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DEPARTAMENTO DO ENSINO À DISTÂNCIA

Curso de Licenciatura em Ensino de Inglês - 3º Ano

Bem vindos ao

MÓDULO: Língua Portuguesa I

1ª TUTORIA

Tomás Gomes
Contactos: 82 4263045/ 84 2010357. tomasgomes2011@live.com
Objectivos do Módulo
O presente Módulo visa:
 Desenvolver a competência Linguística comunicativa
em língua portuguesa na oralidade e na escrita;

 Compreender discursos orais e escritos, com


intenções de comunicação diversas, sintetizando as
informações neles contidas;

 Sintetizar informações contidas em textos;


Objectivos. Cont.
Compreender textos orais e escritos de
natureza didáctico-científica;

Produzir enunciados com finalidades


diversificadas, utilizando correctamente os
instrumentos que asseguram a coesão e
coerência textual;

Reflectir sobre o funcionamento de língua


nos diferentes aspectos: morfológico,
sintáctico, semântico e pragmático
Organização do Módulo
Unidade 1 – Funcionamento da Língua -pontuação, acentuação, oração e
período.

Unidade II – Comunicação Oral: Texto Conversacional

Unidade III – Aspectos Linguísticos de Organização textual: Coesão e


Coerência

Unidade IV – Textos Jornalísticos: Noticia, Reportagem e Crónica

 Unidade V – Campos Semânticos e Relações Lexicais


- Deixis
Porquê Lingua Portuguesa?
Considerando que é a Língua Portuguesa a que
organiza os saberes curriculares das
outras disciplinas, este programa preconiza,
por um lado, a aquisição de determinadas
técnicas de expressão;

E, por outro, o desenvolvimento de


capacidades e aptidões que permitam ao
sujeito de aprendizagem uma compreensão
crítica das outras matérias de estudo e uma
preparação eficiente para a sua profissão.
Porquê Lingua Portuguesa?

A existência do Minor em Ensino de


Português para os estudantes com o Major
em Ensino de Inglês
Tema 1 Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação
Haverá alguma diferença entre as frases:

a) Esse, juiz, é corrupto.

b) Esse juiz é corrupto.

c) Não queremos saber.

d) Não, queremos saber.


Sinais de Pontuação
e) Aceito, obrigado.
f) Aceito obrigado.

g) SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR


QUE TEM A MULHER ANDARIA DE
QUATRO À SUA PROCURA.
Sinais de Pontuação

i) Vamos perder, nada foi resolvido.


j)Vamos perder nada, foi resolvido.
Sinais de Pontuação
Para compensar o ritmo e a melodia a
linguagem escrita recorre à pontuação.

O objectivo é de tornar a comunicação mais


eficaz e expressiva, permitindo a
compreensão da leitura.
Classificação dos Sinais de
Pontuação
o primeiro grupo compreende os sinais que,
fundamentalmente, se destinam a marcar
as pausas:

A vírgula (,)
O ponto (.)
O ponto-e-vírgula (;)
Classificação dos Sinais de
Pontuação
o segundo grupo abarca os sinais cuja função
essencial é marcar a melodia, a entoação:

Os dois pontos (:)


O ponto de interrogação (?)
O ponto de exclamação (!)
As reticências (...)
As aspas (" "/ «»)
Os parênteses ( ( ) )
Os colchetes ( [ ] )
O travessão (–)
Sinais que marcam sobretudo a
pausa

1. A VÍRGULA (,)

A vírgula marca uma pausa de pequena duração.


Emprega-se não só para separar elementos de uma
oração, mas também orações de um só período.

No interior da oração a vírgula serve:


A VÍRGULA (,)

a) separar elementos que exercem a mesma


função sintáctica (sujeito composto,
complementos, adjuntos), quando não
vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem.
Ex A sala era enorme, vazia, escura.
A VÍRGULA (,)
b) para isolar o aposto, ou qualquer elemento
de valor meramente explicativo:
Ex:1 Ele, o pai, é um mágico.
Ex2: A Paula, uma linda Rapariga, saiu de
casa.

c) para isolar o adjunto adverbial antecipado:


Ex: Depois de algumas horas de sono, voltei
ao colégio.
A VÍRGULA (,)
d) para separar, na datação de um escrito, o
nome do lugar:
Ex: Quissico, aos 28 de Setembro de 2019.

Emprego da vírgula entre orações:


-Para separar as orações coordenadas
assindéticas.
Ex: O Januário estuda, trabalha, joga e
repousa.
A VÍRGULA (,)
Separam-se por VÍRGULA as orações
coordenadas unidas pela conjunção e,
quando têm sujeito diferente.
Ex O João comprou uma pasta, e a Laurinda
comprou uma bolsa.

Para separar as orações subordinadas


adverbiais, principalmente quando antepostas
à principal:
Ex: Quando o tio chegou à casa, a filha já
tinha saído.
O PONTO (.)

O ponto assinala a pausa máxima da voz


depois de um grupo fónico de final
descendente.
Emprega-se, pois, fundamentalmente, para
indicar o término de uma oração
declarativa, seja ela absoluta, seja a
derradeira de um período composto.
O PONTO (.)
Quando separa períodos escritos na mesma
linha (ponto simples), quando se passa de
um grupo a outro grupo de ideias( ponto
parágrafo), quando termina um enunciado
( ponto final).
Ex: Lá em baixo era um mar que crescia.
Começara a chuviscar um pouco. E o carro
subia mais para o alto, com destino à casa
de Amâncio, que era a melhor da redondeza
O PONTO-E-VÍRGULA (;)
Como o nome indica, este sinal serve de
intermediário entre o ponto e a vírgula,
podendo aproximar-se ora mais daquele,
ora mais deste, segundo os valores pausais
e melódicos que representa no texto. No
primeiro caso, equivale a uma espécie de
ponto reduzido; no segundo, assemelha-se
a uma vírgula alongada.
O PONTO-E-VÍRGULA (;)
Emprega-se para:

a) paraseparar orações coordenadas de certa


extensão;

Ex:A vida para uns é bela, é alegre, só traz


felecidades; para outros, um fardo pesado
a carregar.
O PONTO-E-VÍRGULA (;)

b) para separar partes de um período, das


quais uma pelo menos esteja subdividida
por vírgula:
Ex Chamo-me Inácio; ele, Benedito
O PONTO-E-VÍRGULA (;)
c) Para separar os diversos pontos de
enunciados enumerativos (em leis,
decretos, regulamentos, etc.)

Ex: Art. 168. O processo será iniciado: I-


por auto de ifração; II- por petição do
contribuinte interessado;
Sinais que marcam sobretudo a
melodia
Os DOIS PONTOS (:)
Os dois pontos servem para marcar, na
escrita, uma sensível suspensão da voz na
melodia de uma frase não concluída.
Empregam-se, pois, para anunciar:
a)Uma citação (geralmente depois de verbo
ou expressão que signifique dizer,
responder, perguntar e sinónimos):
A Maria disse: a vida é ilusão, ...
Os DOIS PONTOS (:)

b) uma enumeração explicativa;


Ex: Viajo entre todas as coisas do mundo:
homem, flores, animais, água...

c) um esclarecimento, uma síntese ou um


consequência do que foi enunciado:
Ex: Não sou alegre nem sou triste: sou
poeta
O PONTO DE
INTERROGAÇÃO (?)
É o sinal que se usa no fim de qualquer
interrogação directa, ainda que a pergunta
não exija resposta.
Colega, há novidade?
Nas perguntas que denotam surpresa, ou
naquelas que não têm endereço nem
resposta, empregam-se por vezes
combinados o ponto-de-interrogação e o
ponto-de-exclamação:
Que negócio é esse: cabra falando?!
O PONTO DE
INTERROGAÇÃO (?)
O ponto-de-interrogação nunca se usa
no fim de uma interrogação indirecta, uma
vez que esta termina com entoação
descendente, exigindo, por isso, um
ponto. Comparem-se:
Quem chegou? [= INTERROGAÇÃO
DIRECTA]
Diga-me quem chegou. [=
INTERROGAÇÃO INDIRECTA]
O PONTO DE EXCLAMAÇÃO
(!)
É o sinal que se pospõe a qualquer
enunciado de entoação exclamativa.
Emprega-se, pois, normalmente:
a) Depois de interjeições ou de termos
equivalentes, como os vocativos
intensivos:

Ex: Deus! ó Deus! onde estás que não


respondes?
O PONTO DE EXCLAMAÇÃO
(!)
Ex: depois de um imperativo:
Coração, pára! ou refreia, ou morre.
A interjeição oh! (escrita com h), que
denota geralmente surpresa, alegria ou
desejo, vem seguida de ponto-de-
exclamação. Já à interjeição de apelo ó,
quando acompanhada de vocativo, não se
pospõe ponto-de-exclamação; este
coloca-se, no caso, depois do vocativo.
As RETICÊNCIAS (...)
As reticências marcam uma interrupção da
frase e, consequentemente, a suspensão da
sua melodia. Empregam-se em casos
muito variados.
a) em citações não completas; b) para
indicar uma interrupção brusca da frase;
c) para indicar que o término da frase
deve ser imaginado pelo leitor.
As ASPAS (" ")

Empregam-se em: a) citações ou


transcrições literárias; b) palavras ou
expressões estrangeiras; c) expressões
com ironia.
Ex: João, com seus 90 quilos, está
“fraquinho”.
Os PARÊNTESES ( ( ) )
Usam-se para: a) intercalar uma expressão
acessória; b) para intercalar uma
manifestação emocional. ex: (ai um
querzinho de experimentar corpo).

Entre as explicações e as circunstâncias


acessórias que costumam ser escritas entre
parênteses, incluem-se as referências à data,
às indicações bibliográficas, etc.:
Ex:"Boa noite, Maria! Eu vou-me embora."
(CASTRO ALVES. Espumas Flutuantes,
Bahia, 1870, p. 71)
Os COLCHETES ( [ ] )
são uma espécie de parênteses de uso mais
limitado, bastante utilizados em trabalhos
científicos.
Usa-se quando numa transcrição de texto
alheio, o autor intercala observações
próprias.
Os COLCHETES ( [ ] )
- Quando uma citação está incompleta,
havendo partes da mesma que não foram
transcritas.

- Ex: Houve momentos de alegria e de


tristeza […] experiências inesqueciveis.
Os COLCHETES ( [ ] )
Nas trancricoes foneticas que aparecem em
alguns dicionarios que representam sons
de fala atraves do alfabeto fonetico
internacional . Cada [kada]

Nas referencias a etimologias em


dicionarios e enciclopedias .
Travessão
Emprega-se: a) para indicar, nos diálogos,
mudança de interlocutor; b) para isolar
termos ou orações interpostas,
desempenhando funções equivalentes às
dos parênteses usa-se geralmente o
travessão duplo.
(use o travessão, o ponto, a vírgula, o ponto
de interrogação e os dois pontos).
O coelho disse__ __Ó chefe__ sabes que__
quando caíste__ o javali achou muita graça e
está a rir-se de ti__ __O cão respondeu__ __
Eu não acredito em ti__ coelho__ Antes de
tu nasceres__ eu já era grande__ miúdos
como tu não me levam__ __ É verdade__
chefe__ até foi contar à família__ Se não
acreditas__ podes mandar um dos teus a casa
do javali para ver se estão todos a rir-se da
tua queda__
Assinale a opção que contenha o texto pontuado
correctamente.

1. Embora não soubessem quem era os guardas


abriram-lhe a porta.
2. Embora não soubessem quem era, os
guardas abriram-lhe a porta.
3. Embora, não soubessem quem era, os
guardas abriram-lhe, a porta.
4. Embora não soubessem, quem era, os
guardas abriram-lhe a porta.
5. Embora, não soubessem quem era os
guardas abriram-lhe, a porta.
 
Acentuação
Noção da sílaba
Sílaba é o conjunto de fonemas que se
pronunciam numa só emissão de voz.
vogal ou grupo de fonemas que se
pronunciam numa só emissão de voz, e
que, sós ou reunidos a outros, formam
palavras.
Acentuação

Em cada palavra existe uma sílaba que é


pronunciada com maior intensidade que
as restantes – é a chamada sílaba tónica.
A vogal da sílaba tónica recebe o acento
tónico Ex: armário, alto, nunca, etc
Acentuação

Não se pode confundir acento tónico com o


acento gráfico porque, embora coincidam
muitas vezes, nem sempre isso acontece.
Com efeito, existem palavras que não
possuem acento gráfico mas não deixam de
possuir acento tónico: cadeira, alto, mil,
nunca.
Os Acentos Gráficos

Os acentos gráficos são sinais auxiliares da


escrita que se empregam para tornar mais
fácil a leitura das palavras, indicando-nos
se algumas vogais são abertas (é, á, ó) ou
médias (ê, â, ô), ou fazendo diferença
entre duas palavras semelhantes, como é o
caso de por e pôr.
Os Acentos Gráficos

Existem 3 acentos gráficos, a saber: Agudo


(´), grave (`) e circunflexo (^)

O acento agudo emprega-se sobre as


vogais (a, e i, o u) para assinalar a vogal
tónica da palavra. Ex: horrível, armazém,
também, má, etc.
Os Acentos Gráficos
Acento grave é empregado para indicar a
crase (contracção, fusão) da preposição a
com os artigos (a, as) e com os pronomes
demonstrativos que tem como letra inicial
(a). É o caso de àquela, àquilo, etc.
Os Acentos Gráficos
Acento circunflexo – indica o timbre
(nasalidade) semi-fechado das vogais
tónicas (a, e, o). Também emprega-se
para destacar a vogal pronunciada com
maior intensidade.
Ex: câmara, mês,
Os Acentos Gráficos
O til não é propriamente um acento gráfico,
emprega-se sobre as vogais (a, e o) para
assinalar a nasalidade das vogais, mas ao
mesmo tempo, pode também coincidir
com o acento tónico e funcionar como tal:
irmão, mãe, pão maçã.
Diacríticos
São acessórios da escrita que ajudam na
indicação da pronuncia exacta da palavra.
O Apostrofe (´) – é bastante restrito na
ortografia, serve para assinalar a
supressão de um fonema, geralmente de
uma vogal, em certas pronúncias de
palavras compostas ligadas ou não pela
preposição de. Ex: c´roa, pau-d´arco, etc.
Diacríticos
A cedilha (,) coloca-se debaixo da
consoante c para antes de (a, o e u) para
representar a fricativa linguodental surda
(s). Ex: caçar, maciço, açúcar praça, etc.

O Hífen (-) usa-se para ligar elementos de


palavras compostas por justaposição.
Ex: Gurda-chuva, couve-flor, etc
Diacríticos
O trema (..) só se emprega na ortografia
em vigor no Brasil. Ex: ciuenta,
tranquilo.
Já foi abolido nos vocábulos portugueses.
Classificação das Palavras quanto à
acentuação
1- Monossilábicas
Ex: fé mês pó, etc.

II– Oxítonas ou agudas – quando o


acento tónico recai sobre a última sílaba.
Ex: Jacaré, café, parabéns, tabu etc.
Classificação das Palavras
quanto à acentuação
III-Paroxítonas ou graves - quando o
acento tónico recai sobre a penúltima sílaba.
Ex: bónus, ténis, heróico, automóvel, etc.

Proparoxítonas ou esdrúxulas - quando o


acento tónico recai sobre a antepenúltima
sílaba.
Ex: Exercito, âmago, lâmpada pêndulo,
oxítona, etc.
Na língua Portuguesa, o acento nunca recua
para alem da antepenúltima sílaba.
Excepções

1-Não se emprega o acento agudo quando


as palavras paroxítonas são precedidas de
ditongos.
Ex: Alfaiate, reinar, etc.

2.Não se acentua o i nas formas de futuro


do indicativo e do condicional.
Ex: dir-te-hei, falarei, diria, cairia
Excepções

3. A terminação em ou ens dos


polissílabos oxítonos marca-se com o
acento agudo.
EX: Jerusalém, Parabéns, alguém, aquém
(do lado de), vaivéns
4. Marcam-se com acento agudo os
ditongos grafados éi, éu, ói.
Ex: chapéu, réu, hotéis, sóis, espanhóis.
Excepções
Não se emprega o acento agudo nas
vogais tónicas i e u quando precedidas de
vogal que com elas não forma ditongo,
principalmente em sílabas terminadas por
L, M, N, R, Z, ou seguidas de nh.
Ex: Raul, Caim, ruim, ainda, constituinte,
juiz, moinho, raiz.
Valor distintivo do acento tónico

O acento é usado por vezes para diferenciar


de grafia semelhante.
Por ex: pôde (pret. perf do ind. de
Poder) e Pode ( prés.do ind. De poder)
Pêlo (substantivo) e Pelo (preposição
contraída)
Valor distintivo do acento tónico
Chegamos e Chegámos
Tem e têm
Anúncio e anuncio
Por e pôr
Duvida e dúvida
Pratico e prático
Retém e retêm
Convém e convêm
O período
O período é a frase organizada em oração
ou orações.” (CUNHA e CINTRA, 2004)
O período pode ser simples (quando
constituído por uma só oração) ou
complexo (quando formado por duas ou
mais orações).
O período
Exemplos
Simples: O Sol nasce às 7 horas.
Composto: chegou ao escritório,
cumprimentou os colegas e começou a
trabalhar.
 
O período
Características
-Os conectores discursivos
A ligação entre os períodos faz-se através
de diversos conectores discursivos:
conjuções, advérbios e preposições.
O período
A ausência destes elementos de ligação
pode resultar na falta de clareza e coesão,
tal como se vê no exemplo:
O António saiu cedo de casa; não
conseguiu chegar a horas no trabalho.
O período
Coesão interfrásica
Como já nos referimos, o período pode
ser composto por uma ou mais orações.
No entanto, os mecanismos de coesão
interfrásica resultam em orações
coordenadas ou subordinadas.
Coordenação

A coordenação relaciona elementos


(palavras, grupos de palavras, orações até
frases) que têm a mesma função
gramatical, mantendo-se cada um deles
independente.
Coordenação
As orações coordenadas podem ser:
Simplesmente Justapostas, isto é,
Assindéticas
Quando não apresentam o conectivo ou
partícula de ligação.
Ex: Será uma nova vida, começará hoje,
não haverá nada para trás.
Coordenação
Quando apresentam a conjunção ou locução
designam-se por sindéticas e estas
subdividem-se em:

Aditivas : Quando ligam termos


equivalentes. Eu não vou a escola, nem me
importo por isso.

Adversativas: quando ligam duas orações,


em que uma transporta uma ideia de
contraste. O Jantar está pronto, mas o
convidado ainda não chegou.
Coordenação
Disjuntivas: marcam uma alternativa.
Ou faço o jantar ou vou comer em casa do
vizinho.

Conclusivas: exprimem uma ideia de


conclusão, uma dedução na oração que se
liga anterior. Sou homem,
logo/portanto/por conseguinte, posso
errar.
Coordenação
Explicativas: Apresentam uma justificação
da ideia anterior. Fico em casa, pois estou
cansado.
Subordinação
O processo de subordinação consiste em
encaixar uma frase noutra frase superior,
isto é, a oração subordinada é um
constituinte, essencial ou acessório, da
frase superior (subordinante).
Subordinação
As orações subordinadas estão dependentes
de uma outra oração (a oração
subordinante ou principal), com a qual
estabelecem uma determinada relação.
Subordinação
Oração principal: é um tipo de oração que
no período não exerce nenhuma função
sintática e tem associada a si uma oração
subordinada.
Oração subordinada: é toda oração que
se associa a uma oração principal e exerce
uma função sintática (sujeito, objeto,
adjunto adverbial etc.) em relação à
oração principal.
Subordinação
Ex: Todos esperam que você volte.
I. a 1ª oração não exerce, no período acima,
nenhuma função sintática. Por esse
motivo ela é chamada de oração
principal.
II. a 2ª oração depende da 1ª, serve de
termo (objeto direto) da 1ª e completa-lhe
o sentido. Por esse motivo, a 2ª oração é
chamada de oração subordinada.
Subordinação
As orações subordinadas classificam-se, de
acordo com seu valor ou função sintáctica
que desempenham nas frases. Assim, elas
podem ser Substantivas, Adjectivas e
Adverbiais.
subordinadas substantivas (oss)
1ª Subjetivas: são aquelas que exercem a
função de sujeito em relação a outra
oração.
Exemplos:
É provável que ele chegue ainda hoje.
Quem tem boca vai a Roma. 
subordinadas substantivas (oss)
2- Objetivas diretas: são aquelas que
exercem a função de objeto direto de
outra oração.
Ex: Ele mostrou que a justiça existe.
Ex: Desejo que todos vivam bem.
subordinadas substantivas (oss)
3-Predicativas: Exerce função
de predicativo e qualifica o sujeito.
Ex: O problema é que não temos tempo.

4-Objetiva Indireta: Exercem função de 


objeto indireto (possui uma preposição
 obrigatória, que vem depois de um
verbo).
subordinadas substantivas (oss)
Ex: Ofereceu presente a quem merece.
Ex: Não me esqueço de que estavas
doente.

5-Apositiva: Exercem função de aposto.


Desejo-te uma coisa: muita sorte.
Pedi-lhe um favor: que me chamasse às
sete horas.
subordinadas substantivas (oss
6 – Agentes da passiva: quando exercem a
função de agente da passiva.

Ex: As ordens são dadas por quem tem


poder.
Oraçoes subordinadas adjetivas
Oração subordinada adjetiva é aquela
que modifica um substantivo de outra
oração. Em geral, tais orações são
introduzidas por pronome relativo.

As orações subordinadas adjetivas


classificam-se em explicativas, restritivas
e reduzidas.
Oraçoes subordinadas adjetivas
Podem ser relativas restritivas quando
contribuem com informação relevante
para a definição do antecedente, ligando-
se a este sem uma pausa, na oralidade, e
sem vírgulas, na escrita. Articulam-se
com a oração subordinante, geralmente
através de um pronome relativo ou de um
quantificador relativo, e equivalem a um
modificador do nome restritivo.
Oraçoes subordinadas adjetivas
Ex:1 Todo aluno que é estudioso é digno
de aprovação.
2- O home que fuma prejudica tambem a
mulher.
Oraçoes subordinadas adjetivas
As Relativas Explicativas contribuem com
informação adicional sobre o antecedente,
não alteram o sentido da subordinante, são
assinaladas por uma pausa, no discurso oral,
e representadas por vírgulas, no discurso
escrito. Articulam-se com a oração
subordinante, geralmente através de um
pronome relativo ou de um quantificador
relativo, e equivalem a um modificador do
nome apositivo.
Oraçoes subordinadas adjetivas
Ex1: A Ana, que é uma bela rapariga,
ganhou o festival.

Ex2: O homem, que é um ser racional,


tem perdido suas características mais
preciosas.
Subordinadas Adverbiais
Orações subordinadas são as adverbiais, isto é,
aquelas que equivalem a advérbios em
relação a outra oração.

Causais: são aquelas que modificam a


oração principal apresentando uma
circunstância de causa, isto é, respondem à
pergunta "por quê?" feita à oração principal.
Exemplo:
Carlos saiu porque precisava.
Subordinadas Adverbiais
As conjunções e locuções mais comuns são: porque,
pois, que, como, porquanto, visto que, pois que, já
que, uma vez que, por isso que, por isso mesmo
que.

Comparativas: são aquelas que correspondem ao


segundo termo de uma comparação. Exemplos:
Marisa é tão boa digitadora quanto Teresa
"A preguiça gasta a vida como a ferrugem
consome o ferro"
São conjunções comparativas: como, mais do que,
assim como, bem como, que nem (como), tanto
quanto, etc.
Subordinadas Adverbiais
Temporais são aquelas que indicam
relação de tempo naquilo que se refere à
ação expressa pela oração principal.

São frequentes as seguintes conjunções e


locuções: quando, enquanto, desde que,
mal, apenas, antes que, depois que, logo
que, assim que, até que, primeiro que,
sempre que, todas as vezes que, cada vez
que, à medida que, ao passo que .
Subordinadas Adverbiais
Ex: Quando chegares à casa, telefona-me.
Condicionais por exprimirem uma
condição da qual depende a realização da
acção. Recorre-se às conjunções e
locuções se, caso, salvo se, excepto se, na
condição de, a não ser que, desde que, no
caso que, contanto que.
Ex: Caso tivesse realizado as obras
necessárias, não teria perdido a eleição
Subordinadas Adverbiais
Finais: são aquelas que indicam o fim ou
finalidade à oração principal. Uso das
conjunções e locuções que (para que),
para que, a fim de que.

Ex: É preciso que haja políticos de


concepções liberais extremadas para que
os conservadores não reduzam os homens
a títeres.
Subordinadas Adverbiais
As Concessivas exprimem uma oposição,
dificuldade ou obstáculo à realização da
acção ou à verdade já expressa. Uso das
conjunções e locuções embora,
conquanto, ainda que, mesmo que, posto
que, bem que, se bem que, nem que, por
mais que, por menos que.
Ex.: Ainda que faça frio, o jogo realizará.
Subordinadas Adverbiais
Consecutivas quando exprimem a
consequência. Predominam as conjunções
e locuções que (geralmente precedida de
tal, tanto, tão e tamanho), de forma que,
de maneira que, de modo que, de sorte
que.

Ex.: O teste foi tão difícil que só houve


duas positivas
Subordinadas Adverbiais
Conformativas: são aquelas que indicam o modo
como ocorreu a ação expressa na oração principal.
São conjunções conformativas: de modo que,
assim como, bem como, de maneira que, de sorte
que, de forma que, do mesmo modo que, segundo
conforme
Exemplos:
1-Conforme as últimas notícias, o mundo corre
risco de uma guerra generalizada.
2- Escrevi carta burocrática, segundo o estilo
oficial estabelece.
.
Texto Conversacional

Todos os dias conversamos, entre colegas,


amigos e familiares. As conversas têm
sido sobre o custo de vida, faculdade,
violência doméstica, dívidas ocultas,
traição, mudança de carreira, cabeça de
lista, campanha eleitoral, xenofobia,
himpotencia sexual, etc.
Assim produzimos textos conversacionais
ou dialogais
Texto Conversacional
é produzidos por, pelo menos, dois
interlocutores que alternam o uso da
palavra, numa situação de diálogo.

Ambos colaboram na comunicação, tirando


conclusões sobre o nível cultural e a
competência comunicativa de cada um.
Texto Conversacional
Exemplos:

- Diálogo em presença

- Conversa telefónica

- Entrevistas

- Discussões/debates
Texto Conversacional
A tipologia textual conversacional
manifesta-se em discursos realizados
em situação, produzidos na presença do(s)
interlocutores(s) e cuja recepção é
imediata.
Texto Conversacional
O enunciador produz o enunciado na
situação de enunciação e é responsável
pelos actos de fala que realiza e que podem
tomar a forma de asserção, pedido, ordem,
pergunta, etc.
Traços básicos da conversação
Este tipo de texto materializa-se com
algumas diferenças de acordo com a
informalidade ou formalidade da
conversa/diálogo.

Os aspectos prosódicos (entoação, regulação


da velocidade, pausas) e o controlo sobre os
elementos não verbais (movimento, olhar,
distância) influem do mesmo modo na
comunicabilidade da mensagem (seja ela
transmitida por meio oral informal ou
formal);
Traços básicos da conversação
O discurso oral manifesta-se pela
presença de um “eu” enunciador (eu, aqui,
agora) que se dirige a um “tu” co-
enunciador, num lugar, num tempo, numa
situação determinada e com uma
intencionalidade comunicativa.
Traços básicos da conversação
– Formas verbais do modo indicativo
(presente, pretérito perfeito, futuro) e do
imperativo;

– Presença de formas de primeira e segunda


pessoa que instanciam os actantes do
discurso em co-enunciação;
Traços básicos da conversação
– modalidades do enunciado – manifestação
por meio da língua de modos de
relacionamento – os possessivos de
primeira e segunda pessoa.
Traços básicos da conversação
– Os demonstrativos que indicam relação
de proximidade em relação ao enunciador
(este aqui), ao enunciatário
(este/esse/aquele), ou afastamento em
relação aos dois (aquele acolá);
Traços básicos da conversação
Modalidades da enunciação – manifestação
de atitudes, afectos que relevam da
relação entre os interlocutores (Trazes
uma linda gravata!; Vai-te embora, não
chateies!; Que linda estás?; Tem passado
bem?);
Traços básicos da conversação
Frases (interrogação, ordem, exclamação)
manifestam esta modalidade;

– Modalidades lógicas – manifestam as


situações relativas à verdade,
probabilidade, certeza, verosimilhança
(Talvez eu te compreenda; Nãodevias
fumar; Creio que não me conheces bem!);
Traços básicos da conversação
– Segmentos de reformulação – elemento
de redundância que contribui para a
eficácia do discurso oral;

– Conectores de coordenação e de
subordinação – elementos essenciais
para a integração dos elementos do
discurso
Traços básicos da conversação
– formas de tratamento – formas
fundamentais que regulam a distância
entre os seres humanos quando se
comunicam.
Exemplo de texto conversacional
 – Olá!Como vai?
 – Eu vou indo. E você, tudo bem?
 – Tudo bem!Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo… Quem sabe?
 – Quanto tempo!
 – Pois é, quanto tempo!
 – Me perdoe a pressa – é a alma dos nossos negócios!
 – Qual, não tem de quê!Eu também só ando a cem!
 – Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
 – Pra semana, prometo, talvez nos vejamos… Quem sabe?
 – Quanto tempo!
 – Pois é… quanto tempo!
 – Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas…
 – Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
 – Por favor, telefone – Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente…
 – Pra semana…
Actos de fala
Chama-se acto de fala à produção de um
enunciado, linguisticamente funcional, num
determinado contexto de interação comunicativa,
para realizar uma ação: avisar, informar,
prometer, pedir, ordenar, etc.

Comunicar não é apenas uma forma de solicitar


compreensão para o que o emissor diz, mas é
também uma forma de este influenciar o recetor.

     Um ato de fala é, assim, em simultâneo,


fala (ato locutório) e ação (ato ilocutório).
Acto de fala direto e indireto

     O locutor realiza um ato de fala


direto quando aquilo que diz corresponde
literalmente àquilo que pretende dizer:
          - Dá-me o jornal.

     No caso do ato de fala indireto, o locutor


transmite no seu enunciado mais do que
aquilo que realmente diz em sentido literal:
          - Importas-te de me dar o jornal?
Acto locutório e ilocutório
O acto locutório consiste na produção de
um enunciado de acordo com as regras
gramaticais da língua, transmitindo um
conteúdo proposicional, isto é, consiste na
enunciação de palavras ou frases que
veiculam uma determinada mensagem.
acto ilocutório
  O acto ilocutório é a ação que o locutor
realiza quando profere um enunciado.
Dito de outra forma, é o ato locutório
produzido num determinado contexto
comunicativo, comdeterminadas intenções
e sob certas condições.
Acto locutorio e Ilocutório
* Vamos começar a aula? - pergunta o
professor.
Esta frase é um ato locutório, visto que
ela obedece às regras gramaticais da
língua portuguesa e é contextualmente
correta.
É também um ato ilocutório, na medida
em que, indiretamente, o professor realiza
uma ação, a de mandar calar os alunos.
Tipologia dos actos de fala
(ilocutórios)
Assertivos/Representativos —
relacionam o locutor com o valor de
verdade da proposição expressa pelo
enunciado.
Ex.: Eu aceito a avaliação contínua
Acto ilocutório diretivo
Actos de fala a partir dos quais o locutor
pretende levar o alocutário a fazer ou a
dizer alguma coisa como reconhecimento
do conteúdo proposicional expresso pelo
locutor. Estão-lhe associados verbos como
convidar, pedir, requerer, ordenar.
Exs.: Põe a mesa! Fiquem para o jantar!
Vai trazer agua, como te chamas, onde
moras.
Acto ilocutório compromissivo
Acto de fala que o locutor realiza com a
intenção de se comprometer a realizar
uma determinada acção no futuro.
Ligo-te mal chegue a casa. [Ato de fala
que implica uma promessa]
Até logo no cinema ou na prancha.
Acto ilocutório expressivo
Acto de fala em que locutor pretende
exprimir os seus sentimentos ou emoções
face ao estado de coisas representado pelo
conteúdo proposicional do enunciado
produzido.
Exs.: Os meus pêsames! Bem-haja!
O locutor exprime o seu estado
psicológico
Que lindo dia!
Acto ilocutório declarativo
ato de fala que institui ou altera um estado
de coisas pela simples declaração de que
elas existem. Está associado a rituais,
como o casamento ou o baptismo. Estes
actos declarativos têm de obedecer às
regras linguísticas específicas da
instituição em questão (igreja, tribunal,
estado) e os papéis sociais do locutor e do
alocutário estão bem definidos
Acto ilocutório declarativo
Declaro-vos marido e mulher. [Neste ato de
fala está pré-estabelecido que o padre
desempenha o papel de locutor e os
noivos o de alocutários]
Acto ilocutório indireto
Acto de fala em que o locutor tem a intenção
de dizer algo diferente daquilo que expressa,
contando com a capacidade do alocutário em
reconhecer o objetivo ilocutório do
enunciado.

Este tipo de atos prende-se com a necessidade


de o locutor evitar formas que possam ser
interpretadas como agressivas pelo
alocutário.
Exs.: Está frio! Já fecho a janela!
FIM
Na proxima tutoria one line:
Coesao e coerencia
Textos Jornalisticos
Relacoes semanticas
Textos Jornalisticos

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