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Bacharelado em Engenharia Agronômica

Componente Curricular: TCC I

Docente: prof. Dr. Michelangelo Oliveira

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

ESCARIFICAÇÃO NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES


DE SCHINOPSIS BRASILIENSIS

DISCENTE:

LUIZ CARLOS ALVES DOS SANTOS

PIRANHAS

2023
LUIZ CARLOS ALVES DOS SANTOS

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

ESCARIFICAÇÃO NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES


DE SCHINOPSIS BRASILIENSIS

Revisão bibliográfica apresentada ao Curso Superior em Engenharia Agronômica do Instituto Federal de


Alagoas – Campus Piranhas como requisito parcial para aprovação na disciplina TCC I.

Orientador (a): Dr. Adonias

PIRANHAS

2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..........................................................................5
3. BIOMA DA CAATINGA..................................................................................5
4. SCHINOPSIS BRASILIENSIS E SUA UTILIZAÇÃO NA MEDICINA
POPULAR.............................................................................................................6
5. BARAÚNA (SCHINOPSIS BRASILIENSIS): ASPECTOS GERAIS..............7
6. FAMILIA ANACARDIACEAE.......................................................................11
7. DORMENCIA...............................................................................................11
8. MÉTODOS DE SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA........................................12
9. TESTE EM AMBIENTE CONTROLADO B.O.D..........................................13
10. PAPEL GERMITEST................................................................................13
11. OBJETIVOS.............................................................................................15
11.1. OBJETIVO GERAL................................................................................15
11.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................15
12. METODOLOGIA.......................................................................................15
13. CONCLUSÃO...........................................................................................16
14. REFERÊNCIAS........................................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
A Baraúna (Schinopsis brasiliensis) é uma árvore típica da região da Caatinga
no Brasil. Ela desempenha um papel importante no ecossistema dessas regiões, por se
tratar de uma árvore de grande porte, podendo chegar a medir até 25 metros de altura e
possuir uma copa densa e arredondada, com folhas verde-escuras e brilhantes que
garantem sombra e abrigo para a fauna local, fornece alimento e abrigo para muitas
espécies de animais, incluindo aves, répteis e mamíferos. Além disso, a Baraúna é uma
espécie muito resistente à seca, graças às suas raízes profundas que permitem que ela
sobreviva em condições de baixa umidade. Essa resistência a torna uma espécie valiosa
para a recuperação de áreas degradadas e para a preservação do solo em regiões áridas e
semiáridas.
A sua madeira é muito resistente e durável, sendo utilizada em construções e na
fabricação de móveis, utensílios domésticos, estacas, postes e mourões. A árvore
também é importante para a medicina popular nordestina, pois diversas partes da planta
são utilizadas para tratamentos de doenças e infecções. A casca, por exemplo, é
utilizada no preparo de chás para o tratamento de diarreias, dores de estômago e febres.
Por essas razões é considerada uma espécie importante para a conservação do
ecossistema brasileiro e para a sustentabilidade de muitas comunidades locais que
dependem dela para sua subsistência.
No entanto, a exploração descontrolada da madeira da Baraúna
pode levar à sua extinção, tornando a preservação da espécie ainda mais importante, por
isso é de grande importância o que haja o estudo da superação de dormência da
semente, seja por meio químico ou físico, para que assim se obtenha uma maior taxa de
germinação e propagação em viveiros florestais.
A Baraúna é uma espécie que pode ser encontrada em muitas
áreas de preservação ambiental e unidades de conservação no Brasil. Seu uso
sustentável e a proteção de seus habitats naturais são fundamentais para garantir a
continuidade da espécie e de todo o ecossistema em que ela está inserida. É importante
ressaltar que a preservação da Baraúna e de outras espécies nativas é essencial para a
manutenção da biodiversidade e para a sustentabilidade do planeta como um todo. Além
disso, a proteção das florestas e dos ecossistemas naturais é uma medida importante
para a mitigação das mudanças climáticas e para a preservação dos recursos hídricos e
do solo.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3. BIOMA DA CAATINGA
Com uma vasta extensão territorial, uma riqueza cultural singular e um dos
maiores índices de biodiversidade do planeta, o Brasil destaca-se pela diversidade de
seus biomas. Esses biomas são moldados por uma variedade de solos e climas, o que
resulta em características únicas e em uma variedade impressionante de flora e fauna.
Entre os principais biomas brasileiros, destacam-se a Amazônia, o Cerrado, a Mata
Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal. Cada um desses biomas desempenha um
papel fundamental na manutenção da biodiversidade e na prestação de serviços
ecossistêmicos essenciais para a vida no planeta. A preservação desses biomas é vital
para garantir a sustentabilidade ambiental e promover um futuro mais equilibrado para
as próximas gerações.
A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando cerca de
10% do território nacional. Caracterizado por um clima semiárido, a caatinga apresenta
uma vegetação adaptada às condições de baixa umidade e temperaturas elevadas. Com
sua vegetação composta por uma grande diversidade de espécies, incluindo árvores,
arbustos, cactos e plantas herbáceas. Entre as espécies mais comuns estão a jurema-
preta, a faveleira, o juazeiro, a Braúna, o umbuzeiro e o mandacaru.

FIGURA 1 – MAPA LIMITE BIOMA CAATINGA

FONTE: https://snif.florestal.gov.br/en/biomes-and-their-forests/253-mapas
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A biodiversidade do bioma da Caatinga é de extrema importância para diversas


atividades econômicas, incluindo a indústria alimentícia, química, cosmética e
farmacêutica, bem como a agrossilvipastoril. No entanto, a preservação dessa
diversidade biológica é um dos maiores desafios enfrentados pela ciência brasileira.
Infelizmente, a Caatinga é uma das regiões naturais brasileiras menos estudadas, com a
maioria dos esforços científicos concentrados em alguns pontos próximos às principais
cidades. Adicionalmente, é preocupante constatar que a Caatinga é também a região
menos protegida, uma vez que menos de 8% de seu território é abrangido por unidades
de conservação (TEIXEIRA, Marília Gomes 2016). Portanto, é fundamental que
medidas urgentes sejam tomadas para proteger e preservar a rica biodiversidade da
Caatinga, de forma a garantir sua sustentabilidade a longo prazo e a manutenção de seus
serviços ecossistêmicos.

4. SCHINOPSIS BRASILIENSIS E SUA UTILIZAÇÃO NA MEDICINA


POPULAR
A Baraúna é uma planta que é amplamente utilizada na medicina popular para
tratar dores no estômago e no fígado, por meio da preparação de decoctos. Esta prática é
relatada em estudos realizados por (Ribeiro et al. 2014). É importante lembrar que o uso
de plantas medicinais deve ser feito com cautela e sob orientação de um profissional de
saúde qualificado.

Pesquisas científicas já comprovaram a eficácia da baraúna no tratamento de


diversas condições de saúde. Por exemplo, estudos demonstraram que os extratos da
casca da baraúna possuem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, sendo úteis no
tratamento de dores musculares e articulares, além de inflamações em geral. Além
disso, também foi comprovado que a baraúna possui atividades antitumorais e
antimicrobianas.

De maneira geral, entende-se por plantas medicinais quaisquer espécies vegetais


que possuem a capacidade de produzir substâncias biologicamente ativas, que podem
ser utilizadas como precursores de fármacos semi-sintéticos ou com fins terapêuticos,
conforme defendido por (Valdir F. Veiga Junior, I; Angelo C. PintoI; Maria Aparecida
M. Maciel 2005).
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Com base no que foi apresentado, fica claro que a conservação de espécies de
plantas arbóreas com importância econômica e medicinal é imprescindível. A perda
dessas espécies pode ter impactos significativos no ecossistema, bem como na economia
e saúde pública. Além disso, é importante lembrar que muitas dessas espécies são
utilizadas pela população local para tratamento de doenças e para obtenção de renda, e
sua extinção pode ter graves consequências sociais e culturais. Portanto, é fundamental
que medidas de conservação e manejo sustentável sejam implementadas para garantir a
sobrevivência dessas espécies e a preservação do patrimônio biológico e cultural da
região, bem como S. brasiliensis. Segundo Di STASI, L. C. (1996), A utilização de
espécies medicinais não pode ser vista somente como um recurso terapêutico, mas
também deve ser considerada a importância da conservação dessas espécies para manter
o equilíbrio do ecossistema. É essencial que sejam estabelecidas estratégias eficazes
para o manejo sustentável dessas plantas medicinais, a fim de garantir a disponibilidade
contínua de suas propriedades medicinais sem comprometer sua sobrevivência a longo
prazo.
A sobrevivência das espécies medicinais está diretamente relacionada à saúde do
ecossistema em que vivem. Assim, a exploração irresponsável dessas plantas pode
resultar em sua extinção e na perda de serviços ecossistêmicos essenciais para as
comunidades que dependem delas. Portanto, é crucial que sejam implementadas
técnicas de manejo sustentável, tais como a adoção de práticas agrícolas responsáveis, a
utilização de métodos de coleta que não causem danos às plantas e a criação de áreas
protegidas para a conservação das espécies.
Além disso, é importante que sejam desenvolvidos programas de educação e
conscientização para informar as comunidades locais sobre a importância da
conservação das espécies medicinais e da adoção de práticas sustentáveis de manejo. A
conscientização da população sobre a necessidade de preservação das plantas
medicinais pode contribuir para a implementação de políticas públicas de preservação
dessas espécies e para a criação de um ambiente propício para o manejo sustentável e a
conservação do ecossistema como um todo.

5. BARAÚNA (SCHINOPSIS BRASILIENSIS): ASPECTOS GERAIS


A Schinopsis brasiliensis é uma árvore nativa do Brasil e pertencente à família
Anacardiaceae, sendo o principal representante do gênero Schinopsis. É uma espécie
endêmica das caatingas, apresentando características xerófitas e heliófitas. Durante o
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período seco, a árvore é totalmente decídua e sua floração, frutificação e maturação dos
frutos ocorrem em épocas variáveis de um ano para o outro. Sua ocorrência é restrita a
solos de várzea ricos em cálcio e nutrientes, com uma boa oferta de matéria orgânica e
umidade em profundidade.
Essa é uma árvore caracterizada por ser espinhosa e decídua, podendo alcançar
até 15 metros de altura quando adulta, sendo uma das maiores da caatinga. Seus ramos
espinhosos, que chegam a medir até 3,5 cm, possuem uma galharia espessa e bem
distribuída em uma copa com poucas e pequenas folhas. Seu crescimento é lento e a
idade de corte ocorre geralmente entre 20 e 30 anos. Os ramos e o caule principal
podem ser atacados por larvas e insetos. A casca é áspera, cinza-escura, quase negra e se
desprende em porções irregularmente quadrangulares, formando pequenas rachaduras.
As flores são brancas, glabras, pequenas, medindo entre 3 mm e 4 mm de diâmetro e
com um suave perfume. O fruto é uma drupa alada de cor castanho-claro, com cerca de
3 cm a 3,5 cm de comprimento e com uma massa esponjosa em seu interior. (KIILL;
DIAS, 2008; CARVALHO, 2009; MAIA, 2012; Vinícius Santos, R., & Betânia Moreira
Amador, M. 2013). Nas figuras 2 a 6 encontram-se a árvore, caule, folhas, e frutos da
espécie S. brasiliensis, respectivamente.

Figura 2 – Foto de Marcos Antônio D / Arvore Baraúna

Fonte: Marcos Antônio Drumond - Embrapa Semiárido

Figura 3 - Foto de Natália Isabel Lopes Quirino / Casca externa da Baraúna.


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Fonte: Natália Isabel Lopes Quirino / Projeto Caatinga

Figura 4 - Galho de Baraúna mostrando a filotaxia alterna, e a folha composta


imparipinada.

Fonte: Autor desconhecido / Projeto Caatinga

Figura 5 - Foto Erick Daniel Gomes da Silva / Frutos imaturos (A) e maduros
(B) de Baraúna.
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Fonte: Erick Daniel Gomes da Silva / Projeto Caatinga

Figura 6 - Foto de Natália Isabel Lopes Quirino / Sementes de Baraúna.

Fonte: Natália Isabel Lopes Quirino / Projeto Caatinga

Fontes:
¹https://projetocaatinga.ufersa.edu.br/descricao-botanica-4/;
Acesso em: 19 de abril de 2023.
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6. FAMILIA ANACARDIACEAE
A família Anacardiaceae é representada por diversas espécies no semiárido
brasileiro, região que se caracteriza por apresentar um clima seco e uma vegetação
adaptada às condições de escassez de água. Algumas das espécies mais comuns da
família encontradas nessa região incluem o cajueiro (Anacardium occidentale), a
Braúna (Schinopsis brasiliensis) e o umbuzeiro (Spondias tuberosa).
O cajueiro, por exemplo, é uma árvore frutífera de grande importância
econômica para o Nordeste brasileiro. A castanha do caju, que é a semente do fruto do
cajueiro, é uma das principais fontes de renda para a região, sendo utilizada tanto na
alimentação humana como na produção de cosméticos e medicamentos. Além disso, o
cajueiro também tem valor medicinal, sendo utilizado popularmente para tratar diversas
doenças, como anemia, diarreia e problemas respiratórios.
A Braúna, desempenha um papel importante no ecossistema dessas regiões, por
se tratar de uma árvore de grande porte, podendo chegar a medir até 20 metros de altura
e possuir uma copa densa e arredondada, com folhas verde-escuras e brilhantes que
garantem sombra e abrigo para a fauna local, fornece alimento e abrigo para muitas
espécies de animais, incluindo aves, répteis e mamíferos.
Por fim, o umbuzeiro é uma árvore típica do sertão nordestino que produz um
fruto comestível muito apreciado pela população local. Além disso, suas raízes e casca
têm propriedades medicinais, sendo utilizadas no tratamento de diversas doenças, como
problemas estomacais e febre.
Em resumo, a família Anacardiaceae é muito importante para o semiárido
brasileiro, fornecendo diversas espécies de grande valor econômico e medicinal para a
população local. Essas plantas se adaptaram às condições de clima seco e solo pouco
fértil da região, sendo um exemplo de como a natureza pode se adaptar e fornecer
recursos para as populações que vivem em ambientes adversos.

7. DORMENCIA
De acordo com (Borges, E. E. et al. 2004), a dormência tegumentar é uma
condição em que a semente apresenta dificuldade em absorver água, o que prejudica o
início da hidratação e limita os processos físicos e reações metabólicas fundamentais
para a germinação.
A dormência de sementes é um mecanismo natural que impede que a semente
germine imediatamente após ser liberada pela planta. Esse mecanismo é comum em
muitas espécies vegetais, incluindo aquelas encontradas na caatinga, um bioma
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brasileiro que se caracteriza por apresentar um clima semiárido e uma vegetação


adaptada às condições de escassez de água. Na caatinga, a dormência de sementes é um
mecanismo importante para garantir a sobrevivência das espécies em um ambiente
hostil. Muitas plantas da região produzem sementes que só germinam após um período
de tempo específico ou após serem expostas a determinadas condições ambientais.
Algumas das estratégias de dormência de sementes observadas na
caatinga incluem a dormência física, química e fisiológica. A dormência física ocorre
quando a semente possui uma estrutura resistente que impede a germinação, como uma
casca muito dura ou uma membrana impermeável. Nesse caso, a semente só irá
germinar após ser submetida a condições que quebrem essa barreira, como a ação de
microorganismos ou o processo de digestão de um animal.
Já a dormência química ocorre quando a semente produz
substâncias que inibem a germinação, como ácidos ou enzimas que impedem o
desenvolvimento do embrião. Nesse caso, a dormência só será quebrada após a semente
ser exposta a condições específicas, como a luz do sol, a umidade ou a ação de agentes
externos. Por fim, a dormência fisiológica ocorre quando a semente
ainda não está completamente desenvolvida e precisa de um período de tempo
específico para completar o processo de maturação. Nesse caso, a germinação só ocorre
após a semente atingir o estágio adequado de desenvolvimento.
Nos últimos anos, tem havido um aumento significativo no
interesse pela propagação de espécies florestais nativas, devido à necessidade de
recuperação de áreas degradadas e à crescente preocupação com questões ambientais.
No entanto, segundo (Silva et al. 2017), existe uma carência de informações sobre o
manejo e a análise de sementes para a maioria dessas espécies, o que dificulta a
caracterização de seus atributos físicos e fisiológicos.

8. MÉTODOS DE SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA


Dentre os métodos empregados com êxito na superação da dormência
tegumentar de espécies florestais, destacam-se a escarificação mecânica e química, bem
como a imersão das sementes em água quente, conforme relatado por (Oliveira et al.
2003). De acordo com (Scalon et al. 2005), esses métodos se fundamentam na ideia de
dissolver a camada cuticular cerosa ou criar estrias e perfurações na superfície do
tegumento das sementes, com o objetivo de facilitar e tornar mais uniforme o processo
de germinação.
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Cabe ressaltar que a escolha do método mais adequado para a superação da


dormência de sementes depende de diversos fatores, como a espécie em questão e o tipo
de dormência presente. É necessário considerar cuidadosamente as características da
semente e as condições ambientais em que será cultivada, a fim de determinar qual
método proporcionará os melhores resultados em termos de germinação e
desenvolvimento da planta. Portanto, é importante realizar uma avaliação cuidadosa
antes de optar por um método específico de superação da dormência.

9. TESTE EM AMBIENTE CONTROLADO B.O.D


Para a realização do experimento é necessário o uso de um germinador do tipo
câmara vertical B.O.D., equipado com controle de temperatura e circulação de ar
através de um difusor vertical e uma ventoinha contínua. Essa configuração foi
escolhida para proporcionar condições adequadas para o processo germinativo das
sementes e garantir a uniformidade das condições experimentais ao longo do tempo.

A câmara vertical B.O.D. para germinação de sementes é constituída por uma


estrutura metálica revestida com material isolante, que contém prateleiras removíveis de
arame para acomodar os recipientes com as sementes. O controle de temperatura é
realizado por meio de um termostato, que mantém a temperatura dentro da câmara entre
20 e 30 graus Celsius, adequada para a germinação da maioria das espécies vegetais.
Um circulador de ar, por meio de uma ventoinha contínua e um difusor vertical,
promove a troca de ar e a circulação do ar dentro da câmara, garantindo uma
temperatura uniforme em todas as prateleiras.
A B.O.D. para germinação de sementes pode ser utilizada em
diferentes tipos de experimentos e pesquisas, permitindo avaliar a germinação em
diferentes condições de temperatura, umidade e iluminação, bem como testar a resposta
das sementes a diferentes tratamentos químicos e físicos. Além disso, a câmara é
facilmente adaptável para diferentes tipos de culturas, com a possibilidade de ajustar o
tamanho das prateleiras para acomodar recipientes maiores ou menores.
Em pratica, a câmara vertical B.O.D. é um equipamento
importante para a germinação de sementes em laboratórios e em pesquisa científica,
permitindo o controle rigoroso das condições de cultivo e a obtenção de resultados
confiáveis e padronizados.
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10. PAPEL GERMITEST


O papel germitest é um tipo de papel especial utilizado em testes de germinação
de sementes. Ele é desenvolvido para oferecer um substrato adequado para o
desenvolvimento das raízes e plântulas, permitindo avaliar a viabilidade e vigor das
sementes.
Esse papel é produzido a partir de fibras vegetais selecionadas e tratadas para
garantir sua pureza e uniformidade. Sua textura porosa e capacidade de retenção de água
são características importantes que garantem o sucesso do teste de germinação. Além de
ser uma ferramenta importante para avaliar a qualidade das sementes antes do plantio, o
papel germitest também é utilizado em pesquisas científicas para estudar a fisiologia da
germinação. Ele é um meio acessível e eficiente para testar diferentes condições de
germinação e avaliar a resposta das sementes a estímulos ambientais, como temperatura,
umidade e luz.
Existem diferentes tipos de papel germitest, cada um com características
específicas para atender a diferentes necessidades de pesquisa e produção. Alguns
papéis germitest são tratados com substâncias químicas para inibir o desenvolvimento
de fungos e bactérias, enquanto outros são fabricados com diferentes níveis de
porosidade para permitir a troca gasosa entre a semente e o ambiente.
Os testes de germinação realizados com papel germitest são padronizados
e regulamentados por instituições de pesquisa e órgãos governamentais, garantindo a
confiabilidade dos resultados obtidos. Esses testes são utilizados em todo o mundo para
avaliar a qualidade das sementes de diferentes culturas, incluindo espécies agrícolas,
florestais e ornamentais. O processo de utilização do papel germitest é simples. As
sementes são dispostas em camadas uniformes sobre o papel, que é posteriormente
umedecido para criar um ambiente propício à germinação. O papel é então enrolado e
colocado em um ambiente adequado, com temperatura e umidade controladas, para
permitir o desenvolvimento das sementes.
Após um período determinado de tempo, é possível avaliar o número e o
desenvolvimento das plântulas para determinar a qualidade das sementes testadas. O
papel germitest é uma ferramenta importante para avaliar a qualidade das sementes
antes do plantio, permitindo que os produtores escolham as sementes mais saudáveis e
vigorosas para garantir um plantio bem-sucedido.
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11. OBJETIVOS

11.1. OBJETIVO GERAL


Realizar experimento no qual o enfoque principal seja a superação de dormência
e determinar a melhor forma de promover a germinação de sementes de Schinopsis
brasiliensis, a fim de aumentar a taxa de germinação e a produção de mudas para fins
comerciais ou de pesquisa.

11.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Identificar tipo de dormência apresentado na semente;
 Testar diferentes tipos de escarificação. escarificação junto da micrópila,
escarificação lado oposto da micrópila, escarificaçãode um lado da
semente, escarificação dos dois lados da semente e sem escarificação.
 Determinar uma forma viável e eficiente de superar a dormência das
sementes, permitindo a produção de mudas saudáveis e vigorosas para
utilização em diferentes fins.

12. METODOLOGIA
Esse trabalho foi elaborado a partir de uma revisão da literatura, artigos, teses e
dissertações indexados nas bases SciELO, CAPES Lilacs, Science Direct e PubMed.
É importante destacar que a escolha dessas bases de dados foi estratégica, pois
elas são reconhecidas pela qualidade e abrangência de seus conteúdos nas áreas de
ciência e saúde. Além disso, a utilização de mais de uma base de dados aumenta a
chance de encontrar um número maior de referências relevantes para a revisão
bibliográfica. Após a busca nas bases de dados, foram utilizados critérios de seleção
para escolher os estudos a serem incluídos na revisão bibliográfica, como a relevância
do tema, a qualidade metodológica dos estudos e a data de publicação. As informações
obtidas nos estudos selecionados foram analisadas e sintetizadas, a fim de obter uma
visão geral e atualizada sobre o tema em questão.
Por fim, é importante mencionar que a revisão bibliográfica é uma
metodologia amplamente utilizada na pesquisa científica, pois permite a obtenção de
informações valiosas sobre um determinado tema, sem a necessidade de realizar
experimentos ou coletar novos dados.
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13. CONCLUSÃO
A baraúna possui uma grande capacidade de se adaptar às condições climáticas e
edáficas da Caatinga, uma região caracterizada pela escassez de água e alta incidência
solar. Além disso, ela apresenta um sistema radicular profundo, o que lhe permite
buscar água em camadas mais profundas do solo, tornando-se resistente à seca.

Além de seu valor ecológico, a Schinopsis brasiliensis é utilizada na medicina


popular, sendo indicada para tratamento de diversas enfermidades, como infecções,
inflamações e problemas estomacais. Suas cascas são utilizadas na fabricação de
corantes, tintas e curtumes. A madeira da baraúna é de alta qualidade, sendo utilizada na
construção civil, confecção de móveis, utensílios domésticos e artesanato.

A preservação da Schinopsis brasiliensis é importante para manter a


biodiversidade da Caatinga e garantir sua utilização sustentável. A espécie pode ser
propagada por sementes e apresenta uma boa capacidade de regeneração natural. No
entanto, ações de desmatamento, uso inadequado da terra e mudanças climáticas
representam ameaças à sua conservação.

14. REFERÊNCIAS
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oportunidades. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/260591461_Conservacao_brasileira_desafios_
e_oportunidades . Acesso em: 18 de abril de 2023.
Os biomas e suas Florestas – Caatinga – Mapas. Disponível em:
https://snif.florestal.gov.br/en/biomes-and-their-forests/253-mapas. Acesso em: 18 de
abril de 2023
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https://www.scielo.br/j/rbpm/a/k8cDGCLh3WTwtBtYjttCSfs/abstract/?lang=pt. Acesso
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https://editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2018/TRABALHO_EV108_MD1_
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