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Santarém/Pará
2021
ROSENITA REBELO LEMOS
Santarém/Pará
2021
1. INTRODUÇÃO
Na aquicultura, esse sistema não é muito diferente. Visto que os meios de cultivo
dos animais variam desde ambientes naturais (lagos, lagoas e o oceano), assim como,
ambientes construídos pelo homem (tanques, viveiros, reservatórios, etc.). Entre as
metodologias mais utilizadas para produção aquícola, estão os viveiros escavados no solo
(reservatórios que permitem a entrada e saída de água), e o uso de tanques-rede ou gaiola
flutuante nos cursos d’água doce e o cultivo em espinhel e balsas.
A produção de peixes consiste em quatro fases: larvicultura, alevinagem, recria e
engorda. Cada uma dessas fases exige um manejo diferenciado, e configura um tipo
diferente de piscicultura. Porém, a fase de larvicultura e pós-larvicultura, exige um
manejo adequado, pois nessa fase, o peixe ainda apresenta a boca fechada e o trato
digestivo incompleto e algumas espécies podem levar horas ou dia para romper o saco
vitelínico que as nutrem, quando poderão ser consideradas pós-larvas. Desse modo, ficam
mais susceptíveis à doenças e principalmente aos predadores, que geralmente são
imaturos de insetos aquáticos que já estão no ambiente (FORTUNATO et all., 2020).
Na fase larval dos peixes, destaca-se entre os predadores os imaturos da ordem
Odonata, que exploram diferentes ambientes dulcícolas e terrestres e desempenham
importante papel de biomoniotoramento nos ecossistemas aquáticos. Ao passar para a
fase pós-larvas´, os peixes se alimentam dos microrganismos existentes na água como
protozoários, rotíferos, copépodas e cladóceros (KALKMAN et all., 2008).
Além da predação das larvas que prejudica a produção dos peixes, a presença de
insetos da ordem Odonata (libélulas) imaturos ou na fase adulta, bem como, outros insetos
aquáticos, animais invertebrados e até girinos, são responsáveis por perdas por predação
dos alevinos. Diante dessas e outras ameaças, o piscicultor, acaba despejando defensivos
agrícolas na água que podem resultar em graves consequências para os peixes e para a
qualidade da água, afetando diretamente a fase de recria e de engorda dos peixes.
Outro tipo de relação existente entre animais dentro da aquicultura, é a infecção
de peixes por parasitos. Na piscicultura brasileira os grupos de parasitos que mais causam
doenças são os protozoários, mixosporídeos, crustáceos e os helmintos.
Dentre os helmintos, os acantocéfalos foram responsáveis pelas
altas infestações registradas na região Norte do Brasil, onde foram encontrados os
gêneros: Echinorhynchus (encontrado em Matrinxãs e pirapitingas), Neoechinorhynchus
(em Tambaquis) e Polyacanthorhynchus (em pirarucu) (CHAGAS et all., 2015).
Ao atingirem a fase adulta, os parasitos adultos se hospedam no intestino
delgado dos peixes, onde se reproduzem logo após a infecção e depois vivem por um ano.
Os ovos fertilizados dos helmintos são liberados juntamente com as fezes dos peixes e
permanecem no ambiente até serem ingeridos por um artrópode que é o hospedeiro
intermediário. A disponibilidade de hospedeiros intermediários infectados, facilita
o fechamento do ciclo de vida dos acantocéfalos, que associado ao estresse e a falta de
boas práticas sanitárias de manejo dos tanques, diminui a resistência dos peixes aos
parasitos e outras doenças (Brasil‐Sato & Pavanelli, 1999; CHAGAS et all., 2015).
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
The State of world Fisheries and Aquaculture (Relatório SOFIA – Edição 2020). A
Situação Mundial da Pesca e Aquicultura 2020.
Disponível em: http://www.fao.org/documents/card
Acesso realizado em: 05 de Julho de 2021.