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Relato de Experiência: Utilização de Metodologias Ativas na Aula de Língua Portuguesa

Nesta aula, resolvi aplicar a atividade proposta utilizando metodologias ativas para explorar figuras de
linguagem em trechos de músicas e poemas. Minha turma era composta por estudantes do 9º ano, e o
objetivo era incentivar a análise textual mais profunda, a construção de significados e a participação ativa
dos alunos.

Desenvolvimento da Atividade: Dividi a turma em grupos e distribuí trechos de músicas e poemas que
continham exemplos de figuras de linguagem. Expliquei a eles que deveriam identificar o recurso utilizado
(como metáfora, antítese, comparação, entre outros) e discutir o impacto desse uso no sentido geral do texto.
Além disso, encorajei-os a discutir por que achavam que essas figuras de linguagem eram recorrentes em
textos literários e artísticos.

Durante a atividade, circulei entre os grupos, ouvindo suas discussões, esclarecendo dúvidas e incentivando
a participação de todos. Percebi que os alunos estavam ativamente envolvidos na análise dos trechos,
debatendo suas interpretações e compartilhando insights.

Dificuldades e Êxitos Observados: Alguns grupos encontraram dificuldades iniciais na identificação das
figuras de linguagem, mas com um pouco de orientação, eles começaram a perceber padrões e a
compreender a função desses recursos. O maior êxito foi ver os alunos debatendo e argumentando sobre
como as figuras de linguagem contribuíam para a construção de significados nos textos. Eles perceberam
que essas figuras não apenas tornavam os textos mais interessantes, mas também enriqueciam as mensagens
transmitidas.

Contribuição para a Aprendizagem dos Alunos: A atividade permitiu que os alunos explorassem textos
de maneira mais crítica e ativa, desenvolvendo habilidades de análise textual, interpretação e argumentação.
Ao discutirem os motivos pelos quais as figuras de linguagem eram comuns em textos literários, eles
começaram a entender como esses recursos adicionam camadas de significado e provocam emoções nos
leitores ou ouvintes.

Papel dos Alunos e do Professor: Os alunos assumiram papéis de investigadores e analistas dos textos,
trabalhando em equipe para decifrar e interpretar as figuras de linguagem. O papel do professor foi o de
orientar, mediar as discussões e fornecer esclarecimentos quando necessário. Minha abordagem foi mais
como um facilitador do aprendizado, incentivando-os a pensar criticamente e a compartilhar suas percepções
uns com os outros.

Reflexões Finais: A atividade com metodologias ativas na aula de Língua Portuguesa proporcionou uma
experiência de aprendizado mais envolvente e significativa. Os alunos se sentiram empoderados para
explorar os textos de forma autônoma, construindo seus próprios entendimentos. Além disso, a discussão em
grupo permitiu que compartilhassem diferentes perspectivas e enriquecessem a compreensão do conteúdo.

A aplicação das metodologias ativas nessa aula destacou a importância de envolver os alunos como sujeitos
ativos na construção do conhecimento, o que pode levar a uma aprendizagem mais profunda e duradoura. O
diálogo constante e a participação colaborativa criaram um ambiente de aprendizado mais dinâmico e
enriquecedor para todos.
2023
Metodologias ativas na aula de Língua Portuguesa: Aluno
como sujeito
Aula 4

Nome:

A ideia central desta atividade é proporcionar uma situação na qual os alunos sejam desafiados a
construir e a perceber as relações gramaticais e semânticas por meio de metodologias ativas.
Para tanto, você deve selecionar textos nos quais os alunos possam encontrar e analisar o
conteúdo estudado.

A atividade proposta aqui parte da Unidade 3 do Caderno didático do 1º Bimestre do 9º ano.


Porém, você pode adaptá-la para o conteúdo que estiver trabalhando. Observe o conteúdo
trazido pelo material didático a seguir:

Maxi: ensino fundamental 2 : multidisciplinar : 6º ao 9º ano : cadernos 1 a 4 : aluno / obra coletiva : responsável Thais
Ginicolo Cabral. – 1. ed. -- São Paulo : Maxiprint, 2019.

Visando uma prática do método ativo, divida a turma em grupos e entregue-lhes as frases que
exemplificam cada figura de linguagem conforme aparecem no livro, porém, sem os nomes de
cada uma das figuras de linguagem. Você pode extrair um trecho maior e destacar a frase
exemplo, como:

“Não existiria som


Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim” –
Certas Coisa, Lulu
Santos

Explique aos alunos


que eles estão
recebendo trechos de músicas ou poemas para serem analisados, e que cada trecho faz uso de
um recurso especial para a construção de sentido, as figuras de linguagem. Peça aos alunos para
identificar onde está, qual é esse recurso (comparação, aproximação de palavras opostas,
exagero etc.) e, porque de eles acharem que esse recurso foi usado no texto em análise.

Exemplo:

“Não existiria som


Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim” – Certas Coisa, Lulu Santos

Neste exemplo, espera-se que os alunos identifiquem o uso de palavras opostas e reflitam sobre
o sentido que elas dão ao texto.

Após a análise, faça um fechamento da atividade, que pode ser uma roda de discussão, na qual
cada grupo explica o que entendeu, ou um comentário geral. O professor irá mediar a conversa,
auxiliando na compreensão dos alunos. Destacamos alguns pontos para reflexão:

-Gênero textual: por que as figuras de linguagem são recorrentes em textos literários/artísticos?

-Em quais outras situações é comum usarmos as figuras de linguagem?

-Quais metáforas costumamos ouvir? (Tempo é dinheiro, o tempo voa, por exemplo).

-Por que usar uma figura de linguagem ao invés de ser literal no que se diz, por exemplo, ao
invés de “Vejo a vida mil vezes melhor”, “Vejo a vida muito melhor”?

Compartilhe seu relato de experiência dessa atividade, apontando quais foram as dificuldades e
quais os êxitos observados. Reflita sobre como essa prática contribuiu para a aprendizagem dos
alunos, qual papel eles assumiram perante a atividade e qual papel você assumiu.

Para saber mais:


 CIRÍACO, L. O ensino de gramática nas aulas de Língua Portuguesa: como fazê-lo funcionar? IN: CANO, M.
(Coord). Língua Portuguesa: sujeito, leitura e produção. Blucher: São Paulo, 2012.
 SILVA, Alexsandro; PESSOA, Ana C.; LIMA, Ana. Ensino de gramática - Reflexões sobre a língua portuguesa na
escola. Belo Horizonte: Grupo Autêntica, 2012.
 DE GRANDE, Paula Baracat. As metáforas conceituais e o ensino/aprendizagem de conceitos em um curso de
formação continuada. Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação, v. 11, n. 1, 2009.
 ANTUNES, Irandé. Gramática Contextualizada: limpando o “pó das ideias simples”. – 1ª ed. – São Paulo:
Parábola Editorial, 2014.
 ______ Muito Além da Gramática: por ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial,
2007

MORAN, J. Metodologias ativas de bolso: como os alunos podem aprender de forma ativa, simplificada e profunda.

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