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Saide Cassimo

saidecassimo@gmail.com- 849456407

Introdução

O presente trabalho tem como tema A pontuação, e pretende-se analisar os sinais de pontuação e
da sua importância tanto em textos escritos quanto na fala, apesar do seu controlo não se verificar
tanto. Primeiramente, vale destacar que os sinais de pontuação são recursos de linguagem
empregados na língua portuguesa, escrita e desempenham a função de demarcadores de unidades
e de sinalizadores de limites de estruturas sintácticas nos textos escritos. Assim, estes sinais
cumprem o papel de recursos prosódicos, utilizados na fala para dar ritmo, entoação, pausas e
indicam os limites sintácticos e unidades de sentido.

Importa referir que a pontuação indica, na escrita, as várias possibilidades de entonação da fala,
além de ajudar na expressão de pensamentos, sentidos e emoções, tornando mais clara e precisa a
compreensão do texto, e que a má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na completa
ambiguidade comunicativa. Assim, nesta unidade apresentamos os diferentes sinais de pontuação
e as regras usadas para a sua aplicação ou utilização.

Portanto, são os aspectos acima mencionados que se pretendem discutir neste trabalho, olhando
sobretudo, a questão da pontuação, tanto na escrita quanto na oralidade. Quanto a organização
textual, o presente trabalho obedece a seguinte estrutura: a presente introdução, onde se faz a
contextualização do tema- a pontuação e apresentam-se os objectivos e as metodologias usadas
para a realização deste trabalho, o desenvolvimento, onde com mais enfâse apresentam-se
diferentes concepções sobre a temática em questão, a conclusão e a sua respectiva referência
bibliográfica, onde se apresenta a lista de todos os autores citados no corpo do trabalho.
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1. Objectivos do trabalho

Para a realização do presente trabalho, traçaram-se os seguintes objectivos:

1.1. Objectivo geral

Analisar o desvio e o controlo social numa perspectiva social.


1.1.1. Objectivos específicos
A par do objectivo geral acima traçado, apresentam-se os seguintes objectivos específicos:
 Definir a pontuação;
 Identificar os tipos de Pontuação;
 Classificar sinais que marcam pausa (vírgula, ponto, ponto e vírgula) e os que marcam
melodia (dois pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação);
 Identificar e classificar outros sinais de pontuação (reticências, aspas, parênteses,
travessão).
1.2. Metodologia de Trabalho

O estudo em causa, apoiou-se na pesquisa bibliográfica, isto é, visa coleccionar material já


desenvolvido por diferentes autores, constituído principalmente de livros e artigos científicos,
com o propósito de colocar o pesquisador em contacto directo com o material, e acima de tudo,
analisando a veracidade do mesmo, (Gil, 2008, p. 50).

Portanto, neste trabalho, a pesquisa bibliográfica consistiu em manter um contacto directo entre o
estudante e as diversas literaturas existentes que abordam sobre o tema em causa, neste caso, a
pontuação, de modo a contrastar as diferentes informações e analisar a sua autenticidade. De
igual modo, vale destacar que a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica enriquecida
com algumas páginas da internet e a Nova Gramática do português contemporâneo.
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2. A pontuação

A história da pontuação passou por longo trajecto, desde os primórdios da escrita e sem espaço
entre as palavras, até chegar as regras actuais de pontuação. Segundo Bechara (2009, p. 604), os
sinais de pontuação datam da época relativamente recente na história da escrita embora se possa
afirmar uma continuidade de alguns sinais desde os gregos, latinos e alta idade Media-
constituem hoje peca fundamental da comunicação e se impõe como objecto de estudo e
aprendizagem.

De acordo com Nogueira (1989, p. 67), designa-se por pontuação ao sistema de utilização de
certos sinais gráficos convencionais. O autor ainda acrescenta que os sinais de pontuação
contribuem para dar-nos a entoação de vida à leitura e fazer as pausas necessárias. Assim, a
pontuação não é só importante para exprimirmos com clareza o que pretendemos dizer. É o
também para uma boa e expressiva leitura dos textos”.

Para compreender a origem da pontuação, faz-se necessário entender a evolução da escrita, pois,
uma envolve a outra. De acordo com Cagliari (2010, p. 91), a escrita passou por três fases
importantes: a pictórica, escrita através de desenhos ou pictogramas, a ideográfica, escrita através
de desenhos especiais chamados ideogramas, e alfabética, que se caracteriza pelo uso de letras,
mais ou menos o que fazemos hoje. Vale destacar que quando se popularizou a escrita alfabética,
as palavras não eram separadas e não utilizavam os sinais de pontuação. Os leitores, que eram
raros, deviam fazer a pontuação na hora da leitura.

Relativamente a pontuação, vale destacar que em língua portuguesa, os sinais de pontuação


podem ser classificados em dois grupos: o primeiro grupo compreende os sinais que,
fundamentalmente, se destinam a marcar pausas e o segundo grupo abarca os sinais cuja função
essencial é marcar a melodia, a entoação.

2.1. Os sinais que marcam pausas


2.1.1. O ponto final

De acordo com Aguiar (2015, p. 62), o ponto final, assim como os demais pontos, surgiu na
Idade Media, e nem sempre teve a função de concluir uma ideia. Vale destacar que o ponto nem
sempre o ponto final marcaram a conclusão de ideia completa. Na idade media, ele era inserido
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antes do nome do herói ou em personagem importante da narrativa, por questões de respeito ou


só para que seu nome fosse enfatizado.

Conforme sustenta Cegalla (2008, p. 431), a função do ponto final modificou-se, desde então, e
hoje emprega-se principalmente, para fechar o período e também nas abreviaturas. Porem, apesar
de muitos acreditarem ser algo simples de se compreender facilmente encontramos erros em sua
utilização.

 Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o final de uma frase declarativa de um


período simples ou composto, ou seja, frases que informam ou declaram alguma coisa. Essas
frases podem ser afirmativas ou negativas;
Exemplos:
a) Desejo-lhe uma feliz viagem.
b) Lembro-me muito bem dele.
 Quando o período é simples ou composto se encadeiam pelos pensamentos que expressam,
sucedem-se um aos outros na mesma linha. Diz-se, neste caso, que estão separados por um
ponto simples, quando se passa de um grupo a outro grupo de ideias, costuma-se marcar a
transposição com o maior repouso da voz, o que, na escrita, se representa pelo ponto
parágrafo. Deixa-se, então, um branco o resto da linha em que termina um dado grupo
ideológico, e inicia-se o seguinte o seguinte na linha abaixo com o recuo de algumas letras.
Exemplo:

a) Fica comigo. Não vá embora.

b) O Búzio não possuía nada, como uma árvore não possui nada. Vivia com a terra
toda que era ele próprio.
 O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas.
Exemplo: fev. = Fevereiro, hab. = Habitante, rod. = Rodovia, Av. = Avenida; V. Ex.ª = Vossa
excelência.
2.1.2. A vírgula (,)

A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do
período. Assim:
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 É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos
por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma
unidade sintáctica, como por exemplo:
a) Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.

 Isolar o vocativo; [
Exemplo:
a) Como é que te chamas tu, ó rapaz?
b) Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
 Para isolar elementos repetidos;
Exemplo:
a) Só minha, minha, minha eu quero!
b) Estão todos cansados, cansados de dar dó!
 Nas datas, para separar o nome da localidade;
Exemplo:

a) Maputo, 08 de Agosto de 2020.


b) Pemba, 22 de Maio de 1995.
 Para isolar o adjunto adverbial antecipado;
Exemplo:

a) Lá fora, a chuvada despenhou-se por fim.


b) A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.

2.1.3. O Ponto-e-vírgula

Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente
uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Por outro lado, o ponto e vírgula é o elemento
intermediário entre o ponto (.) e a vírgula (,). Em outras palavras, o ponto e vírgula marca uma
pausa maior que a da vírgula (pausa curta), porém, menor que a do ponto (pausa final).
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
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 Separar itens de numeração;


Exemplo:
a) A leitura de romances é benéfica, pois: Promove o enriquecimento do vocabulário;
Aumenta chances de possível elaboração de livros no futuro.
 Separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam
separação por vírgula:
Exemplo:
a) Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura,
tornou-se uma doidivanas.
 Um esclarecimento:
Exemplo:
a) Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse,
mas para magoar Lucila.
3. Os sinais que marcam a melodia ou a entoação
3.1. Dois pontos (:)
De acordo com Campos (2014, p. 93) os dois pontos são utilizados para sinalizar que algo ainda
está por vir. São, por natureza, parte essencial do discurso directo. Assim, os dois pontos são
usados para:
 Iniciar a fala de Personagens; Exemplo: Então o padre respondeu: -Parta agora!
 Antes de uma citação; Exemplo: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja
eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”
 Para anunciar uma enumeração; Exemplo: Os alunos que irão falar sobre os sinais de
pontuação são: Akshan, Lisa, Marta e Ndhambi.
 Antes de apostos ou orações apositivas; Exemplo: Só aceito com uma condição: irás ao
cinema comigo.
 Esclarecer ou comentar um termo anterior; Exemplo: Larissa era assim mesmo: não
tolerava ofensas.
 Introduzir um exemplo, uma observação, uma nota ou informação importante; Exemplo:
Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa.
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3.2. Ponto de interrogação (?)


 É o sinal que se usa no fim de qualquer interrogação directa, ainda que a pergunta não exija
resposta. O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta directa, ainda que
esta não exija resposta:
Exemplos:
a) Senhor sai a passeio depois do jantar? De carro ou a cavalo?
b) Como você se chama?
c) Quem ganhou na loteria?
Exemplos:
a) É verdade que nos próximos cinco 5 anos, a seca irá assolar o país?
b) Ela irá casar-se no ano que vem?
c) A que horas vens? Cansei-me de esperar.
 O ponto de interrogação, pode ser usado com alguns sinais de pontuação, como: Nos casos
em que a pergunta envolve dúvida, costuma-se fazer seguir de reticências o ponto de
interrogação.
Exemplo: Então?... passaste nos teus exames?...
 Nas perguntas que denotam surpresa, ou naquelas que não têm endereço nem resposta,
emprega-se por vezes combinados o ponto de interrogação e o ponto de exclamação.
Exemplo: Ah, afinal és tu?! Confesso que não esperava a sua chegada.
Observação: O ponto de interrogação nunca se usa no fim de uma interrogação indirecta, para
este caso usa-se o ponto final.
Exemplo:
a) Qual foi a tua média final? [interrogação directa].
b) Diga-me qual foi tua média final. [interrogação indirecta].

3.3. Ponto de exclamação (!)


Campos (2014, p. 412) afirma que é um sinal de pontuação que confere à frase uma entonação
exclamativa, estando relacionado com uma vertente emocional da linguagem e com a transmissão
de um sentimento. O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado
com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro,
indignação etc.
Exemplo:
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a) Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito
repousante, Jacinto!
b) Que desgraça!
 Após vocativo, substituindo a vírgula.
Exemplo:
a) Filipe! Está na hora de dormir.
b) “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Sra, Humberto de Campos).
 Em frases imperativas expressando ordem.

Exemplo:

a) Cale-se!

b) Pare imediatamente com esse barulho!


 Após interjeição, expressando alegria, tristeza, dor, espanto, alívio, raiva, entre outros.

Exemplo:

a) Ai! Cortei meu dedo!

b) Ufa! Ai!

 Após palavras ou frases que denotem carácter emocional.


Exemplo: Que pena!

 O ponto de exclamação, pode ser usado com outros sinais com o objetivo de realçar a
discursividade do discurso. Quando utilizado com ponto de interrogação, indica surpresa na
realização da pergunta.

Exemplo: Como foi isto acontecer?! O que será de nós?!

 O ponto de exclamação pode aparecer duplicado ou triplicado. Visa enfatizar e intensificar o


sentimento que está sendo expresso.
Exemplo:
a) Sim!! Sim!! – gritaram as meninas, cheias de alegria.
b) Amei!!! Contem comigo! Que ideia fantástica!!!
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4. Outros sinais de pontuação


4.1. Reticências (…)
Bechara (2000, p. 516) afirma que as reticências marcam uma suspensão da frase, devido,
muitas vezes a elementos de natureza emocional. As reticências são usadas:
 Para indicar continuidade de uma acção ou facto.
Exemplo:
a) O tempo passa...
 Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Exemplo:
a) Vim até aqui achando que...
b) Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o
mundo saberá...
 Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.
Exemplo:
a) Não quero sobremesa ... porque ... porque não estou com vontade.
b) Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
 Para realçar uma palavra ou expressão, e realizar citações incompletas.
Exemplo:
a) Não há motivo para tanto...mistério.
b) O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro: "Deitado
eternamente em berço esplêndido...

4.2. Aspas (“ ”)
Cagliari (2009, p. 17) afirma que as aspas são sinais de pontuação usados para realçar certa parte
de um texto, citações, destacar palavras pouco usadas (palavras estrangeiras incomuns ou todas as
palavras estrangeiras (embora, para este caso, seja preferível o itálico). Empregam-se
principalmente:
 No início e no fim de uma citação para distingui-la do resto do contexto:
Exemplo:
a) Ele me contou, com naturalidade, que, algum tempo antes, estivera bem próximo da
morte, “acompanhado pela virgem Maria”.
b) Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é
dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana".
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 Para fazer sobressair o estrangeirismo, arcaísmos, neologismos, vulgarismos, etc...


Exemplo:
a) Na hora do “lunch”, ele ligou-me.
b) O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil
está cada vez mais descarado.
 Para acentuar o valor significativo de uma expressão.
Exemplo: A palavra metafísica provém do grego e o prefixo “meta” significa “além de”.
 O título de uma obra:
Exemplo: A Marisa acaba de ler “Terra Sonâmbula”.

 Para realçar uma palavra ou expressão:

Exemplo:
a) Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro.
b) Aquela "vertigem súbita" na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos
dissimulados.

4.3. Parênteses Curvos ( )


Os parênteses têm a função de intercala no texto qualquer indicação que não pertença
propriamente ao discurso, mas possa esclarecer o assunto. Os parênteses curvos são usados:
 Destacar num texto qualquer explicação ou comentário:
Exemplo: Todo signo linguístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o
significante (unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou ideia).
 Incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.)
Exemplo:
a) Mattoso Camara (1977, p. 91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os
registos dos dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e
aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado.
b) “O homem nasceu livre, e em toda a parte se encontra sob ferros” (Jean – Jacques
Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix. 1968)”
 Para separar qualquer indicação de ordem explicativa, comentário ou reflexão.
Exemplo:
a) Zeugma é um afigura de linguagem que consiste na omissão de um termo (geralmente
verbo) que já apareceu anteriormente na frase.
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 Para isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos
travessões.
Exemplo: Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os
carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.

4.4. Travessão (-)


Cagliari (2009) afirma que o travessão é um sinal de pontuação representado por um traço na
horizontal (–) maior que o hífen e que tem como finalidade indicar o discurso directo ou enfatizar
trechos intercalados de textos. Dependendo da intenção de uso, o travessão pode ser usado para
substituir outros sinais de pontuação como, vírgulas e dois-pontos. O travessão é usado
principalmente nas seguintes vertentes:
 Indicar a mudança de interlocutor no diálogo:
– E, tu Sarnau, quais são os teus planos?
– Meus planos? Nenhuns. Estou apaixonada por um rapaz que não me quer.
– Não é possível. Mas qual é o homem capaz de desprezar uma rapariga tão bela e tão boa.
 Colocar em relevo certas palavras ou expressões:
Exemplos:
a) Maria José sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem
restrições.
b) Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguão do hotel no
qual estávamos hospedados.
 Substituir a vírgula ou os dois pontos:
Exemplo:
a) Cruel, obscena, egoísta, imoral, indómita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade
humana - acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima
da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase. (Raul Pompéia)
 Ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado:
Exemplo:
a) A ponte Rio-Niterói está sendo reformada.
b) O triângulo Paris-Milão-Nova York está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela
ascensão dos estilistas do Japão.
Saide Cassimo
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Conclusão

O trabalho ora desenvolvido teve como objectivo geral, analisar a pontuação. Primeiramente, vale
destacar que quando falamos, contamos com a possibilidade de usar o ritmo e os contornos
melódicos dos enunciados, assim como pausas (de duração variada), em determinados pontos,
para indicar limites de organização e unidades de sentido, ou seja, a junção dos elementos de
nossa língua que faz com que entendamos um ao outro. Os contornos melódicos são
característicos comuns da fala do indivíduo, mas se apresentam de forma diferente em cada
falante.

Quando escrevemos, por outro lado, o tipo de interlocução que mantemos através dos nossos
textos é bastante diferente, em vários aspectos. Pelo fato de não mantermos uma relação directa
com quem estamos querendo nos comunicar, não podemos correr o risco de que nossos
enunciados não sejam entendidos.

Diferentemente da comunicação oral, não podemos, ao escrever, contar com os recursos


prosódicos que, dentre outras funções, servem para delimitar as unidades de forma/sentido, na
fala, ou seja, unidades que apresentam uma determinada estrutura e representam um significado
na língua.

Portanto, os chamados sinais de pontuação se desenvolveram no registro escrito, desempenhando


a função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limites da estrutura das orações.
Nesse caso, como os recursos comuns à fala estão ausentes, a pontuação irá nos dizer
exactamente em que sentido devemos encaminhar nossa leitura, sinalizando as situações de
pausa, respiração, entonação etc., assim como onde termina uma ideia e começa uma outra.
Saide Cassimo
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Referências Bibliográficas

Aguiar, Ana. (2015). A pontuação nos poemas de Manuel Bandeira. 4 Edição. São Paulo.
Moderna

Bechara, Evanildo. (2000). Moderna Gramática Portuguesa. 37a edição. Rio de Janeiro.
Lucema

Cagliari, Luís Carlos. (2009). Alfabetização e Linguística. 1a Edição. São Paulo. Scipcione

Campos, Maria Tereza Arruda. (2014). Projecto Athos- Língua Portuguesa. Maria Teresa
arruda Campos, Salete Toledo, Lucas Oda. 1 Edição. São Paulo

Cegalla, Domingos Paschoal. (2008). Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48a


Edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional.

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