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José de Alencar:

o crítico e romancista
1829-1877 – faleceu aos 48 anos
Filho de José Martiniano de Alencar (ex-
padre e deputado da província do Ceará)
e de Ana Josefina de Alencar (sua prima);
Vivia entre o Rio de Janeiro e o Ceará;
Estudou Direito em São Paulo e envolveu-
se na política, além de escrever;
Seu primeiro romance foi publicado
em folhetim.

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Oriundo da“epopeia”
Gênero narrativo
Próximo ao “conto”e “novela”
Romancista ≠ românticos
Com a independência do Brasil em 1922, os artistas
brasileiros empenharam-se em definir uma identidade
cultural brasileira, afinal;
O que era ser Brasileiro?
Qual a nossa língua?
Qual a nossa raça?
Nosso passado histórico?
Nossos costumes tradições?
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Iracema

O Sertanejo
José de Alencar
pretendia formar um
As Minas de
panorama do Brasil Prata
retratando um
romance de cada
parte do Brasil Senhora

O Gaúcho
6
INDIANISTAS

URBANOS NACIONALISMO HISTÓRICOS

REGIONALISTAS

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Não se limitam a narrar histórias “românticas”;
Remetem a uma estrutura pensada e exigem análise e reflexão;
Priorizam as relações humanas;
Heróis e heroínas apresentam aspectos humanizados, sendo
vítimas de pressões sociais e econômicas.
projeto de construção da cultura
brasileira;
desejo de enaltecer a figura do indígena
brasileiro;
distinguir o Brasil das demais nações
ocidentais;
Retratar a existência dos conflitos entre
os colonos (os brancos) e os indígenas;
Em O Guarani: a ambiguidade do indígena
– ser submetido ao colonizador e ser livre
e dominador da natureza.
Herói idealizado?? 9
Cultural

- Herança indígena na
língua;
Regional - Mescla de dois pontos de
vistas: o do indígena e o do
branco

Histórico

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“Bom
selvagem”

Índio

Passado Símbolo de
histórico nacionalidade
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A s obras nacionalistas dos Romances

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Senhora
Protagonistas: Aurélia Camargo e
Fernando Seixas.
Ordem nãocronológica.
Apaixonam-se na juventude, se distanciam por
problemas financeiros.
Seixas aceita um dote de uma moça rica,
Adelaide Amaral.
Aurélia recebe herança de avô, torna-se rica e
resolve se vingar de Seixas que não se casou
com ela por estaser pobre.
Aurélia – mulher independente – atende as
exigências impostas pela sociedade da época.

Casamento = mulher honesta.

A crítica não destrói a história de amor.

O pagamento da dívida representa o “superar


do amor em relação ao dinheiro”.
“Vendido sim; não tem outro nome. Sou rica,
muito rica, sou milionária; precisava de um
marido, traste indispensável às mulheres
honestas. O senhor estava no mercado;
comprei- o. Custou- me cem mil cruzeiros, foi
barato; não se fez valer. Eu daria o dobro, o
triplo, toda a minha riqueza por este momento.

Aurélia proferiu estas palavras


desdobrando um papel no qual
Seixas reconheceu a obrigação por ele
passada ao Lemos”.

Senhora, de José Alencar.


Romance entre Paulo e Lucíola.
Lucíola é uma cortesã por quem Paulo se
apaixona, esta por sua vez, faz pouco
dos sentimentos dorapaz.
Paulo sofre pois Lucíola é uma das
prostitutas mais desejadas do Rio de
Janeiro.
Em uma festa,os clientes de Lucíola pedem
a ela que fique nua perante todos, ela assim
o faz e Paulo adespreza.
Após reconciliação, Paulo fica conhecendo
toda a história deLucíola.
Lucíola revela seunome verdadeiro “Maria da
Glória” e conta como e porquê começou a se
prostituir.
Lucíola pagava os estudos de Ana,
sua irmã mais nova.
Paulo engravida Lucíola e a pede em casamento,
porém Lucíola deseja que ele se casecomAna.
Lucíola morre doente, Ana tem todo apoio de
Paulo, que termina solitário e lamentando a
morte de únicoamor.
Romance urbano – romance de
costumes.
De prostituta vilãa heroína.
Submissão do amor romântico,
valorização da castidade.
Crítica social - amor e preconceito.
(UFMS) Assinale a alternativa incorreta a respeito da
ficção urbana de José de Alencar.

a) Os relatos oscilam entre a armação folhetinesca e a


percepção da realidade brasileira.
b) No enredo de Senhora o sentimento amoroso sempre é
mais forte que o interesse financeiro.
c) Romances como Senhora relacionam drama individual e
organismo social.
d) As personagens frequentemente são donzelas e
mancebos que participam das rodas da Corte.
e) Os romances fixam costumes e ações que definem uma
forma de representar a cidade.
(UEL) No romance Iracema, José de Alencar:

a) Desenvolve, na linha mesma do enredo, valores éticos e


estéticos próprios da sociedade burguesa européia.
b) Busca fundir num mesmo código as imagens de um lirismo
romântico e alguns modos de nomeação e construção da língua
tupi.
c) Defende a superioridade da cultura indígena sobre a européia,
tal como o demonstra o desfecho desse romance idealizante.
d) Faz confluírem o plano lendário e o plano histórico, o primeiro
representado por Martim, e o segundo, por Iracema.
e) Dispõe-se a desenvolver a história de uma virgem que,
resistindo ao colonizador, representa o poder da natureza
indomável.
“Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos
na terra. Agora que a minha vida só se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência
inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim
por toda a eternidade. (...) Terminei ontem este manuscrito, que lhe envio ainda úmido de minhas lágrimas.
Relendo-o, admirei como tivera a coragem de alguma vez, no correr desta história, deixar minha pena rir e
brincar, quando meu coração ainda sente saudade, que sepultou-se nele para sempre. É porque, repassando
na memória essa melhor porção de minha vida, alheio-me tanto do presente, que revivo hora por hora
aqueles dias de ventura, como de primeiro os vivos, ignorando o futuro, e entregue todo às emoções que
senti outrora. (...)”
Lucíola, José de Alencar

A propósito do trecho, seguem-se as afirmativas:

I. Idealiza o amor não concretizado e a morte como manifestação de fuga, características típicas do
Romantismo.
II. Representa a profanação do amor verdadeiro diante da realização do amor puro.
III. Exalta a subjetividade, característica do Romantismo, enaltecendo o “eu” diante de seus sentimentos.
IV. Apresenta um lirismo bucólico e melancólico, característico do Naturalismo.

Está correto o que se afirma apenas em:


a) I, II e IV d) I, III e IV
b) I, II e III e) II e III
c) II, III e IV
“Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos
na terra. Agora que a minha vida só se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência
inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim
por toda a eternidade. (...) Terminei ontem este manuscrito, que lhe envio ainda úmido de minhas lágrimas.
Relendo-o, admirei como tivera a coragem de alguma vez, no correr desta história, deixar minha pena rir e
brincar, quando meu coração ainda sente saudade, que sepultou-se nele para sempre. É porque, repassando
na memória essa melhor porção de minha vida, alheio-me tanto do presente, que revivo hora por hora
aqueles dias de ventura, como de primeiro os vivos, ignorando o futuro, e entregue todo às emoções que
senti outrora. (...)”
Lucíola, José de Alencar

A propósito do trecho, seguem-se as afirmativas:

I. Idealiza o amor não concretizado e a morte como manifestação de fuga, características típicas do
Romantismo.
II. Representa a profanação do amor verdadeiro diante da realização do amor puro.
III. Exalta a subjetividade, característica do Romantismo, enaltecendo o “eu” diante de seus sentimentos.
IV. Apresenta um lirismo bucólico e melancólico, característico do Naturalismo.

Está correto o que se afirma apenas em:


a) I, II e IV d) I, III e IV
b) I, II e III e) II e III
c) II, III e IV

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