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CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

MARY DIAS RAMOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Santarém/PA
2020
MARY DIAS RAMOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Produção Textual Individual- PTI, apresentada como


componente curricular Atividades Complementares, para
obtenção de nota parcial no Curso de Licenciatura em História,
da Universidade Norte do Paraná.

Santarém/PA
2020

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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................4

TEMA...........................................................................................................................4

SITUAÇÃO – PROBLEMA:.............................................................................................4

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................5

2 PÚBLICO ALVO..........................................................................................................5

3 OBJETIVOS................................................................................................................6

4 PERCURSO METODOLÓGICO....................................................................................6

4.2.1 Aula 1.......................................................................................................................7

4.2.2 Aula 2.......................................................................................................................7

4.2.3 Aula 3.......................................................................................................................8

4.2.4 Aula 4.......................................................................................................................8

DOCUMENTOS HISTÓRICOS.........................................................................................9

AVALIAÇÃO................................................................................................................10

TEXTO........................................................................................................................11

REFERÊNCIAS.............................................................................................................14

APÊNDICE..................................................................................................................15

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PPP- ATIV B
O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente escolar?
2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que
define as
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na educação básica.
Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a partir desse documento.
Com base na leitura que você realizou, como as competências gerais da Educação
Básica se inter-relacionam com o PPP?
3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino e de
aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos pontos que
precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do PPP, de que
modo a escola apresenta o processo de avaliação?

VER VÍDEOS - EDUCAÇÃOINFANTIL


1- Considerando os conhecimentos abordados sobre a docência na educação
infantil, aponte três atividades que fazem parte da rotina de trabalho do
professor e explique como essas atividades devem ocorrer.
2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo
como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular.
3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância da
relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos
educativos no contexto escolar.
VER VÍDEOS-ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES INICIAIS
1- A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a serem
trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de aprendizagem
e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da atuação do professor
nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das regulamentações apresentadas
na BNCC?
2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo
como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular.
3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância da
relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos

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educativos no contexto escolar.
VER VÍDEOS- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
1) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) começou a ser implementada na
Educação Básica recentemente. Esse documento fornece orientações e determina
competências, habilidades e componentes essenciais para estudantes de todas as
escolas brasileiras, públicas e privadas. Porém, esse não é o único documento que
o professor deverá considerar no momento de planejar a sua prática pedagógica.
a. Por que a BNCC não pode ser o único documento orientador do
planejamento docente?
b. Quais outros documentos deverão ser considerados?
2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor
tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta
Curricular.
3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a importância
da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos processos
educativos no contexto escolar.
LER TEXTOS – TEMAS TRANSVERSAIS
1. Como podemos entender o termo Transversalidade?
2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?
3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu curso
de
graduação?
4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos TCTs,
baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua perspectiva sobre
essa
metodologia.
TEXTO SOBRE TECNOLOGIAS
Conhecer metodologias ativas com uso de tecnologias digitais, conforme
respectivo estágio
A partir da leitura do texto, disponível no link abaixo, e da situação-problema nele
apresentada, você
deverá redigir a solução em forma de relato, que conduzirá a elaboração de seus
planos de aula.

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A partir da situação-problema da atividade E, você deverá elaborar uma sequência de
2 (dois) planos de aula para uma turma fictícia, de acordo com seu campo de estágio.
Para a elaboração de cada um dos planos de aula, utilize o modelo a seguir.
Plano de Aula
Identificação
Disciplina Especificar disciplina
Série Xº ano
Turma X
Período Matutino / Vespertino / Noturno
Conteúdo
• Descrever, em tópicos, os conteúdos a serem contemplados.
*Atentar-se para a quantidade adequada de conteúdos.
Objetivos
Objetivo geral
• Iniciar por verbo, em um único tópico, para indicar o resultado geral
relativo à execução de conteúdos e procedimentos da aula.
Objetivos específicos
• Iniciar por verbo, indicando resultados mais específicos, alcançáveis
pelos alunos, e não pelo estagiário.
• Inserir entre três e quatro objetivos.
• Utilizar as sugestões de verbos a seguir.
Verbos ligados ao:
- nível de conhecimento – associar, comparar, contrastar, definir,
descrever, diferenciar, distinguir, identificar, indicar, listar, nomear,
parafrasear, reconhecer, repetir, redefinir, revisar, mostrar, constatar,
sumariar, contar;
- nível de aplicação – calcular, demonstrar, tirar ou extrair, empregar,
estimar, dar um exemplo, ilustrar, localizar, medir, operar, desempenhar,
prescrever, registrar, montar, esboçar, solucionar, traçar, usar;
- nível de solução de problemas – advogar, desafiar, escolher, compor,
concluir, construir, criar, criticar, debater, decidir, defender, derivar,
desenhar, formular, inferir, julgar, organizar, propor, ordenar ou
classificar, recomendar.

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Metodologia
• Descrever, em tópicos, as ações a serem executadas pelo professor
estagiário para o alcance dos objetivos propostos, com ênfase em sua
abordagem teórica e prática.
• Inserir, no mínimo, cinco tópicos.
• Seguir exemplos como os apresentados abaixo, que retratam uma aula
baseada na abordagem da oralidade.
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1) Inicialmente, os alunos ouvirão um pequeno trecho de um texto oral
e, em grupos, deverão transcrevê-lo.
2) A partir da transcrição, serão explicadas, aos alunos, as diferenças
entre a língua falada e a língua escrita.
3) Após a explicação, os alunos realizarão uma atividade prática, em que
deverão retextualizar, em grupos, o texto transcrito por eles
anteriormente, eliminando marcas estritamente interacionais,
hesitações e partes de palavras.
4) Na sequência, os alunos deverão reestruturar o texto, introduzindo
pontuação e excluindo repetições, reduplicações e redundâncias,
bem como deverão reconstruir as estruturas truncadas e as
concordâncias, além de reordenar o texto sintaticamente.
5) Ao final, cada grupo apresentará o texto reestruturado para a turma.
Recursos
• Descrever, em tópicos, os recursos utilizados (impressos, objetos,
equipamentos, etc.).
• Atenção: é obrigatório o uso de um recurso tecnológico digital para a
execução das atividades em, pelo menos, uma das aulas a serem
ministradas. Por exemplo: para uma atividade de leitura, podem ser
mobilizados textos digitais, como vídeos, memes ou outros hipertextos,
além de dispositivos móveis como suportes (celulares ou tablets).
Avaliação
Descrever o modo como a avaliação será realizada na aula,
discriminando, em tópicos, os itens a seguir:
Atividades

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• Exemplos: solução de situações-problema; debate; discussão
roteirizada; lista de exercícios; análise de textos/imagens; etc.
Critérios
• Exemplos: completude da proposta; quantidade de acertos; interação
com os colegas; etc.
Referências
Inserir as referências consultadas para a preparação da aula e/ou das
atividades, seguindo as normas da ABNT:
• SOBRENOME, Nome. Título do livro. Cidade: Editora, 0000.
• SOBRENOME, Nome. Título do texto. Disponível em:
www.site.com.br. Acesso em: 07 jun. 2019.

ENSINO MÉDIO
Qual a proposta do professor quanto aos conteúdo a serem trabalhados
pela
disciplina para a respectiva série do Ensino Médio.
2. Quais os objetivos da disciplina nessa fase do ensino.
3. Quais as metodologias, os recursos e as formas de avaliação.
A partir do Guia Prático dos Temas Contemporâneos Transversais – TCT,
elabore uma proposta
de atividade que reflita a área de conhecimento na qual se insere a
disciplina de seu curso de
graduação (Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza
e suas Tecnologias,
Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias).
Para elaborar essa proposta de atividade, siga os passos abaixo:
1. Escolha um Tema Contemporâneo Transversal.
2. Busque na BNCC do Ensino Médio uma habilidade que compreenda a
área do
conhecimento do seu curso.

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3. A partir da seleção dessa habilidade, elabore a proposta com o Tema
Contemporâneo
Transversal escolhido, seguindo este modelo:

VER GESTÃO ESCOLAR

1. Como o regimento e o PPP se aplicam nas ações do cotidiano da escola.

2. Discorra sobre 3 (três) aspectos abordados pelo diretor que você destaca como mais

importantes.

ATV E - Conhecer a Atuação da Equipe Pedagógica no Acompanhamento do

Desenvolvimento da Disciplina

A partir do vídeo, responda às questões a seguir:

No que se refere às atribuições da equipe pedagógica no espaço escolar:

1. Escolha e conceitue três atribuições da equipe pedagógica que auxiliam o professor a

organizar o Plano de Trabalho Docente.

2. Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor, tendo

como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Curricular.

TECNOLOGIAS DIGITAIS

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A partir da leitura do texto, disponível no link abaixo, e da situação-problema nele
apresentada, você

deverá redigir a solução em forma de relato, que conduzirá a elaboração de seus planos de
aula.

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A interdisciplinaridade é um princípio pedagógico importante para a formação dos
estudantes, pois os capacita a construir um conhecimento integrado e a interagir com os
demais. Considerando a complexidade da sociedade atual, as ações humanas repercutem umas
em relação às outras, o que sugere que o aprendizado dentro do ambiente escolar também
ocorra de forma inter-relacionada.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) expressam o
compromisso com uma visão integrada do conhecimento ao afirmar que a escola deve ser
uma experiência permanente de estabelecer relações entre o aprendido e observado,
construindo pontes entre teoria e prática. Dentro desta perspectiva, a organização curricular
para o EM deve prever a organização dos “conteúdos de ensino em estudos ou áreas
interdisciplinares e projetos que melhor abriguem a visão orgânica do conhecimento e o
diálogo permanente entre as diferentes áreas do saber (BRASIL, 2002).

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O presente trabalho busca organizar a prática pedagógica envolvendo dois conceitos
fortemente interligados: a interdisciplinaridade e a contextualização. A temática abordada
permite essa abordagem, pois a economia cafeeira, contextualizada no período da República
no Brasil, permite que sejam feitas observações sobre as classes sociais- dominantes e
trabalhadores, sobre os modos de produção e o desenvolvimento histórico e político existente
no período estudado.
Esse projeto será realizado em duas etapas: pesquisa e produção textual, realizada
pelos professores; e, Elaboração do Planejamento de 4 aulas, a serem desenvolvidas com
turmas do 2º ano do ensino médio, nas disciplinas de história e geografia. As aulas devem
abordar a temática do projeto e utilizar recursos didáticos diferenciados, lançando mão das
Tecnologias de Informação e Comunicação- TICs, como computadores, Internet, plataformas
virtuais, estimulando reflexões do tema e período estudado com a atualidade.

2 PÚBLICO ALVO

Alunos do 2º ano do Ensino Médio

3 OBJETIVOS

3.1 GERAL:
Refletir deforma interdisciplinar sobre a economia cafeeira durante a primeira República no
Brasil, com foco na mão-de-obra utilizada na lavoura cafeeira.

3.2 ESPECÍFICOS:

 Fazer pesquisa histórica sobre o período da República no Brasil e o desenvolvimento


da economia cafeeira;
 Elaborar texto base sobre a pesquisa, para fundamentação das aulas teóricas e práticas;
 Elaborar planos de aulas – 4 aulas interdisciplinares das disciplinas História e
Geografia;
 Realizar a culminância do Projeto Interdisciplinar com a união das turmas
participantes do projeto.

4 PERCURSO METODOLÓGICO

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No intuito de produzir um material de fácil interpretação para os alunos e buscar
através das fontes históricas a rememoração da sua vida cotidiana na cultura do café, com
ênfase na mão de obra na lavoura cafeeira, eternizada na obra Café de Candido Portinari, aqui
analisada sob imagens retiradas do museu virtual de Belas Artes.
A produção didático-pedagógica será constituída de quatro aulas-atividades, sendo três
realizadas pelos professores em suas respectivas disciplinas e uma aula culminância realizada
em conjunto, com apresentação de slides da obra pesquisada, da execução das aulas e de
depoimentos dos alunos sobre o conhecimento adquirido.

4.1 TEXTO BASE

O texto base, elaborado pelos professores das disciplinas História e Geografia. Para a
elaboração do texto base, serão pesquisados documentos, artigos e outras referencias
disponíveis em bibliotecas presenciais e virtuais, bem como, em repositórios como Scielo e
artsandculture.

4.2 PLANO DE AULA


4.2.1 Aula 1
Tema: O Café no Brasil no Período da República
Objetivos:
- Verificar o nível de conhecimento dos alunos sobre a cultura do café;
- Demonstrar a importância do café na economia do país (o ouro verde) e o papel
histórico da cultura cafeeira no Brasil.
Conteúdo: Slides e textos produzidos pelo professor.
Metodologia: Aulas expositivas pelo professor, através do recurso multimídia e explanação.
Avaliação do Ensino e Aprendizagem: Debates no final das aulas
Recursos: Data Show, tela, pincel para quadro branco, slides em power point.
Referências: ARIAS Neto, José Miguel. Primeira República: economia cafeeira, urbanização
e industrialização. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/> Acesso em 9/5/2020.
POZZOBON, Irineu. A Epopeia do Café no Paraná. Grafmarke, Londrina-Pr., 2006.

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4.2.2 Aula 2
Tema: ‘Café’- obra de Candido Portinari
Objetivos:
- Estimular a pesquisa com recursos TICs;
- Analisar a mão de obra na lavoura cafeeira sob a ótica do artista plástico brasileiro
Candido Portinari.
Conteúdo: imagens da Plataforma de museus virtuais
Metodologia: Prática de pesquisa no laboratório de informática, com 2 alunos por
computador.
Avaliação do Ensino e Aprendizagem: captação de parte de imagens e elaboração de
depoimento em texto na legenda da imagem enviado como documento de texto ao professor.
Recursos: computador, internet, plataforma de pesquisa, planilha de texto word, celular,
grupo de watshapp da turma.
Referências: Plataforma Virtual de Museus - http://www.artsandculture.google.com
Bernardo, H. de C. Os trabalhadores do Café: análise de uma obra de Portinari. São Paulo, 2012.
Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/86904/bernardo_hc_me_ia.pdf

4.2.3 Aula 3
Tema: Café nosso de cada dia - Contextualização
Objetivos:
- Entender a importância da cultura do café nas representações da
sociedade brasileira no período da República no Brasil;
- Contextualizar a importância da cultura do café nas representações da
sociedade brasileira no período no Brasil atual;
Conteúdo: textos produzidos pelo professor e reportagens de revistas e jornais atuais,
disponibilizados no grupo do watshapp para leitura prévia.
Metodologia: leitura de matérias e textos e debate com a turma.
Avaliação do Ensino e Aprendizagem: leitura e participação
Recursos: revistas, jornais e texto do professor.
Referências: texto base, revistas e jornais (Exame, Época, Veja, Folha de São Paulo, etc.)

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4.2.4 Aula 4
Tema: Culminância do Projeto Interdisciplinar: A Economia Cafeeira Durante a Primeira
República no Brasil.
Objetivos:
- Fazer integração dos conhecimentos das turmas participantes do projeto;
- Apresentar o resultado das pesquisas e atividades realizadas nas aulas 1, 2 e 3;
- Fazer o fechamento do conteúdo abordado com a perspectiva interdisciplinar.
- Avaliar o projeto com base em respostas ao questionário de avaliação.
Conteúdo: slides, texto base, imagens e depoimentos dos alunos, vídeos.
Metodologia: aula no auditório com apresentação de slides e do projeto.
Avaliação do Ensino e Aprendizagem: participação e resposta do questionário de avaliação
do projeto e autoavaliação.
Recursos: data-show, auditório, questionários, cofee-braek (café, biscoitos e bolos).
Referências: o projeto

DOCUMENTOS HISTÓRICOS

A História do café no Brasil iniciou em 1727, quando Francisco de Melo foi


convidado para mediar uma questão de fronteira entre a Guiana Francesa e a Guiana
Holandesa, onde foi presenteado com sementes dessa planta, que foram plantadas no local.
Depois de espalhar-se pelo Norte do país, seguiu para a região Nordeste e chegou ao Rio de
Janeiro em 1760, e depois São Paulo e Paraná (POZZOBON, 2006).
O café tornou-se imagem de prosperidade, ícone de uma sociedade que cresceu com o
ouro verde. Seu nome esteve e a ainda está no imaginário das pessoas, presente em nomes de
estádios, times de futebol, rodovias, brasões de cidades e na expressão artística. Veja alguns
exemplos desse registro na literatura, na música e na pintura brasileira:
Música 2: Samba do Café (Vinicius de Moraes)
Para fazer um bom café, meu bem
Como se faz, lá no Brasil
Precisa pôr tudo a ferver, meu bem
Como se põe, lá no Brasil
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Uma frutinha vermelha
Que as moças colhem no pé
E quando é bem torradinho
Fica pretinho e cheiroso
Como ele é, lá no Brasil
Como ele é, lá no Brasil
Para fazer um bom café, meu bem
Como se faz, lá no Brasil
Precisa ter um bom café, também
Como se tem, lá no Brasil
Tem de ser forte, como o bem
Que a gente tem pelo Brasil
Tem de ser doce, como o amor
Que a gente tem pelo Brasil
Você, seu moço estrangeiro
Só põe açúcar se quer
Mas sendo um bom brasileiro
O seu café vai ser doce
Como se fosse um carinho
O seu café vai ser doce
Como se fosse um beijinho
De uma mulher
Que faz um bom café
Lá no Brasil! Lá no Brasil!

MORAES, Vinicius de. Samba do Café.


Disponível em: <http://letras.mus.br/vinicius-de-moraes/
O ambiente agrícola e rural, especialmente os cafezais são marcantes na obra do artista
Candido Portinari (1903-1962), que inspirou telas como: ‘O Lavrador de Café’ (1934); ‘Café’
(1935, 1938 e 1940); ‘Colheita do Café’ (1957,1958,1960); ‘Peneirando Café’ (1957). A obra
‘Café’ de 1935 rendeu a Portinari reconhecimento internacional e uma menção honrosa na
Exposição Internacional do Carnegie Institute de Pittisburg, nos Estados Unidos. Essa
premiação motivou a contratação de Portinari para ocupar a cadeira de pintura no Instituto de
Arte da Universidade do Distrito Federal, organizada por Anísio Teixeira, e a obra ‘Café’ foi
incorporada ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes (Bernardo, 2012).

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Café-1935, Candido Portinari
Bernardo (2012), comenta sobre a obra: “A relação figura – fundo e contexto social
compõe o significado da obra e sua relevância cultural. Os trabalhadores do café identificados
como partes, são figuras evidenciadas pelo artista no sentido de expressar seu ideário social e
humanista, pela forma como compôs as matizes e utilização da noção de movimento e espaço
na tela como um todo.”

AVALIAÇÃO

A avaliação do projeto será feita a partir de 3 critérios: participação; avaliação das


aulas e resposta ao Questionário de Avaliação do Projeto- QAP. Entende-se por participação a
soma da frequência presencial em cada aula e no grupo de watshapp da turma, mais a efetiva
contribuição durante as aulas, nos debates, nas atividades de pesquisa, bem como, na
execução das orientações de leitura e produção textual dadas presencialmente e através do
grupo do watshapp criado especialmente para esse fim. O QAP, está disponível no Apêndice
desse projeto.

TEXTO

A ECONOMIA CAFEEIRA DURANTE A PRIMEIRA


REPÚBLICA NO BRASIL
MARY DIAS RAMOS

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A introdução do café ao Brasil, em 1727, por Francisco de Melo na fronteira Norte do
país, com as Guianas Francesa e Holandesa, gerou uma cultura que influenciou a economia, o
crescimento das cidades, os movimentos migratórios e até mesmo a política nacional durante
o período chama de Primeira República.
A cultura do café espalhou-se pelo Norte, Nordeste e seguiu para o Rio de Janeiro em
1760 (POZZOBON, 2006). Daí dominou o Sudeste, especialmente São Paulo em 1825,
quando a cultura se estabeleceu no Vale do Rio Paraíba - SP, e devido as condições climáticas
ideais o café ganhou destaque na produção agrícola brasileira. Depois seguiu para a região
Sul, sendo fortemente arraigado à cultura da população paranaense.
O café ocupou vales e montanhas, possibilitando o surgimento de cidades e
dinamização de importantes centros urbanos por todo o interior do Estado de São Paulo, sul
de Minas Gerais e norte do Paraná. No final do século XVIII o Haiti era o principal
exportador mundial do produto, mas com os movimentos de independência, o comércio do
café Haitiano entrou em crise e o café brasileiro ganhou destaque na economia e nas relações
internacionais (AMARAL, 1986).
Em 1877 foi concluída a Estrada de Ferro Central do Brasil, feita para ligar São Paulo
com o leste paulista, permitindo a abertura de novos campos e o escoamento da produção.
Como não havia tratamento para o solo, campos novos significava solos mais férteis. Ao
longo do tempo foram surgindo novas necessidades, cafezais mais novos, topografia e clima
favorável e técnicas de cultivo mais avançadas como, por exemplo, o plantio em curva de
nível para se evitar a erosão, o que conferiram às lavouras paulistas ganhos de produtividade
que garantiram o contínuo aumento da oferta da produção (CASTRO, 2014).
Desde 1850 já estava proibido o tráfico de escravos, pela Lei Eusébio de Queirós. A
mão-de-obra escrava foi gradativamente sendo impraticável e onerosa. Nos finais do século
XIX, São Paulo cresceu demasiadamente em função do bom êxito da produção do café, com o
fim da escravidão no Brasil em 1888, a mão-de-obra escrava foi substituída por trabalhadores
imigrantes, especialmente italianos que se concentraram no Estado de São Paulo.
Os Barões do Café, como eram chamados os grandes produtores aprenderam com os
imigrantes a trabalhar com duas formas de pagamento: o sistema de colonato, com salários
fixos, garantia uma taxa de retorno maior ao proprietário; e, o sistema de parceria, onde o
imigrante ganhava uma parcela da produção, o ganho do trabalhador variava tanto quanto o
do proprietário. Sendo assim, durante o período situado entre meados do século XIX e a

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última década do século XX, marcado pela constante alta no preço do café, e grandes lucros
para os produtores do Vale (HOLLOWAY, 1978 apud Castro, 2014).
Em 15 de novembro de 1889, foi proclamada da República no Brasil. Iniciando a
primeira República, tendo como presidente o Marechal Deodoro da Fonseca. Nesse período
de desenvolvimento de São Paulo, Minas Gerais também desenvolveu sua produção, porém
não do café, mas de seu principal acompanhante: o leite. Essa parceria estendeu-se da
agricultura para a política, com a formulação do Pacto de Ouro Fino em 1913, desde então os
candidatos lançados e apoiados para serem presidentes do Brasil, passavam por um
revezamento, uma eleição era para eleger um mineiro, na outra, um paulista.
A primeira República foi marcada por tensões sociais e revoltas tenentistas, como: a
revolta dos 18 do Forte de Copacabana, a Revolta Paulista e a Coluna Prestes, Guerra dos
Canudos, Revolta da Vacina, Guerra do Contestado, e outras. Essas revoltas foram
alimentando o fogo da mudança. Durante a eleição presidencial de 1930 o então presidente
Washignton Luís, quis quebrar o Pacto de Ouro Fino e lançar um sucessor também paulista,
ao invés de lançar um candidato mineiro, que seria Júlio Prestes.
Ainda nesse período, anos 1930, o sertão no Nordeste brasileiro passou por uma seca
histórica. Sem um plano de ação por parte do governo Federal, ocorreu uma migração em
massa de nordestinos para a região sudeste do país, especialmente para a capital São Paulo,
gerando uma oferta excedente de mão-de-obra, mais barata e concorrente com os imigrantes.
O imigração nordestina, a seca e as revoluções já formavam um cenário de inquietude
no Brasil. Associado a tudo isso, ocorre a atitude de Washignton Luís, que ao quebrar o Pacto
de Ouro Fino gerou um desagravo, fazendo com que os mineiros se aliassem aos gaúchos e
tenentes e lançassem o gaúcho Getúlio Vargas como candidato a presidente. Getúlio foi
derrotado e seu candidato a vice-presidente o João Pessoa, assassinado. A morte de João
Pessoa foi o estopim para a Revolução de 1930, que depôs o presidente Washignton Luís e
deu início à Era Vargas, encerrando assim a primeira República no Brasil (Brasil Escola,
2020).

O café brasileiro ficou conhecido como ouro verde pelo seu alto valor de mercado
internacional e grande enriquecimento dos produtores locais. Questões políticas,
protecionistas e bancárias foram aos poucos desgastando esse valioso mercado. A super safra
em 1906, a quebra da bolsa americana em 1929, a geada negra, que devastou campos inteiros
no sul do país em 1975, a recuperação de mercados internacionais concorrentes e as guerras

19
tarifárias do governo foram fatores que contribuíram para a desvalorização do café. Contudo,
o café brasileiro ainda tem um papel importante no mercado internacional e fundamental no
mercado nacional.
O café virou a marca de um povo e ficou registrado nas obras do artista plástico
Candido Portinari (1903-1962). Todo o período da história do Brasil que compreende a
primeira República foi o cenário da vida de Portinari, que vivenciou a expansão dos cafezais
no nordeste de São Paulo. A obra de maior destaque foi a tela intitulada ‘Café’ (1935)
premiada com a menção honrosa na Exposição Internacional do Carnegie Institute de
Pittisburg, nos Estados Unidos.

Café, 1935-Portinari

Essa tela mostra as claras diferenças entre as relações sociais existentes. Trabalhadores
escravos, com roupas de algodão fino, pés inchados descalços, se opõem à do capataz que já
apresenta botas, gola e cinto da cartucheira. O quadro tem duas diagonais que se cruzam na
figura de uma criança que livremente escala uma palmeira nativa. Menino e palmeira dão um
ar de esperança por representarem a liberdade da infância e a resistência da última árvore em
meio à monocultura.

REFERÊNCIAS

AMARAL LAPA, José Roberto do. A Economia Cafeeira. 2. ed. Editora Brasiliense,1986,
São Paulo.

20
ARIAS Neto, José Miguel. Primeira República: economia cafeeira, urbanização e
industrialização. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/> Acesso em 9 de junho de
2020.

Arte na Rede. Disponível em: http://www.artenarede.com.br Acesso realizado em 10 de junho


de 2020.

Bernardo, Hebe de Camargo. Os trabalhadores do Café: análise de uma obra de Portinari. São
Paulo, 2012. Em: https://repositorio.unesp.br. Acesso realizado em 8 de junho de 2020.

BRASIL ESCOLA. Disponível em: http://www.brasilescola.uol.com.br Acesso realizado em


10 de junho de 2020.

Candido Portinari - O Pintor do Café. Revista Globo Rural, edição de agosto de 2016.
Disponível em: < https://revistagloborural.globo.com> Acesso em: 10 de junho de 2020.

CASTRO, César Mariozzi Tavares de. A Política Econômica e as Primeiras Medidas de


Intervenção nos preços do Mercado Cafeeiro Brasileiro. Monografia-Bacharelado de
Economia-UFRJ. Orientador: Prof.º Almir Pita Freitas Filho, março de 2014.

HISTÓRIA DO CAFÉ NO BRASIL. In Cafeicultura: a revista do agronegócio café.15 jul.


2011. Disponível em:<http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php> Acesso em 8 de
maio de 2020.

MORAES, Vinicius de. Samba do Café. Disponível em: <http://letras.mus.br/vinicius-de-


moraes/86499/> Acesso em: 5 de junho de 2020.

Plataforma Virtual de Museus - <http://www.artsandculture.google.com> Acesso realizado


em 8 de junho de 2020.

POZZOBON, Irineu. A Epopeia do Café no Paraná. Grafmarke, Londrina-Pr., 2006.

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO- QAP

21
Projeto: A ECONOMIA CAFEEIRA DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA
NO BRASIL
1-DADOS DO ALUNO
Nome: _____________________________________________Turma:_____
Telefone: (_ )____________ E-mail:_________________________________

2-DADOS DA INSTITUIÇÃO
Nome da escola:_________________________________________________
Nome da disciplina: _____________________________________________
Nome do Professor(a): ___________________________________________

3-AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Na imagem ao lado observa-se o fruto do


café, em ponto de colheita. No decorrer
desse projeto, você aprendeu como era
feito o sistema de colheita do café no
período da primeira República no Brasil.
Escreva abaixo algumas linhas falando
sobre como era esse sistema de colheita
naquela época e como é feito hoje,
destacando as principais diferenças.
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A obra ‘Café’ de Candido Portinari foi


trabalhada na aula 2, com acesso ao
museu virtual de Belas Artes. Conte
como foi pra você essa experiência e
quais os conhecimentos adquiridos a
respeito da obra, do autor o do período
em que a obra foi contextualizada.

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4-AVALIAÇÃO DO PROJETO

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Descreva nas linhas abaixo, qual foi sua avaliação sobre o Projeto: A Economia Cafeeira
Durante a Primeira República no Brasil. Quais os pontos positivos e negativos. O que mais
você gostou de fazer durante o projeto?
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5-AVALIAÇÃO DOS RECURSOS PEDAGÓGICOS

Nesse projeto, foram utilizadas tecnologias e outros recursos para diversificar o processo de
ensino-aprendizagem, como: data-show, grupo no watshapp, pesquisa em plataformas
virtuais via internet, no laboratório de informática, vídeos e revistas. Comente o que você
achou da utilização desses recursos nas aulas.
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6-AVALIAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A)

Esse espaço é para você avaliar o professor que ministrou as aulas do projeto na sua turma.
Fale se o assunto foi bem abordado em sala, se as atividades foram bem orientadas, como o
acompanhamento do grupo de watshapp e presencialmente. Seja sincero, porém respeitoso
com seu professor, ok.
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6-AVALIAÇÃO DO(A) ALUNO(A)

Agora, você deverá fazer a sua autoavaliação. De forma sincera, conte o que você achou de
sua participação nesse projeto. O que você gostaria de ter feito que não foi feito durante a
execução do mesmo e o que você achou da integração na aula final com as outras turmas.
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Deixe uma mensagem: ______________________________________________________


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Agradecemos sua cooperação e compromisso com esse projeto. Bons estudos!

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