Você está na página 1de 21

Cecília Lázaro Novela

Egnência Roberto Novela


Marcelina Félix Chongo
Otília da Graça Alberto Munguambe

Principais ameaças a Biodiversidade

Licenciatura em Ensino de Biologia Com Habilitações ao Ensino de Química

Universidade Save
Gaza
2022
Cecília Lázaro Novela
Egnência Roberto Novela
Marcelina Félix Chongo
Otília da Graça Alberto Munguambe

Principais ameaças a Biodiversidade

Trabalho de carácter avaliativo, a ser


apresentado na Faculdade de Ciências
Naturais e Exactas cujo curso é Ensino
de Biologia, na cadeira de Biologia de
conservação no âmbito sob
orientação, de dr. Confúcio Matsena.

Universidade Save
Gaza
2

2022
3

Índice

1.0.Introdução............................................................................................................................4

1.1. Objectivos........................................................................................................................4

1.1.1. Geral..........................................................................................................................4

1.1.2. Específicos................................................................................................................4

1.2. Metodologia.....................................................................................................................5

2.0.Fundamentação Teórica.......................................................................................................6

2.1.Principais ameaças á biodiversidade................................................................................6

2.2.Destruição de habitats.......................................................................................................7

2.2.1.Consequências da destruição de habitats...................................................................8

2.3.Degradação de Habitats....................................................................................................9

2.4.Fragmentação de Habitats..............................................................................................10

2.4.1.Diferençasentre a Fragmentação Natural e a Fragmentação Antrópica......................10

2.4.2.Principais causas da Fragmentação de Habitats..........................................................11

2.4.3.Consequências da Fragmentação de Habitats..............................................................11

2.5.Alterações Climáticas.....................................................................................................12

2.5.1.Principais Causas das alterações Climáticas............................................................13

2.5.2.Efeitos e Consequências das alterações Climáticas.................................................13

2.5.3.Ações a serem desenvolvidas para reduzir a emissão de gases...............................15

2.6.Exploração excessiva dos Recursos ( Superexploração)................................................15

2.6.1.Causas da Exploração excessiva..............................................................................16

2.6.2.Consequências da Exploração excessiva.................................................................17

3.0.Conclusão...........................................................................................................................18

4.0.Referências Bibliográficas.................................................................................................19
4

1.0.Introdução

O presente trabalho de pesquisa surge no âmbito da cadeira de Biologia de Conservação, cujo


desenrolar centra se nas principais ameaças a Biodiversidade cingindo se na Destruição,
Degradação, Fragmentação, Alterações climáticas e a exploração excessiva dos recursos
naturais.

As populações humanas ancestrais viveram na maior parte da história baixa densidade e com
baixos impactos sobre os ecossistemas, isso começou a mudar com a invenção de ferramentas
ampliando a dieta humana e o impacto do Homem na fauna. Mas a grande ampliação dos
impactos antrópicos sobre a biodiversidade ocorreu com a aquisição da capacidade de
manipulação do fogo que levou também a manipulação dos ecossistemas com a renovação
dos campos para uso como pastagem o que levou a retração e degradação das florestas.

Um exemplo concreto das mudanças actuais verificadas a nível do ambiente é o resultado que
dá conta que a cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são
desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que
habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos,
(Hassegawa, s/d)

Com a invenção da agricultura e pecuária, a partir da domesticação de plantas e animais em


várias regiões do mundo, incluindo centros de domesticação nas américas e na Amazônia, e
as navegações nos últimos 5000 anos que possibilitaram o descobrimento e a colonização das
ilhas oceânicas, o impacto humano sobre a biodiversidade ampliou-se dramaticamente.

O resultado desses processos foram o desmatamento e a conversão crescente de florestas e de


outros tipos de ecossistemas naturais para a expansão de áreas agrícolas, com a retracção
sucessiva de populações de animais nativos.
5

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Estudar as principais ameaças a Biodiversidade;

1.1.2. Específicos

 Descrever as principais formas de ameaças a Biodiversidade;


 Mencionar as causas e consequências de sua ocorrência;
 Destacar medidas levadas a cabo para sua minimização;

1.2. Metodologia

A metodologia é definida como o ramo da metodologia científica e da pesquisa que ocupa-se


pelo estudo analítico e crítico dos métodos de investigação (Zanella, 2013).

Para o comprimento dos objectivos supracitados, recorreu-se a consultas bibliográficas e


algumas fontes orais e ou relatórios anteriormente apresentados que se aproximem ao assunto
tratado neste trabalho de modo a compreender o assunto de que se tratasse e a colecta de
dados para a preparação subsequente do relatório.
6

2.0.Fundamentação Teórica

2.1.Principais ameaças á biodiversidade

Não é novidade que a diversidade biológica encontra-se ameaçada, o que significa, em última
instância, que muitas espécies correm o risco de desaparecer e muitos processos ecológicos
podem ser perdidos e as maiores razões para isso estão relacionadas à ação humana.

Segundo Dias (s/d), as populações humanas ancestrais viveram na maior parte da história
com baixa densidade e com baixos impactos sobre os ecossistemas, isso começou a mudar
com a invenção de ferramentas ampliando a dieta humana e o impacto do Homem na fauna.
Mas a grande ampliação dos impactos antrópicos sobre a biodiversidade ocorreu com a
aquisição da capacidade de manipulação do fogo que levou também a manipulação dos
ecossistemas com a renovação dos campos para uso como pastagem o que levou a retração e
degradação das florestas

Com a invenção da agricultura e pecuária, a partir da domesticação de plantas e animais em


várias regiões do mundo, incluindo centros de domesticação nas américas e na Amazônia, e
as navegações nos últimos 5000 anos que possibilitaram o descobrimento e a colonização das
ilhas oceânicas, o impacto humano sobre a biodiversidade ampliou-se dramaticamente e o
resultado desses processos foram o desmatamento e a conversão crescente de florestas e de
outros tipos de ecossistemas naturais para a expansão de áreas agrícolas, com a retração
sucessiva de populações de animais nativos (Idem).

Portanto, a perda crescente da biodiversidade é uma preocupação vital por diversas razões,
pode eventualmente levar á extinção de espécies, a redução da diversidade genética, a
disseminação global de plantas e animais comuns, factores que podem provocar mudanças
importantes na forma Como os ecossistemas funcionam (AUDITORES, 2007).

Segundo Hassegawa (s/d), a poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da
fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo
isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.

A sociedade moderna, particularmente os países ricos desperdiça grande quantidade de


recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante
às florestas. A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa
7

extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes, tem sido um factor que
conduza a sua extinção (Idem).

A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser


prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.

De acordo com AUDITORIAS (2007), a convenção sobre a Diversidade Biológica reconhece


5 principais ameaças a biodiversidade:

 Alteração no habitat (Destruição, fragmentação e degradação);


 Espécies exóticas invasoras;
 Exploração excessiva dos recursos naturais;
 Poluição e sobre carga de nutrientes;
 Mudanças climáticas e aquecimento global;

Maoze (2022), aponta como sendo as principais ameaças aos ecossistemas em Moçambique,
para além das a cima descritas:

 Sobre exploração de determinadas espécies


 Eutrofização
 Caça e pesca ilegal
 Desastres naturais

2.2.Destruição de habitats
A destruição do habitat constitui a maior ameaça a perda da biodiversidade, diversas
actividades tem levado a destruição do meio ambiente, e por conseguinte, a perda das
espécies e comunidades ecológicas.

Segundo Santos (s/d), as actuais taxas de crescimento populacional tem conduzido a um


rápido desaparecimento de habitats naturais. A expansão urbana e a convenção de áreas
naturais em campos agrícolas, os incêndios florestais e alterações climáticas tem contribuído
de forma decisiva para a perda continua desses habitats.

Em suma a destruição de um habitat acontece quando grandes transformações ocorrem em


um ambiente, e geralmente os principais fatores que causam a destruição, para além dos
acima citados são o desmatamento, pecuária, agricultura e a ocupação humana (Dos Santos,
s/d).
8

Segundo o mesmo autor, ao destruir um habitat, há a diminuição das espécies do local e, em


alguns casos, até a eliminação total. Sem alimento e sem abrigo, muitas espécies passam a
buscar novos locais para viver. A questão é que, nessas novas áreas, os recursos nem sempre
são suficientes, existem predadores e o ser humano pode não permitir o estabelecimento
daquela espécie. No caso das plantas, o problema é ainda maior, uma vez que não podem
procurar por novas áreas.

Actualmente em Moçambique, a necessidade de desenvolvimento econômico, leva a


implementação de grandes projectos, por exemplo a indústria de açúcar e de biocombustíveis.

Segundo Micoa (1998), a ProCana, projecto para a produção de biocombustíveis a partir da


cana-de-açúcar, está sendo implementado no distrito de Massingir, província de Gaza, este
levará ao desflorestamento de uma área de 30.000 hectares para a plantação de cana-de-
açúcar e outras culturas. A maior parte desta área é coberta pela floresta de Mopane,
caracterizada principalmente pela espécie mopane (Colophospermum mopane).

No Centro e Norte do país a destruição do habitat está relacionada com a exploração florestal
desenfreada para fins madedeiros. Outro facto não menos importante é o sector familiar no
que concerne a prática de agricultura itinerante associada a abertura de novas áreas para
agricultura de subsistência e caça furtiva que, em muitos casos levam a queimadas
descontroladas.

Ainda no que concerne ao sector familiar, a extracção de recursos florestais para fins
energéticos (lenha e carvão) e material de construção tem contribuído substancialmente para
a redução destes recursos.

2.2.1.Consequências da destruição de habitats

As consequências da destruição de habitat podem ser diversas, a fragmentação de habitat,


mudanças climáticas, aumento de espécies invasoras, desertificação etc, e é importante
destacar que mesmo não havendo a destruição do habitat, pode haver a degradação dele, há
longo prazo, com actividades que não alteram a estrutura da comunidade de imediato.

2.3.Degradação de Habitats

Definem-se habitats degradados à locais ou paisagens onde existem ou existiram processos


causadores de danos (de origem humana ou natural) pelos quais se perdem ou se reduzem
algumas das suas propriedades, tais como a qualidade produtiva dos resultados naturais (a
9

atmosfera, águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o solo, elementos da


biosfera, a fauna, a flora, etc.).

De acordo com Alho (2012) citado por Júnior & Pereira (2017), a degradação dos habitats
poderá ocorrer tanto na zona rural, quanto na zona urbana e ela exprime uma acção negativa
provocada pelo homem, que pode também se manifestar através de uma pressão exploratória
contínua exercida sobre as florestas por actividades como pastagens, extracção da madeira,
fronteira agrícola, poluição do ar, solos, água, caça predatória, desflorestamento, entre outros
riscos e danos, devido ao crescimento urbano que é acompanhado, sem dúvidas, pelas
exigências de luxúria e modernidade do homem, no entanto, sem dar conta que tais acções
podem sobre-pressionar os locais ou até destruir tais habitats.

Considera-se que hajam razões da recorrente degradação na natureza pelas sociedades


humanas além das causas imediatas, porém, buscam-se explicações no egoísmo e no
imediatismo das pessoas, no negacionismo da ciência e na falta de sistemas efectivos de
governança na defesa dos interesses colectivos e, maior parte destas razões, estão ligadas às
condições precárias com que as populações têm de lidar, sobretudo nas zonas além da
civilização.

Através do proposto acima, é evidente que a degradação dos habitats da biodiversidade pelos
humanos vem acelerando nos últimos milhares de anos, sobretudo, desde a Revolução
Industrial e a Intensificação da agricultura com o uso de mecanização e de insumos químicos.

Souza & Soares (2015) diz ainda que, a natureza também se manifesta e participa na sua
própria degradação com algumas acções como o fogo espontâneo, furações, glaciações e
actividades vulcânicas.

No entanto, é necessária uma avaliação criteriosa quanto às solicitações do extrativismo


madeireiro ou actividades minimamente aceites pois, do contrário corre-se o risco de extinção
das espécies endémicas ainda não estudadas cientificamente e sem devida formação de um
banco de sementes, devido a não formação de um germoplasma, o que compromete tanto as
Áreas de Protecção Permanente (APPs) quanto as Reservas Legais (RLs) o que, obviamente
constitui uma ameaça para a Biodiversidade pois, poderá alterar a configuração paisagística
da flora, além de comprometer a fauna específica, ou seja, aquela que vive em co-evolução.

Hoje em dia, movimentos ambientalistas foram desenvolvidos (nos Estados Unidos de


América, influenciados pela clássica obra “Man na Nature-1864 de George Marsh) que
10

resultaram na criação de políticas públicas, áreas protegidas e organizações não-


governamentais (ONG).

2.4.Fragmentação de Habitats
A fragmentação de habitats é o processo através do qual uma grande e contínua área de
habitat da biodiversidade é reduzida em pequenas áreas cada uma isolada em relação ao
habitat natural.

De acordo com Marzoli (2007), os habitats naturais para serem funcionais geralmente
ocupam extensas áreas, nas quais ocorre uma fragmentação quando estas são divididas em
pequenos pedaços por acção do homem seja, por meio de estradas, cidades, áreas de
pastagens, plantações, entre outros.

Os efeitos da fragmentação são muito variados, porém podemos citar o efeito de margem,
considerando que, os fragmentos de habitats têm mais bordas do que o habitat original e que
os micro ambientes nas bordas são diferentes do micro ambiente do interior, levando,
portanto, à alteração da dinâmica, distribuição e nicho das espécies naquele fragmento. A
fragmentação constitui uma ameaça às dispersão de sementes e de animais, podendo reduzir a
oferta de recursos prejudicando as espécies locadas naquele fragmento. De salientar que, em
habitats fragmentados há uma maior exposição das presas aos prestadores

2.4.1.Diferençasentre a Fragmentação Natural e a Fragmentação Antrópica

Sabe-se que a fragmentação natural é consequência de causas naturais, a medida em que a


fragmentação antrópica está intimamente ligada à expansão das actividades humanas e o
consequente processo de ocupação e uso do ambiente.

De acordo com Júnior & Pereira (2017), as 4 diferenças de maior significado ecológico são as
seguintes:

 Os fragmentos naturais possuem uma estrutura interna mais complexa e heterogénea


do que os fragmentos antrópicos;
 Por serem heterogêneos, os fragmentos naturais adjacentes, geralmente possuem
menor contraste e, portanto, maior semelhança aparente em termos de paisagem do
que os antrópicos;
11

 Os fragmentos antrópicos podem constituir ameaças específicas à viabilidade


populacional de espécies que ocorrem em áreas naturais, seja pela escassez de
recursos naturais ou pela simplificação espacial excessiva;
 Os fragmentos naturais podem apresentar espécies endémicas do que fragmentos
antrópicos devido ao tempo de isolamento muito maior.

2.4.2.Principais causas da Fragmentação de Habitats

A fragmentação pode ser um processo cujas causas são naturais ou humanas, tendo em conta
o conceito de escala espaço-temporal. Tais causas podem ser as seguintes:

 Alguns distúrbios naturais como os ventos fortes, incêndios e inundações podem


isolar os habitats ainda que temporariamente, gerando fragmentos com diferentes
níveis de qualidade ambiental;
 O avanço das fronteiras agrícolas;
 A exploração da madeira;
 A abertura de estradas, cidades;
 A construção de barragens de rios, que leva ao aparecimento de fragmentos nos
habitats e ecossistemas aquáticos;

2.4.3.Consequências da Fragmentação de Habitats

Na concepção de Maués & Oliveira (2010), as consequências da fragmentação podem ser


intensos ou sutís, imediatos ou lentos, evidentes ou ocultos, dependendo sempre da escala,
espécie ou processos biológicos envolvidos. Estas consequências podem ser:

 Diminuição ou alteração das áreas onde os organismos estão adaptados, tendo em


conta que, diversas espécies são sensíveis à redução do seu habitat;
 Perda ou redução da biodiversidade devido ao declínio directo o indirecto da
população de agentes polinizadores;

Ex.: Quando se abate uma árvore que abrigue colónias de abelhas em ocos, há perda dessas
colónias, afectando então o sucesso reprodutivo da vegetação, como a redução da taxa de
frutificação e da produção de sementes.

 Isolamento das populações e diminuição do fluxo genético;


 Mudanças nos padrões de migração e dispersão de espécies;
12

 Aumento da taxa de autofecundação e diminuição de agentes polinizadores nas


plantas isoladas, afectando a sua reprodução;
 Maior exposição à influência dos fatores externos (áreas menores são propensas);
 Maior competição por recursos, no caso de espécies com mobilidade para migração,
agrupando-se no mesmo local espécies com mesmas exigências alimentares (efeito
reunião);
 Maior possibilidade de extinção das espécies, devido à indisponibilidade de recursos;
 Introdução de espécies exóticas (alóctones) que podem se tornar invasoras e atingi a
proporção de praga se a sua proliferação for descontrolada.

2.5.Alterações Climáticas
O clima na terra tem variado ao longo do tempo, esta variação tem em grande parte resultado
de causas naturais que incluem grande actividade vulcânica, mudança na energia emitida pelo
sol e variações na órbita bem como na inclinação do eixo terrestre, contudo, recentemente o
Homem assumiu um papel importante nesta variação com a emissão de gases com efeito
estufa.

As alterações climáticas segundo IPCC, (2007) correspondem a uma transformação no


estado de clima terrestre através de mudanças na média e ou variação das suas propriedades,
durante um certo período de tempo, na mesma concepção ( Blank, 2015), afirma que as
alterações climáticas ou simplesmente alterações do clima são mudanças atribuídas directa ou
indirectamente a actividade humana que alteram a composição da atmosfera e que seja
adicional a variabilidade climática natural observada ao logo de períodos comparáveis de
tempo.

Para Silva & Paula (2009) estas são um fenômeno de larga extensão e devem se a fenómenos
internos ( causas naturais) e externos ( causas antropogénicas).

De um modo geral as alterações climáticas são um fenômeno cíclico consideradas como um


dos maiores desafios ambientais a escala mundial no séc XXI sendo provocadas
maioritariamente por emissões de gases com efeito estufa (GEE) resultantes das mais
diversas actividades humanas que são libertados em grande escala na queima de combustíveis
fósseis, como petróleo, carvão ou gás natural e também através do processo de
desflorestação.
13

2.5.1.Principais Causas das alterações Climáticas

 Geração de energia

A geração de eletricidade e calor pela queima de combustíveis fósseis é responsável por uma
boa parcela das emissões globais, geradas pela queima de carvão, petróleo ou gás, o que
produz dióxido de carbono e óxido nitroso, poderosos gases de efeito estufa.

 Fabricação de produtos

A mineração e outros processos industriais libertam gases, assim como a indústria da


construção civil e na maioria das vezes as máquinas usadas no processo de fabricação
funcionam a base de carvão, petróleo ou gás, e alguns materiais, como plástico, são
fabricados com produtos químicos extraídos dos combustíveis fósseis contribuindo assim
negativamente através da emissão de gases.

 Desmatamento florestal

Como as florestas absorvem o dióxido de carbono, a destruição delas também limita a


capacidade da natureza em manter as emissões fora da atmosfera.

 Uso de transporte

A maioria dos carros, navios e aviões funcionam como combustíveis fósseis. Isso faz com
que o transporte seja um dos grandes responsáveis pelos gases de efeito estufa, especialmente
emissões de dióxido de carbono.

2.5.2.Efeitos e Consequências das alterações Climáticas

O aumento das temperaturas ao longo do tempo está mudando os padrões climáticos e


perturbando o equilíbrio da natureza. Isso representa muitos riscos para os seres humanos e
todas as outras formas de vida na terra resultando em:

 Temperaturas mais altas

À medida que a concentração dos gases de efeito estufa aumenta, o mesmo acontece com a
temperatura da superfície global, temperaturas mais elevadas proporcionam a ocorrência de
incêndios fazendo com que estes comecem com mais facilidade e se espalhem mais
rapidamente quando as condições estão mais quentes.

 Tempestades mais severas


14

Tempestades destrutivas têm se tornado mais intensas e frequentes pois conforme as


temperaturas aumentam, mais umidade evapora, agravando chuvas e inundações extremas e
causando tempestades mais destrutivas.

 Aumento da seca

As mudanças climáticas afetam a disponibilidade de água, tornando-a mais escassa em mais


regiões, agravando os períodos de seca em regiões onde há seu défice. Os períodos de seca
também podem causar destrutivas tempestades de areia e poeira, que podem mover bilhões de
toneladas de areia entre continentes.

 Perda de espécies

Estima se que um milhão de espécies estão em risco de extinção nas próximas décadas, isso
porque Incêndios florestais, clima extremo, além de doenças e pragas invasoras estão entre as
várias ameaças relacionadas às mudanças climáticas e em via disto algumas espécies
conseguirão se deslocar e sobreviver, mas outras não.

As mudanças climáticas estão causando a redistribuição geográfica de espécies vegetais e


animais globalmente, essas mudanças distributivas estão levando a novos ecossistemas e
comunidades ecológicas, mudanças que afetarão também a sociedade humana
(AUDITORIAIS, 2007).

Embora os limites de alcance geográfico das espécies sejam dinâmicos e flutuem ao longo do
tempo, as mudanças climáticas impulsionam a redistribuição universal da vida na Terra. Para
as espécies marinhas, de água doce e terrestre, a primeira resposta às mudanças de clima é
muitas vezes uma deslocar-se, para permanecer em condições ambientais preferenciais.

No oceano, as espécies estão se movendo para águas mais frias em maiores profundidades.
Como diferentes espécies respondem em taxas diferentes e em graus variados, as principais
interações entre espécies são muitas vezes interrompidas e novas interações se desenvolvem.

Essas novas condições podem resultar em novas comunidades bióticas e mudanças rápidas no
funcionamento do ecossistema resultando maioritariamente no deslocamento de espécies
(algumas poderão migrar através de paisagens fragmentadas, enquanto outras serão incapazes
de fazê-lo), extinção de espécies mais vulneráveis, com distribuições geográficas pontuais,
reconstrução de ecossistemas, com novas faunas e floras, com a predominância de espécies
que melhor se adaptam a diferentes locais, com as ervas daninhas.
15

2.5.3.Ações a serem desenvolvidas para reduzir a emissão de gases

Uma das possibilidades, que já é realidade em alguns países, é o uso de fontes alternativas de
energia, renováveis e limpas, substituindo o uso de combustíveis fósseis. Além disso, ações
cotidianas podem colaborar para conter o efeito estufa, por exemplo:

 Reduzir a utilização de transportes em pequenos trajetos;


 Optar pelo uso de bicicletas ou de transporte coletivo;
 Usar produtos biodegradáveis;
 Incentivar a coleta seletiva;

2.6.Exploração excessiva dos Recursos ( Superexploração)

A exploração excessiva tem sido a ameaça mais importante enfrentada pelos ecossistemas
marinhos nos últimos 50 anos.

A captura global de peixes por exemplo atingiu seu pico no final da década de 80 e
actualmente está em declínio, apesar da expansão e intensificação das actividades pesqueiras.
Essa pressão tem danificado gravemente a biodiversidade marinha reduzindo assim a
disponibilidade do pescado como item básico da alimentação humana (Auditoriais, 2007).

Métodos tradicionais de exploração de recursos naturais têm sido substituídos por tecnologias
intensivas, muitas vezes sem controles que impeçam a Superexploração. Por exemplo, a
silvicultura é uma importante fonte de renda para alguns países, mas pode causar a extinção
de muitas espécies se não for administrada adequadamente.

Uma área Superexplorada é aquela que apresenta um determinado recuso de interesse para
um mercado que foi estabelecido, quando o recurso se esgota, buscam se novas áreas para a
exploração constituindo um processo cíclico e extremamente destrutivo ( Salati, 2006).

2.6.1.Causas da Exploração excessiva

 Aumento da demanda e colheita próxima ao superior dos níveis máximos de


sustentabilidade;
 Gerenciamento insustentável de ecossistemas;
 Práticas ilegais (actividades de extração de madeira, caça, caça e pesca predatória)

Classificação dos Recursos Naturais


16

Os recursos naturais são os elementos oferecidos pela natureza, que por sua vez, são
utilizados pelo homem na construção e desenvolvimento das sociedades, que em geral
classificam se em:

Recursos Naturais Renováveis

Como o próprio nome indica, esse tipo de recurso natural é inesgotável e se renova em um
curto espaço de tempo na natureza, por exemplo a água, o solo, a energia proveniente do sol e
do ventos, e dessa maneira, esses recursos não são poluentes e levam pouco tempo para se
formarem novamente pela natureza apresentando assim alta capacidade de renovação.
Infelizmente a exploração dos recursos renováveis em relação aos não renováveis, possui
elevados custos de investimento fazendo com que sua exploração seja lenta.

Recursos Naturais não Renováveis

Por sua vez, os recursos considerados não renováveis são limitados na natureza, por exemplo,
os minérios, petróleo, gás natural, para esses recursos o tempo torna-se um fator essencial de
classificação, visto que os recursos não-renováveis, são consumidos de maneira mais
acelerada em comparação ao tempo que levam para se formarem na natureza.

Não é de se espantar que os recursos naturais do planeta Terra têm decrescido


consideravelmente nas últimas décadas.

Ações como a extração desenfreada de recursos, queimadas, desmatamento, poluição da


água, solo e ar, são potencializados pelos processos de industrialização, urbanização,
agricultura e pecuária. Tudo isso têm aumentado os impactos ambientais, afetando direta e
indiretamente os ecossistemas.

2.6.2.Consequências da Exploração excessiva

 Colapso de áreas de pesca e de outros recursos naturais;


 Desaparecimento dos habitats essenciais para a fauna e flora, ou seja, a extinção de
espécies;
 Disparo inevitável dos produtos alimentícios;
 Esgotamento / Desaparecimento de recursos limitados não renováveis;

Actividades a serem desenvolvidas para minimizar a Exploração excessiva dos recursos

 Impedir a pesca excessiva e as práticas destrutivas de pesca;


17

 Ampliar as áreas marinhas protegidas;


 Impedir a retirada de espécies e populações ameaçadas;
 Restaurar os ecossistemas deteriorados e seus serviços bem como conter a perda dos
habitats prioritários;
 Expandir de forma significativa a rede global de áreas protegidas.
 Apoiar e recompensar empresas que promovam: conservação e gestão sustentável dos
recursos naturais e inovação em sua atividade.

3.0.Conclusão
Após a efetivação do presente trabalho convista ao cumprimento dos objetivos em relação as
principais ameaças a Biodiversidade, particularmente em relação a Destruição, Degradação,
Fragmentação, Alterações climáticas e exploração excessiva dos recursos naturais foi
possível concluir que nos últimos anos, grande ênfase vem sendo dada aos diversos
problemas enfrentados pelo meio ambiente, isso porque as catástrofes ambientais ocorridas
recentemente revelam que o planeta Terra está em um processo de transformação constante,
porém, acelerado pela própria ação do ser humano.
18

A degradação ambiental realizada pelo homem é incessante, pois mesmo se forem analisados
os primórdios de sua existência,, o simples processo de sobrevivência deste ser no ambiente
degrada. No entanto, a partir do desenvolvimento intelectual do ser humano, abriu-se um
mundo de oportunidades para a melhoria da sua qualidade de vida neste planeta, culminando
em um desenvolvimento tecnológico inimaginável, o que, por via de consequência, aumentou
exponencialmente tal conclusão. A Revolução Industrial alavancada no século XVIII não
mostra simplesmente o aumento da capacidade do homem de produzir em larga escala, mas
também de degradar o ambiente em que vive. Alie-se a este fator o crescimento da população
mundial e juntamente com ela, o consumismo exacerbado, advindo do próprio sistema
capitalista.

Em via disto o Homem é chamado a consciência para preservar os recursos da natureza bem
como agir perante a estes num espírito de sustentabilidade convista a garantir que a
Biodiversidade não seja degradada ou destruída.

4.0.Referências Bibliográficas
1. Auditorias em Biodiversidade ( Orientações para as entidades da fiscalização
superiores), (2007), Canadá.
2. Blank, D.M.P. (2015), O contexto das mudanças climáticas e as suas vítimas. Ceará,
Brasil.
3. Costa, Y. D. ( s/d). Destruição de habitat. Acessado ais 22 de Agosto de 2022 em
https://www-infoescola-com.cdn.ampproject.org/v/s/www.infoescola.com/biologia/
19

destruicao-de-habitat/amp/?
amp_gsa=1&amp_js_v=a9&usqp=mq331AQKKAFQArABIIACAw%3D
%3D#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16612509189995&referrer=https%3A%2F
%2Fwww.google.com&ampshare=https%3A%2F%2Fwww.infoescola.com
%2Fbiologia%2Fdestruicao-de-habitat%2F
4. Dias, B. F. S. (s/d). As Metas de Acho no mundo e no Brasil. _Revista Bio Diverso,
Vol. 1_, 22-44.
5. Hassegawa, T. (s/d). Biodiversidade: Tudo Numa Coisa Só.
6. Intergovernmental Panelon Climate Change (IPCC) (2007).Summaryof Policymakers
Disponível em: http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/wg1/ar4-wg1- spm.pdf
acessado aos 21 de Agosto de 2022.
7. Júnior, A. P. & Pereira, E. R. (2017). Degradação ambiental e a diversidade
biológica/Biodiversidade: Uma revisão integrativa. Enciclopédia biosfera-centro
científico conhecer.
8. Marzoli, A. (2007). Inventário Florestal Nacional. Direção Nacional de Terras e
Florestas, Maputo.
9. Manuel, Lino. (2009). Caso ProCana: Biocombustíveis e direito á terra em
Moçambique
10. Maués, M. M. & Oliveira, P. E. A. M. (2010). Consequências da fragmentação do
habitat na ecologia reprodutiva das espécies arbóreas em florestas tropicais.
Uberlândia, Brasil-Minas Gerais.
11. Maoze, D. P. (2022). Ameaças aos Ecossistemas em Moçambique. Acessado aos 22
de Agosto de 2022 em
https://www.researchgate.net/publication/362349167_Revisao_das_Ameacas_a_
Biodiversidade_em_Mocambique_Resolucao_de_Teste.
12. Salati,A.A.,I. (2006) Temas ambientais relevantes. São Paulo, Brasil.
13. Silva,R.W.C.,PAULA,B.L.
(2009).Causadoaquecimentoglobal:antropogénicaversusnatural.Terra e Didática.
14. Santos, V. (s/d). Biodiversidade: Guia Temático. ABAE. Acessado aos 22 de Agosto
de 2022, em https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/biologia/causas-perda-
biodiversidade.htm
15. Dos Santos, V. S. (s/d). Causas da perda da biodiversidade acessado aos 22 de agosto
de 2022 https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/biologia/causas-perda-
biodiversidade.htm.
20

16. Souza, M. G. V. & Soares, E. (2015). Conservação da biodiversidade e uso dos


recursos humanos. s/d. Disponível em:
<https://www.kooperation-brasilien.org/de/themen/menschenrechte-gesellschaft/
traditionelle-voelker-gemeinschaften/leninha-und-elmy-biodiversitaet<. Acesso em 21
de Agosto de 2022.
17. ZANELLA, L.C.H. (2013). Metodologia de Pesquisa_. 2.ªed, Reimpressa.

Você também pode gostar