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República de Moçambique

Ministério da Educação e Desenvolvim ento Hum ano

Manual de Métodos de Estudo


Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Instituto de Formação de Professoresdo Ensino Primário e Educadoresde Adultos


Departamento de Ciênciasde Educação
República de Moçambique
Ministério da Educação e Desenvolvim ento Hum ano

Manual de Métodos de Estudo


Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Instituto de Formação de Professoresdo Ensino Primário e Educadoresde Adultos


Departamento de Ciênciasde Educação

2
TÍTULO Manual de Métodos de Estudo
Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

COORDENAÇÃO E DITORIAL Ministério Da Educação e Desenvolvimento Humano

AUTOR Geraldo Manuel Correia Fernandes


COLABORADORES Amisse Mapalilo, Ambrosio
EDIÇÃO

REVISÃO LINGUÍSTICA

REVISÃO CIENTÍFICA Técnicos do MINEDH

REVISÃO GÉNERO E TEMAS Técnicos do MINEDH


TRANSVERSAIS

REVISÃO PELA MINEDH

COORDENAÇÃO GRÁFICA

MAQUETIZAÇÃO

ILUSTRAÇÃO

IMPRESSÃO 3 Exemplares

TIRAGEM MinervaPrint

REGISTO INLD

Maputo - Moçambique

República de Moçambique
Ministério da Educação e
Desenvolvimento Humano

ÍNDICE

3
Inserir o índice

Prefácio

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O Manual de Métodos de Estudo surge dentro do espirito renovador do curso de Formação de Professores.
Entretanto, a tarefa de estudar, requer do formando do curso de formação de professores do ensino primário e
educadores de adultos, o domínio de métodos e técnicas específicas para estudar. Estudar sem métodos e técnicas
pouco contribui para o alcance do sucesso nas aprendizagens. Daí a necessidade de aprender a aprender.

Com este manual, espera-se que o formando do Instituto de Formação de Professores desenvolva hábitos de trabalho
individual e em grupos, em diversas áreas disciplinares destinadas para o novo curso 12ª + 3 anos.

Na elaboração deste manual, consideramos não ser pertinente recorrermos as justificações mais teóricas. Daí que, a
maior preocupação da sua planificação foi a de disponibilizar regras genéricas orientadoras que deverão ser aplicadas
de acordo com as competências, o tempo disponível do formando, os objectivos e o tipo de disciplina, por
entendermos que nem todos indivíduos têm o mesmo método de estudo.

Portanto, o presente manual é destinado aos formandos do curso de formação de professores do ensino primário e
educadores de adultos, que estejam atraídos por um bom desempenho nos estudos e aos formadores preocupados em
ajudar os seus formandos a aprender a aprender melhor.

O autor

INTR O DUÇÃO

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A disciplina de Métodos de estudo faz parte do curso de Formação de Professores Para o Ensino Primário e
Educadores de Adultos. Esta tem por objectivo fornecer um conjunto de ferramentas para que o formando possa
organizar o seu estudo com maior autonomia e aprender a aprender baseando-se em diversos tipos de métodos,
técnicas e estratégias de aprendizagem.

No presente Manual, são tratados assuntos da disciplina de Métodos de Estudo, para determinar uma direcção
apropriada a ser adoptada, através de actividades que os formandos devem desenvolver na sua formação.

Basicamente, este Manual é um meio auxiliar de estudo acadêmico que deverá ser utilizado pelos formandos na
realização das actividades, em diferentes disciplinas curriculares, com vista a desenvolver as competências práticas
necessárias, orientadas para a solução de problemas do ensino primário.

Espera-se que, com esta disciplina, o formando venha a desenvolver estratégias metodológicas e técnicas para a
formação de hábito de estudo, de leitura, de registo de informação, bem como, venha a dominar o uso de
instrumentos de trabalho acadêmico, de produção e sistematização de conhecimento e, não só, como também,
descubrir e ampliar técnicas que permitam disciplinar o seu trabalho intelectual e criativo, garantindo, desta feita,
maior produtividade e fortalecimento da postura investigativa na sua aprendizagem.

O Manual está organizado em seis capítulos:

 O primeiro capítulo denomina-se “Introdução a Métodos de Estudos”. Aborda o conceito de Métodos de


Estudo como Disciplina, seus Objectivos, seu objecto de estudo e sua Importância. Debruça sobre Meios e
condições para o estudo, métodos de estudo como técnica; aborda ainda sobre os Métodos que garantem a
economia do tempo e eficiência nos estudos e, finalmente, os Tipos e técnicas de métodos de estudos usados
na sala de aula, em casa e na biblioteca.

 O segundo capítulo intitula-se “Recursos Necessários ao Estudo”. Versa sobre o tempo, O Espaço, O
Material escolar como recursos para estudo; versa sobre os Tipos de estudos,o Estudo em grupo e sua
importância, a Planificação e organização da vida e do tempo de estudo.

 O terceiro capítulo designa-se “Leitura como Método de Estudo e base de Redacção”. Sugere estratégias e
tecnicas de leitura e redação recorrendo à Fichas de leitura, Resumo, Apontamentos. Aborda também os
Elementos auxiliares de leitura.

 O quarto capítulo denomina-se “Construção de Textos de Natureza Académica”. Aborda a estrutura do


trabalho académico, a Escrita académica (norma APA) e Escrita de trabalhos académicos.

 O quinto capítulo intitula-se “Elaboração de Relatório”. Este capítulo introduz o Conceito, estrutura e
objectivo do relatório e as regras de Produção do relatório seguindo as normas estudadas.

 O sexto capítulo designa-se“Prática de Estudo”. Este capítulo visa introduzir elementos de actividades
práticas que podem ser implementados pelos formandos, tais como, Ficha de referência bibliográfica e de
visita de estudo, Elaboração e Aplicação de Instrumentos, Técnicas de Recolha de Dados, Conteúdos:
Observação, Entrevista, Questionários, Gráficos Comparativos para interpretação de dados. Neste capitulo
serão abordadas e desenvolvidas actividades para serem apresentados em Seminários; Serão realizados
Trabalhos de pesquisa, para tal, os formandos terão que Identificar e estudar um caso; Elaborar instrumentos
e técnicas de recolha de dados, recorrendo a ficha de observação, entrevista, questionário e, depois, deverão
Interterpretar dados e construir gráficos.

O uso deste manual está orientado para ser implementado no curso de formação de professores primários e
educadores de adultos. Para o efeito, deve-se respeitar a metodologia de formação centrada no formando, baseada
nos princípios da pedagogia activa e socio-interaccionista.

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As actividades deste Manual estão planificadas para capitalizar os saberes relacionados com os conteúdos a serem
construídos pelos próprios formandos, através das suas experiências e interacções durante a formação.

A disciplina será ainda conduzida por meio do fornecimento de uma relação bibliográfica complementar
de apoio. Os mecanismos de avaliação envolvem actividades relacionadas aos conteúdos aprendidos na
sala de aulas, a avaliação presencial e a produção de um trabalho final. A carga horária semanal é de 2
horas.

Os capítulos deste Manual estão caracterizados por ícones de apresentação de actividades de reflexão, resumo, chave
de correcção, bibliografia, como se apresenta na tabela abaixo.

Lista de ícones
R eflexão inicial

Reflexão final

Chave de correção das actividades

Bibliografia

Resumo

Nº CAPÍTULO S

I Introdução a métodos de estudos


II Recursos necessários ao estudo
III Leitura como Método de Estudo e base de Redacção
IV Construção de Textos de Natureza Académica
V Elaboração de Relatório
VI Prática de Estudo

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Capítulo I:

INTR O DUÇÃO A MÉTO DO S DE


ESTUDO S

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Neste capítulo propõe-se ajudar o formando a compreender a importância da disciplina de Métodos de Estudo para
formação de professores, bem como o propósito e o objecto de estudo desta disciplina.

No fim deste capítulo, o formando deve ser capaz de:


 Definir os conceitos Métodos de Estudo, Métodos e Estudo;
 Reconhecer Métodos de Estudo como disciplina;
 Explicar a importância da disciplina de métodos de estudo;
 Definir métodos de estudo como técnica;
 Aplicar Métodos de estudo que garantem a economia do tempo e eficiência nos estudos na sala de aulas,
biblioteca e em casa;
 Classificar os tipos e técnicas de métodos de estudos.

1.1. Introdução à Métodos de Estudo: conceito, o objectivos e importância

Acttividade Reflexiva inicial 1

Trabalho em grupo
Brainstorming (chuva de ideias)

I. O que lhe lembra os termos Métodos, Estudo e Métodos de Estudo?

1. Em grupos de 6 elementos, utilizando cartão que lhe for fornecido pelo seu formador, escreve neles as
ideias que lhe aparecerem pela cabeça, ao pensar no termo disponibilizado, à sua mesa, em um papel
dobrado. (obs.: Cada mesa será atribuído um só termo descrito na questão I).

2. Põe o cartão sobre a mesa, próximo do termo que o seu grupo foi atribuído, conforme o caso,
recorrendo aos modelos ( mapas de conceitos) representados abaixo:

Método Estudo Métodos de Estudo

G rupo 1 G rupo 2 G rupo 3

3. Apresentação do resultado do trabalho dos grupos em plenária:


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.

II. Elaboração de definições de Métodos, Estudo e Métodos de Estudo.

Trabalho em grupo

a) Com base nas ideias colocadas no mapa de conceitos acima, que cada grupo construíu, elabore em
uma frase, a definição dos termos Métodos, Estudo e Métodos de Estudo.
b) Num flipchart pad (papel Gigante ou cartolina) escreve a vossa definição.

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c) Pendure o flipcart pad no quadro ou na parede da sala.

4. Apresentação do resultado do trabalho dos grupos recorrendo à técnica “Caminhada na Galeria1”:


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.

A seguir, são apresentados, para si, os assuntos anteriormente discutidos em grupo, sobre a disciplina de Método de
estudo que a seguir passaremos a estudar.

Métodos de estudos é a disciplina que estuda um conjunto de estratégias utilizadas para que um aluno consiga
estudar com vista ao alcance do sucesso escolar.

Aprender melhor e mais rápido é o objectivo principal da disciplina de Métodos de estudo. Esta disciplina tem por
objecto de estudo, o conjunto de métodos, técnicas e estratégias utilizadas para o alcance do seu sucesso escolar.

De acordo com G.L.L.F., 1975, citado em Carvalho (1995, p. 25), do ponto de vista etimológico, a palavra método
vem de (meta: para, hodos: caminho) e define-se com o uma “maneira de progredir para um fim inspirado-se em
certos princípios e seguindo uma ordem. Neste sentido, podemos entender Método, tanto em pedagogia como em
didáctica como um conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite
alcançar o objectivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões de quem estuda.

O Estudo é a tentativa sistemática de compreender, assimilar, gravar e recordar os conteúdos do objecto de


aprendizagem. O acto de estudar envolve uma certa complexidade e deve ser fruto de uma interacção adequada entre
pais, formandos e formadores, além de preparo e conhecimento.

Assim, a existência de diversas regras e diferentes orientações para o estudo ou elaboração de trabalhos escritos, que
te induzem em pensar e escrever sem métodos, torna a disciplina Metodos de Estudo, uma área disciplinar
indispensável para o seu sucesso no curso de formação de professores.

O método de estudo, para além de te ajudar a aprender melhor e mais rápido, também, ajuda-te no cumprimento de
normas para a elaboração de trabalhos científicos, portifólios e relatórios. Outrossim, faz com que você se
comunique de forma íntegra, compreensível, evidenciando um pensamento lógico, organizado e aceitável, utilizando
estratégias que te promovem à hábitos de leitura, análise e justificação.

Por meio de métodos, técnicas e estratégias você encontra mecanismos apropriados para resolver os problemas
academicos durante a sua formação. Os tipos de métodos que nesta disciplina são abordados, farão com que você
adopte hábitos de estudo que estarão presentes no seu dia-a-dia. Com esta disciplina, espera-se que você tenha
experiências positivas, seja autónomo durante a sua formação e alcance o sucesso.

R esumo do tema

Métodos de estudos é a disciplina que estuda um conjunto de estratégias que visam o alcance do sucesso escolar.
Com esta disciplina, pretende-se que a aprendizagem seja melhor e mais rápida. Tem como objecto de estudo os
métodos, técnicas e estratégias usadas para o alcance do sucesso escolar. Considera-se método ao conjunto das
actividades sistemáticas e racionais que, permitem alcançar o bjectivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando
erros e auxiliando as decisões de quem estuda. Estudo, por sua vez é visto como a tentativa sistemática de
compreender, assimilar, gravar e recordar os conteúdos do objecto de aprendizagem. O método de estudo ajuda a

1 Veja o Manual de Psicopedagogia, MINEDH-PROGESSO , página 203.

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aprender melhor e mais rápido; a cumprir normas para a elaboração de trabalhos científicos, portifólios e relatórios;
a comunicar de forma íntegra, compreensível, demonstrando pensamento lógico, organizado e aceitável, utilizando
estratégias que promovem hábitos de leitura, análise e justificação. Ajuda a resolver os problemas acadêmicos e a
desenvolver hábitos de estudos, bem como, a autónomia durante a sua formação.

Actividade Reflexiva Final 1

1. Recorrendo à técnica “Torneio de Equipas” 2 , elabore questões reflexivas relacionadas com o tema que
acabou de estudar, colocando-as, de seguida, ao colega, do grupo oposto ao seu, para responder.

1.2. Meios e condições para o estudo

Actividade Reflexiva inicial 2


1. Ao longo do seu percurso escolar, com certeza, você experimentou os efeitos do meio e das condições
ambientais durante os estudos.

a) Com base no quadro abaixo, partilhe a sua experiência com o seu colega, respondendo as seguintes
questões nele contido.

Qual (ais) o local Qual (ais) o (os) Diga o que o


(ais) preferível recurso (os) você perturbava ou
você estudava costumava usar não, no momento
melhor? para estudar? dos estudos.

2. Apresentação do resultado do trabalho em plenária:


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.

Depois de partilhar a sua experiência, com seu par, acreditamos ter concluído que, durante os estudos, os meios e as
condições físicas e/ou psicológicas afectaram, de certa maneira, a sua atenção e concentração.

É importante que antes de se lançar para o estudo, você organize os meios e as condições destinadas para tal.
Contudo, em muitos casos, isso não é praticável. Por isso, você deve, a partir dos meios e das condições existentes,

2 Veja o Guião prático de métodos participativos do MINEDH, página 63.

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identificar quais os estímulos destes meios e das condições para o estudo interferem negativamente na sua atenção
para, depois, traçar métodos adequados para os evitar.

1.2.1. Meios para o estudo

Antes de iniciar o estudo, você deve providenciar todo o material de que irá necessitar, sem exageros. Abaixo,
apresentamos algumas dicas:

 Estudar com livros e anotações ou apontamentos recomendados pelos professores;


 Ter em mãos um dicionário para eventual consulta;
 Utilizar uma caderneta para anotar dúvidas ou pontos a serem aprofundados;
 Ter esferrográfica, lápis, borracha, cadernos e livros a disposição.
 O uso de um suporte de leitura é recomendado, pois evita o esforço da coluna e pescoço, prevenindo dores.
 Sobre a mesa de estudo devem estar apenas os materiais necessários para a sessão de estudo e um relógio, se
você precisar controlar o tempo de estudo.
 Qualquer outra coisa deve ser suprimida para não provocar distracções.
 É também interessante que você anote as dúvidas na medida em que elas forem surgindo, procurando saná-
las o mais breve possível, por meio de pessoas especializadas na matéria ou assunto.
 O lugar de estudo deve ter acesso fácil ao seu material de estudo e a outros materiais que necessite.

1.2.2. Condições para o estudo

O local em que você estuda é muito importante para se aprender adequadamente, pois, pode influenciar a sua
capacidade de estudo. Deve ter condições favoráveis que lhe permitam concentrar-se e evitar interrupções constantes.
Na tabela seguinte são apresentadas algumas dessas condições, de acordo com (Modanhese, s/d: p. 15-33 &
RAPOSO, 2013, p. 13-14):

Condições para o estudo Descrição


O local deve ser:
 Bem iluminado, de preferência com luz natural e
arejado;
 Tranquilo e silencioso (sem rádio, televisão, disco
copacto, MP3, celular e aparelhos ligados);
 Com poucas ou nenhuma interrupção;
 Mobilado adequadamente: Mesa, cadeira não muito
confortável para evitar o sono;
Físicas  Temperatura agradável (nem demasiado frio nem
demasiado calor);
 Posição correcta: coluna vertebral direita, pés apoiados
no solo, cabeça ligeiramente inclinada para a frente, não
sobre os livros;
 Local certo de estudo: o mesmo quarto, sala, etc.
 Não interrompido por outras pessoas (colocando, por
exemplo, um aviso na porta).

Você deve:
 Resolver os seus problemas;
 Estar relaxado;
 Estar sem sono;
Psicológicas
 Dominar “os nervos”;
 Estar em boa forma física.

Você não deve:

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 Estudar logo após exercício físico intenso,
 Estudar depois de ter comido muito.

R esumo do tema

Antes de se iniciar com os estudos, deve-se organizar o meios e as condições destinadas para o efeitol.
Depois, a partir dos meios e das condições existentes, identificar quais os estímulos destes interferem
negativamente na atenção e, finalmente, delinear métodos adequados para os evitar. É preciso, ainda, dispor
do material necessário e certificar-se de que no local existem condições físicas ou psicológicas, que
permitem melhor concentração, evitando, deste modo interrupções desnecessárias.

Actividade Reflexiva Final 2

1. Em grupos de 4 elementos, recorrendo ao princípio Pensar-Partilhar-Apresentar, no campo do papel


gigante, organizado para si, pelo formador:

a) Faça um inventário de meios materiais e condições física e psicológicas que você considera favoráveis
para influenciar positivamente a sua capacidade de estudo.

b) Anote as ideias comuns aos dos seus colegas e coloque, no espaço reservado para os resultados do
grupo.

d) Convide os outros grupos para a apreciação, esclarecimento e justificações das vossas ideias. (Sugere-se
nesta etapa, “Método do mercado” como técnica de apresentação do resultado do trabalho dos grupos).

1.3. Métodos que garantem economia e eficiência nos estudos: Estudos na sala de aulas, em
casa e na biblioteca.

Actividade Reflexiva inicial 3


Trabalho aos pares

1. “Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que
aprender”.

Baseando-te no princípio Pensar-Partilhar-Apresentar e inspiando-te no pensamento de Paulo Freire, acima:


a) Partilhe, com o seu par, as diferentes maneiras de estudar que você usa para aprender.
b) Apresente a turma, de forma resumida, as ideias colocadas pelo seu colega.

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Terminada a partilha com o seu par, temos a certeza de que você teve alguma dificuldade em discernir sobre se usa
algum tipo de método de estudo ou não. No entanto, não descuramos a possibilidade de você ter indicado pelo menos
uma maneira de estudar, tipicamente sua. Se, durante a interacção com seu par, terá dito que, lê bastante, ou em voz
alta ou em voz baixa, faz resumos, memoriza, entre outras formas, tenha certeza que utiliza algum método.

Para aprender, você precisa de métodos de estudos com vista ao alcance do sucesso na sua formação.

Nesta aula, conhecerá os métodos e técnicas que você deve usar para aumentar a possibilidade do sucesso nas suas
aprendizagens.

Modanhese (s/d: p. 15-33), descreve-nos alguns métodos e técnicas para acelerar os estudos que podem ser
utilizados na sala de aula, em casa e na biblioteca, tal como podemos acompanhar abaixo:

 R esumo de Textos

O resumo é uma excelente técnica para fixar o conteúdo. O seu uso obedece seguintes etapas:

a) Etapa 1: Leitura com grifos

A primeira etapa é a da leitura atenta dos capítulos, grifando os pontos principais. Usa-se um marcador de cor que
chame a atenção, para grifar as passagens principais. Os grifos ajudam na elaboração do resumo a porterior. Não se
deve grifar tudo, apenas o importante. O objectivo deste método é fazer com que o formando só precise ler o livro
uma vez para apropriar-se o conteúdo.

b) Etapa 2: Resumo. O resumo é uma ferramenta de apoio ao formando. Depois de ler o capítulo do livro, grifando
as partes importantes, o formando deve fazer um resumo no seu caderno. Deste modo, para relembrar esse conteúdo,
não será preciso reler o capítulo inteiro do livro, mas apenas seu resumo. Com o resumo, o formando constrói um
banco de dados na memória com todos aqueles argumentos que já escreveu anteriormente nos resumos, auxiliando-o
nas provas discursivas.

Quando se lê um argumento, usa-se uma determinada parte do cérebro; já quando se escreve aquele argumento, usa-
se outras partes e o corpo é colocado em movimento para escrever aquela ideia, o que se traduz numa memória
sinestésica do assunto, promovendo a aprendizagem. Logo, o simples facto de escrever as partes mais importantes
do conteúdo aumentará a capacidade de assimilação da matéria. O resumo, portanto, é uma actividade cognitiva que
explora a função motora na aprendizagem.

c) Etapa 3: Resolver questões relacionadas com o conteúdo: Após todo esse estudo da parte teórica da matéria, o
aluno deve fazer muitos exercícios para testar sua assimilação e para conhecer nuances diferentes do assunto.

Quanto mais exercícios fechados (objectivos) forem feitos, melhor. Portanto, é aconselhável o intervalo de alguns
dias entre o término do resumo e os exercícios, para “forçar” a memória. Depois de alguns dias, os exercícios
servirão de mapeamento da aprendizagem. Contudo, o formando deve voltar às questões que errou e rever esse
trecho da matéria no resumo, afim de fixar a resposta correcta e os pontos tratados na questão. A resolução de
exercícios, simula o tipo de tarefa que o formando enfrentará na prova e envolve o desafio de testar o conhecimento
adquirido.

 Estudo Multitarefa

A ideia de estudo multitarefa da constatação de que estudar não é só ler um livro ou assistir a uma aula. Essa técnica
ajuda a melhorar a produtividade do estudo ao alternar o tipo de tarefa que exigimos do nosso cérebro. Assim:

 A leitura de livros exige muito esforço e concentração. Para melhorar o aproveitamento, você deve alternar
entre a leitura do conteúdo, o resumo do que leu e a resolução de exercícios sobre o assunto.

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 O estudo por longos períodos dificilmente possibilitará uma atenção elevada durante todo o tempo e
certamente a qualidade ficará comprometida. Portanto, depois de um período de leitura, o ideal é que você
alterne seu estudo com a resolução de questões ou redigindo seus resumos.
 Ao alternar as tarefas envolvidas no estudo, você estará estimulando partes diferentes do cérebro
contribuindo para a manutenção de sua concentração e interesse.

 Definição de Conceitos-Chave

Consiste na identificação dos principais conceitos-chave do capítulo, que atravês dos quais você construirá pequenas
definições. Em provas discursivas são cobrados os principais conceitos de um tema. Depois de ler o capítulo e fazer
seu resumo, você deve identificar os principais conceitos do tema. Ao realizar essa selecção, você se revestirá do
papel do formador, identificando os pontos mais relevantes da disciplina, que poderiam ser alvo de questão na
prova.

Escolhidos os principais conceitos, deverá definí-los, como se estivesse construindo uma resposta à questão
discursiva que os mencionasse. Para cada capítulo devem ser escolhidos de cinco a quinze conceitos-chave, e
construídas pequenas definições desses conceitos, usando-se de duas a cinco linhas.

A ideia central dessa técnica de estudo é criar um pequeno inventário de informações para se desenvolver
argumentos por escrito antecipadamente. Este invetário de conceitos-chave é fonte de revisão nos dias que
antecedem a prova.

 Método de estudo de “R obinsom” (EPL2R )

EPL2R é uma sigla que abrange cinco momentos fundamentais deste processo metodológico: explorar, perguntar, ler,
rememorar e repassar.

 Explorar: Ao estudar uma área de conhecimento primeiro exploramos o material de referência que forma o
seu corpo, consultando quais são as finalidades e os propósitos que levaram os autores a escrevê-lo. Daí,
surge então uma pergunta: será que os autores chegarão aos objectivos a que se propuseram?

 Perguntar: À medida que o fomando lê, vai fazendo perguntas que o autor ainda não respondeu. Dessa
maneira o formando adopta uma atitude crítica e activa; ele não recebe passivamente o que o autor diz, mas
conversa com ele, relacionando o que lê com os seus interesses pessoais.

 Ler: Ler é equivalente a analisar e saber resumir. Uma leitura activa induz aos formandos a sublinhar, a fazer
anotações e a elaborar esquemas. Significa ser capaz de descriminar o essencial do acessório, saber distinguir
as ideias principais das secundárias ou dos simples detalhes.

 R ecapitular: Ao final de cada capítulo ou de cada parágrafo importante, você de ser capaz de resumir para si
mesmo aquilo que lê. Isso ajuda a gravar as idéias mais importantes e evita transformar a leitura em um
exercício mecânico e pouco profundo. Além disso, a recapitulação potencializa nossa memória e nossa
atenção, mantendo o interesse desperto. Permite, ainda, descobrir erros e lacunas, mostrando-nos algo que
não entendemos correctamente.

 R epassar: Colocar em prática o que se lê ou estuda é a melhor maneira de garantir a memorização; contar
aos outros o que se está lendo ou estudando também ajuda a repassar. É bom repassar as anotações em sala
de aula, reflectir sobre elas, discuti-las com os colegas o quanto antes, mesmo que por apenas alguns
minutos.

 Método SQ 3R

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Esta sigla refere-se as iniciais das palavras inglesas: survey, question, read, repeat e review, ou seja, reconhecer,
questionar, ler, repetir e rever.

 Survey: panorama geral. Para se ter uma ideia do que se deve estudar, a primeira coisa é fazer um
reconhecimento preliminar. Essa atitude é importante. Deve-se começar dando uma visão geral sobre o
assunto.
 Q uestion: perguntar, questionar. Volte ao que está estudando com perguntas elaboradas e procure definir
melhor as respostas. Ter dúvidas faz parte de qualquer boa aprendizagem.
 R ead: ler. É fundamental a leitura cuidadosa do que está a estudar, prestar atenção nos argumentos, nos
títulos e subtítulos, nos gráficos e tabelas.
 R epeat: repetir. Às vezes, não se entende nada de um texto na primeira leitura. Ler apenas não é estudar.
Estudar exige a releitura, que não é uma técnica de decorar, mas sim a de compreender. Ao reler, podem-se
fazer anotações e resumos.
 R eview: revisão. Algum tempo depois do primeiro estudo, deve ser feita a revisão. A revisão é essencial no
fecho do ciclo de estudos. É a hora em que se vai buscar na memória aquilo que aprendemos, reactivando
tudo. Nesse momento, vale muito ter resumos e anotações, consultar as partes que estão um pouco apagadas
da memória. É essencial fazer muitos exercícios revendo alguns feitos anteriormente.

Esquematizar

Esquema é a apresentação do texto, colocando em destaque os elementos de maior importância. Sua finalidade é
difundir as informações facilitando para o leitor sua compreensão. Utiliza-se o esquema como meio facilitador para a
memorização e a explicação do texto, usam-se muito, para tal feito, linhas, setas, círculos colchetes, entre símbolos
diversos.

Um esquema deve conter as ideias do autor, sem modificação ou pontos de vistas pessoais; partir sempre da ideia
principal, depois para seus respectivos detalhes; o esquema deve ser flexível, adaptado ao tipo de matéria a ser
estudada; deve facilitar a pesquisa bem como sua revisão, deixando em evidencias seus pontos chaves; e, finalmente,
ter um cunho pessoal. Algumas recomendações podem ser observadas ao se elaborar um esquema:

• Captar a estrutura da exposição do autor quer se trate de um livro, de uma secção, de um capítulo. Pode-se obter o
esboço inicial a partir dos títulos, subtítulos e das epígrafes. Estas funcionam como guias e indicadores.

• Colocar os títulos mais gerais numa margem e os subtítulos e divisões nas colunas subsequentes e assim
sucessivamente, caminhando da esquerda para a direita.

• Utilizar o sistema de numeração progressiva (1, 1,1, 1,2, 1.2.1, 2 etc.) ou convencionar o uso de algarismos
romanos, letras maiúsculas, minúsculas, números, etc., para indicar as divisões e subdivisões sucessivas, como ilustra
a figura 1.

• Usar alguns símbolos convencionais e convencionar abreviaturas para poupar tempo e facilitar a captação rápida
das ideias.

Figura 1.

objectivos de objectivos gerais ou


ensino- apendizagem educacionais
II

objectivos
especificos ou
Fonte:adaptado (Geraldo Fernandes, Formador IFP-Matola, 01 de Agosto 2019)

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 Anotar durante as aulas

Anotar o que se aprende em sala de aula, corresponde a fazer sinteses e resumos. Se uma palavra aparece muito em
um texto, é importante anotá-la, pois ela pode ser carregada de sentido". Depois de separar a palavra, o estudante
deve buscar material sobre ela em um dicionário ou em livros da disciplina. A prática de manter um caderno com as
anotações pode facilitar na hora da prova. Pegar o livro ou a apontamento para rever todo o conteúdo costuma ser
mais demorado do que ler o que foi anotado durante a aula ou durante as horas de estudo.

Para anotar, é preciso concentrar-se na aula ou no material de leitura; escrever com consistência, sem preguiça; ser
selectivo com as informações; escrever o que foi dito com as próximas palavras; ser organizado; escrever apenas os
pontos importantes, usar letra legível e não se preocupar com a correção gramatical. Entre os métodos de anotação,
podem-se destacar cinco, no entanto, aqui falaremos de um, Cornell:

 Cornell: O aluno divide o espaço do papel em três: para informações principais, palavras-chave e para
relações entre os conteúdos. O método facilita a revisão de conteúdo para as provas e exames posteriores;
sistematiza as anotações e facilita a revisão de conteúdos; economiza tempo, pois não é preciso passar o
texto a limpo.

21 cm

2
1 Área para
Comentários Escvrever
ou Notas
Requisitos

29,5 cm

6,5 cm

6,5 cm Sumários

Fonte: Adapatado de Modanhese (s/d: p. 27)

 A área 1, reserva-se para os tópicos, comentários ou requisitos: coloque palavras-chave e questões que
correspondam ao que você colocou na área 2, colocando-as ao lado da anotação da área 2.

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 A área 2, reserva-se para as anotações e perguntas: faça suas anotações o mais resumido possível, por forma
a que a sua mente entenda; coloque de forma clara e se tiver dívidas também, registe as dúvidas para
perguntar posteriormente ou para pesquisar em livros ou internet.

 A área 3, destina-se para sumários: Anote o assunto que você está a estudar, coloque data, local, tema e
pontos principais, pois essa área será areferência para procurar pelo conteúdo (MS. SCHOENARKE, 2018:
p.26).

 Sublinhar um texto

Costuma-se sublinhar uma palavra ou expressão quando se quer chamar a atenção do leitor para aquele trecho ou
para enfatizar um termo ou frase. Usa-se, também, para se referir a algum termo que está sendo usado de maneira
inadequada ou pouco adequada etc.

Sublinhe com moderação, uma vez que, se esse meio de marcar o texto for muito utilizado, acaba esgotando sua
função.

O desenvolvimento da técnica de sublinhar passa por algumas etapas, então algumas noções básicas de sublinhar são
essenciais, conforme segue abaixo:

• A primeira leitura serve para a compreensão do assunto e como forma de esclarecimento das dúvidas que surgiram
na leitura.

Nesta fase é preferível não sublinhar, no entanto se as ideias importantes forem encontradas, coloque à margem um
sinal convencional: “x”, “*”, “(.)”, “I” etc.

• Reler o texto e identificar a ideia principal, os detalhes importantes, os termos técnicos, as definições, as
classificações, as provas;

O leitor deve habituar-se a sublinhar depois de reler um ou dois parágrafos, para saber exatamente o que irá sublinhar

• Sublinhar as ideias centrais, utilizando dois traços para as palavras-chaves e um para os detalhes mais importantes;

• Nos tópicos mais importantes deve-se assinalar, à margem do texto, com uma linha vertical. E nos argumentos
discutíveis deve-se assinalar um ponto de interrogação, também a beira do texto;

• A cada palavra não compreendida deve-se consultar o dicionário e, se necessário anotar o significado para melhor
entendimento do texto.

• Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido. Assim cada parágrafo deve ser reescrito a partir das palavras
destacadas;

• Por fim, deve-se reconstruir o texto, em forma de esquema ou resumo, baseando-se nas palavras sublinhadas.

Nota: esta técnica deve ser usada em textos copiados e distribuídos para o efeito e não em livros ou manauis
originais.

 Mapas de Conceitos

Mapas Conceitos são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos ligados
por palavras. Representam uma estrutura que vai desde os conceitos mais abrangentes até os menos inclusivos.

São utilizados para auxiliar a ordenação e a sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer
estímulos adequados ao aluno.

18
Para elaborar um mapa de conceito, podem ser seguidos os seguintes passos:

 Identificar os conceitos pertinentes. Quais são os conceitos mais importantes sobre o tema a ser
considerado? Selecionar entre 15-20 conceitos e fazer uma lista. Esses conceitos devem ser compostos,
preferencialmente, por uma única palavra (usar, no máximo 2 ou 3 palavras para designar um conceito). Se
for necessário usar mais do que 20 conceitos, considerar a possibilidade de preparar 2 mapas, subdividindo
do tema inicial em 2 sub-temas.

 O rdenar os conceitos selecionados. Organizar a lista de conceitos grupo, colocando na parte superior da
lista os conceitos mais amplos e gerais, deixando na parte inferior da lista os conceitos mais específicos.

 O rganizar os conceitos do MC. Começar o MC colocando os conceitos mais gerais na parte superior da
folha de sulfite. Frequentemente, há somente 1, 2 ou 3 conceitos gerais na parte superior do MC. Escolher os
conceitos mais gerais! Evitar usar mais do que 3 conceitos no início do MC (parte superior), pois isso pode
dificultar a leitura das proposições.

 Incorporar outros conceitos. Agora, seleccionar outros 2, 3 ou 4 subconceitos para adicionar embaixo dos
conceitos gerais. Evitar colocar mais do que 3 ou 4 conceitos embaixo de qualquer outro conceito. Quando
existirem 5 ou mais conceitos relacionados comum conceito mais amplo, pode-se adicionar um conceito
intermediário entre eles, criando um outro nível de hierarquia no mapa. Incluir mais conceitos se achar
necessário.

Pode-se relacionar um conceito geral com mais do que 4 conceitos da lista; nesse caso deve-se pensar num
conceito intermediário. Esse exercício farte-á reflectir profundamente sobre as ideias dos textos. Além disso,
se for pertinente, pode-se incluir mais conceitos no MC: durante a montagem.

 Ligar os conceitos com Conexões Explicativas. fazer setas (linhas que indicam o sentido de leitura) entre
os conceitos unindo-os 2 a 2. Sobre essa linha, escrever uma ou poucas palavras que definam uma relação
entre os conceitos. Essa conexão deve criar sentido, formando uma unidade semântica. Por exemplo: inseto -
-tem um par de--> antenas. A leitura da proposição (conceito inicial + conexão explicativa + conceito final)
deve fazer sentido. Sempre utilizar um verbo para expressar a relação entre dois conceitos.

Tomar cuidado com o uso de conceitos no singular e/ou plural: o verbo do termo explicativo deve concordar
com os conceitos. Por exemplo: aluno de Ciências -- gosta muito do --> professor Amparo, ou alunos de
Ciências -- gostam muito do --> professor Amparo.

 R ever e alterar o mapa. O aluno pode pode incluir, retirar ou alterar os conceitos gerais e específicos. Esse
momento é muito valioso, pois vai acelerar seu aprendizado: quanto mais tentar melhorar o mapa, mais
aprenderá sobre o assunto em questão.

Rever um MC é muito mais valioso do que fazer um MC. Nessa revisão, o aluno fortalecerá seu aprendizado
e encontrará forma de deixar a rela o entre os çã conceitos ainda mais clara.

 Verificar possíveis ligações cruzadas. Após refletir sobre o MC, o aluno pode achar importante ligar
conceitos que estão em diferentes partes do mapa. Neste caso, deve adicionar novas ligações entre os
conceitos: as ligações cruzadas podem ajuda-lo a observar novas maneiras de relacionar os conceitos,
ajudando-o no seu aprendizado. Essas relações entre conceitos distantes no MC são identificadas quando se
faz a revisão do mapa. Nesse ponto, ele vai além de um mero "resumo de texto", que apresenta uma
sequência linear de conceitos e ideias. e mais.

 Incorporar exemplos específicos a alguns conceitos. O aluno pode adicionar exemplos específicos a
alguns conceitos do mapa para que consiga relacioná-lo com partes específicas do seu tema de interesse.

19
 Entender o MC. É possível elaborar diferentes mapas para o mesmo conjunto de conceitos. Por isso, você
não precisa se preocupar em buscar a “resposta certa”, pois ela não existe. O MC é pessoal e ele certamente
vai mudando na medida em que você adquirir conhecimentos. Assim, é natural que se mude o mapa de
conceitos ao longo do desenvolvimento dos estudos.

 Identificar a pergunta que o MC responde. Todo MC tenta responder uma pergunta por meio de
proposições que relacionam conceitos. Após a revisão, ler o MC em voz alta e pensar: qual a pergunta que o
MC responde? você pode pensar em várias perguntas, mas deve seleccionar aquela que é melhor respondida
pelo seu mapa. Ao definir a pergunta, esta deve ser colocada em destaque na parte de cima da folha. Isso
permitirá ao leitor do seu MC saber qual pergunta você responde por meio dos conceitos e das proposições
propostas.

Gasoso líquido gasoso

Que são

Existe três estados físicos

é encontrada

Agua Deve ser Potável para evitar extição dos seres vivo

de origem vem

Lençois subterrâneos Chuva Geleiras

Fonte: Adapatado de Modanhese (s/d: p. 32)

Paulo (s.d: p11-16, 17) recomenda alguns métodos para acelerar o esudo:

Leitura dinâmica

Para santos (2005) a leitura é o acto de ler, mas ler não significa apenas percorrer com a vista ou pronunciar em voz
alta aquilo que está escrito: ler implica interpretar, isto é, compreender o sentido do que está escrito. As competências
que a leitura envolve, noemedamente, identificar a ideia principal, dar atenção a certos pormenores, relaccionar
factos, tirar conclusões, antecipar resultados são operações normais, que utilizamos constantemente. Biggs, 1984) a
leitura é uma actividade essencial para a compreensão e a organização da informação e, igualmente, para a retenção.

De acordo com Carrilho (2005) a leitura não é uma capacidade inata, mas sim adquirida, que só o treino, contínuo e
sistemático, pode ajudar a aperfeiçoar, sendo essencial para o sucesso acadêmico e profissional, uma vez que é o
veículo prioritário para a aprendizagem de novos conhecimentos.

A leitura dinâmica, como técnica de estudo, pode permitir aumentar a velocidade de leitura para o dobro ou o triplo
de uma pessoa normal.
Em textos com muitas fórmulas ou quadros para interpretar não se tira muita vantagem. Usar uma caneta ou um dedo
para acompanhar as linhas que está a ler pode aumentar a sua velocidade de leitura. O nível de vocabulário é muito
importante para conseguir fazer a leitura dinâmica.

20
Escrita com os 10 dedos

Se habitualmente tem que escrever trabalhos no computador existem diversos programas que lhe permitem treinar a
sua velocidade de escrita. Ao escrever com 10 dedos é habitual conseguir duplicar a sua velocidade de escrita.
Treinando meia hora por dia em pouco tempo consegue melhorar consideravelmente a sua velocidade de escrita.

Ensinar outro

Ensinar outra pessoa é uma forma eficaz de aprender também porque é necessário conseguir explicar os conceitos de
uma forma clara. Além disso consegue perceber quais os pontos onde tem falhas ou onde pode melhorar.

Memorização

Em geral, os formandos fazem uso dos resumos e das sínteses, de forma a decorar apenas a informação mais
importante e necessária. Este tipo de contracção da informação revela-se, muitas vezes, essencial para assegurar aos
formandos uma nota razoável. Contudo, este tipo de texto não deverá ser demasiado sintético, pois há a possibilidade
de carecer de alguma informação pertinente, que poderia te ajudar a conhecer mais aprofundadamente a matéria ou
até a relacionar conteúdos.

a) Preste atenção - É essencial para aprender o que quer que seja. Estudar e ver televisão ao mesmo tempo terá
um resultado muito pouco eficaz.

b) Utilize o seu estilo de aprendizagem - Há quem tenha mais facilidade em aprender alguma coisa lendo e
quem tenha mais facilidade ouvindo ou mesmo fazendo. Temas diferentes terão também métodos diferentes
que poderão funcionar melhor.

c) Use todos os sentidos - Se usar mais sentidos a sua capacidade de memorização aumenta. Em vez de só ler a
matéria, ler, ouví-la, dizer em voz alta, fazer ou tudo isto junto ajuda a memorizar a informação. Se desenhar
ou usar esquemas a cores reforça a capacidade de se relembrar.

d) R elacione a informação - Ao relacionar a informação com outra informação que já conhece é mais fácil
relembrar-se da informação.

De acordo com a Universidade Veiga de almeida cit. in BUSAR O SITE existem outras técnicas de utilidade
moderada, que aceleram o estudo, tais como, Grifar, Auto-explicação e Técnica Pomodoro:

Pomodoro
Produtividade, foco e equilíbrio são ideias que fazem toda a diferença nos estudos e servem de impulso para técnicas
como a Pomodoro. Esta técnica, basea-se na combinação entre trabalho e relaxamento. Esta define quais períodos de
esforço devem ser recompensados com momentos de distracção.

A técnica pomodoro foi criada para fazer do tempo um aliado dos estudantes. Há produtividade quando se intercala
os minutos de trabalho com curtos peródos de descanso. Não há tempo definido para a técnica, mas o convencional é
o formato 25/5, que oferece cinco minutos de descanso a cada 25 minutos de concentração nos livros. Usando
alarmes para delimitar cada momento, a hora de relaxar pode ser preenchida como cada estudante preferir, desde usar
o celular até fazer alongamentos.

Auto-explicação

Não só as respostas correctas são válidas, as dúvidas também têm seu valor. Eis a razão da autoexplicação ser
reconhecida como técnica por valorizar as dúvidas que surgem durante a leitura.

21
Também chamada de elaboração interrogativa, a auto-explicação consiste em duvidar de tudo que se lê, reflectindo
sobre cada informação. A técnica funciona quando, a partir de investigações, o formando procura explicar os
conteúdos para si mesmo. Para levantar e solucionar as perguntas, é comum grifar, rasurar, escrever, usar dicionários
e até falar sozinho.

Ao duvidar, responder e resumir conteúdos, o fornando já está estabelecendo a autoexplicação, considerada uma
leitura interactiva, que vai além de uma simples olhada nos livros e cadernos. Com apontamentos e anotações, o
processo é uma ferramenta útil para construir o conhecimento.

G rifar

Andrade apresenta-nos a técnica Grifar, de menor utilidade entre as técnicas de estudo.

O estudo aponta que a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efectiva pelos mesmos
motivos pelos quais é tão popular: praticamente não requer esforço.

Ao fazer um grifo, seu cérebro não está a organizar, criar ou conectar conhecimentos. Então, grifar só pode ter
alguma ou pouca utilidade quando combinada com outras técnicas.

R esumo do tema

O alcance do sucesso na aprendizagem, depende dos métodos de estudos, pois o conhecimento e o uso de métodos e
técnicas de estudo aumenta a possibilidade de sucesso nas aprendizagens. Para acelerar os estudos na sala de aulas,
em casa ou na biblioteca pode se recorrer, entre tantos, os seguintes métodos e técnicas: resumo de Textos que
obedece, em regra, algumas estapas nomeadamente, Leitura com grifos, resumo e resolução de questões relacionadas
com o conteúdo; Estudo Multitarefa que parte da ideia de que estudar não é somente ler um livro ou assistir a uma
aula mas sim diversificar e alternar acividades; Definição de Conceitos-Chave que consiste na identificação dos
principais conceitos-chave do capítulo, que atravês dos quais constrói-se pequenas definições discursivas; Método de
estudo de “Robinsom” (EPL2R) cuja sigla abrange cinco momentos fundamentais deste processo metodológico,
nomedadmente, explorar, perguntar, ler, rememorar e repassar, cuja finalidade é explorar o material de referência,
elaborar perguntas que o autor ainda não respondeu, fazer leitura e, por meio de análise e resumo, discriminar as
ideias principais dos detalhes, memorizando as idéias importantes, evitando uma leitura mecânica e pouco profunda,
bem como repassar as anotações em sala de aulas, aos colegas. O Método SQ3R, refere-se as iniciais das palavras
inglesas: survey, question, read, repeat e review, ou seja, reconhecer, questionar, ler, repetir e rever. Parte do princípio
que no panorama geral do conteúdo reconhece-se a ideia do que se deve estudar, que questiona-se para definir
melhor as respostas, que as dúvidas fazem parte de uma boa aprendizagem, que ler permite, prestar atenção nos
argumentos, nos títulos e subtítulos, nos gráficos e tabelas, que a repetição permite entender o que se leu antes sem
decorar, mas compreender de forma efectiva, que ao reler, podem-se fazer anotações e resumos e que, finalmente, a
revisão permite reactivar na memória tudo aquilo que se aprendeu. O esquema é a apresentação do texto, colocando
em evidência os elementos de maior importância. Utiliza-se como meio facilitador para a memorizar e explicar o

22
texto, para tal, usa-se linhas, setas, círculos colchetes, entre símbolos diversos. Anotar durante as aulas, corresponde
a fazer sinteses e resumos. Um dos métodos de anotação mais comuns é Cornell que consiste na divisão do espaço do
papel em três para anotar informações principais, palavras-chave e para relacionar os conteúdos. Sublinhar um texto
consiste em grifar uma palavra ou expressão quando se quer chamar a atenção do leitor para aquele trecho ou para
enfatizar um termo ou frase ou para se referir a algum termo que está sendo usado de maneira imprópria. Mapas de
Conceitos são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos ligados por
palavras. São utilizados para auxiliar a ordenação e a sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma
a oferecer estímulos adequados ao leitor. Leitura dinâmica, como um acto de ler que implica interpretar,
compreender, organizar, reter a informação, pode permitir o aumento da velocidade de leitura para o triplo; a Escrita
com os 10 dedos, como técnica, permite aumentar a velocidade de escrita em computador, treinando meia hora por
dia; Ensinar outro é uma forma eficaz de aprender porque é necessário conseguir explicar os conceitos de uma forma
clara e perceber os pontos onde hà falhas ou pode melhorar; a Memorização que consiste em prestar atenção, utilizar
o estilo próprio de aprendizagem, usar todos os sentidos e relacionar a informação para depois relembrar; Pomodoro
esta técnica, basea-se na combinação entre trabalho e relaxamento; a Auto-explicação consiste em duvidar de tudo
que se lê, reflectindo sobre cada informação; Grifar baseia-se em fazer um gripfo, ou seja, um acentuo com marcador
transparente sobre a passagem do texto que se quer estudar.

Actividade Reflexiva Final 3

1. Com base no princípio “Pensar-Partilhar-Apresentar”:

a) Individualmente, leia o texto abaixo, durante 5 minutos.


 De seguida, recorrendo aos métodos que garantem economia e eficiência nos estudos, por si estudados,
seleccione um, a sua escolha, que seja adequado para a retenção ou apropriação das informações lidas no
texto, tendo em vista a realização, com mais facilidade, de uma prova oral ou discursiva.
 Passe em uma folha A4 as ideias principais ou palavras-chave, por si levantadas.

b) Partilhe com o seu par o resultado do seu trabalho.


 Compare as ideias ou palavras, por si levantadas no texto, aos do seu colega.

c) Discute com o seu par as semelhanças, as diferenças e a eficiência detectadas, no estudo do texto.
 Tire conclusões. (use um quadro de síntese de discussão, numa cartolina ou papel gigante):

2. Apresentação do resultado do trabalho em plenária


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.

COLOCAR O TEXTO adequar

23
Actividade Reflexiva Final 2

3. Com base no princípio “Pensar-Partilhar-Apresentar”:

d) Individualmente, leia o texto abaixo, durante 5 minutos.


 De seguida, recorrendo aos métodos que garantem economia e eficiência nos estudos, por si estudado,
seleccione um, a sua escolha, que seja adequado para a retenção ou apropriação das informações lidas,
tendo em vista a realização, com mais facilidade, de uma prova oral ou discursiva.
 Passe em uma folha A4 as ideias principais ou palavras-chave, por si levantadas.

e) Partilhe com o seu par o resultado do seu trabalho.


 Compare as ideias ou palavras por si retiradas do texto aos do seu colega.

f) Discute com o seu par as semelhanças, as diferenças e a eficiência sentida, no estudo do texto.
 Tire conclusões. (use um quadro de síntese de discussão, numa cartolina ou papel gigante):

4. Apresentação do resultado do trabalho em plenária


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.
COLOCAR O TEXTO adequar

Tarefas

1. Define os conceitos de Métodos, Estudo e Métodos de Estudo.


2. Estabeleça a relação entre o estudo e o método.
3. Aclare o conceito de Métodos de Estudo como disciplina.
4. Explique a importância da disciplina de métodos de estudo.
5. Explicite a necessidade de organização previa dos meios e das condições para o estudo.
6. Avalie, como pode um estudante saber se, durante os estudo, alguns factores interferiram negativamente na
sua atenção. Argumente a sua resposta recorrendo, se necessário, ao quadro das condições para o estudo,
na pagina (x).
7. Enumere os métodos e técnicas usadas para acelerar os estudos.
a) Faz um quadro resumos dessas técnicas, descrevendo para cada uma, as suas características.
8. Porque é importante o formando conhecer os métodos e técnicas de estudo.

Bibliografia
(Ainda por organizar Segundo o estilo APA)

24
1. Bigthink https://mude.vc/estudo-10-melhores-formas/ walmar andrade
2. Por universidade veiga de almeida 16/01/2018 - 11:15 / atualizado em 17/01/2018 - 11:03
3. Metodologia científica 10.04.2017 profa. Renata gonçalves aguiar
4. rosane tolentino maia©copyright 2001/2007 - revista urutágua - revista acadêmica multidisciplinar

Departamento de ciências sociais


universidade estadual de maringá (uem)
av. Colombo, 5790 - campus universitário
87020-900 - maringá/pr - brasil - email: rev-urutagua@uem.br publicado em 12.12.07 - última atualização: 13
dezembro, 2007

5. G.l.l.f. Grand larousse de la langue française, paris, larouss, 1978. Carvalho, a. Et alli. Novas metodologias
em educação. Porto editora. 8, portugal, 1995.

6. Modanhese, me. Nádia coldebella. Sistema de mentoria para o ensino técnico, tecnológico e superior: dicas
etécnicas de estudo. Universidade tecnológica federal do paraná. Campus de toledo, departamento de
educação, crp 08/08174

7. Profa. Renata gonçalvesaguiaruniversidade. Metodologia científicacampu fseddee jria-pla drea rnoándônia


departamento de engenharia ambiental10.04.2017, pagina 1- pdf

8. Paulo santos. Como estudar?:algumas dicas sobre como melhorar a sua forma de estudo. Agosto de 2011
paulo.explicacoes.com (página 1)

9. Cinco métodos de estudo que melhoram o aprendizado. Por universidade veiga de almeida, 16/01/2018 -
11:15 / atualizado em 17/01/2018 - 11:03

10. Raposo, Rita métodos de estudo. Psicóloga educacional. 2013-14 paginas 13 e 14

11. Métodos de estudos comprovados ms. Schoenarke 2018:p .26

12. M. Santos. Aprender a estudar. Lisboa: lisboa editora. 2005

13. Renata gonçalvesaguiarmetodologia científica10.04.2017universidade campu fseddee jria-pla drea


rnoándônia departamento de engenharia ambiental

25
Capítulo II:

RECURSOS NECESSÁRIOS AO ESTUDO

Actividade Reflexiva inicial 4

26
Trabalho aos pares
Plenária

1. Sabia que uma semana tem 168 h e que estas podem ser geridas em benefício dos seus estudos? Pois então,
tendo em conta a sua rotina de vida, preencha o quadro abaixo, numa cartolina, indicado o tempo mínimo,
em horas, por semana que você estabelece para cada uma das actividades ou situações descritas.

Actividade/Situação da Tempo (em horas) por


vida semana
Apoio nas tarefas da casa
(arrumar, varrer, limpar,
lavar, cozinhar) e/ou
emprego
Sono (durante anoite e fazer
à sesta)
Laser (brincar, passear,
visitar, assistir, etc.)
Estudo (estudo escolar e
extra-escolar)

a) Partilhe o resultado do seu trabalho com o seu colega.

2. Apresente o resultado d do seu colega em plenária.


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.

2.1. O Tempo como recurso para estudo

O rendimento dos indivíduos nos estudos depende do tempo. Para Estanqueiro, A. (s.d, p. 10), duas pessoas com
capacidades intelectuais semelhantes, vai mais longe aquela que se dedica mais horas ao estudo. Os estudantes com o
ritmo de estudo mais lento, por vezes, chegam a superar colegas mais rápidos só porque começam mais cedo e são
mais regulares nos seus estudos.

O tempo mínimo de estudo, estipulado por este autor é de 10 horas, por semana. Porém, adverte que não basta gastar
muitas horas em frente dos livros e dos cadernos. Devem investir-se no estudo as horas mais rentáveis e fazer pausas,
sempre que necessário. Igualmente importante é cuidar do local de trabalho. Apenas um sítio calmo, arrumado e
confortável permite a concentração e o melhor aproveitamento do tempo dedicado ao estudo, como já referenciamos
no capítulo anterior.

2.1.A. Períodos de estudo mais produtivos

O estudo é uma actividade que exige as melhores horas do dia. Várias experiências comprovam que o rendimento
intelectual da manhã é superior ao da tarde e ao da noite. Ao princípio da tarde, ocorre sempre uma quebra de
vivacidade mental, fruto de uma certa sonolência que ataca toda as pessoas e não apenas os que acabaram de ter boas
refeições. Quanto à noite, é natural que o cansaço acumulado de um dia prejudique o rendimento, apesar de haver
pessoas que se dão bem a estudar na quietude da noite.

Por outro lado, a maioria das pessoas atinge o seu ponto alto de atenção e de assimilação por volta da meio-dia. O
fim da tarde parece igualmente eficaz. No entanto, convém sublinhar que cada pessoa tem os seus ritmos biológico
e intelectual próprios. Muitos factores entram em jogo: o temperamento, os hábitos individuais e as condições

27
exteriores. Não se pode generalizar em excesso. Assim, compete ao estudante observar-se e descobrir as suas horas
mais rentáveis, as horas em que, por norma, se sente com mais energia e capacidade de assimilação.

As horas mais rentáveis devem ser aproveitadas para começar com força em actividades mais difíceis. As
actividades mais fáceis podem ser deixadas para momentos de menor esforço.

Há dois momentos pouco recomendáveis para grandes esforços intelectuais segundo Modanhese:
 Depois de uma refeição mais pesada: aqui, a capacidade de concentração diminui. A digestão física é inimiga
das digestões intelectuais. Por isso se recomendam refeições ligeiras antes de grandes esforços, como, por
exemplo, a realização de uma prova de avaliação;
 Antes de dormir: aqui deve ser evitado o esforço intelectual intenso, porque perturba o sono e acaba por
prejudicar o equilíbrio físico indispensável ao rendimento escolar. Pouco antes de dormir, o melhor é realizar
apenas simples trabalhos para casa, recomendados pelos formadores, ou fazer uma revisão ligeira da matéria
já aprendida.

2.1.B. Necessidade de interrupções nas actividades

A interrupção nas actividades deve ser feita em seguintes momento:


 Sempre que se está há muito tempo com a mesma tarefa
 Quando a atenção começa a desaparecer ou
 quando se encrava numa dificuldade.

É preciso lembrar que para aprender é necessário empenhar-se com motivação, durante um tempo mínimo por cerca
de meia hora, mas não se deve forçar até esgotar a mente.

 Tempo de estudo versus tempo de intervalos

O tempo de estudo depende da matéria e da capacidade do indivíduo. Os especialistas aconselham o estudo em


pequenos períodos de esforço intenso e concentrado. De vez em quando, é importante prolongar o trabalho por várias
horas. Mas, habitualmente, três horas com um ou dois intervalos rendem mais do que três horas seguidas. A regra
geral pode ser esta: dez minutos de intervalo por cada hora de estudo. Estanqueiro refere que pequenos intervalos de
repouso facilitam a aprendizagem e a memorização.

 Importância de Mudar de matéria durante o estudo

Intercalar matérias diferentes no estudo evita o cansaço sem perder o rendimento. Como dissemos anteriormente, o
formando tem duas maneiras para contornar a monotonia e evitar esgotamento: pode fazer um intervalo ou mudar de
matéria durante o estudo.

O estudo de uma disciplina diferente pode estimular o interesse, despertar a atenção e aumentar o rendimento.
Porém, Modanhese, alerta que é incorrecto mudar para outra disciplina parecida à que se estava a estudar, porque
isso irá causar confusões. Ora vejamos:

 Estudar, sem intervalos de descanso, disciplinas parecidas, na forma ou no conteúdo, por exemplo, História e
Geografia, atrapalha a retenção e favorece o esquecimento, ao passo que, estudar matérias diferentes
alternadamente, por exemplo, português e Matemática) permite a fácil retenção e recordação, porque há
menos interferências.

Vamos demonstrar com os números seguintes, o enunciado acima: é mais fácil a confusão entre 848282828 e
842828282 do que a confusão entre 848282828 e 845353530 porque os primeiros números são muito semelhantes.

R esumo do tema

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O rendimento dos indivíduos depende do seu tempo de estudo. Para fazer bom uso do tempo como recurso para
estudo precioso é necessario determinar as prioridades. Isto significa que cada actividade da nossa vida deve se dar o
devido tempo. As horas mais rentáveis devem ser aproveitadas para começar com força em actividades mais difíceis.
As actividades mais fáceis pode ser deixadas para momentos de menor esforço. Não se deve alongar excessivamente
os períodos de esforço intelectual, para tal é necessário fazer-se pequenos intervalos de descanso. Deve-se também evitar
estudar duas disciplinas de conteúdos parecidos, uma a seguir à outra. O estudo de uma disciplina diferente pode
estimular o interesse, despertar a atenção e aumentar o rendimento.

Actividade Reflexiva Final 4

1. Reflicta sobre as maneiras mais adequadas de gerir o tempo, tendo como foco as diferentes actividades da
sua rotina diária, da sua disponibilidade física e intelectual, do seu descanso e da prioridade que deve dar no
estudo de disciplinas com conteúdos diferentes.

2. Sustente a sua reflexão baseando-te no princípio “Pensar-Partilhar-Apresentar”.

3. Apresentação do resultado do trabalho em plenária.


 Apreciação
 Esclarecimento e
 Justificações das ideas apresentadas.

Actividade Reflexiva inicial 5


Trabalho aos pares
Plenária

2.2.O Espaço como recurso para estudo

Um espaço é definido como “lugar mais ou menos bem delimitado, cuja área pode conter alguma coisa” (AURÉLIO,
1986, p. 698). Já um espaço de aprendizagem é um “local onde articulam, intencionalmente processos de
aprendizagem e de trabalho” (FRÓES, 2000, p. 290) ou ainda “um lugar da realização da aprendizagem dos sujeitos
pela ação intencional de quem ensina” (CEDRO, 2004, p. 47).

O outro factor que influencia no rendimentos e na aprendizagem é o espaço escolar. Alguns dos espaços escolares
que podemos referenciar são a sala de aulas, a biblioteca e internet.

29
2.2.1. A sala de aulas

A sala de aulas influencia em toda a dinâmica de aprendizagem, pois, além da questão visual, de aparência, existente
nela, há a questão de disponibilização de recursos didáticos.

Alguns autores salientam a importância de ambientes apropriados para o desenvolvimento de uma aprendizagem
sólida. Libâneo et al. (2008), entende que as construções, os mobiliários e o material didático devem ser adequados e
suficientes para assegurar o desenvolvimento do trabalho pedagógico e favorecer a aprendizagem.

Por sua vez Marquezan et al. (2003) salienta que o ambiente escolar se apresenta como um espaço multicultural e de
múltiplos saberes, que tem como finalidade favorecer a socialização entre educandos e proporcionar uma
aprendizagem significativa.

Nota de alguns autores demostram que as condições desfavoráveis de conforto ambiental são causa de mau
desempenho dos estudantes, por exemplo, Elali (2003) diz que que as condições do ambiente, tais como a acústica da
sala, a ventilação, temperatura e luminosidade, podem interferir, não somente no desempenho, mas também na saúde
dos educandos.

Para minimizar ou eliminar em definitivo a problemática das condições desfavoráveis de desconforto as salas de
aulas, seus ambientes devem apresentar-se adequados para propiciar um desenvolvimento humano, cultural,
científico e tecnológico aceitáveis. Os espaços das escolas são um dos aspectos da educação que devem ser usados e
explorados amplamente pelo formando com vista a estimular o seu interesse e aumentar o seu desempenho.

2.2.2. A Biblioteca

Em Campello et al. (2008), a biblioteca é:


 Um espaço apto a influenciar o gosto pela leitura;
 Lugar de aprendizagem permanente;
 Um estoque de conhecimentos;
 Espaço excelente para desenvolvimento de atitudes de cidadania, respeito ao zelo para com o espaço colectivo.

Assim a biblioteca é, onde desde cedo, o estudante pode ser preparado para entender o significado da preservação e
da valorização de espaços que reúnam o conhecimento produzido pela humanidade e, também, para saber usar esse
conhecimento em seu próprio benefício. Neste caso, a biblioteca escolar inserida no contexto educativo contribui
para aprendizagem, aumentando o desempenho, melhorando a formação e o convívio à prática social do formando.

2.2.3. A Internet como novo Espaço de estudo virtual

A Internet é um sistema global de redes de computadores interligadas que “possibilita o contato entre um número
ilimitado de pessoas e instituições dos mais distantes pontos do planeta terra” Comassetto (2007, p. 2). transformou-
se em instrumento impulsor para o crescimento e organização de novos espaços e de novas maneiras de agir na
actualidade. O campo do uso da internet é inestimável pela sua natureza.

O emprego da palavra virtual é usado para designar ausência de existência. De acordo com Collin (1993, p. 339) a
palavra “Virtual significa característica ou dispositivo que na realidade não existe mas que é simulado por um
computador e pode ser usado por um usuário”. O virtual compreende numa mudança de identidade e um
deslocamento de espaço de um objecto, de ser e estar presente em um determinado local para o ser e estar em muitos
lugares ao mesmo tempo, ou seja, a “desterritorialização” (Lévy, 1996). Um “espaço virtual”, é considerado como
um lugar não situado geograficamente em lugar nenhum, onde existem objetos virtuais e ocorrem fenômenos virtuais
(Silvio, 2000 cit in Comassetto 2007, p. 2).

E os resultado desta virtualização incluem sobretudo a maneira como e onde são realizadas intermináveis trabalhos
tal como é o caso da educação. Com o espaço virtual os objectos não podem ser localizados com precisão. Deste
modo, o mundo está experimentando uma transformação perceptiva do tempo e do espaço.

30
Ciberespaço é um espaço sem limites. Para Comassetto , o ciberespaço é um local virtual onde pode ser encontrado
um pouco de tudo, com apenas alguns cliques. por este motivo, o ciberespaço é visto como um grande depositário de
informações e de produção de conhecimento e um local ilimitado, “uma nova fronteira” cuja exploração poderá ser,
hoje, “a tarefa mais importante da humanidade” (Lévy, 1999 cit. in Comassetto,2007, p. 3).

Especialista entendem que os novos espaços virtuais apresentam tendências inovadoras na educação. Cada espaço
com suas especificidades e características pode ser utilizado de forma isolada, ou em grupos. Com isso, os ganhos
educacionais são expressivamente notáveis.

A partir destas novas tendências e funções assumidas pelos espaços virtuais, estes desenvolvem novas formas de
aprendizagem que visam demonstar o seu poder de ajudar a reformar e modernizar a educação, ta como entende,
peters (2003, 6. 196 cit in Comassetto, 2007, p. 3).

R esumo do tema

Actividade Reflexiva Final 5

Actividade Reflexiva inicial 6


Trabalho aos pares
Plenária

2.3. O Material escolar como recurso para estudo

31
Durante o ano lectivo, os formadores recomendam uma lista de material a ser usado durante a formação. No entanto,
é necessário que o formando tenha em disposição uma relação de material básico escolar para o estudo. De acordo
com Waiselfisz (2000, p.29) os seguintes materiais escolares devem estar disponíveis para o estudante:
 livros
 caderno de actividades para alunos
 caderno de apontamentos
 lápis
 borracha
 esferográficas
 afiador.

Outros materiais devem ser tomados tomados como recursos de estudos, nomeadamente:

 Diário de Bordo ou Caderno de Campo

Para Souza et al (2013: p. 10) o projecto, ao ser pensado, escrito, executado, deve ter todos os registos descritos no
caderno de campo ou também chamado de diário de bordo. Segundo Matos (2007:1-2) O diário de bordo é um meio
dos estudantes registarem as suas actividades, reflexões, comentários sobre o modo como o trabalho que
desenvolveu-se em grupo ou individualmente se processou. Por sua vez Porlán e Martín (1997) afirmam que o diário
de bordo é um recurso metodológico em que se distinguem as problemáticas e, com elas, a concepção do processo
que vem ocorrendo na realidade do envolvido.A problemática pode ser uma circunstância, uma ocasião ou um
planeamento. É uma forma privilegiada doseu autor descrever e reflectir sobre os problemas que vão surgindo, os
obstáculos que decorrem do desenvolvimento do trabalho e da forma de os superar. O registo escrito permite criar o
hábito de pensar as práticas, de se pensar na própria aprendizagem. O diário de bordo é o relato de uma actividade,
de uma sessão de trabalho, pode-se afirmar que é um instrumento de registo diário.

No caderno de campo, deve conter o registo detalhado das informações, observações, bem como as reflexões que
surgem durante toda a pesquisa, isto é, datas, dados de bibliografias consultadas, endereços, transcrições sintécticas
de livros, revistas, visitas, conversas mantidas com pesquisadores, pareceres do orientador, etc.

Todas as anotações devem ser escritas a caneta, evitando espaços vazios e sempre colocando a data e título nos
registros de cada dia de trabalho.

a. O rganização do caderno de bordo

O caderno deve ser de capa dura sem espiral, com todas as páginas numeradas. Deve conter: folha de rosto com
nome da instituição, título do projecto, nome(s) do(s) formando(s), nome do formador, cidade e ano da pesquisa; o
registo detalhado e preciso dos factos, dos passos, as descobertas e das novas indagações; o registro das datas, a hora
do início e fim da tarefa, e locais das investigações; descrever o que fez individualmente ou em grupo, o registo dos
testes e resultados alcançados; as entrevistas conduzidas, a tabulação de questionários aplicados, etc. (souza 2013: p.
10 & Matos 2007:1-2).

Nota: Não há um formulário específico para fazer o registo. Deve usar, contudo, um formulário simples (vide o
exemplo 1, abaixo) que lhe ajudará a organizar o diário de bordo que irá, por sua vez, fazer parte integrante do seu
portfólio.

b. Vantagens do diário de bordo


Segundo Matos (2007, p. 2), as vantagens do diário de bordo são várias, o que justifica a sua utilização por muitos
professores de outras disciplinas. Vamos apenas referir algumas delas:
 documentas o seu trabalho: o diário de bordo é um dos testemunhos das actividades que desenvolve;
 organiza as suas reflexões pessoais sobre as iniciativas, sobre o seu trabalho;
 ajuda-lhe a fazer a auto-avaliação ao longo do desenvolvimento do projecto;

32
 promove hábitos de reflexão crítica e de escrita;
 dá ao professor uma perspectiva do trabalho que desenvolve, da sua aprendizagem, torna-o um bom
instrumento de avaliação.

c. Um bom registro
Um bom registo de um diário de bordo é aquele que:
 faz uma descrição rigorosa da actividade;
 respeita as referências requeridas: dia, hora, local, recursos;
 centra a descrição nos seus aspectos essenciais;
 inclui uma reflexão crítica e comentários significativos. É importante a apresentação e a forma como está
escrito. O cumprimento de prazos é também um factor de valorização.

Exemplo 1 de um Diário de Bordo

Actividade R ealizada: Identificação de criança com NEE


Local e Período de Duração: EPC Anexa do IFP-Matola
Das ___h às ___h
Data: Anotações:

Pessoal Envolvido:

Data: Anotações:
Pessoal Envolvido:

Data: Anotações:
Pessoal Envolvido:

Data: Anotações:
Pessoal Envolvido:

Data: Anotações:
Pessoal Envolvido:

Fichas de observação

33
As Fichas de observação são utilizadas para registar os dados para a avaliação. Aplicam-se para visitas de
estudo, sessões teóricas e práticas etc.

Exemplo de ficha de observação:

Ficha de observação
Assunto: visita de estudo Data:__/__/__
Formando:
Aspectos a observar 1 2 3 4 5
pontualidade
Apresentação
Atenção
Motivação
Comportamento em grupo
Descrição de outras ocorrências:

Observações Formador:
Data: __/__/__
Fonte:https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/50725/mod_scorm/content/0/ana0,
Recursos Didácticos para a Formação de Tutores em Contexto de Trabalho
- Projecto n.º 264-RD-2004 financiado pelo POEFDS.

 Pastas para organização do portfólio

De acordo com Hernández (2000, p.166) citado por Amelia Hamze o portfólio é “um continente de diferentes tipos
de documentos (anotações pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais, controles de aprendizagem, conexões
com outros temas fora da escola, representações visuais, etc.) que proporciona evidências do conhecimento que
foram sendo construídos, as estratégias utilizadas para aprender e a disposição de quem o elabora para continuar
aprendendo”.

Ele compreende um um conjuto de trabalhos realizados pelos alunos durante um curso ou ano lectivo.
Essa ferramenta tem como finalidade proporcionar uma visão integral do conhecimento formal do educando e sua
actuação na aprendizagem das diferentes áreas curriculares, assim como o seu desenvolvimento no campo
comportamental e sua evolução na área pessoal e educacional. É o desenvolvimento da capacidade de gerir seu
próprio trabalho desde a base. É a chave para a construção de um futuro profissional responsável e organizado.

A pasta de um portfólio deve ser criado no começo do período lectivo e é importante que contenha um diário
reflexivo, onde o formando anotará suas percepções sobre o estudo que está sendo feito.
Em sua estrutura, o portfólio escolar deve conter:
 Ficha com nome do formando, ano, turma, número, bloco, curso e instituição de ensino;
 Fichas de leitura orientados pelo professor;
 Anotações e registos das aulas;
 Trabalhos, provas e pesquisas realizadas;
 Produções artísticas e;
 O diário reflexivo.

Este é um exemplo básico de um portfólio,porém, pode-se complementar com mais elementos, conforme eles forem
surgindo. Tudo que servir para documentar os anos de formação pode e deve também ser incluído.

 Marcadores

34
Os marcadores são canetas de cor usadas para destacar, sublinhar, identificar ou marcar a cores determinadas
passagens de texto.3

Entre tantos outros materiais escolares usados como recurso para estudo destacam-se também o bloco de notas de
notas, stikers, máquinas fotográficas, pendrives e CDs que podem ser adquiridos em papelarias e mercados.

R esumo do tema

Actividade Reflexiva Final 6

3 https://www.staedtler.com/br/pt/produtos/marcador/

35
Bibliografia

1. Campello, b. Et al. (2008). A biblioteca escolar: temas para uma prática pedagógica. Belo horizonte:
autêntica.
2. Elali, g.a. O ambiente da escola: uma discussão sobre a relação escola–natureza em educação infantil.
Estudos de psicologia, v. 8, n. 2, p. 309-319, 2003.
3. Libâneo, j.; ferreira, j.; seabra, m. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 6 ed. São paulo:
cortez, 2008.Marquezan, r., melo, a.m., rodrigues, g.f.; noal, d. Dinâmica de sala de aula: uma variável na
aprendizagem. In: revista de educação ufsm, n. 22, santa maria, 2003.
4. WAISELFISZ, Jacobo (2000, p.29). SALAS DE AULA, EQUIPAMENTOS E MATERIAL ESCOLAR.
Serie estudos. BRASÍLIA.
5. NOVOS ESPAÇOS PARA O ENSINO E A APRENDIZAGEM EM EAD Maio 2007 Liamara Scortegagna
Comassetto Universidade do Contestado – UnC – lia@uncnet.br Categoria: C – Métodos e Tecnologias
6. Setores Educacionais: 5 – Educação Continuada em Geral Natureza: A - Relatório de Pesquisa Classe: 1 –
Investigação Científica.
7. AURÉLIO, Buarque de Holanda Ferreira. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. J.E.M.M
Editores Ltda. RJ, 1986.
8. CEDRO, Wellington Lima. O espaço de aprendizagem e a atividade de ensino: o clube de matemática. USP.
Dissertação de mestrado. 2004. Disponível em: http://www.teses.usp.br. Acessado em 29 de agos. 2005.
9. FRÓES BURNHAM, T. Sociedade da informação, sociedade do conhecimento, sociedade da aprendizagem:
implicações ético-políticas no limiar do século. In: LUBISCO, N.; BRANDÃO, L. (Org.) Informação e
informática. Salvador: Edufba, 2000.
10. https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/50725/mod_scorm/content/0/ana0, Recursos Didácticos para a
Formação de Tutores em Contexto de Trabalho- Projecto n.º 264-RD-2004 financiado pelo POEFDS.

36
Capítulo III:

1. Leitura como Método de


Estudo e base de Redacção

37
Actividade Reflexiva inicial 6
Trabalho aos pares
Plenária

3.1. Leitura como Método de Estudo e base de R edacção


(colocar o texto introdutor)

3.2. Leitura, tipos e técnicas de leitura

3.2.1. TIPO S DE LEITUR A


Em Santos e parra filho ( 2011, p. 116, 117 e 119) encontramos três tipos de leitura de livros, nomeadamente: prévia
ou selectiva, analítica e sintópica. A seguir iremos detalhar cada um deles;

3.2.2. Leitura Prévia ou Seclectiva


É aquela que nos remete à uma leitura prévia de livros, artigos, teses e dissertações, que ao invés de aprofundar a
leitura, o leitor lerá apenas os sumários ou índices, os tópicos, os títulos dos capítulos. A partir dessa leitura
superficial ele definirá o que realmente é interessante ler.

3.2.3. Leitura Analítica


Na leitura analítica o leitor faz uma apreciação mais profunda do livro separando as ideias essenciais das não
essenciais. Estes autores advertem para que se obedeça um roteiro, que se faça uma classificação das obras e que se
considere ou apresentação da obra, uma vez que este expõe com clareza os principais pensamento do escritor.

3.2.4. Leitura Sintópica


Aqui o leitor deve procurar o que já foi escrito sobre o tema, os trabalhos devem ser bem avaliados e ter-se atenção
com a data da publicação, pois existem temas desactualizadas é importante que quando estamos a realizar um
trabalho acadêmicos façamos citaçes de obras actualizadas, e se seguir um caminho de construção de novo
conhecimento. Para tal Santos e parra filho (2011, p. e 119), recomenda:
 a leitura prévia ou selectiva;
 a interpretação e uniformização das terminologias utilizadas pelos autores ;
 a formulação de perguntas; e
 com base nas respostas, as antagônicas ou controversas devem ser confrontadas.

3.3. Técnicas de Leitura

38
3.3.1. Fichas de leitura

Fichas de leitura são uma parte do nosso estudo e fazem parte dos elementos de avaliação. Nelas, são registadas
informações mais importante que se recolhe sobre o conteúdo do texto. Para que uma ficha de leitura seja completa,
deve-se ter em conta vários aspectos, abaixo mencionados:

■ A ficha de leitura de um livro é um material importante para estudar;


■ Na ficha de leitura, registamos informações gerais sobre a obra a que esta se refere,
anotações particulares e sínteses do assunto.

Elementos a ter em conta numa ficha de leitura

As indicações sobre o conteúdo de uma ficha de leitura são normalmente fornecidas pelo professor. No entanto, aqui
ficam algumas recomendações:

■ Uma ficha de leitura deve apresentar basicamente, os dados bibliográficos da obra, nomeadamente:
 Autor:
 Título: Exemplo
 Editora:
 Colecção:
 Lugar e data da edição:

■ Os dados bibliográficos são encontrados na página de rosto do livro, caso não se encontrem nessa página, podem
ser localizados no verso da página de rosto, onde estão dados referentes à ficha técnica do livro, ou ainda nas páginas
finais do livro. Pag 1

■quase todos o livro paresentam o nome do autor, título e editora, mas, em caso de não existirem alguns dos
restantes elementos, devemos dar as seguintes indicações:
- Se faltar a indicação da coleção, não se coloca nada.
- Se faltar a indicação do lugar da edição, coloca-se S.L. (ou seja, sem indicação de local).
- Se faltar a data de edição (só devemos indicar o ano), escreve-se S.D. (ou seja sem data).

■ Pode-se também indicar o género da obra, seja elas: :


 Poesia
 Teatro
 Conto
 Novela
 Romance
 Ensaio

■ Para além do género, é importante indicar o tema principal, seja sobre:


 .Amor
 Aventuras
 Ficção Científica
 Policial
 Guerra, entre outros.

■ Em géneros literário, faz-se um breve retrato das personagens principais, seu nome, principais traços físicos e
psicológicos de cada uma delas.

■ pode-se referir ao tempo e o lugar da acção, como por exemplo, país, cidade, entre ourtos e acttualidade, idade
média, futuro entre outras.

39
■ Depois, elabora-se um breve resumo da obra, que não deve exceder as 10 linhas, a não ser por recomendação do
formador. p 2

A avaliação pessoal da obra lida


Num fim da elaboração da ficha, o leitor faz apreciação pessoalacerca do livro que leu
Para tal, terá que escrever alguns pontos que revelem as impressões provocadas, nos seguintes iniciando assim:

“Pela leitura que fiz… ” (faz breve explicação acerca do título) “… posso referir de que maneira é que entendo o
título face ao conteúdo do livro que leu… ”. (Faz uma lista do vocabulário novo que encontreou no livro); Exponha
o interesse geral e particular que a obra teve para si; Faz uma selecção de uma passagem do livro de que tenha
gostado mais; Dá uma classificação da obra, por exemplo de 1 a 10.

A seguir apresenta-se os exemplo de algumas fichas de leitura:

Exemplo1: Ficha de Leitura

Referências SARAIVA, António José


bibliográficas Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval
Livraria Bertrand, 1981, pag.107, capít.VI

Breve resumo SARAIVA, António José


Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval
Livraria Bertrand, 1981, pag.107, capít.VI

Transcrições de “Quando Gil Vicente põe no seu teatro um problema, esse


citações mais problema é exterior às personagens, e supõe, não um drama
importantes num sujeito, mas um jogo de tipos. Assim, o problema do
destino eterno, posto nos Autos das Barcas: os tipos
permanecem aí fiéis a si próprios, e as respostas aos
estímulos, sempre iguais, mesmo perante o
rio da morte que os detém como uma barreira perturbando a
regularidade e a sequência do seu andamento. Então se vê
como a sua condição de tipos os torna insusceptíveis de uma
reacção individual, não estereotipada, variável, não habitual,
em face de uma situação nova. Para eles o problema que esta
situação põe nem sequer existe; porque só pretendem
subsistir conservando mesmo para lá da morte a sua maneira
de ser típica: o Fidalgo quer levar a cadeira, o Judeu o bode,
o Frade a manceba, etc. Nenhum deles pensa deixar o que é.
O arrependimento,
que é, no fundo, uma crise e uma mutação da personalidade,
não existe aqui, onde apenas aflora a decepção de quem vê os
cálculos errados.”
Comentário É uma obra importante para ler antes do estudo de qualquer
pessoal peça de Gil Vicente.

Fonte: http://bib-esval.weebly.com/uploads/2/7/7/4/277466/ficha_de_leitura.pdf

40
Exemplo 2: Ficha de Leitura

Autoria da Ficha de Leitura*:


Escreva aqui

R eferência da O bra*:
Escreva aqui

Informações sobre a pessoa autora*


Escreva aqui

Estrutura do texto
Escreva aqui

Síntese*
Escreva aqui

Destaque de citações relevantes


Escreva aqui

Avaliação crítica*
Escreva aqui
Digite aqui um título para a Ficha de Leitura*

Em asterisco (*) itens obrigatórios


R ecursos Metodológicos para Pesquisa Científica e Trabalhos Acadêmicos: Modelo para Ficha de Leitura – Material Instrucional – Desenvolvido por Prof. Dr. Iuri Andréas Reblin
– Dezembro de 2017. Publicado no “Espaço Acadêmico” do site da Faculdades EST. http://www.est.edu.br/

41
Exemplo 3: Ficha de Leitura
Ficha de leitura
1. Aspectos gerais:
Título do Livro _______________________________________________________
Autor(a ) _____________________________________________________________
Ilustrador(a) __________________________________________________________
Editor _______________________________________________________________
Género ______________ Nº da Edição ___________ Ano ___________________

2. Personagens: _________________________________________________________
Personagem principal: _________________________________________________
O utras personagens: ___________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Local onde se passa a maior parte da
Historia _____________________________________________________________
_____________________________________________________________________

4. Época em que acontecem os


factos: _______________________________________________________________

5. Síntese do
Enredo: _____________________________________________________________
____________________________________________________________________

------------------------------------------------------------------------------------------------------

6. Apreciação:

Lí esse livro em ______ dias.

De 0 (zero) a dez (10) dou nota _______ para esse fim.


Comentário:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

Fonte: adaptado de, https://atividadespedagogicas.net/wp-content/uploads/2017/05/ficha-de-leitura-8.jpg

3.3.2. R esumo

Resumir consiste em retirar de um texto as principais ideias, suprimindo as secundárias. Segundo a NBR 6028
(Norma Brasileira) da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas, o resumo refere-se a uma “apresentação
concisa dos pontos relevantes de um documento”. Por sua vez, Giasson (1993) considera resumo como um pequeno
texto caracterizado por conservação da equivalência informativa, ou seja a fidelidade ao pensamento do autor e a
inclusão das informações essenciais para o que é muito útil ter identificado a estrutura do texto; por economia de
meios, isto é o recurso a um menor número de palavras e pela adaptação a uma nova situação de comunicação, ou
seja, o resumo deve ser feito em função do público e objectivos.

Em linhas gerais, resumir um texto é sintetizar as ideias principais, mantendo a ideia do autor, a
estrutura e o tipo de enunciação, recorrendo a um vocabulário e estilo próprios. Para fazer um resumo, é necessário
saber avaliar o que é principal e o secundário.

42
Etapas de elaboração de um resumo
 leitura de todo o texto de modo a apreenderes o assunto abordado e as ideias principais:
 Prestando atenção ao título que, em alguns casos conscide com o tema;

 Identificação do (a):
 Tema
 Ideia principal
 Género do texto, seja, uma crónica, notícia, artigo científico, biografia, entre outros.
 Intenção do autor, quer seja para informar, emocionar, convencer, ou outra inteção.

 Releitura do texto, por partes, um em um parágrafo.

 Registo de novos termos e esclarecimento do respectivo significado recorrendo ao dicionário. Recomenda-se


para este caso:
 Sublinhar as ideias fundamentais de cada parágrafo, porque cada um encerra uma ideia diferente.
 Não utilizar os diálogos, as transcrições e as palavras que não são necessárias.
 Substituir alguns elementos por outros mais gerais que os incluam.
 Respeitar a ordem do texto, conservando a sua estrutura original.
 Articular logicamente os parágrafos e as frases.
 Reduz, aproximadamente, o texto a um terço do original.
 Revê o texto, prestando atenção aos sinais de pontuação e à ortografia.

PR EPAR AÇÃO SIM NÃO Não observado


Compreendi
globalmente o texto.
Recorri ao dicionário
para esclarecer
significados.
Sublinhei somente as
ideias principais.

ELABO R AÇÃO SIM NÃO Não observado


Registei apenas as
ideias fundamentais.
Empreguei termos
genéricos para
substituir
vocabulário.
Respeitei a ordem
das ideias
apresentadas no
texto.
Liguei as frases que
escrevi com
conectores.
Obtive um texto mais
curto que o original.

43
Revi o texto
verificando o uso
correcto da
pontuação e da
ortografia.

Importância de resumo
Fazer resumos é uma estratégia fundamental, porque:
 Facilita uma melhor compreensão e assimilação dos textos de qualquer
matéria;
 Permite que treines a tua capacidade de síntese; Exercita a tua capacidade
de comunicar com mais rigor.

3.3.3. Apontamentos

ALGUMAS TÉCNICAS PARA TIRAR APONTAMENTOS

Apontamentos por palavras-chave

Um texto contém sempre palavras que concentram em si o máximo de informação. Descobrindo-as, temos nas mãos
o essencial.

Exemplo:

Vejamos o texto de Óscar Lopes, em Ler e Depois, que aqui transcrevemos para exemplificar algumas técnicas:

"A matéria lírica bocagiana está carregada de elementos cujo individualismo, isto é, cuja consciência de
singularidade pessoal nos salta aos olhos com a mais fácil evidência: ele foi o primeiro poeta português que por
várias vezes se autoretratou"(… )

As palavras sublinhadas são consideradas as palavras-chave deste texto. É claro que esta técnica encerra um sério
risco: é necessário subentender as relações entre essas palavras. Na ocasião da leitura, tudo é fácil; mas, passados
alguns dias, como a memória é curta, poderá ser necessário voltar a ler o texto inicial.

Apontamentos por pequenas frases

É uma actividade mais perfeita porque são usadas frases simples e completas. Quando relidas, compreende-se de
imediato o sentido do texto.

Exemplo:

"Bocage retratou a sua vida na lírica. Tratou com alguma originalidade o individualismo do poeta como ser singular.

Apontamentos por resumos

O resumo é uma actividade muito mais rica do que as anteriores e consiste em condensar as ideias principais do
texto, pondo de lado as acessórias ou de menos interesse. É um exercício de inteligência, implicando capacidade de
rigor e de escrita. São quatro as normas principais do resumo:

 supressão: suprimem-se repetições, fórmulas, interjeições, interrogações, exemplos isolados;

 generalização: substituição de algumas palavras e ideias por outras mais gerais;

44
 selecção: distinguir o essencial do secundário;

 construção: tem tantos parágrafos quantas as partes em que o texto se divide.

 A extensão do texto-resumo é normalmente um terço do texto original.

Exemplo

"A poesia de Bocage manifesta a sua individualidade, podendo reconstituir-se a sua biografia através dos
seus poemas".

Apontamentos por sínteses

A síntese é uma espécie de resumo mais cuidado e crítico, pois exige a condensação do texto, evidenciando as ideias
do autor e a sua intenção. É um texto mais pessoal do que o resumo.

Exemplo

"Óscar Lopes caracteriza, no seu texto, a poesia de Bocage. Afirma, em primeiro lugar, que são tantas as marcas
autobiográficas que se poderia reconstituir o percurso acidentado da sua vida com base nos seus textos.

Atenção: a síntese é necessária sobretudo para assuntos mais complexos e extensos.

Apontamentos por esquemas

O esquema é hoje muito usado em quase todos os domínios. É uma actividade inteligente porque obriga a estruturar
os resumos das leituras ou das aulas: é uma actividade eficaz porque ajuda a memorização. Visualizar um texto (uma
exposição, uma conferência...) é hierarquizar os seus conteúdos, é compreendê-lo. Há vários tipos de esquemas:
gráficos, quadros, desenhos, mapas...

Exemplo

Poesia de Bocage

Idividualismo Singularidade pessoal

1. Giasson, Jocelyne (1993). A Compreensão na Leitura. Porto: Asa Guião da DGIDC.


2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: Informação e documentação:
resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
3. GUIÕES SOBRE LITERACIA DA INFORMAÇÃO BE/CRE- Agrupamento de Escolas General Humberto
Delgado, http://becre-esjcp.blogspot.com/ Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, Ministério da
Educação, URL: http://www.rbe.min-edu.pt/ (Ficha de leitura).
4. Guiões aprender a ler +: Biblioteca Escolar Lorosae, 10 Literacia da Informação, discponível em
http.//crelorosae.net, crelorosae@gmail.comAgrupamento de Escolas Carlos Gargaté. (Ficha de leitura).
5. Disponível em: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQK
FsRyCIPPbly9ODIc3qcuVjMnVeupxcdZYZ3lCSGTEB7NPY9. Acesso em 03 out. 2012. Curso de

45
Arquitetura e Urbanismo ● Maqutes de Arquitetura e Urbanismo ● Prof. Dr. Brida Frederico/ Profa. Dra.
Juliane Fogueiredo. 2013/1.
6. Fonte: http://bib-esval.weebly.com/uploads/2/7/7/4/277466/ficha_de_leitura.pdf
7. Fonte: https://atividadespedagogicas.net/wp-content/uploads/2017/05/ficha-de-leitura-8.jpg.
8. Leitura – Material Instrucional – Desenvolvido por Prof. Dr. Iuri Andréas Reblin – Dezembro de 2017.
Publicado no “Espaço Acadêmico” do site da Faculdades EST. http://www.est.edu.br/.
9. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ARGANIL – Oficina de Escrita: BIBLIOTECA
ESCOLAR/HISTÓRIA/GEOGRAFIA. Disponível em: https://bibliotecas.cm-arganil.pt/wp
content/uploads/2011/12/Tirar_Apontamentosescritos-1.pdf

46
Capítulo IV:

Construção de Textos de Natureza


Académica

47
4.1. Trabalhos acadêmicos e sua estrutura

4.1.3. Trabalho académicos

Estanqueiro (s.d., p. 56-62) apresenta-nos a condição mais ajustada para conduzir a elaboração de trabalho
acadêmico, sem desperdício de energia. Para este autor, a elaboração de trabalhos escritos ajuda a exercitar as
capacidades de compreensão e expressão. Daí que, para a elaboração de um trabalho acadêmico 3 etapas devem ser
seguidos, que, no tópico a seguir, passamos a descrever:

Definição e bom enquadramento tema.


Há que se ter muito cuidado na definição e enquadramento tema. Se o tema for proposto pelo formador, o formando
deverá esclarecer bem junto daquele os objectivos pretendidos. Se a escolha for livre, ele deverá ter em conta:
 A sua capacidade individual, para não se propor tarefas superiores às suas forças.
 As fontes de consulta, para certificar-se da existência destas e saber se estão acessíveis antes de lançar as
mãos ao trabalho;
 O tempo disponível, para poder delimitar as fronteiras da investigação, pois muitos estudantes ficam
desnorteados com o facto de não saberem, com rigor, o que desejam.

R ecolha de informações
O formando tem disponível diversas forntes de informação que poderá encontrar tanto na biblioteca do instituto
como em bibliotecas públicas ou privadas. Os tipos essenciais de fontes são:
 Os dicionários – clarificam o sentido das palavras;
 As enciclopédias – transmitem uma visão geral dos assuntos;
 Os livros especializados – enriquecem os temas
 Documentos em vídeo;
 Páginas da Internet;
 CD-ROM
 Entrevistas com pessoas ou entidades.

Para achar livros numa biblioteca o formando deverá consultar, se necessário com ajuda do bibliotecário, os
respectivos ficheiros, que estão organizados por temas, por títulos ou por autores.

Não convém que o estudante se baseie numa única fonte: as fontes deverão ser variadas e merecedoras de crédito.

É recomendável iniciar o trabalho pela consulta de uma obra de informação geral sobre o tema, como por exemplo,
uma enciclopédia.

Para registar as informações recolhidas recomenda-se a utilização de fichas ou folhas soltas, de mesma dimensão.
(Vide o tema sobre ficha de leitura na página X) Não devem misturar-se ideias ou factos diversos numa mesma folha,
para que o material seja depois mais fácil de consultar e manusear.

As informações recolhidas nas fontes bibliográficas podem ser registadas em forma de transcrição literal, ou seja,
cópia (neste caso, entre aspas e com indicação do autor, título da obra e página) ou em forma de resumo pessoal.

O Plano
Depois de recolhidas as informações necessárias, o formando deve elaborar um plano ou esquema orientador, que
deverá ser submetido ao professor para respectiva apreciação.

48
Para se evitar vagueios, desconexões ou caos na elaboração dos trabalhos, é preciso elaborar um plano rigoroso. O
plano oferece uma ajuda valiosíssima para a fase da escrita e, eventualmente, para uma intervenção oral a realizar
sobre o tema, com mais disciplina e segurança.

A elaboração de um plano, obedece duas operações fundamentais:

A filtragem
Que consiste na selecção do material recolhido, em função dos objectivos que se pretendem atingir e dos
destinatários. O formando deve excluir as informações supérfluas, dúbias ou confusas, sem cair no erro de querer
dizer tudo.

A ordenação
Consiste na arrumação das informações segundo uma ordem lógica. As informações devem ser organizadas numa
sequência lógica e articuladas. Para efectivar este trabalho, o formando pode iniciar por escrever, numa folha, um
índice esquemático, uma lista de ideias-chave, precedidas de números ou letras. Com base nesta lista, é mais fácil
escrever de forma clara, sem perder a lóogica das ideias.

A redacção
Conceber um plano eficiente facilita a redacção, todavia, esta é sempre um processo que passa por vários ensaios e
exige esforço adicional e perseverança. As questões a considerar na redação são:

4.1.4. Estrutura de Trabalhos Acadêmicos

Quanto ao conteúdo, trabalho deve ser dividido em 3 partes distintas:


 A introdução – serve para mostrar, de forma breve e clara, o interesse do tema e a forma como vai ser
desenvolvido. Apresenta o problema e marca os limites do trabalho.

 O desenvolvimento ou corpo do trabalho, no qual o tema é explicado e desenvolvido, de forma detalhada,


ao longo de diversos capítulos, com títulos e subtítulos. Cada capítulo deve ter uma extensão adequada à
importância do assunto abordado.
 A conclusão – Resume o essencial do que se disse ao longo do trabalho, podendo também servir para tomar
posição e sugerir caminho de futuras investigações.

Bibliografia
No final do trabalho, quer tenha havido ou não citações,deve-se apresentar sempre uma lista bibliográfica final. Esta
lista deve estar organizada em ordem alfabética e deve envolver as obras pesquisadas. Em certos casos, a
bibliografia, pode recomendar a consulta de outras fontes de informação relacionados com o tema em estudo.

Na bibliografia devem mencionar-se os seguintes elementos, separados por vírgulas:


 apelido e nome do autor (ou autores, ou organizador se a obra for colectiva);
 título e subtítulo (sublinhados);
 nº da edição utilizada;
 local de edição (se não constar, escreve-se s.l. – sem local);
 editor;
 data de edição (se não constar, escreve-se s.d. – sem data).

4.1.5. Apresentação do Trabalho


O formando deve cuidar da apresentação, exterior e interior, do seu trabalho, que deve ser agradável e limpa,
manifestando o seu respeito por si próprio e pelo destinatário do trabalho.

Para melhorar o aspecto do seu um trabalho, o formando deve:


 Usar folhas brancas, de formato comum;
 Escrever apenas de um lado das folhas;

49
 Reservar a 1ª página para a identificação pessoal, título do trabalho, nome da disciplina, instituição e data;
 Fazer um índice, na 2ª página;
 Salientar convenientemente os títulos e subtítulos;
 Sublinhar palavras e expressões mais importantes;
 Abrir espaços entre os parágrafos;
 Deixar margens que permitam anotações e a encadernação do trabalho;
 Escrever preferivelmente mão, com caligrafia legível;
 Não entregar folhas riscadas ou emendadas;
 Numerar as páginas;
 Sempre que possível, colocar capa no trabalho.
 O trabalho pode ainda ser enriquecido recorrendo a múltiplas linguagens visuais como fotografias, gravuras,
desenhos, mapas, esquemas, gráficos ou simples montagens de pequenos textos.

4.2. Escritas acadêmicas (norma APA)

Um dos modelos mais usados para a escrita acadêmica é a Norma APA. Nesta unidade citamos alguns procedimentos
e exemplos deste modelo, de acordo com American Psychological Association (APA), sexta edição.

4.2.3. Procedimentos para uso das Normas APA

De acordo com a norma APA, logo depois de uma transcrição ou paráfrase (comentário), devem ser
colocados entre parênteses curvos o apelido, o ano e a página.
A seguir, damos exemplos das formas de citação e referências bibliográficas.

4.2.4. Citações

De acordo com estilo bibliográfico APA 6th uma citação é uma forma abreviada de fazer referência no texto a
conteúdo de outro autor e deve conter toda a informação necessária para permitir uma correspondência inequívoca
entre si e as respetivas referências bibliográficas no final do documento.

Neste sentido, existem três formas de realizar as citações:


 citação directa ou textual – transcrição literal do texto do autor;
 breve
 extensa
 citação indirecta ou livre - transmissão da ideia por palavras próprias;
 citação de citação - quando não se tem acesso ao texto original.

Observemos o funcionamento das citações a seguir:

Uma citação num texto académico (ou artigo) necessita da inclusão do nome do autor da fonte (frequentemente nas
frases que introduzem o contéudo citado), da data de publicação e um número de página entre parêntesis (se for o
caso).

a) Citação indirecta, livre ou Paráfrase


Exemplo: Precisamos de rever a necessidade de desejar o outro, conforme a nossa imagem, mas respeitá-lo numa
perspectiva, aquela que respeita o outro, o não-eu, o diferente de mim, aquela que não quer catequizar ninguém, que
defende a liberdade de ideias e crenças (Freud, 1914).

Veja que nesta citação aparece apenas o nome do autor e a data. Isto acontece porque o pensamente do autor é
resumido e interpretado por quem o citou. Este tipo de citação é designada de paráfrase.

50
b) Citação directa, textual ou Transcrição
A outra forma de citação é a transcrição que a seguir apresentamos:

É necessário que haja relações sólidas entre directores e bibliotecários e “relações sólidas são baseadas na
compreensão do papel de cada um e na confiança sobre a competência, dedicação e honestidade” (Campello, 2012,
p. 60).

Observa que, quando a frase que apresenta o conteúdo a ser citado não indicar o autor, este deve ser colocado no
final da a citação, utilizando vírgulas entre o nome do autor, o ano da publicação da obra e da página como se pode
ver na citação do exemplo anterior.

Exemplo : Para tanto, optou-se por uma abordagem qualitativa que, para Bogdan & Biklen (1994), significa que os
dados recolhidos são:

ricos em pormenores descritivos relativamente a pessoas, locais e conversas, e de complexo


tratamento estatístico. As questões a investigar não se estabelecem mediante a operacionalização de
variáveis, sendo, outrossim, formuladas com o objetivo de investigar os fenómenos em toda a sua
complexidade e em contexto natural (p. 16).

Observa no exemplo acima que pelo facto de ser uma citação longa não leva aspas (“… ”), nem se coloca em itálico.
De acordo com norma APA, quando se faz uma transcrição longa, que contenha acima de 40, deve-se mudar de
parágrafo e avançar alguns espaços a direita, apresentando o texto transcrito com um tipo de letra menor do que o
utilizado em todo o texto e mediante espaçamento simples. Caso o texto comece numa página e termine na outra,
então, deve-se colocar a duas páginas entre parênteses curvos, por exemplo (PP. 16-17) .

Se nas citações aparecerem mais do que um autor, quando estes não se encontram na frase do texto produzido,
devem ser colocados, imediatamente, no fim do texto entre parênteses e separados pelo (&).

Exemplo: Era um estágio que conferia “habilitação preferencial para o provimento dos lugares de
arquivista” (Silva & Ribeiro, 2002, pp. 143-144).

Veja que o uso do “e comercial” = &) para separar dois ou mais autores, só se faz nas citações entre parênteses e na
lista final da bibliografia. Não deve ser usado dentro do texto, sendo substituído pelo «e» do alfabeto do português.

c) Citações de citações
Abaixo, estão também representadas as citações de citações.

Exemplo: Para Huizinga (1980, citado em Silveira e Almeida, 2005): o jogo é uma categoria absolutamente primária
da vida, tão essencial quanto o raciocínio (Homo sapiens sapiens) e a fabricação de objectos (Homo Faber), daí a
denominação Homo Ludens, cujo elemento lúdico está na base do surgimento e desenvolvimento da civilização
(p.40).

Nota: as Normas APA, neste tipo de transcrição longa, exigem que a indicação da página seja inserida após o ponto
final. No exemplo referido, vê-se, também, uma outra particularidade: a citação é de uma transcrição indirecta, isto é,
o autor que se encontra entre parênteses é que citou os autores que se encontram no texto. Neste caso deve utilizar-se
«cit. em» (ou citado em). A página referida no final da citação é dos Silveira e Almeida (2005). São eles que
transcrevem a citação de Huizinga (198o). Para localizarm esta citação indirecta, podemos recorrer a consulta da
obra de Huizin a obra de Silveira e Almeida.

A norma APA recomenda que não se deve usar expressões latinas como «idem, ibidem, id, ibid». Caso se repita o
nome do autor nos parágrafos subsequentes deve-se colocar o os termos “mesmo os mesmos” dentro de parênteses
com a respectiva data e página, se for o caso.

51
4.2.5. citações simultâneas
As citações simultâneas de várias obras (ou artigos) são separadas por ponto e vírgula.

Exemplo: As metodologias de investigação de índole qualitativa privilegiam o sentido que os actores atribuem
aos fenómenos sociais (Flick, 2005; Lessart-Hérbet, G oyette & Boutin, 2010; Lincoln & Denzin, 2000).

Exemplo: A apropriação de outros conteúdos, quando possibilita internalização e mudanças na forma de pensar e
agir, pode desencadear um processo catártico no sujeito (G asparin, 2005; Mazzeu, 1998 & Saviani, 2005)

Veja que o texto resume as ideias de diferentes autores citados entre parênteses. para alé disso, os autores aparecem
por ordem alfabética ( veja no exemplo acima, as letras a negrito).

Se a citação abarcar mais que dois e menos que seis autores, na primeira citação deverão aparecer todos eles. Mas,
na sitacões subsequentes dos mesmos autores, deverá, simplesmente, a ser colocado aparecer o nome do primeiro
autor seguido da escrita et.al., que significa ( colaboradores). É preciso lembrar que todos os nomes dos autores
devem ser inseridos na lista final das referências.

Exemplo: A reapreciação da formação de professores e outros profissionais d ve ser uma questão-chave na promoção
da pratica inclusiva. O ritmo a que nos deslocamos no sentido da inclusão sera inevitavelmente ditado não apenas
pela legislação mas também pelos meios que fornecemos aos professores para que enfrentem as necessidades mais
complexas de alunos que passam de escolas especiais para escolas regulares (Tilstone, Florian & Rose, 1998, p. 26).

Muitos professores já no activo manisfestam reticências em ensinar alunos com graus de complexidade crescentes.
É por isso essencial que grande parte da ênfase de uma formação futura venha de dentro de um modelo de
desenvolvimento profissional contínuo que responda de modo positivo às exigências dos docentes (Tilstone et al., p.
26)

Se o autor for uma entidade corporativa ou governamental, usa-se o nome da organização na frase citada ou entre
parênteses, na primeira vez que citar a fonte. Depois podem ser usadas os monogramas ou siglas desta entidade.
Exemplo da primeira citação: O Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (2018), em parceria com a
Handcap international implantou os primeiros cursos de capacitação para professores em exercícios, no quadro de
promoção de educação inclusiva no ensino regular.

Exemplo da segunda e outras citações: MINEDH (2019), renova o compromisso de avançar com a implementação
do Plano Estratégico de promoção de educação inclusiva no ensino regular, através do treinamento de professores e
criação de condições de acessibilidade e acomodação razoáveis, de forma gradual.

4.2.6. O identificador da obra nas citações no texto


De acordo com as Normas APA três maneiras de identificadores da obra nas citações no texto devem ser
considerados, como podemos ver no exemplo a seguir:

Silverira e Almeida (2005), referem que uma inclusão bem sucedida tanto depende do desejo do professor, dos pais,
assim como do desejo do aluno em querer fazer ou não esta mudança.

No paradigma da inclusão humana, a inclusão bem sucedida, não só depende depende do desejo do professor, dos
intervenientes do processo educativo e dos pais do aluno com necessidades especiais, mas também depende do
desejo do aluno em querer fazer ou não esta mudança (Silverira e Almeida, 2005).

52
A questão principal que se coloca em discussão em relação ao paradigma da inclusão prende-se com o facto de não
se dar primazia ao papel do professor, dos pais e encarregados de educação, bem com o desejo do aluno para a
criação de mudaças (Silverira e Almeida, 2005, p. 20).

Veja que diante da mesma ideia, inclusão, nós procurámos usar diversas formas de citar o ponto de vista das autoras,
parafraseando ou fazendo uma transcrição fiel.

4.3. Diplomas legais


A citação / referenciação dos documentos jurídicos nas Normas APA obedece a algumas especificidades. Por
exemplo, para citar uma Lei, Decreto-Lei ou outro Diploma, devem seguir-se estes procedimentos:

O artigo 33º da Lei n.º 6/92, de 6 de Maio (Lei de Formação de professores) determina que…
O artigo 2º do Código de Estrada prevê multas para certos casos que a seguir se mencionam… .
O Decreto n.° 60/2007, de 17 de Dezembro, ao abrigo do disposto na alínea b), n.° 2 do artigo 204 (Constituição da
República de Moçambique) estipula que…

4.4. R eferências bibliográficas finais

A referência completa na lista final bibliográfica deve obedecer o mdelo de referência APA aplicadas em outras
fontes
na lista final bibliográfica a referência completa deve seguir as Normas APA aplicadas a outras fontes, em geral,
como se pode observar no exemplo abaixo.

Nas referências finais de um texto produzido, de acordo com as Normas APA, devem constar, pelo menos, cinco
elementos:
a) Autor(es)
b) Ano de publicação
c) Título
d) Cidade
e) Editora

Exemplo: Davidoff, L. (2012). Introdução à Psicologia. São Paulo, Brasil : Terceira Edição.

De seguida apresentamos diversos exemplos esclarecedores contendo estes e outros elementos que devem fazer parte
da lista final bibliográfica.

Exemplo: Perrenoud, P. (1995). O fício de aluno e sentido de trabalho escolar. Portugal: Porto Editora.

TILSTONE, Cristina, FLORIAN, Lani & ROSE Richard (1998). Promover a Educação Inclusiva.
Colecção:Horizontes pedagógicos (1ª ed.). Lisboa: Divisão Editores.

Acima está exposta a regra genérica de apresentação das referências bilbiograficas.

Para além dessas regras, são também usadas outras que a seguir passamos a apresentar:.

Livro colectivo
Para este caso coloca-se o autor (ou os autores) que foi responsável pela edição (Ed. / Eds.), coordenação (coord. /
Coords.) ou organização (Org. / Orgs.).

Exemplo: Sáez, J. (Coord.). (2007). Pedagogía social . Madrid: Pearson Prentice Hall.
Lincoln, Y. S., & Denzin, N. K. (Eds.). (2000). Handbook of qualitative research (2.ª ed.). London: Sage.

53
Capítulo em livro colectivo
No caso do capítulo em livro colectivo, o título principal, que vem a itálico, é de quem edita, coordena ou organiza a
obra.

Exemplo: Kelle, U. & Erzberger, C. (2002). Q uantitative and qualitative methods: no confrontation. In U.
Flick, E. Kardoff & I. Steinke (eds.), Qualitative research: a handbook. London: Sage.

4.5. Artigo em revista científica


De acordo com Azevedo (2004, p. 128), nos artigos publicados em revista científica, sdeve obedecer a seguinte
sequência:
a) O apelido do primeiro autor, vírgula, outras iniciais em abreviatura, vírgula, & comercial seguido do último nome
do segundo autor, vírgula, outras iniciais em abreviatura seguidas da data entre parênteses, ponto final.
b) Nome do artigo com inicial maiúscula só na primeira palavra, ponto final.
c) Nome da revista em itálico com iniciais maiúsculas nas palavras principais, vírgula, número da revista em itálico,
vírgula, primeira e última página do artigo separadas por hífen, ponto final.

Ramírez, P.M., Castro, E. & Ibáñez, J.H. (2001). Reutilização de águas residuais depuradas provenientes da ETAR de
Albacete (S.E. Espanha) em campos hortícolas. Tecnologias do Ambiente. 44,48-51.

Sadiq. M. e Alam, I. (1997). Lead contamination of groundwater in an industrial complex. Water, Air and Soil
Pollution. 98: 167-177.

4.6. Dissertação ou tese de mestrado / doutoramento


As dissertações de mestrado / doutoramento são, hoje em dia, uma das bases que qualquer investigador utiliza, uma
vez que estas dão conta das últimas pesquisas sobre uma determinada área científica ou disciplinar.

Exemplo:
Horta-Monteiro, M.C.S.M. (1994). Utilização de Água Residual Urbana na Cultura de Azevém (Lolium multiflorum
Lam.). Tese de Mestrado em Nutrição Vegetal, Fertilidade do Solo e Fertilização. Instituto Superior de
Agronomia - Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa.

4.7. Relatórios (no âmbito de organismos institucionais ou outros)


Os Relatórios publicados pelos organismos governamentais ou outros referenciam-se do seguinte modo:

Exemplo: UNESCO (2007). Global Report on Adult and Learning Education. Hamburgo: UIL.

4.8. Comunicações em congressos


As comunicações em congressos (colóquios, jornadas, etc.) referenciam-se da seguinte forma:

Arroja, L., Oliveira, G. e Capela, I. (1999). Contribuição para a descontaminação de solos – Metodologias de
implementação. Actas da 6ª Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente. Centro de Congressos da
AIP, Lisboa. 2º Volume.

54
Champ, D.R. e Schroeter, J. (1988). Bacterial transport in fractured rock. In: Olsen, B.H. & Jenkins, D. (eds.).
Proceedings of the International Conference on Water and Wastewater Microbiology, Newport Beach, USA, 8-
11 February 1988.

Se no artigo estiver referenciado o mês, este pode ser colocado, logo após a data, antecedido de uma vígula, tal como
podemos ver no exemplo abaixo:

Exemplo: Barros, P. (2009, O utubro). A investigação-acção como estratégia de supervisão/formação e


inovação educativa: um estudo de meta análise de contextos de mudança e produção de saberes. In Congresso
Internacional Galego-Português de Psicopedagogia, Braga.

Referências electrónicas
A seguir estão são apresntadas algumas regras de referenciação electrónica:
(a) artigo publicado em Revista Electrónica;
(b) documento ou livro publicado na Internet;
(c) documento acessível em Departamento de Universidade;
(d) relatório acessível na Internet;
(e) comunicação apresentada em congresso, acessível na Internet.

Abaixo seguem-se algumas formas de referenciar as fontes electrónicas:

Exemplo: VandenBos, G., Knapp, S. e Doe, J. (2001). Role of reference elements in the selection of resources by
psychology undergraduates [Versão electrónica]. Journal of Bibliographic Research, 5: 117-123.

NOTA: Normalmente, nos casos em que existe uma versão electrónica de uma revista científica que também

existe impressa, as duas versões coincidem na integra. Nos casos em que exista dúvida relativamente a esse

facto, é necessário acrescentar à referência a data da consulta do artigo, bem como o UR L, como se refere de

seguida.

Exemplo: VandenBos, G., Knapp, S. e Doe, J. (2001). Role of reference elements in the selection of resources by
psychology undergraduates [Versão electrónica]. Journal of Bibliographic Research, 5: 117-123. Acedido em 13
de Outubro de 2001, em: http://jbr.org/articles.html.

Neste exemplo, temos uma revista electrónica:

Exemplo: Évora, Y. (2004). As possibilidades de uso da internet na pesquisa em enfermagem. Revista


Electrónica de Enfermagem, 6(3). Acedido a 18 de Janeiro de 2012 em
http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/831/9744.

Neste exemplo, temos um artigo de revista (em formato de papel), alojado numa Base de Dados Científica:

Exemplo: Costa, F. (2011). Cultura e desenvolvimento: R eflexões em torno do conceito de bacia cultural.
Economia Global e Gestão, 16, 105-128. Acedido a 1 de Agosto de 2012 em
http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S0873-
74442011000100007&lng=pt&nrm=isoo.

55
Neste exemplo, temos teses de doutoramento disponibilizadas em Repositório Aberto:

Exemplo: G uerra, J. (2011). Municípios, participação e sustentabilidade: dinâmicas locais de imperativos globais.
Tese de Doutoramento não publicada. Lisboa: Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa. Acedido a 1 de
Agosto de 2012 em http://repositorio.ul.pt/handle/10451/4755.

Neste exemplo, temos um documento que se encontra disponível no Portal da UNESCO:

Exemplo: UNESCO (2010). Literacy initiative for empowerment (life). Acedido a 18 de Janeiro de 2012 em
http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002147/214701E.pdf.

Os exemplos de referências bibliográficas aqui apresentados são os da 6ª edição. Para enriquecer mais a
aprendizagem recomenda-se a consulte o capítulo 7 do Publication Manual of the American Psychological
Association e outros tutoriais, a seguir alistados:
http://www.library.cornell.edu/sites/default/files/apa_2010update.pdf
http://www.library.uq.edu.au/faqs/endnote/apa6th_guide.pdf
http://libguides.murdoch.edu.au/content.php?pid=63242&sid=466313
http://library.nmu.edu/guides/userguides/style_apa.htm

R esumo do tema

R eflexão Final 4

Bibliografia

1. António Estanqueiro. Aprender a Estudar. Um Guia Para o Sucesso na Escola: Para Saber, Participar nas
aulas, Tirar Apontamentos, Ler depressa e bem, Redigir um trabalho, Enfrentar provas de, Avaliação. 7a
edicao
2. Dalva Inês de Souza, Deise Margô Müller, Maria Angélica Thiele Fracassi, Solange Bianco Borges Romeiro.
Manual de orientações para projetos de pesquisa. Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da
Cunha. Novo Hamburgo 2013.
3. American Psychological Association (2010). Publication manual of the American psychological association
(6ª ed.). Washington, DC: APA Books.
4. TILSTONE, Cristina, FLORIAN, Lani & ROSE Richard (1998). Promover a Educação Inclusiva.
Colecção:Horizontes pedagógicos (1ª ed.). Lisboa: Divisão Editores.
5. Normas para A Apresentação de Referências BibliográficasNOTA INTRODUTÓRIA: Documento elaborado pelo
Conselho Pedagógico da ESAB (Reunião Ordinária de 28/11/2003), com o objectivo de servir de apoio aos
alunos para a apresentação de referências bibliográficas.

56
Capítulo V:

Elaboração de Relatório

57
5.1. Conceito, estrutura e objectivo do relatório

i. Conceito de relatório
De acordo com O Plano Curricular do Curso de formação de professores do ensino primário e educadores de adultos,
relatórios são uma forma de avaliar a comunicação dos resultados de actividade realizadas pelos formandos, tais
como, pesquisas, visitas de estudo a vários sectores de actividades, práticas pedagógicas, estágios seminários, entre
outras.

ii. O bjectivo do relatório

Souza et al (2013: p 32-36) apresenta-nos alguns critérios para a elaboração de um relatório. Segundo este autor, O
relatório tem como função descrever todas as etapas das realizadas pelos formandos de forma clara e objectiva,
relatando os assuntos que foram abordados durante a pesquisa, relacionando e avaliando os resultados obtidos para a
elaboração da conclusão.

iii. Estrutura do relatório

Quando as pesquisas, visitas de estudo a vários sectores de actividades, práticas pedagógicas, estágios seminários,
entre outras actividades chegam ao seu fim, passa-se à organização do relatório da investigação. Basicamente, a
estrutura de um relatório deve conter os elementos pré-textuais, os textuais e pós- textuais.
Cada Instituição de formação segue orientações próprias, conforme o evento que realiza.

Nos institutos de formação de professores do ensino primário e educadores de adultos, pretendemos harmonizar
procedimentos no âmbito das metodologias científicas. Deste modo, para facilitar este processo, apresentamos, de
seguida, os principais elementos que devem estruturar um Relatório elaborado pelos formandos.

I. Elementos pré-textuais
Dentro dos vários elementos pré-textuais, referimos, como essenciais, os seguintes:

A. Parte externa

a) Capa (obrigatório)
Na capa deve constar o nome do formando, turma, número, ano, bloco, no topo da página, o título centralizado no
meio da página, o nome da instituição, segudo do nome cidade e data, no final da página.

B. Parte interna

58
b) Contra-capa ou folha de rosto (obrigatório)
Fazem parte da folha de rosto todos os elementos da capa, mais a informação relacionada com o curso e a área de
estudo, bem como nome do orientador científico, geralmente, esta informação fica do lado direito, logo a seguir ao
título, num quadrado. Exemplo da informação

Relatório Reflexivo da
disciplina de……….., a ser
entregue ao departamento
de………, do IFP da Matola,
para efeitos de avaliação,
sob orientação do formador
……………………………… .

c) Índice (obrigatório)
d) R esumo (obrigatório)

Elementos textuais:

e) Introdução

Na introdução devem constar, preferencialmente, os seguintes aspectos:


 Breve contextualização da problemática
 Objectivos da investigação
 Hipóteses ou questões de investigação (quando aplicável)
 Metodologia adoptada
 Relevância da investigação
 Estrutura ou organização do relatório de investigação.
f) Desenvolvimento
No desenvolvimento, faz-se a caracterização da revisão da literatura, a opção metodológica, a apresentação e análise
de dados e finalmente a discussão dos resultados. Lembre que não não é necessário escrever, como título ou tópico a
palavra desenvolvimento, como tantos formandos ousam fazer.

Quadro teórico (revisão da literatura)


No Relatório de Investigação, o quadro teórico deve ser sistematizado e conter duas partes distintas:
 A parte da teoria fundamental e das teorias complementares e afins;
 A parte dos estudos empíricos relacionados com problemática em estudo.
Assim, a revisão de literatura não deve reduzir-se à consulta de manuais ou livros, mas deve, também, cingir-se às
revistas científicas e teses de doutoramento, uma vez que, a partir destas, podemos ter contacto com estudos
empíricos relacionados com a nossa problemática. Estes estudos são fundamentais para percebermos qual é o “estado
da arte”, em termos de estudos empíricos realizados noutros contextos académicos e/ou geográficos.

Metodologia ou Estudo Empírico


 Opção metodológica
Nesta segmento, geralmente, colocam-se os seguintes elementos:
 Tipo de estudo ou método de estudo
 Universo, amostra ou participantes
 Instrumentos ou técnicas de recolha e análise de dados
 Modelo de análise
 Limitações do estudo (caso haja)

59
Lembra que nos estudos de caso, deve-se apresentar, delimitar e descrever o caso em estudo, logo a seguir ao
segmento “Tipo de estudo ou método de estudo”.

 Apresentação e análise de dados


Aqui, apresentam-se os dados e procede-se à sua análise com base em modelos de análise mais flexíveis e menos
estruturados (como por exemplo, a análise de conteúdo de tipo-narrativo ou etnográfico), na qual se privilegiam o
relato das “vozes” ou dos “textos” dos actores entrevistados. Para uma leitura mais exaustiva e completa desse tipo
de análise, recomendamos ler Flick, 2005 e Sampieri, et. al., 2006).

 Discussão dos resultados


O objectivo deste segmento do relatório reflexivo é discutir os resultados produzidos na apresetação de dados, tendo
como foco esclarecedor o quadro teórico construído na base do quadro teórico. Se a perspectiva do estudo for
qualitativa a discussão conduzirá a elaboração teórica mais sólida de acordo com o contexto empírico estudado. Se a
perspectiva do estudo for quantitativa confrotar-se-á a interpretação teórica e a generalização dos resultados
produzidos.

g) Conclusão

Nas conclusões, faz-se uma síntese do dercurso da actividade de investigação. Busca-se, também, dar uma resposta
ao problema em estudo e aos seus objectivos, seja a partir das hipóteses formuladas ou das questões de investigação
levantadas.
Depois, diante dos resultados obtidos, apresentam-se os apectos negativos ou positivos que acompanharam a
investigação, produzindo possíveis questões de investigação por forma a dar continuidade à sistematização da
pesquisa feita.

Elementos pós-textuais:

h) R eferências bibliográficas

Nos Instituto de Formação de professores, as citações e referências bibliográficas seguem o Modelo das Normas
APA (American Psychological Association, 6.ª Ed.). Para aprofundar este tema pode-se consultar o último capítulo,
deste Manual.

i) Anexos e/ou apêndices

Finalmente, o Relatório poderá ter anexos e/ou apêndices.

Nos anexos (opcional) colocam-se documentos consultados que sustentam a análise empírica.

Nos apêndices (opcional) colocam-se os textos ou materiais produzidos pelo formando (instrumentos de recolha e
análise de dados, plano de acção, etc.).

O critério para colocar estes documentos nos anexos / apêndices é flexível, dependendo do que se pretenda
comprovar como forma de aclarar mais sobre a actividade de pesquisa desenvolvida.

R esumo
Souza et al (2013: p 32-36) refere que resumo é um elemento obrigatório. Deve ser redigido pelo próprio autor de
forma concisa e objetiva, consistindo de uma descrição da finalidade do projevto, os procedimentos seguidos, os
dados colectados e as conclusões. Deve ser elaborado em parágrafo único. A Norma, indica de 150 a 500 palavras
para relatórios técnico-científicos;

60
Deve refletir a essência do projecto com clareza de conteúdo e conclusões do trabalho. Deve ser escrito na forma de
frases sem utilização de tópicos, utilizando a terceira pessoa do singular, os verbos na activa e evitando o uso de
expressões negativas.

Se for digitalizado recomenda-se que seja digitado em fonte Arial 12 ou Times New Roman 14, espaço simples. O
conteúdo do resumo deve abranger exclusivamente o projecto desenvolvido no ano.

Qualquer resumo deve incluir: o tema, o problema, o objetivo, a metodologia, os resultados obtidos e as conclusões e
recomendações. O quadro a seguir mostra algumas dicas para o resumo.

R egras básicas para fazer um bom resumo


Ainda de acordo com este autor, para se fazer um bom resumo, deve-se:
 Excluir qualquer nome de dirigentes, orientadores ou supervisores do trabalho e instituições.
 Omitir detalhes e discussões.
 Usar o verbo no passado para descrever as acções realizadas.
 Usar frases curtas, mas varie estrutura de frase.
 Usar frases completas (Não abreviar omitindo artigos ou outras palavras pequenas, a fim de economizar
espaço).
 Usar uma linguagem científica adequada.
 Corrijir a ortografia, gramática, pontuação e concordância.

Além disso, um bom resumo, ao ser enviado para avaliação, deve apresentar:
a) objectivo do projecto ou da experiência executada:
- uma exposição introdutória do que se trata e da razão para investigar o tema;
- a descrição do problema e a hipótese a ser estudada, se tiver;

b) procedimentos usados:
- resumir os procedimentos, destacando os principais pontos ou etapas;
- um resumo dos pontos-chave e uma visão geral de como a investigação foi conduzida;
- omitir detalhes sobre os materiais utilizados, a menos que influencie muito no processo;
- o resumo deve incluir apenas os procedimentos feitos pelo estudante. Trabalho realizado por um orientador
ou mentor feito antes do envolvimento dos alunos não deve ser incluído;
c) detalhar sucintamente observações / dados / resultados:
- esta parte deve fornecer resultados que levam directamente para as conclusões;
- não deve dar muitos detalhes sobre os resultados nem incluir tabelas ou gráficos;
d) conclusões / aplicações (devem ser escritos de forma sucinta):
- a parte das conclusões deve refletir sobre os resultados e aplicações do processo.
Um resumo não inclui as referências bibliográficas, salvo se exigido pela feira/evento.

Desenvolvimento

O desenvolvimento é a parte mais extensa do relatório. Deve ser elaborado de forma a conter o relato das etapas do
projeto, tais como: metodologia, resultados, interpretação dos dados, além de referencial teórico, gráficos, tabelas,
figuras e outros.

Divide-se, geralmente, em capítulos (secções) e subcapítulos (subsecções) que variam em função da natureza do
conteúdo.

A metodologia deve ser descrita detalhadamente, de modo que outra pessoa possa ser capaz de repetir o processo a
partir deste relato.

61
O referencial teórico, também chamado de revisão de literatura ou revisão bibliográfica, deve conter somente dados e
informações relevantes para o projeto. Todas as ideias de outros autores devem ter seus respectivos nomes citados no
texto. Isso é feito usando-se citações directas ou indirectas.

Dentro do desenvolvimento, podem ser apresentadas várias formas de apresentação de ilustrações (figuras, quadros,
mapas, gráficos, tabelas e outros). Tais elementos contribuem para o enriquecimento da pesquisa.

5.2 Produção do relatório seguindo as normas estudadas

Wanguissa Dzua Yacuchena


Trurma A, número 23, 1º ano, bloco I

Identificação de Crianças com Necessidades Nducativas Especiais


na EPC Vilamassane-2019

62
Instituto de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
Matola, 26 Agosto de 2019

Wanguissa Dzua Yacuchena


Trurma A, número 23, 1º ano, bloco I

Identificação de Crianças com Necessidades Educativas Especiais


na EPC Vilamassane-2019

Relatório Reflexivo da
disciplina de
Necessidades Educativas
Especiais, a ser entregue
ao departamento de
Ciências de Educação, do
IFP da Matola, para
efeitos de avaliação, sob
orientação do formador
Geraldo Fernandes

63
Instituto de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos
Matola, 26 Agosto de 2019

Índice Página

Resumo………………………………………………………………………………..i

1. Introdução…………………………………………………………………1
1.1.Breve contextualização da problemática… … … … … … … … … ...1
1.2.Objectivos da investigação… … … … … … … … … … … … … … … .1
1.3.Hipóteses ou questões de investigação… … … … … … … … … … ..1
1.4.Metodologia adoptada… … … … … … … … … … … … … … … … … .1
1.5.Relevância da investigação… … … … … … … … … … … … … … … .1
1.6.Estrutura ou organização do relatório de investigação… … … … .1

2. Q uadro teórico (revisão da literatura)… … … … … … … … … … ....2

3. Metodologia ou Estudo Empírico… … … … … … … … … … … … ..3


3.1. Opção metodológica… … … … … … … … … … … … … … … … … ..3
3.2. Apresentação e análise de dados… … … … … … … … … … … ..… .3
3.3. Discussão dos resultados… … … … … … … … … … … … … … … … 3

Conclusão… … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … .10
R eferências bibliográfica … … … … … … … … … … … … … … … 11
Anexos … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … 14
Apêndices … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … ..17

64
Nota: o número de páginas aqui indicado é fictício (simulado). Ele varia com o tamanho de textos que
forem produzidos, pelo que não se deve seguir o modelo de forma imperativa.

Resumo

65
i

66
1. Introdução

1.1. Breve contextualização da problemática

1.2. Objectivos da investigação

1.3. Hipóteses ou questões de investigação (quando aplicável)

1.4. Metodologia adoptada

1.5. Relevância da investigação

1.6. Estrutura ou organização do relatório reflexivo.

67
2. Quadro teórico (revisão da literatura)

68
3. Metodologia ou Estudo Empírico

3.1. Opção metodológica

3.2. Apresentação e análise de dados

3.3. Discussão dos resultados

69
Conclusão

70
R eferências bibliográficas

71
Anexos e/ou apêndices

72
R esumo do tema

Reflexão Final 5

Bibliografia

1. Flick, U. (2005). Métodos qualitativos na investigação científica. Lisboa: Monitor.


2. Sampieri, H., Collado, C. & Lucio, P. (2006). Metodologia de pesquisa (3ª ed.). São Paulo: McGraw –Hill.
3. Dalva Inês de Souza, Deise Margô Müller, Maria Angélica Thiele Fracassi, Solange Bianco Borges Romeiro.
Manual de orientações para projetos de pesquisa, Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da
Cunha. Novo Hamburgo 2013.

73
Capítulo VI:

Prática de Estudo

74
Reflexão Inicial 6

Actividade R eflexiva inicial 2

Tarefa 1

Trabalho em grupo
Chuva de ideias
Mercado

O que entende quando ouve a palavra estudar?


Em grupo de 6 elementos, escreve em cartões preparados para o efeito, as palavras ou expressões que lhe sobrevêm
à mente quando ouve falar do termo “estudar”.
Cola os cartões num papel gigante, próximo ao termo “estudar” e, depois, pendure em uma parede da sala
conforme se indica no exemplo abaixo.

Estudar

1. Apreciação do trabalho dos grupos: esclarecimento, comentários, justificações das palavras ou expressões
mencionadas.

Certamente que os termos ou expressões, atrás apresentadas se referiama Apreender, compreender, decorar,
entender, analisarm compuser, compor e examinar entre outras similares.

Muito simplesmente, pode-se dizer que estudar é

6.1. Para quê?

75
(Organizar o Conteúdo)

Clair  (2008)   Estudar, por que e para quê?


Estudamos para aprender o que não sabemos, e através do estudo vamos buscar o conhecimento necessário.
Quando adquirimos saberes, ninguém nos tira, é eterno.
Hoje vivemos num mundo globalizado e rápido
Tão rápido, que a tecnologia chega nos atropelando
E se não quisermos ficar perdidos no tempo
Precisamos buscar formação, atualização dos fatos cotidianos,
Pois vivemos em uma sociedade competitiva e restrita,
Onde não só o conhecimento é avaliado, mas a formação adquirida.
Não importa a profissão acatada e sim a qualificação alcançada.
O estudo faz parte da especialidade que cada ser humano quer atingir.
Onde e com quem se busca este caminho, que não seja na escola?
Sim, tem vários meios para se alcançar nossos objetivo e metas de aprendizado,
Mas a escola é um caminho que pode nos dar sustentação e amparo,
Pois nela temos educadores comprometidos com o futuro dos nossos educandos,
Com o objetivo de prepará-los para a vida, mostrando a realidade do mundo lá fora.
É preciso saber que o estudo é o melhor investimento que o ser humano pode se dar,
Sem ele, não teremos “educação”, “qualificação”, “disciplina” e “conhecimento”.
Estudar, porque é preciso. Para quê? Para ter o que mostrar e provar a si mesmo!

6.2. Como estudar?


Paulo santos (2011: p ) Partilha regras interessantes… ..

6.2.1. Mente sã em corpo são

Fazer exercício físicos ajuda a oxigenar o cérebro, melhora o sono e ajuda a manter um nível de energia elevado.

6.2.2 Sono
É importante dormir de forma regular e um número de horas suficiente.

Para se habituar a dormir melhor, recomendo algumas práticas:


 Estabeleça uma hora para se deitar.
 Tenha um ambiente calmo, sossegado e uma temperatura agradável no local onde dorme.
 Evite fazer actividades que estimulem muito o cérebro antes de ir dormir.
 Escreva num papel os pensamentos que tenha na sua cabeça.

6.2.3. Alimentação

Ter uma alimentação regular, equilibrada e constante apresenta vantagens diversas. É preferível tomar várias
refeições leves do que tomar uma ou duas refeições muito pesadas. Deve começar-se o dia com um bom pequeno-
almoço. Se comer a mesma quantidade de comida ao longo do dia quem comer mais ao pequeno-almoço engordará
menos.
Para se manter o nível de energia no nosso corpo, deve ir-se repondo água e comida ao longo do dia. Se estivermos
demasiado tempo sem comer, o nosso nível de energia baixará muito e poderemos ficar irritáveis, para além de que
teremos tendência a comer mais.

76
Por outro lado, se comermos demasiado, ficamos “empanturrados” e dificilmente ter-se-á vontade de estudar nessa
situação.

A comida possui a energia necessária ao corpo e que se vai libertando neste gradualmente. Alimentos com açúcar ou
muita gordura têm tendência a serem rapidamente absorvidos, desencadeando fortes descargas de energia
momentânea, mas que desaparecem rapidamente.

É preferível ter um regime alimentar baseado em alimentos que se decomponham lentamente, como
a massa ou o arroz. Os hidratos de carbono constituem a base da energia consumida, pelo que deve incluir sempre
pão, arroz, batatas ou massa na sua alimentação.

Os cereais, grãos e todo o tipo de legumes e frutas são a base da alimentação. Nos restaurantes, por vezes, a
quantidade do bife é maior que a quantidade de batatas, o que, de um ponto de vista alimentar, é errado.
Habitualmente, a quantidade do acompanhamento deverá ser duas ou três vezes maior que a do peixe ou da carne, de
forma a ter-se uma alimentação equilibrada.

Na pirâmide dos alimentos, os doces e as gorduras são o alimento menos necessário e cujo uso deve
ser restringido. O sal em excesso também faz mal. Uma peça de fruta é muito melhor que um bolo como comida a
ser tomada entre refeições. Se está a planear um dia de estudo, planeie também o que vai comer e a que horas. Se vai
estar num local sem acesso a comida, leve comida consigo.

6.2.4. Os abusos
O abuso de álcool, drogas ou outras substâncias afectam consideravelmente a capacidade de estudo e concentração.
Mesmo o uso continuado de medicamentos como ansiolíticos pode prejudicar a capacidade de estudo.

6.2.3 Televisão, computador, jogos e telemóveis


Actualmente a maior parte das pessoas tem cada vez mais aparelhos electrónicos com os quais acaba por gastar
bastante tempo. Um estudo relativo a 2000 jovens aponta que quem usa excessivamente os equipamentos acaba por
ter pior resultado nos estudos. Isto também terá impacto na socialização.

(INSERIR MATÉRIA SOBRE:)Tipos de estudo: estudo em grupo e sua importância

------

77
Planificação e organização da vida e do tempo de estudo

Actividade R eflexiva inicial 2

Tarefa 1

Trabalho em grupo
Chuva de ideias

O que lhe sugere a palavra objectivo?

1. Em grupos de 6 elementos, tendo em conta os seus conhecimentos, escreve as ideias que lhe ocorrem pela
cabeça, quando ouve a palavra “objectivo”, usando cartões que lhe for fornecido.
2. Coloque os cartões sobre a mesa, próximo a palavra “objectivo”, imitando o esquema abixo apresentado.

O bjectivos

3. Apresentação do trabalho dos grupos ( Método de Estação): Apreciação, esclarecimento e justificações das
ideas apresentadas.

Tarefa 2

1. A partir do esquema acima, discuta com o seu grupo, a definição da palavra objectivos.
2. Escreve a definição, em letras grandes, numa cartolina em formato A4.
3. Cola a cartolina num flipchart pad, conforme o número do seu grupo, como se apresenta o esquema abaixo
indicado.

Planificação é:

Grupo 1

Grupo 2

Grupo 3

Grupo 5

Etc.

78
Sessão plenária

1. Análise do trabalho dos grupos: explicação, comentários, fundamentação dos conceitos.

Avaliação dos objectivos na gestão de tempo

Para GARCIA e SIMÕES (2007, p. 1) o suscesso de um estudante depende da forma como gere e planifica o seu
tempo. É preciso que o estudante saiba gerir as suas prioridades, os seus esforços e a sua dedicação em função do
tempo de que dispõe. Para uma boa gestão do tempo ele precisa avaliar os objectivos a alcançar na realização de
actividades previstas para um determinado período.

Antes de mais o estudante deve avaliar os objectivos que precisa alcançar na elaboração, por exemplo, de exames, de
trabalhos, de projectos, entre outras tarefas, pois estas são previstas para serem realizadas em períodos de tempo
limitados.

Organizar o tempo, fazer escolhas em função do tempo disponível e estruturar a aprendizagem em função das
prioridades e do que é possível em cada momento são exigências próprias do dia-a-dia do de qualquer estudante,
exigências essas que se podem tornar excessivas em momentos de maior pressão, em que o cansaço limita a
rentabilidade que o estudante tira do estudo.

O seu máximo esforço deve ser reservado para as tarefas que se consideram prioritárias e as que não são devem ser
eliminadas ou realizadas no menor tempo possível.

R esumo do tema

O suscesso nos estudo depende da forma como o estudante se planifica ou se gere o tempo, ou seja, como este gere
prioridades, esforços e dedicação em função do tempo. Para tal, ele precisa avaliar os objectivos a alcançar na
realização de actividades previstas para um determinado período. Se o estudante for confrontado, com cansaço como
resultado de muita pressão, e este interferir na rentabilidade dos seus estudos, deverá resevar o máximo do seu
esforço para tarefas prioritárias eliminando as que não são daí que o seu máximo esforço deverá ser reservado para
tarefas prioritárias eliminando as que não são.

Actividade Reflexiva Final 2

Método de controlos aos pares4


Princípio Pensar-Partilhar-Apresentar

Recorrendo ao princípio Pensar-Partilhar-Apresentar:


4 vide a pag. 37, Guião prático de métodos de estudos

79
d) Identifique os seus objectivos para este semestre.
e) Escreva os seus objectivos em um canto de papel gigante, reservado para si.
f) Discuta as suas ideias com o seu par.
g) Apresente o resultado do vosso trabalho à plenária.

4. Apreciação, esclarecimento e justificações das ideas apresentadas.

Actividade R eflexiva inicial 2

Tarefa 1

Trabalho em grupo
Chuva de ideias
Mercado

1. O que lhe sugere a palavra planificação/organização?

a) Em grupos de 6 elementos, tendo em conta os seus conhecimentos, escreve as ideias que lhe ocorrem pela
cabeça, quando ouve a palavra “planificação”, usando cartões que lhe for fornecido.
b) Coloque os cartões sobre a mesa, próximo a palavra “planificação”, imitando o esquema abixo
apresentado.

Planeamento

O rganização

c) Apresentação do trabalho dos grupos ( Método de Estação): Apreciação, esclarecimento e justificações das
ideas apresentadas.

Tarefa 2

1. A partir do esquema acima, discuta com o seu grupo, a definição da palavra planificação.
2. Escreve a definição, em letras grandes, numa cartolina em formato A4.

80
3. Cola a cartolina num flipchart pad, conforme o número do seu grupo, como se apresenta o esquema abaixo
indicado.

G rupo 1: Planificação é

G rupo 2: Organização é

G rupo 3: Planificação é

G rupo 5: Organização é

Etc.

Sessão plenária

4. Análise do trabalho dos grupos: explicação, comentários, fundamentação dos conceitos.

Planificação e organização do tempo de estudo

Segudo GARCIA, C. P. e SIMÕES, J. V. (2007, p. 2) um bom plano de gestão e organização do tempo de estudo
deve ser elaborado tendo em conta as suas prioridades. Estabelecer prioridades não é mais do que distinguir o que é
importante do que é urgente, como mostra o gráfico, abaixo:

 Tarefa importante, corresponde a actividade útil e essencial para atingir objectivos e


 Tarefa Urgente, corresponde actividade com prazo de finalização imediato.

Alto Q uadrante I Q uadrante II

Situações de crise Actividades de pleneamento


Geração de ideias
Gestão de riscos e planos alternativos

G rau de
Importância Q uadrante III Q uadrante IV

Interrupções: Trabalhos routineiros e comuns


Redes sociais, Tv, E-mails, Telefonemas, E-mails
telefonemas

Baixo
Alto au de urgência Baixo

Adaptado de Adaptado de “The Habits of Highly Effective People” Stephen Covey, Simon and Schuster, 1989 cit. in GARCIA,
Cátia P. e SIMÕES, Joana V. disponível em: http://tutorado.unidades.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/GestaoTempo_VersaoFinal1.pdf

81
Estas autoras referem que para uma boa gestão de tempo é muito importante ser-se eficaz, ou seja, ter a capacidade
de atingir os objectivos inicialmente definidos. Tendo em conta o esquema acima representado, as pessoas eficazes
caracterizam-se por:
 Não gastarem tempo nos quadrantes III e IV porque a situação não é importante;
 Reduzirem ao máximo o quadrante I, para evitar o enfoque excessivo na gestão de crises;
 Concentrarem a sua energia no quadrante II, o qual é muitas vezes deixado para segundo plano devido ao
factor pressão da urgência.

R esumo do tema

Um bom plano de gestão e organização do tempo de estudo deve ser elaborado tendo em conta as suas prioridades.
Para tal, é preciso distinguir a tarefa importante, que é a actividade útil e essencial para atingir objectivos, da tarefa
urgente, que é a actividade com prazo de finalização imediato. Ter uma boa gestão de tempo significa ter a
capacidade de atingir os objectivos inicialmente definidos. As pessoas eficazes são aquelas que não gastam tempo em
assuntos triviais, reduzem ao máximo as situações de crise e concentram-se em actividades de pleneamento, criação
e gestão de ideias.

Actividade R eflexiva Final 2

Trabalhos em grupo
Técnica vire e fale

Tendo em conta o tema que acabou de estudar, em grupos de 3 elementos, discute com o seu colega, usando a
“técnica vire e fale”, a questão seguinte:

1. Q ual é o seu modelo? Dê exemplos para os vários quadrantes.


a) Partilhe com a turma o que seu par falou.

 Planificar com eficácia


Cada pessoa tem os seus próprios hábitos e como tal terá de elaborar o seu próprio plano, no entanto, terá de ter em
consideração as dificuldades que inicialmente enfrentará:

Esquecimento
É importante ter um registo que possa facilmente consultar com todas as actividades e compromissos que terá que
realizar. Deve registar, enquadrar e modificar rigorosamente todas as actividades de modo a prevenir esquecimentos.

Tarefas numerosas
As idas ao passeio, as visitas dos amigos, as aulas, os estudos e os trabalhos sobrecarregam os formandos e existe a
tendência de deixar de fazer aquilo que se considera menos importante. No entanto, tudo isso será evitado se se
planificar e organizar bem o tempo mediante a definição de prioridades.

82
Carência de produtividade
É importante perceber a altura do dia(manhã, tarde ou noite) em que se possui maior facilidade na concentração para
a execução de uma tarefa. As pausas programadas facilitam a motivação e a agilidade mental.

Cansaço
É importante que organize o seu tempo de modo a maximizar os seus resultados com o mínimo de cansaço possível.
Terá que ter cuidado para não fixar prazos rigorosos, pois poderá causar-lhe uma pressão desnecessária e lembre-se
de definir os períodos de descanso.

Indecisão
Para que não perca tempo com actividades inúteis, é importante ter um plano com o seu dia esquematizado com
alguma antecedência, pois assim evitará ser confrontado com más escolhas.

 R egras para a realização de um plano eficaz


Ainda de acordo com as autoras, abaixo apresentamos as seguintes regras:

Afastar as actividades de estudo das actividades de lazer


Estas actividades deverão ser bem delimitadas para permitirem um melhor resultado.

Planificar actividades
É necessário programar as actividades em função dos seus objectivos e urgência.

Não adiar tarefas menos interessantes (Procrastinação)


Estar sempre a adiar só torna essas actividades ainda mais urgentes e desagradáveis, obrigando posteriormente a uma
atenção mais cuidada e a uma maior pressão. Tendemos a procrastinar o que nos assusta ou o que nos é desagradável
e contudo essas tarefas são as que devemos realizar primeiro: tê-las pendentes rouba-nos energia e mina a nossa
autoconfiança.

Não ser flexível


Algumas das nossas actividades dependem de outros, pelo que devemos ter em conta a sua velocidade de trabalho e
decisão e deixar espaço para que eventuais atrasos e erros não ponham em risco o trabalho. É importante que seja
simpático com os seus colegas, mas também deverá ser firme relativamente à pontualidade, à preparação e à entrega
atempada de trabalhos. Deve aprender a ser assertivo.

Aproveitar todos os momentos


Poderá estudar e ler nos autocarros e comboios, ou apenas planficar o seu dia. Se aproveitar todas as oportunidades
para utilizar o tempo de forma eficiente poderá ter uma vida mais fácil e mais agradável.

Antecipar o que for possível


Muitas vezes já sabemos o que irá acontecer, isto é, alguns imprevistos não o são verdadeiramente. Depois de sermos
informados de uma alteração, uma reacção mais rápida da nossa parte só irá beneficiar a realização dos trabalhos que
temos para fazer e reagimos tanto mais rapidamente quanto mais tivermos desenvolvido um segundo plano para lidar
com imprevistos no fundo previsíveis.

Ver um plano com cepticismo (dúvida)

83
Os planos não devem ser seguidos escrupulosamente, pois alterações pontuais poderão ser necessárias para que tenha
um melhor resultado. Uma planificação demasiado rígida não é desejável, contudo uma fidelidade total ao plano
mesmo quando o este se torna irrealista, também não o é. O segredo é levar o plano a sério desde o primeiro
momento e revê-lo em tempo útil logo que se revele obsoleto.

Autoavaliação
Ao longo do tempo é necessário avaliar o que está a fazer para atingir os teus objectivos e rever o seu plano se
necessário. Procure sempre encontrar formas de optimizar o seu tempo. A gestão do tempo e do esforço é uma
competência que, tal como todas as outras, melhora com a prática.

Fases para elaborar de um plano

1ª fase: Determinar objectivos:


 Para exames e trabalhos, contemplando as respectivas datas.
2ª fase: Enumerar actividades:
 Para evitar esquecimentos, incluir as tarefas, horas de sono, refeições e lazer.
3ª fase: Esquematizar as prioridades:
 Após observação das características do plano, estabelecer prioridades.
4ª fase: Preparar o plano:
 Depois de estabelecer as actividades prioritárias, registe-as num horário com cores ou sublinhados, um vez
que o recurso à memória é falível.
5ª fase: Criar um plano de contingência:
 Não sobrecarregue alguns dias com actividades, pois é cansativo e é difícil fazer as alterações necessárias.

Deverei fazer um plano mensal, semanal ou diário?


Um plano, para ser útil e eficaz, terá que se adequar às características e objectivos de cada pessoa. Se consegue
organizar rapidamente o seu dia, mas sente algumas dificuldades em se organizar a longo prazo, deverá elaborar um
plano mensal ou semanal (vide em anexo, exemplos de planos semanais) que lhe permitas calendarizar as actividades
e prazos a cumprir.

Se tiver uma boa noção dos prazos e datas dos testes, trabalhos ou projectos, mas não conseguir organizar
devidamente os seus dias, então deverá elaborar um plano diário. Em todo o caso, o que se sugere é que realize um
plano no início do ano escolar, com objectivos a longo prazo e depois ao longo do ano poderá elaborar planos mais
pequenos, mensais, semanais ou até diários, segundo as suas necessidades e de acordo com o seu plano anual.
Apresentamos no tema, a seguir, algumas características desejáveis num plano.

Características dos planos

Abrangente – inclui actividades, mais períodos de repouso e descontração;


Individualizado – contempla o tempo que cada atividade demora a realizar para cada pessoa;
Ponderado–planeamento equilibrado que permite atingir os objetivos e ter um quotidiano satisfatório;
Flexível e ajustável –deverá ser possível ajustar o plano para comportar acontecimentos inesperados;
R ealista – não aceite prazos que à partida não serão cumpridos e planeie as atividades de acordo

84
com as suas prioridades e capacidades.

Exercício: Faça um exemplo de plano diário, semanal, mensal e anual.

Actividade R eflexiva inicial 2

Ciclo biológico diário


O nosso rendimento cognitivo varia ao longo do dia, sendo que competências como atenção, memória e
concentração atingem o seu máximo no início e até meio do dia, diminuindo progressivamente ao longo do dia até
atingirem os valores mais baixos à noite.

As pessoas que preferem trabalhar noite dentro devem esforçar-se por estudar às primeiras horas da luz do dia ou por
aproveitar para trabalhar nas horas que consideram mais favoráveis. Mas é importante que, quem tem exames pela
manhã, não se habitue a estudar noite dentro e a dormir toda a manhã, pois à hora do exame o seu cérebro terá a
instrução ‘dormir’ disponível, o que naturalmente terá efeitos adversos sobre o seu rendimento.

O seu horário deve ter em conta, na medida do possível, as suas preferências, por isso, deve-se construir um horário
diário de acordo com o ciclo biológico natural de cada um, dedicando as suas horas mais produtivas aos trabalhos
mais importantes.

Em todo o caso, essencial é mesmo dormir em média oito horas diárias.

Exemplos 1 de plano semanal

R esumo do tema

Actividade R eflexiva Final 2

85
Plano semanal

O bectivos: resultado a atingir esta semana Semana começa em:

A fazer: Urgente Importante Duração


Segunda-feira

Terça-feira

Q uarta-feira

Q uinta-feira

Sexta-feira

Fim de semana

Adaptado de “Gerir Energia: A verdade sobre a gestão do tempo” – GAPsi-FCUL cit in GARCIA, Cátia P. e SIMÕES,
Joana V. disponível em: http://tutorado.unidades.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/GestaoTempo_VersaoFinal1.pdf

Exemplos 1 de plano semanal

86
Horas Domingo 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado
8:00 Descanso L. Port . CS 3 Pedagogia Didact. de
Mat CN Didact. de CN
9:00
10:00 Mat 2 CS 3 Viagem
11:00 L. Port.
12:00 CN
13:00 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
14:00 CS 3 CS 3 Almoço Almoço
15:00 Lanche Lanche Didact. do Port. Mat. lanche Descanso
16:00 viagem Pedagogia L. Port. Ou Plano de
17:00 Didact. do Port. CS ontigência
18:00 Didact. de CN CN
19:00 Mat.
20:00 Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar
21:00 Descanso Didact. de Mat Descanso Descanso Sair
22:00 Desporto Desporto
23:00

Exercício

87
Elabora o seu Horário de Estudo:
Horas Domingo 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado
4:30-5:00
5:00-5:30
5:30-6:00
6:00-6:30
6:30-7:30
7:00-7:30
7:30-8:00
8:00-8:30
8:30-9:00
9:00-9:30
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R esumo do tema

R eflexão Final 6

Bibliografia

Ficha Técnica: Fontes: “Como ter sucesso no Ensino Superior”, 2012 “Effective Study Skills”, 2007 Autores: Cátia
P. Garcia e Joana V. Simões Revisão: Isabel Gonçalves e Ana Lúcia Coelho
http://tutorado.unidades.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/GestaoTempo_VersaoFinal1.pdf
PILETTI, C. Didática geral. 24 ed. São Paulo: Ática, 2010.
SILVA, Wanderlei Sérgio da. Didática Geral. Universidade Paulista, s/d.

Clair Edelweiss Enviado por Clair Edelweiss em 02/03/2008 Código do texto: T884529  Classificação de conteúdo:
seguro02/03/2008

http://www.kff.org/entmedia/upload/8010.pdf

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