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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ – UEPA

CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS – HABILITAÇÃO EM
BIOLOGIA

Ediwilson Lopes de Oliveira


Gabrielle dos Santos Praia
Genilson Almeida Martins
Laís de Oliveira dos Santos
Railza Furtado Prata
Alessandra Moura Piedade

Relatório: Analise de anfíbios presentes na região da Amazônia Oriental.

Paragominas
2019
Ediwilson Lopes de Oliveira
Gabrielle dos Santos Praia
Genilson Almeida Martins
Laís de Oliveira dos Santos
Railza Furtado Prata
Alessandra Moura Piedade

Relatório: Analise de anfíbios presentes na região da Amazônia Oriental.


Relatório de atividade prática apresentado ao curso de
Ciências Naturais com Habilitação em Biologia, como
requisito parcial de nota da disciplina Diversidade da Vida II:
Animais, sob a avaliação do Prof. Dr. Marlyson J. R. da
Costa.

Paragominas
2019

Sumário
RESUMO...................................................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5
2. METODOLOGIA................................................................................................................................ 7
3. RESULTADOS E DISCURSÃO ........................................................................................................ 7
4. CONCLUSÃO.................................................................................................................................... 17
5. REFERENCIAS ................................................................................................................................ 17
RESUMO
A classe dos Anfíbios é composta por 6.100 espécies em todo o mundo, contendo 800 dessas no
Brasil e 163 na Amazônia, esses números devem aumentar na medida que várias espécies com
situação taxonômica indefinida vão sendo descobertas e descritas. Os anfíbios possuem uma
participação importante no ambiente, são bioindicadores ambiental, possui papel importante na
cadeia alimentar, e são ricos em substancias que contribuem para a indústria farmacêutica. Apesar de
sua relevância, em diferentes regiões biogeográficas do mundo, nas últimas décadas, tem-se
observado o declínio de algumas populações de anfíbios, o que leva à preocupação de que este
componente possa estar relacionado não apenas a causas locais, mas também a mudanças globais
recentes, como o aumento da radiação ultravioleta e o efeito estufa. Diante disso, percebe-se carência
de estudos nessa área voltados a preservação e conservação de anfíbios, logo, se faz necessária a
realização de novos inventários faunísticos em todos os biomas brasileiros, sendo de extrema
urgência, particularmente na Amazônia, dada sua vasta extensão e carência de inventários. O presente
estudo teve como objetivo inventariar espécies de anfíbios que são endêmicos da região da Amazônia
Oriental. A pesquisas foram realizadas entre 27 de novembro e 1 de dezembro de 2019 com base em
levantamentos de dados na Plataforma IUCN- União Internacional para a conservação da Natureza e
artigos presentes na Plataforma Scielo. Foram estudadas 5 espécies durante este período. Com os
dados obtidos através da pesquisa foi possível perceber o grau de conservação das espécies e as
medidas de defesa existentes para a preservação das mesmas. Logo, a realização de estudos
zoológicos básicos é fundamental, pois é o único meio de se conhecer a real diversidade da fauna de
anfíbios brasileiros e, por conseguinte, a única forma de se conhecer de modo mais preciso quais
espécies estão realmente ameaçadas.
1. INTRODUÇÃO
A classe Amphibia corresponde ao grupo que engloba os animais conhecidos como Gymnophiona ou
Apoda (cobras-cegas), Caudata ou Urodela (salamandras) e anura (sapos, rãs e pererecas). No Mundo,
são conhecidas cerca de 6.100 espécies de anfíbios (AmphibiaWeb, 2006), das quais cerca de 800
ocorrem no Brasil (IUCM, 2019). O grupo dos sapos, rãs e pererecas é de longe o mais diversificado
no mundo, o mesmo ocorrendo no Brasil. O grupo das cobras-cegas é relativamente diversificado no
país, com cerca de 30 espécies, e o grupo das salamandras é representado por apenas uma espécie
conhecida, que ocorre na bacia Amazônica. Os anfíbios são um grupo de grande importância
ecológica, tanto por sua grande diversidade quanto pelo fato de corresponderem a um grupo de
interface entre a água e a terra.

Os Anfíbios são importantes na cadeia alimentar, sendo consumidos por aves, répteis,
mamíferos e muitos invertebrados, graças a seu tamanho pequeno e poucos mecanismos de defesa
agressiva contra seus predadores. Como predadores, são importantes reguladores das populações de
invertebrados, já que sua dieta é baseada nestes animais. Assim, consumem presas e evitam que se
elas se proliferem de forma descontrolada evitando prejuízos ao ecossistema como um todo, ou seja
dessa forma, nesse sentido a redução das populações de anuros pode prejudicar a estrutura trófica de
forma a se considerar negativa entre as comunidades.

Graças a sua vida ligada à água, são importantes no transporte de nutrientes (sobretudo fósforo
e nitrogênio) entre os ecossistemas aquáticos e terrestres. Estes elementos químicos citados são
transportados pela chuva da terra para água, onde são utilizados pelas plantas e algas. Estes
organismos são consumidos pelos girinos, que após a metamorfose, se integram ao ambiente terrestre,
completando o ciclo. De um modo geral, os anfíbios podem ser considerados Bioindicadores de
qualidade ambiental já que possuem seu ciclo de vida intimamente ligado à água e pele permeável,
apesar de que, algumas espécies são relativamente tolerantes a perturbação humana em seus habitats
(Forlani et al. 2010)

Dessa forma, qualquer alteração nas condições de umidade, temperatura, qualidade de água
ou mesmo alterações dos habitats disponíveis para alimentação ou refúgio, serão sentidas pelos
animais. Essas alterações podem provocar doenças, diminuição das populações ou até extinção de
espécies e configura uma das principais causas diminuição das populações dos anfíbios ao redor do
mundo. É importante ressaltar que como algumas espécies por serem endêmicas de micro-habitat,
muitas ainda são desconhecidas (Peloso 2010). De acordo com Tocher (1998), os anfíbios podem ser
importantes indicadores das condições de impacto de florestas por possuírem um ciclo bifásico, com
adultos e larvas ocupando habitats separados, e podem ser indicadores da saúde geral de um
ecossistema.

A pele dos anfíbios possui uma grande quantidade de glândulas que liberam secreções para se
manter úmida e protegida dos micro-organismos do ambiente. Nesse sentido, possuem um verdadeiro
arsenal químico que pode ser uma grande fonte de matéria prima para produção de fármacos que
ajudem a tratar doenças, servir com anestésicos, cicatrizantes e compor fórmulas de produtos
cosméticos.

Essas substâncias já vêm sendo pesquisadas há anos pela indústria farmacêutica. Por exemplo,
recentemente foi descoberto que na pele da rã Pseudis paradoxa (uma espécie encontrada no Pantanal
Sul-Mato-Grossense) existe uma substância capaz de ajudar no combate à diabetes. Entre as famílias
de maior interesse farmacêutico, está a Dendrobatidae, que compreende animais pequenos e muito
coloridos.

Apesar de sua grande importância no ambiente, nas últimas décadas o declínio de população
naturais de anfíbios vem sendo registrada em todo o mundo, esses declínios estar relacionado a ação
antropogênica sobre o ambiente. Diante disso vemos que a necessidade de realização de novos
inventários faunísticos em todos os biomas brasileiros é de extrema urgência, particularmente, na
Amazônia, dada sua vasta extensão e carência de inventários. Tal urgência se deve principalmente
por conta da rápida perda dos habitats propícios para a existência dos anuros, como o interior das
florestas e corpos de água.

Os Anuros por sua vez, são reconhecidos como um dos grupos de animais mais ameaçados de
extinção em todo o mundo, e vêm sofrendo uma crise de grandes proporções desde a década de 1980.
Cerca de 30% das espécies de anuros correm risco de desaparecer nos próximos anos.
Aproximadamente 25% são tão pouco conhecidas que não somos capazes de dizer se essas espécies,
de fato, estão ou não ameaçadas, e, do início da crise até hoje, 35 espécies já foram extintas na
natureza (IUCN, 2019).

Na Amazônia, encontra-se uma diversidade muito grande de desse grupo, porém os estudos
direcionados para esse grupo são poucos, fazendo com que o conhecimento sobre preservação dessas
espécies não seja alcançado.
Nesse sentido, são imprescindíveis os estudos sistematizados realizados preferencialmente a médio e
longo prazo para o monitoramento dessas populações. Logo, o presente relatório teve como objetivo
o levantamento de dados sobre determinadas espécies de anfíbios endêmicas da Amazônia,
enfatizando sua importância no meio, características principais e métodos de coletas, para que com
isso se tenha um conhecimento básico sobre determinadas espécies presentes em nossa região e
investigar estratégias de preservação das mesmas.

2. METODOLOGIA
Os processos de coleta de dados, de seleção e desenvolvimento do estudo realizou-se entre os dias 27
de novembro e 1 de dezembro de 2019. O estudo apresentou três fases em seu desenvolvimento, da
seguinte forma: inicialmente, teve a fase exploratória; num segundo momento, a delimitação do
estudo e a coleta de dados; e, num terceiro estágio, foi feito a análise sistemática desses dados,
culminando na realização do relatório. Para a pesquisa Qualitativa foi feito o levantamento de dados
com base na plataforma de estudos na IUCN- União Internacional para a conservação da Natureza e
em artigos presentes na Plataforma Scielo.

3. RESULTADOS E DISCURSÃO
Foi feito o levantamento de 5 indivíduos de espécies diferentes distribuídos em 5 gêneros e 5
famílias distintas com incidência no norte do Brasil: Delphobates castaneoticus, Bolitoglossa
paraenses, Rhinella marina, Pipa pipa e Pseudis paradoxa.
Delphobates castaneoticus
Nome comum: Rã-da-castanha, sapo venenoso da castanha, sapo ponta-de-flecha da Amazônia.
Autor: (Caldwell & Myers, 1990)
Reino: Animália
Filo: Cordata
Classe: Anfíbia
Ordem: Anura
Família: Dendrobatidae
Gênero: Adelphobates
Figura 1. Espécie Delphobates castaneoticus

Fonte: Google Imagens


Delphobates castaneoticus (Figura 1) é um sapo dardo venenoso da família Dendrobatidae. É
preto, com pequenas listras ou manchas brancas no corpo e manchas laranja na superfície superior e
inferior das pernas. É geralmente encontrado em serapilheira e usa as cascas de castanha do Brasil
para oviposição (Caldwell e Myers, 1990). Essa espécie era conhecida em apenas três municípios
brasileiros, todos no centro do Pará. Havia dois registros no município de Vitória do Xingu: um em
Cachoeira Juruá, em uma planície adjacente ao rio Xingu e outro em Bom jardim, também foi
encontrado em Taperinha, zona leste da foz do rio Tapajós, município de Santarém (Lima e Gallati,
2011).

O habitat desse animal é geralmente em Serrapilheira (folhagem no chão) da floresta tropical, onde
se alimenta. Raramente é encontrada muito acima do chão. Se alimentam basicamente de formigas,
cupins e pequenos insetos. Para a reprodução em geral usam a água de pequenas piscinas temporárias
para se reproduzir, inclusive a das cascas dos frutos vazios das castanheiras. A fêmea coloca
geralmente de 2 a 6 ovos, que são postos no chão e cuidados pelo macho. Os girinos, posteriormente,
são transportados para piscinas para se desenvolver. As rãs jovens crescem rapidamente e podem
atingir a maturidade entre 5 e 7 meses.
Embora a população dessa espécie esteja estável, a sua preservação depende da conservação da
floresta. Ou seja, coisas como a exploração madeireira, as queimadas e o próprio tráfico internacional
de animais podem ser ameaças à Adelphobates castaneoticus.

De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), A. castaneoticus é


considerado "Menos Preocupante" na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (IUCN 2019). Mesmo
assim, este relatório mostra a importância de novos inventários de fauna para entender melhor a
distribuição de sapos, uma vez que os inventários são a maneira mais direta de avaliar alguns dos
componentes da diversidade animal em um bioma ou localidade.

Bolitoglossa paraensis
Figura 2. Espécie Bolitoglossa paraensis
Nome comum: Salamandra Paraense
Autor: (Unterstein, 1930).
Reino: Animalia
Filo: Cordata

Fonte: Google Imagens


Classe: Anfíbia
Ordem: Caudata
Família: Plethodontidae
Gênero: Bolitoglossa

A espécie Bolitoglossa paraenses (Figura 2) é uma Salamandra nativa do norte do Brasil com
ocorrência nos estados do Amapá, Pará e Amazônia. Possui um limite superior de elevação de 50
metros e limite inferior desconhecido ainda. Esta é considerada uma espécie comum nos fragmentos
florestais e em torno de Belém do Pará. Taxa confundida com que pareça ser rara em outras
localidades (região de Juruti, no Pará, e os estados de Amapá e Amazonas: Urucu, Benjamin Constant
e Juruá). O tipo localidade é "Sta. Isabel do Pará", Brasil. A espécie é distribuída sobre a Bacia
Amazônica do Brasil, de acordo com Frost (2007). Pelo menos, três, quatro, possivelmente, espécies
estão distribuídas na Amazônia Brasileira e B. paraensis ocorre apenas no leste do Pará entre Belém
e Bragança, abaixo de 50 m acima do nível do mar, e em Amapá, no Escudo das Guianas.

A espécie é conhecida para ocorrer em florestas amazônicas das terras baixas. Ela ocorre
principalmente em arbustos e troncos de árvores do sub-bosque da floresta primária. O tamanho da
ninhada pode variar entre 8-15 ovos. Espécimes de um táxon relacionado no oeste da Amazônia
brasileira foram encontrados principalmente em serapilheira no chão da floresta.

A principal ameaça a esta espécie é o desenvolvimento residencial e comercial. O


desmatamento devido ao crescimento urbano na região de Belém e de mineração de bauxita na região
de Juruti vem aumentando, e assim diminuindo cada vez mais seu habitat. Uma população em Amapá
está perto de Parque Nacional de Tumucumaque. Outras populações não estão perto de áreas
protegidas Ou seja, as medidas de conservação alcançam somente uma pequena parcela da população.

O trabalho sobre a resolução da taxonomia deste complexo está em andamento. Listado como
Dados Deficientes, uma vez que só recentemente foi ressuscitado como uma espécie válida, e ainda
há muito pouco sabe sobre a sua extensão de ocorrência, área de ocupação, status e exigências
ecológicas

Rhinella marina
Nome comum: Sapo-Cururu, Sapo-Boi ou Cururu

Autor: (Linnaeus, 1758) Figura 3. Espécie Rhinella marina

Reino: Animalia

Filo: Cordata

Classe: Anfíbia

Fonte: Google Imagens


Ordem: Anura

Família: Bufonidae

Gênero: Rhinella

Espécie: Rhinella marina

A espécie Rhinella marina é uma espécie nativa e residente de diversos países, sendo eles:
Bolivia, Brasil, Colombia, Costa Rica; Equador, Guatemala, Honduras, Mexico, Nicaragua, Panama,
Peru, Suriname, Estados Unidos (Texas), Venezuela entre outros.
Possui um limite superior de elevação de 3,000 metros, e um limite inferior de elevação de 0
metros.A população atual vem constantemente aumentando, pois no geral, não há ameaças
significativas para essa espécie invasiva e muito adaptável. Os animais introduzidos estão
transportando salmonelas em Porto Rico, colocando outras espécies nativas em risco. Em algumas
partes de sua linha introduzida, ele compete com sapos nativos e tem um impacto negativo na vida
selvagem nativa que tenta consumi-lo.
A sobrevivência e o desenvolvimento de girinos nas Bermudas estão sendo afetados tanto
pelos contaminantes encontrados em várias de suas lagoas quanto pela transferência de contaminantes
acumulados (Bacon et al. 2006).
São mais facilmente encontrados em habitats do tipo: Zonas de floresta húmidas e
descampadas, Ambientes aquáticos, Pastagem, Litoral Marinho, Supratidal, Matagal, Marítimo
Intertidal, Vegetação introduzida, Savana.
Não há medidas de conservação necessárias para esta espécie altamente invasiva; pelo
contrário, são necessárias medidas de conservação para as espécies afetadas adversamente pela
expansão do alcance dessa espécie. Existem pesquisas sobre biologia, impactos e métodos para
controlar o crescimento populacional na Austrália, mas até o momento nenhum controle efetivo foi
implementado. Na Papua Nova Guiné, nas Ilhas Salomão, nas Filipinas e no Japão, os impactos dessa
espécie nos sapos nativos devem ser examinados. Um programa de erradicação oficialmente
organizado foi iniciado nas Granadinas (Daudin e Silva 2007).
Essa espécie varia do sul do Texas, EUA, passando pelo tropical México e América Central
até o norte da América do Sul (Brasil central e Peru amazônico e partes do norte da Bolívia
amazônica, Colômbia, Venezuela [incluindo Margarita] e Guianas, em Trinidad e Tobago). É
introduzido no sul da Flórida, Porto Rico (introduzido na década de 1920), St Croix, St Thomas,
Havaí (introduzido de Porto Rico em 1932, agora comum em todas as principais ilhas), Jamaica
(incluindo a Ilha de Cabarita) (introduzido de Barbados em 1844, comum em toda a ilha nas terras
baixas), Ilhas Virgens Americanas, Hispaniola (República Dominicana e Haiti), São Cristóvão,
Nevis, Antígua, Montserrat, Guadalupe, Granadinas, Martinica, Santa Lúcia, São Lúcia, São Vicente,
Barbados, Aruba, Granada, Guam , Saipan e muitas outras localidades tropicais e subtropicais
(Schwartz e Henderson 1988).
É também uma espécie invasora e introduzida em grande parte das terras baixas da Papua
Nova Guiné, nas ilhas do Almirantado e Bismarck e nas Ilhas Salomão. Foi introduzido na Austrália
em 1935, no norte tropical de Queensland, para controlar pragas da cana-de-açúcar (o que não
ocorreu). Agora, o limite sul de sua distribuição fica perto de Coffs Harbour, no nordeste de Nova
Gales do Sul, e seu alcance se estende pela maior parte de Queensland até o Território do Norte até o
Parque Nacional Kakadu (gravado pela primeira vez em Koolpin Gorge, 24 de junho de 2002 e Twin
Falls, 10 de junho). 2002). Também é introduzido e agora difundido nas Filipinas. Pode ser
encontrada na maioria das principais ilhas. Foi introduzido no Japão primeiro do Havaí a Taiwan,
Província da China, e depois de Taiwan através das Ilhas Daito (1930) e Ilha Ishigaki (1978). A
população da Ilha Bonin foi introduzida a partir de Guam, que por si só teve as espécies introduzidas
em 1937 (Christy et al. 2007). Também é encontrado em Hatomajima.
Sapo noturno e terrestre que habita áreas úmidas com cobertura adequada, incluindo campos
de cana, savana, floresta aberta, pátios e jardins bem regados. Também habita florestas equatoriais
secas. Ela vive em habitats degradados e em ambientes artificiais, e é ocasionalmente encontrada em
florestas primárias de planície e montanha, mas geralmente prefere ambientes abertos ou perturbados,
como trilhas, estradas, prados baixos e áreas próximas a assentamentos humanos, por exemplo.
Pastagens, parques e jardins suburbanos. Tende a evitar áreas com vegetação mais densa (por
exemplo, esclerofila úmida e floresta tropical), que podem agir como uma barreira à sua dispersão.
Pode ser encontrado durante o dia sob árvores caídas, tábuas soltas, folhas de coco emaranhadas e
cobertura semelhante. Alimenta-se de artrópodes (especialmente formigas e cupins) e pequenos
vertebrados. É flexível em relação ao local de reprodução, ovos e larvas se desenvolvem em águas
lentas ou ainda rasas de lagoas, valas, piscinas temporárias, reservatórios, canais e riachos. O tamanho
da embreagem está entre 8.000 e 17.000. Ovos e girinos são venenosos e deslocam girinos nativos.
Às vezes, pode se reproduzir em água levemente salobra no Havaí. As larvas são tolerantes a altas
temperaturas.
Em geral, não há ameaças significativas a esta espécie muito adaptável e invasora. Animais
introduzidos estão carregando salmonela em Porto Rico, colocando outras espécies nativas em risco.
Em algumas partes de sua gama introduzida, compete com rãs nativas e tem um impacto negativo
sobre a vida selvagem nativa que tenta consumi-la. A sobrevivência e o desenvolvimento dos girinos
em Bermuda estão sendo afetados pelos contaminadores encontrados em um número de suas lagoas
e pela transferência de contaminadores acumulados (Bacon et al. 2006).

A espécie foi utilizada de várias formas em toda a sua extensão geográfica. É usado para fins
educacionais, peles são usadas para malas no México e para peles de tambor na Papua Nova Guiné,
enquanto animais inteiros são recheados e vendidos como lembranças na Nicarágua. Alguns sapos
são tomados para usos medicinais tradicionais e depois liberados.

Pipa pipa
Nome comum: Sapo de Surinam, Sapo Chinelo, Sapo Chola, o Sapo de celdas
Autor: (Linnaeus, 1758) Figura 4. Espécie Pipa Pipa

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Anfíbia

Fonte: Google Imagens


Ordem: Anura

Família: Pipidae

Gênero: Pipa

Esta espécie é muito comum na bacia amazônica da América do Sul na Colômbia, Venezuela,
Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil. Também está presente em
localidades espalhadas no sul e leste da Ilha Trindade (em Trinidad e Tobago). É uma espécie de
terras baixas encontradas abaixo de 400 m de altitude. Esta espécie aquática vive em cursos de água
lentos, remanso de riachos e lagoas e piscinas em floresta tropical, escondendo sob a folha-desarruma
submersa. Eles também ocorrem na floresta inundada. Eles raramente se aventurarem em terra, onde
eles se movem desajeitadamente. O desenvolvimento acontece direto ocorre no dorso do adulto. Eles
também ocorrem na floresta inundada. Os machos dessa espécie medem cerca de 66-79 mm e as
fêmeas 98-116 mm. O corpo é achatado dorso-ventralmente. A cabeça é grande, triangular, achatada,
com franjas dérmicas laterais e focinho pontudo.

O dorso é marrom-acinzentado escuro. O ventre é esbranquiçado, com manchas marrom-


escuras concentradas na região gular. Uma linha longitudinal escura cruza o centro do ventre, e acaba
em uma linha transversal escura na base da região gular (Lima, et al. 2006). O habitat desse animal é
floresta, zona húmida (interior). Espécies aquáticas que vivem em cursos de água de fluxo lento,
remanso de córregos e lagoas e piscinas na floresta tropical, escondendo-se sob as folhas submersas.
Eles raramente se aventuram na terra, onde se movem desajeitadamente. Apesar de sua tendência
atual de população se encontrar estável, a espécie não está seriamente ameaçado, mas as populações
locais provavelmente são impactadas pela perda e degradação do habitat devido à exploração
madeireira, expansão agrícola e assentamento humano.
De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), a Pipa pipa é
considerado "Menos Preocupante" na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (IUCN 2019). Listado
como pouco preocupante, tendo em vista sua ampla distribuição e grande população presumida.

Pseudis paradoxa
Nome comum: Rã- paradoxal, Sapo-paradoxal e Sapo de natação
Autor: (Linnaeus, 1758)
Reino: Animalia
Filo: Cordata
Classe: Anfíbia
Família: Hylidae
Gênero: Pseudi

Figura 5. Espécie Pseudis paradoxa

Fonte: Google Imagens

Pseudis paradoxa é uma espécie aquática encontrada no continente sul americano, com um
índice baixo de preocupação quanto à extinção, a mesma é tolerável a uma gama grande de habitats
e tem uma ampla distribuição (IUNC 2010). Seis subespécies foram reconhecidas por Gallardo
(1961). Com base em uma análise filogenética e comparações entre pares entre seqüências de genes,
Aguiar-Jr et al. (2007) recomendam que as subespécies de Pseudis paradoxa sejam consideradas
espécies completas. No Brasil pode se encontrar subespécies nos estados de Roraima, Amapá e
Maranhão.

Adultos sexualmente maduros têm comprimento total de 45 a 65 mm, mas podem atingir tamanhos
de até 75 mm (Emerson 1988). O corpo é curto. A cabeça é pequena em comparação com o
corpo. Focinho curto e redondo. Olhos em posição dorsolateral. Superfícies dorsais e ventrais
lisas. Tubérculo metatarso externo ausente, com o interno localizado em posição lateral
proeminente. Dedos livres; dedos completamente palmados (Lescure e Marty 2000). Pseudis
paradoxa possui um dos maiores girinos em comparação ao adulto de. Os girinos são
aproximadamente 3 a 4 vezes maiores que os sapos adultos, atingindo tamanhos de até 220 mm
(Emerson 1988). O acasalamento parece estar relacionado a chuvas repentinas ou outras flutuações
sazonais. Os ovos consistem em massas espumosas de ovos esverdeados colocados ao longo da costa
entre plantas aquáticas. Girinos recém-nascidos mantêm uma cor esverdeada em seus ventres por
vários dias. Em lagoas temporárias, os girinos se transformam rapidamente. É em habitat permanente,
onde os girinos atingem enormes proporções e se transformam em tamanho adulto (Emerson 1988).

A espécie é aquática, costuma se encontrar em águas paradas, lagoas, próximos a riachos lentos, em
regiões úmidas em geral, assim como em planícies alagadas, savanas e florestas úmidas, além de
poder habituar-se em ambientes artificiais. A mesma não tem ameaças tão grandes para que ocorra
uma extinção, as maiores ameaças são as ações antrópicas em função da agricultura. (IUNC, 2019).

Não há grandes ameaças, mas as populações locais são afetadas pela perda de habitat devido
a atividades agrícolas e assentamentos humanos. No Paraguai, uma espécie considerada
anteriormente para ser Pseudis paradoxa (talvez uma das subespécies recentemente elevado ao status
de espécies completo) é colhida para o comércio internacional animal de estimação, mas
provavelmente não a um nível que constituem uma ameaça para a espécie.

Métodos de Coleta de Anfíbios


Os anfíbios podem ser coletados durante o dia, mas à noite, quando estão vocalizando, é a
melhor hora para coletá-los pois existe uma maior taxa de encontro, tanto de anfíbios quanto de
répteis, ativos ou em repouso, durante este período (Bernarde, 2007; Macedo et al. , 2008). As épocas
de chuva também são mais favoráveis para coletá-los de anfíbios, já que eles dependem de ambientes
úmidos. Em ambiente seco é necessário explorar locais úmidos e sombrios onde estes animais se
refugiam. Anfíbios em geral são animais muito frágeis. Quando mortos e expostos à temperatura
ambiente, logo se decompõem. Mesmo se nos depararmos com espécimes mortos, é interessante
fotografá-las e coletá-las, pois o crânio e partes do esqueleto podem ser aproveitados em coleções
didáticas e científicas.
Os métodos mais comuns são de procura limitada por tempo e armadilhas de interceptação e
queda. Os diversos tipos de armadilhas utilizados funcionam como captura passiva. As armadilhas
passivas são construídas com baldes, gaiolas, covos e até com cola adesiva fixada em troncos para
capturar exemplares arborícolas. As coletas ativas são realizadas durante os dias e as noites em
diversos tipos de ambientes. Um bom rendimento no esforço de captura e coleta depende da utilização
do equipamento adequado (lanterna de cabeça e de mão, sacos para acondicionar os espécimes
coletados, entre outros) e da habilidade do coletor. (No campo é imprescindível a utilização de roupas
adequadas: bota de borracha, camisa de manga comprida, boné etc.

Os girinos podem ser coletados com puçá, peneira, covo e até com as mãos. São facilmente
encontrados em lagoas, poças, interior de bromélias, buracos rasos do chão da mata, etc. No campo
é importante explorar bem os micro-habitat, virar e revirar troncos podres caídos, folhiços, pedras,
examinar valas, poças e o interior de bromélias, procurar em buracos e troncos. Os pesquisadores
devem sempre ter em mãos um caderno de campo e caneta para fazer todas as anotações possíveis.
Um bom equipamento fotográfico também é importante para registrar a fauna e a flora do local. Outra
forma de coleta também seria o acondicionamento que é preservar o animal em sacos de pano
umedecidos e bem fechados. Outra possibilidade é colocar um pouco de folhiços dentro do saco para
que o ambiente fique úmido e o animal não morra ressecado. Para não danificar os indivíduos
coletados, é importante colocar poucos indivíduos por saco. Se o acondicionamento durar mais de
um dia, devem-se limpar as fezes e a urina que possam estar no saco e também lavar os espécimes
em água corrente.

As coleções de anfíbios podem ser de quatro tipos de coleções:

• Coleção de espécimes em via húmida


• Coleção de espécimes em via seca
• Coleção de espécimes de tipos (parátipos)

Coleção de espécimes em via húmida: os indivíduos são fixados em formalina 10% e conservados
em álcool 70%, preferencialmente em locais escuros.

Coleção de espécimes em via seca: as peças ósseas são devidamente acondicionadas e etiquetadas.

Coleção de espécimes de tipos (parátipos): os indivíduos fixados são mantidos em armários


separados, seguindo a organização da coleção geral, com fichário à parte.
4. CONCLUSÃO
Com os dados obtidos através da pesquisa foi possível perceber o grau de conservação das
espécies pesquisadas e as medidas de defesa existentes para a preservação das mesmas. A
necessidade de realização de novos inventários faunísticos em todos os biomas brasileiros é de
extrema urgência, particularmente na região Amazônica, dada sua vasta extensão e carência de
inventários. Tal urgência se deve principalmente por conta da rápida perda dos habitats propícios
para a existência dos anuros, como o interior das florestas e corpos de água, resultado da rápida
urbanização e desmatamentos para a agricultura.

A realização de estudos zoológicos básicos também é fundamental, pois é o único meio de se


conhecer a real diversidade da fauna de anfíbios brasileiros e, por conseguinte, a única forma de
se conhecer de modo mais preciso quais espécies estão realmente ameaçadas. Nesse sentido, a
definição de critérios e mecanismos que facilitem a obtenção das licenças para as atividades de
pesquisa que privilegiam o conhecimento do patrimônio biológico nacional é determinante. É
recomendável que as atividades de levantamento e coleta de anfíbios sejam também direcionadas
para áreas ainda não amostradas, que sejam incentivados estudos em longo prazo e que novas
coleções desse grupo zoológico sejam criadas.

Portanto, é de extrema importância que os resultados das listas vermelhas sejam assimilados pelas
agências governamentais responsáveis pela elaboração das políticas públicas e pela gestão da
biodiversidade, transformando-os em ações efetivas para a reversão das ameaças às quais as
espécies estão submetidas, contando, inclusive, com o apoio e os recursos disponibilizados pelas
organizações não governamentais conservacionistas ,nacionais ou internacionais.

5. REFERENCIAS
Aguiar-Jr, O., Bacci Jr, M., Lima, A.P., Rossa-Feres, D.C., Haddad, C.F.B., and Recco-Pimentel,
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