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Gestão Ambiental e Sustentabilidade em Áreas Costeiras e Marinhas: Conceitos e Práticas v.

13 ASPECTOS DA PESCA
ARTESANAL
EM REGIÕES COSTEIRAS
DA BAHIA

Marcelo Carneiro de Freitas

1 - INTRODUÇÃO

A pesca artesanal é exercida por pescadores autônomos que trabalham sozinhos, que podem ter a mão
de obra familiar ou não assalariada, fazem uso de apetrechos geralmente simples e encaminham sua produção
inteira ou parte dela para o centro comercial (CLAUZET; RAMIRES; BARRELLA, 2007; VASCONCELLOS;
DIEGUES; KALIKOSKI et al., 2011). Desta maneira, a pesca é uma atividade importante para gerar renda e fo‐
mentar proteína animal a muitas famílias, com papel relevante para a conservação cultural das comunidades pes‐
queiras (PEDROSA; LIRA; MAIA, 2013).

A pesca artesanal é responsável por um elevado número de empregos nas comunidades costeiras, tendo
um papel social e econômico fundamental nessas populações, mesmo assim é pouco reconhecida como setor pro‐
dutivo importante pelos órgãos de fomento nacionais (MENDONÇA, 2015). A atividade pesqueira é passada de
geração em geração ao longo dos anos, se firmando a partir da prática e com as experiências do cotidiano, onde a
atividade pesqueira é uma forma de subsistência e base econômica (MEIRELES; MEIRELES; BARROS, 2017).

O litoral do estado da Bahia, com uma extensão de 1.188km, representa 14,5% de todo o litoral brasi‐
leiro, sendo sua produção total de pescado proveniente em sua quase totalidade da pesca artesanal. O estado tem
sua exploração em ambientes próximos à costa, pois as embarcações e aparelhagens são feitas por meio de técni‐
cas simples e sua produção tem como finalidade a obtenção de alimento, sendo total ou parcialmente destinada ao
mercado (RODRIGUES; GIUDICE, 2011).

Os pescadores da Bahia são fundamentalmente artesanais, e a atividade de pesca visando a comple‐


mentação de renda e subsistência é uma importante alternativa para o modo de vida dos moradores dessa região
(CORDELL, 2001). Dentre as artes de pesca utilizadas no estado da Bahia, podemos destacar o uso das redes de
cerco com apoio, das linhas, das redes de espera, das armadilhas e do arrasto de praia (BANDEIRA; BRITO,
2011). A participação da pesca e da mariscagem na produção e/ou na economia varia entre as comunidades pes‐
queiras, em função das características dos sistemas aquáticos, da presença de rios, canais e manguezais; e do ta‐
manho da população pesqueira (SOARES et al., 2009).

Uma grande diversidade de espécies é capturada pela pesca artesanal, porém, de pouca abundância indi‐
vidual, realizada com uma frota de embarcações a vela e grande variedade de aparelhos de pesca, tendo como be‐
nefício a geração de empregos (FONTELES­FILHO, 2011). A inclusão de regras e direitos em comunidades
pesqueiras e na política de manejos dos recursos da pesca depende de fatores, tais como o esforço de pesca e as in‐
formações sobre as características da frota e da tecnologia empregada (FREITAS­NETTO; NUNES; ALBINO, 2002).

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O conhecimento em relação à dinâmica da pesca local, adquirido pelos pescadores artesanais, pode ser
de grande utilidade, a fim de propor outros tipos de manejo, desta forma, é de extrema importância, o levanta‐
mento de dados sobre as comunidades pesqueiras, analisando e catalogando os tipos de artes de pesca utilizadas,
informações socioeconômicas, para que se tenham dados confiáveis a respeito da pesca artesanal e possa contri‐
buir para planos de manejo de pesca (JOHANNES, 1998).

A pesca permite que os pescadores adquiram conhecimentos sobre o ambiente marinho, a distribuição e
desenvolvimento dos organismos, além de aspectos oceanográficos como correntes, marés, temperatura e salini‐
dade. Estes conhecimentos podem ser de grande utilidade para o manejo de estoques pesqueiros, contribuindo
como elementos para a gestão pesqueira (SILVA; OLIVEIRA; NUNES, 2007). Identificar o modelo de atuação
do pescador, entendendo suas estratégias de pesca, irá possibilitar avaliar se o modo de exploração seguido por
uma comunidade é o mais adequado, oferecendo subsidio para possíveis medidas de mitigação, com a criação de
regras de uso dos recursos pesqueiros nesta região, em atividades futuras (LOPES, 2004; SILVANO, 2004).

Este capítulo apresenta uma composição de resultados de trabalhos científicos do Curso de Engenharia
de Pesca da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, sobre a pesca em regiões costeiras da Bahia, além de
outras publicações, sobre pesquisas realizadas no litoral baiano, que têm como objetivo, contribuir para a divul‐
gação de informações sobre a pesca artesanal na Bahia.

2 - ARTES DE PESCA

Há uma grande diversidade de artes de pesca na Bahia. No monitoramento da atividade pesqueira no li‐
toral nordestino, realizado pelo projeto ESTATPESCA, em 2008, foram registradas no estado da Bahia (em suas
347 localidades de desembarque), cerca de 55 artes de pesca, sendo que a maioria da produção pesqueira era cap‐
turada por cerca de oito artes de pesca e as redes apresentavam o maior destaque dentre as mesmas (IBAMA, 2008).

Na Baía de Todos os Santos, foram registradas 18 artes de pesca ou combinação delas para captura do
pescado, sendo que a rede de espera (Figura 1) foi considerada a mais representativa da região, sendo registrada
ainda, a rede de cerco, a rede camarãozeira, a rede de arrasto de praia, as linhas com anzóis, o curral de pesca co‐
nhecido como camboa, além da pesca utilizando a coleta manual (SOARES et al., 2009).

Figura 1 - Rede de espera utilizada por pescadores da Baía de Todos os Santos, Bahia. Acervo dos autores.

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Segundo Gomes (2010), no município de Maragogipe, foram registrados 46 tipos de artes de pesca,
sendo que a redinha, a camarãozeira e a tainheira foram a mais utilizadas pelos pescadores, porém as pescadoras
trabalhavam com a enxadinha, o ferro e o farracho. Conforme relato do autor, esse grande número de artes de
pesca se devia à diversidade de ambientes de pesca, que envolviam águas salgadas e doces, regiões de mangues,
bancos de areia, canais, além disso, também uma grande variedade de espécies disponíveis para a captura.

No município de Saubara, na comunidade de Bom Jesus dos Pobres, as principais artes de pesca são:
redes (como a de espera), arrasto de praia e tainheira, mas utilizando também anzóis, como a grozeira (Figura 2)
e a linha de mão com anzóis (ARAUJO, 2010). Outras artes de pesca podem ser compartilhadas com as maris‐
queiras e as pescadoras, como a redinha, a tarrafa e o jereré. A pescaria nesta comunidade é realizada em variados
períodos do dia, dependendo das espécies que se pretende capturar, com um período máximo de cinco horas por
dia, dependendo do pesqueiro; os pescadores e marisqueiras necessitam do auxílio de embarcações para viabili‐
zarem suas atividades, na maioria dos pontos de pesca. Em Saubara, a pesca ocorre durante todo o ano, porém,
no inverno, compreendido no período de junho a setembro, ocorre a maioria das pescarias.

Figura 2 - Arte de pesca grozeira, utilizada pelos pescadores do Recôncavo da Bahia. Acervo dos autores.

No estuário do rio Serinhaém, em comunidades pesqueiras, como Contrato, Igrapiuna e Barra do Seri‐
nhaém, foi registrado um total de 30 variedades de artes de pesca, que podiam ser de simples confecção, como a
linha de mão, o manzuá ou redinha de arrasto; assim como, mais especializadas, como o espinhel e o arrastão
(SANTOS; FREITAS, 2017). O manzuá foi considerada a arte de pesca mais utilizada, seguida da linha de mão e
da redinha de arrasto; já na região mais próxima da saída do estuário, os pescadores utilizavam mais o arrastão, a
tainheira, a caçoeira, redinha de arrasto e a curimanzeira. Porém, na comunidade de Contrato, há uma predomi‐
nância do uso do calão. Nesse estuário, também pode ser encontrada a camboa na comunidade do Timbuca, no
município de Igrapiúna, no Baixo sul do estado da Bahia (SANTOS­NETO, 2015).

A pesca da camboa é uma atividade rápida, que não demanda tanto tempo do pescador para a captura
do peixe, podendo ser exercida por pessoas que fazem outras atividades ou que não possuem familiaridade com
embarcações (FIDELLIS, 2013). A camboa tem como principal objetivo de direcionar o animal ao centro da ar‐
madilha e, portanto, ela é projetada de forma que os peixes nadem sempre em direção ao morredor, ficando as‐
sim, aprisionados até a hora da despesca, que é realizada quando a maré está com seu nível mais baixo
(ICMBio, 2013).

Na construção da camboa na comunidade de Timbuca, as madeiras utilizadas para confecção dos mou‐
rões eram do tipo biriba, taipoca e bambu (Figura 3). A biriba era também utilizada no morredor e sala, enquanto
a taipoca, empregada na confecção da cerca, pois, segundo os próprios pescadores, era uma madeira mais inferior
(SANTOS­NETO, 2018). Este autor ainda relatou que o material utilizado para as telas era extraído das palhas do

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dendezeiro e/ou com taliscas de bambu, que recobriam apenas o morredor e a sala, sendo esse material extraído
do meio ambiente local, não gerando nenhum custo aos pescadores. As telas que recobriam a cerca eram sintéti‐
cas, sendo adquiridas no comércio local.

Figura 3 - Visão interna de uma camboa da comunidade de Timbuca, Igrapiúna (Bahia). Acervo dos autores.

No município de Cachoeira, na comunidade do Engenho da Vitória, localizado no recôncavo baiano, a


rede de emalhe, assim como em outras comunidades da Bahia, é a arte de pesca mais utilizada pelos pescadores,
porém outras artes de pesca também são utilizadas pelos pescadores, como o manzuá, a camarãozeira e a linha de
mão (ARAÚJO, 2018). A rede de emalhe é utilizada na pesca passiva, sendo fixada em um período do dia e reti‐
rada depois de um determinado período. Estas artes de pesca, geralmente, são compradas ou confeccionadas pe‐
los próprios pescadores.

No município de Vera Cruz, as artes de pesca mais utilizadas pelos pescadores são a rede de arrasto e a
linha de mão, mas também utilizam o calão, a tainheira, o jereré, o arpão, o manzuá (para a pesca de lagostas) e o
bicheiro (para apesca de polvos) (MASCENA, 2018). Este autor relatou que, para marcar a localização dos pes‐
queiros, era utilizada a visualização de marcos naturais e artificiais, sendo que poucos utilizavam um aparelho de
GPS, fato bem característico da pesca artesanal. Os pescadores de Vera Cruz ainda citaram que o aumento do nú‐
mero de pescadores, a poluição ambiental e a pesca com bomba foram os maiores problemas na região que preju‐
dicam a atividade pesqueira.

Em Canavieiras, as artes de pesca para captura do pescado são bastante diversificadas, sendo a tarrafa,
a mais utilizada (Figura 4), seguida pela rede de emalhe e a linha de mão, dentre outras (FREITAS et al., 2019).
No caso da linha de mão, é utilizado um nylon monofilamento, com anzóis variando de tamanho (nº 2; 3; 5; 7),
dependendo da espécie a ser capturada. Na Reserva Extrativista (RESEX) de Canavieiras são utilizados alguns ti‐
pos de embarcações, porém as canoas compõem a maioria, sendo de casco de madeira, com aproximadamente
três metros de comprimento, com locomoção a remo ou com um motor de popa de baixa potência.

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Figura 4 - Pesca com tarrafa, utilizada por pescadores da Reserva Extrativista (RESEX) de Canavieiras, Bahia.
Acervo dos autores.

Pontes (2015) relatou que os pescadores do município de Santa Cruz Cabrália, envolvidos na pesca de
mergulho com compressor, capturam tanto peixes quanto lagostas, podendo utilizar os seguintes materiais: más‐
cara, roupa de neoprene, cinto de lastro, nadadeiras, válvula simples para o controle de ar, uma mangueira de
300 metros ligada a um botijão de gás de cozinha, um bicheiro, um arpão, uma bolsa de nylon, balão e lanterna.
As lagostas são capturadas através do bicheiro, quando o mergulhador insere a sua ponta no cefalotórax para
evitar danos em sua cauda, e em seguida são colocadas na bolsa. Já a captura dos peixes, se dá por meio do ar‐
pão, quando os espécimes alvos são avistados, o mergulhador aproxima­se mirando na cabeça e faz o disparo.
Estes peixes são amarrados numa espécie de balão, que é enchido com o ar da mangueira do mergulhador, fa‐
zendo o peixe boiar na superfície mais rapidamente.

A mariscagem é uma atividade de pesca manual, utilizando muitas vezes utensílios caseiros adaptados
para cavar, como uma faca, colher e, em outros casos, uma machadinha, conforme registro de Araújo (2010);
além disso, levam baldes e jereré utilizados para carregar a produção coletada. Essa atividade é bem tradicional
em toda região costeira da Bahia, sendo realizada principalmente pelas mulheres e crianças, nas praias, coroas e
nos manguezais, para a extração de moluscos e crustáceos, como os siris e caranguejos (SOARES et al., 2009).
Gomes (2009) relatou que a participação de mão de obra masculina também tem aumentado devido à carência da
oferta de outro tipo de trabalho e a falta de recursos em obterem o barco e a rede, instrumentos necessários para a
pesca em alto mar. Conforme relato de Jesus e Prost (2011), na Baía de Todos os Santos, a origem dessa atividade
remonta ao período de ocupação de seus primeiros habitantes, comprovado pela presença de sambaquis na beira
de suas águas. Porém, esta atividade está cada vez mais comprometida, devido aos impactos provenientes das ati‐
vidades petrolíferas e ao aumento da população na Baía de Todos os Santos.

3 - TIPOS DE EMBARCAÇÕES

A frota pesqueira da Bahia é composta, em sua maioria, por embarcações artesanais construídas de ma‐
deira e com propulsão à remo e/ou vela. A canoa é a mais representativa, distribuídas em áreas estuarinas, sendo
as do recôncavo feitas de um só tronco de árvore (Figura 5). Além desta, tem a canoa motorizada, o bote de alu‐
mínio e as lanchas.

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Os botes podem ser de madeira ou alumínio, variando de 4 a 8 metros, dependendo do tipo, sendo em‐
barcações movidas a vela, entre as quais, as de alumínio apresentam motor de popa (IBAMA, 2008). As lanchas
são de casco de madeira, apresentando um casario na proa ou na popa, equipamentos de navegação, sendo moto‐
rizadas e permitindo maior autonomia de mar.

Na Baía de Todos os Santos, estão presentes embarcações pequenas, construídas de madeira, poucas fa‐
bricadas em fibra, sendo a maioria das canoas, impulsionadas a remo, muitas vezes, utilizando uma pequena vela,
sem dispositivo de auxílio à navegação, comunicação, localização; e com armazenamento precário do pescado.
Os barcos motorizados, como as lanchas e os saveiros, apresentam casario no convés, com tamanhos inferiores a
15 metros, podendo ser classificado por tamanho em pequeno, médio ou grande (SOARES et. al., 2009). Em Ve‐
ra Cruz, as lanchas e as canoas foram as embarcações mais representativas na pesca local, podendo ser de madei‐
ra ou fibra, motorizadas ou a remo; geralmente, são emprestadas ou alugadas de algum familiar, amigo ou
comerciante (MASCENA, 2018).

(a)

(b)

Figura 5 - Tipos de canoas utilizadas (a) pelos pescadores da RESEX de Canavieiras e (b) pelos pescadores do
Recôncavo da Bahia (b). Acervo dos autores.

No município de Santa Cruz Cabrália, os barcos utilizados para a pesca de mergulho são de médio e
grande porte, com casaria, fabricados em madeira, com propulsão a motor de três a quatro cilindros, apresentan‐
do de 8 a 12 metros de comprimento, possuindo equipamentos de navegação e comunicação, tais como a bússola,
o celular, o GPS, os rádios comunicadores e a sonda. Conforme os pescadores, a sonda era utilizada para a locali‐
zação de cardumes de sardinhas, facilitando a captura de badejos pelos cardumes estarem sempre próximos. Os
barcos são compartimentados em cozinha, quatro beliches, comando, oito urnas para armazenamento do pescado,
sala de máquinas e porão. A capacidade de carga das urnas pode chegar até dez toneladas, porém, raramente, esta
produção é alcançada em uma viagem (PONTES, 2015).

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3 - ESPÉCIES CAPTURADAS

A produção pesqueira marinha/estuarina é desembarcada ao longo das comunidades de pesca, mas o bo‐
letim estatístico da pesca de 2008 registrou que, dentre os municípios baianos, os portos pesqueiros de destaque
(IBAMA, 2008) são:

• no Litoral Norte ­ Porto de Arembepe, no município de Camaçari;


• na Baía de todos os Santos (BTS)/ Recôncavo ­ Porto São João no município de Salvador, Porto da
Sede no município de Maragojipe, Porto de Cacha Prego, no município de Vera Cruz;

• no Baixo­ Sul ­ Porto da Sede, no município de Camamu, Porto de Barra Grande, no município de
Marau, Porto do tento, no município de Valença;

• no Litoral Sul ­ Porto de Malhado e Pontal no município de Canavieiras, Porto Grande no município
de Ilhéus;

• no Litoral Extremo Sul ­ Porto do Centro no município de Porto Seguro, Porto do Centro no municí‐
pio de Prado, Porto beira­rio no município de Alcobaça.

No estado na Bahia, muitas espécies marinhas/estuarinas são capturadas, composta por peixes, crus‐
táceos e moluscos, com uma composição diferenciada, dependendo do local de captura. No trabalho de Santos­
Neto (2015), na pesca utilizando camboa, foram identificadas cerca de 40 espécies, sendo que as mais repre‐
sentativas, foram os carapicuns e carapebas. Conforme seu trabalho, a camboa do estuário do rio Serinhaém
mostrou­se mais eficiente em captura que os currais de São José de Ribamar e Raposa na Ilha de São Luiz
(Maranhão) (PIORSKI; SERPA; NUNES, 2009).

No trabalho de Santos e Freitas (2017), no estuário do rio Serinhaém, foram citados um total de 143
pescados, capturados por diversas artes de pesca, sendo que: na categoria de peixes, destacaram­se a tainha, os
vermelhos e a sardinha­verdadeira (Figura 6); na categoria dos crustáceos, o siri, o aratu, o camarão branco e o
camarão caboclo; e na categoria de moluscos, o mexilhão e a ostra de mangue. Entretanto, o siri se destacou co‐
mo principal produto capturado e a ostra de mangue foi a espécie de molusco mais coletada pelas marisqueiras do
estuário do rio Serinhaém.

(a) (b)

Figura 6 - Exemplares de sardinha (a) e siri (b), capturados por pescadores do estuário do rio Serinhaém, Bahia.
Acervo dos autores.

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O manzuá foi considerada a arte de pesca mais utilizada, seguida da linha de mão e da redinha de arras‐
to; já na região mais próxima da saída do estuário, os pescadores utilizavam mais o arrastão, para a captura de ca‐
marões, a tainheira, a caçoeira, redinha de arrasto e a curimanzeira (SANTOS; FREITAS, 2017). Porém, na
comunidade de Contrato, havia uma predominância do uso do calão, para a captura de peixes como pititinga, cio‐
ba e pescada. Em Taipús de Dentro, no município de Maraú, o manzuá também era a arte de pesca mais utilizada
(VASQUES, 2011).

No município de Maragogipe, há também uma grande diversidade de pescados, sendo que os pescado‐
res apontaram os seguintes como os principais: camarão, siri, robalo, tainha, pescada, ostra, arraia, mirim, pititin‐
ga, carapeba, paru, chumbinho, sururu, mapé, caranguejo, sarnambi e lambreta (Figura 7). Alguns desses
pescados são capturados pela mariscagem das pescadoras, porém alguns pescadores auxiliam também suas espo‐
sas nessa atividade (GOMES, 2010).

(a)

(b)

Figura 7 - Exemplar de (a) carapeba e (b) pititinga, capturados por pescadores de Maragogipe, Bahia. Acervo
dos autores.

Um total de 43 espécies de pescados estão disponíveis para serem capturadas na RESEX de Canaviei‐
ras, entretanto, as principais citadas pelos pescadores são: o robalo (Figura 8), a tainha, o cangoá, os vermelhos, a
pescada, a ostra, o aratu, o siri, o caranguejo, entre outras espécies (FREITAS et al., 2019). Sendo estes organis‐
mos, mais capturados no verão e no inverno. No verão, período compreendido de dezembro a março, a água
quente permite uma maior captura de peixes e é melhor para trabalhar comparado ao inverno, conforme foi rela‐
tado. Na Península de Maraú, no baixo sul da Bahia, o verão também foi considerado a melhor época de captura,
devido à água morna; por isto, apresenta maior abundância de peixes no estuário, devido à procura de peixes por
águas mais calmas e com grande fornecimento de alimento para ali se reproduzir (PACHECO, 2006).

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(a)

(b)

Figura 8 - Exemplar de robalo (a) e tainha (b) capturados por pescadores da Reserva Extrativista (RESEX) de
Canavieiras, Bahia. Acervo dos autores.

Em Santa Cruz Cabrália, na pesca de mergulho, foram identificadas duas espécies de lagostas, a verme‐
lha e a verde; enquanto que foram registradas quatro espécies de peixes consideradas de maior valor econômico: o
badejo, o budião azul, o dentão e a garoupa. Destas espécies, o badejo foi o que apresentou maior valor comercial,
na alta temporada, seguido do budião e do dentão. Segundo os pescadores, os valores comerciais destas espécies
variam de acordo a época do ano, ou seja, na alta temporada, quando a cidade recebe maior número de turistas e
visitantes, o valor dos peixes é maior, quando comparado ao valor na baixa temporada (PONTES, 2015).

Jesus e Prost (2011) relataram que, na Baía de Todos os Santos, as espécies de moluscos mais coletadas
no manguezal são o chumbinho ou bebe­fumo, a ostra, o siri e o sururu; e isso se deve principalmente à época de
reprodução destas espécies, que, em geral, acontece durante todo o ano, embora apresente períodos de maior in‐
tensidade. Semelhante ao registrado em Bom Jesus dos Pobres, por Araújo (2010), que relatou que os principais
produtos que movimentavam a economia da região eram a ostra e o bebe fumo, o sururu de pedra e o siri, sendo
este último, considerado como o principal marisco comercializado na região, na forma de catado (ou seja, cozido
e a carne desfiada). Conforme relatos de algumas marisqueiras no município de Saubara, o inverno é o período
de maior coleta, pelas temperaturas mais amenas e menor incidência do sol, favorecendo o aumento do número
de horas no local de coleta pelas marisqueiras.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

As características socioeconômicas dos pescadores da Bahia se enquadram com as dos demais pescado‐
res do Nordeste, apresentando baixa escolaridade e poder aquisitivo limitado. A mão de obra aplicada na pesca é
principalmente adulta e, conforme os relatos, os pescadores mais jovens não querem seguir a vida árdua e com
pouco retorno. O trabalho braçal, o esforço físico excessivo repetitivo e a má postura nas atividades pesqueiras
têm sido causas de muitos problemas físicos à saúde, que, apesar de ser algo antigo, tem sido um ponto de aten‐
ção para profissionais de saúde do trabalho.

As pescadoras também são bem atuantes na pesca artesanal, participando de forma direta na pesca ou
ajudando seus parceiros e familiares. Segundo Silva (2018), as pescadoras do município de Maragogipe (BA)
eram, em sua maioria, jovens e solteiras, com baixo nível de escolaridade, tendo uma renda mensal correspon‐

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dente a menos de um salário mínimo, tendo a atividade pesqueira como única fonte de renda. Embora as mulhe‐
res exerçam seu papel na pesca, poucas vezes, seus trabalhos são valorizados e, por conseguinte, poucas ações
políticas de intervenção vêm sendo feita para apoiar e acrescentar em seu potencial produtivo (ROCHA, 2010).
As comunidades pesqueiras têm mostrado nos últimos anos a importância dos trabalhos realizados pelas mulhe‐
res nos espaços de produção e comercialização, no âmbito pesqueiro de pequena e grande escalas, realizando em
equipe uma função importante na produção econômica e social das comunidades (MELO, 2012). A pesca artesa‐
nal marinha na Bahia é tradicional, no qual os conhecimentos são repassados através das gerações, entretanto, ca‐
da vez mais, os jovens não têm seguido essa atividade, na busca por trabalhos mais rentáveis, já que, devido a ser
um trabalho árduo e, muitas vezes, com pouco retorno financeiro, a alternativa é seguir outra profissão.

Na Baia de Todos dos Santos, conforme relatado por Bandeira e Brito (2011), foram registradas algu‐
mas problemáticas na atividade pesqueira, que podem ser verificadas em várias comunidades pesqueiras, dentre
estas, podem ser citadas: petrechos (furtos, perdas por rompimento em estruturas submersas, ausência de espaço
para armazenamento); embarcações (inapropriadas, falta de equipamentos de salvatagem e segurança, falta de re‐
gistro); áreas de pesca (sobrepesca, conflitos territoriais, poluição e degradação); pescado (escassez, contamina‐
ção, pesca predatória); portos (estruturas inadequadas); pesca e mariscagem (dores musculares, escoriações,
riscos por acidentes com espécies venenosas).

Em algumas comunidades pesqueiras da Bahia, a falta de eletricidade é um fator limitante para a con‐
servação do pescado, tornando o congelamento caro ou inexistente, ocasionando que o pescado seja comerciali‐
zado imediatamente para atravessadores ou ainda seja aplicada a salga, para a conservação do produto
(BANDEIRA; BRITO, 2011). Esses autores ainda relataram que a comercialização da produção é dominada por
uma rede de intermediação, que vai do atravessador individual, que pode ser da própria comunidade que compra
e vende o pescado, até os representantes de peixarias, que compram a produção, muitas vezes, por um valor infe‐
rior. Segundo Fernandes (2017), em Canavieiras, a forma de armazenamento do pescado capturado era, em sua
maioria, por meio de isopor contendo gelo, mas também eram colocados em geladeira ou freezer, ou ainda, co‐
mercializados frescos, sendo este tipo de conservação muito utilizada por muitos pescadores da pesca artesanal.

A precariedade no sistema de beneficiamento é algo a ser levado em consideração pela gestão pesquei‐
ra ­ a falta de instalações e utensílios adequados para o processamento do produto pode favorecer a obtenção de
um produto de baixa qualidade para os consumidores e ainda, reduzindo a vida útil do produto. A forma de bene‐
ficiamento é algo relevante, principalmente quando as problemáticas afetam diretamente o pescador ou a pesca‐
dora, a exemplo do que ocorre na mariscagem, conforme relatado por Bandeira e Brito (2011): ausência de
freezer no armazenamento; as dores musculares causadas pelo transporte de mariscos e de lenha; irritabilidade
nos olhos, durante o cozimento dos mariscos; além das escoriações nas mãos, no processo de catação. Na maris‐
cagem, as pescadoras e os pescadores se acomodam de forma inadequada (do ponto de vista ergonômico) ou em
posição que exige menor esforço físico, porém, acabam forçando a coluna cervical e a lombar, que resultam num
processo de fadiga muscular; além disso, os movimentos repetitivos para coletar os mariscos acabam favorecendo
o aparecimento de dores musculares, lesões na pele e nos cotovelos (SANTOS, 2013). Esta questão tem que ser
melhor discutida no âmbito das comunidades pesqueiras e nos setores de saúde da família, a fim de promover so‐
luções, que amenizem os problemas de saúde ocasionados por essas atividades laborais.
Políticas públicas de assistência à pesca artesanal e de valorização da atividade pesqueira têm que ter
maior implementação, para que a tradição da pesca possa continuar existindo nessas comunidades tradicionais.
Os setores públicos e privados, dedicados a trabalhar com a pesca artesanal, têm que promover e incentivar mo‐
vimentos que possam beneficiar esses profissionais, por meio de: serviços de saúde, cursos de capacitação de be‐
neficiamento e educação ambiental, incentivo às cooperativas produtivas e organizações sociais, melhoria ou
implementação do saneamento básico nessas comunidades tradicionais, além do incentivo à educação, entre ou‐
tros. A partir de incentivos e implementações dessas medidas, as comunidades tradicionais pesqueiras poderão
continuar atuando e contribuindo de forma mais substancial para a economia local e cultural, conseguindo viver
de forma sustentável dessa atividade produtiva.

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REFERÊNCIAS

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BANDEIRA, F. P. S. F.; BRITO, R. R. C. Comunidades pesqueiras na Baía de Todos os Santos: aspectos his‐
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