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All content following this page was uploaded by Simone Ferreira Teixeira on 10 April 2020.
RESUMO
O presente trabalho é um levantamento da composição da ictiofauna de Pernambuco, que foi realizado a partir
dos dados da literatura sobre o registro de espécies no Estado, considerando a importância da ictiofauna na
região. A busca foi realizada com a utilização de descritores, de 20 de julho a 20 de agosto de 2019, com análise
de 30 produções consideradas em conformidade com o objeto de estudo. Nos trabalhos analisados foram
registradas 302 espécies de peixes distribuídas em 85 famílias e 21 ordens. Perciformes foi a ordem com o maior
número de registros de espécies. As famílias mais registradas foram Sciaenidae (22; 7,3%), Haemulidae e
Carangidae (15; 5,0% cada). Dentre as espécies, foram registradas aquelas com importância pesqueira marinha,
espécies de água doce e estuarinas com importância ecológica. Também foram registradas espécie não nativa
e espécies que constam na lista vermelha da IUCN. Este levantamento da ictiofauna, embora não represente a
totalidade dos estudos no Estado, demonstrou que a maioria dos trabalhos são realizados na região costeira, em
ambientes marinhos e/ou estuarinos, indicando a carência de estudos de peixes em águas continentais. Isto
demonstra que há uma lacuna de estudos a serem realizados em ecossistemas de águas continentais, que irão
contribuir ainda mais para o conhecimento e conservação da ictiofauna de Pernambuco.
INTRODUÇÃO
As bacias hidrográficas de Pernambuco possuem duas vertentes: o rio São Francisco e o Oceano
Atlântico (APAC, 2019). Os rios que escoam para o São Francisco nascem em municípios limitrofes na divisa de
estados da região nordeste e são denominados rios interiores, e os principais são: Pontal, Garças, Brígida, Terra
Nova, Pajeú, Moxotó e Ipanema. Os rios que escoam para o Oceano Atlâtico constituem os chamados rios
litorâneos, que nascem no planalto da Borborema, onde os principais são os rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca,
Sirinhaém, Una e Mundaú (APAC, 2019; CPRH, 2017). Isto demonstra a ampla rede de rios importantes na
região.
A costa nordestina possui vários estuários de pequena extensão com presença de manguezais
(CASTELLO, 2010) e formação de recifes de corais, e esses ecossistemas abrigam uma imensa diversidade da
ictiofauna em ambientes marinhos (FERREIRA et al, 2001), sendo de grande importância ecológica, econômica
e social (MMA, 2010) para a região.
Diante da diversidade de ambientes aquáticos em Pernambuco e da importância sócio-ambiental da
ictiofauna, os peixes são bastante estudados na região, tanto nos aspectos ecológicos como pesqueiros.
Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo fazer uma compilação dos estudos da ictiofauna
de Pernambuco e visualizar lacunas de locais não estudados para direcionar estudos futuros no sentido de
contribuir para a ampliação dos levantamentos e registros ictiofaunísticos da região, bem como auxiliar
programas de conservação.
MATERIAL E MÉTODOS
O levantamento bibliográfico sobre a ictiofauna de Pernambuco foi feito através das bases de dados do
Google acadêmico, Redalyc, Porta de Periódicos Capes, Bancos de teses e dissertações, Scielo e Researchgate,
de 20 de julho a 20 de agosto de 2019, utilizando os descritores: Ictiofauna de peixes de água doce em
“Pernambuco”, Assembleia de peixes em “Pernambuco”, Diversidade e esturura trófica de peixes de água doce.
Das 264 bibliografias selecionadas procedeu-se a leitura exploratória, leitura seletiva e escolha do material
adequado aos objetivos e tema deste estudo, sendo consideradas 30 produções adequadas para análise por
estarem em conformidade com o objeto de estudo.
DESENVOLVIMENTO
nas bacias hidrográficas tropicais e subtropicais faz do Brasil o país de maior diversidade mundial de peixes de
água doce, sendo catalogada e registrada a ocorrência de 2.587 espécies (Menezes et al, 2007)
o que demonstra a importância da ictiofauna de bacias continentais.
Também foram registradas a espécie não nativa Oreochromis niloticus e as espécies Epinephelus itajara
e Hippocampus reidi, ambas que compõem a lista vermelha de espécies ameaçadas da IUCN (IUCN, 2019),
sendo imprescindíveis estudos de conservação voltados para a ictiofauna silvestre ameaçada.
FIGURA 1. Frequência absoluta das famílias e espécies, para cada ordem, conforme o levantamento realizado.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ROCHA et al., 2019 II CNAS
II CONGRESSO NORDESTINO DE ANIMAIS SILVESTRES
14 A 17 DE OUTUBRO/UFRPE
ROCHA et al., 2019
CPRH, 2017. AGENCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE. Relatório de monitoramento de bacias hidrográficas
do Estado de Pernambuco. Disponível no World Wide Web em:
http://www.cprh.pe.gov.br/Controle_Ambiental/monitoramento/qualidade_da_agua/bacias_hidrograficas/relatori
o_bacias_hidrograficas/41786%3B63044%3B4803010202%3B0%3B0_2016.asp.
FERREIRA, B. P., MAIDA, M., CAVA, F. Características e perspectivas para o manejo da pesca na APA marinha
Costa dos Corais. In: Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação: Anais do II Congresso Brasileiro de
Unidades de Conservação, Campo Grande, MS, p. 50-58, 2001.
IUCN RED LIST, 2019. Disponível no World Wide Web em: https://www.iucnredlist.org/ [18 setembro 2019].
MMA (Ministério do Meio Ambiente - Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos 36 Pesqueiros). Panorama
da conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos no Brasil. 37 Brasília: MMA/SBF/GBA; 148 p. 2010.
BUCKUP, P.A; MENEZES, N.A; GHAZZI, M. S. Catálogo das espécies de peixes de água doce do Brasil.
Rio de Janeiro: Museu nacional, 2007.