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[JOÃO]

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Úrsula: a narrativa identitária de Maria Firmina dos Reis em confronto com o discurso
histórico-literário oficial:

● Representação dos corpos negros no romance de Maria Firmina dos Reis:


● Representação do corpo negro na literatura.
● Contraposição do romance “Úrsula” na dicotomia entre o branco piedoso e o negro
perverso.

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● A obra possui uma narrativa identitária
● Observação x Vivência

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● Declaração marcada pelo posicionamento de rejeição a uma sociedade que depreciava


escritoras mulheres e tanto mais negras.

Sei que pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de
educação acanhada e sem o trato e a conservação dos homens ilustrados, que aconselham, que
discutem e que corrigem, com uma instrução misérrima, apenas conhecendo a língua de seus
pais, e pouco lida, o seu cabedal intelectual é quase nulo. (REIS, 2018, p.1)

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● O enredo com grandes personalidades de cor negra e que representam uma visão
totalmente contrária a imagem veiculada pelos romances já vistos.
● Túlio, Susana e Antero são três personagens negros que na obra questionam e
denunciam o sistema escravocrata oitocentista e traçam uma identidade do Brasil.

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● Representação do corpo negro
Reunindo todas as suas forças, o jovem escravo arrancou de sob o pé ulcerado do
desconhecido o cavalo morto, e deixando-o por um momento correu à fonte para onde uma
hora antes se dirigia, encheu o cântaro, e com extrema velocidade voltou para junto do
enfermo, que com desvelado interesse procurou reanimar. Banhou-lhe a fronte com água
fresca, depois de ter com piedosa bondade colocado-lhe a cabeça sobre seus joelhos. Só Deus
testemunhava aquela cena tocante e admirável, tão cheia de unção e de caridoso desvelo! E ele
continuava a sua obra de piedade, esperando ansioso a ressureição do desconhecido, que tanto
o interessava. (REIS, 2009, p.23)

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● Maria Firmina dos Reis apresenta essa figura do negro com uma conotação positiva,
virtuosa, que contraria os estereótipos já construídos sobre o negro desumanizado pelo
processo colonizador a que foi submetido.

O homem que assim falava era um pobre rapaz, que ao muito parecia contar vinte e cinco
anos, e que na franca expressão de sua fisionomia deixava adivinhar toda a nobreza de um
coração bem formado. O sangue africano refervia-lhe nas veias; o mísero ligava-se à odiosa
cadeia da escravidão; e embalde o sangue ardente que herdara de seus pais, e que o nosso
clima e a escravidão não puderam resfriar, embalde – dissemos – se revoltava; porque se lhe
erguia como barreira – o poder do forte contra o fraco!... (REIS, 2009, pag 22)

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● Denúncia da escravização, a partir da vivência da mulher negra:

Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e


infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos, e de falta absoluta de tudo quanto
é mais necessário à vida passamos nessa sepultura até abordarmos as praias brasileiras. Para
caber a mercadoria humana no porão fomos amarrados em pé e para que não houvesse receio
de revolta, acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio
dos potentados da Europa. Davam-nos água imunda, podre e dada com mesquinhez, a comida
má e ainda porca: vimos morrer ao nosso lado companheiros à falta de ar, de alimento e de
água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não
lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos! Muitos não deixavam
chegar esse extremo – davam-se à morte. Nos dois últimos dias não houve mais alimento. Os
insofridos entraram a vozear. Grande Deus! Da escotilha lançaram sobre nós água e breu
fervendo, que escaldou-nos e veio dar a morte aos cabeças do motim. (REIS 2009, p. 117)
[NATÃ]

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● Os Abolicionismos no Brasil da segunda metade do século XIX (breve panorama):

Com base no documentário "A Última Abolição" (2018), comenta-se que, no contexto
histórico de publicação da obra literária "Úrsula" (1857), a realidade social e política do
Brasil ficou marcada pela intensificação da luta abolicionista. Desse modo, aponta-se que o
engajamento frente à problemática da escravização contou não só com a participação de
membros da elite política, mas também com a atuação de importantes personalidades negras,
como Maria Firmina dos Reis, Luiz Gama e André Rebouças. É válido ressaltar que, nessa
época, a Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibia o tráfico negreiro, estava em vigor. No
entanto, houve a permanência dessa prática entre as províncias do país.

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● As diferentes vozes da diáspora africana no enredo de "Úrsula": Mãe Susana, Túlio e
Antero

O enredo de "Úrsula" (1859), embora esteja alinhado às convenções estilísticas do


romantismo, distancia-se do discurso histórico do cânone literário, já que, a partir da
dimensão psicológica das personagens negras, Maria Firmina dos Reis desperta um novo
imaginário acerca da identidade étnico-racial negra. Desse modo, os negros escravizados
presentes na narrativa são concebidos a partir de suas próprias memórias, vivências e
angústias, conferindo-lhes humanidade, conforme se vê nos fragmentos a seguir:

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Mãe Susana (capítulo "A Preta Susana")

"(...) Tinha chegado o tempo da colheita, e o milho e o inhame e o amendoim eram em abundância em
nossas roças. Era um destes dias em que a natureza parece entregar-se toda a brandos folgares, era uma
manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Era
a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar. Minha filha sorria-se para mim, era ela
gentilzinha, e em sua inocência semelhava um anjo. Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha
mãe, e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la…
(...)
(...) E logo dois homens apareceram, e amarraram-me com cordas. Era uma prisioneira - era uma
escrava! Foi embalde que supliquei em nome de minha filha que me restituíssem a liberdade: os
bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas, e olhavam-me sem compaixão. (...) Quando me arrancaram
daqueles lugares, onde tudo me ficava; pátria, esposo, mãe e filha, e liberdade! Meu Deus! O que se
passou no fundo da minha alma, só vós o pudestes avaliar!...
(...)" (2020, p. 84-85).

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Túlio e Mãe Susana (capítulo "O Regresso")

"Túlio tinha recaído em suas profundas meditações, e Tancredo, que começava a sentir-se feliz com a
ideia de rever o objeto de seu amor, admirava a beleza natural dessa soberba situação, quando de
repente, voltando-se para o seu companheiro, perguntou-lhe:
– Habitaste algum dia estes lugares, meu Túlio?
– Se os habitei, perguntas?! Ah! Este é o lugar de meu nascimento; mas que detesto, que eu amaldiçoo
do fundo da minha alma; porque aqui minha pobre mãe, à força de tratos os mais bárbaros, acabou seus
míseros dias!
(...)
– Minha mãe – continuou o jovem negro – era a escrava predileta de minha senhora: essa predileção
chamou sobre ela parte do ódio que Fernando P. votava à sua irmã.
Deveis saber que esse homem amaldiçoado comprou as numerosas dívidas que me senhor legou à órfã
e à sua viúva, (...)

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Continuação - Túlio e Mãe Susana (capítulo "O Regresso")

– Pois bem – prosseguiu Túlio, com voz lagrimosa – minha desgraçada mãe fez parte daquilo que ele
comprou aos credores, (...)
– Bem pequeno era eu – continuou Túlio após uma pausa entrecortada de soluços; – mas chorei um
pranto bem sentido por vê-la se partir de mim, e só comecei a consolar-me, quando mãe Susana à noite
balouçando-me na rede, disse-me:
– Não chores mais, meu filho, basta. Tua mãe volta amanhã, e te há de trazer muito mel, e um balaio
cheio de frutas.
– (...) Embalde a esperei no outro dia! Porém mãe Susana, que chorava enquanto eu cuidava dos meus
brinquedos, sorria-se quando me via, e procurava fazer-me esquecer minha mãe e seus afagos." (2020,
p. 122-124).

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Antero e Túlio (capítulo "A Dedicação")


Antero era um escravo velho, que guardava a casa, e cujo maior defeito era a afeição que tinha a todas
as bebidas alcoolizadas.
(...)
– Que mau vício em verdade, pai Antero… Sempre a fumar e a beber. Não vos envergonhais de
semelhante procedimento? Que conceito fará de vós o senhor comendador?!
– Que conceito? – interrogou o velho desapontado. – Que conceito! É o único vício que tenho; e ainda
por conservá-lo não prejudiquei ninguém. Que te importa que beba – acrescentou com voz que queria
dizer: não tens coração. – Por ventura pedi-te algum dinheiro para fumo ou cachaça? – E dizendo
afagava a cabaça vazia com um desvelo todo paternal, como que arrependido de tê-la desprezado, a ela,
a sua companheira constante.
(...)
– Pois ouça-me, senhor conselheiro: na minha terra há um dia em cada semana, que se dedica à festa do
fetiche, e nesse dia, como não se trabalha, a gente diverte-se, brinca, e bebe. Oh, lá então é vinho de
palmeira mil vezes melhor que cachaça, e ainda que tiquira. (2020, p. 154).

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● O discurso identitário de Maria Firmina dos Reis:

A partir disso, é válido ressaltar que o projeto artístico-literário da autora distanciou-se da


ideologia nacionalista vigente em sua época. Além disso, as personagens negras não são
vistas à margem da branquitude, como ocorre em "A Escrava Isaura" (1875), de Bernardo
Guimarães. Nesse sentido, a partir do romance "Úrsula" (1857), Maria Firmina dos Reis
posiciona-se contra as injustiças étnico-raciais desencadeadas pela permanência do sistema
escravista no Brasil, permitindo que as experiências dos negros escravizados venham à tona.
Tal comentário se baseia em trechos da primeira resenha do livro na imprensa maranhense:

PROSPECTO
(...)
Recolhida ao seu gabinete a sós consigo mesma, a
autora brasileira tem procurado estudar os homens
e as coisas, e o fruto desses esforços de sua vontade
é: ― ÚRSULA ―.

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CONTINUAÇÃO - PROSPECTO
(...)
Túlio e Susana representam essa porção do gênero
humano tão recomendável pelas suas desditas ― O
Escravo! ―. A autora tem meditado sobre a sorte desses
desgraçados entes, tem-lhes escutado as lacrimosas nênias e o gemer saudoso, a recordação de uma
vida que
já lá passou, mas que era bela nas regiões da África!…
É um brado a favor da humanidade ― desculpai-a…
(...)
O CAIXEIRO D'ALFAIATE.
(A Imprensa, 17/10/1857, ano I, número 40, página 3,
segunda coluna).

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● Úrsula (1857): um contraponto às narrativas oficiais:

Em vista dos comentários apresentados, infere-se que a obra da autora maranhense contribui
para uma perspectiva mais aprofundada das implicações étnicas e sociais da escravização no
Brasil, rompendo, pois, com uma visão unilateral dos processos históricos. Nessa perspectiva,
convém evidenciar um fragmento da entrevista intitulada "O Perigo de uma história única"
(2009), da escritora feminista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie: "As histórias
importam. Muitas histórias importam. As histórias foram usadas para espoliar e
caluniar, mas também podem ser usadas para empoderar e humanizar. Elas podem
despedaçar a dignidade de um povo, mas também podem reparar essa dignidade
despedaçada." (2019, p. 16).
[YURI]
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● A realidade escravocrata em “Úrsula” e no Brasil “Pós-abolição”: O grito dos
excluídos

“A exceção só serve para confirmar a regra. E que regras são essas, sociais e raciais, dentro
da sociedade brasileira que, para alguns vencerem determinadas barreiras, é muito fácil?”
(Conceição Evaristo)

“Brava Gente! O grito dos excluídos no Bicentenário da Independência”

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● A realidade escravocrata em “Úrsula” e no Brasil “Pós-abolição”: O grito dos


excluídos

– Oh, quanto a isso não, mãe Susana – tornou Túlio. - A senhora Luísa foi para mim boa e carinhosa, o
céu lhe pague o bem que me fez, que eu nunca me esquecerei de que poupou-me os mais acerbos
desgostos da escravidão, mas quanto ao jovem cavaleiro, é bem diverso o meu sentir; sim, bem diverso.
Não troco cativeiro por cativeiro, oh não! Troco escravidão por liberdade, por ampla liberdade! Veja,
mãe Susana, se deve ter limites a minha gratidão: veja se devo, ou não, acompanhá-lo, se devo ou não
provar-lhe até a morte o meu reconhecimento!...

(...)

– Tu! Tu livre? Ah, não me iludas! - exclamou a velha africana abrindo uns grandes olhos. - Meu filho,
tu és já livre?...

(...)
Sim, para que estas lágrimas?!... Dizes bem! Elas são inúteis, meu Deus; mas é um tributo de saudade,
que não posso deixar de render a tudo quanto me foi caro! Liberdade! Liberdade!... ah! (REIS, 2020, p.
82-83)

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● Os teóricos da contemporaneidade: Conceição Evaristo
É importante frisar que essa grande intelectual negra defende um ideal de que o corpo negro
sempre foi invadido pelo sistema escravocrata do “passado” e também pelas relações raciais
que transparecem nos dias atuais. Há uma repercussão da memória, dos saberes, das culturas
de origem africana.

“A voz de minha bisavó ecoou criança nos porões do navio.” (EVARISTO, Vozes-Mulheres,
v. 1-3)

Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto


porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário
à vida, passamos nessa sepultura até que abordamos às praias brasileiras. (REIS, 2020, p. 84)

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● A realidade escravocrata em “Úrsula” e no Brasil “Pós-abolição”: Será mesmo que
tivemos uma segunda independência?
“Os míseros escravos gemeram de ódio e de dor; mas nem a mais leve exprobração, nem um
sinal de justa indignação se lhes pintou no rosto. Eram escravos, estavam sujeitos aos
caprichos de seu bárbaro senhor.” (REIS, 2020, p. 132)
Ainda as casas dos escravos, que outrora tinham sido de um aspecto agradável, tapadas de barro e
cobertas de telha, hoje mal representavam esse singelo asseio de outras eras. Já arruinadas,
desmoronavam-se aqui e ali; porque os desgraçados escravos do comendador, espectros ambulantes,
não dispunham de uma só hora no dia, que pudessem dedicar em benefício de suas moradas; à noite
trabalhavam ordinariamente até o primeiro cantar do galo. Esfaimados, seminus, espancados
cruelmente, suspiravam pelas duas ou três horas de sono fatigado, que lhes concedia a dureza de seu
senhor. (REIS, 2020, p. 122.)

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● Os teóricos da contemporaneidade: Luiz Silva, mais conhecido como Cuti.
No livro “Literatura Negro-Brasileira", Cuti destaca a aparição de elementos culturais de
origem africana, relacionando-os a características relativas coletivamente ao sujeito étnico do
discurso. No entanto, ele enfatiza que ainda há um destaque para o que é produzido por um
branco, minimizando tudo aquilo vindo do negro-brasileiro. Diante disso, ele apresenta a
seguinte percepção de como ocorre esse combate dentro de uma produção com autoria negra:

Uma das formas que o autor negro-brasileiro emprega em seus textos para romper com o preconceito
existente na produção textual de autores brancos é fazer do próprio preconceito e da discriminação
racial temas de suas obras, apontando-lhes as contradições e as consequências. Ao realizar tal tarefa,
demarca o ponto diferenciado de emanação do discurso, o “lugar” de onde fala. (2010, p. 25)
[NATÃ]
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INTERAÇÃO: No seu ponto de vista, com relação às discussões das relações étnico-
raciais, qual é a relevância da obra literária "Úrsula" (1857) no contexto político-
histórico atual?

● Ouça a canção, a fim de refletir sobre a pergunta proposta:


https://youtu.be/9weFwVkBCWY

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LETRA DA CANÇÃO: MÃE ÁFRICA (FELICIDADE BLACK II)


LUCAS E ORELHA, MUMUZINHO E REBECCA

Mãe, como é que cê anda, Mãe


é que já faz um tempo que eu não vou em casa
E aqui eu não me sinto em casa
Mãe, tá tão complicado Mãe
Cê me chamava rei quando eu tava contigo
E aqui falaram que eu tenho a cor do bandido
Te roubaram o ouro, a prata, os filhos
E eu sou que fora da lei?
Me roubaram a memória a honra e a história
Mas a gente escreve outra vez
Eu sou filho de gandhi, do gueto, do funk
Do povo zulu e malês
Sou do rap, do samba, e se tem ginga, foi preto que fez
Mãe, Mãe África
Brota no coração o orgulho da cor
Me dá tua força, me dá teu amor
Mãe, mãe África
Chegou a hora, acorda o teu filho
Traz a gente de volta pra tribo
Eu fui conhecer nosso passado, irmão, nem te falo o que eu encontrei!
Adivinha...
Somos descendentes de escravos? Não! somos descendentes de reis e
Rainhas.
Bora, já tá na hora, volta pra casa,
Na escola a nossa história não foi contada,
Aqui não vingou, sistema opressor,
Só torce pro preto que for jogador,
Falam de você mas só falam de miséria,
Não falam da riqueza da Nigéria,
Falam que racismo é vitimismo e tal...
Mas não é o pescoço deles embaixo do joelho do policial,
Fácil elogiar quem atira,
Quando não é você quem tá na mira,
O problema deles é que minha pomba gira,
O problema deles é quando minha pomba gira, e vira!
Te roubaram o ouro, a prata, os filhos
E eu sou que fora da lei?
Me roubaram a memória a honra e a história
Mas a gente escreve outra vez
Eu sou filho de gandhi, do gueto, do funk
Do povo zulu e malês
Sou do rap, do samba, e se tem ginga, foi preto que fez
Mãe, Mãe África
Brota no coração o orgulho da cor
Me dá tua força, me dá teu amor
Mãe, Mãe África
Chegou a hora, acorda o teu filho
Traz a gente de volta pra tribo
Mãe, Mãe África
Brota no coração o orgulho da cor
Me dá tua força, me dá teu amor
Mãe, Mãe África
Chegou a hora, acorda o teu filho
Traz a gente de volta pra tribo.

Referências bibliográficas:

REIS, M. F. dos. Úrsula. Jandira, SP: Principis, 2020.

LISBOA, H. A. de A. Úrsula: um romance feminista e afro-brasileiro no século XIX. UnB,


2019.

BRASIL DE FATO, Murilo Pajolla, Negros são 84% dos resgatados em trabalho análogo
à escravidão em 2022, 2022.

AGÊNCIA BRASIL, Bruno Bocchini, Família manteve mulher em situação análoga à


escravidão por 50 anos, 2022.

ADICHIE, C. N. O Perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

CUTI, Literatura Negro–Brasileira, 2010.


EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade, 2009.
LITERAFRO, Eduardo de Assis Duarte. Maria Firmina dos Reis e os Primórdios da
Ficção Afro-Brasileira. 2021.
BEIJA-FLOR, Carnaval 2023, 2022.
Diogo, L. M. (2018). A PRIMEIRA RESENHA DE ÚRSULA NA IMPRENSA
MARANNHENSE. Afluente: Revista De Letras E Linguística, 3(8), 11–25. Recuperado de
https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/view/9845

A ÚLTIMA ABOLIÇÃO. GOMES, Alice. Brasil. 18 de out. de 2018.

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