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Introdução
Portanto, no que tange ao papel da mulher na obra, tendo em conta a comparação que
a autora faz, conclui-se que há uma diferença gradual no que tange a imagem da
mulher e o seu tratamento, nos dois mundos: o colonial e o actual. No mundo colonial, a
imagem da mulher era restringida a inviabilização e diminuição da sua identidade, e que
o único propósito para qual foi criada, era de servir na cama. Por outro lado, na
actualidade, a mulher é líder e com a voz activa em diferentes fóruns, fruto de
revindicações.
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Portanto, com o envolvimento da filha com um negro, prevê um futuro duma geração de
negros, razão pela qual, dita o futuro da filha. Nenhuma mulher era livre de tomas as
suas decisões livremente, pois, a maior parte, era tomada pelas suas mães, como se
pode ver:
Era hábito no tempo colonial a venda ou troca por produtos as crianças na idade de
mocinhas, especificamente, as mulheres, como se exemplifica no trecho abaixo:
No trecho, a D Serafina agradece por conceber uma filha negra linda e desejada.
Percebe-se que o único papel da mulher negra era reservado aos campos de arroz, nas
grande machambas de algodão e sementeira para no fim de tudo ganhar um pedacinho
de sabão. O lugar da mulher negra era reservado em servir o homem em todos os
sentidos. O meu ponto de vista, estou em crer que a imagem da mulher era restringida
a inviabilização e diminuição e que o único propósito da sua criação era de servir na
cama, e que só seria estimada quando se casasse, não com qualquer negro, mas sim
com um branco.
Considerações finais
O colono impos aos negros a dor de nascerem pretos, principalmente nas mulheres,
que serviam de objectos sexuais para os seus senhores. Foi-se o colono e ficou a
herança do desprezo do preto contra o preto. A mulher negra do tempo colonial,
anseava andar com o homem branco, mesmo sendo desprezada, algo que se verifica
em tempos actuais. A mulher, construiu a sua imagem baseando-se nos hábitos antigos
deixados pelo colono. Ainda prefere no colono a homem negro, pois, sabe que
conceber filhos mulatos, significa aceitação na sociedade e ter uma filha negra, significa
de volta as origens.
A mulher hoje evoluiu e é respeitada, tem voz activa na sociedade, mas o seu
comportamento não mudou tanto, pois, quando esta no auge, ainda se identifica com
um branco, um mulato, o que significa que ainda somos racistas e sentimos o desprezo
da nossa própria raca.
Bibliografia
CHIZIANE, P. O Alegre Canto da Perdiz. Caminho. Lisboa. 2008