A Estudante O tutor
Telma da Graça Albino Massango Nhoe Edson Huo
Maxixe, 17 de Julho de 2019
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
2. Fundamentação teórica..............................................................................................................5
Conclusão.......................................................................................................................................12
Referencias Bibliográficas..............................................................................................................13
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1. Introdução
Ação antrópica corresponde a uma ação realizada pelo homem. Em decorrência dos impactos
ambientais provocados pelo homem, esse termo ganhou destaque nas discussões ambientais.
Ações antrópicas são ações realizadas pelo homem. Atualmente, essa expressão ganhou destaque
em diversas discussões sobre o meio ambiente, visto que as ações humanas têm provocado
grandes alterações no meio ambiente e têm desencadeado um cenário de extrema preocupação
entre os estudiosos e defensores do meio ambiente.
Sabe-se que o espaço geográfico é o local onde se estabelece a relação entre homem e meio.
Assim, ele sofre constantes alterações, sejam positivas ou negativas. Ao falarmos sobre impactos,
geralmente é feita uma associação negativa ao termo.
2. Fundamentação teórica
2.1. Conceito de Acção antrópica
Acção antrópica diz respeito à acção realizada pelo homem. Esse termo ganhou visibilidade
quando a ação do homem tornou-se tema de discussões acerca das intensas alterações que o meio
ambiente tem sofrido. Essas modificações preocupam estudiosos e defensores da natureza, posto
que o mundo tem dado sinais de que não aguentará por muito tempo. Vivemos tempos em que as
catástrofes naturais, intensificadas pela ação antrópica, tornam-se cada vez mais frequentes em
todo o planeta, causando danos irreparáveis, como o agravamento do aquecimento global por
causa das emissões de gases poluentes à atmosfera.
É válido ressaltar que nem toda acção antrópica é negativa e que a palavra “impacto” não se
refere apenas a alterações que provocam problemas no meio ambiente. O termo impacto refere-se
às modificações produzidas no meio ambiente, as quais podem ser consideradas positivas ou
negativas.
As alterações feitas pelo homem no meio ambiente intensificaram-se bastante nos últimos
tempos. Foi a partir da Revolução Industrial que o cenário mundial alterou-se de maneira
significativa. O modo de produção capitalista, voltado para o alcance máximo de lucros e
produção em massa, mudou a maneira de viver e pensar da sociedade, estimulando cada vez mais
os impactos socioambientais. O consumo desenfreado da população resultou na necessidade de
maior obtenção de matéria-prima para as produções industriais. Sendo assim, ações como
desmatamento, lançamento de esgotos industriais em rios, lagos e mares, empobrecimento do
solo pelo uso de agrotóxicos, poluição atmosférica, entre outras, têm devastado o meio ambiente
e provocado o seu esgotamento.
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Colecta seletiva
Reflorestamento de áreas que foram desmatadas
Reciclagem do lixo
Uso de fontes renováveis de energia
Preservação da biodiversidade
Estabelecer leis de conservação do meio ambiente
Não poluição de rios, lagos e mares
Incentivo de políticas ambientais
Recuperação de matas ciliares
Uso de filtros nas indústrias para diminuir a emissão de gases tóxicos
Uso consciente dos recursos hídricos e de energia
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Em Moçambique sendo um pais em vias de desenvolvimento e a falta de emprego uma das das
actividades principais determinantes para a destruição dos ecossistemas florestais é o
desmatamento.
O desmatamento constitui uma prática relacionada à ocupação humana desde as primeiras formas
de agrupamentos sedentários.
Em alguns casos podemos encontrar a exploração de lenha aparece como a principal causa de
desmatamento, seguida de agricultura, agricultura e queimadas descontroladas.
Noutros casos podemos encontrar a construção de residências no interior das matas, extracção de
material de construção, especialmente estacas, garimpo ilegal e a caca furtiva.
Dos 20 milhões e 854 mil habitantes, maior parte da população Moçambicana (68,2%) vive em
comunidades rurais isoladas, distantes das principais vias de comunicação, interage e depende,
em grande medida dos recursos florestais para seu sustento diário e bem estar. Esta grande
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Lourenço Marques hoje Maputo com o objectivo de secar os pântanos existentes na parte baixa
da cidade usando espécies do género Eucaliptus.
Como refere Gomes (sem data), a recuperação de uma área deve propiciar condições para que ela
desenvolva quase todos os processos ecológicos de uma vegetação secundária nativa como:
aspectos hidrológicos, erosivos, edáficos, florísticos, abrigos e nichos ecológicos para várias
espécies, ciclagem de nutrientes e biodiversidade. É evidente porém, que não se trata de
reproduzir fielmente as etapas sucessionais, o que acarretaria inevitavelmente, um enorme
período de tempo.
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A Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei No 10/99, de 22 de Dezembro), no seu Artigo 27 diz que
o estado deve promover a recuperação das áreas degradadas através de plantações florestais,
preferencialmente nas dunas costeiras e ecossistemas frágeis.
O primeiro grande desafio para o estabelecimento com sucesso das plantações de recuperação é a
definição das espécies dependendo das condições da área a ser reflorestada. Neste caso as
condições incluem o ambiente físico e factores sócio-económicos especialmente a necessidade de
uso de solos.
B. Transposição de solo
Nas áreas degradadas o banco de sementes e propágulos podem ter sidos eliminados ou
enterrados em profundidade, impedindo a sua emergência. Neste caso a transposição de solo de
pequenos núcleos das áreas circundantes e diferentes níveis sucessionais de áreas não degradadas
representa grande probabilidade de recolonização da área com a comunidade de
microorganismos, sementes e propágulos de espécies vegetais pioneiras. Este processo permite a
reintrodução de populações de espécies da micro, meso e macro fauna ou flora do solo, incluindo
os microorganismos decompositores e fixadores de nutrientes, fundamentais na ciclagem de
nutrientes, reestruturação e fertilidade do solo, além das sementes de diferentes espécies (Silva et
al., 1994 citado por Regensburger 2004).
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C. Ilhas de Vegetação
Uma outra possibilidade de recuperar áreas degradadas é por meio do estabelecimento de ilhas de
vegetação, onde o plantio é feito em forma de ilhas e não em toda a área através da mistura de
espécies pioneiras e não pioneras ou mesmo ilhas de espécies não pioneiras e plantio das
pioneiras por toda a área. No entanto as espécies a serem introduzidas nas ilhas devem apresentar
alta diversidade funcional. Uma técnica para selecionar espécies adequadas é coletar sementes
presentes no banco de sementes das áreas circundantes ou coletar a partir de árvores matrizes
dentro da floresta (Regensburger, 2004).
O país para além de florestas degradadas como resultado da acção humana, tem extensas áreas de
ecossistemas frágeis e bacias hidrográficas que merecem tratamento especial em termos de
protecção e conservação, é caso das dunas ao longo da faixa costeira e áreas sujeitas a erosão
(MINAG, 2006).
Hanazaki (2003) citando Odum (1971) explica que a conservação tem o objetivo de assegurar a
preservação de um ambiente de qualidade que garanta necessidades estéticas, de recreação e de
produtos, e que assegure uma produção contínua de plantas, animais e materiais úteis, mediante o
estabelecimento de um ciclo equilibrado de colheita e renovação.
Conclusão
Terminado o trabalho podemos concluir que acções antrópicas são as alterações realizadas pelo
homem no planeta Terra. A ação antrópica na natureza sempre aconteceu, desde os tempos
antigos até hoje em dia. Pois sempre quando utilizamos algo do meio ambiente, o alteramos de
alguma maneira.
O desmatamento, embora seja uma ação antrópica (humana), não é feito por acaso. Existem
alguns motivos que provocam ou intensificam a ocorrência desse problema, entre os quais,
podemos mencionar: Expansão agropecuária, Actividade mineradora, Maior demanda por
recursos naturais, Crescimento da urbanização, aumento das queimadas entre outros.
A situação dos ecossistemas florestais em Moçambique não está boa, tendo presente a redução
do património florestal e o rol de ilegalidades decorrentes da exploração e exportação ilegal de
recursos florestais.
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Referencias Bibliográficas
ANTÓNIO, Agostinho José (2006), Exploração florestal – licenças e receitas para as
comunidades, Maputo, Fundação Konrad Adenauer.
BILA, Adolfo (2005), Estratégia para a Fiscalização Participativa de Florestas e Fauna Bravia
em Moçambique, preparado para o projecto TCP/ MOZ/2904 (A) Support for the
implementation of forest and wildlife legislation in Mozambique, Maputo, FAO.
BOND, Ivan at al (2009), Incentives to sustains forest ecosystem services – A review and lessons
for REDD, Natural Resource Issues, n.º 16, IIED, with CIFOR, Bogor, Indonesia, and Word
Resources Institute, London.