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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

DISCIPLINA: 515019 – FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA

Emanuele Vitoria da Silva - 805808

Giovanna Damaceno Riquetto - 815408

Mylena Cristina de Carvalho Sette - 813194

Pedro Henrique Cardoso - 810913

Vinícius Augusto Oliveira Castro - 792272

PLANTAS E ANIMAIS INVASORES: RISCOS E SOLUÇÕES

Sorocaba, Semestre 2022/2

[2023]
PLANTAS E ANIMAIS INVASORES: RISCOS E SOLUÇÕES

Monografia apresentada na disciplina


Fundamentos de Ecologia como parte do
processo avaliativo.

Orientação: Prof. Dr. Albano G.E. Magrin

Sorocaba, Semestre 2022/2

[2023]
RESUMO

PLANTAS E ANIMAIS INVASORES: RISCOS E SOLUÇÕES

Espécies invasoras (EI) são organismos introduzidos direta ou indiretamente pelo


homem fora da sua área de distribuição natural, podendo causar grande impacto nas
comunidades nativas e afetando diretamente a biodiversidade. Há um grande
desconhecimento acerca dos riscos associados à introdução de espécies invasoras, portanto, a
educação é uma importante estratégia de prevenção. Um exemplo de EI que causa muitos
problemas é o JAVALI (SUS SCROFA) principalmente por problemas econômicos como
ataques em lavouras e como reservatório de doenças humanas e de animais domésticos, e
ambientais como alteração da vegetação por consumo de sementes. Por outro lado, a
implantação de uma espécie em outro ambiente quando feita de forma correta pode gerar
consequências positivas, tendo como exemplo a Mamona (Ricinus communis) que graças a
seu intercâmbio em lugares distintos a planta tem sido utilizada em medicina tradicional para
o tratamento de várias condições de saúde, como constipação, artrite e inflamações. Tendo em
vista os perigos da não educação ambiental, conhecendo um pouco de algumas espécies
invasoras, nos atentamos a educar ambientalmente a comunidade para que não ocorram riscos
de desequilíbrio ambiental por meio de animais e plantas invasoras.

Palavras-chave: resumo; invasoras; javali; mamona; educação ambiental.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ………………………………………...………………………..5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ………………………………………...…….6
3. METODOLOGIA …………………………………………………...…………...7
4. RESULTADOS ………………………………………………………...…...…….8
4.1 LEUCENA (LEUCAENA LEUCOCEPHALA).……………………………....9
4.1.1 Características da Leucena......………………………………………….…..10
4.1.2 Clima, Solo e Adubação...………………………………………………..….12
4.1.3 Escarificação na palma da mão unlocked...……………………………......14
4.1.4 Silvicultura e Manejo.……………………………………………..……...…15
4.1.5 Produtividade e Usos.……………………………………………..…………17
4.2 MAMONA (RICINUS COMMUNIS L.)..…………………………………….19
4.2.1 CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS…….…………………..………….....21
4.3 SAGUI (CALLITHRIX)..……………………………………………………..30
4.3.1 IMPACTO DOS SAGUIS…...………………………………………………31
4.4 JAVALI (SUS SCROFA)...……………………………………………………..32
4.4.1 IMPACTOS DOS JAVALIS..……………………………………………..…34
4.4.2 MANEJO DOS JAVALIS…………………………………………...……….35
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...………………………………..………....36
5.1 RICINUS COMMUNIS L...……………………………………………………36
5.2 LEUCAENA LEUCOCEPHALA …..……………………………………...….37
5.3 CALLITHRIX SPP……………………………………………………………..39
5.4 SUS SCROFA....…………………………………………………….………….40
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...………………………………………………....42
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS….……………………………………..43
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1. INTRODUÇÃO
Nos tempos modernos, falasse muito sobre o destino do planeta perante a constante
destruição da biodiversidade em nossas florestas, campos, mares, etc. E as espécies invasoras
(EI) são um dos “vilões” da perda da biodiversidade, sendo um problema mundial que afeta a
economia, a saúde humana e os ecossistemas em geral. As EI são organismos introduzidos
pelo homem fora de sua área de distribuição natural, causando grande impacto nas
comunidades nativas e podendo alterar diversos processos ecológicos. No Brasil, foram
identificadas mais de 380 espécies de EI, que geram um gasto de cerca de US$ 50 bilhões por
ano.
Por mais que ainda não se foi encontrado um consenso em relação à terminologia a ser
empregada para as EI de acordo com Chame (2009), existem três premissas consensuais para
se identificar as espécies exóticas invasoras,sendo elas: (1ª) A espécie é introduzida em uma
área fora de sua distribuição geográfica natural, seja por ação humana direta ou indireta;(2ª) A
espécie é capaz de se estabelecer e se reproduzir em seu novo ambiente, o que implica na
sobrevivência da espécie e na possibilidade de ocupação de novas áreas; e (3ª) A espécie
causa impactos negativos significativos no ambiente em que foi introduzida, seja na
biodiversidade, na saúde humana, na economia, na cultura, ou em outros aspectos.
O problema das EI tem sido agravado pela globalização e, por isso, diversos países
têm estabelecido estratégias de proteção de ecossistemas e medidas para erradicação, controle
e monitoramento de invasões. A educação é uma ferramenta crucial para prevenir a
introdução de espécies invasoras, incluindo a avaliação de risco, detecção precoce, rápida
resposta e educação pública.
Assim, é importante que a população esteja consciente sobre os riscos associados à introdução
de espécies invasoras e participe ativamente no controle e prevenção dessas invasões
biológicas. Estratégias regionais e locais também são necessárias, além das estratégias gerais
e globais de controle, para lidar com as peculiaridades das EI em cada país, região ou
local.(COLTON & ALPERT 1998, WILLIAMSON 1996, CRONK & FULLER 1995 apud
SILVA et al, 2011).
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Com base em inúmeras informações presentes em diversos artigos e trabalhos


relacionados à questão de Espécies Exóticas Invasoras, foi realizada uma análise dos registros
de ocorrência de plantas e vertebrados exóticos invasores em unidades de conservação
enquadradas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação do Brasil.

O maior número de espécies exóticas invasoras registrado é de plantas terrestres,


seguido de peixes, mamíferos, aves, répteis e anfíbios. As categorias de unidade de
conservação de proteção integral com maior número de ocorrências e de espécies exóticas
invasoras são Parque Estadual, Parque Nacional, Parque Natural Municipal e Reserva
Biológica. As categorias de uso sustentável com maior número de ocorrências e espécies são
Áreas de Proteção Ambiental, Reservas Particulares do Patrimônio Natural, Florestas
Nacionais e Florestas Estaduais.

Segundo uma ampla parte dos especialistas pertencentes a essa área da biologia, as
espécies de plantas e vertebrados com maior número de registros de ocorrência foram
introduzidas voluntariamente no Brasil, estando sua presença em áreas naturais associada a
escapes de sistemas de produção. Sistemas de prevenção e iniciativas de controle e
erradicação de espécies exóticas invasoras devem ser urgentemente implantados em unidades
de conservação brasileiras, a exemplo do que tem sido feito com sucesso em diversos países
para a restauração ambiental e a proteção de espécies nativas.
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3. METODOLOGIA

Com base na análise de conteúdo bibliográfico de artigos, dissertações, estudos e sites


baseados em nosso trabalho científico, a pesquisa da análise começa com uma preocupação
com a disseminação de espécies invasoras na flora: disputando espaço com espécies nativas
ou impedindo o crescimento de plantas nativas, perda da diversidade da flora e até da fauna
local. Fauna: Compete com espécies nativas por espaço e alimento, espalha doenças para
animais nativos e domesticados, pode causar danos a plantações, causa erosão e destruição de
nascentes e vegetação nativa e caça ou fere animais nativos.
Confrontado com as consequências da flora e fauna invasoras, ele embarcou em uma
série de estudos na esperança de obter uma melhor compreensão da flora e da fauna e explorar
como situações invasivas podem controlar áreas de outras espécies.
Por diversos motivos (bióticos ou abióticos) influenciam a permanência ou a extinção
de um ser vivo naquela determinada área, e nesta monografia será tratado especificamente
sobre quatro espécies Exóticas Invasoras e o que determina elas serem invasores, além das
consequências desta condição, são as espécies: Leucena (Leucena leucocephala), Mamona
(Ricinus communis), Javali (Sus scrofa).
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4. RESULTADOS
A Biogeografia tem como principal foco de estudo a distribuição geográfica das
espécies atuais e passadas, além de também as evoluções que ocorreram dentro dos mesmos
no passar do tempo.
A distribuição de espécies pelo mundo é bem ampla, devido ao isolamento geográfico
que ocorre de forma natural ou por ações antrópicas, por exemplo: a barreira natural pode ser
caracterizada por montanha, rios e ilhas oceânicas, já a barreira antrópica é causada por
pequenas áreas desmatadas.
Existem conceitos que definem cada tipo de ser vivo encontrado dentro das áreas, de
sua naturalidade ou não, são eles:

Espécie nativa Espécies naturais e originárias da sua região,


isso é, quando estão dentro do seus limites
de naturalidade, além disso tornam-se
espécies exóticas.

Espécie endêmica Seres encontrados somente em uma


determinada região. A causa do endemismo
são por causas naturais (movimento de
placas tectônicas, alagamentos, montanhas,
rios, etc.)

Espécie exótica Seres vivos que são retirados de seu local de


naturalidade, e são introduzidos em outras
áreas.
A maior parte das introduções ocorre
intencionalmente por ação antrópica.

Espécie invasora São as espécies que se proliferam de forma


descontrolada, causando perda da
biodiversidade e pode causar até mesmo
extinções de outros seres vivos.

Por diversos motivos (bióticos ou abióticos) influenciam a permanência ou a extinção


de um ser vivo naquela determinada área, e nesta monografia será tratado especificamente
sobre quatro espécies Exóticas Invasoras e o que determina elas serem invasores, além das
consequências desta condição, são as espécies: Leucena (Leucena leucocephala), Mamona
(Ricinus communis), Javali (Sus scrofa) e Sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus).
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4.1 LEUCENA (LEUCAENA LEUCOCEPHALA)


A Leucena é nativa da América Central e de lá se espalhou para outras partes do
mundo devido a sua ampla gama de usos, é utilizada para forragem, produção de madeira,
carvão, em parte para melhoramento do solo e não tão boa para o solo.
Leucena pertence aos trópicos e seu solo rico e bem drenado permite a produção
barata de grandes quantidades de proteína para alimentação animal.

FOTOGRAFIA: Leucaena leucocephala.

FONTE: RIBEIRO, CHRISTIAN. Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit .Disponível


em:HTTPS://UENF.BR/PROJETOS/ARVORESDAUENF/ESPECIE-2/LEUCENA/. ACESSO EM 20 DE

FEVEREIRO DE 2023.

4.1.1 Características da Leucena

● Ela apresenta um sistema radicular profundo, com poucas raízes laterais, que podem
ocorrem em pequeno número que são próximas à superfície do solo e que contém
10

nódulos fixadores de nitrogênio com 2,5 a 15 mm de diâmetro e com formato


frequentemente multilobado.
● As folhas da leucena são bipinadas, têm de 15 a 20 cm de comprimento, apresenta de
quatro a dez pares de pinas, cada uma com cinco a vinte pares folíolos em cada pina.
Cada folíolo desse contém de 7 a 15 cm de comprimento e 3 a 4 mm de largura.
● A sua inflorescência é globosa e solitária, sobre um pedúnculo com mais de 5 cm de
comprimento, apresenta numerosas flores brancas. As flores de leucena formam
inflorescências brancas, redondas e quase sempre são de autopolinização, que resultam
em diversos cachos de vagens. As suas vagens são extremamente estreitas e achatadas,
com 20 cm de comprimento e 2 cm de largura, portando 12 a 20 sementes, Assim as
sementes são elípticas, comprimidas e de cor marrom (Skerman 1977; Bogdan 1977).
Quando maduras, abrem longitudinalmente, mostrando as sementes que contém uma
película cerosa bastante resistente e que impossibilita a sua germinação nos primeiros
meses após sua queda ao solo.
● Segundo a National Academy of Sciences (1977), são conhecidas dez espécies de
leucena: L. leucocephala; L. pulverulenta; L. diversifolia; L. lanceolata; L. collinsii;
L. esculenta; L. macrophylla; L. retusa; L. shannanii e L. trichodes.

FOTOGRAFIA: Organograma da Leucaena leucocephala.

Fonte: Lider Agronomia, Leucena, Disponível em:


https://www.lideragronomia.com.br/2012/02/leucena.html?m=1. acesso em 15 de fevereiro de
2023.

As leucenas diferem grandemente em porte, sendo conhecidas mais de 100 variedades


que são agrupadas em três tipos:
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Tipo Havaiano:

Neste tipo são variedades arbustivas com até 5 m de altura, que florescem jovens
(de 4 a 6 meses). Seu florescimento ocorre durante todo o ano e apresenta
pouquíssimas produções de madeiras e folhas, e sua produção é abundante de
semestres, o que possibilita se tornar uma planta invasora. Esse tipo pode ser
encontrado na costa do México, mas tem sido largamente disperso nos trópicos.

Tipo Salvadorenho:

Já a Salvadorenho apresenta plantas altas com até 20 m de altura, são folhas


grandes e troncos grossos. Sua origem é no interior da América Central e produz,
geralmente, mais do dobro de biomassa do que tipo havaiano. Suas plantas são
usadas principalmente para a produção de madeira, carvão vegetal, Ela apresenta
diversos nomes como “Havaí gigante” ou K8, K28 ou K67.

Tipo Peruano:

O peruano apresenta plantas com até 15 m de altura, mas contém bastante


ramificação e grande quantidade de folhagem. Embora produza bastante
forragem, tem sido investigada só recentemente e seu emprego tem sido testado
somente no Havaí, Austrália e México.

Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit é uma leguminosa que foi introduzida no Brasil
na década de 1940 para restaurar áreas florestais degradadas e como forma alternativa de
alimentação para o gado. Devido à sua especificidade, coexiste com bactérias fixadoras de
nitrogênio e melhora a fertilidade do solo.
Leucena tem as propriedades positivas acima mencionadas, mas também tem um lado
negativo que a torna uma das piores ervas daninhas que existem. Segundo ALVES(2014) a
espécie afeta drasticamente a resiliência, ou seja , a capacidade de um ambiente em se
restabelecer após algum distúrbio, de sítios invadidos, ela promove a homogeneização da
flora a alta capacidade competitiva e da liberação de aleloquímicos que são metabólitos
secundários, forma de adaptação às condições do meio ambiente em que se encontra, é uma
substância tóxica para animais e afeta a ação produtiva, ou seja diminuindo a qualidade da
pastagens e por ser hospedeira de pragas e doenças de lavouras. Porém, há diversos estudos
atribuindo à leucena a característica de planta invasora em diversas regiões do mundo
12

(SMITH, 1985; WAGNER et al., 1999; SCHERER et al., 2005), que levaram à sua inclusão
na lista das 100 espécies invasoras mais agressivas do planeta, elaborada pela União Mundial
para a Conservação da Natureza – IUCN (LOWE et al., 2000).
A ampla distribuição nacional da leucena e a invasão dos mais diversos ambientes e
ecossistemas é motivo de grande preocupação por seu rápido estabelecimento e domínio em
locais tão diversos quanto a Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica.
Nestas áreas, Leucaena forma "desertos verdes", que impedem a reconstrução da
diversidade vegetal da área e, assim, toda a vida animal da área que depende das plantas para
alimentação, abrigo e refúgio, acabando assim com os danos a todos processos ecológicos da
natureza. Embora negligenciada, a Leucena pode ser uma espécie promissora em alguns
empreendimentos.O conhecimento científico sobre a Leucaena acumulado nos últimos anos é
suficiente para mostrar que a introdução da Leucaena na China é um comportamento
irresponsável e sem bom senso. Alguns pesquisadores de instituições públicas.
Não temos motivos para investir no uso de uma espécie como a Leucaena pelo simples
motivo de que o Brasil é um país "biodiverso", temos cerca de 1⁄5 das espécies conhecidas no
mundo aqui. Nosso território abriga milhares de espécies nativas com os mais diversos usos
potenciais. Diante desses problemas, faz-se necessário o desenvolvimento de algumas
políticas públicas voltadas à proibição do cultivo dessa espécie e estratégias para seu controle.
Danos e responsabilidades de Leucaena são frequentemente descobertos à medida que suas
populações aumentam.
A leucena fica verde durante a estação seca e só perde seus folíolos em secas muito
prolongadas ou geadas severas.

4.1.2 Clima, Solo e Adubação

As leucenas normalmente crescem nos trópicos e subtrópicos em regiões de até 500 m


de altitude, elas podem suportar grandes diferenças de precipitações, luminosidade, salinidade
dos solos, inundações periódicas, fogo, geadas leves e seca. O seu desenvolvimento é somente
obtido em áreas onde chove cerca de 600 a 1.700 mm suportando bem nas épocas curtas de
estiagem. Leucena é uma planta que prefere insolação direta, assim perdendo as suas folhas
na sombra e com as geadas leves, brotando, logo em seguida.

A leucena não cresce bem em solos ácidos, latossólicos com um alto teor de alumínio
e com falta de deficientes em cálcio, molibdênio e zinco, nesse caso é necessário a inclusão de
calcário e fosfatos. Elas crescem muito melhor em solos com um pH próximo ao neutro, isso
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pode afetar a sua nodulação como também o seu crescimento por causa do baixo pH 5,5. Os
solos ácidos tem uma calagem que visa elevar o pH para próximo do neutro, a adubações são
pesadas de superfosfato simples que melhoram bastante a camada superficial do solo, as
raízes da leucena nesta situações não se aprofundam e assim acaba tornando a planta sensível
à falta de água que ocorre na estação seca, reduzindo a produção da forragem.

Foi conduzido um experimento em Campo Grande (MS), em solo LVE e seu pH em


torno era de 5,5 e com a apresenta de alumínio 0,3 a 0,5, que mostram que uma aplicação de
4t de calcário dolomítico por ha e adubação de 450 kg de superfosfato simples mais de 40 kg
de FTE-Br 16/ha, possibilitaram a obtenção de produções de 5,5 a 6,0 t de MS/ha, na fração
utilizável para forragem (folhas + vagens + hastes finas). No entanto, em anos de seca
acentuada, a produção de outono é bastante reduzida (1,5 a 2,0 t de MS/ha). Ou seja, o mais
recomendável para o seu plantio seja feito em solos férteis ou fertilizados, em que o pH esteja
acima de 6.

Quando o solo é ácido, mesmo com calagem e adubação, o que será obtido é uma altas
produções , se houver, na região,boa distribuição de chuvas ao longo do ano ou talvez através
de irrigação no período seco. Nesta situação, a planta não irá depender do aprofundamento do
sistema radicular que mesmo superficial, devido ao subsolo ácido (Seiffert 1982b), não
sofrerá restrição no suprimento de água. Em solos ácidos, o subsolo não oferece boas
condições para aprofundamento do sistema radicular, só é obtida a produção elevada se a sua
calagem e adubação podem ser complementada com irrigação, ou até mesmo com a chuva
bem distribuída ao longo do ano.

No CNPGC, em Campo Grande (MS), estão sendo efetuadas pesquisas, visando a


seleção de leucenas para sua adaptação a solos ácidos e que deverão levar à indicação de
variedades dentro dos próximos anos.

TABELA 1 - Recomendações gerais para calagem e adubação (kg/ha) da Leucena,


cultivada em solo de cerrado de diferentes texturas.

TEXTURA DO SOLO

Nutrientes Fontes Arenosa Média Argilosa

Ca + Mg Calcário dolomítico 500 2.000 4.000


14

P + S Superfosfato simples 200 300 550

Mo + Cu + Zn FTE BR - 16* 40 4 40

*3,5% de Zn, 1,5% de Co e 0,40% de Mo.

Fonte: Seiffert e Thiago (1983).

4.1.3 Escarificação na palma da mão unlocked

A escarificação mecânica e os tratamentos com ácido sulfúrico, embora eficazes, são


difíceis de usar em fazendas que precisam processar um grande número de sementes,
enquanto os tratamentos com água quente, embora fáceis de aplicar, provaram ser
ineficientes. O tratamento com soda cáustica comercial tem se mostrado um método eficaz de
escarificação do solo, além de ser um produto barato, facilmente disponível comercialmente e
familiar aos fabricantes que costumam usar soda cáustica para fazer sabão em áreas rurais. No
entanto, houve uma diferença de 30% no desempenho de raspagem entre diferentes marcas
comerciais de refrigerante, o que pode ser resultado do tempo de armazenamento do produto.
Marcas que usam latas como embalagem têm melhores efeitos de arranhão.

TABELA 2 - Eficiência dos métodos de escarificação para sementes de L. leucocephala.


Peru e L. pulverulenta.

Classificação Método de Escarificação % De germinação induzida


pelo Tratamento

1º Ruptura mecânica da 100


cutícula (padrão)

2º Imersão em ácido sulfúrico 95


concentrado durante 20
minutos

3º Imersão em solução de 90
soda cáustica a 20%
durante uma hora

4º Imersão em água fervente 40


durante 20 minutos

Fonte: Seiffert (1982).


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Com tudo, foram surgindo poucos estudos científicos voltados para a elucidação do
processo de invasão causado pela leucena e ainda não existem evidências científicas de que
essa espécie prolifere em ecossistemas naturais. Além disso, alguns desse ambientes são mais
propícios à invasão e invasibilidade de uma espécie que pode ser variável entre os ambientes e
regiões (REJMÁNEK, 1999), ela vem sendo tratada como um fenômeno biogeográfico e não
taxonômico (COLLAUTTI e MACISAAC, 2004)

A leucena produz sementes em grande quantidade. A espécie reúne vários atributos


que são considerados favoráveis para ervas daninhas invasoras (BAKER et al., 1965, 1974),
ou seja a sua capacidade de se reproduzir sexual e assexuadamente. Leucena não se multiplica
vegetativamente, mas rebrota sucessivas vezes após o corte), seu crescimento rápido, curto
período pré-reprodutivo, alta plasticidade e tolerância a ambientes diversos. As sementes são
secas e duram sejam predominantemente dispersas por gravidade (barocoria), há relatos de
que a espécie é zoocória (INSTITUTO HÓRUS, 2008). A sementes podem ser dispersadas
por aves e formigas, que possibilitam o transporte para que além do limite de suas copas e que
suas sementes podem ser dispersas por aves e formigas, possibilitando transporte para além
do limite de suas copas, o que é requisito para a disseminação de espécies invasoras. A
dispersão pelo homem (antropocoria), através de cultivo, tem sido uma das formas mais
eficazes de disseminação de plantas invasoras (THOMPSON, 2007) e a leucena tem sido
amplamente cultivada no Brasil, especialmente como planta forrageira e, também, com a
finalidade de recuperação ambiental.

4.1.4 Silvicultura e Manejo

Leucaena é facilmente propagada por sementes, com 15 mil a 22 mil sementes por
quilo. As sementes têm uma casca dura e requerem um pré-tratamento para promover a
germinação. Vários métodos (mecânicos, físicos e químicos) são usados ​para quebrar a
dormência. Sementes de molho em água quente em ponto de ebulição, por 2 a 3 minutos
apresenta resultados satisfatórios, com uma germinação em torno de 80%. A germinação das
sementes ocorre de 3 a 5 dias após a semeadura.

As mudas devem ser cultivadas em viveiro em sacos plásticos de 8 cm de diâmetro e


20 cm de altura em substrato contendo mistura de terra e adubo orgânico (curtente) na
proporção de 2:1. No caso de cultivo de mudas em tubetes plásticos, recomenda-se o uso de
recipientes grandes (geralmente para mudas de frutas), com volume em torno de 250
16

centímetros cúbicos devido ao tamanho e taxa de crescimento das raízes. Em áreas onde esta
espécie nunca foi cultivada, recomenda-se inocular com Rhizobium imediatamente antes da
semeadura, utilizando cerca de 5 g de inoculante por kg de semente.

Dependendo do tratamento recebido, as mudas (mudas) permanecem no viveiro por


cerca de 60 a 80 dias, e quando atingem altura média em torno de 25 cm a 30 cm, devem ser
levadas a campo para o plantio definitivo. Caso não haja condições de irrigar as plantas do
campo, a operação de plantio deve coincidir com o início do período chuvoso na área. O
espaçamento utilizado irá variar de acordo com a variedade e finalidade do plantio, para fins
energéticos recomenda-se uma densidade de 6m² por planta (2m x 3m). A cova deve ser
profunda (30cm x 30cm x 30cm), sendo recomendada adubação para facilitar o rápido
desenvolvimento do sistema radicular. No momento do plantio, o recipiente plástico deve ser
retirado para não atrapalhar o desenvolvimento das raízes e também para evitar dobras.

Essa espécie tem maior ganho de volume quando cultivada em contorno (Fig. 2), o
que permite um melhor aproveitamento da água da chuva em ambientes fechados. No local,
na hora do plantio, pode-se também deixar um vão na parte superior da cova, não aplicar
terra, e deixar o círculo da muda cerca de 5 cm abaixo da borda da cova para formar uma
pequena área de captação de água da chuva.

A Leucaena juniperus é utilizada como adubo verde "mulch film" com a finalidade de
beneficiar as lavouras associadas. O plantio pode ser feito com espaçamento de 1m entre
plantas e espaçamento entre linhas de 2,5m, ou transmissão ao vivo no campo. Após a quebra
da dormência, colocar 40 a 60 sementes por metro linear. Um ano após o plantio, pouco antes
do início da estação chuvosa, as plantas são cortadas a uma altura de 20 cm do solo. Então,
depois que as folhas caem no chão, as partes lenhosas são retiradas, o que acontece de 4 a 5
dias após o corte. Incorporar as folhas ao solo por aração/gradagem mecânica ou tração
animal seguida da cultura desejada (milho, feijão ou ambos).

O manejo da forragem em áreas de Leucaena pode ser feito por pastejo direto, pastejo
puro ou pastejo combinado. Para a formação de pools proteicos, recomenda-se a utilização de
mudas (mudas) formadas em viveiros, buscando utilizar variedades com maior capacidade de
formação de biomassa foliar e menor quantidade de mimosina. Normalmente, são utilizadas
variedades do tipo "peruano". Para áreas semiáridas, são recomendados espaçamentos entre
linhas de 2 m e 0,5 m a 1 m (10 mil a 5 mil plantas por hectare). Os pools de proteína devem
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representar 10 a 20 por cento da área total de pastagem do animal e constituir 30 por cento da
dieta do gado. Neste caso, a forragem pode utilizar as plantas cortando e fenação ou mesmo
pastando diretamente os animais.

Para produção de energia, o espaçamento deve ser menor do que para produção de
forragem (1.000 a 1.700 plantas por hectare) e os animais devem ser mantidos fora da
plantação. O primeiro corte pode ser feito aos quatro anos de idade, dependendo do local e
espaçamento utilizado. Para produção de madeira de maior porte, recomenda-se desbaste
(desbastar) 50% da árvore de acordo com o aumento de volume (crescimento) da árvore. Em
regiões semiáridas, Leucaena irrigada em plantio direto plantada em intervalos de 0,2 m × 1
m (Fig. 3) explorada com frequência de corte de 45 dias, a produção de forragem (folhas e
caules finos) atingiu, em média, 28 t ha- 1 biomassa seca.

4.1.5 Produtividade e Usos

Leucena é uma espécie utilizada para fertilidade e melhoramento do solo,


sombreamento de culturas, controle de erosão, alimentação animal e produção de energia
(lenha e carvão). É utilizado em diversos sistemas agrícolas como corretivo do solo, esta
espécie vive em simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, que fixam até 500 a 600
kg/ha.ano-1 de nitrogênio para as variedades K8 e K341, respectivamente. Também pode
estar associado a fungos micorrízicos, promovendo o desenvolvimento das plantas e a
absorção de nutrientes, principalmente o aproveitamento do fósforo, indisponível para a
maioria das culturas.

O poder calorífico da madeira é de cerca de 4.200 a 4.600 Kca lkg-1 e seu peso
específico. Entre 0,55 e 0,70 g cm-3, pode ser usado como lenha e carvão. No Brasil, as
variedades K8 e K72 leucena são basicamente indistinguíveis entre si, a densidade base da
madeira é 620 kg m-3. A taxa de conversão do carvão é 34,7% de peso base, 81,% de carbono
teor de cinzas fixas e 1,5%.

A madeira também pode ser utilizada na indústria de produção de celulose e conjunto.


fibras mais curtas que as Pinus e polpa rendem 50% para 52%. O tipo "salvador" é
considerado o mais adequado para esta finalidade.

Como forragem, os frutos, folhas e ramos de verdura ou feno são usados ​na dieta de
bovinos, caprinos, suínos e outros animais. A leucena é muito saborosa e tem alto valor
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nutricional (Tabela 1). A produção de biomassa seca comestível de Leucaena consiste em


folhas e caules finos, com rendimentos anuais variando localmente: 1.300 a 7.000 kg ha-1 em
Petrolina, PE; de 1.250 a 3.150 kg ha-1 em Sobral, CE, de 1.930 a 11.600 kg ha -1 em Barra
de Santa Rosa, PB.

O teor de proteína bruta nas folhas é de cerca de 20%, e o teor de folhas e frutos
jovens chega a 35%. A leucena é conhecida por seu alto valor nutricional e semelhança de
composição química com a alfafa. No entanto, teores mais elevados de taninos nas folhas,
principalmente nos ramos, tendem a reduzir a digestibilidade da matéria seca.

Tabela 3. Análise bromatológica de forragem usada na alimentação de bovinos, com


base na matéria seca de leucena.

Matéria Proteína Fibra bruta Extrato Resídu Nutrientes digestíveis


seca bruta (%) etéreo o totais
(%) (%) (%) mineral (%)
(%)

36,29 19,18 16,30 5,95 10,07 71,89

Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível


em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.

Vários estudos na Austrália relataram que o consumo a longo prazo de folhas de


leucena isoladamente foi associado à toxicidade devido aos altos níveis de mimosina em seus
constituintes. Esse aminoácido representa de 3% a 5% da proteína total e seus efeitos se
manifestam em disfunções metabólicas, como queda de cabelo, salivação e perda de peso. No
Brasil, porém, as intoxicações são quase inexistentes devido à presença de bactérias no rúmen
de animais que digerem satisfatoriamente a mimosina.Synergistes jonesii é uma bactéria
anaeróbia do rúmen capaz de degradar a mimosina e seus derivados. Como empresa de
restauração de áreas degradadas por depósitos de rejeitos de mineração de cobre,

Leucena se destaca, atingindo 2,9 m de altura aos oito meses de idade, com 100% de
sobrevivência. Essa espécie também favoreceu o crescimento de outras espécies nativas e o
estabelecimento do capim búfalo (Cenchrus ciliaris) após 15 anos, restaurando totalmente a
cobertura vegetal da área e formando um sistema de agricultura e silvicultura de alto
rendimento.Várias gramíneas podem ser plantadas entre as fileiras de Leucena para aumentar
19

o suprimento geral de forragem do animal. Na Austrália São usadas com sucesso colonião
((Panicum maximum var. trichoglume),(Setaria sphacelata), pangola (Digitaria decumbens) e
capim búfalo (Cenchrus ciliaris.

No semiárido nordestino, o comportamento silvicultural de Leucaena juncea se


destaca em relação a outras espécies cultivadas (principalmente espécies nativas),
principalmente quando se considera a densidade da madeira, taxa de carbonatação em peso,
carbono fixo e teor de cinzas por espécie. Nesta área, uma plantação de 6 anos para obtenção
de lenha e carvão tem crescido bem, com indivíduos atingindo altura média de 10,4 m e
diâmetro (DAP) de 9,3 cm na densidade de 2.500 árvores/ha/ ano (espaçamento de 2 mx 2 m).

Rendimento de forragem (folhas e caules finos) de estacas após 4 e 8 meses quando


cultivadas no espaçamento 3 mx 2 m. O corte padronizado (1 ano após o plantio) teve média
de 5 t/ha.ano-1 de matéria seca e a produção de lenha foi de 3 t.ha-1. No entanto, no
espaçamento de 0,5 mx 1 m, o rendimento de matéria seca comestível foi de 7,5 t/ha.ano-1
após 3 cortes por ano. A variedade K72, plantada em contorno, com sistema de captação de
água in situ, com espaçamento de plantio de 3 mx 2 m, apresentou produtividade volumétrica
de aproximadamente 23 m3 ha-1 em 2 anos, aproximadamente 2,5 vezes mais há do que o
plantio convencional ( 18 m³) -1 aos 4 anos, espaçados 2 mx 2 m).

A produtividade de madeira e forragem de leucena foi em média quatro vezes maior


em condições irrigadas duas vezes por mês do que em condições de sequeiro. Em um plantio
de 3 m x 3 m, voltado para a produção de mudas, as plantas atingem a altura média de 3 m em
apenas seis meses, produzindo mudas com diâmetro superior a 8 cm, enquanto para a
produção de forragem, um direto de 1 mx Com espaçamento entre linhas de 0,2 me frequência
de corte de 45 vezes, pode-se obter em média 28 toneladas de matéria seca de pastagem em
45 dias. Nas regiões mais úmidas, a variedade K8 teve em média 6,9 m de altura e 5,9 cm de
DAP e a variedade K72 teve média de 4,3 m de altura e 3,7 cm de DAP aos dois anos de
idade. , plantada no espaçamento 2,5 m x 3 m (densidade de 1.333 plantas por ha).

4.2 MAMONA (RICINUS COMMUNIS L.)

A mamona (Ricinus communis L.), provavelmente de origem antiga da Abissínia, no


que hoje é a Etiópia e a África Oriental, é uma planta oleaginosa pertencente à família
Euphorbiaceae, que inclui uma variedade de plantas nativas de regiões tropicais. A mamona é
uma planta rústica, heliotrópica e muito tolerante à seca, encontrada em diversas partes do
20

globo. A oleaginosa aumentará muito o valor socioeconômico do país e a fonte de divisas.


Pode ser utilizado tanto na indústria quanto na agricultura, e abre perspectivas de ser utilizado
como fonte de energia na forma de biodiesel. É de grande importância econômica e social,
principalmente nas regiões semiáridas do Nordeste, devido a sua adaptação às condições
climáticas da região. Representando uma das melhores opções para viabilizar o
desenvolvimento sustentável, proporcionando emprego e renda principalmente aos pequenos
produtores. Foi introduzida aqui no Brasil pelo Portugueses, pois seu fruto se extrai um óleo
de ótimas propriedades e de uma largo uso de insumo industrial. Não é de hoje que é
conhecida por suas excelentes propriedades medicinais, e como azeite para iluminação. É
considerada como uma planta de uma alta elevação à tolerância à seca, a mamona é muito
comum no bioma semi-árido, mesmo o seu fitossistema apresentando um elevado nível de
organização morfológica, ou seja é sensível a diversos fatores, entre eles o clima. A
Mamoneira no Brasil é conhecida como rícino, carrapateira e palma-criste, ela tem grande
importância para o Nordeste brasileiro, por ser um solo semi-árido e muito fácil de cultivo,
proporciona uma renda para os pequenos produtores. A Bahia é atualmente a maior produtora
do nível do Nordeste. O óleo da semente tem uma grande propriedade e importância para
comercialização, como esse óleo podemos produzir produtos e subprodutos, pode ser utilizada
como fertilizante orgânico, pois apresenta uma excelente taxa de nitrogênio, entre outras
como propriedades inseticidas e nematicida, também alimento para animal, mas isso não está
sendo possível até o momento, porque a mamona tem a presença de um elementos tóxicos e
alergênicos tornando inviável. Outras características do óleo é utilizado como fisicativo na
fabricação de algumas tintas e protetores, como também isolantes, foi também lubrificante, na
aeronáutica, um ótimo lubrificante para os motores e jato, como fluido nas partes hidráulicas,
cosméticos e drogas farmacêuticas. A mamona traz consigo um problema: ela tem um alta
taxa de dispersão de sementes, pode se desenvolver em ambientes não favoráveis para outras
espécies. (Matthews, 2005). A alta dispersão de suas sementes é a principal causa do sucesso
da sua invasão biológica. Os principais disseminadores de suas sementes é o pássaros, ao
comerem do fruto da mamona destaca as sementes e descarta, podendo cair em correntes de
rios assim consequentemente sua germinação. O que não é muito concreto pois não há
pesquisas que corroboram o quesito de controle biológico da espécie, assim se encontra
escassa e tendo somente métodos mecânicos e químicos que mesmo assim não sendo feitas
corretamente há um grande risco de haver rebrotação. (Matthews, 2005). Sua população tem
a presença de um desenvolvimento rápido e agressivo, que se caracteriza como invasão
21

biológica que não é controlada de forma que pode ser eficiente, isso é um potencial risco de
espécies nativas presentes na área.

Para controlar a invasão do Ricinus communis podemos utilizar herbicidas que podem
controlar aliado com o corte raso, pode ser bastante eficaz devido ao corte realizado. Ao
utilizar qualquer herbicida devemos ter em consideração que pode haver uma contaminação
do solo (intoxicação). Esse fato é ainda mais importante se a utilização ocorrer em áreas
urbanas. Conclui-se que a utilização de herbicidas na concentração de 5 % aliado ao controle
mecânico, bem como o uso de fogo, são eficientes no controle da Ricinus communis áreas
urbanas, mas a utilização do fogo pode degradar o solo.

Por mais que a mamona é uma espécie invasora em algumas áreas, por não permite
que outras espécies habite, ela tem um potencial para serem manejadas em solos ácidos,
possibilitando a mobilização de uma frente alcalina da calagem superficial do solo,
promovendo a extensão dos efeitos para a subsuperfície do solo.

As plantas invasoras testadas apresentaram potencial para uso, objetivando o aumento


da eficiência da calagem na correção da acidez da subsuperfície do solo.

4.2.1 Características Botânicas

A mamoneira é classificada, atualmente, da seguinte maneira:

Subdivisão: Fanerógamas ou spermatophyta

Filo: Angiospermae

Classe: Dicotiledônea

Subclasse: Archichlamydeae

Ordem: Geraniales

Família: Euphorbiaceae

Gênero: Ricinus

Espécie: Ricinus Communis

O gênero Ricinus é considerado monotípico ou seja há somente uma espécie, que


pertence à família Euphorbiaceae, sendo reconhecida pelas subespécie como R. communis
sinensis, R. communis zanzibar ensis, R. communis persicus e R. communis africanus,
22

contendo 25 variedades botânicas, todas compatíveis entre si. Elas apresentam um número de
cromossomos 2n=2 x=20.

As plantas desta espécie apresentam grande diversidade em diversas características,


bem como no hábito de crescimento, cor das folhas e caules, tamanho, cor e teor de óleo das
sementes, esse é de uma qualidade singular e a base para produção de produtos
manufaturados. Assim, é possível encontrar tipos de plantas de ciclos baixos ou arbóreos,
anuais ou semiperenes, cujas folhas e caules são verdes, vermelhos ou até rosados, com ou
sem cera nos caules, e frutos com ou sem espinhos, deiscentes ou não, As sementes variam
em tamanho e cor, e no teor de óleo.

FOTOGRAFIA: Coloração do fruto da mamoneira

Fonte: MILANI, Máira. Características da Planta. Disponível


em:https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/mamona/pre-produc
ao/caracteristicas-da-especie-e-relacoes-com-o-ambiente/caracteristicas-da-planta. acesso em
21 de fevereiro de 2023.
23

FOTOGRAFIA: Plantação da mamoneira e seus porte.

Fonte: MILANI, Máira. Características da Planta. Disponível


em:https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/mamona/pre-produc
ao/caracteristicas-da-especie-e-relacoes-com-o-ambiente/caracteristicas-da-planta. acesso em
21 de fevereiro de 2023.

Mamona tem uma grande capacidade de se adaptar, pode ser encontrada no nosso país,
no Rio Grande do Sul até mesmo na Amazônia. Por ser tolerante à seca, está em quantidade
no Nordeste

Possui um sistema radicular semelhante a uma fístula, constituído por uma raiz
principal rotativa cujo desenvolvimento varia com o tamanho da cultivar. As raízes
secundárias são bem desenvolvidas, mas nas plantas anãs são mais ramificadas e penetram
profundamente no solo.
24

FOTOGRAFIA: Raiz pivotante da mamoneira bem desenvolvida.

Fonte: SEVERINO, Liz Soares. Características da Planta. Disponível


em:https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/cultivos/mamona/pre-produc
ao/caracteristicas-da-especie-e-relacoes-com-o-ambiente/caracteristicas-da-planta. acesso em
21 de fevereiro de 2023.

A mamona é uma planta tolerante à seca e requer certa quantidade de chuva em torno
de 500 mm para uma boa produtividade. Antes da floração, é necessária uma certa quantidade
de chuva, por exemplo 100 mm por mês, e essa quantidade deve ser distribuída nos primeiros
quatro meses de seu ciclo para que os cachos floresçam em ótimas condições de
abastecimento de água. A temperatura do ar deve ser entre 20 e 30º C.
25

FOTOGRAFIA: Organograma da planta de mamona..

Fonte: Adaptado de Weiss (1983)

O caule da mamona é geniculado, grosso e ramificado de modo que termina em sua


inflorescência do tipo racemo. A haste principal pode ou não ser coberta com cera, podendo
crescer verticalmente sem ramos, nem mesmo sua primeira inflorescência, chamada de cacho
principal. Seus ramos laterais podem se desenvolver na axila da última folha, logo abaixo da
inflorescência. As ceras são mais abundantes em plantas jovens e plantas sob condições de
falta d’ água.

A cor do caule, presença de cera, rugosidade e nós bem definidos apresentam grande
variação com cicatrizes foliares distintas. Quando a planta é jovem, o caule é brilhante, macio
e suculento, à medida que envelhece torna-se lenhoso. As cores podem ser verde, roxo,
violeta, cinza, marrom e vermelho. Suas folhas são simples, grandes, podendo atingir largura
de 10 cm a 40 cm, chegando assim a 60 cm, que é seu maior comprimento. tipo digitolobadas,
denticuladas e pecíolos longos, de 20 cm de largura a 50 cm de comprimento, contendo
filotaxia alternada em forma de ⅖. As principais variações nas folhas de mamoneira são cor,
cerosidade, número de glândulas e profundidade da folha.

A mamona é um tipo híbrido porque contém um sistema reprodutivo que ocorre tanto
na autofecundação quanto na hibridação natural, e sua taxa de alogamia varia com o seu
tamanho. A altura da mamoneira anã é de 1,5 m, a altura da mamoneira média é de 2,0 m e a
26

taxa de fertilização híbrida é de cerca de 25%. As mamoneira de porte alto chegar á 2,5m,
assim a sua taxa atinge cerca de 40%. Estes índices podem ser alterados ou até mesmo
afetados pelo o seu tipo de ramificação, aberta ou fechada.

A mamoneira emite uma inflorescência no ápice da sua haste principal e nos seus
ramos laterais, consequentemente, contém um intervalo definido entre a emissão da primeira e
suas subsequentes. A inflorescência consiste em uma raque, que pode ser distribuída em
meias fases, com flores femininas na parte superior e flores masculinas na parte inferior, e a
proporção de flores femininas para flores masculinas é de 30% a 50%: 70% a 50 %. Depende
da variedade, pois pode haver algo mais a ver com uma maior proporção de flores femininas,
o que implica um benefício em termos de produtividade. Os pistilos das flores femininas
amadurecem de 5 a 10 dias antes das flores masculinas. Os machos expelem o pólen pela
deiscência da antera, que é liberado e levado às flores femininas por correntes de ar, que
podem vir da mesma planta ou até mesmo de outras plantas, de modo que a polinização é
principalmente mediada pelo vento.

A floração da mamona é chamada de floração coaxial, pois o aparecimento de suas


inflorescências ocorre periodicamente com intervalos definidos entre inflorescências
primárias e secundárias, de acordo com o desenvolvimento de seus ramos.

O seu fruto é uma cápsula de tricoca que, para além da cor, contém diferentes tipos de
presença quanto ao aspecto, nomeadamente a presença ou ausência de espinhos e o seu
número. Os defeitos dessa planta são classificados em: não deiscentes, semideiscentes e não
deiscentes. As suas sementes são de forma variável, podendo ser ovóides ou ovais, arqueadas
no dorso, com carúnculas salientes muito variáveis ​na cor. A semente é constituída por uma
casca externa e interna, que representa de 20% a 25% do peso da semente em cultivo
comercial; a carúncula é uma estrutura bastante esponjosa que se origina da divisão das
células do tegumento próximo à micrópila; o endosperma dá a semente é rica em óleo e
proteína, o embrião consiste em cotilédone, radícula, hipocótilo e epicótilo. Algumas
sementes têm algumas variedades, e essas variedades podem ter um período de dormência de
vários meses, desde que a carúncula seja removida, a casca pode ser quebrada. Sua
germinação é epígia, quando é trazida para o solo, seus cotilédones entram em contato com a
superfície do solo e se desdobram como folhas verdes.
27

Em um experimento que foi realizado no campo experimental de Embrapa Algodão,


no Município de Missão Velha, CE, neste experimento foram utilizadas duas cultivares de
mamona, essas cultivares foram: A BRS Energia e a BRS Nordestina. O espaçamento para
ambas as cultivares foi de 1m x 1m. O solo do experimento tinha uma textura franco arenosa
com uma baixa fertilidade natural, foi conduzido em um regime de sequeiro no ano de
2007/2008. Foi realizado uma preparação no solo com a aração e uma gradagem 15 dias antes
do plantio , a calagem não foi realizada. Já a adubação foi feita de acordo com a análise de
−1
solo, aplicando 55 - 40 - 20 Kg ℎ𝑎 de N, P2O5 e K2O.

Tabela 4. Análise de variância das variáveis: o diâmetro de caule (𝑚𝑚), alturas de


2
plantas (𝑐𝑚) e área foliar (𝑐𝑚 ) de mamoneiras , nas cultivares e adubação. Missão
Velha, CE, 2008

Quadrados Médios
Fonte de Variação GL
Diâmetro de Altura de Área Foliar
Caule Planta

Cultivar (CT) 1 717, 55* 64, 37** 34663987, 91**

Competição (C) 4 127, 00


𝑛𝑠 187, 64** 34134357, 43**

Adubação (A) 2 106, 45


𝑛𝑠
2, 02
𝑛𝑠
483294, 44
𝑛𝑠

CT x C 4 85, 15
𝑛𝑠 18, 35* 5231090, 70*

CT x A 2 451, 77* 12, 29


𝑛𝑠
2024089, 46
𝑛𝑠

CxA 8 85, 25
𝑛𝑠
10, 56
𝑛𝑠
1398890, 30
𝑛𝑠

CT x C x A 8 148, 88
𝑛𝑠
11, 44
𝑛𝑠
2051101, 69
𝑛𝑠

(Tratamentos) 29 157, 09 37, 69 7749671, 86

Blocos 3 822, 14** 72, 65 4170771, 54*

Resíduo 87 140,64 6, 74 1528668, 92

C . V.% 18, 99 19, 71 66, 35

*,** e ns. É correspondente a significativo a 5%, 1% o que não significativo a 5 % de


probabilidade, respectivamente pelo teste.
28

Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível


em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.

Tabela 5. O desdobramento de interação cultivar (CT) x competição de adubação entre


as cultivares ( C ), apresenta a variável de diâmetro caulinar da planta. Missão Velha,
CE, 2008.

Diâmetro de caule

Formas de Competição Cultivar

BRS BRS
Energia Nordestina

Sem competição até a colheita 15, 05 𝐵𝑎 17, 92 𝐴𝑎

Competição dentro da fileira (20 cm de largura) 12, 43 𝐵𝑎𝑏 15, 27 𝐴𝑎

Competição entre as fileiras (80cm de largura) 11, 92 𝐴𝑏 11, 34 𝐴𝑏

Competição total até a colheita 10, 30 𝐴𝑏 9, 99 𝐴𝑏

Sem competição até os primeiros 70 dias da 15, 01 𝐴𝑎 17, 51 𝐴𝑎


cultura

Apresenta um desvio mínimo significativo - DMS das colunas cerca de 2,9570; agora
DMS das linhas é 2,1085.
Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível
em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.

Tabela 6. O desdobramento da interação Adubação (A) x a interação cultivar ( CT ),


apresenta a variável na altura da planta (cm) em Missão Velha, CE, 2008.

Altura da planta

Adubação Cultivar

BRS Energia BRS Nordestina

0 Kg de N/ha 62, 31 𝐴𝑎 54, 65 𝐵𝑎

30 Kg de N/ha 65, 20 𝐴𝑎 55, 41 𝐵𝑎


29

60 Kg de N/ha 60, 35 𝐴𝑎 63, 35 𝐴𝑎

Apresenta um desvio mínimo significativo - DMS das colunas cerca de 8,9503; agora
DMS das linhas é 7,4552.
Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível
em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.

Tabela 7. O desdobramento da interação Competição ( C ) x a interação cultivar ( CT ),


2
apresenta a variável na área dólar da planta (𝑐𝑚 ) em Missão Velha, CE, 2008.

Área Foliar

Formas de Competição Cultivar

BRS Energia BRS Nordestina

Sem competição até a colheita 2019, 69 𝐵𝑎 4095, 70 𝐴𝑎

Competição dentro da fileira (20 cm de 1582, 98 𝐴𝑎𝑏𝑐 2550, 46 𝐴𝑏


largura)

Competição entre as fileiras (80 cm de 483, 58 𝐴𝑐 890, 15 𝐴𝑐


largura)

Competição total até a colheita 586, 04 𝐴𝑏𝑐 547, 93 𝐴𝑐

Sem competição até os primeiros 70 dias 1957, 45 𝐵𝑎𝑏 3920, 13 𝐴𝑎𝑏


da cultura

Apresenta um desvio mínimo significativo - DMS das colunas cerca de 1003,4264; agora
DMS das linhas é 1407,2339. a significativa indicada pelo teste de Tukey .
Fonte:Embrapa, Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit, Disponível
em:https://old.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/ct/ct13/03leucena.html. acesso em 20 de
fevereiro de 2023.

A germinação e o desenvolvimento da semente da mamona são bem lentos, pois


depende drasticamente de alguns fatores, como clima, fertilidade do solo, características da
cultivar plantada, entre outros. O fator mais influente no processo de germinação é a água e a
hidrata os tecidos das sementes, assim há respiração em todos o processo metabólicos
necessários para a digestão e mobilização da semente, isso resulta no crescimento embrionário
30

e a formação da plântula da mamona. As sementes se reproduz como tegumento que é


temporário impermeável à água, essas sementes apresentam um mecanismo de dormência que
provoca a germinação irregular da mamona, isso pode comprometer o desenvolvimento e
maturação das plantas, isso pode reduzir o potencial de competição das plantas cultivadas
com as invasoras. As sementes com tegumento espesso, pode apresentar um calor úmido que
auxilia na hidratação da semente em uma temperatura de 45ºC e 100% da umidade relativa,
de 24 a 28 horas, assim promove o amolecimento de tegumento (Perez et al., 1999). Tais
condições correspondem ao vigamento de sementes. Contudo, a aplicação e a eficiência
desses tratamentos dependem, principalmente, do grau de dureza, o que é bastante
variável entre as espécies (Lima e Garcia, 1996) e também entre genótipos e lotes da mesma
espécie. A escarificação mecânica geralmente é feita com o auxílio de lixas, mas pode-se
utilizar também tratamentos de punção do tegumento, retirada de carúncula e cortes ao longo
do tegumento. A germinação pode ocorrer em diversos tratamentos como: Escarificação do
tegumento com lixa, Remoção da carúncula, Remoção do tegumento, Imersão em água,
Remoção da carúncula + imersão em água, Escarificação com lixa + imersão em água,
Envelhecimento acelerado, Germinação a 10ºC/ 25ºC, 10ºC/30ºC

4.3 SAGUI (CALLITHRIX SPP)

O sagui pertence ao gênero Callithrix que é composto por 6 espécies presentes no


Brasil, são pequenos primatas arborícolas encontrados na região central e oriental, algumas
espécies foram introduzidas em diferentes regiões do país nos últimos anos.

Os saguis são animais de hábitos diurnos, de pequeno porte, com peso variando entre
350 a 450 gramas, podendo ser maior em algumas espécies e menores em outras. A pelagem
também varia conforme a espécie e normalmente são utilizadas a variação na coloração para
nomeá-los pela população. Os comportamentos habituais dos saguis são: a catação social, a
vocalização, a aproximação de indivíduos do mesmo grupo, o forrageio, o descanso, a
alimentação e o deslocamento pelas árvores. Estes animais dificilmente descem ao solo para
evitar serem presas fáceis, preferindo viver nos galhos intermediários e copa das árvores.
Alimentam-se basicamente de insetos, moluscos, filhotes de aves e mamíferos, pequenos
lagartos, pequenos anfíbios, ovos, sementes, frutas, flores, goma etc.

O tamanho do grupo vai variar conforme a espécie, porém de maneira geral, a média é
de 3-15 animais por grupo de sagui. O grupo social organiza um sistema de dominância e a
31

possibilidade de viver em monogamia, poliginia, poliandria ou poliginandria. O que interfere


diretamente no número de indivíduos por grupo e influenciando no aumento considerável de
indivíduos durante o período em que se cuidam dos filhotes, visto que mais de uma fêmea no
bando pode ter prole.

O período de gestação varia de 140-160 dias, nascendo 2 filhotes por gestação de uma
única fêmea que andam agarrados nas costas da mãe e de outro integrante do grupo, com duas
semanas já começam a complementar a amamentação com frutas e atingem a maturidade
sexual por volta dos 13-14 meses.

4.3.1 Impacto dos Saguis

As inúmeras espécies de saguis (callithrix), em conjunto com outros primatas de


pequeno porte, como o macaco-de-cheiro-comum (saimiri sciureus) são considerados animais
invasores em diversas regiões do país. Nativo da região Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, o
pequeno primata foi introduzido em locais distintos de seu habitat natural por consequência
do tráfico de animais silvestres, soltura e ainda para fins comerciais, levando em conta que
muitos são criados como animais domésticos.

Os saguis roubam a cena quando aparecem, e as pessoas que encontram os primatas,


cultivam hábitos que não são recomendados, um deles é a prática de alimentá-los, podendo
gerar problemas ainda maiores, tanto para o animal quanto aos humanos. Embora tenham a
simpatia da população, são animais que exigem cuidado redobrado, pois são transmissores de
doenças contagiosas, como raiva, verminoses, enterites, ectoparasitos (pulgas, piolhos,
carrapatos) e pneumonia, além de apresentarem um comportamento agressivo em alguns
casos. No local inserido, esse animal assume uma postura territorialista, expulsando espécies
nativas e dominando o ambiente, além de ser um predador de répteis, aves e seus ovos. A
recomendação para a redução da proliferação de saguis, é evitar dar alimentos aos mesmos,
não deixar alimentos expostos e proteger lixeiras.

FIGURA: Sagui-de-Tufos-Brancos (Callithrix jacchus)


32

4.4 JAVALI (SUS SCROFA)

De acordo com Carlos Salvador (2012), a invasão do javali já alcançou cerca de 20%
do continente, 4 países contíguos e 7% de ecossistemas prioritários para conservação, e possui
11% de sobreposição com duas das quatro espécies nativas de porcos do mato. Sus scrofa está
na lista das 100 espécies invasoras mais graves principalmente por problemas econômicos
como ataques em lavouras e como reservatório de doenças humanas e de animais domésticos,
e ambientais como alteração da vegetação por consumo de sementes (Lowe et al. 2000). A
forma doméstica de S. scrofa foi uma das primeiras e principais espécies exóticas introduzidas
na América do Sul durante a colonização europeia a partir do final do século XV (Diamond
2006; Donkin 1985; Zadik 2005). Problemas de invasão com porco asselvajado deveriam ser
igualmente antigos, como ocorrido depois na Austrália, na Nova Zelândia e em ilhas
oceânicas (Atkinson 2006; Choquenot et al. 1996; Oliver & Brisbin 1993). (SALVADOR
Carlos. 2012)

Figura: Distribuição estimada e representação espacial do processo de invasão biológica de


Sus scrofa na forma doméstica asselvajada (porco) e original selvagem (javali) desde o início
da colonização européia na América do Sul. (SALVADOR, Carlos. 2012)
33

Tabela: Ciclos de introdução, estabelecimento e invasão de Sus scrofa na forma asselvajada


(porco) e selvagem original (javali) desde o início da colonização européia na América do
Sul. A introdução por dispersão, sem assistência humana, foi considerada colonização.
(SALVADOR, Carlos. 2012)

4.4.1 Impactos dos Javalis


34

De acordo com SOUZA DE MOURA, A. et al( 2020), entre os impactos mais


mencionados está a destruição de culturas agrícolas (12%), o que já era esperado, pois são
estas áreas agricultáveis que mantém a nutrição (alimentação) destas populações em suas
áreas de introdução (DEBERDT; SCHERER, 2007). Este impacto em específico causa um
mal-estar com a ocorrência da espécie em questão em determinadas regiões, devido ao
prejuízo econômico causado nas lavouras (DEBERDT; SCHERER, 2007; SORDI; LEWGOY,
2017), que são a fonte de renda desses municípios, e mesmo em lavouras de subsistência,
virando este impacto um verdadeiro conflito. Foi destacado também como um dos impactos
mais mencionados os danos a vegetação, possivelmente devido a ecologia do javali, que no
seu hábito de forrageamento executa um chafurdamento do solo (BUENO et al., 2011), assim,
tombando elementos florísticos da vegetação. (SOUZA DE MOURA, A. et al. 2020)

Em 10% das menções foram citados os impactos sanitários e a predação de ninhos (de
aves, quelônios e jacarés). Os impactos sanitários são de grande preocupação ambiental,
comercial e econômica, pois podem transmitir doenças a fauna que coexiste, como a exemplo
Pecari tajacu e Tayassu pecari (DEBERDT; SCHERER, 2007) e mesmo outros animais
nativos e mesmo domésticos, valendo destacar que as patologias infecciosas podem interferir
na produção comercial, em especial as patologias que causam adversidades reprodutivas
como a leptospirose (MARCHIORI-FILHO et al., 2002). (SOUZA DE MOURA, A. et al.
2020)
35

Quanto à predação de ninhos, possivelmente em áreas continentais onde ocorre S.


scrofa, o impacto deve ser equivalente ao causado por outros elementos da fauna que possuem
dieta onívora, porém, em ilhas oceânicas onde a espécie ali foi introduzida
(BARRIOS-GARCIA; BALLARI, 2012), e que há presença de ninhais de aves migratórias e
reprodução de quelônios, este impacto deve ser um verdadeiro desastre. (SOUZA DE
MOURA, A. et al. 2020)

A predação de vertebrados e invertebrados, ou mesmo a predação de animais


domésticos são sem dúvidas um grande problema nas áreas de ocorrência de S. scrofa, pois,
são predadores (BARRIOS-GARCIA; BALLARI, 2012) e gregários, e em criações
comerciais de ovelhas no sul do Brasil foram relatados altos números deste impacto (SORDI;
LEWGOY, 2017) causando um grande prejuízo econômico, o que possivelmente também
ocorre em todas outras regiões de ocorrência da espécie introduzida. (SOUZA DE MOURA,
A. et al. 2020)

O que se sugere nos dados aqui detectados é que, a presença de espécies exóticas
invasoras muito provavelmente causa danos às espécies nativas (vegetais e animais), pois
geralmente estas espécies já possuem populações desestabilizadas por fragmentação. Por este
motivo, estas espécies invasoras como S. scrofa, devem ser identificadas para impulsionar
estratégias de mitigação, pois, o conhecimento sobre composição da comunidade de diferentes
grupos de vertebrados, em áreas diferentes, suas interações (positivas e negativas), e suas
36

comparações, são fatores de extrema importância em projetos conservacionistas (LAWTON,


1996). (SOUZA DE MOURA, A. et al. 2020)

No ano de 2019, o estado de Santa Catarina sofreu demasiadamente com a invasão de


javalis, na qual os mesmos destruíram diversas plantações, principalmente de milho, em
inúmeros municípios do estado. O município de Capão Alto, localizado na fronteira com o
Rio Grande do Sul, possui uma população de aproximadamente 2.500 habitantes, e teve 40%
das suas plantações de milho comprometidas em virtude da ‘Bioinvasão’, sendo que o grão
representa um amplo valor na geração de renda e de serviços na cidade. No mesmo ano,
segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os prejuízos
ocorridos por essa espécie invasora na região Sul do país, resultaram em mais de R$ 3 bilhões
de reais.

4.4.2 Manejo dos Javalis

Espécies exóticas invasoras são consideradas um dos principais fatores que ameaçam
espécies de vertebrados (Baillie et al. 2010). Consequentemente, existem diversos acordos
internacionais para a contenção de espécies exóticas invasoras (e.g., SCBD 2008). Apesar do
aumento do comprometimento das nações, o principal desafio atual é assegurar que políticas
públicas sejam implementadas (McGeoch et al. 2010). (SALVADOR Carlos. 2012)

De acordo com a pesquisa do Carlos Salvador (2012), Por outro lado, as principais
estratégias utilizadas para manejo de S. scrofa na natureza, tanto na condição de nativa (e.g.,
Briedermann 2009; Fonseca & Correia 2008) como de exótica (e.g., Choquenot et al. 1996;
West et al. 2009), necessitam de um esforço constante em número de pessoas e intensidade, e
de métodos bem planejados geralmente administrados pelas agencias de gestão de fauna
destes países. Em todos os casos, os principais métodos empregados são específicos para
espécie alvo (e.g., caça com arma de fogo) e não específicos (e.g., veneno e caça com
armadilhas). Depois de mais de meio século de avanços no manejo de S. scrofa selvagem na
Austrália e Estados Unidos, tem sido um consenso que a maior eficiência das estratégias
ocorre quando existe possibilidade de maior combinação dos métodos e maior envolvimento
voluntário da comunidade local (Choquenot et al. 1996; West et al. 2009). Em todos estes
países, este envolvimento tem sido alcançado através da caça esportiva para garantir o esforço
de manejo intenso e constante dentro de espaços geograficamente planejados, que os órgãos
governamentais gestores de fauna sozinhos não teriam condições de efetivar (Briedermann
37

2009; Choquenot et al. 1996; Fonseca & Correia 2008; West et al. 2009). (SALVADOR
Carlos. 2012)

Todas as experiências desenvolvidas para manejo de S. scrofa, entretanto, têm severas


limitações na América do Sul, especialmente no Brasil. O continente tem elevada
biodiversidade com espécies nativas muito similares em ecologia e ameaçadas de extinção em
grande parte de seu território, como por exemplo os porcos do mato nativos (Capítulo 2).
Portanto os métodos não específicos (e.g., veneno) dificilmente poderiam ser aplicados de
forma generalizada ou teriam que ser realizados com muito controle em projetos exclusivos
por pessoal treinado. Políticas de caça esportiva também teriam certas limitações de
implementação em países tropicais (Roper 2006). (SALVADOR Carlos. 2012)

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 RICINUS COMMUNIS L

A Ricinus Communis L é uma oleaginosa de metabolismo C3, rústica, resistente à


seca, de provável origem na Etiópia, cultivada numa ampla latitude por apresentar boa
capacidade adaptativa. A aplicação comercial da cultura é vasta na agropecuária e indústria,
sendo a torta e o óleo seus principais produtos. Diante as mudanças ambientais em curso,
agravadas pelo aumento do consumo de combustíveis fósseis, muitos impactos bioquímicos e
fisiológicos podem interferir na produtividade de culturas importantes, como a mamona. É
conhecida por seu óleo, que tem sido utilizado em várias indústrias, incluindo cosméticos,
farmacêuticos e lubrificantes.

Além disso, a planta tem sido utilizada em medicina tradicional para o tratamento de
várias condições de saúde, como constipação, artrite e inflamações. Diversos estudos têm sido
realizados para investigar as propriedades medicinais da planta. Por exemplo, estudos in vitro
mostraram que o óleo de Ricinus communis possui atividade antimicrobiana contra várias
bactérias, incluindo Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Além disso, alguns estudos em
animais sugerem que o óleo de Ricinus communis pode ter efeitos anti-inflamatórios e
antioxidantes, além de potencial para melhorar a cicatrização de feridas.

GRÁFICO: Utilização do óleo da mamona.


38

FONTE: https://kaiima.com/pt/mamona/

5.2 LEUCAENA LEUCOCEPHALA

A Leucaena é uma árvore de porte médio, que pode atingir até 10 metros de altura,
com copa arredondada e densa. As folhas são compostas e apresentam pequenos folíolos em
forma de meia-lua. As flores são pequenas e brancas, e as vagens contêm sementes pequenas
e achatadas, é valorizada por sua capacidade de fixar o nitrogênio do ar em seus tecidos, o que
a torna uma importante fonte de fertilizante orgânico para outras culturas agrícolas. Além
disso, a planta é utilizada como alimento para o gado, uma vez que suas folhas são ricas em
proteínas e minerais. No entanto, é importante ressaltar que a Leucaena pode ser invasiva em
algumas regiões, competindo com outras espécies vegetais nativas e causando impactos
negativos sobre a biodiversidade local. Por isso, é importante que o cultivo da mesma seja
realizado de forma responsável, levando em consideração os impactos ambientais e sociais da
atividade. A utilização de práticas sustentáveis, como o manejo adequado da planta e o plantio
em conjunto com outras espécies vegetais, pode ajudar a minimizar esses impactos e garantir
que o cultivo seja uma atividade econômica viável e ambientalmente sustentável.
Os valores nutricionais da leucena (tabela 1) indicam alto teor de proteína, superior, na
maior parte do ano, a 25% na matéria seca, sem grandes oscilações neste valor entre secas e
águas. Outro ponto a ressaltar é que as folhas, por apresentarem elevados teores de
betacaroteno, permanecem verdes o ano todo, inclusive na época seca. Devido à lenta
digestibilidade da leguminosa, em função da presença de tanino, associada ao reduzido tempo
39

de retenção no rúmen, há maior passagem de proteína para o abomaso, podendo chegar a 30%
da proteína total, contribuindo para o melhor desempenho animal.

TABELA 1 - Composição química da Leucaena leucocephla nas época das secas e das
águas.

FONTE: Adaptado: Manella, 2000.

Devido a estas características qualitativas, a leucena tem boa aceitabilidade pelos


animais. Segundo Lourenço et al. (1992) a participação na dieta selecionada por bovinos em
pastejo registrou percentual superior a 50% do total de matéria seca ingerida no início da seca.
Em nossos trabalhos, temos observado uma predileção dos animais pela leucena ao entrarem
no piquete, indicando a boa palatabilidade da mesma.

O uso da leucena como complemento alimentar nas pastagens pode ser realizado de
duas maneiras: em faixas intercaladas ou na forma de banco de proteína, podendo este ser
com acesso livre ou controlado. Lourenço e Carriel (1997) realizaram as comparações no
desempenho animal por área entre o pastejo exclusivo de pastagens de Brachiaria brizantha
cv. Marandu ou com a consorciação de leucena, plantadas em faixas ou na forma de banco de
proteína.

5.3 CALLITHRIX SPP

Callithrix spp. são primatas conhecidos popularmente como saguis ou micos. Algumas
espécies dessa família são consideradas invasoras em algumas regiões do mundo,
especialmente quando são introduzidas em ecossistemas fora de sua área de distribuição
natural. As espécies invasoras vêm sendo estudadas através de várias abordagens, visando
entender quais são os fatores que mais influenciam o sucesso de uma invasão biológica, quais
espécies têm maior potencial de invasão e quais ambientes são os mais fáceis de serem
40

invadidos (Williamson,1996). Os saguis têm várias características biológicas que os tornam


invasores potenciais. Eles têm hábitos alimentares generalistas e flexibilidade
comportamental, podendo ser inclusive comensais com humanos. Entre os primatas, eles têm
uma taxa de reprodução alta, com produção bianual de gêmeos ou até três filhotes e
sazonalidade não definida. O sistema social de cuidado cooperativo de filhotes aumenta a
probabilidade de sobrevivência das crias. Finalmente, existe uma possibilidade de explosão
ecológica nos locais com falta de predadores.

MAPA - Ocorrência dos saguis e do mico-leão-dourado.

FONTE: Laboratório de Ciências Ambientais/Uenf

5.3 SUS SCROFA

O javali (Sus scrofa) é uma espécie de porco selvagem originária da Europa e Ásia,
mas que atualmente tem uma distribuição cosmopolita, sendo introduzida em diversas partes
do mundo. No Brasil ocorrem três espécies de porcos-do-mato: o cateto ou catitu, o cateto
mundéu e a queixada, que são protegidos pela legislação brasileira. Essas espécies, embora
sejam conhecidas como "porcos-do-mato", não são porcos verdadeiros. São animais da fauna
nativa da família dos tayassuideos e não suídeos como os porcos verdadeiros. O
javali-europeu é um suídeo exótico da fauna brasileira. Foi introduzido no país para
41

exploração comercial, porém a atividade não se desenvolveu, resultando na soltura dos


animais, que nos ambientes naturais tornam-se asselvajados.
Os javalis e seus cruzamentos com suínos domésticos (javaporcos) se disseminou pelo
território nacional e em vida livre são considerados nocivos às espécies silvestres nativas, ao
meio-ambiente, à agricultura, à pecuária e apresentam riscos à segurança e saúde pública.
Esses animais estão sendo criados. A carne deste animal tem sido cada vez mais procurada,
pois é saborosa e com ótimas qualidades nutricionais, tais como, baixo teor de colesterol e
gordura. Como dados comparativos tem-se a Tabela 1 e os teores de proteína, gordura,
calorias e colesterol encontrados em frangos, bovinos, javalis e suínos. No Brasil, muitos
criadores realizam o cruzamento de javalis com suínos, prática que tem resultado em perda da
qualidade, bastante diferente da carne do javali puro, além de lesar o consumidor que acaba
pagando caro por um produto de qualidade inferior.

TABELA 1 - Teores comparativos de nutrientes entre o javali e três espécies de animais.

FONTE: Agricultura de Manitoba - Canadá (Via Internet)

FIGURA: Javalis mestiços, domesticados, sendo criados como javalis puros.


42

FONTE: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3351/2556
43

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A diversidade e o equilíbrio dos ecossistemas ao redor do mundo estão seriamente


ameaçados pela invasão de plantas e animais. As espécies invasoras podem prejudicar
seriamente as economias, ecossistemas e comunidades locais, ao mesmo tempo em que
prejudicam a biodiversidade e o meio ambiente.
Adotar estratégias de prevenção, detecção precoce e manejo eficiente é fundamental
para reduzir os perigos trazidos pelas espécies invasoras. Por exemplo, estabelecer e fazer
cumprir regras e diretrizes para o comércio de espécies exóticas, implantar sistemas de
vigilância e monitoramento, empregar técnicas de controle biológico e promover práticas de
manejo integrado com foco na preservação da biodiversidade são alguns exemplos dessas
ações. Em conclusão, o controle de plantas e animais invasores é uma tarefa difícil que requer
trabalho em equipe e a adoção de técnicas abrangentes.
44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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crescimento inicial de duas cultivares de mamona (Ricinus Communis).

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mico-leão-dourado, v. 28820, p. 86, 2008. Disponível em:
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https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/3351
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Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Faculdade de Biociências, Porto Alegre, 2011.

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