Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA
[2023]
PLANTAS E ANIMAIS INVASORES: RISCOS E SOLUÇÕES
[2023]
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Nos tempos modernos, falasse muito sobre o destino do planeta perante a constante
destruição da biodiversidade em nossas florestas, campos, mares, etc. E as espécies invasoras
(EI) são um dos “vilões” da perda da biodiversidade, sendo um problema mundial que afeta a
economia, a saúde humana e os ecossistemas em geral. As EI são organismos introduzidos
pelo homem fora de sua área de distribuição natural, causando grande impacto nas
comunidades nativas e podendo alterar diversos processos ecológicos. No Brasil, foram
identificadas mais de 380 espécies de EI, que geram um gasto de cerca de US$ 50 bilhões por
ano.
Por mais que ainda não se foi encontrado um consenso em relação à terminologia a ser
empregada para as EI de acordo com Chame (2009), existem três premissas consensuais para
se identificar as espécies exóticas invasoras,sendo elas: (1ª) A espécie é introduzida em uma
área fora de sua distribuição geográfica natural, seja por ação humana direta ou indireta;(2ª) A
espécie é capaz de se estabelecer e se reproduzir em seu novo ambiente, o que implica na
sobrevivência da espécie e na possibilidade de ocupação de novas áreas; e (3ª) A espécie
causa impactos negativos significativos no ambiente em que foi introduzida, seja na
biodiversidade, na saúde humana, na economia, na cultura, ou em outros aspectos.
O problema das EI tem sido agravado pela globalização e, por isso, diversos países
têm estabelecido estratégias de proteção de ecossistemas e medidas para erradicação, controle
e monitoramento de invasões. A educação é uma ferramenta crucial para prevenir a
introdução de espécies invasoras, incluindo a avaliação de risco, detecção precoce, rápida
resposta e educação pública.
Assim, é importante que a população esteja consciente sobre os riscos associados à introdução
de espécies invasoras e participe ativamente no controle e prevenção dessas invasões
biológicas. Estratégias regionais e locais também são necessárias, além das estratégias gerais
e globais de controle, para lidar com as peculiaridades das EI em cada país, região ou
local.(COLTON & ALPERT 1998, WILLIAMSON 1996, CRONK & FULLER 1995 apud
SILVA et al, 2011).
6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo uma ampla parte dos especialistas pertencentes a essa área da biologia, as
espécies de plantas e vertebrados com maior número de registros de ocorrência foram
introduzidas voluntariamente no Brasil, estando sua presença em áreas naturais associada a
escapes de sistemas de produção. Sistemas de prevenção e iniciativas de controle e
erradicação de espécies exóticas invasoras devem ser urgentemente implantados em unidades
de conservação brasileiras, a exemplo do que tem sido feito com sucesso em diversos países
para a restauração ambiental e a proteção de espécies nativas.
7
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS
A Biogeografia tem como principal foco de estudo a distribuição geográfica das
espécies atuais e passadas, além de também as evoluções que ocorreram dentro dos mesmos
no passar do tempo.
A distribuição de espécies pelo mundo é bem ampla, devido ao isolamento geográfico
que ocorre de forma natural ou por ações antrópicas, por exemplo: a barreira natural pode ser
caracterizada por montanha, rios e ilhas oceânicas, já a barreira antrópica é causada por
pequenas áreas desmatadas.
Existem conceitos que definem cada tipo de ser vivo encontrado dentro das áreas, de
sua naturalidade ou não, são eles:
FEVEREIRO DE 2023.
● Ela apresenta um sistema radicular profundo, com poucas raízes laterais, que podem
ocorrem em pequeno número que são próximas à superfície do solo e que contém
10
Tipo Havaiano:
Neste tipo são variedades arbustivas com até 5 m de altura, que florescem jovens
(de 4 a 6 meses). Seu florescimento ocorre durante todo o ano e apresenta
pouquíssimas produções de madeiras e folhas, e sua produção é abundante de
semestres, o que possibilita se tornar uma planta invasora. Esse tipo pode ser
encontrado na costa do México, mas tem sido largamente disperso nos trópicos.
Tipo Salvadorenho:
Tipo Peruano:
Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit é uma leguminosa que foi introduzida no Brasil
na década de 1940 para restaurar áreas florestais degradadas e como forma alternativa de
alimentação para o gado. Devido à sua especificidade, coexiste com bactérias fixadoras de
nitrogênio e melhora a fertilidade do solo.
Leucena tem as propriedades positivas acima mencionadas, mas também tem um lado
negativo que a torna uma das piores ervas daninhas que existem. Segundo ALVES(2014) a
espécie afeta drasticamente a resiliência, ou seja , a capacidade de um ambiente em se
restabelecer após algum distúrbio, de sítios invadidos, ela promove a homogeneização da
flora a alta capacidade competitiva e da liberação de aleloquímicos que são metabólitos
secundários, forma de adaptação às condições do meio ambiente em que se encontra, é uma
substância tóxica para animais e afeta a ação produtiva, ou seja diminuindo a qualidade da
pastagens e por ser hospedeira de pragas e doenças de lavouras. Porém, há diversos estudos
atribuindo à leucena a característica de planta invasora em diversas regiões do mundo
12
(SMITH, 1985; WAGNER et al., 1999; SCHERER et al., 2005), que levaram à sua inclusão
na lista das 100 espécies invasoras mais agressivas do planeta, elaborada pela União Mundial
para a Conservação da Natureza – IUCN (LOWE et al., 2000).
A ampla distribuição nacional da leucena e a invasão dos mais diversos ambientes e
ecossistemas é motivo de grande preocupação por seu rápido estabelecimento e domínio em
locais tão diversos quanto a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica.
Nestas áreas, Leucaena forma "desertos verdes", que impedem a reconstrução da
diversidade vegetal da área e, assim, toda a vida animal da área que depende das plantas para
alimentação, abrigo e refúgio, acabando assim com os danos a todos processos ecológicos da
natureza. Embora negligenciada, a Leucena pode ser uma espécie promissora em alguns
empreendimentos.O conhecimento científico sobre a Leucaena acumulado nos últimos anos é
suficiente para mostrar que a introdução da Leucaena na China é um comportamento
irresponsável e sem bom senso. Alguns pesquisadores de instituições públicas.
Não temos motivos para investir no uso de uma espécie como a Leucaena pelo simples
motivo de que o Brasil é um país "biodiverso", temos cerca de 1⁄5 das espécies conhecidas no
mundo aqui. Nosso território abriga milhares de espécies nativas com os mais diversos usos
potenciais. Diante desses problemas, faz-se necessário o desenvolvimento de algumas
políticas públicas voltadas à proibição do cultivo dessa espécie e estratégias para seu controle.
Danos e responsabilidades de Leucaena são frequentemente descobertos à medida que suas
populações aumentam.
A leucena fica verde durante a estação seca e só perde seus folíolos em secas muito
prolongadas ou geadas severas.
A leucena não cresce bem em solos ácidos, latossólicos com um alto teor de alumínio
e com falta de deficientes em cálcio, molibdênio e zinco, nesse caso é necessário a inclusão de
calcário e fosfatos. Elas crescem muito melhor em solos com um pH próximo ao neutro, isso
13
pode afetar a sua nodulação como também o seu crescimento por causa do baixo pH 5,5. Os
solos ácidos tem uma calagem que visa elevar o pH para próximo do neutro, a adubações são
pesadas de superfosfato simples que melhoram bastante a camada superficial do solo, as
raízes da leucena nesta situações não se aprofundam e assim acaba tornando a planta sensível
à falta de água que ocorre na estação seca, reduzindo a produção da forragem.
Quando o solo é ácido, mesmo com calagem e adubação, o que será obtido é uma altas
produções , se houver, na região,boa distribuição de chuvas ao longo do ano ou talvez através
de irrigação no período seco. Nesta situação, a planta não irá depender do aprofundamento do
sistema radicular que mesmo superficial, devido ao subsolo ácido (Seiffert 1982b), não
sofrerá restrição no suprimento de água. Em solos ácidos, o subsolo não oferece boas
condições para aprofundamento do sistema radicular, só é obtida a produção elevada se a sua
calagem e adubação podem ser complementada com irrigação, ou até mesmo com a chuva
bem distribuída ao longo do ano.
TEXTURA DO SOLO
Mo + Cu + Zn FTE BR - 16* 40 4 40
3º Imersão em solução de 90
soda cáustica a 20%
durante uma hora
Com tudo, foram surgindo poucos estudos científicos voltados para a elucidação do
processo de invasão causado pela leucena e ainda não existem evidências científicas de que
essa espécie prolifere em ecossistemas naturais. Além disso, alguns desse ambientes são mais
propícios à invasão e invasibilidade de uma espécie que pode ser variável entre os ambientes e
regiões (REJMÁNEK, 1999), ela vem sendo tratada como um fenômeno biogeográfico e não
taxonômico (COLLAUTTI e MACISAAC, 2004)
Leucaena é facilmente propagada por sementes, com 15 mil a 22 mil sementes por
quilo. As sementes têm uma casca dura e requerem um pré-tratamento para promover a
germinação. Vários métodos (mecânicos, físicos e químicos) são usados para quebrar a
dormência. Sementes de molho em água quente em ponto de ebulição, por 2 a 3 minutos
apresenta resultados satisfatórios, com uma germinação em torno de 80%. A germinação das
sementes ocorre de 3 a 5 dias após a semeadura.
centímetros cúbicos devido ao tamanho e taxa de crescimento das raízes. Em áreas onde esta
espécie nunca foi cultivada, recomenda-se inocular com Rhizobium imediatamente antes da
semeadura, utilizando cerca de 5 g de inoculante por kg de semente.
Essa espécie tem maior ganho de volume quando cultivada em contorno (Fig. 2), o
que permite um melhor aproveitamento da água da chuva em ambientes fechados. No local,
na hora do plantio, pode-se também deixar um vão na parte superior da cova, não aplicar
terra, e deixar o círculo da muda cerca de 5 cm abaixo da borda da cova para formar uma
pequena área de captação de água da chuva.
A Leucaena juniperus é utilizada como adubo verde "mulch film" com a finalidade de
beneficiar as lavouras associadas. O plantio pode ser feito com espaçamento de 1m entre
plantas e espaçamento entre linhas de 2,5m, ou transmissão ao vivo no campo. Após a quebra
da dormência, colocar 40 a 60 sementes por metro linear. Um ano após o plantio, pouco antes
do início da estação chuvosa, as plantas são cortadas a uma altura de 20 cm do solo. Então,
depois que as folhas caem no chão, as partes lenhosas são retiradas, o que acontece de 4 a 5
dias após o corte. Incorporar as folhas ao solo por aração/gradagem mecânica ou tração
animal seguida da cultura desejada (milho, feijão ou ambos).
O manejo da forragem em áreas de Leucaena pode ser feito por pastejo direto, pastejo
puro ou pastejo combinado. Para a formação de pools proteicos, recomenda-se a utilização de
mudas (mudas) formadas em viveiros, buscando utilizar variedades com maior capacidade de
formação de biomassa foliar e menor quantidade de mimosina. Normalmente, são utilizadas
variedades do tipo "peruano". Para áreas semiáridas, são recomendados espaçamentos entre
linhas de 2 m e 0,5 m a 1 m (10 mil a 5 mil plantas por hectare). Os pools de proteína devem
17
representar 10 a 20 por cento da área total de pastagem do animal e constituir 30 por cento da
dieta do gado. Neste caso, a forragem pode utilizar as plantas cortando e fenação ou mesmo
pastando diretamente os animais.
Para produção de energia, o espaçamento deve ser menor do que para produção de
forragem (1.000 a 1.700 plantas por hectare) e os animais devem ser mantidos fora da
plantação. O primeiro corte pode ser feito aos quatro anos de idade, dependendo do local e
espaçamento utilizado. Para produção de madeira de maior porte, recomenda-se desbaste
(desbastar) 50% da árvore de acordo com o aumento de volume (crescimento) da árvore. Em
regiões semiáridas, Leucaena irrigada em plantio direto plantada em intervalos de 0,2 m × 1
m (Fig. 3) explorada com frequência de corte de 45 dias, a produção de forragem (folhas e
caules finos) atingiu, em média, 28 t ha- 1 biomassa seca.
O poder calorífico da madeira é de cerca de 4.200 a 4.600 Kca lkg-1 e seu peso
específico. Entre 0,55 e 0,70 g cm-3, pode ser usado como lenha e carvão. No Brasil, as
variedades K8 e K72 leucena são basicamente indistinguíveis entre si, a densidade base da
madeira é 620 kg m-3. A taxa de conversão do carvão é 34,7% de peso base, 81,% de carbono
teor de cinzas fixas e 1,5%.
Como forragem, os frutos, folhas e ramos de verdura ou feno são usados na dieta de
bovinos, caprinos, suínos e outros animais. A leucena é muito saborosa e tem alto valor
18
O teor de proteína bruta nas folhas é de cerca de 20%, e o teor de folhas e frutos
jovens chega a 35%. A leucena é conhecida por seu alto valor nutricional e semelhança de
composição química com a alfafa. No entanto, teores mais elevados de taninos nas folhas,
principalmente nos ramos, tendem a reduzir a digestibilidade da matéria seca.
Leucena se destaca, atingindo 2,9 m de altura aos oito meses de idade, com 100% de
sobrevivência. Essa espécie também favoreceu o crescimento de outras espécies nativas e o
estabelecimento do capim búfalo (Cenchrus ciliaris) após 15 anos, restaurando totalmente a
cobertura vegetal da área e formando um sistema de agricultura e silvicultura de alto
rendimento.Várias gramíneas podem ser plantadas entre as fileiras de Leucena para aumentar
19
o suprimento geral de forragem do animal. Na Austrália São usadas com sucesso colonião
((Panicum maximum var. trichoglume),(Setaria sphacelata), pangola (Digitaria decumbens) e
capim búfalo (Cenchrus ciliaris.
biológica que não é controlada de forma que pode ser eficiente, isso é um potencial risco de
espécies nativas presentes na área.
Para controlar a invasão do Ricinus communis podemos utilizar herbicidas que podem
controlar aliado com o corte raso, pode ser bastante eficaz devido ao corte realizado. Ao
utilizar qualquer herbicida devemos ter em consideração que pode haver uma contaminação
do solo (intoxicação). Esse fato é ainda mais importante se a utilização ocorrer em áreas
urbanas. Conclui-se que a utilização de herbicidas na concentração de 5 % aliado ao controle
mecânico, bem como o uso de fogo, são eficientes no controle da Ricinus communis áreas
urbanas, mas a utilização do fogo pode degradar o solo.
Por mais que a mamona é uma espécie invasora em algumas áreas, por não permite
que outras espécies habite, ela tem um potencial para serem manejadas em solos ácidos,
possibilitando a mobilização de uma frente alcalina da calagem superficial do solo,
promovendo a extensão dos efeitos para a subsuperfície do solo.
Filo: Angiospermae
Classe: Dicotiledônea
Subclasse: Archichlamydeae
Ordem: Geraniales
Família: Euphorbiaceae
Gênero: Ricinus
contendo 25 variedades botânicas, todas compatíveis entre si. Elas apresentam um número de
cromossomos 2n=2 x=20.
Mamona tem uma grande capacidade de se adaptar, pode ser encontrada no nosso país,
no Rio Grande do Sul até mesmo na Amazônia. Por ser tolerante à seca, está em quantidade
no Nordeste
Possui um sistema radicular semelhante a uma fístula, constituído por uma raiz
principal rotativa cujo desenvolvimento varia com o tamanho da cultivar. As raízes
secundárias são bem desenvolvidas, mas nas plantas anãs são mais ramificadas e penetram
profundamente no solo.
24
A mamona é uma planta tolerante à seca e requer certa quantidade de chuva em torno
de 500 mm para uma boa produtividade. Antes da floração, é necessária uma certa quantidade
de chuva, por exemplo 100 mm por mês, e essa quantidade deve ser distribuída nos primeiros
quatro meses de seu ciclo para que os cachos floresçam em ótimas condições de
abastecimento de água. A temperatura do ar deve ser entre 20 e 30º C.
25
A cor do caule, presença de cera, rugosidade e nós bem definidos apresentam grande
variação com cicatrizes foliares distintas. Quando a planta é jovem, o caule é brilhante, macio
e suculento, à medida que envelhece torna-se lenhoso. As cores podem ser verde, roxo,
violeta, cinza, marrom e vermelho. Suas folhas são simples, grandes, podendo atingir largura
de 10 cm a 40 cm, chegando assim a 60 cm, que é seu maior comprimento. tipo digitolobadas,
denticuladas e pecíolos longos, de 20 cm de largura a 50 cm de comprimento, contendo
filotaxia alternada em forma de ⅖. As principais variações nas folhas de mamoneira são cor,
cerosidade, número de glândulas e profundidade da folha.
A mamona é um tipo híbrido porque contém um sistema reprodutivo que ocorre tanto
na autofecundação quanto na hibridação natural, e sua taxa de alogamia varia com o seu
tamanho. A altura da mamoneira anã é de 1,5 m, a altura da mamoneira média é de 2,0 m e a
26
taxa de fertilização híbrida é de cerca de 25%. As mamoneira de porte alto chegar á 2,5m,
assim a sua taxa atinge cerca de 40%. Estes índices podem ser alterados ou até mesmo
afetados pelo o seu tipo de ramificação, aberta ou fechada.
A mamoneira emite uma inflorescência no ápice da sua haste principal e nos seus
ramos laterais, consequentemente, contém um intervalo definido entre a emissão da primeira e
suas subsequentes. A inflorescência consiste em uma raque, que pode ser distribuída em
meias fases, com flores femininas na parte superior e flores masculinas na parte inferior, e a
proporção de flores femininas para flores masculinas é de 30% a 50%: 70% a 50 %. Depende
da variedade, pois pode haver algo mais a ver com uma maior proporção de flores femininas,
o que implica um benefício em termos de produtividade. Os pistilos das flores femininas
amadurecem de 5 a 10 dias antes das flores masculinas. Os machos expelem o pólen pela
deiscência da antera, que é liberado e levado às flores femininas por correntes de ar, que
podem vir da mesma planta ou até mesmo de outras plantas, de modo que a polinização é
principalmente mediada pelo vento.
O seu fruto é uma cápsula de tricoca que, para além da cor, contém diferentes tipos de
presença quanto ao aspecto, nomeadamente a presença ou ausência de espinhos e o seu
número. Os defeitos dessa planta são classificados em: não deiscentes, semideiscentes e não
deiscentes. As suas sementes são de forma variável, podendo ser ovóides ou ovais, arqueadas
no dorso, com carúnculas salientes muito variáveis na cor. A semente é constituída por uma
casca externa e interna, que representa de 20% a 25% do peso da semente em cultivo
comercial; a carúncula é uma estrutura bastante esponjosa que se origina da divisão das
células do tegumento próximo à micrópila; o endosperma dá a semente é rica em óleo e
proteína, o embrião consiste em cotilédone, radícula, hipocótilo e epicótilo. Algumas
sementes têm algumas variedades, e essas variedades podem ter um período de dormência de
vários meses, desde que a carúncula seja removida, a casca pode ser quebrada. Sua
germinação é epígia, quando é trazida para o solo, seus cotilédones entram em contato com a
superfície do solo e se desdobram como folhas verdes.
27
Quadrados Médios
Fonte de Variação GL
Diâmetro de Altura de Área Foliar
Caule Planta
CT x C 4 85, 15
𝑛𝑠 18, 35* 5231090, 70*
CxA 8 85, 25
𝑛𝑠
10, 56
𝑛𝑠
1398890, 30
𝑛𝑠
CT x C x A 8 148, 88
𝑛𝑠
11, 44
𝑛𝑠
2051101, 69
𝑛𝑠
Diâmetro de caule
BRS BRS
Energia Nordestina
Apresenta um desvio mínimo significativo - DMS das colunas cerca de 2,9570; agora
DMS das linhas é 2,1085.
Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível
em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.
Altura da planta
Adubação Cultivar
Apresenta um desvio mínimo significativo - DMS das colunas cerca de 8,9503; agora
DMS das linhas é 7,4552.
Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível
em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.
Área Foliar
Apresenta um desvio mínimo significativo - DMS das colunas cerca de 1003,4264; agora
DMS das linhas é 1407,2339. a significativa indicada pelo teste de Tukey .
Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível
em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.
Os saguis são animais de hábitos diurnos, de pequeno porte, com peso variando entre
350 a 450 gramas, podendo ser maior em algumas espécies e menores em outras. A pelagem
também varia conforme a espécie e normalmente são utilizadas a variação na coloração para
nomeá-los pela população. Os comportamentos habituais dos saguis são: a catação social, a
vocalização, a aproximação de indivíduos do mesmo grupo, o forrageio, o descanso, a
alimentação e o deslocamento pelas árvores. Estes animais dificilmente descem ao solo para
evitar serem presas fáceis, preferindo viver nos galhos intermediários e copa das árvores.
Alimentam-se basicamente de insetos, moluscos, filhotes de aves e mamíferos, pequenos
lagartos, pequenos anfíbios, ovos, sementes, frutas, flores, goma etc.
O tamanho do grupo vai variar conforme a espécie, porém de maneira geral, a média é
de 3-15 animais por grupo de sagui. O grupo social organiza um sistema de dominância e a
31
O período de gestação varia de 140-160 dias, nascendo 2 filhotes por gestação de uma
única fêmea que andam agarrados nas costas da mãe e de outro integrante do grupo, com duas
semanas já começam a complementar a amamentação com frutas e atingem a maturidade
sexual por volta dos 13-14 meses.
De acordo com Carlos Salvador (2012), a invasão do javali já alcançou cerca de 20%
do continente, 4 países contíguos e 7% de ecossistemas prioritários para conservação, e possui
11% de sobreposição com duas das quatro espécies nativas de porcos do mato. Sus scrofa está
na lista das 100 espécies invasoras mais graves principalmente por problemas econômicos
como ataques em lavouras e como reservatório de doenças humanas e de animais domésticos,
e ambientais como alteração da vegetação por consumo de sementes (Lowe et al. 2000). A
forma doméstica de S. scrofa foi uma das primeiras e principais espécies exóticas introduzidas
na América do Sul durante a colonização europeia a partir do final do século XV (Diamond
2006; Donkin 1985; Zadik 2005). Problemas de invasão com porco asselvajado deveriam ser
igualmente antigos, como ocorrido depois na Austrália, na Nova Zelândia e em ilhas
oceânicas (Atkinson 2006; Choquenot et al. 1996; Oliver & Brisbin 1993). (SALVADOR
Carlos. 2012)
Em 10% das menções foram citados os impactos sanitários e a predação de ninhos (de
aves, quelônios e jacarés). Os impactos sanitários são de grande preocupação ambiental,
comercial e econômica, pois podem transmitir doenças a fauna que coexiste, como a exemplo
Pecari tajacu e Tayassu pecari (DEBERDT; SCHERER, 2007) e mesmo outros animais
nativos e mesmo domésticos, valendo destacar que as patologias infecciosas podem interferir
na produção comercial, em especial as patologias que causam adversidades reprodutivas
como a leptospirose (MARCHIORI-FILHO et al., 2002). (SOUZA DE MOURA, A. et al.
2020)
35
O que se sugere nos dados aqui detectados é que, a presença de espécies exóticas
invasoras muito provavelmente causa danos às espécies nativas (vegetais e animais), pois
geralmente estas espécies já possuem populações desestabilizadas por fragmentação. Por este
motivo, estas espécies invasoras como S. scrofa, devem ser identificadas para impulsionar
estratégias de mitigação, pois, o conhecimento sobre composição da comunidade de diferentes
grupos de vertebrados, em áreas diferentes, suas interações (positivas e negativas), e suas
36
Espécies exóticas invasoras são consideradas um dos principais fatores que ameaçam
espécies de vertebrados (Baillie et al. 2010). Consequentemente, existem diversos acordos
internacionais para a contenção de espécies exóticas invasoras (e.g., SCBD 2008). Apesar do
aumento do comprometimento das nações, o principal desafio atual é assegurar que políticas
públicas sejam implementadas (McGeoch et al. 2010). (SALVADOR Carlos. 2012)
De acordo com a pesquisa do Carlos Salvador (2012), Por outro lado, as principais
estratégias utilizadas para manejo de S. scrofa na natureza, tanto na condição de nativa (e.g.,
Briedermann 2009; Fonseca & Correia 2008) como de exótica (e.g., Choquenot et al. 1996;
West et al. 2009), necessitam de um esforço constante em número de pessoas e intensidade, e
de métodos bem planejados geralmente administrados pelas agencias de gestão de fauna
destes países. Em todos os casos, os principais métodos empregados são específicos para
espécie alvo (e.g., caça com arma de fogo) e não específicos (e.g., veneno e caça com
armadilhas). Depois de mais de meio século de avanços no manejo de S. scrofa selvagem na
Austrália e Estados Unidos, tem sido um consenso que a maior eficiência das estratégias
ocorre quando existe possibilidade de maior combinação dos métodos e maior envolvimento
voluntário da comunidade local (Choquenot et al. 1996; West et al. 2009). Em todos estes
países, este envolvimento tem sido alcançado através da caça esportiva para garantir o esforço
de manejo intenso e constante dentro de espaços geograficamente planejados, que os órgãos
governamentais gestores de fauna sozinhos não teriam condições de efetivar (Briedermann
37
2009; Choquenot et al. 1996; Fonseca & Correia 2008; West et al. 2009). (SALVADOR
Carlos. 2012)
Além disso, a planta tem sido utilizada em medicina tradicional para o tratamento de
várias condições de saúde, como constipação, artrite e inflamações. Diversos estudos têm sido
realizados para investigar as propriedades medicinais da planta. Por exemplo, estudos in vitro
mostraram que o óleo de Ricinus communis possui atividade antimicrobiana contra várias
bactérias, incluindo Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Além disso, alguns estudos em
animais sugerem que o óleo de Ricinus communis pode ter efeitos anti-inflamatórios e
antioxidantes, além de potencial para melhorar a cicatrização de feridas.
FONTE: https://kaiima.com/pt/mamona/
A Leucaena é uma árvore de porte médio, que pode atingir até 10 metros de altura,
com copa arredondada e densa. As folhas são compostas e apresentam pequenos folíolos em
forma de meia-lua. As flores são pequenas e brancas, e as vagens contêm sementes pequenas
e achatadas, é valorizada por sua capacidade de fixar o nitrogênio do ar em seus tecidos, o que
a torna uma importante fonte de fertilizante orgânico para outras culturas agrícolas. Além
disso, a planta é utilizada como alimento para o gado, uma vez que suas folhas são ricas em
proteínas e minerais. No entanto, é importante ressaltar que a Leucaena pode ser invasiva em
algumas regiões, competindo com outras espécies vegetais nativas e causando impactos
negativos sobre a biodiversidade local. Por isso, é importante que o cultivo da mesma seja
realizado de forma responsável, levando em consideração os impactos ambientais e sociais da
atividade. A utilização de práticas sustentáveis, como o manejo adequado da planta e o plantio
em conjunto com outras espécies vegetais, pode ajudar a minimizar esses impactos e garantir
que o cultivo seja uma atividade econômica viável e ambientalmente sustentável.
Os valores nutricionais da leucena (tabela 1) indicam alto teor de proteína, superior, na
maior parte do ano, a 25% na matéria seca, sem grandes oscilações neste valor entre secas e
águas. Outro ponto a ressaltar é que as folhas, por apresentarem elevados teores de
betacaroteno, permanecem verdes o ano todo, inclusive na época seca. Devido à lenta
digestibilidade da leguminosa, em função da presença de tanino, associada ao reduzido tempo
39
de retenção no rúmen, há maior passagem de proteína para o abomaso, podendo chegar a 30%
da proteína total, contribuindo para o melhor desempenho animal.
TABELA 1 - Composição química da Leucaena leucocephla nas época das secas e das
águas.
O uso da leucena como complemento alimentar nas pastagens pode ser realizado de
duas maneiras: em faixas intercaladas ou na forma de banco de proteína, podendo este ser
com acesso livre ou controlado. Lourenço e Carriel (1997) realizaram as comparações no
desempenho animal por área entre o pastejo exclusivo de pastagens de Brachiaria brizantha
cv. Marandu ou com a consorciação de leucena, plantadas em faixas ou na forma de banco de
proteína.
Callithrix spp. são primatas conhecidos popularmente como saguis ou micos. Algumas
espécies dessa família são consideradas invasoras em algumas regiões do mundo,
especialmente quando são introduzidas em ecossistemas fora de sua área de distribuição
natural. As espécies invasoras vêm sendo estudadas através de várias abordagens, visando
entender quais são os fatores que mais influenciam o sucesso de uma invasão biológica, quais
espécies têm maior potencial de invasão e quais ambientes são os mais fáceis de serem
40
O javali (Sus scrofa) é uma espécie de porco selvagem originária da Europa e Ásia,
mas que atualmente tem uma distribuição cosmopolita, sendo introduzida em diversas partes
do mundo. No Brasil ocorrem três espécies de porcos-do-mato: o cateto ou catitu, o cateto
mundéu e a queixada, que são protegidos pela legislação brasileira. Essas espécies, embora
sejam conhecidas como "porcos-do-mato", não são porcos verdadeiros. São animais da fauna
nativa da família dos tayassuideos e não suídeos como os porcos verdadeiros. O
javali-europeu é um suídeo exótico da fauna brasileira. Foi introduzido no país para
41
FONTE: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3351/2556
43
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, José Nicola Martorano Neves da; DURIGAN, Giselda. Leucaena leucocephala
(Lam.) de Wit (Fabaceae): invasora ou ruderal?. Revista Árvore, v. 34, p. 825-833, 2010.
DE MORAIS JR, Márcio M. et al. Os sagüis, Callithrix Jacchus epenicillata, como espécies
invasoras na região de ocorrência do mico-leão dourado. Conservação do
mico-leão-dourado, v. 28820, p. 86, 2008. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Dora-Villela/publication/262223838_Qualidade_do_Hab
itat_na_Area_de_Ocorrencia_do_Mico-Leao-Dourado/links/02e7e53714c095042c000000/Qu
alidade-do-Habitat-na-Area-de-Ocorrencia-do-Mico-Leao-Dourado.pdf#page=87
LuiJ. F. Estudo citogenético de javalis puros (Sus Scrofa Scrofa) e híbridos nas regiões
sudeste e sul do Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e
Zootecnia do CRMV-SP, v. 3, Disponível em:
https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3351
45
OLIVEIRA, Felipe Silva. É possível controlar em áreas urbanas a espécie invasora ricinus
communis l.?. 2018.
SALVADOR, C.H. Ecologia e manejo de javali (Sus scrofa L.) na América do Sul. Tese de
doutorado. p.152. Programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.