Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
v4n3p125-131
Revisão de estudos sobre determinação da idade através de otólitos dos peixes marinhos
brasileiros
Mônica Rocha Oliveira1, Stephen John Hawkins2, Clive Trueman3 , Maria Emília Yamamoto4 , Sathyabama
Chellappa5
1. Departamento de Oceanografia e Limnologia, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Via Costeira Senador Dinarte Medeiros Mariz, Mãe
Luíza – s/Nº, Natal, Rio Grande do Norte, CEP 59.014-002, Brasil. E-mail: monicaufrn@yahoo.com.br
2. Ocean and Earth Science, National Oceanography Centre Southampton, Waterfront, UK. E-mail: s.j.hawkins@soton.ac.uk
3. Ocean and Earth Science, National Oceanography Centre Southampton, Waterfront, UK. E-mail: trueman@noc.soton.ac.uk
4. 2Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Av. Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, Natal, Rio
Grande do Norte, Brasil, CEP 59.072-970. E-mail: emiliayamamoto@gmail.com
5. Departamento de Oceanografia e Limnologia, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Via Costeira Senador Dinarte Medeiros Mariz, Mãe
Luíza – s/Nº, Natal, Rio Grande do Norte, CEP 59.014-002, Brasil. E-mail: chellappa.sathyabama63@gmail.com
RESUMO: Neste trabalho foi revisada a idade de 35 espécies de peixes marinhos da região costeira do Brasil. Um total de 42
artigos foi utilizado, sendo os dados categorizados de acordo com a década de publicação, par de otólitos usados para
estimar a idade, métodos de validação, causas da formação do anel etário e a idade dos peixes. Os resultados mostram um
aumento em número de estudos realizados em relação a idade e crescimento dos peixes marinhos. O par de otólito sagittae foi
o mais utilizado para estudos de estimação de idade. Em geral, as marcas de crescimento nos otólitos foram relacionadas com a
atividade reprodutiva dos peixes e a temperatura. Foram encontrados de 1 a 76 anéis (média=16) nos peixes marinhos do
Brasil. Podemos concluir com essa revisão que é possível estimar a idade de peixes que habitam ambientes marinhos tropicais
através de otólitos. É de fundamental importância para os estudos biológicos básicos que fornecem subsídios para tomadas de
medidas na gestão e conservação dos estoques naturais de peixes.
Palavras-chave: anéis de crescimento, crescimento, sagittae, região costeira brasileira, recursos pesqueiros.
Keywords: age rings, growth, sagittae, brazilian coastal region, fishery resources.
O número das pesquisas biológicas vem aumentando e estoque (ISELY; GRABOWSKI, 2007). Das 42
que fornecem subsídios para o manejo e gestão publicações revisadas, na década de 2000 verificou-se
pesqueira (MURUA et al., 2003; MORALES-NIN; maior número de estudos de idade e crescimento de
PANFILI, 2005). Diante dessa situação, tem havido uma peixes marinhos do Brasil (50%) (Figura 1). Esse
preocupação no Brasil sobre o uso da idade e aumento do número destes estudos é possivelmente
crescimento dos peixes para avaliar os estoques devido ao fato das prospecções realizadas pelo
pesqueiros. Programa REVIZEE do Brasil (Avaliação do Potencial
Considerando a importância da estimação da idade Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica
de peixes tropicais para a gestão pesqueira dos Exclusiva). O objetivo central do REVIZEE foi inventariar
estoques naturais que estão ameaçados, o objetivo os recursos vivos da ZEE brasileira (Norte, Nordeste,
desta revisão é mostrar a utilização de otólitos na Central e Sudeste-Sul), suas distribuições, abundância,
determinação da idade em peixes marinhos tropicais, dinâmica, potenciais sustentáveis e perspectivas de
respondendo as seguintes questões: Quais são os explotação, tem procurado suprir lacunas, garantir a
otólitos indicados para contagem de anéis em peixes obtenção, a sistematização e a divulgação das
marinhos tropicais? Quais são os métodos utilizados informações necessárias ao ordenamento das pescarias
para determinar a período de formação dos anéis de nacionais (CERGOLE et al., 2005). Durante o qual foram
crescimento? Quais são as causas da formação de realizados vários trabalhos sobre a idade dos peixes
marcas de crescimento dos peixes marinhos? utilizando otólitos (LESSA et al., 2004).
2.Métodos
O levantamento das informações sobre a
determinação de idade de peixes marinhos do Brasil
através de otólitos foi obtido por meio de pesquisa com
metodologia investigativa de caráter bibliográfico. A
pesquisa bibliográfica permitiu a compilação de 42
artigos publicados durante o período de 1951 a 2014.
Estes trabalhos englobaram 35 espécies de peixes
marinhos distribuídos ao longo do litoral brasileiro. Os
dados foram categorizados de acordo com a década
de publicação, par de otólitos usados para estimar a
idade, métodos de validação, causas da formação do
anel etário e a idade dos peixes.
otólitos (MORALES-NIN; PANFILI, 2005). Foi observado otólito utilizado para contagem de anéis de
para a enchova, Pomatomus saltatrix capturada na crescimento, a região em que os exemplares foram
região costeira sul do Brasil que a marcação dos anéis capturados e a idade estimada dos peixes marinhos dos
ocorre no inverno e pode ser associada a queda da artigos revisados. Alguns autores estimaram a idade
temperatura e ao desgaste energético com a migração dos juvenis que foram considerados incrementos diários.
e à reduzida atividade alimentar. A visualização dos A maioria dos autores estimaram as idades com a
anéis no início do verão ocorre em função da retomada contagem de incrementos anuais. Alguns autores
do crescimento após desova (KRUG; HAIMOVICI, consideraram indivíduos com 0 anos de idades, onde
1989). não havia o aparecimento de anéis anuais e outros
houve o aparecimento de no mínimo um anel de
Estimação de Idades dos peixes crescimento anual. Na Tabela1 foi descrita a idade
A Tabela 1 mostra as espécies de peixes marinhos máxima estimada para machos e fêmeas das espécies
que foram utilizadas para estimar a idade, o par de revisadas.
Tabela 1. Espécies de peixes, otólito utilizado para contagem dos anéis de crescimento, o local da captura dos
exemplares de peixes e a idade estimada dos peixes marinhos revisados.
R e g iã o d e Id a d e e stim a d a
E sp é cie d e p e ix e s O tó lito ca p tu ra (a n o s) A u to r
M a ch o s Fêm eas
P e sca d a , M a cro d o n a n cyo d o n S a g itta e S ul 8 9 LA R A , 1 9 5 1
P e sca d a , M a cro d o n a n cyo d o n S a g itta e S ul 8 9 Y A M A G U TI; S A N TO S , 1 9 6 5
P e sca d a , C yn o scio n leia rd us S a g itta e N o rd e ste 4 6 NO M URA, 1966
N O M U R A ; R O D R IG U ES ,
C a va la , S co m b ero m us ca va lla S a g itta e N o rd e ste 9 12 1967
A ria có , Lutja n us syn a g ris S a g itta e N o rd e ste 6 6 A LEG R ÍA ; M EN EZ ES , 1 9 7 0
C a va la , S co m b ero m us ca va lla S a g itta e N o rd e ste 6 6 X IM EN ES e t a l., 1 9 7 8
S e rra , S co m b ero m us m a cula tus S a g itta e N o rd e ste 5 6 X IM EN ES , 1 9 8 1
R O S S I-W O N G TS C H O W S K I
S a rd inha , S a rd in ella b ra silien sis S a g itta e S ud e ste 7 7 e t a l., 1 9 8 2
S a rd inha , S a rd in ella b ra silien sis S a g itta e S ud e ste 7 7 V A Z Z O LER e t a l., 1 9 8 2
C a sta nha , U m b rin a ca no sa i S a g itta e S ul 22 22 H A IM O V IC I; R EIS , 1 9 8 4
S e a ca tfish, N etum a b a rb a La p illi S ul 36 36 R EIS , 1 9 8 6
S a rd inha , S a rd in ella b ra silien sis S a g itta e S ud e ste 7 7 S A C C A R D O e t a l., 1 9 8 8
Encho va , P o m a to m us sa lta trix S a g itta e S ul 5 5 K R U G ; H A IM O V IC I, 1 9 8 9
P e sca d a o lhud a , C yn o scio n stria tus S a g itta e S ul 13 15 V IEIR A ; H A IM O V IC I, 1 9 9 3
Ling ua d o b ra nco , P a ra lich th ys
p a ta g o n icus S a g itta e S ul 11 13 A R A Ú JO ; H A IM O V IC I, 2 0 0 0
A b ró te a , U ro p h ycis cirra ta S a g itta e S ul 7 14 M A R TIN S ; H A IM O V IC I, 2 0 0 0
S C H W A M B O R N ; FER R EIR A ,
D o nze linha , S teg a stes fuscus S a g itta e N o rd e ste 15 15 2002
A b ró te a , U ro p h ycis b ra silien sis S a g itta e S ud e ste e S ul 11 16 A N D R A D E e t a l., 2 0 0 4
M a ra luco s steh m a n i S a g itta e S ud e ste e S ul 2 2 0 d ia s 2 2 0 d ia s B ELLU C C O e t a l., 2 0 0 4
G ua iúb a , Lutja n us ch rysurus S a g itta e N o rd e ste 17 17 D IED H IO U e t a l., 2 0 0 4
D e ntã o , Luta n us jo cu S a g itta e N o rd e ste 25 25 R EZ EN D E; FER R EIR A , 2 0 0 4
B a ta ta , Lo p h o la tilus villa ri S a g itta e C e ntra l 47 43 D A V ID e t a l., 2 0 0 5
C he rne -p o ve iro , P o lyp rio n a m erica n us S a g itta e S ul 76 62 P ER ES ; H A IM O V IC I, 2 0 0 4
C a tuá , C ep h a lo p h o lis fulva S a g itta e C e ntra l le ste 19 19 LEITE Jr e t a l., 2 0 0 5
C io b a , O cyurus ch rysurus S a g itta e C e ntra l le ste 19 19 LEITE Jr e t a l., 2 0 0 5
R e a lito , R h o m b o p lites a uro rub en s S a g itta e C e ntra l le ste 12 12 LEITE Jr e t a l., 2 0 0 5
A ria có , Lutja n us syn a g ris S a g itta e C e ntra l le ste 17 17 LEITE Jr e t a l., 2 0 0 5
S ud e ste d o
B a g re , G en id en s g en id en s La p illi B ra sil 5 5 O LIV EIR A ; N O V ELLI, 2 0 0 5
S a ra m une te , P seud up en eus m a cula tus S a g itta e N o rd e ste 5 5 S A N TA N A e t a l., 2 0 0 6
B iq ua ra , H a em ulo n p lum ierii S a g itta e C e ntra l 25 29 A R A Ú JO ; M A R TIN S , 2 0 0 7
P e sca d a o lhud a , C yn o scio n
g ua tucup a S a g itta e S ul 18 18 M IR A N D A ; H A IM O V IC I, 2 0 0 7
V A Z -D O S -S A N TO S ; R O S S I-
M erluza , M erluccius h ub b si S a g itta e S ud e ste e S ul 6 6 W O N G TS C H O W S K I, 2 0 0 7
S a rd in h a , O p isth o n em a o g lin um S a g itta e N o rd e ste 6 2 d ia s 6 2 d ia s LES S A e t a l., 2 0 0 8
C o rvina , M icro p o g o n ia s furn eiri S a g itta e La b o ra tó rio 2 9 d ia s 2 9 d ia s A LB U Q U ER Q U E e t a l., 2 0 0 9
C a va la , S co m b ero m us ca va lla S a g itta e N o rd e ste 15 15 N Ó B R EG A ; LES S A , 2 0 0 9 a
S e rra , S co m b ero m us b ra silien sis S a g itta e N o rd e ste d o 8 8 N Ó B R EG A ; LES S A , 2 0 0 9 b
Ta inha , M ug il curem a S a g itta e N o rd e ste 11 11 S A N TA N A e t a l., 2 0 0 9
P e sca d inha a m re la , M a cro d o n C A R D O S O ; H A IM O V IC I
a trica ud a S a g itta e S ul 7 7 (2 0 1 1 ),
C e ntra l-
C he rne , Ep in ep h elus n ivea tus S a g itta e S ud e ste 58 58 C O S TA e t a l., 2 0 1 1
D e ntã o , Lutja n us jo cu S a g itta e N o rd e ste 29 29 P R EV IER O e t a l., 2 0 1 1
G a ro up a -ve rd a d e ira , M yctero p erca
m a rg in a ta S a g itta e S ul 12 12 S EY B O TH e t a l., 2 0 1 1
Ta inha , M ug il liza S a g itta e S ul-S ud e ste 11 11 G A R B IN e t a l., 2 0 1 4
DUARTE-NETO, P., LESSA, R., STOSIC, B., MORIZE, E.. The use of Biology of Fishes. v.37: p.297-306, 1993.
sagittal otoliths in discriminating stocks of common dolphinfish LONGHURST, A. R.; PAULY, D. Ecology of Tropical Oceans. San
(Coryphaena hippurus) off northeastern Brazil using multishape Diego: Academic Press, 407 p. 1987.
descriptors. ICES Journal of Marine Science, v.65, LOWE-MCCONNELL, R.H. Ecological Studies in Tropical Fish
p.1144–1152, 2008. Cormnunities. Cambrige University Press, Cambrige, 382p.
EKAU, W., KNOPPERS, B. An introduction to the pelagic system of the 1987.
North-East and East Brazilian shelf. Archive of Fishery and MARTINS, R.S., HAIMOVICI, M. Determinação de idade, crescimento
Marine Research, v.47, n.2/3, p.113-132, 1999. e longevidade da abrótea de profundidade, Urophycis cirrata,
FOWLER, A.J. Validation of annual growth increments in the otoliths Goode & Bean, 1896, (Teleostei: Phycidae) no extremo sul do
of a small, tropical coral reef fish. Marine Ecology Progress Brasil. Atlântica, v.22, p.57-70, 2000.
Series, v.64, p25–38, 1990. MEEKAN, M. G., WELLINGTON, G. M., AXE, L. El Nino-Southern
FOWLER, A.J., S.E. CAMPANA, C.M. JONES, S.R. THORROLD. Oscillation events produce checks in the otoliths of coral reef
Experimental assessment of the effect of temperature and fishes in the Galapagos Archipelago. Bulletin of Marine
salinity on elemental composition of otoliths using laser ablation Science, v.64, p.383–390, 1999.
ICPMS. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, MEEKAN, M. G., ACKERMAN, J. L., WELLINGTON, G. M.
v.52, p.1431-1441, 1995. Demography and age structures of coralreef damselfishes in the
GARBINA, T., CASTELLO, J.P., KINAS. P.G. Age, growth, and mortality tropical eastern Pacific Ocean. Marine Ecology Progress Series,
of the mullet Mugil liza in Brazil's southern and southeastern v.212, p.223–232, 2001.
coastal regions. Fisheries Research, v.149, p.61–68, 2014. MIRANDA, L.V., HAIMOVICI, M. Changes in the population structure,
GRANDCOURT, E. M., AL ABDESSALAAM, T. Z., FRANCIS, F. Age, growth and mortality of striped weakfish Cynoscion guatucupa
growth, mortality and reproduction of the blackspot snapper, (Sciaenidae, Teleostei) of southern Brazil between 1976 and
Lutjanus fulviflamma (Forsskal, 1775), in the southern Arabian 2002. Hydrobiologia, v.589, p.69–78, 2007.
Gulf. Fisheries Research, v.78, p.203-210, 2006. MOHR, E. W. 1994. Age determination in tropical fish. Naga, The
GREEN, B.S., MAPSTONE, B.D., CARLOS, G., BEGG, G.A. Iclarm Quarterly, v. 1 7, n. 2, p. 27-30.
Introduction to otoliths and fisheries in the tropics. In Tropical MONTEIRO, L.R., DI BENEDITO, A.P.M., GUILLERMO, L.H., RIVERA,
Fish Otoliths: Information for Assessment, Managemen an L.A. Allometric changes and shape differentiation of sagitta
Ecology, Green, B.S., Mapstone, B.D., Carlos, G. e Begg, G.A. otoliths in sciaenid fishes. Fisheries Research, v. 74, n.1–3,
(Eds). Pad...Springer. 2009. p.288–299, 2005.
HAIMOVICI, M., REIS, E.G. Determinação de idade e crescimento da MORALES-NIN, B., RALSTON, S. Age and growth of Lutjanus kasmira
castanha Umbrina canosai, (Pisces, Sciaeinidae) do sul do Brasil. (Forsskål) in Hawaiian waters. Journal of Fish Biology, v.36, n.2,
Atlântica, v. 7, p.25-46, 1984. p.191–203, 1990.
HAIMOVICI, M. (org.). 2011.Sistemas pesqueiros marinhos e MORALES-NIN, B. Review of the growth regulation processes of
estuarinos do Brasil: caracterização e análise da otolith daily increment formation. Fisheries Research, v.46,
sustentabilidade. Rio Grande: Ed. da FURG. 104 p. p.53-67, 2000.
ISELY, J. J.; GRABOWSKI, T. B. Age and growth. In: Guy, C. S.; Brown, MORALES-NIN, B., PANFILI, J. Seasonality in the deep and tropics
M. L. (Ed.). Analysis and interpretation of freshwater fisheries revisited: what can otoliths tell us? Marine and Freshwater
data. Bethesda: American Fisheries Society, p. 187-228, 2007. Research, v.56, p.585-598, 2005.
KATSURAGAWA, M., EKAU, W. Distribution, growth and mortality of MUNRO, J.L.(ed).Caribbean coral reef fishery resources. ICLARM
young rough scad, Trachurus lathami, in the south-eastern Stud Rev, v.7, p.15–25, 1983.
Brazilian Bight. Journal Applied Ichthyology, v.19, p.21–28, MURUA, H., KRAUS, G., SABORIDO-REY, F., WITTHAMES, P.R.,
2003. THORSEN, A., JUNQUERA, S. Procedures to Estimate Fecundity
KRUG, L.C., HAIMOVICI, M. Idade e crescimento da enchova of Marine Fish Species in Relation to their Reproductive Strategy.
Pomatomus saltatrix o sul do Brasil. Atlântica, v.11, n.1, p.47-61, Journal of Northwest Atlantic Fishery Science, v.33, p.33-54,
1989. 2003.
LARA, F.J.S. A study of the life history pf Macrodon ancylodon (Bloch NEKRASOV, V.V. The causes of annulus formation in tropical fishes.
& Schneider), a Sciaenid Fosh occurring on the coast of Southern Hidrobiology Journal, v.14, n.2, p.35-39, 1979.
Brazil. A. Acad. Bras. Ci. Rio de Janeiro, v.23, n.3, p.291-322, NEWMAN, S.J., STECKIS, R.A., EDMONDS, J.S., LLOYD, J. Stock
1951. structure of the goldband snapper Pristipomoides multidens
LEITE Jr., N.O.; MARTINS, A.S.; ARAÚJO, J.N. Idade e crescimento de (Pisces: Lutjanidae) from the waters of northern and western
peixes recifais na região central da Zona Econômica Exclusiva Australia by stable isotope ratio analysis of sagittal otolith
entre Salvador-BA e o Cabo de São Tomé-RJ (13°S a 22°S). In: carbonate. Marine Ecology Progress Series, v.198,
COSTA, P.A.S.; MARTINS, A.S.; OLAVO, G. (Eds.) Pesca e p.239–247, 2000.
potenciais de exploração de recursos vivos na região central da NÓBREGA, M.F., LESSA, R.P. Age and growth of the king mackerel
Zona Econômica Exclusiva brasileira. Rio de Janeiro: Museu (Scomberomorus cavalla) off the northeastern coast of Brazil,
Nacional. p.203-216 (Série Livros n.13). 2005. Brazilian Journal of Oceanography, v. 57, n.4, p.273-285,
LESSA, R., DUARTE-NETO, P., MORIZE E., MACIEL, R. Otolith 2009a.
microstructure analysis with OTC validation confirms age NÓBREGA, M.F., LESSA, R.P. Age and growth of Spanish mackerel
overestimation in Atlantic thread herring Opisthonema oglinum (Scomberomorus brasiliensis) off the northeastern coast of Brazil.
from north-eastern Brazil. Journal of Fish Biology, v.73, Neotropical Ichthyology, v.7, n.4, p.667-676, 2009b.
p.1690–1700, 2008. NOMURA, H. Idade e crescimento da pescada-branca, Cynoscion
LESSA, R.P., NÓBREGA, M. F., BEZERRA JUNIOR, J. L. Recursos leiarchus (Cuvier) das águas cearences. Arquivos Est. Biologia
pesqueiros da região nordeste. In Ministério do Meio Ambiente Marinha, v.6, n.2, p.135-137, 1966.
(MMA). Dinâmica de Populações e Avaliação de Estoques dos
OLIVEIRA, M.A., NOVELLI, R. Idade e crescimento do bagre Genidens
Recursos Pesqueiros da Região Nordeste. Recife: MMA.
Volume II. (Programa REVIZEE-SCORE-NE). 2004. genidens NA barra da lagoa do Açu, norte do Estado do Rio de
LIN, Y. J., TZENG, W. N. Validation of annulus in otolith and estimation Janeiro. Tropical Oceanography, v.33, n.1, p. 57-66, 2005.
of growth rate for Japanese eel Anguilla japonica in tropical OLIVEIRA, M.R., CARVALHO, .M.M., SOUZA, A.L., MOLINA, W.F.,
southern Taiwan. Environmental Biology of Fishes, v.84, YAMAMOTO, M.E., CHELLAPPA, S. Caracterização da produção
p.79–87, 2009. do peixe-voador, Hirundichthys affinis em Caiçara do Norte, Rio
LOMBARTE, A., LLEONART, J. Otolith size changes related with body Grande do Norte, Brasil: durante 1993 a 2010. Biota
growth, habitat depth and temperature. Environmental Amazônia, v. 3, n.2, p.23-32, 2013.
Biota Amazônia 130
Oliveira et al. | Revisão de estudos sobre determinação da idade através de otólitos dos peixes marinhos brasileiros
OXENFORD, H.A., HUNTE, W., DEANE, R., CAMPANA, S.E. Otolith marginata (Actinopterygii: Epinephelidae) in a man-made rocky
age validation and growth-rate variation in flyinfish habitat in southern Brazil. Neotropical Ichthyology, v.9, n.4,
(Hirundichthys affinis) from the eastern Caribbean. Marin p.849-856, 2011.
Biology, v.118, p. 585-592, 1994. SHAMSAN, E.F., ANSARI, A. Study of age and growth of Indian sand
PAJUELO, J. G., LORENZO, J. M. The growth of the common whiting, Sillago sihama (Forsskal) from Zuari estuary, Goa.
two–banded seabream, Diplodus vulgaris (Teleostei, Sparidae), Indian Journal of Marine Sciences, v.39, n.1, p.68-73, 2010.
in Canarian waters, estimated by reading otoliths and SPONAUGLE, S. Otolith microstructure reveals ecological and
back–calculation. Journal Applied Ichthyology, v.19, n.2, oceanographic processes important to ecosystem-based
p.79–83, 2003. management. Environmental Biology Fishes, v.89, n.3-4,
PANNELLA, G. Fish otoliths: daily growth layers and periodical p.221-238, 2010.
patterns. Science (Wash., D.C.) v.173, p. 1124-112, 1971. STURROCK, A. M. TRUEMAN, C. N., DARNAUDE A. M., HUNTER, E.
PERES, M.B., HAIMOVICI, M. Age and growth of southwestern Can otolith elemental chemistry retrospectively track migrations
Atlantic wreckfish Polyprion americanus. Fisheries Research, in fully marine fishes? Journal of Fish Biology, v.81,
v.66, p. 157–169, 2004. p.766–795, 2012.
PITCHER, T.J., HART, P.J.B. Fisheries Ecology. Chapman and Hall, SZPILMAN, M. Peixes marinhos do Brasil: guia prático de
London, UK. ISBN 0-7099-2057-1. Reprinted 15 times as a identificação. Rio de Janeiro. 288p, 2000.
paperback from 1983 to 2001.1982. VAZZOLLER, G. A pesca marítima no Brasil. In: Brian J. Rothschild
PONTUAL, H., PANFILI, J., WRIGHT, P.J., TROADEC, H. General (ed.) A pesca, seus recursos e interesses nacionais. p. 283-297.
introduction. In 'Manual of Fish Sclerochronology'. (Eds J. Instituição Brasileira de Difusão Cultural S.A. São Paulo. 305p,
Panfili, H.D. Pontual, H. Troadec and P.J. Wright.) pp. 19–27. 1975.
(Ifremer-IRD coedition: Brest, France), 2002. VAZ-DOS-SANTOS, A.M., ROSSI-WONGTSCHOWSKI, C.L.D.B.
POPPER, A. N., RAMCHARITAR, J., CAMPANA, S. E. Why otoliths? Age and growth of the Argentine hake Merluccius hubbsi Marini,
Insights from inner ear physiology and fisheries biology. Marine 1933 in the Brazilian South-Southeast Region during 1996-
and Freshwater Research, v.56, p.497–504, 2005. 2001. Neotropical Ichthyology, v.5, n.3, p.375-386, 2007.
POPPER, A. N.. FAY, R. R. Rethinking sound detection by fishes. VAZZOLER, A. E. A. M., ROSSI-WONGTSCHOWSKI, C.L.D.B.,
Hearing Research, v.273, p.25–36, 2011. BRAGA, F.M.S.. Estudos sobre estrutura, ciclo de vida e
PREVIERO, M., MINTE-VERA, C.V., FREITAS, M.O.,MOURA, R.L., DEI comportamento de Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1879),
TOS, C. Age and growth of the dog snapper Lutjanus jocu (Bloch na área entre 22°s e 28°s, Brasil.2. Determinação da idade
& Schneider, 1801) in Abrolhos Bank, Northeastern Brazil. individual e crescimento dos otólitos. Boletim Instituto
Neotropical Ichthyology, v.9, n.2, p.393-401, 2011. Oceanográfico, v.31, n.2, p.77-84, 1982.
REIS, E.G. Age and growth of the marine catfish, Netuma barba VIEIRA, P.C., HAIMOVICI, M. Idade e crescimento da pescada-
(Siluriformes, Ariidae), in the estuary of the Patos lagoon olhuda Cynoscion striatus (Pisces, Scianidae) no sul do Brasil.
(Brasil).Fishery Bulletin, v.84, n.3, p.1-8, 1986. Atlântica, v.15, p.73-91, 1993.
REZENDE, S.M. FERREIRA, B.P. Age, growth and mortality of dog XIMENES, M.O.C., MENEZES, M.F., FONTELES-FILHO, A.A. Idade e
snapper Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) in the northeast crescimento da cavala, Scomberomorus cavala (Cuvier) no
coast of Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, v.52, n.2, Estado do Ceará (Brasil). Arquivos Ciência do Mar, v.18,
p.107-121, 2004. n.1/2, p.73-81, 1978.
RICKER, W.E. Computation and interpretation of biological statistics XIMENES, M.O.C. Idade e crescimento da serra, Scomberomorus
of fish populations. Bull.Fish.Res.Board Can., v.23, Suppl.1. 2, brasiliensis, no Estado do Ceará (Brasil). Arquivos Ciência do
382p, 1975. Mar, v.21, n.1/2, p.47-54, 1981.
ROCHA, J., MILLIMAN, J.D., SANTANA, C.I., VICALVI, M.A. In: J.D. YAMAGUTI, N., SANTOS, E.P. Crescimento da pescada-foguete
Milliman & C. Summerhayes (eds.). Upper continental margin (Macrodon ancylodon): aspecto quantitativo. Boletim Instituto
sedimentation off Brazil. Contributions to Sedimentology 4, Oceanográfico, v.15, n.1, p.75-78, 1966.
p.111-150, 1875.
ROSSI-WONGTSCHOWSKI, C.L.D.B., VAZZOLER, A.E.A.M.,
BRAGA, F.M.S. Estudos sobre estrutura, ciclo de vida e
comportamento de Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1879),
na área entre 22°s e 28°s, Brasil,1, Morfologia dos otólitos.
Boletim Instituto Oceanográfico, v.31, n.2, p.57-76, 1982.
SACCARDO, S.A., ROSSI-WONGTSCHOWSKI, C. L. D. B.,
CERGOLE, M.C., BITTENCOURT, M.M. Age and growth of the
southeastern brazilian sardine Sardinella brasiliensis, 1981 –
1983. Boletim Instituto Oceanográfico, v.36, n.2, p.17-35,
1988.
SANTANA, F.M., MORIZE, E., CLAVIER, J., LESSA, L. Otolith micro-
and macrostructure analysis to improve accuracy of growth
parameter estimation for white mullet Mugil curema. Aquatic
Biology, v.7, p.99–206, 2009.
SANTANA, F.M., LESSA, L. Age and growth of the spotted goatfish,
Pseudupeneus maculatus (Bloch, 1793) in Brazil, validated
through marginal increment and oxytetracycline dyes in the
sagittae. Journal Applied Ichthyology, v.22, p.132–137,
2006.
SCHWAMBORN, S.H.L., FERREIRA, B.P. Age Structure and Growth of
the Dusky Damselfish, Stegastes fuscus, From Tamandaré Reefs,
Pernambuco, Brazil. Environmental Biology of Fishes, v.63,
n.1, p.79-88, 2002.
SEYBOTH, E. . CONDINI, M.V. , ALBUQUERQUE, C.Q., VARELA JR.,
A.S., VELASCO, G., VIEIRA, J.P., GARCIA, A.M. Age, growth, and
reproductive aspects of the dusky grouper Mycteroperca