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PEIXES MARINHOS

2006
2005
Ministério do Meio Ambiente-MMA
Marina Silva

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos


Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
Marcus Luiz Barroso Barros

Diretoria de Fauna e Recursos


Pesqueiros - DIFAP
Rômulo José Fernandes Barreto Mello

Coordenação-Geral de Gestão dos


Recursos Pesqueiros - CGREP
José Dias Neto

Programa Nacional de Desenvolvimento


da Pesca Amadora - PNDPA
Maria Nilda Leite

Programa Nacional de
Desenvolvimento
da Pesca Amadora
PEIXES MARINHOS

2006
SUMÁRIO
PEIXES MARINHOS
+ Apresentação 5
+ PNDPA 7
+ O mar que banha a costa brasileira - 9
características e potencialidades
+ Regras para uma pesca responsável 13
1. Licença de pesca amadora 13
2. Cotas de captura e transporte 15
3. Tamanhos mínimos de captura 16
4. Espécies proibidas 18
5. Períodos de defeso 19
6. Áreas proibidas 20
7. Pescar e soltar 21
+ Categorias de pesca amadora 25
+ Modalidades de pesca amadora 27
+ Áreas de pesca 33
+ O que levar na pescaria 41
+ Dicas para uma boa pescaria 47
+ Lei de Crimes Ambientais 55
+ Peixes marinhos 59
+ Guias de pesca 99
+ Glossário 103
+ Bibliografia 110
A P R E S E N TA Ç Ã O
A P R E S E N TA Ç Ã O
Guia de Pesca Amadora:
PEIXES MARINHOS

D
a pesca de praia, praticada em todos os estados
brasileiros por inúmeros pescadores amadores, à
pesca oceânica, praticada principalmente na Bahia,
Espírito Santo e Rio de Janeiro, inclusive por pescadores
estrangeiros, são muitas as opções na costa do Brasil.

Pode-se pescar em manguezais, baías, praias, costões/parcéis


e no alto-mar. O clima é favorável praticamente o ano todo. A
diversidade de peixes é muito grande, embora a quantidade seja
limitada porque o mar brasileiro é pobre em nutrientes.

O “Guia de Pesca Amadora: peixes marinhos” faz parte de uma


série de publicações do PNDPA que procura orientar os
pescadores amadores quanto às regras para as pescarias,
áreas de pesca, equipamentos, cuidados com o meio ambiente,
além de apresentar informações sobre os principais peixes de
interesse da pesca amadora.

5
6
P N D PA
P N D PA
Programa Nacional
de Desenvolvimento da
Pesca Amadora

C
riado em 1998, a partir de uma parceria EMBRATUR/
IBAMA e cooperação técnica com o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento-PNUD, o
Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora-
PNDPA tem o objetivo de transformar a pesca amadora em
instrumento de desenvolvimento econômico, social e de
conservação ambiental. Realiza ações voltadas para o
ordenamento e desenvolvimento da atividade, visando:
> aprimorar os instrumentos legais voltados para a
atividade;
> aumentar o número de pescadores amadores licenciados;
> transmitir aos fiscais ambientais noções sobre pesca
amadora;
> apoiar a realização de pesquisas para subsidiar as
regulamentações de pesca;
> estimular práticas de pesca amadora sustentáveis
(pesque-e-solte, uso de iscas artificiais, cultivo de iscas
vivas etc.);
> estimular crianças a serem pescadores conscientes e
preocupados com a proteção da natureza;
> descobrir novas áreas de pesca e articular com estados e
municípios o desenvolvimento dessas áreas;
> aumentar o número de pescadores estrangeiros pescando
no Brasil;
> melhorar os serviços prestados por piloteiros/guias de
pesca;
> envolver as comunidades locais na atividade; e,
> divulgar os locais de pesca tradicionais e potenciais para
brasileiros e estrangeiros.
7
8
CARACTERÍSTICAS E POTENCIALIDADES
CARACTERÍSTICAS E POTENCIALIDADES
O mar que banha a
COSTA BRASILEIRA

O
Brasil possui cerca de 8.500km de linha de litoral e um
certo número de ilhas, totalizando 3,5 milhões de km²
de ZEE e se estende desde o Cabo Orange (5º N) até o
Chuí (34º S), situando-se, na maior parte, nas regiões tropicais
e subtropicais (CNIO, 1998). Os ecossistemas dessas regiões
são caracterizados pela elevada diversidade de espécies e baixa
biomassa de cada estoque.
A plataforma continental brasileira é bastante complexa. No
setor norte constata-se a ocorrência generalizada de lama
fluida terrígena devido à elevada descarga do rio Amazonas.
Nesse setor, a largura da plataforma pode ultrapassar os
259km. Do nordeste brasileiro até a Argentina, a largura é
extremamente variável, indo de 20km à aproximadamente
250km nas regiões Sul e Sudeste.

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C O S TA B R A S I L E I R A
As condições ambientais do mar que banha a costa brasileira
são determinadas, basicamente, pela ocorrência de três
correntes: (1) a Corrente da Costa Norte do Brasil, que flui para
Nordeste; (2) a Corrente do Brasil, que flui em direção ao Sul,
ambas resultantes da Corrente Sul-Equatorial que vem da costa
da África e, ao se encontrar com o continente brasileiro, na
altura de João Pessoa, bifurca-se nas duas direções
mencionadas; e (3) a Corrente das Malvinas. As duas primeiras
apresentam características comuns, uma vez que são de
temperatura e salinidade altas e pobres em sais nutrientes.
Estes parâmetros, associados à alta profundidade da
termoclina nas áreas percorridas pelas correntes, não
permitem que os sais nutrientes alcancem a zona trófica para
favorecer a produção primária, tornando a produtividade do mar
baixa nestas regiões. A Corrente das Malvinas, com baixa
temperatura e salinidade, penetra a região costeira do Rio
Grande do Sul e, atingindo a altura do paralelo 34-36° S,
encontra-se com a Corrente do Brasil, formando a
Convergência Subtropical. Esta corrente possui alta
concentração de sais nutrientes.

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C O S TA B R A S I L E I R A
A produtividade da região Norte é aumentada em função do rio
Amazonas. Este despeja um grande volume de água doce, com
elevada quantidade de sedimentos em suspensão, que ao se
depositarem sobre a plataforma continental da foz daquele rio,
fazem com que a costa dos estados do Pará e Amapá apresente
alta produtividade, especialmente de comunidades do fundo do
mar. A região Nordeste, por sua vez, dada a predominância das
características da Corrente do Brasil, apresenta baixa produtivi-
dade de recursos pesqueiros. Nas regiões Sudeste e Sul, a
influência da massa de água da Corrente das Malvinas, a
ocorrência de ressurgências ou a penetração da Água Central
do Atlântico Sul - ACAS, possibilitam uma maior abundância de
pescado, especialmente até a altura de Cabo Frio. As ressur-
gências ocorrem em decorrência da combinação de fatores
como: mudanças na direção da Corrente do Brasil, topografia
de fundo e efeito dos ventos predominantes na área.
Enriquecimentos localizados são comuns ao longo da costa por
causa do material orgânico proveniente de manguezais e
estuários.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
1 Tirar a licença de pesca, sabendo que
é uma forma de contribuir para a gestão do meio
ambiente e dos recursos pesqueiros.
O licenciamento é a forma que os governos federal e estaduais
dispõem para controlar a exploração dos recursos pesqueiros e
arrecadar recursos para implementação de planos de gestão e
fiscalização do meio ambiente, de forma a garantir a
manutenção dos estoques pesqueiros. Licenciando-se, o
pescador estará garantindo suas futuras pescarias.
A licença de pesca amadora é obrigatória para todo pescador
que utiliza molinete/carretilha ou pesca embarcado. Para os
aposentados ou maiores de 65 anos (60 anos no caso de
mulheres) o porte da licença é facultativo. Menores de 18 anos
também não precisam de licença, mas nesse caso não têm
direito a transportar peixes. Os pescadores dispensados da
licença devem comprovar a aposentadoria ou a idade. Para
esses pescadores, o Ibama distribui a licença
Permanente/Especial que é optativa.
Os pescadores amadores devidamente licenciados e aqueles
dispensados da licença estão aptos a pescar, desde que
observem as seguintes regras:
> utilizar linha de mão, caniço simples, caniço com molinete
ou carretilha, e anzóis simples ou múltiplos, com isca
natural ou artificial, puçá (para retirar o peixe da água) e
tarrafa (esta última somente no mar, com autorização
especial, Portaria n° 51/03);
> obedecer à cota de captura, que pode variar dependendo
do estado;
> respeitar os tamanhos mínimos de captura dos peixes;
> não pescar espécies proibidas;
> respeitar as regras estabelecidas durante os períodos de
defeso e não pescar em áreas proibidas.
Além do Governo federal, alguns estados possuem legislação
pesqueira e licença de pesca amadora. O pescador amador
pode optar entre a licença federal, que é válida em todo o
território nacional, e a licença estadual, que só vale para o
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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
estado emissor. Em relação às cotas e tamanhos mínimos de
captura valem aquelas estabelecidas em legislação estadual,
desde que mais restritivas. O pescador também deve respeitar
as áreas proibidas para a pesca estabelecidas em legislação
federal e estadual.
Na Licença para Pesca Amadora do Ibama consta um
questionário (Carta Resposta). Com esse questionário o Ibama
elabora o Cadastro do Pescador Amador e consegue
informações importantes para conhecer o perfil do pescador
amador brasileiro e direcionar as ações do PNDPA no que se
refere à atividade.

ONDE ENCONTRAR OS FORMULÁRIOS DE LICENÇA:


IBAMA IBAMA-Sede, Superintendências do IBAMA nos estados,
site www.ibama.gov.br, casas lotéricas e casas de pesca.
Informações: (61) 316-1234/1633 e site
Denúncias: 0800-61-8080 e
linhaverde.sede@ibama.gov.br

OBS. nenhum estado do litoral brasileiro


possui licença de pesca amadora.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
Respeitar as cotas de captura e
2 transporte estabelecidas para cada estado ou
área de pesca. Mais do que isso, ter consciência
ecológica na hora de voltar para casa com mais peixe
do que vai consumir, apenas por vaidade de pescador.
Para a pesca no mar, a cota de captura é de 15kg + 1 exemplar,
conforme a Portaria n° 30/03 do Ibama.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L

3 Respeitar os tamanhos míni-


mos de captura e ter o bom senso de soltar
os peixes jovens de espécies que ainda não têm tamanho
mínimo estabelecido, bem como os peixes muito grandes.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
Instrução Normativa n° 53/05 - Tamanhos mínimos de
captura(TMC) dos peixes do litoral SUDESTE/SUL.
NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO TMC (cm)
Anchova Pomatomus saltatrix 35
Badejo-de-areia Mycteroperca microlepis 30
Badejo-mira Mycteroperca acutirostris 23
Badejo-quadrado Mycteroperca bonaci 45
Bagre-branco Genindes barbus 40
Bagre Cathorops spixii 12
Bagre Genindes genidens 20
Batata Lopholatilus villarii 40
Cabrinha Prionotus punctatus 18
Cação-anjo-asa-longa Squatina argentina 70
Cação-listrado/ Mustalus fasciatus 100
malhado
Castanha Umbrina canosai 20
Corvina Micropogonias furnieri 25
Garoupa Epinephelus marginatus 47
Goete Cynoscion jamaicensis 16
Linguado Paralichthys patagonicus/P.brasiliensis 35
Miraguaia Pogonias cromis 65
Palombeta Chloroscombrus chrysurus 12
Pampo/Gordinho Peprilus paru 15
Pampo-viúva Parona signata 15
Papa-terra-branco/ Menticirrhus littoralis 20
Betara
Parati/Saúba Mugil curema 20
Pescada-olhuda/ Cynoscion striatus 30
Maria-mole
Pescadinha Macrodon ancylodon 25
Peixe-espada Trichiurus lepturus 70
Peixe-porco/ Balistes capriscus/B. vetula 20
Peroá/Cangulo
Peixe-rei Odonthestes bonariensis/ 10
Atherinella brasiliensis
Robalo-flecha Centropomus undecimalis 50
Robalo-peva/peba Centropomus paralelus 30
Sardinha-lage Ophistonema oglinum 15
Tainha Mugil platanus/Mugil liza 35
Tubarão-martelo-liso Sphyrna zygaena 60
Tubarão-martelo- Sphyrna lewini 60
recortado
INSTRUÇÃO NORMATIVA N°- 83/06 - BAHIA
NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO TMC (cm)
robalo ripa, barriga Centropomus ensiferus e 20
mole C. pectinatus
robalo camburim-açu Centropomus paralellus 30
carapeba Diapterus rhombeus 15
carapicum Eucinostomus gula e E. pseudogula 15
caranha Archosargus rhomboidalis 30
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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L

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NOME VULGAR
Soltar as espécies proibidas
OBS: a IN n° 05/04 foi alterada pela IN n° 52/05.

NOME CIENTÍFICO INSTRUMENTO LEGAL


Mero Epinephelus itajara Portaria n° 121/02

Cação-bico-doce Galeorhinus galeus IN n° 05/04

Cação-cola-fina, Mustelus schmitti IN n° 05/04


caçonete
Tubarão-peregrino Cetorhinus maximus IN n° 05/04

Tubarão-baleia Rhincodon typus IN n° 05/04

Tubarão-lixa, Cação- Ginglymostoma cirratum IN n° 05/04


lixa, lambaru
Peixe-serra Pristis perotteti IN n° 05/04

Peixe-serra Pristis pectinata IN n° 05/04

Raia-viola Rhinobatus horkelii IN n° 05/04

Cação-anjo-espinhoso Squatina guggenheim IN n° 05/04

Cação-anjo-liso Squatina occulta IN n° 05/04

Quati Isogomphodon IN n° 05/04


oxyrhynchus
Negaprion brevirostris IN n° 05/04

Badejo-tigre Mycteroperca tigris IN n° 05/04

Acará Gymnogeophagus IN n° 05/04


setequedas
Mangangá Potamobatrachus IN n° 05/04
trispinosus
Cherne-poveiro Polyprion americanus IN n° 37/05

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
5 Respeitar os períodos de defeso,
que é a proibição da pesca de uma ou várias espécies
durante uma certa época. O defeso pode ser na
época da reprodução das espécies ou ainda na fase de
crescimento dos juvenis que em breve se tornarão adultos.
Esse último tipo, adotado basicamente para a sardinha, é
chamado de defeso de recrutamento (que, apesar de não ser
alvo da pesca amadora, é largamente utilizada como isca).
Entre os peixes de interesse da pesca amadora, atualmente
apenas o robalo conta com período de defeso, válido somente
no litoral dos estados de Espírito Santo e Bahia. O IBAMA
desenvolve atualmente no estado do Paraná pesquisas para
determinar qual a época de reprodução desta espécie e
implementar o período do defeso.

Os pescadores de subsistência que pescam com linha de mão


ou caniço podem pescar durante o defeso para sua alimentação
e de sua família.

Os períodos de defeso e as restrições para a pesca podem


mudar a cada ano. As Instruções Normativas que regulamen-
tam a pesca nesse período podem ser encontradas no site
www.ibama.gov.br/pescaamadora.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L

6 Não pescar em áreas proibidas.


A pesca pode ser proibida em algumas áreas que
precisam ser protegidas por algum motivo. Existem
no litoral do Brasil inúmeras Unidades de
Conservação de Proteção Integral em que é proibida
qualquer atividade pesqueira, inclusive a pesca
amadora.
A pesca também pode ser proibida em outras áreas por se tratar
de áreas de reprodução ou de alimentação de peixes jovens, por
exemplo, ou ainda em função de algum acidente ambiental.
Alguns estados possuem legislação própria regulamentando a
atividade pesqueira em seu litoral (o chamado gerenciamento
costeiro) cujas restrições de locais devem ser respeitadas. Os
estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo possuem
legislação que restringe a pesca em algumas áreas. A legisla-
ção está disponível no site www.ibama.gov.br/pescaamadora.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
7 Pescar e soltar por imposição da
legislação que a cada dia é mais restritiva, porque fica
muito caro transportar uma grande quantidade de
peixes no caso de pescarias em locais distantes ou
pelo simples prazer de soltar.

Quando se captura um peixe abaixo do tamanho mínimo


(estabelecido a partir do conhecimento do tamanho de primeira
maturação), deve-se soltá-lo para assegurar que ele desove
pelo menos uma vez e contribua para a manutenção do estoque
pesqueiro. Em virtude do grande número de espécies de peixes
e da falta de recursos para pesquisas, o Brasil ainda não dispõe
de informações suficientes para estabelecer o tamanho mínimo
de captura para a maioria das espécies.

Devolver o peixe com vida à água, independente de estar dentro


ou não das medidas estabelecidas pela legislação, é uma forma
do pescador amador contribuir para o sucesso de sua próxima
pescaria. Também é uma maneira de manter o emprego de
muitas pessoas que dependem da pesca amadora como fonte
de emprego e renda, principalmente as populações locais. Não
há hotel pesqueiro nem guia de pesca que sobreviva sem que o
meio ambiente esteja em condições adequadas para receber o
pescador amador.

É claro que não é necessário soltar todos os peixes. É


importante soltar principalmente os peixes jovens e os muito
grandes que podem dar emoções a muitos outros pescadores.
Mesmo se você for um adepto do pesque-e-solte, com certeza
vai querer ficar com um peixe de sua preferência.

O pesque-e-solte não é simplesmente devolver o peixe à água,


mas praticar uma pescaria que permita a sobrevivência do
peixe. Para isso, existem algumas regras:

> O equipamento deve ser equilibrado. Por exemplo, uma


linha muito fina para um peixe grande, pode fazer com que a
briga demore demais, cansando o peixe além de sua
capacidade de resistência.
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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L
> Deve-se dar preferência a anzóis sem farpa, que machucam
menos os peixes e também o pescador, em caso de
acidente. Só existem boas razões para se pescar com
anzóis sem farpa. Não existem desvantagens. Por exemplo,
os peixes grandes são capturados mais facilmente, porque,
como eles têm a boca mais dura, o ressalto da farpa
dificulta a perfuração.

> Iscas naturais ou iscas artificiais pequenas entram mais


profundamente na garganta ou nas guelras. Nunca puxe a
linha quando o anzol estiver na garganta do peixe. Corte a
linha e devolva rapidamente o peixe à água, aumentando
suas chances de sobrevivência.

> Ao retirar o peixe da água tome cuidado na hora de soltar o


anzol. Primeiro deve-se imobilizar o peixe, pois qualquer
movimento brusco poderá machucá-lo, além de fazer o
anzol escapar e ferir o pescador. O ideal é não usar nenhum
equipamento e as mãos devem estar molhadas. Alguns
equipamentos, como o puçá (de preferência os de
algodão), alicate e bicheiro, facilitam o manuseio e, se
usados de forma adequada, não são muito prejudiciais.

> Nunca segure o peixe pelas brânquias (guelras), pois é o


mesmo que segurar o pulmão. Quanto menos tempo um
peixe permanecer fora d'água, melhor. E de preferência na
posição horizontal.

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R E G R A S PA R A A P E S C A R E S P O N S Á V E L

> Existe uma diferença entre soltar o peixe e simplesmente


jogá-lo na água. Cansado ele se torna presa fácil para
espécies predadoras. Na hora de devolvê-lo à água, o certo
é segurá-lo pela nadadeira caudal com uma das mãos e
posicionar a outra sob o ventre.

> Nunca solte um peixe antes que ele esteja totalmente


recuperado.

São muitas as dicas para se conseguir soltar um


peixe com sucesso. É preciso prática também.
Pratique essa idéia!
23
24
CATEGORIAS DE PESCA AMADORA
CATEGORIAS DE PESCA AMADORA
Categoria A (Pesca Desembarcada):
realizada sem o auxílio de embarcação e com a
utilização de linha de mão, puçá, caniço simples,
anzóis simples ou múltiplos, vara com carretilha ou
molinete, isca natural ou artificial.

Categoria B (Pesca Embarcada):


realizada com o auxílio de embarcações e com o
emprego dos petrechos citados acima.

Categoria C (Pesca Subaquática):


realizada com ou sem o auxílio de embarcações e
utilizando espingarda de mergulho ou arbalete, sendo
proibido o emprego de aparelhos de respiração
artificial.

25
26
MODALIDADES DE PESCA
MODALIDADES DE PESCA
Pesca de arremesso
Trata-se de uma das modalidade mais técnicas que existe e a
cada dia vem ganhando mais adeptos. Neste tipo de pesca é
necessário conhecer o comportamento dos peixes, bem como
as características dos locais onde se pretende pescá-los.
A pesca de arremesso pode ser feita com iscas naturais ou
artificiais. A isca é movimentada para dar a impressão de um
peixe vivo ou qualquer outro tipo de animal, como um camarão
ou uma minhoca, ou imitar um peixe fugindo ou ferido. As iscas
artificiais mais utilizadas são os plugs de meia água, de fundo e
de superfície; jigs, colheres e spinners.

27
MODALIDADES DE PESCA
Nessa modalidade, o arremesso deve ser o mais preciso
possível, pois isso fará a diferença no sucesso da pescaria.
Na pesca de praia são utilizadas varas longas de 2,5 a 4,2m e
linha fina, para que a isca alcance uma grande distância e não
seja arrastada pelas ondas. As iscas naturais são mais
eficientes, e é importante que sejam amarradas para que não se
soltem durante o arremesso.
Uma variante que vem se difundindo bastante é o vertical
jigging, em que a isca é trabalhada desde o fundo (40, 50m) até
a superfície na coluna d'água, com velocidade de recolhimento
variável e toques de ponta de vara. A isca ariticial, o jig ou metal
jig é pesado e conta com um anzol frontal, já que os ataques
acontecem preferencialmente na “cabeça” do peixinho. A
técnica destina-se principalmente à captura do olho de boi,
olhete e pitangola, atum e albacora, serra, anchova e garoupa.

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MODALIDADES DE PESCA
Pesca de corrico
Na pesca de corrico, o barco permanece em movimento com o
motor ligado. A isca pode ser natural ou artificial. A técnica
consiste em arrastar a isca a uma distância entre 20 a 50m, com
a embarcação em baixa velocidade. A movimentação da isca ao
ser puxada pelo barco dá a impressão de que a isca está viva.
São utilizadas varas curtas e bem fortes e as linhas devem
acompanhar a ação do equipamento. Nesta modalidade, as
carretilhas permitem um melhor desempenho.

Pesca de rodada
Esta modalidade consiste em pescar com o barco a deriva,
acompanhando o movimento das correntes. É eficiente
quando realizada em áreas de mar calmo, ou sobre estruturas
no fundo que concentram os cardumes, como ilhas
submersas e parcéis.

Pesca com mosca (flyfishing)


Uma das mais antigas modalidades de pesca. O nome se deve à
isca utilizada que imita insetos, o alimento natural de alguns
peixes, como a truta. Essas iscas são confeccionadas
artesanalmente com materiais como pêlos, penas, fios de
plástico e linhas de costura.
Hoje em dia não só as espécies que se alimentam de insetos
são capturadas. As iscas são produzidas com as mais diversas
formas, peixes, crustáceos, rãs etc. o que aumentou em muito
as opções desta modalidade de pesca, utilizada inclusive para
capturar peixes de mar.
O equipamento é bem diferente do convencional. Uma vara
comprida e flexível, uma carretilha que mais parece uma bobina
comum e uma linha grossa que na verdade é a grande respon-
sável pelo arremesso. O peso da linha é que leva a isca até o
ponto desejado. Ela vai sendo solta a partir de movimentos
constantes e sincronizados de “vai e vem”, movimento esse
que ganhou o apelido de “chicotear”.
29
MODALIDADES DE PESCA

Pesca Subaquática
A pesca subaquática é aquela realizada com ou sem o auxílio de
embarcações e utilizando espingarda de mergulho ou arbalete,
sendo proibido o uso de aparelhos de respiração artificial.
Antes do início da prática da atividade, é imprescindível ter
conhecimento da apnéia, que é a suspensão dos movimentos
respiratórios e de todos os aspectos fisiológicos envolvidos.
Fatores como a concentração, treinamento e exercícios
específicos, técnicas e capacidade individual também
influenciam o rendimento da pesca e a segurança do pescador
subaquático.
O equipamento básico para a prática da pesca subaquática
inclui máscara, snorkel, nadadeiras e arma, bem com ooutros
equipamentos indispensáveis à prática da atividade.
Bóia de sinalização: exigido pela legislação vigente, e
importantíssimo para garantir a segurança do mergulhador
frente ao tráfego de embarcações.
Roupa isotérmica: protege contra águas-vivas e ouriços,
escoriações em rochas, corais e conchas; evita o resfriamento
do corpo que causa tremores musculares aumentando o
metabolismo e logo o consumo de oxigênio, o que diminui o
tempo de apnéia.
30
MODALIDADES DE PESCA
Cinto de lastro: serve para controlar a flutuabilidade do
mergulhador.
Faca: é um equipamento de segurança, servindo para cortar
uma linha, rede ou corda que possa se prender ao
pescador durante o mergulho e também serve para abater
o peixe capturado.
Lanterna: muito útil para a prática da pesca noturna, ou para
capturar peixes que se entocam em fendas de rochas e
corais.
Existem diferentes técnicas de pesca subaquática:
Pesca de superfície: praticada em locais rasos, sem real
necessidade do mergulho. Nesse caso, os peixes
geralmente estão mais ariscos, e é mais eficiente no
inverno quando os peixes ficam perto da superfície.
Pesca em espera: o pescador imobiliza-se no fundo, e como o
nome diz, permanece imóvel a espera da passagem de
um peixe, confundindo-se com o cenário a sua volta. Ideal
tanto para peixes de passagem quanto para os de toca.
Procura: uma modificação da pesca em espera, em que o
mergulhador varre lenta e silenciosamente o fundo do
mar, usando apenas os braços para “rastejar”.
Pesca em toca: o pescador esgueira-se por entre fendas
verticais ou horizontais a procura dos chamados peixes
de toca (garoupas, badejos, chernes, sargos entre
outros).

31
32
ÁREAS DE PESCA
ÁREAS DE PESCA
Alto-Mar
Embora o Brasil possua todas as espécies importantes para a
pesca esportiva oceânica, o país só passou a figurar no mapa
do circuito internacional a partir da quebra do recorde mundial
do marlim-azul com um exemplar de 636kg. Até então a pesca
oceânica era praticada por um grupo muito seleto de
pescadores nacionais. Embora ainda não seja popular, sem
dúvida nenhuma, aumentou muito o número de pescadores
interessados na quebra de um novo recorde para o marlim-azul.
De modo geral, a melhor época para a pesca oceânica no Brasil
vai de setembro até março, quando a famosa corrente do mar
azul, de águas azuis e bem mais quentes, chega mais perto da
costa brasileira.
As principais espécies encontradas nas águas brasileiras são
os marlins azul e branco, agulhão-bandeira, espadarte, atum,
dourado, barracuda e cavala.
A pesca oceânica pode ser praticada principalmente na costa
Sudeste e Nordeste, destacando-se alguns pontos especiais
como o litoral da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro..

33
ÁREAS DE PESCA
Baías, estuários e lagoas
A pesca costeira embarcada talvez seja a mais versátil de todas,
pois oferece uma grande variedade de espécies e a
possibilidade de se pescar em todas as modalidades:
arremesso, corrico, rodada, fly, vertical jigging e espera com
isca natural, podendo ser diurna ou noturna.
As espécies-alvo variam conforme a época do ano e também as
características geográficas da região.
A pesca de fundo visa às espécies residentes, que ficam junto
às pedras (badejos, garoupas, sargos e chernes) ou aquelas
que habitam áreas de cascalho, como pargos e namorados, e
podem ser capturadas a mais de cem metros de profundidade.
É importante conhecer bem a região ou contar com um guia de
pesca experiente, para saber os melhores pontos para este tipo
de pesca.
O corrico, pesca de arremesso ou espera com isca natural
podem ser realizados próximos aos costões rochosos ou em
ilhas e parcéis mais afastados. As espécies mais comuns são
as predadoras, como enchovas e xaréus (mais comuns no
inverno), sororocas, bonitos, bicudas, espadas, pescadas e
eventualmente robalos e bijupirás.
Finalmente, nos estuários, a grande estrela é o robalo, pescado
com iscas artificias ou naturais de camarão ou sardinha. É
comum também a captura de corvinas, bagres, pescadas e
indivíduos pequenos da maioria das espécies marinhas.

34
ÁREAS DE PESCA
Costões
Costões rochosos são encontrados em alguns pontos do litoral
brasileiro, localizados principalmente na região Sudeste, onde
as rochas praticamente mergulham no mar e sofrem intensa
ação das ondas. Raramente ocupam grandes extensões e são
separados por trechos de praias.
Os substratos rochosos oferecem alimento e proteção para
várias espécies de peixes. Nos costões pode-se fisgar espécies
típicas de rochas como garoupas, badejos, marimbás,
caranhas e sargos, assim como peixes que habitam regiões
arenosas, pampos, corvinas e linguados, e aqueles que
passam em cardumes como enchovas, xereletes, xaréus,
vermelhos e olhos-de-cão, sem falar nos robalos que também
freqüentam os locais rochosos. Outras espécies como peixes-
porco, maria-da-toca, baiacus, cocorocas, salemas, pargos,
pirangicas, moréias, budiões, carapebas, bocas de fogo
também são encontradas nos costões.
O pescador pode pescar de cima das rochas ou embarcado.
Nesse último caso, a linha é arremessada em direção às
rochas.
35
ÁREAS DE PESCA
Manguezais
Os manguezais se distribuem de forma descontínua ao longo
do litoral brasileiro desde o Oiapoque, no Estado do Amapá, até
a Praia do Sonho, no Estado de Santa Catarina, sendo uma
unidade ecológica fundamental para a zona costeira.
A maior parte dos manguezais brasileiros (85%) se localiza ao
longo de 1.800km de costa nos Estados do Amapá, Pará e
Maranhão, no litoral Norte, onde a presença de extensas
planícies associadas a marés de até 8m permite que os
manguezais avancem por até 40km terra adentro, seguindo os
cursos dos rios. Quase a metade da extensão total dos
manguezais brasileiros, cerca de 500.000ha, encontra-se no
estado do Maranhão.
Entre o Ceará e o Rio de Janeiro, os manguezais estendem-se
por cerca de 4.000km, mas representam somente de 10% dos
manguezais brasileiros.
O litoral Sudeste, entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina,
estende-se por 1.250km com somente 5% dos manguezais
brasileiros, restritos a áreas protegidas do litoral, interior de
baías e deltas de rios.
Os manguezais do litoral Norte, que compreendem a maior
parte dos manguezais brasileiros e sustentam a maior
diversidade de espécies, encontram-se bem preservados,

36
ÁREAS DE PESCA
porque a densidade populacional é baixa e os impactos das
atividades humanas ainda são poucos. Já no litoral Nordeste e
no Sudeste muitas áreas de manguezais foram desmatadas
para expansão urbana e industrial, e os manguezais
remanescentes encontram-se permanentemente ameaçados
por rejeitos urbanos e industriais, alterações da hidrologia
costeira, dragagens e retificação de cursos d'água. Mais
recentemente, várias áreas estão sendo objeto de intenso
desenvolvimento turístico.
Existem cerca de 200 espécies de peixes nos manguezais
brasileiros, entre elas vários peixes esportivos como,
pescadas, bagres, corvinas, badejos, tarpons e espadas. Mas
com certeza a grande estrela do manguezal é o robalo-flecha,
conhecido também como robalão ou camurim. Os manguezais
também são importantes como áreas de crescimento e
proteção para várias espécies de animais aquáticos, que vivem
em outras zonas marítimas.
O principal fator a ser observado durante a pesca nesse
ambiente são as marés. Os períodos de menor amplitude, que
ocorrem com as luas crescente e minguante são mais
indicados. As correntes que ocorrem durante a enchente e
vazante levantam o lodo do fundo, dificultando bastante o uso
de iscas artificiais, por isso tais períodos devem ser evitados.
Na região Norte (onde estão a maioria dos manguezais) tal
efeito é substancialmente mais acentuado, já que a amplitude
das marés pode chegar aos 8m.
37
38
ÁREAS DE PESCA
ÁREAS DE PESCA
Praias
A pesca pode ser praticada em praias fundas, conhecidas como
praias de tombo, ou em praias rasas, em que a profundidade vai
aumentando gradativamente. Nesse caso específico, os
arremessos devem ser mais longos, ou visando os canais, que
são as partes mais profundas na zona de arrebentação.
Aprender a localizá-los é fundamental (na dúvida pergunte a
quem pesca com freqüência no local).
Um fator que aumenta bastante a produtividade é o uso de mais
de uma vara, de maneira que os arremessos sejam feitos a
diferentes distâncias, para descobrir onde os peixes estão. A
idéia de que quanto mais longe o arremesso, maior o peixe não
passa de mito, já que é comum os predadores alimentarem-se
próximo à arrebentação.
O período mais produtivo é aquele em que a maré começa a
encher, e o ápice é alcançado quando a maré atinge o ponto
mais alto. A partir daí as fisgadas vão diminuindo
gradativamente.
Outra opção para a pesca no litoral são as plataformas
marítimas, ou píeres. Existem várias nas regiões Sul e Sudeste,
e atraem uma legião de adeptos de pesca de praias
principalmente no verão. É possível a captura de algumas
espécies de cação, papa-terra, miraguaia, peixe-rei, pampo,
xarelete e espada.

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O Q U E L E VA R N A P E S C A R I A
O Q U E L E VA R N A P E S C A R I A
TRALHA DE PESCA

U
ma pescaria pode ser praticada somente com uma
linha, anzol e isca, mas, para dar mais emoção ao
pescador, as técnicas, equipamentos e materiais de
pesca sofreram grandes transformações. Hoje em dia existe
uma indústria de equipamentos e materiais de pesca para
atender à demanda dos pescadores. Iscas artificiais, varas,
carretilhas/molinetes cada dia mais modernos, linhas, barcos,
motores, roupas, bonés, mochilas etc. estão a venda para
todo tipo de pescador, do iniciante ao mais especializado e
exigente. A escolha do material e o equipamento de pesca
depende do tipo de peixe que se pretende pescar, do local de
pesca, da modalidade de pesca e da habilidade do pescador.

Linha - monofilamento (um único fio), as mais comuns, e


multifilamento (fios trançados ou fundidos), as mais
resistentes. Existem ainda as linhas de fluorcarbono,
resistentes e transparentes na água. São mais usadas
como líder de impacto. Em geral, a espessura (medida
em milímetros) determina a resistência. A escolha da
linha também vai depender do local de pesca e do peixe.
Por exemplo, em um local com muito enrosco a linha
precisa ser mais resistente; já em áreas abertas onde o
peixe tem condições de fugir, e é preciso dar muita linha,
é melhor a linha mais fina que ocupa menos espaço no
carretel. A cor da linha também varia, podendo ser
transparente ou coloridas. Quem pesca com isca natural
prefere a transparente porque é menos visível na água.
Na pesca com isca artificial na modalidade de
arremesso, as linhas coloridas são mais visíveis,
possibilitando arremessos mais precisos. As linhas
precisam ser trocadas com freqüência. Linhas velhas se
quebram com facilidade; os primeiros metros do carretel
sofrem maior desgaste.
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O Q U E L E VA R N A P E S C A R I A

Anzol - é composto por cinco partes: o olho ou pata é onde se


amarra a linha; a haste determina o tamanho do anzol; a
curva determina sua largura; e a ponta, que pode ter farpa
ou não, deve ser bem afiada. O tamanho e a forma variam
dependendo do tipo de pescaria ou de peixe. O material
também pode variar, desde ferro até ligas de aço de
carbono ou ligas de rápida corrosão para a prática do
pesque-e-solte. Os anzóis e garatéias devem ser afiados
com uma lima; nunca misture anzóis enferrujados com
novos. Dentre a infinidade de tipos de anzóis existentes,
os modelos “circle hook” são os mais indicados para a
prática do pesque solte, já que fisgam o peixe o peixe
quase sempre pela parte mais externa da boca, evitando
que o peixe “embuche”.
Isca - pode ser natural ou artificial. A isca natural, usada com
anzol simples, pode ser um peixe inteiro (sardinha,
farnangaio, parati) ou em pedaços, camarão, lula etc. Em
geral, deve-se usar iscas que fazem parte da dieta do
peixe. A isca artificial pode ser feita de madeira, metal,
plástico, borracha, imitando os alimentos que os peixes
costumam comer ou alguma coisa que possa chamar sua
42
O Q U E L E VA R N A P E S C A R I A
atenção. Podem fazer barulho, brilhar como os peixes, ter
cheiro etc. O pescador precisa movimentar a isca para
que ela atraia o peixe. Podem ser de três tipos: superfície,
meia água e fundo. Na pesca de arremesso as mais
utilizadas são: colheres (de metal em forma de concha
com um anzol), jigs (anzóis com cabeça de chumbo e
revestidos por penas ou pelos), spinners (lâminas que
giram em torno de um eixo e vibram) e plugs (imitam
peixes). Os plugs de superfície são jumping baits (iscas
que saltam ao serem trabalhadas), poppers (iscas que
fazem ruídos na água tipo "plock"), sticks (ficam paradas
na vertical porque possuem peso na parte traseira, e ao
serem movimentadas imitam peixes feridos), hélices
(possuem uma ou mais hélices na extremidade) e zaras
(iscas que nadam em ziguezague). Os plugs de meia água
possuem uma barbela na parte da frente. O comprimento
e a largura da barbela determina a profundidade em que a
isca vai trabalhar. Garatéia é um conjunto de três anzóis
unidos por uma única haste. Na pesca amadora somente
pode ser usada junto com a isca artificial e nas modalida-
des de corrico e arremesso. A pesca de lambada é
proibida. Uma isca artificial pode ter várias garatéias.
Chumbada - serve para colocar a isca no fundo; ajuda a
manter a linha esticada, tornando mais fácil perceber
quando o peixe está atacando; e facilita os arremessos
mais distantes. As chumbadas mais usadas são do tipo
oliva. São mais usadas nas pescarias de peixes de fundo.
O material mais comum é o chumbo, mas pode ser de
material alternativo, não poluente.
Bóia - a bóia é usada para manter a isca em uma determinada
profundidade na coluna d'água. Também ajuda a perceber
quando um peixe está atacando a isca, porque se
movimenta na superfície da água. Pode ser de isopor,
plástico ou cortiça.
Girador - evita que a linha fique torcida, o que pode acontecer
principalmente quando se usa molinete. Também serve
para unir a linha ao empate. Existem vários modelos e
tamanhos.

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O Q U E L E VA R N A P E S C A R I A
Empate - de aço flexível ou rígido é colocado entre a linha e o
anzol diminuindo as chances dos peixes com dentes
afiados cortarem a linha. O comprimento, geralmente de
10-30cm, varia com o tipo de peixe.
Grampos/snaps - muito úteis quando se pesca com iscas
artificiais. Evita que se corte a linha sempre que for trocar
a isca. Existem de vários tamanhos e resistência.
Nós de pesca - existem vários tipos. O pescador precisa
conhecer pelo menos um deles. O mais comum é o nó
único. Não economize linha na hora de dar o nó.
Vara - pode ser um simples caniço de bambu ou varas de fibra
de vidro, fibra de carbono e ligas mistas. Para cada
modalidade de pesca existe um tipo de vara mais
eficiente.
Suporte para vara - é usado nas pescarias de peixes de
grande porte.
Molinete - serve para guardar, arremessar e recolher a linha. O
carretel é fixo, o que gira é a linha, evitando a formação de
cabeleira. O poder de tração e a precisão do arremesso
são menores quando comparado com a carretilha. Podem
ser de cinco categorias o que indica o peso que podem
suportar: ultraleve, leve, médio, pesado e extra pesado.

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O Q U E L E VA R N A P E S C A R I A
Carretilha - serve para guardar, arremessar e recolher a linha.
O carretel gira liberando a linha, o que possibilita
arremessos mais precisos, mas também a formação de
cabeleiras, quando o pescador não tem muita habilidade.
O peso que podem suportar indica a categoria que pode
ser: leve, média, pesada e extrapesada. Para a pesca com
mosca (flyfishing) existe uma carretilha específica.
Spin cast - parece com um molinete, mas é fechado e tem um
furo no centro por onde a linha passa. Deve ser usado
com varas para carretilha. Como não forma cabeleira, é
indicado para crianças e principiantes para pescar peixes
de pequeno e médio portes.
Alicate de contenção - serve para segurar o peixe pela boca,
imobilizando-o enquanto se retira o anzol. Ao usá-lo,
deve-se tomar cuidado para não espremer a língua nem
machucar as guelras do peixe. Pode ser de vários
tamanhos e materiais. Indispensável em uma pescaria.
Bicheiro - um cabo com um gancho na ponta usado para
imobilizar peixes de médio e grande portes. Serve para
perfurar a mandíbula do peixe, de dentro para fora. Deve-
se tomar cuidado para não espremer a língua nem
machucar as guelras do peixe.
Boga grip - tem a mesma função do alicate de contenção com
a vantagem de ter uma balança acoplada. Deve ser fixado
na mandíbula do peixe.
Puçá - um arco de alumínio com uma rede com malhas
grandes. Serve para pegar e segurar o peixe, enquanto se
retira o anzol. Redes de algodão machucam menos o
peixe.
Alicate de bico fino - serve para retirar o anzol do peixe com
segurança e também para pequenos consertos. Muito útil
para quem pesca com iscas artificiais.
Alicate de corte - serve para cortar arames, fios de aço e
anzóis.
DICA: depois da pescaria lave os equipamentos com sabão
ou detergente neutro e lubrifique.
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D I C A S PA R A U M A B O A P E S C A R I A
D I C A S PA R A U M A B O A P E S C A R I A
ATENÇÃO!

1
As más condições do barco comprometem não
apenas o sucesso da pescaria, como também as
condições do meio ambiente. Portanto é
imprescindível ficar atento a vazamentos de óleo
que poluem o ar e a água, seja o barco de
propriedade do pescador ou alugado.

2
Leve sacos plásticos para recolher o lixo produzido
durante a pescaria. Jamais deixe garrafas, latas,
papel ou plástico na praia ou jogue na água do mar.

3
Não se descuide dos pequenos perigos. O ideal é
procurar sempre os serviços de um guia de pesca
com conhecimento detalhado do local escolhido,
quer para capturar muitos peixes, quer para evitar
acidentes.

4
Informe-se sobre as condições climáticas da região
e sobre as marés. O contato com os pescadores
artesanais é de grande valia. Acostumados aos
ventos e chuvas locais, as informações obtidas em
geral são confiáveis. Independentemente do clima,
use sempre salva-vidas.

5
As varas de pesca, principalmente as produzidas
com carbono, são condutores de energia e por isso
tornam-se instrumentos perigosos em dias de
chuvas com trovoadas e raios. Se o mau tempo
pegar o pescador embarcado, é mais seguro
recolher a linha, colocar as varas de pesca na
horizontal.
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D I C A S PA R A U M A B O A P E S C A R I A
D I C A S PA R A U M A B O A P E S C A R I A
A Influência da lua na pesca
marítima e estuarina
A lua influencia as marés, ou seja, a força e o intervalo com que
as águas do mar irão subir e descer. Por isso, é importante
consultar a tábua de marés da área em que se vai pescar. Um
calendário lunar pode ajudar, mas não é o único aspecto que
deve ser observado para o sucesso da pescaria.
Fatores como a temperatura da água, a turbidez, as correntes
derivadas dos ventos, as marés, as ondas, a luminosidade do
sol/lua, entre outros também podem influenciar positiva ou
negativamente uma pescaria.
Em relação às fases da lua pode-se observar o seguinte: em
luas ditas “grandes”, ou seja, cheia ou nova, os intervalos e a
amplitude das marés são maiores. São luas boas para pesca
em alto-mar, em ilhas e, sobretudo, para peixes rápidos e
predadores como xaréus, anchovas, olhetes, olho-de-boi etc.
As outras duas fases da lua, minguante e crescente, com
menores amplitudes de marés e uma série de alternância de
curta duração, são chamadas “luas mortas” apesar de serem
excelentes para pesca de peixes como robalos, badejos,
garoupas e, também, ideais para pesca em bocas de baías,
rios, manguezais e outras situações que exijam menos
velocidade de subida e descida de marés.

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A lua em 2006
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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nova
(neutra)
crescente
(boa)
cheia
(ótima)
minguante
(regular)
A lua em 2007
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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Épocas de pesca

A pesca no litoral brasileiro pode ser realizada praticamente o


ano inteiro, diferentemente da pesca em águas continentais, em
que há um período do ano (as cheias dos rios) que a atividade
torna-se bastante difícil.
Existe uma sazonalidade das espécies ao longo do ano, ditada
principalmente pela temperatura das águas e correntes
marinhas. No verão, quando a Corrente do Brasil aproxima-se
da costa, aparecem as espécies ditas “de passagem”, como
agulhões e atuns. Espécies como a anchova, por exemplo, são
capturadas preferencialmente no inverno. Já aquelas de hábitos
residentes podem ser capturadas o ano inteiro, como garoupas
e badejos.
O fato é que o mar do Brasil, caracterizado por sua grande
extensão e diversidade de espécies, permite ao pescador
amador praticar a pesca durante o ano todo, sem interrupção.

LEMBRE-SE:
1) É proibido capturar, transportar e comercializar peixes
abaixo do tamanho mínimo.
2) O tamanho mínimo é considerado a medida entre a
ponta do focinho e o final da nadadeira caudal.
3) O limite de captura e transporte por pescador amador é
de 15kg mais um exemplar.
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L E I D E C R I M E S A M B I E N TA I S
L E I D E C R I M E S A M B I E N TA I S
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS

A
Lei de Crimes Ambientais, Lei n° 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998, conhecida como “Lei da Natureza”,
trata das sanções penais e administrativas para as
atividades que são prejudiciais ao meio ambiente. Com essa lei,
os órgãos que cuidam do meio ambiente, a sociedade brasileira
e o Ministério Público podem contar com mais rapidez e força
na punição aos infratores.

E o que diz a Lei da Natureza sobre os


recursos aquáticos e a pesca?
É crime:
> Jogar em rios, lagos, mar ou em qualquer corpo d'água
substâncias ou materiais que causem a morte de animais
aquáticos.
> Destruir viveiros, açudes ou estações de aquicultura
públicas (locais para criação de animais aquáticos).
> Pescar em período e local em que a pesca seja proibida.
> Pescar espécies que precisam ser protegidas ou com
tamanhos menores que os permitidos.
> Pescar quantidades maiores que as permitidas, ou utilizar
aparelhos, apetrechos, técnicas e métodos proibidos.
> Transportar, comercializar, beneficiar ou industrializar
animais e vegetais cuja coleta, apanha e pesca estejam
proibidas.
A pena é detenção de 1 a 3 anos ou multa, ou ambas
(detenção e multa)

É crime pescar com:


> Explosivos e substâncias tóxicas ou substâncias que, em
contato com a água, produzem efeito parecido.
A pena é a reclusão (um tipo de prisão mais rígida) de 1
a 5 anos.
55
L E I D E C R I M E S A M B I E N TA I S
Todos esses crimes também são considerados infração
ambiental puníveis com sanções administrativas tais como
advertência, multa simples e apreensão dos animais, produtos
e subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos ou
veículos de qualquer natureza utilizados na infração.

O Decreto n° 3.179, de 21 de setembro de 1999, regulamenta a


Lei de Crimes Ambientais, estabelecendo os valores das
multas. Em relação aos animais e plantas aquáticas as multas
são de:

R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 1.000.000,00 (um


milhão de reais) para quem:

> Jogar nos rios, lagos, mar ou qualquer corpo d'água


substâncias que causem a morte de animais aquáticos.

> Destruir viveiros, açudes ou estações de aquicultura


públicas.

> Coletar em campos naturais de invertebrados aquáticos e


algas, sem licença, permissão ou autorização.

> Fundear embarcações ou jogar lixo de qualquer natureza


sobre bancos de moluscos ou corais, demarcados em
carta náutica.

56
L E I D E C R I M E S A M B I E N TA I S
R$ 700,00 (setecentos reais) a 100.000,00 (cem mil reais),
com acréscimo de R$ 10,00 (dez reais) por quilo pescado
apreendido para quem:

> Pescar em períodos ou lugares proibidos.

> Pescar espécies que devem ser protegidas ou com


tamanhos menores que os permitidos.

> Pescar quantidades maiores que as permitidas ou utilizar


aparelhos, técnicas e métodos proibidos.

> Transportar, comercializar, beneficiar ou industrializar


pescado proveniente a coleta, apanha ou pesca proibida.

> Usar explosivos, substâncias tóxicas ou substâncias que


em contato com a água produzam efeito semelhante.

R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais)


para quem:

> Pescar sem a autorização do órgão ambiental.

R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais)


para quem:

> Importar o exportar qualquer animal ou planta aquática, em


qualquer fase de vida, bem como introduzir espécies
nativas ou exóticas nas águas brasileiras sem a
autorização do órgão ambiental.

O IBAMA aplica multas às infrações com base nesse decreto,


mas os Estados que dispõem de legislação própria também
podem autuar e multar. Mas atenção: o infrator não vai pagar
multa ao IBAMA e ao Estado por causa da mesma infração.
Nesse caso, a multa cobrada pelo Estado substitui a multa
federal (Lei nº 9.605/98, art. 76).

A Portaria n° 30/03 trata especificamente das regras


para a pesca amadora. Alguns Estados já possuem
legislação de pesca e o IBAMA respeita as regras dos
estados, desde que não contrariem as regras federais.
57
58
PEIXES MARINHOS
PEIXES MARINHOS

Agulha Carapau Peixe-galo


Agulhão- bandeira Cavala-verdadeira Pescada
Anchova Cherne Prejereba
Arabaiana-azul Corvina Remeiro
Atum Dourado-do-mar
Robalo-flecha
Badejo Espadarte
Sargo-de-dentes
Bagre-bandeira Garoupa
Tainha
Barracuda Marlim-azul
Tarpão
Betara Marlim-branco
Bijupirá Miraguaia Ubarana

Bicuda Olhete Vermelho-cioba


Bonito Olho-de-boi Wahoo
Caranha Peixe-espada Xaréu
59
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PEIXES MARINHOS
AGULHA
Nome Popular Agulha, Agulhão, Timbale/Needlefish
Nome Científico Strongylura marina
Família Belonidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Norte ao Sudeste.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas diminutas; corpo alongado e


fusiforme; boca comprida, formando um bico com numerosos
dentes pontiagudos. As nadadeiras dorsal e anal estão localizadas
na mesma posição na parte posterior do corpo e têm
aproximadamente o mesmo tamanho. S. marina é prata-
esverdeado e alcança 50cm de comprimento total. No Brasil ainda
ocorre S. timucu mais ou menos do mesmo tamanho que S.
marina, mas de coloração cinza-escuro e com uma faixa lateral
azul-prateada bem evidente.

ECOLOGIA Espécie pelágica que ocorre principalmente em


águas costeiras, podendo entrar nos rios. Forma pequenos
cardumes, sendo muito rápida e voraz. Alimenta-se
principalmente de pequenos peixes. Em algumas regiões é
apreciada como alimento.

EQUIPAMENTOS Equipamento leve; linhas 0,30 a 0,35 com bóia e


rabicho de 50cm após a bóia; anzóis pequenos de n° 14 a 18. Pega
bem em iscas artificiais, porém escapa muito também.

ISCAS Iscas naturais, principalmente pedaços de camarão; iscas


artificiais de até 15cm de meia água, com três garatéias.

DICAS S. marina normalmente é encontrada em cardumes próximos


à superfície.

RECORDE
1,84kg/4 lb 1 oz

61
AGULHÃO-BANDEIRA

Nome Popular Agulhão-bandeira, agulhão-vela/


Atlantic Sailfish
Nome Científico Istiophorus albicans
Família Isthiophoridae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Amapá a Santa Catarina.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas muito pequenas. As características
mais marcantes dessa espécie são a grande nadadeira dorsal em
forma de vela de barco, o que lhe valeu o nome em inglês sailfish, e
o bico em forma de espada. A coloração do dorso é azul-escuro,
com os flancos azul-amarelados e ventre prateado; apresenta
faixas verticais ou séries verticais de pintas claras no dorso e nos
flancos; as nadadeiras são escuras. Alcança mais de 3m de
comprimento total e mais de 60kg.
ECOLOGIA Espécie pelágica, oceânica, podendo ser encontrada
em águas costeiras, nos locais mais profundos, porém são mais
comuns nas camadas superiores da água azul, de temperatura
entre 22e 28ºC. No verão aproximam-se mais da costa. Os
indivíduos são solitários, mas formam cardumes durante a época
reprodutiva. A dieta é constituída por vários organismos, desde
peixes oceânicos, como dourados, atuns, peixe-voador, e lulas,
polvos e crustáceos. Para evitar predadores, costuma levantar a
nadadeira dorsal. É um peixe altamente esportivo, proporcionando
grandes lutas e saltos espetaculares. Não é muito comercial e
dificilmente encontrado nos mercados.
EQUIPAMENTOS Na captura dessa espécie são utilizados desde
equipamentos de pesca oceânica até os médio/pesados para
baitcasting; as linhas podem variar entre 20 e 50 lb.
ISCAS A isca natural ideal é o farnangaio, mas também paratis,
cavalinhas e lulas, usadas na modalidade de corrico. Lulas
artificiais e plugs também são eficientes.
DICAS A pescaria é mais emocionante quando o peixe é localizado na
superfície da água. Depois de capturado e liberado, costuma
colocar o estômago para fora da boca. Os peixes dessa família
fazem isso como forma de se livrar de algo que os incomode, como
o anzol, alga ou corda. Depois o engolem novamente sem maiores
danos.
RECORDE 64,0kg/141 lb 1 oz
62
ÁNCHOVA
Nome Popular Anchova, Enchova/Bluefish
Nome Científico Pomatomus saltator
Família Pomatomidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
Mais comum do Rio de Janeiro a Santa Catarina.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; o corpo é alongado, fusiforme e
comprimido; a cabeça é grande e a boca larga com a mandíbula
saliente; os dentes são afiados. A coloração é azulada no dorso e
prateada nos flancos e ventre. Pode alcançar 1,5m de comprimen-
to total e 20kg.
ECOLOGIA Espécie pelágica; costuma se aproximar da costa nos
meses de inverno, época em que forma cardumes. Os indivíduos
jovens formam grandes cardumes, mas, a medida que crescem,
tendem a se isolar. Na época reprodutiva, os cardumes migram
para o alto-mar, para fora da plataforma continental, onde
desovam. As anchovas freqüentam as águas agitadas das regiões
mais profundas dos costões rochosos que se projetam para
dentro do mar, onde ficam a espera das presas. É um peixe muito
voraz, atacando inclusive indivíduos da mesma espécie. É um dos
peixes marinhos mais procurados pelos pescadores esportivos, e
também tem importância comercial.
EQUIPAMENTOS As varas devem ser do tipo médio/pesado, uma
vez que podem ser capturados exemplares de grande porte. As
linhas devem ser de 20 lb a 30 lb.
ISCAS A pesca com isca artificial é mais emocionante, e, nesse
caso, pode-se usar plugs de superfície, meia água, colheres, jigs,
metais jigs e as famosas lambretas, que devem ser trabalhadas de
forma rápida para que o movimento atraia as anchovas. Na pesca
com iscas naturais, como sardinha, parati e tainha, é recomendá-
vel o uso de empate de aço.
DICAS Por freqüentar águas agitadas, é uma espécie que tem muita
força. Para se capturar um indivíduo de porte regular (mais de 5kg)
é preciso muita briga porque o peixe não se entrega facilmente.
Como costuma ser muito veloz, também é preciso ter muita linha à
disposição. A pescaria de arremesso junto aos costões é mais
eficiente. A captura é mais fácil nas marés de vazante das luas
cheia e nova.
RECORDE 14,4kg/31 lb 12 oz
63
ARABAIANA-AZUL

Nome Popular Arabaiana-azul/Rainbow Runner


Nome Científico Elagatis bipinnulata
Família Carangidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá a São Paulo.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; o corpo é alongado, fusiforme e


um pouco comprimido; o focinho é longo; e os últimos dois raios
das nadadeiras anal e dorsal são livres. A coloração do dorso é
azul-esverdeado; os flancos apresentam faixas que se estendem
do focinho à nadadeira caudal, sendo uma azul-escuro, uma mais
clara e estreita, uma amarela e mais larga e uma última azulada
muito fina; o ventre é branco; as nadadeiras são verde amareladas.
Alcança 1,8m de comprimento total e 45kg.

ECOLOGIA Espécie pelágica, encontrada junto a ilhas oceânicas


e muito raramente nas proximidades da costa. Pode formar
cardumes, mas em geral os indivíduos são solitários. Espécie
muito ativa e veloz. Alimenta-se de peixes e lulas. A carne é
excelente, mas não é um peixe muito comercial. Importante para a
pesca esportiva.

EQUIPAMENTOS As varas devem ser do tipo médio/pesado, uma


vez que podem ser capturados exemplares de grande porte. As
linhas devem ser de 20 a 50 libras.

ISCAS Iscas artificiais de superfície ou meia água; iscas naturais,


principalmente peixe, vivo ou morto.

RECORDE
17,05kg/37 lb 9 oz

64
AT U M
Nome Popular Atum, Albacora /Tuna, Albacore
Nome Científico Thunnus spp.
Família Scombridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO São considerados os peixes mais hidrodinâmicos
entre as formas existentes. O corpo é fusiforme e o pedúnculo
caudal bastante estreito. Existem várias espécies que alcançam de
50 até 700kg. As espécies mais comuns na costa brasileira são a
albacora Thunnus albacares e o atunzinho Thunnus atlanticus,
menor que a albacora.
ECOLOGIA As espécies encontram-se amplamente distribuídas
de acordo com a temperatura da água. Por exemplo, a albacora
vive em águas quentes, com temperatura ao redor dos 27C. São
encontradas sozinhas ou em cardumes. Grandes cardumes de
albacora costumam freqüentar o litoral do Nordeste. Os cardumes,
muitas vezes mistos, às vezes são acompanhados por golfinhos e
baleias. Indivíduos jovens costumam formar grandes cardumes.
Alimentam-se de lulas e peixes, como sardinhas e manjubas. Não
costumam se aproximar da costa, sendo mais freqüentes em alto-
mar. São importantes na pesca esportiva e comercial,
principalmente para a indústria pesqueira.
EQUIPAMENTOS Por serem espécies de grande porte e muito
ativas, os equipamentos são do tipo pesado. As linhas variam de
20 a 100 lb ou mais e os anzóis de nº 3/0 a 8/0.
ISCAS As iscas naturais mais usadas são lulas e peixes pelágicos,
entre eles sardinha, parati e peixe-voador, muito apreciado.
Também pegam muito bem em iscas artificiais, como plugs de
meia água, metais jigs, lulas sintéticas e colheres.
DICAS No caso do pesque-e-solte é aconselhável usar linha mais
grossa para diminuir o tempo de briga.
RECORDE
176,35kg/388 lb 12 oz - albacora/atum-amarelo
Thunnus albacares
20,63kg/45 lb 8oz- atunzinho/albacorinha Thunnus atlanticus
65
BADEJO

Nome Popular Badejo/Grouper


Nome Científico Mycteroperca spp.
Família Serranidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO No Brasil existem seis espécies. Peixes de escamas;
coloração escura (marrom ou cinza), com manchas cujo padrão e
coloração varia com a espécie. A mais comum é o badejo-mira M.
acutirostris que apresenta manchas claras e irregulares no corpo e
é menor, podendo alcançar 80cm de comprimento e 10kg. O
badejo-quadrado M. bonaci apresenta grandes manchas
retangulares escuras no dorso e nos flancos e alcança em torno de
1,5m de comprimento total e 100kg.
ECOLOGIA Os badejos são peixes de costões e recifes, mas
também podem ocprrer em estuários, onde existem tocas. Nunca
são encontrados em águas com baixa salinidade. Quando adultos
vivem sozinhos ou em pequenos grupos de 5 a 10 indivíduos. São
carnívoros, alimentando-se de peixes, moluscos, crustáceos e
equinodermos. São muito apreciados pelos pescadores
esportivos e profissionais.
EQUIPAMENTOS Equipamentos do tipo médio/pesado a pesado.
As linhas devem ser de 17 a 50 lb. e altamente resistentes à
abrasão, para evitar que se rompam ao atrito com as pedras.
Recomenda-se o uso de linhas Kevlar (multifilamento). No caso de
se usar monofilamento, é indispensável um líder com linha mais
grossa. Os anzóis devem ser resistentes: nº 5/0 a 10/0.O uso de
empates de aço é opcional.
ISCAS Iscas naturais, camarões vivos, peixes inteiros ou em filés
(sardinhas, bonito etc.). As iscas artificiais, como jigs, plugs de
meia água, shads, grubs e camarões artificiais devem ser
trabalhadas junto ao fundo. As cores verde e amarelo fortes são as
preferidas.
DICAS É muito difícil capturar exemplares de grande porte, por causa
da força e porque o peixe se entoca logo que é fisgado. O badejo-
mira é mais fácil de ser capturado. Os equipamentos de ação
rápida e varas mais duras diminuem as chances do peixe se
entocar. Logo que fisgar um badejo, não o deixe tomar linha,
puxando-o para longe da toca.
RECORDE
56,24kg/124 lb 0 oz - badejo-quadrado Mycteroperca bonaci
5,25kg/11 lb e 9 oz - badejo-mira Mycteroperca acutirostris
66
BAGRE-BANDEIRA
Nome Popular Bagre-bandeira/Catfish, gafftopsail
Nome Científico Bagre marinus
Família Ariidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de couro; corpo achatado, como na maioria


dos peixes de hábitos bentônicos; nadadeiras peitorais e dorsal
com espinhos. A coloração varia do cinza azulado ao amarelo. Os
maiores exemplares alcançam 1m de comprimento total e cerca
de 5kg. A família só tem representantes na costa do oceano
Atlântico. Uma outra espécie bastante semelhante ocorre no
Brasil, o Bagre bagre, que se difere do Bagre marinus apenas pela
nadadeira anal, e não ultrapassa os 50cm e 2kg de peso.

ECOLOGIA Freqüenta as praias, estuários, manguezais, foz de


rios e entram na água doce para desovar. Não é encontrado em
águas muito profundas, em geral até 50m. Normalmente forma
grupos de 5 a 100 indivíduos. Alimenta-se de pequenos peixes e
animais bentônicos. Após a desova, os machos incubam os ovos
na boca. É um peixe de hábito crepuscular e noturno, mas, nas
águas turvas, é possível capturá-lo durante o dia. Tem certa
importância comercial, principalmente na região Sudeste. Os
grandes exemplares são capturados pela pesca esportiva, na
modalidade de arremesso.

EQUIPAMENTOS Equipamentos médio e médio/pesado. As linhas


mais utilizadas são as de 8 a 25 lb e os anzóis de nº 1/0 a 6/0.

ISCAS Iscas naturais, como sardinha, camarões, lulas e moréias dos


manguezais são as preferidas. São raras as capturas com iscas
artificiais.

DICAS É preciso cuidado ao manusear este peixe. Dependendo da


sensibilidade da pessoa, os ferimentos causados pelos ferrões
podem causar forte dor no local, inchaço e até febre.

RECORDE
4,36kg/9 lb 10 oz
67
BARRACUDA

Nome Popular Barracuda, Bicuda/Great Barracuda


Nome Científico Sphyraena barracuda
Família Sphyraenidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Regiões Nordeste e Sudeste. É encontrado principalmente na
região de Abrolhos, Ilhas Trindades e no Arquipélago de Fernando
de Noronha. Também é comum em Cabo Frio-RJ.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado e roliço, um


pouco comprimido; boca grande e pontuda; dentes caninos e
afiados. A coloração é prateada, sendo que os adultos possuem
manchas pretas irregulares ao longo do corpo, especialmente
perto da nadadeira caudal, o que distingue esta espécie das 20 ou
mais espécies de barracudas de pequeno porte, das quais cinco
são encontradas no Brasil. Sphyraena barracuda pode chegar a
3m de comprimento total e 50kg. No Brasil, exemplares com mais
de 20kg já foram capturados.

ECOLOGIA É encontrada em diferentes habitats, desde canais de


manguezais, passando por áreas costeiras, nas proximidades de
recifes de corais, portos, naufrágios e em locais onde se
concentram pequenos peixes até em alto-mar. As barracudas
jovens formam cardumes; as grandes são quase sempre
solitárias. É uma espécie voraz e agressiva, ataca qualquer objeto
brilhante ou em movimento, sendo, portanto, um peixe muito
esportivo. A carne também é considerada de excelente qualidade.

EQUIPAMENTOS O material empregado é do tipo médio/pesado e


pesado. As linhas variam de 20 a 30 lb.

ISCAS Iscas artificiais, como plugs, metais jigs e colheres, e iscas


naturais de pequenos peixes.

DICAS Não se deve arremessar a isca muito perto da barracuda e,


durante o recolhimento, a isca deve ser trabalhada de forma
irregular.

RECORDE
38,55kg/85 lb 0 oz
68
B E TA R A
Nome Popular Betara, Embetara, Papa-terra/
Southern Kingfish
Nome Científico Menticirrhus spp.
Família Sciaenidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO Duas espécies ocorrem no Brasil: M. americanus e
M. littoralis. São peixes de escamas; corpo alongado e comprimi-
do; boca voltada para baixo; barbilhão curto e duro na mandíbula.
As duas se distinguem facilmente pela coloração: a primeira
espécie é cinza-prateada com ventre esbranquiçado, possui
manchas escuras, alongadas e oblíquas sobre a cabeça e dorso.
Já a M. littoralis tem o dorso mais escuro e ventre branco, sem
manchas escuras. Ambas têm o mesmo tamanho e dificilmente
ultrapassam 60cm de comprimento total e 1,5kg.
ECOLOGIA São muito comuns ao longo do litoral brasileiro e sua
maior ocorrência é no Sudeste. Possivelmente são os peixes mais
presentes em pesca de praia. Habita os canais que se formam nas
praias arenosas, sendo que os indivíduos adultos ficam no fundo e
os jovens nas águas mais rasas. Alimentam-se de pequenos
peixes, crustáceos, moluscos e minhocas, que ficam expostas
pela ação das ondas. A carne é muito saborosa, mas é consumida
principalmente por pessoas que conhecem bem esse peixe, como
os pescadores amadores.
EQUIPAMENTOS A forma de capturá-las é basicamente a pesca de
arremesso em praias (surfcasting). Equipamento de ação leve;
linhas de 6 a 10 lb.; anzóis pequenos de nº 12 a 16 do tipo japonês.
Como a boca desse peixe é voltada para baixo, as pernadas devem
manter os anzóis bem perto do fundo.
ISCAS Somente iscas naturais, como camarão, minhoca de praia (a
mais eficiente), tatuís, sarnambis e pedaços de camarões e
sardinha.
DICAS Pode ser capturado de dia e à noite. Nas pernadas deve-se
utilizar somente fio de nylon.
RECORDE
1,27kg/2 lb 13 oz - Menticirrhus americanus
1,38kg/3 lb 0 oz - Menticirrhus littoralis
69
BIJUPIRÁ

Nome Popular Bijupirá/Cobia


Nome Científico Rachycentron canadum
Família Rachycentridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul. Mais comum no Nordeste.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas muito pequenas; corpo alongado e
subcilíndrico; cabeça grande e achatada. As nadadeiras dorsal e
anal são do mesmo tamanho, dando a impressão de uma ser
reflexo da outra. A nadadeira caudal tem o lobo superior muito
maior que o inferior. A coloração é marrom-escuro, sendo o ventre
amarelado; apresenta duas faixas prateadas ao longo do corpo. As
nadadeiras são escuras. Pode alcançar 2m de comprimento total e
70kg.
ECOLOGIA Espécie de superfície e meia água; vive em áreas
costeiras e no alto-mar. Pode ser encontrada ocasionalmente em
águas rasas com fundo rochoso ou de recife, assim como em
estuários e baías. Normalmente é encontrada sozinha ou aos
pares, mas pode formar cardumes pequenos. Alimenta-se de
peixes, crustáceos e lulas. A carne é relativamente saborosa e tem
muitos apreciadores, mas não é muito comum nos mercados. É
um peixe muito lutador e, portanto, bastante apreciado pelos
pescadores esportivos. Pode ser pescado na beira da praia, em
mar aberto e próximo a ilhas e recifes.
EQUIPAMENTOS O equipamento é do tipo médio/pesado; linhas de
20 a 80 lb; e anzóis até n° 7/0.
ISCAS As iscas naturais, sardinhas, xereletes, corcorocas e
caranguejos, devem ser colocadas bem na frente do peixe. As
iscas artificiais podem ser plugs de superfície e meia água.
DICAS Pode ser capturado na superfície, a meia água e no fundo.
Gosta de locais com detritos boiando. Aproxima-se mais da costa
no verão. Em águas distantes, é pescado o ano inteiro. O ideal é
pescar embarcado e esperar que o peixe se canse antes de
embarcá-lo.
RECORDE
61,5kg/135 lb 9 oz
70
BICUDA
Nome Popular Bicuda
Nome Científico Sphyraena spp
Família Sphyraenidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.

DESCRIÇÃO No Brasil cinco espécies da família Sphyraenidae são


conhecidas por bicuda: Sphyraena guachancho, Sphyraena
borealis, Sphyraena picudilla (bicudinha, barracudinha),
Sphyraena sphyraena (bicuda-da-lama) e Sphyraena tome. São
peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido;
boca grande com dentes caninos. A coloração geral é prateada
com dorso mais escuro e algumas faixas escuras, indistintas nos
flancos. O último raio das nadadeiras dorsal e anal é alongado. Na
maior delas, a Sphyraena guachancho, as nadadeiras pélvicas e
anal possuem a margem preta e a caudal uma faixa preta nos raios
medianos. Pode alcançar 1m de comprimento total e 5kg

ECOLOGIA Espécies costeiras, de superfície, muito comum


nas proximidades dos recifes e ilhas. Vivem em cardumes, sendo
que os indivíduos maiores são solitários. Alimentam-se de peixes
e crustáceos. Têm valor comercial em algumas regiões e são
importantes para a pesca esportiva.

EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo médio e linhas de 10 a


20 lb.

ISCAS Iscas artificiais, como plugs e colheres, e iscas naturais,


peixes pequenos.

DICAS Aproxima-se mais da costa entre os meses de outubro a


março de cada ano. Pega bem de dia com iscas artificiais e à noite
com isca de sardinha

RECORDE
1,14kg/2 lb 8 oz - bicudinha Sphyraena picudilla

71
BONITO

Nome Popular Bonito, Serra-comum, Sarda/Atlantic Bonito


Nome Científico Sarda sarda
Família Scombridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado e fusiforme.


Possui duas nadadeiras dorsais, uma muito próxima da outra. A
coloração é azul-escuro, com 5-11 linhas oblíquas escuras no
dorso e parte dos flancos. Os flancos e o ventre são prateados.
Alcança 1m de comprimento total e cerca de 11kg.

ECOLOGIA Espécie oceânica, de superfície e migradora. Forma


grandes cardumes em alto-mar. Durante o verão, época de
desova, pequenos cardumes se aproximam da costa. Alimenta-se
de peixes, lulas e crustáceos. A carne não é muito apreciada e não
tem valor comercial, mas pode ser encontrada esporadicamente
em mercados de peixes. O grande consumidor é a indústria de
enlatados. É impor tante na pesca espor tiva oceânica,
principalmente pela voracidade com que ataca vários tipos de
iscas.

EQUIPAMENTOS Equipamento de ação média, linhas de 0,35 a


0,45 lb. e anzóis de n° 1/0-5/0.

ISCAS Iscas artificiais de superfície ou meia água; iscas naturais,


principalmente peixe, vivo ou morto.

RECORDE
8,3kg/18 lb 4 oz

72
CARANHA
Nome Popular Caranha/Cubera Snapper
Nome Científico Lutjanus cyanopterus
Família Lutjanidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Paraná.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo forte e alongado; cabeça e
boca grandes. Uma das características é a presença de dentes
caninos. A nadadeira dorsal é espinhosa e a caudal pouco furcada.
A coloração é muito variável, pode ser pardo-esverdeado, com
manchas escuras indistintas, róseo-escuro ou pardo-
avermelhado, dependendo da profundidade em que o peixe está;
as nadadeiras dorsal e caudal são cinza-escuro, as peitorais,
ventrais e anal são claras ou róseas. Alcança cerca de 1,5m de
comprimento total e 60kg. A espécie mais comum, L. griseus,
também conhecida como carainha, é bem menor, alcançando
65cm e 8kg.
ECOLOGIA Peixe muito comum ao longo da costa brasileira,
encontrado em áreas rochosas e de recifes. Pode entrar nos
estuários até as áreas de água doce. Durante o dia costuma ficar
entocado, saindo à noite para se alimentar. Na fase jovem,
alimenta-se de peixes, crustáceos, moluscos e equinodermos,
tornando-se exclusivamente piscívoro quando adulto. Os peixes
jovens formam grandes cardumes, que, às vezes se misturam a
cardumes de outros peixes, como a guaiúba. Espécie muito voraz.
A carne não é muito apreciada para o consumo.
EQUIPAMENTOS Equipamento de ação média, média/pesada e
pesada; linhas de 17 a 50 lb; anzóis de nº 2/0 a 10/0.
ISCAS Iscas de peixes que habitam o mesmo ambiente, como as
guaiúbas e corcorocas, e iscas artificiais, como os plugs de meia
água e jigs.
DICAS O uso de empates é essencial, por causa dos dentes fortes e
afiados. Também é aconselhável o uso de arranque, porque essa
espécie vive nas proximidades de estruturas cortantes, como
pedras e corais.
RECORDE
55,11kg/121 lb 8 oz - Lutjanus cyanopterus
7,71kg/17 lb 0 oz - Lutjanus griseus
73
C A R A PA U

Nome Popular Carapau, Xarelete, Xerelete/Blue Runner


Nome Científico Caranx crysos
Família Carangidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado e comprimido;


perfil superior da cabeça arredondado. A coloração do dorso varia
do azul-esverdeado ao cinza e os flancos e ventre são prateados
ou dourados; apresenta uma mancha preta na parte superior do
opérculo. Alcança 70cm de comprimento total e 5kg.

ECOLOGIA Espécie costeira; vive em baías, costões e nas


proximidades das ilhas. Os cardumes ocorrem desde a superfície
até próximo ao fundo. Os adultos alimentam-se de peixes, lulas,
crustáceos e outros invertebrados, inclusive bentônicos. Espécie
comum nos mercados, a carne é boa se for sangrado logo após a
captura. Na pesca amadora, oferece alguma resistência quando o
material é leve. É uma excelente isca para a pesca esportiva
oceânica.

EQUIPAMENTOS O material deve ser leve, as linhas de 8 a 20 lb. e


os anzóis até o n° 1/0.

ISCAS Iscas naturais, como pedaços de peixes, camarão, moluscos;


e, iscas artificiais, como plugs de superfície e meia água e jigs.

RECORDE
5.05kg/ 11 lb 2 oz

74
C A V A L A -V E R D A D E I R A
Nome Popular Cavala-verdadeira/King Mackerel
Nome Científico Scomberomorus cavalla
Família Scombridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá a Santa Catarina. Ocorre no litoral do Nordeste o ano
todo; no Sudeste e Sul é mais freqüente no verão.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas tão pequenas que dão a impressão


de não existirem; corpo fusiforme, ligeiramente comprimido;
nadadeira caudal muito furcada; focinho pontudo. A coloração do
dorso é azul-metálico, sendo os flancos e ventre prateados. A linha
lateral é marcada, servindo para distinguir as espécies do gênero.
Entre as espécies desse gênero, S. cavalla é a única que não
possui pintas nem manchas. A cavala-verdadeira pode atingir
mais de 1,9m de comprimento total e 45kg.

ECOLOGIA Espécie migradora. Forma grandes cardumes com


indivíduos da mesma idade, ocorrendo na superfície e meia água.
Os cardumes de cavala seguem os cardumes de peixes menores,
como sardinhas e manjubas, e lulas, que constituem seu principal
alimento. Vive em alto-mar, mas durante o verão, freqüenta os
costões rochosos e regiões de mar aberto, não muito distantes da
costa. É uma espécie muito esportiva e muito comercial.

EQUIPAMENTOS Equipamento de ação média a média/pesada;


linhas de 10 a 50 lb.; anzóis de nº 2/0 a 6/0. A bóia é um material
útil para manter a isca na meia água.

ISCAS As iscas de peixes e lulas são as ideais. Os plugs de meia


água, jigs e lambretas tracionadas no corrico também são muito
eficientes.

DICAS É recomendável o uso de empate de aço, porque os dentes da


cavala são muito afiados.
RECORDE
42,18kg/93 lb 0 oz

75
CHERNE

Nome Popular Cherne-pintado/Snowy Grouper


Nome Científico Epinephelus niveatus
Família Serranidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Toda a costa brasileira, mais raro no Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo grande, alto e comprimido.


A coloração é marrom-avermelhado, algumas vezes mais clara no
ventre; a margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é
escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas
distribuídas regularmente em fileiras verticais e uma grande
mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e
atravessa a linha lateral. Alcança 1,2m de comprimento total e
30kg. Existe uma espécie maior, o cherne-negro Epinephelus
nigritus, que atinge mais de 2m de comprimento total e cerca de
200kg.

ECOLOGIA Os indivíduos jovens vivem em águas rasas, em


costões, estuários e recifes costeiros; à medida que crescem
dirigem-se para águas mais profundas, com fundo rochoso, onde
ficam parados a maior parte do tempo. É um peixe voraz que se
alimenta principalmente de peixes, não desprezando os
crustáceos. Tem grande valor comercial. A pesca amadora é mais
difícil porque os grandes indivíduos habitam águas profundas. A
espécie maior é um dos grandes troféus da pesca subaquática.

EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo médio/pesado; linha 0,60 a


0,90mm; e, anzóis nº2/0 a 8/0.

ISCAS Iscas naturais: peixes pequenos (sardinha e parati), camarão,


lula e siri. Iscas artificiais usados na modalidade vertical jigging,
shads e grubs.

RECORDE
12,70kg/28 lb 0 oz - Epinephelus niveatus
198,1kg/436 lb 12 oz - Epinephelus nigritus

76
CORVINA
Nome Popular Corvina/Croaker Whitemouth
Nome Científico Micropogonias furnieri
Família Sciaenidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul. Principalmente no Sudeste e Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alto, ligeiramente


comprimido, com o ventre achatado; boca voltada para baixo; pré-
opérculo fortemente serrilhado. A coloração é prata claro com
reflexos arroxeados; pode apresentar listras longitudinais pretas
ao longo do corpo, especialmente nos indivíduos jovens. Possui
alguns pares de pequenos barbilhões na mandíbula. Alcança
cerca de 80cm de comprimento total e 6kg.

ECOLOGIA Espécie costeira; vive nos fundos arenosos ou


barrentos, de preferência em profundidades até 100m. Os jovens e
alguns adultos freqüentam os manguezais e estuários, onde se
alimentam principalmente de crustáceos, não desprezando os
peixes pequenos, caranguejos, siris e mariscos. Também pode
entrar na água doce. Forma cardumes pequenos. É uma espécie
comercial muito importante e apreciada pelos pescadores
amadores.

EQUIPAMENTOS Varas de ação leve e média; linhas de 10 a 20 lb.;


anzóis de nº 1/0 a 4/0. O chumbo oliva é muito empregado na
pesca de canal e nos manguezais. Não é necessário o uso de
empates.

ISCAS Somente iscas naturais, especialmente camarão vivo ou


morto, tatuí, pedaços de moluscos, caranguejo e minhoca, nos
manguezais. Hoje em dia se consegue ferrar corvinas com iscas
artificiais como metais jigs de 15 a 25g e até 7cm.

DICAS O chumbo deve estar sempre encostado no fundo. Na pesca


de arremesso da praia, amarre bem a isca. As praias fundas, com
águas escuras e um pouco frias são as ideais. A maior incidência
de corvinas nas praias é no inverno.

RECORDE
3,75kg/8 lb 4 oz
77
DOURADO-DO-MAR

Nome Popular Dourado-do-mar/Dolphinfish


Nome Científico Coryphaena hippurus
Família Coryphaenidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Amapá a Santa Catarina.
DESCRIÇÃO É um peixe bastante peculiar, tanto pela forma do
corpo quanto pelo colorido. O corpo é alongado e comprimido,
mais alto na região da cabeça, afinando em direção à nadadeira
caudal, que é furcada. A principal característica é a longa
nadadeira dorsal, que se estende da cabeça à cauda, com cerca de
60 raios. A coloração do dorso é azul ou verde-azulado iridescente,
os flancos são dourados e salpicados com pintas claras e escuras
e o ventre é prateado. A nadadeira dorsal é azul forte, a anal é
dourada ou prateada e as outras nadadeiras são douradas ou
prateadas, com a margem azul. Alcança 2m e 40kg.
ECOLOGIA Existem duas espécies conhecidas como dourado,
ambas com ampla distribuição geográfica. C. hippurus é a espécie
encontrada no Brasil. Espécie migradora, vive em cardumes no
alto-mar, sendo que os jovens costumam ficar próximos à costa,
onde a espécie se reproduz. Alimenta-se de lulas e pequenos
peixes (sardinhas, parati, farnangaio). É um peixe muito rápido que
dá saltos espetaculares e briga bastante. Os cardumes costumam
acompanhar grandes objetos à deriva, às vezes o próprio barco.
Entre os meses de outubro e março, os dourados se aproximam da
costa brasileira, acompanhando a Corrente do Brasil. É muito
procurado pela pesca esportiva e comercial.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/pesado; linhas 12 a 25 lb.;
anzóis de nº 2/0 a 6/0, não sendo necessário o uso de encastoado.
A chumbada não pode ser muito pesada.
ISCAS Iscas artificiais: plugs de meia água, poppers, lulas e colheres
são as mais utilizadas tanto na modalidade de arremesso quanto
no corrico. Sardinhas, farnangaios e lulas são as iscas naturais
mais usadas.
DICAS Nos meses de janeiro/fevereiro pode ser encontrado mais
perto dos costões. Uma forma de manter os peixes próximos da
embarcação é deixar o primeiro exemplar capturado dentro da
água.
RECORDE 39,91kg/87lb 15oz
78
E S PA D A R T E
Nome Popular Espadarte/Swordfish
Nome Científico Xiphias gladius
Família Xiphiidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Não é muito freqüente no Brasil, mas pode ser encontrado de
Norte a Sul, especialmente na região Norte.
DESCRIÇÃO Apenas os indivíduos jovens apresentam escamas
bastante diferentes, que desaparecem gradualmente com a idade.
O corpo é alongado e fusiforme. A principal característica, e que
lhe dá nome, é o prolongamento do maxilar superior, como se
fosse uma longa espada. Outra característica é uma quilha no
pedúnculo da nadadeira caudal. A coloração é cinza-azulado ou
castanho na metade superior do corpo e marrom-claro ou
esbranquiçado na parte inferior. Alcança cerca de 4,5m de
comprimento total e 600kg.
ECOLOGIA Vive em alto-mar e em áreas costeiras, na superfície
e no fundo. Peixe migrador, normalmente é solitário e não
permanece na mesma área por muito tempo. Pode nadar próximo
à superfície, expondo a nadadeira dorsal e parte da caudal. É muito
agressivo e ataca presas pequenas e grandes. Alimenta-se
principalmente de peixes de cardumes, crustáceos e lulas. A carne
é considerada excelente, mas não é comum nos mercados. Como
é difícil de capturar e luta muito, é bastante apreciado na pesca
esportiva oceânica.
EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo “barra pesada” para pesca
oceânica. As varas devem ter passadores com roldanas e as
carretilhas devem ter capacidade para armazenar pelo menos
500m de linha. Só é capturado no corrico.
ISCAS Iscas naturais, como peixes voadores, farnangaios e atuns, e
iscas artificiais. As iscas artificiais preferidas são as grandes
lulas, mas algumas vezes atacam os plugs de meia água.
DICAS Por melhor que for o equipamento, se não houver calma,
experiência e uma boa equipe, os peixes não serão embarcados.
Muito cuidado ao trazer o peixe para o barco, porque o bico em
forma de espada pode ser bastante perigoso.
RECORDE
536,15kg/1182 lb 0 oz
79
G A R O U PA

Nome Popular Garoupa/ Dusky Grouper, Dusky perch


Nome Científico Epinephelus marginatus
Família Serranidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Norte ao Sudeste.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas pequenas; corpo, cabeça e boca
grandes; pedúnculo da nadadeira caudal curto e grosso. A
coloração é parda-avermelhada, com manchas esverdeadas nos
flancos, formando faixas verticais; o ventre é amarelado. As
nadadeiras são arredondadas, escuras com a margem clara.
Alcança mais de 1,5m e 60kg. Outras espécies: garoupa-pintada;
garoupa-são-tomé; e, garoupa-de-trindade.
ECOLOGIA É encontrada ao longo do litoral, em tocas de pedras,
corais e estruturas submersas. Os adultos são comuns entre 15 e
100m. Pode ser encontrada em estuários. Alimenta-se de peixes,
lagostas, camarões, ouriços, moluscos e lulas. A carne é
considerada excelente e tem grande importância comercial no
Sudeste.
EQUIPAMENTOS Equipamentos do tipo médio/pesado a pesado,
mesmo para os pequenos exemplares, porque os peixes
costumam se entocar depois de fisgados. A vara deve ser dura. As
linhas devem ser altamente resistentes à abrasão, com resistência
variando de 20 a 70 lb. Por causa da boca grande, os anzóis devem
ser de nº 6/0 a 12/0. Não é preciso encastoar o anzol.
ISCAS Iscas artificiais de fundo, como os plugs de barbela longa
(crankbaits), jigs e grandes shads. Iscas naturais como sardinhas,
bonitos e atuns, principalmente estragadas.
DICAS Os peixes capturados em grandes profundidades chegam à
superfície com a bexiga natatória inflada e não afundam. Fure a
bexiga, logo atrás da nadadeira peitoral, ou prenda o peixe com um
anzol e desça aos poucos.
RECORDE
21,25kg/46 lb 13 oz - Epinephelus marginatus
17,46kg/38 lb 8 oz - Epinephelus striatus
19,16kg/42 lb 4 oz - Epinephelus morio
3,84kg/8 lb 7 oz - Epinephelus guttatus
80
MARLIM-AZUL
Nome Popular Marlim-azul/Blue Marlin
Nome Científico Makaira nigricans
Família Istiophoridae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Mar azul do Norte ao Sul do país
DESCRIÇÃO Espécie de grande porte; focinho em forma de
espada; corpo mais alto no início da nadadeira dorsal, afinando em
direção à nadadeira caudal que é muito grande e furcada; as
demais nadadeiras são pontudas. A coloração é azul-escura no
dorso e prata no ventre, com uma faixa horizontal nos flancos
quando o peixe está vivo. Possui cerca de 15 séries verticais de
pintas saindo da região dorsal em direção ao ventre. O marlim-azul
alcança cerca 5m de comprimento total e 800kg.
ECOLOGIA Espécie pelágica, migradora, oceânica, que alcança
a costa brasileira no final da primavera e começo do verão
(novembro a março), quando as águas limpas, azuis e quentes se
aproximam da costa. Pode ser encontrada sobre as regiões do
talude continental. Não costuma nadar em cardumes, mas, na
época reprodutiva, forma grupos pequenos. A alimentação
consiste basicamente de peixes, como atuns, bonitos, dourado,
peixe voador, e lulas e sépias.
EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo “barra pesada” para pesca
oceânica. As varas devem ter passadores com roldanas e as
carretilhas devem ter capacidade para armazenar pelo menos
500m de linha. Só é capturado no corrico.
ISCAS Iscas naturais, como peixes voadores, farnangaios e atuns, e
iscas artificiais. As iscas artificiais preferidas são as grandes
lulas, mas algumas vezes atacam os plugs de meia água.
DICAS Por melhor que for o equipamento, se não houver calma,
experiência e uma boa equipe, os peixes não serão embarcados. A
melhor época para a pesca é no verão quando encosta a Corrente
do Brasil no Sudeste e no meio do ano em ilhas afastadas e no
Nordeste
RECORDE
636,0kg/1402 lb 2 oz
81
MARLIM-BRANCO

Nome Popular Marlim-branco/White Marlin


Nome Científico Tetrapturus albidus
Família Istiophoridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
De Norte ao Sul.

DESCRIÇÃO Espécie de grande porte. Possui um bico em forma


de espada e o corpo é mais alto no início da nadadeira dorsal,
afinando em direção à nadadeira caudal que é grande e furcada. A
coloração é azul-escura no dorso e prata no ventre, com uma faixa
horizontal nos flancos quando o peixe está vivo. É menor que o
marlim-azul, alcançando cerca de 3m de comprimento total, e as
nadadeiras peitorais, primeira dorsal e primeira anal são
arredondadas, enquanto no marlim-azul são pontudas.

ECOLOGIA Espécie pelágica, exclusivamente oceânica, podendo


ser encontrada nas regiões do talude continental. É um peixe
solitário e forma pares na época reprodutiva. A alimentação
consiste basicamente de peixes, como atum, bonito, dourado,
peixe voador, e lulas e sépias.

EQUIPAMENTOS Não é preciso equipamentos do tipo “barra


pesada”. As varas podem ter ou não passadores com roldanas e
as carretilhas precisam ter bastante linha mas entre 20 e 50 libras
já é suficiente. É capturado no corrico.

ISCAS Iscas naturais, como peixes voadores, farnangaios e atuns, e


iscas artificiais. As iscas artificiais preferidas são as grandes
lulas, mas algumas vezes atacam os plugs de meia água.

DICAS Por melhor que for o equipamento, se não houver calma,


experiência e uma boa equipe, os peixes não serão embarcados.
As melhores épocas de pesca são no verão quando encosta a
Corrente do Brasil no Sudeste e no meio do ano em ilhas afastadas
e no Nordeste

RECORDE
82,5kg/181 lb 14 oz

82
MIRAGUAIA
Nome Popular Miraguaia, Piraúna/Black Drum
Nome Científico Pogonias cromis
Família Sciaenidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul. Mais comum no Sudeste e Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado, um pouco


achatado; focinho obtuso e reto em sua parte anterior, boca
inferior. A coloração do dorso varia de cinza a marrom-escuro ou
preto, o ventre é mais claro. Os jovens são mais claros e
apresentam 4-5 faixas escuras verticais, que se confundem com a
cor geral, cada vez mais escura à medida que crescem. Alcança
1,7m de comprimento total e 50kg.

ECOLOGIA Espécie costeira; vive sobre fundo de areia, lodo ou


cascalho, principalmente em áreas estuarinas próximas a rochas e
em canais. Alimenta-se de moluscos, principalmente mariscos,
crustáceos e peixes. Migra para águas mais quentes durante o
inverno, época da reprodução, quando pode ser encontrada junto
a costões rochosos. Os juvenis entram freqüentemente nos
estuários. É um peixe muito esportivo, corre e briga muito.
Geralmente a carne é infestada de vermes, fazendo com que sua
importância comercial se limite a algumas regiões.

EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo pesado/médio pesado com


carretilha/molinete para 300m de linha; linhas entre 30 e 80 libras e
anzóis de n° 4/0 a 7/0.

ISCAS Iscas naturais, como mariscos, caranguejos, moluscos,


camarões e tatuís.

DICAS É necessário muita atenção na pescaria, porque, apesar do


grande porte, a fisgada desse peixe é muito sutil.

RECORDE
51,28kg/113 lb 1 oz

83
OLHETE

Nome Popular Olhete, Pitangola/Yellow Tail southern


Nome Científico Seriola lalandi
Família Carangidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá a Santa Catarina. Mais comum do Nordeste a Santa
Catarina.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado e um pouco
comprimido; olhos relativamente grandes; apresenta quilha no
pedúnculo caudal. A coloração é prateada, sendo escura no dorso
e clareando nos flancos e em direção ao ventre, prateado mais
claro. Apresenta uma faixa escura que se estende do olho até a
base da nadadeira dorsal. A cauda é amarelada o que dá a ele o
nome em inglês de Yellowtail. Os indivíduos jovens apresentam
sete faixas verticais ao longo do corpo.
ECOLOGIA Espécie pelágica, conhecida como peixe de passagem.
Freqüenta águas relativamente rasas e agitadas nas proximidades
dos costões rochosos e recifes. Os indivíduos jovens formam
pequenos cardumes, mas os maiores são solitários, vivendo
sozinhos ou em pares. Alimenta-se principalmente de lulas,
crustáceos e pequenos peixes. Tem importância na pesca
esportiva e comercial.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/pesado a pesado. A
carretilha é mais apropriada, porque esse peixe briga muito
levando vários metros de linha, que deve ser de multifilamento de
40 a 80 lb. Os anzóis devem ser fortes de nº 5/0 a 10/0.
ISCAS As melhores iscas são as naturais, principalmente sardinha.
Outros peixes inteiros ou em filés também dão bons resultados.
Entre as iscas artificiais, as melhores são os metais jigs, os plugs
de meia água e, às vezes, os de superfície. Colheres e ziguezagues
também são usados com sucesso.
DICAS Como é um peixe de passagem, o pescador deve procurá-lo
em lajes submersas. A melhor forma de pescar é embarcado.
RECORDE
52,0kg/114 lb 10 oz

84
OLHO-DE-BOI
Nome Popular Olho-de-boi/Greater Amberjack
Nome Científico Seriola dumerilii
Família Carangidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá a Santa Catarina.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado, robusto e um
pouco comprimido; pedúnculo caudal com quilha dérmica. A
coloração é prateada, azul-esverdeado escuro, clareando nos
flancos e no ventre. A principal característica é uma faixa escura
que se estende da maxila superior, passando pelo olho e
alcançando a base da nadadeira dorsal. O olho-de-boi alcança até
2m de comprimento total e 80kg.
ECOLOGIA Peixe pelágico; vive em cardumes pequenos e freqüenta
principalmente as águas agitadas dos costões rochosos e recifes
de fora. Os adultos são solitários ou formam pares. Alimenta-se de
peixes, lulas e crustáceos. É um peixe de passagem e um grande
nadador. Na família, é a espécie preferida pelos pescadores
esportivos, porque luta bravamente quando capturada. Também
tem grande valor comercial. A carne é bastante apreciada para o
preparo de sushi.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/pesado a pesado. A
carretilha é mais apropriada, porque esse peixe briga muito
levando vários metros de linha, que deve ser de multifilamento
entre 60 e 100 libras. Os anzóis devem ser de fortes de nº 5/0 a
10/0.
ISCAS As melhores iscas são as naturais, principalmente sardinha.
Outros peixes inteiros ou em filés também dão bons resultados.
Entre as iscas artificiais, as melhores são os metais jigs, os plugs
de meia água e, às vezes, os de superfície. Colheres e ziguezagues
também são usadas com sucesso.
DICAS Após a captura de um indivíduo, é muito comum a captura de
outros porque o cardume geralmente permanece algum tempo na
área de captura. Quando fisgado a tendência é levar a isca para o
fundo.
RECORDE
70,64kg/155 lb 12 oz
85
P E I X E - E S PA D A

Nome Popular Peixe-espada/Cutlassfish atlantic


Nome Científico Trichiurus lepturus
Família Trichiuridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.

DESCRIÇÃO Possui o corpo muito comprido e comprimido; boca


grande e pontuda com dentes caninos; olhos grandes; nadadeira
dorsal muito longa; nadadeiras pélvicas e caudal ausentes;
nadadeira anal formada por uma série de espinhos bem
separados. Linha lateral bem abaixo da região mediana do corpo.
A coloração é uniforme, prateada com reflexos azulados. Alcança
1,5m de comprimento total e 4kg.

ECOLOGIA Espécie costeira, encontrada em cardumes em locais


com fundo de areia ou lama. Entra freqüentemente em estuários.
Alimenta-se principalmente de pequenos peixes, sendo que os
adultos se alimentam próximo à superfície durante o dia e migram
para o fundo à noite e os juvenis e pequenos adultos formam
cardumes a mais de 100m de profundidade durante o dia e sobem
à superfície à noite para se alimentar. O valor comercial é baixo,
embora a carne seja considerada de boa qualidade e comum nos
mercados. Peixe bastante esportivo.

EQUIPAMENTOS Equipamento médio, linhas de 10 a 20 lb., anzóis


até o n° 5/0 e bóia luminosa nas pescarias noturnas.

ISCAS Iscas naturais, como pedaços de peixes, camarões e outros


crustáceos, moluscos, e iscas artificiais, como plugs de meia
água e jigs. Dependendo da situação, é recomendável usar empate
de aço.

DICAS Deve-se tomar cuidado ao manusear este peixe, pois a


mordida pode causar sérios danos.

RECORDE
3,68kg/8 lb 1 oz

86
P E I X E - G A LO
Nome Popular Peixe-galo/Atlantic Moonfish e Lookdown
Nome Científico Selene setapinnis
Família Carangidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo muito alto e muito


comprimido; nadadeiras pélvicas muito pequenas; linha lateral
com uma série de espinhos na porção posterior, antes do
pedúnculo caudal. A coloração é prateada, sendo o dorso verde-
azulado, os flancos são mais claros e o ventre esbranquiçado.
Apresenta uma pequena mancha ovalada preta na margem
superior do opérculo e outra do mesmo tamanho na parte superior
do pedúnculo caudal. Alcança 60cm de comprimento e cerca de
4,5kg. Uma outra espécie bastante parecida, o galo-de-penacho
Selene vomer também é muito comum em águas brasileiras, mas
é menor, alcançando em torno de 50cm e pouco mais de 2kg.

ECOLOGIA As duas espécies têm hábitos parecidos; são peixes


de superfície, encontrados até 50m de profundidade. Podem
formar cardumes; porém são mais comuns em pequenos grupos,
ou mesmo pares, quando adultos. Os exemplares pequenos e
médios são comuns em baías e estuários. Alimentam-se
principalmente de peixes e crustáceos. A carne é de boa
qualidade, mas não é comum nos mercados. A pesca esportiva é
interessante quando praticada com material leve.

EQUIPAMENTOS Equipamento leve; linhas de 0,20 a 0,35; e,


anzóis de n° 8 a 4.

ISCAS Iscas naturais como minhoca de praia, tatuíra, pedaços de


camarão morto e sardinhas. Iscas artificiais como jigs branco e
amarelo.

DICAS Segundo informações, na costa do estado do Paraná é comum


a captura de exemplares entre 5-7kg, sendo que no mercado já
foram encontrados peixes de até 10kg.

RECORDE
2,15kg/4 lb 12 oz - Selene vomer
87
PESCADA

Nome Popular Pescada/Croaker


Nome Científico Cynoscion sp.
Família Sciaenidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO Peixes de escamas. Na costa brasileira ocorrem mais
de 30 espécies de pescadas. Entre as características mais
interessantes desse grupo está a capacidade de produzir sons por
músculos associados à bexiga natatória. As espécies mais
comuns são pescada-amarela Cynoscion acoupa, que pode
alcançar 1m e 30kg e tem a cor amarela, pescada-olhuda
Cynoscion striatus, de coloração prateada e olhos grandes, que
alcança no máximo 50cm e pescada-cambucu Cynoscion
virescens.
ECOLOGIA Peixes demersais e pelágicos, formam cardumes nos
poços e regiões profundas e se alimentam preferencialmente de
crustáceos, como camarões, e de pequenos peixes. A pescada-
amarela e a pescada-cambucu costumam entrar nos manguezais
a procura de alimentos. A pescada-amarela é muito apreciada
como alimento, sendo importante na pesca comercial.
EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo médio/pesado para a
pescada-amarela; linhas de 14 a 25 lb.; anzóis nº2 a 3/0. Para a
pescada-olhuda, o equipamento é leve; linhas 0,30 a 0,45; e,
anzóis de n° 6 a 1/0. Deve-se usar chumbo de correr quando os
peixes estão mais ao fundo, ou bóia quando estão na superfície.
ISCAS Quase exclusivamente com iscas naturais de camarão vivo e
peixinhos como manjubas e moréias do manguezal. Iscas
artificiais podem ser plugs de meia água e jigs.
DICAS O uso de empates é obrigatório para as pescadas em geral, já
que a maioria das espécies tem dentes afiados. Quando o local de
pesca for mais profundo, as iscas artificiais devem ser
trabalhadas junto ao fundo.
RECORDE
17,0kg/37 lb 7 oz - Cynoscion acoupa
13,6kg/29 lb 15 oz - Cynoscion virensis
88
PREJEREBA
Nome Popular Prejereba/Tripletail
Nome Científico Lobotes surinamensis
Família Lobotidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alto e comprimido; cabeça
pequena, e nadadeiras dorsal e anal alongadas e arredondadas,
quase atingindo o final da nadadeira caudal. Esta característica dá
o nome em inglês tripletail, ou seja, cauda tripla. A coloração é
marrom, com reflexos brancos ou cinza-esverdeado. Alcança
cerca de 80cm de comprimento total e 20kg.
ECOLOGIA Freqüenta as regiões de mar aberto com fundo rochoso,
baías, bocas de rios e manguezais. Uma característica peculiar é o
hábito de acompanhar objetos a deriva e flutuar ao seu redor. Peixe
carnívoro, alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos e da fauna
acompanhante dos objetos a deriva. Pode ser encontrado sozinho
ou aos pares. A carne é saborosa, mas raramente é encontrado
nos mercados. É uma espécie importante para a pesca esportiva
porque briga muito, chegando a saltar fora d'água.
EQUIPAMENTOS Varas de ação média/pesada; linhas de 10 a 25
lb; e anzóis de n° 1/0 a 6/0, já que o peixe tem a boca pequena.
ISCAS Iscas naturais, como sardinha, e artificiais, como plugs de
superfície, meia água e jigs trabalhados na superfície.
DICAS Gosta de ficar debaixo da faixa de detritos flutuantes, exigindo
aproximação silenciosa do pescador. Deve-se ter muito cuidado
para a linha não arrebentar quando esbarra nas cracas ou
vegetação flutuante. Cuidado com os espinhos da nadadeira
dorsal e do opérculo, bastante afiados. É pescada de preferência
no verão, durante o dia e a noite.
RECORDE
19,2kg/42 lb 5 oz

89
REMEIRO

Nome Popular Remeiro/Almaco Jack


Nome Científico Seriola rivoliana
Família Carangidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo um pouco alto e
comprimido. A coloração é marrom, azul ou olivácea, com
reflexos prateados, mais escura no dorso e branqueando em
direção ao ventre. Apresenta uma faixa longitudinal amarelo
bronze ao longo do corpo e uma faixa escura que se estende do
focinho à base anterior da nadadeira dorsal, passando pelo olho.
Alcança 1,6m de comprimento total e 40kg.
ECOLOGIA Espécie pelágica ou demersal, vive em águas abertas,
parcéis afastados e raramente é encontrada em águas costeiras.
Forma grupos pequenos. Não é muito comum nos mercados,
apesar de ser comercializada como olhete.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/pesado. A carretilha é mais
apropriada, porque esse peixe briga muito levando vários metros
de linha, que deve ser de multifilamento de 40 a 60 lb. Os anzóis
devem ser fortes de n° 4/0 a 8/0.
ISCAS As melhores iscas são as naturais, principalmente sardinha.
Outros peixes inteiros ou em filés também dão bons resultados.
Entre as iscas artificiais, as melhores são os metais jigs, os jigs,
os plugs de meia água e, às vezes, os de superfície. Colheres e
ziguezagues também são usadas com sucesso.
DICAS É um peixe de passagem que costuma nadar próximo à
superfície ao redor de ilhas e parcéis. Encontrado mais facilmente
em alto-mar. No inverno aproxima-se um pouco mais da costa.
RECORDE
35,38kg/78 lb 0 oz

90
R O B A LO - F L E C H A
Nome Popular Robalo/Snook
Nome Científico Centropomus spp.
Família Centropomidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO Peixes de escamas. Das seis espécies de robalo
encontradas no oceano Atlântico, quatro são capturadas no Brasil,
destacando-se o robalo-flecha C. undecimalis e o robalo-peva C.
paralellus. Possuem o corpo alongado e comprimido e a
mandíbula inferior saliente. O robalo-flecha, a maior espécie,
alcança 1,2m e 25kg. A coloração do dorso é acinzentada com
reflexos esverdeados e o ventre é esbranquiçado. A linha lateral é
uma listra longitudinal negra que se estende até o final da
nadadeira caudal. O robalo-peva é menor, 50cm e 5kg, com o
dorso cinza-esverdeado e os flancos prateados.
ECOLOGIA Ocorrem em manguezais, estuários e baías. Podem ser
capturadas desde a barra dos rios até vários quilômetros rio
acima, principalmente na época de desova. Gostam de águas
calmas, barrentas e sombreadas e ficam perto do fundo.
Alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos (camarões e
caranguejos). São apreciados como alimento e na pesca
esportiva, principalmente os grandes exemplares.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/pesado; linhas de 14 a 25
lb., atadas a um arranque de cerca de 2m de linha mais grossa,
pois, depois de fisgados, procuram proteção entre os galhos e
locas.
ISCAS As melhores iscas são camarão e peixinhos vivos, que podem
ser arremessadas nas margens ou usadas na rodada, próximas ao
fundo. As iscas artificiais como plugs, de superfície e de meia
água, jigs e shads também são bastante produtivas e devem ser
trabalhadas junto aos troncos e galhadas nas margens.
DICAS Consulte a tábua de marés (prefira a maré de quarto) e
consiga informações sobre o local de pesca. Os arremessos
devem ser sempre na direção de galhos, raízes e pedras.
RECORDE
24,32kg/53 lb 10 oz - Centropomus undecimalis
4,96kg/10 lb 14 oz - Centropomus paralellus
91
SARGO-DE-DENTES

Nome Popular Sargo-de-dentes/Sheepshead


Nome Científico Archosargus probatocephalus
Família Sparidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Norte ao Sudeste.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; o corpo é ovalado e um pouco
comprimido. A coloração é cinza-esverdeado com 6-7 faixas
verticais ao longo do corpo, começando na cabeça e terminando
no pedúnculo caudal. As nadadeiras caudal e peitorais são
amareladas. Alcança 90cm de comprimento total e 10kg. Existe
uma outra espécie, conhecida como sargo-de-beiço, por causa
dos lábios grossos.
ECOLOGIA Espécie costeira, vive em águas rasas com fundo de
pedras ou corais, por onde nada em pequenos cardumes.
Freqüenta as águas salobras dos estuários. Alimenta-se
principalmente de crustáceos e moluscos. A carne é de excelente
qualidade, mas como é um peixe difícil de capturar não é muito
freqüente nos mercados. Por brigar muito quanto fisgado, é
bastante apreciado pelos pescadores esportivos.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/médio pesado; linhas de 20
a 30 lb.; anzóis pequenos e resistentes. É importante o uso de
líderes de 35 a 40 lb.
ISCAS Iscas naturais, como moluscos e camarões. Também pode
ser pescado com jigs.
DICAS Como é um peixe muito arisco, o silêncio e a calma são
essenciais para uma pescaria bem sucedida. A isca deve ser
mantida perto do fundo. A melhor época para a captura dessa
espécie é do início do outono a meados do inverno.
RECORDE
9,63kg/21 lb 4 oz

92
TA I N H A
Nome Popular Tainha/Mullet
Nome Científico Mugil brasiliensis/Mugil liza
Família Mugilidae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Paraná.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas. Mugil brasiliensis é a maior tainha


que ocorre no Brasil. O corpo é alongado e fusiforme; a cabeça um
pouco deprimida; a boca pequena. As escamas são grandes e
apresentam pequenas máculas escuras que formam listas
longitudinais ao longo do corpo. Não possui linha lateral. A
coloração é prata-azulada nos flancos, sendo o dorso mais
escuro. Os indivíduos maiores alcançam mais de 1m de
comprimento total e cerca de 9kg. A Mugil liza é bem menor.

ECOLOGIA Espécie pelágica; vive nas proximidades dos costões


rochosos e recifes, nas praias de areia e nos manguezais,
podendo entrar até mesmo em lagoas hiper salinas. É uma espécie
que forma grandes cardumes principalmente durante a migração
reprodutiva, quando entra nos estuários. Alimenta-se de plâncton,
algas, pequenos organismos e material vegetal. Desova na água
doce. É comercializada fresca ou salgada.

EQUIPAMENTOS Equipamento de ação leve a média para os


grandes peixes; vara simples ou com molinete/carretilha; os
anzóis devem ser afiados, n° 14 a 20; as linhas de 8 a 14 lb.

ISCAS Miolo de pão e algas filamentosas enroladas no anzol. Não é


fácil captura-las com anzol.

DICAS Ao fisgar, trabalhe com a fricção bem solta, ou use varas de


ação lenta, pois uma puxada mais forte pode rasgar a boca do
peixe.

RECORDE
1,45kg/3 lb 3 oz - Mugil liza

93
TA R P Ã O

Nome Popular Tarpão, Camurupim, Pirapema, Pema/Tarpon


Nome Científico Megalops atlanticus
Família Megalopidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA No Norte é mais abundante. Também
no Sudeste.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas grandes; corpo alongado e
comprimido; boca grande e um pouco inclinada. A mandíbula
inferior sobressai para fora e para cima, os dentes são pequenos e
finos e a borda do opérculo é uma placa óssea. A coloração é
prateada, sendo o dorso cinza-azulado, variando de claro a quase
preto; os flancos e o ventre são claros. Nas águas escuras, pode
ficar dourado ou marrom. Alcança mais de 2m de comprimento
total e 150kg. É considerado, por muitos, como o peixe mais
esportivo do mundo.
ECOLOGIA Peixe pelágico. Vive nas águas quentes, tropicais e
subtropicais do oceano Atlântico. É uma espécie costeira que
também pode ser encontrada em alto-mar, principalmente nos
períodos de reprodução, quando migra em grandes cardumes.
Entra nos estuários e na água doce. Possui respiração aérea; a
bexiga natatória auxilia na respiração, permitindo que suporte
água salobra e doce estagnada e sem oxigênio. Tais águas, livres
de predadores, oferecem refúgio para os jovens. Alimenta-se de
sardinhas, anchovas, tainhas, entre outros.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio/pesado; linhas entre 20 e 30
lb.; anzóis reforçados de n° 4/0 a 8/0. Recomenda-se o uso de
empates de aço.
ISCAS Iscas naturais, como sardinhas e paratis, e uma grande
variedade de iscas artificiais, como plugs de meia água, jigs,
shads e colheres.
DICAS Logo após ser fisgado, salta várias vezes fora da água,
requerendo muita atenção do pescador que não deve deixar a linha
bambear. Ao retirar o anzol, muito cuidado com a borda do
opérculo que corta como uma navalha. As épocas de captura são
entre novembro e março em mar aberto e no restante do ano em
manguezais.
RECORDE 130,0kg/286 lb 9 oz
94
UBARANA
Nome Popular Ubarana, Abarana/Ladyfish
Nome Científico Elops saurus
Família Elopidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Norte ao Sudeste.
DESCRIÇÃO Espécie de escamas pequenas; corpo alongado e
fusiforme; focinho pontudo; boca terminal e um pouco inclinada;
nadadeira dorsal localizada no meio do corpo; nadadeira caudal
furcada. Possui lixas, ao invés de dentes, nos maxilares superiores
e inferiores. A coloração é prateada, sendo o dorso cinza-azulado,
e os flancos e o ventre amarelados; as nadadeiras são quase
sempre amareladas. Alcança 1m de comprimento total e 4kg.
ECOLOGIA Espécie pelágica; normalmente é encontrada em baías e
portos, podendo ocorrer na água salobra e até mesmo subir os
rios a procura de alimentos. Os jovens freqüentam as águas
costeiras e os adultos preferem o mar aberto, onde formam
cardumes e se reproduzem. Alimenta-se basicamente de
pequenos peixes e crustáceos. Não tem muita importância
comercial por causa dos espinhos, mas é muito apreciada pelos
pescadores esportivos porque dá saltos espetaculares quando
fisgada. Em alguns locais é usada como isca.
EQUIPAMENTOS Equipamento médio; linhas de 0,30 a 0,40.
Recomenda-se o uso de líder.
ISCAS Iscas naturais como sardinhas, manjubas e camarões
pequenos. Dentre as artificiais, os plugs de meia água são mais
eficientes, principalmente com três garatéias. Jigs e grubs
também funcionam.
DICAS Esse peixe luta muito quando fisgado com material leve e isca
artificial de superfície. Morde a isca com rapidez e quando a
fisgada é perdida, outro peixe do cardume ataca em seguida.
Devido a estrutura do corpo, com muitos espinhos, as ubaranas
são lutadoras acrobáticas; e as placas na boca dificultam a
fisgada. Assim, a proporção entre ferradas e perdas é grande,
tornando esta espécie um desafio para qualquer pescador
esportivo. É mais fácil ser capturado durante as marés grandes
das luas cheia e nova.
RECORDE 2,725kg/6 lb 0 oz
95
VERMELHO-CIOBA

Nome Popular Vermelho-cioba, Vermelho/


Snapper, mutton, gray e etc.
Nome Científico Lutjanus spp.
Família Lutjanidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Norte ao Sudeste.
DESCRIÇÃO Várias espécies do gênero Lutjanus são conhecidas
por vermelho ou cioba. Lutjanus analis vermelho-cioba possui o
corpo com coloração verde-oliva no dorso, que se torna
gradualmente vermelho em direção ao ventre. Atinge 1m e pouco
mais de 15kg. Uma mancha preta característica está presente nos
flancos, logo abaixo dos raios moles da nadadeira dorsal.
Lutjanus jocu vermelho-siriúba, vermelho-dentão, cioba possui a
coloração do corpo cinza-oliva, com o ventre avermelhado ou cor
de cobre. Um par de caninos grandes na mandíbula superior são
visíveis mesmo quando o peixe está com a boca fechada. Atinge
130 cm e 28kg. Há ainda o pargo-boca-negra Lutjanus buccanella
que possui coloração vermelha com nadadeiras amareladas, e
uma mancha preta na base das nadadeiras pélvicas. Alcança
14kg.
ECOLOGIA Espécies costeiras que vivem em águas abertas e
profundas, principalmente em locais com fundo de pedra e
cascalho ao redor de ilhas, parcéis e formações de coral; os
indivíduos jovens podem ser encontrados em águas mais rasas.
Formam grandes cardumes, principalmente de peixes jovens; os
adultos vivem sozinhos ou em pequenos grupos. No verão
preferem as águas mais afastadas, e no inverno buscam áreas
estuarinas. Alimentam-se de peixes, crustáceos e moluscos. Têm
alto valor comercial, principalmente no Nordeste.
EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo médio; linhas de 17 a 20 lb;
e anzol de nº 2/0 a n° 4/0 para pesca de fundo. Indispensável o uso
de líder, já que se entocam com freqüência.
ISCAS Iscas naturais, como lulas, camarões, sardinhas e moluscos.
Jumping jigs, jigs e shads pequenos também são eficientes.
RECORDE
3,28kg/7 lb 3 oz - Lutjanus buccanella
10,9kg/24 lb 0 oz - Lutjanus jocu
13,72kg/30 lb 4 oz - Lutjanus analis
96
WAHOO
Nome Popular Wahoo, Cavala-wahoo/Wahoo
Nome Científico Acanthocybium solandri
Família Scombridae

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Do Amapá a Santa Catarina.

DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo alongado, fusiforme e um


pouco comprimido; focinho longo e pontudo; mandíbula superior
móvel e dentes grandes, fortes e comprimidos. Apresenta duas
nadadeiras dorsais ligeiramente separadas e três quilhas no
pedúnculo caudal. A coloração do dorso é brilhante, algumas
vezes azul-metálico, apresentando faixas verticais escuras no
dorso e nos flancos, que podem se unir no ventre. Os indivíduos
maiores nem sempre apresentam estas faixas. Alcança 2m de
comprimento total e 80kg.

ECOLOGIA Espécie pelágica, que realiza migrações sazonais,


sozinha ou em pequenos grupos de dois a seis indivíduos. Existem
indicações de concentrações sazonais em algumas áreas do
Pacífico e do Atlântico. É conhecido como um dos peixes mais
rápidos do mar, atingindo velocidades acima de 80km/h.
Alimenta-se de lulas e peixes pelágicos, incluindo atuns, peixes
voadores, baiacus, já que poucos conseguem escapar. Vive ao
redor de naufrágios e recifes, onde pequenos peixes podem ser
encontrados, e também em alto-mar. A carne é excelente, mas não
tem valor comercial, sendo raramente encontrada em mercados. É
importante para a pesca esportiva oceânica.

EQUIPAMENTOS Equipamentos do tipo médio/pesado e pesado e


linhas de 20 a 30 lb. A modalidade mais empregada na captura
dessa espécie é o corrico.

ISCAS Capturado quase exclusivamente com iscas artificiais, como


plugs de meia água, metal jigs e lulas.

DICAS Pescar de corrico ao redor de detritos na superfície ou


próximo a estruturas submersas. Quase metade dos peixes
fisgados consegue escapar.

RECORDE
83,46kg/184 lb 0 oz
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XARÉU

Nome Popular Xaréu/Crevalle Jack


Nome Científico Caranx hippos
Família Carangidae
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Amapá ao Rio Grande do Sul.
DESCRIÇÃO Peixe de escamas; corpo ovalado e comprimido;
cabeça volumosa e alta; focinho arredondado; olhos relativamente
grandes; nadadeira peitoral longa, ultrapassando a origem da
nadadeira anal. A linha lateral é muito curvada apresentando
carenas no final (as escamas da linha lateral são modificadas em
escudos). O pedúnculo caudal é muito fino com duas quilhas. A
coloração é azulada no dorso, os flancos são prateados com
nuances douradas e o ventre amarelado. Possui uma mancha
preta na nadadeira peitoral e outra no opérculo. Os indivíduos
jovens possuem cinco faixas verticais escuras no corpo e uma na
cabeça. Alcança mais de 1m de comprimento total e cerca de
25kg.
ECOLOGIA Espécie oceânica que pode tolerar uma ampla variação de
salinidade. Ocorre nas proximidades dos recifes de corais, em
águas costeiras, como portos e baías protegidas, e em águas
salobras, na foz e subindo os rios costeiros. Vive geralmente em
pequenos cardumes, porém grandes cardumes podem ser vistos
na época em que fazem migrações reprodutivas, de novembro a
janeiro. É um predador voraz, que consome preferencialmente
pequenos peixes, como paratis e tainha, assim como camarões e
outros invertebrados. Peixe importante na pesca esportiva e
comercial.
EQUIPAMENTOS Equipamento do tipo médio; varas de ação
rápida; linhas de 10 a 25 lb.; e anzóis de n 1/0 ao 6/0.
ISCAS Iscas naturais, como sardinhas, paratis e tainha, e artificiais,
como jigs, metais jigs e plugs de superfície e meia água.
DICAS A melhor forma de capturar esse peixe é no corrico, com iscas
de sardinha e parati (vivos ou mortos). Quando o cardume está na
superfície, usa-se plugs ou colheres. Quanto mais rápido a isca for
recolhida, mais fácil o ataque. A briga pode durar mais de 1 hora.
RECORDE 26,5kg/58 lb 6 oz
98
99
GUIAS DE PESCA
GUIAS DE PESCA
ALAGOAS
www.gatomendes.hpg.ig.com.br

BAHIA
www.elmps.com.br

ESPÍRITO SANTO
Paulo Amorim - www.pauloamorim636.com.br;
(27) 3361-2000
Ricardo Bisi - www.iatenautica.com.br;
(27) 3227-7640/9293-2063
Rubinho - www.pescaventura.com.br
Luiz Guilherme -
(27) 3345-9455/9981-3699 (Vitória)

PARANÁ
Roald Andretta - www.lobadomar.com.br;
(41) 3027-7788 (Antonina/Guaratuba)
Cláudio Dalla Marta
(41) 3455-1628/9916-6936 (Pontal do Paraná)
Tatú - (41) 3432-1544/9604-5952 (Antonina)

RIO DE JANEIRO
Ian Sulocki www.upesca.com.br;
(21) 2240-8117/2240-8117/8144-0900
Kdu Magalhães - fishing@terra.com.br;
(21) 2539-1424/9978-3444
www.tropicalcruises.com.br;
(21) 9963-6172/2487-1687
www.sportsub.com.br;
(21)2253-6679
www.arraialdocabo-rj.com.br/serviços/marina.asp

SANTA CATARINA
Marcos Malutelli www.carapira.com.br;
(48) 9982-4057/7811-0136
José Anatólio Oliveira - www.dolphinpesca.com.br;
(47) 3264-0252/9957-2656/8425/4587
www.mahimahi.com.br;
(48) 3284-5219/9981-1754
www.floripasub.com.br;
(48) 3248- 8388/9982-3891
Antonio Machado
(47) 369 2139/ 91014323
Gilberto Gabardo - (48) 3025-7977/9989-3776 (Florianópolis)
SÃO PAULO
Tuba - www.ballyhoo.com.br;
100
GUIAS DE PESCA
(12)3895-8997/9142-8160
(Ilhabela)
Alexandre Begosso - www.albacorapescaesportiva.com.br;
(12) 3842-2749/9715-6111
(Ubatuba)
Nick Zahra - www.ubatuba.com.br/fisherman;
(12) 3833-2128/9715-8338
(Ubatuba)
Kalu - www.kalupesca.com.br;
(12) 3632-0998/9712-8116/9151-7426/9719-4476
(Ubatuba)
Fabiano Mori www.robalomaster.com.br ;
(11) 9604-0109 (Bertioga)
Marco e Paulo - www.ferrarailhabela.com.br;
(12) 3894-1518/9146-5452/9714-4624
(Ilhabela)
Eduardo Miranda www.edulanchas.com.br;
(12) 3833-3294/9715-0676 (Ubatuba)
www.enchova.com;
(12) 3862-1551/9168/4098 (Ilhabela e São Sebastião)
www.nauticadailha.com.br;
(13) 3363-2161 (Cubatão)
www.bestboats.com.br;
(12) 3896-1513/9146-5555 (Ilhabela)
www.comandantenils.com.br;
(12) 3896-5396/9146-5587 (Ilhabela)
www.radicalpescasub.hpg.ig.com.br
Almir José Fernandes -www.almirpesca.rg3.net/;
(11) 4033-2077
Kok Sato - kokisato@bol.com.br;
(13) 3317-4085
Marcos - seadog@ubbi.com.br;
(12) 3861-2113/9711-6517
Marcos Zerbeto
(12) 3896-1574
Quico Guarnieri
(12) 3896-6080/9767-8206
Denis Garbo -
(11) 9295-5729/37843433 (Litoral de SP)
Edson Ossamu -
(11) 9749-8564/ 9496-1636 (Bertioga)
Bento Quirino
(11) 5669-0705
101
102
G LO S S Á R I O
G LO S S Á R I O
A
Alicate (de contenção) - artefato de metal ou plástico,
utilizado para imobilizar o peixe pela boca e ajudar a
retirar o anzol.

Altura do corpo - medida perpendicular do ventre até a base


da nadadeira dorsal.

Anzol múltiplo - o mesmo que garatéia.

Arco branquial - conjunto ósseo que sustenta as brânquias.

Arbalete - é uma arma de disparo de arpões utilizada por


mergulhadores para o abate de peixes na pesca
subaaquática. O arpão é impulsionado por um sistema
de cordões elásticos. O sistema dispara por meio de um
gatilho e o arpão é lançado contra o alvo.

B
Barbilhão - apêndice carnoso e filamentoso, geralmente
localizado aos pares na base da maxila superior e na
região mentoniana.

Bentônico - que vive no fundo de ambientes aquáticos.

Bexiga natatória - órgão responsável pela flutuação dos


peixes; em algumas espécies, como no pirarucu, ela é
modificada e funciona como órgão respiratório, em
outras também é utilizada para produção de som.

Bicheiro - artefato de metal recurvado, como um gancho,


utilizado para retirar o peixe da água.

Biomassa - massa de matéria orgânica presente em um


organismo ou em um nível trófico.

Bóia - artefato de cortiça, isopor, plástico, madeira ou outro


material que flutua e serve para manter a isca na
profundidade desejada, e avisa quando o peixe ataca a
isca.

Brânquia - estrutura lamelar, com membranas finas, úmidas


e ricamente vascularizadas, responsável pela
respiração dos animais que retiram o oxigênio da água.
103
G LO S S Á R I O

C
Carnívoro - que se alimenta de material de origem animal,
geralmente invertebrados.

Carretilha - equipamento de pesca que serve para lançar e


tracionar a linha, facilitando o recolhimento do peixe
quando fisgado; difere do molinete porque a capacidade
de tração é maior e é mais difícil de manusear por
ocasião do lançamento.

Chumbada - chumbo solto na linha.

Colher - artefato de metal, geralmente cromado, de várias


formas, com um anzol simples, duplo ou triplo, utilizado
nas modalidades corrico e arremesso; em movimento
imita um peixe.

Comprimento padrão - medido da ponta do focinho até a


base dos raios medianos da nadadeira caudal.

Comprimento total - medido da ponta do focinho até o final


da nadadeira caudal.

Comprimido - achatado lateralmente.

Corrente do mar azul - Corrente do Brasil, que, entre


outubro e março, se aproxima do litoral, e, dependendo
da região, pode ficar a apenas 10-15 milhas da costa;
facilmente identificável pela tonalidade do azul.

D
Defeso - período de proibição da pesca, para proteção da
reprodução ou recrutamento.

Demersal - peixe que vive próximo ao fundo do mar.

Diversidade - número de espécies e sua abundância relativa


em uma determinada área.

Dorso (região dorsal) - parte de cima do peixe.

E
Empate - terminação de nylon, normalmente mais forte do
que a linha que está sendo usada, ou de arame de aço,
que serve para prender o anzol ou a isca artificial.

Enrosco - pedras, corais ou outras estruturas encontradas


no ambiente aquático em que a linha de pesca, o anzol
ou a chumbada podem ficar presos.
104
G LO S S Á R I O
E
Espécie - conjunto de indivíduos semelhantes aos
ancestrais, que se entrecruzam e ocupam uma área
definida; unidade biológica fundamental.

Espécie migradora - que realiza migrações para


reprodução, alimentação e/ou dispersão.

Espécie sedentária - que não realiza migrações.

Estoque pesqueiro - recursos vivos de uma determinada


comunidade ou população passíveis de serem
explorados.

Família - agrupamento de gêneros com características em

F comum; o nome de família de animais termina com o


sufixo “dae”.

Filamento qualquer estrutura fina encontrada nas plantas e


animais.

Flanco - região lateral do corpo.

Focinho rombudo - arredondado.

Fusiforme - corpo alongado, em forma de fuso.

G
Garatéia - dois ou três anzóis unidos.

Gênero - agrupamento taxionômico acima de espécie e


abaixo de família; grupo de espécies semelhantes ou
intimamente relacionadas; o nome do gênero é o
primeiro nome na denominação científica de uma
determinada espécie.

Guelra - o mesmo que brânquia.

H
Hábitat - lugar onde um animal ou planta vive ou se
desenvolve naturalmente.

Herbívoro - que se alimenta de plantas, como algas e


folhas/raízes de plantas aquáticas.
105
G LO S S Á R I O

I
Iridescente - que apresenta ou reflete as cores do arco-íris.

Isca artificial - artefato de plástico, metal, madeira,


borracha, penas, cerdas etc., bastante coloridos e/ou
brilhantes, de várias formas, munidos de anzóis
simples, duplo ou triplo.

Item alimentar - qualquer tipo de organismo ou restos


orgânicos utilizados como alimento.

J Jig - tipo de isca artificial, guarnecida com chumbo e cerdas


ou penas.

L Líder ver empate.

Linha lateral - conjunto de poros que se distribuem em série


ao longo da linha mediana dos flancos e são
responsáveis por parte do sistema sensorial dos peixes.

Lobo (nadadeira caudal) - cada um dos ramos, superior e


inferior, em que freqüentemente se divide esta
nadadeira.

Mandíbula - ver maxila.

M Marés - flutuação do nível da água do mar causada pela


rotação da Terra em combinação com as forças
gravitacionais da Terra, da Lua e do Sol.

Material leve - composto por vara, molinete/carretilha,


linha, chumbada e anzol pequeno; usado para capturar
peixes pequenos ou peixes maiores, quando o objetivo é
colocar a perícia do pescador a prova.

Material médio - composto por equipamento (vara,


molinete/carretilha, linha, chumbada e anzol) de
tamanho intermediário.

Material pesado - é o equipamento mais forte existente no


mercado, utilizado para peixes de grande porte, como
marlins, piraíba, jaú, mero.

Maxila - formação óssea da boca dos peixes, onde os


dentes se inserem: maxila superior é formada pelo pré-
maxilar (central) e maxilar; maxila inferior (mandíbula) é
formada pelos ossos dentário, articular e angular.
106
G LO S S Á R I O
M
Migração - deslocamento periódico a longas distâncias; no
caso dos peixes, geralmente é realizado em cardumes.

Molinete - equipamento de pesca de origem francesa, que


serve para lançar e tracionar a linha; é preferido pela
maioria dos pescadores por causa da facilidade de
arremesso.

Nadadeira - órgão locomotor dos peixes, constituído por

N raios ósseos e membranas entre eles.

Nadadeira adiposa - nadadeira ímpar, localizada após a


nadadeira dorsal; em geral não apresenta raios.

Nadadeira anal - nadadeira ímpar, localizada no ventre, na


linha mediana, logo à frente da nadadeira caudal.

Nadadeira caudal - nadadeira ímpar, localizada no fim do


pedúnculo caudal; pode ser bifurcada, lunada ou
arredondada (com a borda posterior convexa em forma
de lua), truncada ( com a borda posterior reta)

Nadadeira dorsal - nadadeira ímpar, localizada na linha


mediana dorsal.

Nadadeiras peitorais - nadadeiras pares, localizadas logo


atrás da porção inferior ou mediana das aberturas
branquiais.

Nadadeiras pélvicas - o mesmo que nadadeiras ventrais.

Nadadeiras ventrais - nadadeiras pares, localizadas na


região ventral, logo abaixo das peitorais ou após as
peitorais.

O
Onívoro - que se alimenta de animais e vegetais.

Opérculo - nome genérico dado ao conjunto de ossos que


cobrem as brânquias.

P Parcel - formação de rochas, emersas ou parcialmente


submersas pelo mar.

Pedúnculo (caudal) - parte posterior do corpo do peixe que


se estreita para se unir à nadadeira caudal; seu início
corresponde ao final da nadadeira anal.
107
G LO S S Á R I O

P
Pelágico - que vive na superfície e meia água.

Pesca oceânica - modalidade de pesca realizada em alto-


mar, utilizando material pesado para captura de peixes
de grande porte, como marlins, agulhão-bandeira,
espadarte, atuns entre outros.

Piscívoro - que se alimenta de peixes; o mesmo que


ictiófago.

Placa óssea - estrutura óssea encontrada no corpo de


algumas espécies de peixes; podem cobrir todo o corpo
ou se distribuírem em fileiras nos flancos.

Planície de inundação - área alagada sazonalmente pelas


águas dos rios.

Plataforma continental - prolongamento natural do território


terrestre até o bordo exterior da margem continental.

Plug - tipo de isca artificial que imita vários formatos de


peixe; pode ter barbela ou não para ser trabalhada na
superfície, na meia água ou no fundo.

Predador - animal que caça ou mata outros animais para se


alimentar.

Produção primária - biomassa produzida pelos seres vivos.

Prole - filhotes.

Q Quilha - estrutura do corpo, com bordos afilados, formando


um vértice pontudo em forma de V.

R Raios da nadadeira - filamento ósseo maleável ou em forma


de espinho que dá sustentação às nadadeiras; podem
ser simples ou ramificados e apresentam-se unidos
entre si por uma membrana.

Rastros branquiais - um dos componentes dos arcos


branquiais (ossos que sustentam as brânquias),
localizados na parte interna dos arcos branquiais e
voltados para o interior da cavidade faringeana; podem
ser curtos ou longos, desempenhando, em algumas
espécies de peixes, importante função na alimentação.
108
G LO S S Á R I O
R
Região mentoniana (mento) - localizada na extremidade do
queixo.

Ressurgência - o fenômeno da ressurgência é


caracterizado pelo afloramento de águas profundas,
geralmente frias e ricas em nutrientes, em determinadas
regiões dos oceanos. Essas regiões têm, em geral, alta
produtividade primária e importância comercial para a
pesca. Na costa brasileira é bastante conhecida a
ressurgência costeira de Cabo Frio,

Rombóide - corpo alto e um pouco ovalado.

S
Salobra - água com nível de salinidade entre o da água doce
e o da água salgada.

Spinner - isca artificial, semelhante a uma colher, que gira


em torno de um eixo ao ser puxada na água; pode ter
penas ou cerdas de várias cores.

T
Talude continental - área da margem continental que
declina de forma relativamente acentuada em direção ao
fundo do mar; coincide com o fim da plataforma
continental.

Tamanho mínimo de captura - tamanho definido pelo órgão


regulador para a captura de espécies aquáticas; em
geral garante que a maioria dos indivíduos de uma
população de peixes se reproduza pelo menos uma vez.

Termoclina - é a mudança brusca de temperatura em uma


determinada profundidade do mar.

U Umeral (região umeral) - parte anterior e mediana do


flanco, localizada logo após o opérculo.

V
Ventosa - estrutura carnosa localizada na boca e utilizada
para sucção de alimentos.

Ventre (região ventral) - barriga ou parte de baixo do corpo


de um animal; nos seres humanos corresponde à parte
frontal.

Z
Zona costeira - área de terra e água afetada por processos
biológicos tanto do ambiente terrestre quanto marinho.

Zona trófica - zona de alimentação.


109
B I B L I O G R A F I A C O N S U LTA D A
Dancini, J. L. Mergulho em apnéia: fundamentos para a
prática desportiva. Editora do Autor, 2005, 288p.

Dias Neto, J. Gestão do uso dos recursos pesqueiros


marinhos no Brasil. Edições IBAMA, 2003, 242p.

Empresa das Artes. Pesca Amadora Brasil, Ed. Abril, 2001,


312p.

Guia Quatro Rodas. Pesca, Ed. Abril, 2003, 258p.

PNDPA. Guia Brasileiro de Pesca Amadora. Embratur, 1999,


266p.

Szpilman, M. Aqualung Guide to Fishes: a practical guide to


the identification of brazilian coastal fishes. Aqualung,
1992, 307p.

www.fishbase.org

110 129
IBAMA
C E N T R O S E S P E C I A L I Z A D O S
CEPTA Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos (19) 3565-1075
Pesqueiros Continentais 3565-1299 Fax 3565-1318
CEPENE Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos (81) 3676-1310
Pesqueiros do Litoral Nordeste 3676-1166
3676-1388
3676-1109
CEPSUL Centro de Pesquisas e Gestão de Recursos (47) 3348-6058
Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul
CEPERG Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos (53) 3232-6285
Pesqueiros Lagunares e Estuarinos
CEPNOR Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos (91) 3274-1429
Pesqueiros do Litoral Norte 3274-1237
S U P E R I N T E N D Ê N C I A S
Acre (68) 3226-3212
Alagoas (82) 2122-8303/ 2122-8331
Amapá (96) 3214-1119 / 3214-1101
Amazonas (92) 3613-3080 / 3613-3094 / 3613-3096
Bahia (71) 3240-7913 / 3248-9427 / 3345-7322
Ceará (85) 3227-9081/3272-1600
Distrito Federal (61) 3035-3400/3002-4279
Espírito Santo (27) 3324-1811 / 3324-3514 / 3225-8510
Goiás (62) 3901-1900 / 3901-1918 / 3901-1931
Maranhão (98) 3231-3070 / 3231-3010 / 3232-7288
Mato Grosso (65) 3648-9100 / 3648-9147 / 3648-9102
Mato Grosso do Sul (67) 3317-2955 / 3317-2952 / 3317-2966
Minas Gerais (31) 3299-0700 / 3337-2624 / 3299-0809
Pará (91) 3241-2621 / 3224-5899
Paraíba (83) 3218-7202/ 3218-7200
Paraná (41) 3363-2525 / 3360-6142 / 3360-6100
Pernambuco (81) 3441-6338 / 3441-5075 / 3341-2532
Piauí (86) 3233-2599 / 3232-1142
Rio de Janeiro (21) 3077-4287 / 3077-4290
Rio Grande do Norte (84) 3201-5840 / 3201-4335
Rio Grande do Sul (51) 3228-7290 / 3225-2144
Rondônia (69) 3223-3607 / 3223-3598
Roraima (95) 3623-9513 / 3623-9384
Santa Catarina (48) 3212-3300 / 3212-3301
São Paulo (11) 3066-2633
Sergipe (79) 3211-0468 / 3211-1573
Tocantins (63) 3215-2381 / 3215-4288
G E R Ê N C I A S
Barra do Garças - MT (66) 3401-2466
Barreiras - BA (77) 3611-6341
Eunápolis - BA (73) 3281-1652
Imperatriz - MA (99) 3525-3305 / 3523-1717
Ji-Paraná - RO (69) 3421-4146
Juína - MT (66) 3566-1923 / 3566-5476
Marabá - PA (94) 3324-1122/2000
Santarém - PA (93) 3532-2847
Tefé - AM (97) 3343-2406 / 3343-3000/3343-4000
Sinop - MT (66) 3531-7087
Rio de Janeiro - RJ (21) 3077-4287 / 3077-4290
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LINHA VERDE: 0800-61-8080
linhaverde.sede@ibama.gov.br

Programa Nacional de
Desenvolvimento
da Pesca Amadora

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos


Naturais Renováveis - IBAMA
Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros - DIFAP
Coordenação-Geral de Gestão de Recursos Pesqueiros - CGREP
SCEN Av. L4 Norte, Edifício Sede do IBAMA, bloco B, Brasília - DF
Cep: 70818-900
Fone: (61) 3316-1234 Fone/fax: (61) 3316-1238
www.ibama.gov.br/pescaamadora
pesca.amadora.sede@ibama.gov.br
112
FICHA TÉCNICA

Texto
Michel Lopes Machado
Mírian Leal Carvalho

Apoio
Hilton José Lima Pinto

Projeto Gráfico
Cláudia Maria Pereira Carvalho

Arte Final
Cláudia Maria Pereira Carvalho
Renato Ziegler

Supervisão Gráfica
Jairo Carvalho

Aquarelas
Lester Scalon

Fotos
Tuba, Marcos Malutelli, Ian Sulocki,
Kelven Lopes, Projeto Tamar e Arquivo PNDPA

Impressão
Estação Gráfica

Tiragem
2.500 exemplares
P N
Programa Nacional de
Desenvolvimento
da Pesca Amadora U D

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