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ESCOLA DE ENSINO TÉCNICO DO ESTADO DO PARÁ

EETEPA-CACAU FRANCISCO DAS CHAGAS AZEVEDO

Arthur Ricardo de Amorim Melo


João Vitor Carneiro Cabral
Luiz Otavio Cardoso Costa
Wanor Barros Chaves

Relatório de Biologia

Orientador: Dani

BELÉM DO PARÁ
2023
Eetepa Cacau – Francisco das Chagas Azevedo

Arthur Ricardo de Amorim Melo


João Vitor Carneiro Cabral
Luiz Otavio Cardoso Costa
Wanor Barros Chaves

Relatório
Espécies Exóticas

Relatório apresentado para a obter a segunda


avaliação
( 7 fase ) na matéria de Biologia, do colégio
Eetepa Cacau, Orientado pela professora Dani.

Belém do Pará
Junho 2023
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO........................................................................................................01
1.1 O QUE SÃO ESPÉCIES EXÓTICAS.................................................................01
1.2 O QUE É?..................................................................................................................02
1.3 CAUSAS E CONSEQÊNCIAS...............................................................................03
1.4 SITUAÇÕES REAIS.............................................................................................04
1.5. PROJETOS BRASILEIROS..................................................................................05
1.6 CONCLUSÃO............................................................................................................05
1.7 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA..........................................................................05
1.0 Introdução:
Nesta parte do texto, abordaremos o tema das espécies exóticas e seus
efeitos nos ecossistemas. Discutiremos como a introdução dessas
espécies fora de seu ambiente nativo pode ter consequências
negativas para a biodiversidade local e os desafios enfrentados na
gestão dessas espécies. Exploraremos também as medidas preventivas
e estratégias de controle que podem ser adotadas para minimizar os
impactos das espécies exóticas nos ecossistemas.

1.1 O que são Espécies Exóticas?


Espécies exóticas, também conhecidas como espécies não nativas ou
introduzidas, são organismos que foram introduzidos em uma área
geográfica fora de sua distribuição natural. Essas espécies não são
nativas do ecossistema em que são encontradas e foram trazidas para
essa nova região por meio de ação humana, seja intencional ou
acidental.
As espécies exóticas podem incluir uma ampla gama de organismos,
como plantas, animais, fungos e microrganismos. Elas podem ser
introduzidas em diferentes ecossistemas, como terrestres, aquáticos,
florestais, agrícolas ou urbanos.
1.2 O que é ?
A introdução de espécies exóticas ocorre quando organismos
originários de uma região geográfica são levados para uma área
diferente daquela em que evoluíram naturalmente. Essa introdução
pode ser feita tanto intencionalmente, como no caso da introdução de
plantas ornamentais ou animais de estimação, quanto acidentalmente,
como no transporte de organismos por meio de embarcações ou
transporte de mercadorias.

1.3 Causas e Consequências


Existem várias causas para a introdução de espécies exóticas, e as
consequências podem ser bastante diversas. Vamos explorar algumas
das principais causas e consequências abaixo:

Causas da introdução de espécies exóticas:

Comércio internacional: O comércio global de plantas, animais e


produtos relacionados é uma das principais causas da introdução de
espécies exóticas. Isso ocorre tanto por meio do comércio legal, como
a importação de plantas ornamentais ou animais de estimação
exóticos, quanto pelo comércio ilegal de espécies protegidas.

Transporte e viagens: O transporte de pessoas e mercadorias ao


redor do mundo pode resultar na introdução acidental de organismos
exóticos. Por exemplo, insetos podem se esconder em contêineres de
carga ou animais podem escapar durante o transporte.
Introduções intencionais: Em alguns casos, espécies exóticas são
deliberadamente introduzidas em um novo ambiente. Isso pode ser
feito por razões econômicas, como a introdução de espécies de peixes
para pesca comercial, ou por razões estéticas, como a introdução de
plantas ornamentais.

Consequências da introdução de espécies exóticas:

Competição com espécies nativas: Muitas espécies exóticas têm a


capacidade de se adaptar rapidamente a novos ambientes e podem
competir com as espécies nativas por recursos como alimentos, água
e espaço. Isso pode levar à diminuição da população ou até mesmo à
extinção das espécies nativas.

Predação e prejuízo aos ecossistemas: Algumas espécies exóticas


podem se tornar predadoras eficientes de espécies nativas que não
estão adaptadas à sua presença. Isso pode causar um desequilíbrio
nos ecossistemas e afetar a cadeia alimentar.

Alterações no habitat: Algumas espécies exóticas têm a capacidade


de modificar o ambiente em que se estabelecem. Elas podem afetar a
estrutura da vegetação, a qualidade da água ou até mesmo o fogo
natural em certos ecossistemas. Essas alterações podem ter impactos
negativos na biodiversidade e nos serviços ecossistêmicos.

Impactos econômicos: A introdução de espécies exóticas invasoras


pode ter impactos significativos na economia. Isso pode incluir
perdas na agricultura, pesca e turismo, além dos custos associados
aos esforços de controle e erradicação dessas espécies.
Impactos na saúde humana: Algumas espécies exóticas podem
representar riscos para a saúde humana. Por exemplo, mosquitos
exóticos podem transmitir doenças como a dengue, a malária ou o
vírus Zika.

É importante destacar que nem todas as espécies exóticas se tornam


invasoras ou têm impactos negativos significativos. No entanto, as
introduções de espécies exóticas devem ser cuidadosamente avaliadas
e regulamentadas para minimizar os riscos potenciais e proteger os
ecossistemas nativos.

1.4 Situações reais:


No Brasil, existem vários exemplos de introdução de espécies exóticas
que se tornaram invasoras e causaram impactos significativos nos
ecossistemas nativos. Aqui estão quatro casos reais:

Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus): A tilápia-do-Nilo é uma


espécie de peixe originária da África que foi introduzida no Brasil
para a piscicultura. No entanto, essa espécie escapou dos tanques de
criação e se estabeleceu em diversos rios e lagos do país. A tilápia-
do-Nilo é considerada uma espécie invasora, competindo com
espécies nativas e causando impactos negativos na biodiversidade
aquática.

Carpa-comum (Cyprinus carpio): A carpa-comum é outra espécie de


peixe originária da Ásia que foi introduzida no Brasil para fins de
pesca e aquicultura. Ela também escapou para ambientes naturais,
como rios e represas, e se tornou invasora. A carpa compete com
espécies nativas por alimentos e espaços de reprodução, além de
causar impactos negativos na qualidade da água.
Pinus (Pinus spp.): As espécies de pinus, originárias do Hemisfério
Norte, foram introduzidas no Brasil para o uso na indústria
madeireira e na produção de papel. No entanto, algumas espécies de
pinus se tornaram invasoras em determinadas regiões do país,
especialmente na região sul. O pinus compete com as espécies
nativas, reduz a biodiversidade e aumenta o risco de incêndios
florestais.

Coral-sol (Tubastraea spp.): O coral-sol é uma espécie de coral


nativa do Indo-Pacífico que foi introduzida acidentalmente no Brasil
por meio da água de lastro de navios. Essa espécie invasora se
estabeleceu em várias áreas costeiras do país, competindo com os
corais nativos e afetando os ecossistemas recifais.

Esses são apenas alguns exemplos de espécies exóticas invasoras no


Brasil. Existem outros casos, como o caramujo-africano (Achatina
fulica), o javali (Sus scrofa) e o tamarindo-mimoso (Leucaena
leucocephala), que também causaram impactos significativos nos
ecossistemas nativos brasileiros.

1.5 Projetos Brasileiros:


Existem vários projetos no Brasil voltados para lidar com a
problemática das espécies exóticas invasoras e seus impactos nos
ecossistemas. Aqui estão alguns exemplos de projetos brasileiros
nessa área:

Programa Nacional de Espécies Exóticas Invasoras (PNEEI):


Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o PNEEI tem como
objetivo promover a conservação da biodiversidade brasileira por
meio do manejo de espécies exóticas invasoras. O programa visa
fortalecer a capacidade institucional, promover a pesquisa e o
monitoramento, além de desenvolver estratégias de prevenção,
controle e erradicação dessas espécies.

Projeto "Ilhas do Rio": Esse projeto, conduzido pela Fundação


RioZoo em parceria com outras instituições, tem como objetivo
preservar as ilhas fluviais do Rio de Janeiro e combater a invasão de
espécies exóticas. O projeto envolve a realização de ações de manejo,
como a remoção de capivaras e a erradicação de plantas invasoras,
para proteger a fauna e a flora nativas dessas ilhas.

Projeto "Biólogos de Resgate": Desenvolvido pelo Instituto Hórus de


Desenvolvimento e Conservação Ambiental, esse projeto busca
prevenir a introdução de espécies exóticas invasoras em áreas
naturais protegidas no estado de Santa Catarina. Os biólogos atuam
em parceria com gestores de unidades de conservação para
monitorar as atividades humanas e promover ações de educação
ambiental visando à conservação da biodiversidade.

Projeto "Preservação do Peixe-boi": Esse projeto, realizado pelo


Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
tem como objetivo preservar o peixe-boi marinho no Brasil. Além de
trabalhar na conservação da espécie, o projeto também visa
minimizar os impactos de espécies exóticas invasoras, como a alga-
verde (Caulerpa racemosa), que afeta o habitat do peixe-boi.

Esses são apenas alguns exemplos de projetos brasileiros que visam


combater os problemas causados pelas espécies exóticas invasoras.
Existem muitas outras iniciativas em todo o país, envolvendo
instituições de pesquisa, ONGs e órgãos governamentais, com o
objetivo de preservar a biodiversidade e minimizar os impactos
dessas espécies nos ecossistemas brasileiros.
1.6 Conclusão:
Em conclusão, as espécies exóticas representam um desafio
significativo para a conservação da biodiversidade e a integridade dos
ecossistemas. A introdução dessas espécies em ambientes distintos de
suas áreas nativas pode resultar em impactos negativos, como a
competição com espécies locais, a destruição de habitats e a alteração
dos processos ecológicos. A gestão adequada das espécies exóticas
requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo medidas
preventivas, monitoramento, detecção precoce e estratégias de
controle. É fundamental conscientizar a sociedade sobre os riscos
associados à introdução de espécies exóticas e promover ações que
evitem a sua disseminação. Ao proteger nossos ecossistemas e
preservar a biodiversidade, podemos garantir um futuro sustentável
para as gerações presentes e futuras.

1.7 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA


https://sema.rs.gov.br/o-que-sao-especies-exoticas-invasoras
https://www.icmbio.gov.br/flonaipanema/destaques/137-o-que-sao-
especies-exoticas-invasoras.html
https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/especies-invasoras

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