOT
Fraqueza
1. Ineficiência do processo de gestão e fiscalização
da actividade pesqueira; Ameaças
2. Vulnerabilidade do processo de armazenamento Alta competitividade do sector do pesqueiro
do produto marinho; a nível provincial e mundial.
3. Ausência de marketing nacional e regional da
actividade pesqueira nesta região.
A adaptação proactiva dos produtos às preferências dos consumidores, tanto a nível nacional,
como internacional;
Uma criação diversificação que aposte na qualidade, produzindo diferente, nomeadamente
produtos certificados e com um nível de demanda considerável;
Uma melhor percepção e intervenção nos circuitos de comercialização, o que poderá exigir uma
maior escala da oferta.
ANÁLISE DA ENVOLVENTE
A região tem um grande potencial, primeiro na variedade de recursos marinhos e na extensão oceânica, e
também potencial na existência de grandes áreas para a prática da aquacultura. Porém comparando a
região e o mundo, é notável e podemos afirmar que a região tem oferecido pouco em relação a sua
capacidade, por exemplo, a Zâmbia e a Tanzânia, são países vizinhos e tem mostrado um crescimento
exponencial das suas produções.
ANÁLISE DA OFERTA
Nota-se que, a região tem uma vasta área que pode ser explorado ou aproveitado de muitas maneiras
sustentáveis, há que frisar que a pesca e a actividade económica rentável e que torna como uma das
bases de sustento para a população, com esta potencialidade há que pensar em um desenvolvimento
territorial de modo que o produto produzido seja escoado para vários mercados nacionais e internacionais,
e para que haja uma boa racionalização dos recursos.
ANÁLISE DA DEMANDA
Actualmente a demanda dos produtos vem aumentado gradualmente, porem a oferta não consegue
responder a demanda do produto. Mas tempos futuros a procura pode aumentar devido a disponibilidade,
quantidade e a qualidade de oferta.
MERCADO INTERNACIONAL
A produção global dos produtos da pesca, incluindo a aquacultura, irá continuar a aumentar, projectando a
FAO um crescimento de 15% até 2021, crescimento que será suportado principalmente pelos produtos
aquícolas.
A Europa, principal mercado mundial para os produtos da pesca e da aquacultura, continuará a ser
largamente deficitária no abastecimento do mercado interno, quer pela quebra que se tem verificado na
captura, quer pela estagnação da produção aquícola que, agora, a Comissão Europeia pretende combater.
A aposta em novas espécies aquícolas, que pode surgir dos resultados da investigação e da
experimentação, continuará a ser incentivada, permitindo uma maior oferta e abertura de novos abrigos de
mercados.
RESULTADOS DA SWOT
Face ao exposto e aos resultados da análise SWOT do sector, a estratégia de desenvolvimento passará
pelos seguintes vectores de actuação:
Contribuir para o desenvolvimento regional e local e, nessa base, para a diversificação das
oportunidades de emprego e para a estabilidade económica e social das populações do litoral;
Valorizar e dignificar o capital humano e as profissões do sector, bem como promover a
melhoria da capacitação dos serviços e a competitividade das unidades de produção, através
da inovação organizativa e funcional e da divulgação do conhecimento científico e técnico;
Gerir melhor o uso dos recursos, diversificando as técnicas e métodos de produção e
incentivando e promovendo a produção de qualidade;
Compatibilizar, através de políticas verdadeiramente integradas, os diferentes usos da faixa
costeira nacional, contribuindo activamente para um racional ordenamento e para uma gestão
integrada dessas zonas;
Incentivar a investigação científica, a valorização do saber tradicional e a inovação ao nível
dos métodos, das tecnologias e da abertura de novos campos de actuação.
O sistema funcional urbano no distrito de Mossuril e sua envolvente são caracterizados por uma série de
elementos e actividades que contribuem para o funcionamento das áreas urbanas. Isso inclui:
Infra-estrutura básica: Existência de vias de acesso, redes de abastecimento de água, electricidade,
saneamento básico e telecomunicações para atender às necessidades da população local.
Transporte: Disponibilidade de transporte público e privado para facilitar a mobilidade das pessoas dentro
e fora do distrito, conectando-o a outras áreas.
Instituições governamentais: Presença de órgãos governamentais que prestam serviços públicos, como
administração local, saúde, educação e segurança.
Saúde: Disponibilidade de centros de saúde, postos médicos e hospitais para atender às necessidades de
saúde da população local.
Áreas residenciais: Presença de bairros e comunidades onde as pessoas residem, com habitações
adequadas e acesso a serviços básicos.
Recreação e lazer: Existência de espaços públicos, parques, centros esportivos e outras instalações que
proporcionam actividades recreativas e oportunidades de lazer.
Meio ambiente: Consideração dos aspectos ambientais, como áreas verdes, gestão de resíduos e
conservação dos recursos naturais, para promover um ambiente sustentável.
Esses elementos juntos contribuem para o funcionamento e qualidade de vida nas áreas urbanas do distrito de
Mossuril e sua envolvente.
Factores Chaves e Causas
Essas tendências têm um alto potencial de impacto no sector industrial pesqueiro em Mossuril, ao mesmo
tempo em que apresentam um nível significativo de incerteza em relação à sua ocorrência. Portanto, é
crucial considerá-las ao desenvolver estratégias para o plano estratégico.
FE Critico: Prioridade
Com base nas tendências de mudança identificadas, podemos desenvolver cenários para o sector
pesqueiro em Mossuril:
De modo a alcançar os objectivos traçados para o presente plano estratégico, importa aqui referenciar os
pilares que irão suster tal objectivo, os quais são:
Em um sector como este (que faz parte do sector primário – indústria extractiva), importa que este
processo (realizado neste sector) seja feito de forma sustentável, pensando nas gerações futuras
respeitando os períodos do ano reservados para o desenvolvimento das espécies marinhas de forma a
promover a produção de qualidade.
Estratégias
Promover o desenvolvimento de infra-estruturas chave de apoio à actividade da pesca;
Promover o acesso à tecnologias inovadoras, de modo a gerar maior dinâmica (nas formas de
consumo e fornecimento do produto marinho);
Facilitar o acesso à terra e espaços marítimos;
Apostar no aumento da produção, na diversificação de espécies e na oferta de novos produtos-
considerando que o reforço do posicionamento competitivo do sector passa pela diversificação
para outras espécies, privilegiando aquelas em que as soluções técnicas para a sua produção à
escala da pesca semi-industrial conferem, à partida, boas perspectivas ao investimento.
Estratégias
Melhorar o ambiente de negócios através da revisão do quadro legal, processos e procedimentos;
Facilitar o acesso ao financiamento.
Estratégias
Zelar pela capacidade de armazenamento e conservação do produto marinho;
Reforçar e melhorar a capacidade de vigilância, fiscalização e controlo da pesca.
Estratégias
Promover a modernização dos canais de distribuição e de logística, criando marcas estratégicas
(alargando a pluralidade e a diversidade do sector) e o fomento e divulgação dos produtos da
pesca.
Formação e valorização profissional
Para melhor valorização do produto pesqueiro oriundo desta Região Costeira, importa que se invista no
capital humano, pois este condiciona assim como valoriza todo e qualquer sector que invista nele (sendo
esta uma forma de agregar valor e atractividade da mão de obra activada para a região).
Estratégias
Promover a formação académica e profissional (neste sector), olhando para o desenvolvimento de
competências, comportamentos, conhecimentos, habilidades e tecnologias visando proporcionar a
esta região Costeira uma certa qualidade de Vida.
Estratégias
Apostar em factores imateriais (qualidade; inovação; formação; “marketing”);
Promover alianças com países com maior produção e exportação do pescado para o
aproveitamento dos seus recursos.
Facilitar o acesso à terra e espaços marítimos;
Apostar no aumento da produção, na diversificação de espécies e na oferta de novos produtos-
considerando que o reforço do posicionamento competitivo do sector passa pela diversificação
para outras espécies, privilegiando aquelas em que as soluções técnicas para a sua produção à
escala da pesca semi-industrial conferem, à partida, boas perspectivas ao investimento.
Inicialmente foi preciso definir uma visão de futuro, ou seja, um objectivo maior a ser perseguido
colectivamente pelo sector. Definida, ela irá balizar acções práticas para o desenvolvimento deste sector, e
também motivar formas de superação das dificuldades humanas, institucionais e financeiras para a sua
implementação.
Um ponto importante é identificar o momento oportuno para desenvolver e implementar uma estratégia e
um plano de desenvolvimento. Com base nos elementos apresentados no diagnóstico actual da cadeia
produtiva, fica evidente que o momento é adequado para a adopção de mudanças que permitirão que a
Região atenda a uma oportunidade de mercado, com enormes benefícios económicos e sociais, se todos
os actores envolvidos com esta actividade somarem esforços na implementação do plano estratégico de
longo prazo.
VISÃO
MISSÃO
VALORES:
Desenvolvimento Social:
Promoção da inclusão social, garantindo acesso igualitário a serviços básicos como saúde,
educação e moradia.
Fortalecimento das comunidades locais, incentivando a participação cidadã e o engajamento
comunitário.
Promoção da diversidade cultural e respeito aos direitos humanos.
Desenvolvimento Económico:
Inclusão: Garantir que todas as pessoas tenham acesso igualitário a oportunidades, serviços e benefícios,
independentemente de sua origem, género, raça ou condição social.
Qualidade de Vida: Priorizar o bem-estar e a qualidade de vida dos habitantes, fornecendo serviços
básicos de saúde, educação, habitação e cultura.
METAS
1. Formação de uma direcção da pesca;
2. Prover incentivos financeiros para produtores de pequena escala;
3. Facilitar o acesso às linhas de crédito para aumento da competitividade
4. Assegurar o desenvolvimento Territorial sustentado das zonas costeiras mais dependentes da
pesca;
5. Incentivar Turismo Cultural de Pesca e Gastronómico da Região;
6. Melhoramento de infra-estruturas para o escoamento dos produtos.
Plano de Acção
PILARES ACÇÕES CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO LONGO PRAZO
Promover o desenvolvimento de infra-estruturas chave de apoio à actividade da
pesca;
Promover o acesso à tecnologias inovadoras, de modo a gerar maior dinâmica (nas
REFORÇAR, INOVAR E DIVERSIFICAR
formas de consumo e fornecimento do produto marinho);
OS MÉTODOS DE PRODUÇÃO
PESQUEIRA SUSTENTÁVEL.
Facilitar o acesso à terra e espaços marítimos;
Apostar no aumento da produção, na diversificação de espécies e na oferta de novos
produtos- considerando que o reforço do posicionamento competitivo do sector passa
pela diversificação para outras espécies, privilegiando aquelas em que as soluções
técnicas para a sua produção à escala da pesca semi-industrial conferem, à partida,
boas perspectivas ao investimento.
PARTICIPAÇÃO ACTIVA DO SECTOR Melhorar o ambiente de negócios através da revisão do quadro legal, processos e
PRIVADO. procedimentos;
Facilitar o acesso ao financiamento.
PROMOVER A COMPETITIVIDADE DO Zelar pela capacidade de armazenamento e conservação do produto marinho
SECTOR PESQUEIRO EM FUNÇÃO DOS Reforçar e melhorar a capacidade de vigilância, fiscalização e controlo da pesca.
RECURSOS MARINHOS E MATERIAIS
DISPONÍVEIS.
CRIAR MAIS VALOR E DIVERSIFICAR A Promover a modernização dos canais de distribuição e de logística, criando marcas
INDÚSTRIA TRANSFORMADORA. estratégicas (alargando a pluralidade e a diversidade do sector) e o fomento e
divulgação dos produtos da pesca;
FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO Promover a formação académica e profissional (neste sector), olhando para o
PROFISSIONAL. desenvolvimento de competências, comportamentos, conhecimentos, habilidades e
tecnologias visando proporcionar a esta região Costeira uma certa qualidade de Vida.
EXPORTAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO Apostar em factores imateriais (qualidade; inovação; formação; “marketing”);
DOS PRODUTOS PESQUEIROS. Promover alianças com países com maior produção e exportação do pescado para o
aproveitamento dos seus recursos.
Longo prazo - 10 anos
Médio prazo - 6 anos
Curto prazo - 3
Plano financeiro
De modo a assegurar que as estratégias ora citadas sejam implementadas com sucesso (visto que
em função da situação actual desta áreas) importa aqui destacar que tanto os actuais intervenientes
assim como os futuros (referindo-se assim ao sector privado) terão a sua colaboração neste processo
de financiamento. A principal fonte de financiamento para a implementação das acções de
desenvolvimento das potencialidades é o orçamento das receitas internas que podem ser através das
receitas exportações na primeira fase. Com auxílio do governo e cooperadores atuais de agentes
económicos.
Pequenos produtores
Os pequenos produtores têm um papel fundamental neste processo de produção, sendo que é a
camada associativa que melhor conhece área (apresar de falta do conhecimento científico na maior
parte deles). E é este grupo que será a base do financiamento deste sector (através da legalização do
processo de licenciamento da pesca) cumprindo com as tachas estabelecidas pelo decreto n o
74/2017 (ver anexo 7.2).
Sector Privado
O sector privado é chamado a intervir ao longo da Cadeia de Valor deste sector. E para o efeito será
necessário demostrar a atractividade do negócio, tanto ao nível interno, assim como a nível externo
(para exportação, apresentando os valores imateriais – qualidade, inovação, formação - deste sector
nesta região). Criando-se condições para diminuir os custos de produção e disponibilização de
produtos de maior valor comercial.
Parceiros de Cooperações
Para garantir o desenvolvimento desta região através deste sector, o apoio dos parceiros de
cooperação será fundamental e neste contexto, dever-se-á mobilizar junto destes parceiros, recursos
financeiros suficientes para implementação da estratégia ora elencadas.
CAPÍTULO V ‖ QUESTÕES CHAVE
1. Qual é a espécie de peixe mais comum em Mossuril?
2. Quais são as práticas de pesca mais utilizadas pelos pescadores locais?
3. Como a pesca afecta o ecossistema marinho em Mossuril?
4. Como a mudança climática afecta a pesca em Mossuril?
5. Quais são os principais desafios enfrentados pelos pescadores locais em Mossuril?
6. Como as regulamentações de pesca são implementadas em Mossuril?
7. Qual é o papel das autoridades governamentais na gestão da pesca em Mossuril?
8. Como a pesca ilegal é combatida em Mossuril?
9. Quais são as medidas de conservação dos recursos pesqueiros adoptadas em Mossuril?
10. Como a comunidade local é envolvida na gestão da pesca em Mossuril?
11. Quais são as técnicas de pesca selectiva utilizadas para minimizar o impacto ambiental em
Mossuril?
12. Como a educação e conscientização são promovidas entre os pescadores locais em Mossuril?
13. Qual é o papel das organizações não governamentais na gestão da pesca em Mossuril?
14. Quais são os benefícios do turismo sustentável para as comunidades pesqueiras em Mossuril?
15. Como a aquicultura pode ser uma alternativa económica para as comunidades pesqueiras em
Mossuril?
16. Quais são as áreas protegidas para preservação dos recursos marinhos em Mossuril?
17. Como os cientistas estão envolvidos na gestão da pesca em Mossuril?
18. Quais são as consequências da sobrepesca em Mossuril?
19. Como a diversificação económica pode reduzir a pressão sobre os recursos pesqueiros em
Mossuril?
20. Quais são as perspectivas futuras para a gestão da pesca em Mossuril?
CAPÍTULO VI ‖ CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES CHAVE
6.1 CONCLUSÃO
A pesca no distrito de Mossuril é uma actividade importante para as comunidades locais, mas é
essencial garantir sua sustentabilidade. É necessário implementar regulamentações adequadas,
promover práticas de pesca responsáveis, educar e conscientizar os pescadores, monitorar e fiscalizar
as actividades pesqueiras, diversificar a economia local e promover a cooperação entre as partes
interessadas. Ao adoptar essas medidas, podemos contribuir para a preservação dos recursos
pesqueiros e garantir benefícios duradouros para as comunidades e o meio ambiente. A pesca no
distrito de Mossuril desempenha um papel significativo na subsistência e economia local. No entanto,
existem desafios que precisam ser abordados para garantir a sustentabilidade dessa actividade.
Um dos principais desafios é a sobrepesca, que pode levar à diminuição dos estoques pesqueiros e
afectar negativamente o ecossistema marinho. É fundamental implementar medidas de manejo
adequadas, como cotas de pesca e tamanhos mínimos de captura, para evitar a exploração excessiva
dos recursos pesqueiros. Além disso, a preservação dos habitats marinhos é essencial. A destruição
de áreas de reprodução e alimentação dos peixes, causada pelo desenvolvimento costeiro e pela
poluição, compromete a capacidade de regeneração das espécies. É necessário promover práticas
sustentáveis de pesca que minimizem o impacto nos ecossistemas marinhos.
Por fim, diversificar as fontes de renda das comunidades pesqueiras pode reduzir sua dependência
exclusiva da pesca. O desenvolvimento de actividades complementares, como o turismo sustentável
ou a aquicultura, pode oferecer oportunidades económicas alternativas e reduzir a pressão sobre os
recursos pesqueiros.
6.2 RECOMENDAÇÕES
Conceitos gerais
Artigo 4
(Classificação da Pesca)
I. Pesca artesanal – aquela que, para além de empregar essencialmente mão-de-obra familiar,
é geralmente praticada em fainas de pesca diárias, com recurso a artes de pesca, tais como
rede de cerco, emalhe, arrasto simples, arrasto duplo, tarrafa, aparelhos de anzol, armadilhas
e outras com ou sem embarcações de pesca, propulsionadas a remos, à vela, por motores
dentro/fora de bordo com pequena potência propulsora, utilizando ou não gelo para a
conservação do pescado a bordo; (ministros, 2017)
II. Pesca Semi-Industrial – aquela que é praticada com embarcações de pesca propulsionadas
a motor, utilizando, em regra, gelo ou outros meios de conservação do pescado a bordo,
usando artes de palangre ou linha de mão, emalhe de fundo, arrasto, cerco e outras;
(ministros, 2017)
III. Pesca Industrial – aquela que é praticada com embarcações de pesca propulsionadas a
motor, processando a bordo e utilizando congelação, gelo ou outros meios de conservação do
pescado, com meios mecânicos de pesca que envolvem métodos tecnologicamente
avançados e com autonomia para pescar em águas marítimas de terceiros Estados, ou no alto
mar. (ministros, 2017)
Artigo 6
Temáticas