Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O ROMANTISMO (A PROSA)
3. Principais autores
José de Alencar
• O autor
O cearense José de Alencar nasceu em 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou
como advogado, jornalista e deputado, chegando até a ocupar o cargo de ministro da
justiça. Aos 26 anos, publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”.
José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indianista: O
Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro fala sobre o
relacionamento amoroso entre o índio Peri e a mulher branca Ceci. O segundo, epopeia
sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem
dos lábios de mel", com "cabelos mais negros que a asa da graúna". O terceiro tem
por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que, durante a história, cresce
em direção à maturidade. Sua narrativa inovadora foi crucial para o estabelecimento
de um estilo literário com características brasileiras.
• Iracema
O primeiro capítulo retrata o final da história, quando Martim e seu filho, Moacir, deixam
as terras do Ceará.
Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro
que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra
selvagem.
A lufada intermitente traz da praia um eco vibrante, que ressoa entre o marulho das vagas:
— Iracema!...
O moço guerreiro, encostado ao mastro, leva os olhos presos na sombra fugitiva da terra; a
espaços o olhar empanado por tênue lágrima cai sobre o jirau, onde folgam as duas inocentes
criaturas, companheiras de seu infortúnio.
É nesse momento que ocorre o encontro com o colonizador. Iracema está se banhando
nas águas do rio e se assusta com uma imagem que nunca vira antes. Sua reação
instintiva foi atirar-lhe uma flecha:
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau
espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul
triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Após ferir o guerreiro branco, Iracema se arrepende e resolve ajudá-lo, levando Martim
até sua tribo. Em lá chegando, Martim conta que havia se perdido, após sair em caçada
com os índios potiguaras (tribo inimiga dos tabajaras).
Em nome do amor, a índia abandona sua família, tribo e tradições para viver com
Martim em uma cabana. Poti, amigo tabajara de Martim segue com eles. A gravidez de
Iracema é revelada, e a guerreira dá à luz um filho, chamado de Moacir. Moacir vem
ao mundo no momento em que Poti e Martim saem para lutar. Quando retornam,
Iracema, muito debilitada, acaba morrendo.
O cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus olhos viram,
sentada à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço e o cão a brincar. Seu coração o
arrastou de um ímpeto, e toda a alma lhe estalou nos lábios:
— Iracema!...
A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada. Com esforço grande, pôde erguer
o filho nos braços e apresentá-lo ao pai, que o olhava extático em seu amor.
— Recebe o filho de teu sangue. Chegastes a tempo; meus seios ingratos já não tinham alimento
para dar-lhe!
Ao final, Martim retorna ao velho continente com seu filho, o primeiro luso-
brasileiro.
B. Romances urbanos
• Senhora
O Preço → Narra a história de Aurélia Camargo. Órfã e pobre, Aurélia ficara noiva
de um rapaz, que a abandona pelo fato de ela não possuir dote. No entanto, dá-se o
inesperado: nossa heroína recebe como herança a fortuna de um avô, que mal
conhecia. Tornando-se inesperadamente rica, a moça passa a ser cortejada pelos
jovens, interessados em sua beleza e em suas posses. Esse jogo de falsidades só faz
acirrar seu desprezo por uma sociedade movida apenas por dinheiro e interesses.
A jovem escreve então uma carta a seu tutor, Lemos, incumbindo-o de arrumar um
casamento com o atual noivo de Adelaide Amaral, Fernando Seixas, o mesmo rapaz
que rompera seu noivado com ela, para ficar com Adelaide, moça rica.
Quitação → Narra com detalhes a história familiar de Aurélia, de como ela ficou rica
e como se deu seu envolvimento com Seixas. Lemos faz a proposta de casamento a
Seixas, que, mesmo sem conhecer a noiva, recebe um adiantamento pelo dote e
aceita o compromisso. Quando apresentado a Aurélia, Seixas sente uma profunda
humilhação, pois percebe que havia caído em uma cilada. Na noite de núpcias, Aurélia
chama seu marido de homem vendido.
Posse → Descreve a rotina de aparências do casal, que desfila de mãos dadas e troca
carinhos e gentilezas em público. Mas os dois, quando sozinhos, trocam palavras
ferinas e acusações. Fernando se vê como um escravo de Aurélia, tendo ela como sua
dona, à qual obedece em todos os seus caprichos.
Não basta a humilhação sofrida pelo fato de Seixas ter sido comprado pelos cem
contos de réis, oferecidos a ele pelo tutor de Aurélia; o quadro se completa com a
vingança da mulher ofendida, que agora toma as rédeas da situação. Impõe-se aí a
perversidade, a ofensa grosseira, o insulto, o desprezo e a flagelação cruel. Indícios
claros de uma relação desigual, marcada pelo poder pessoal, mas mediada pela
coerção social, já que o insulto é velado; o desprezo, soberano; e o flagelo,
dissimulado.
C. Romances regionalistas
O romantismo regionalista surgiu durante o século XIX, inicialmente nas obras de José
de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay e Franklin Távora. A temática
principal, observada nesses textos, é a vida rural da sociedade da época em
determinadas regiões do Brasil, desde o extremo Sul, passando pelo interior
fluminense e o planalto paulista e chegando até o Nordeste.
Esse tipo de prosa tem como projeto a consolidação da identidade nacional através da
representação dos comportamentos, costumes e valores de uma sociedade rural,
totalmente oposta aos padrões da corte.
Durante a execução de seu projeto de vingança, Manuel Canho vive peripécias ligadas
à Guerra dos Farrapos, conhecendo a figura épica e lendária de Bento Gonçalves.
Depois de vingado, Manuel apaixona-se por Catita.
Em meio a uma viagem de Manuel, a moça deixa-se envolver por outro homem, mas,
quando Manuel regressa, Catita arroja-se a seus pés, protestando-lhe seu amor.
Manuel tenta afastar-se dela, mas a moça lança-se à garupa de seu cavalo. O livro
termina com os dois cavalgando pelo pampa infinito, numa louca carreira, em meio a
uma paisagem apoteótica de céu encoberto, relâmpagos cortantes e ventos zunindo.
O Gaúcho foi o primeiro livro da série na qual Alencar tenta retratar ambientes
interioranos, afastados do bulício da corte.
• O Sertanejo
Estamos em 1764. Arnaldo, o herói de nossa história, é dono de habilidades especiais.
Forte de corpo e alma, Arnaldo é capaz de se comunicar com os animais e entender a
natureza do sertão. De personalidade forte, honrado como um cavaleiro medieval,
Arnaldo é apaixonado por Dona Flor, a quem adora como uma santa.
Flor é filha do capitão-mor Gonçalo Pires Campelo a quem Arnaldo serve. O capitão é
dono da fazenda “Oiticica”, em Quixeramobim, no interior do Ceará. Rica, bela, jovem,
bondosa e orgulhosa, Dona Flor cresceu com Arnaldo na fazenda e o tem como um
irmão.
Porém, ela e sua família precisarão da coragem de Arnaldo para se proteger das
investidas de Fragoso, filho de fazendeiro rico e acostumado a conquistar o que quer,
nem que, para isso, tenha de usar a violência de uma guerra.
A história gira então em torno do triangulo amoroso entre Arnaldo, Fragoso e Flor, tendo
como coadjuvantes os pais de Flor, Alina (aldeã apaixonada por Arnaldo e amiga de
Flor) e Justa (mãe de Arnaldo, também aldeã).
Alencar deixou este romance inacabado. Fica a cargo da imaginação do leitor sua
conclusão.
• O Tronco do Ipê
Narra a história de um amor envolto em mistérios, à sombra de um crime. A obra retrata
também a decadência da região do café no Rio de Janeiro do século XIX. Traz como
cenário o interior fluminense e trata da ascensão social de um rapaz pobre.
Bem próximo, numa cabana, mora o negro Benedito, espécie de feiticeiro, que guarda
o segredo da família. Mário, o personagem central, que viveu desde criança na fazenda,
juntamente com a prima Alice, descobre que o pai da moça, Joaquim, é o assassino de
seu pai.
Desesperado, Mário tenta o suicídio, pois não pode se casar com a filha de um assassino.
Mas o negro Benedito o impede, contando-lhe o segredo: Joaquim não matou o pai de
Mário. Ele foi tragado pelas águas do Boqueirão e está enterrado junto ao tronco do
ipê.
D. Romances históricos
• As minas de prata
A livro é marcado pelo espírito aventuresco, retratando a Bahia do século XVII.
Numa época em que o Brasil, ainda colônia de Portugal, vivia sob constantes ameaças
holandesas e espanholas – além da incômoda presença da Companhia de Jesus – a fortuna
prometida pelas lendárias minas de prata de Robério Dias poderia decidir o destino da
colônia. Para defender sua pátria e seu amor por Inês, Estácio, filho de Robério Dias, teria
que resgatar o roteiro das minas, deixado pelo pai, e enfrentar as mais aventureiras
batalhas.
Estácio, nosso herói, é jovem pobre, corajoso e honrado, que tem pela frente dois desafios:
reabilitar a memória do pai, livrando-o da acusação de "falso" e "embusteiro" (por ter
“inventado” a existência das minas), e superar o preconceito social para casar-se com Inês
de Aguilar, a "princesa inacessível", nobre e rica. Para tanto, faz-se imprescindível a
recuperação do valioso roteiro, para se chegar às minas.
A história é comandada por três personagens, graças aos quais boa parte das ações irá se
desenvolver. O assunto do livro é o famoso roteiro das minas de prata, cuja descoberta se
atribui a Robério. É em torno de uma incansável busca pelo roteiro das minas que todas
as páginas do romance gravitarão.
• O autor
Manuel Antônio de Almeida nasceu no Rio de Janeiro. Filho de pais portugueses pobres e
órfão paterno aos dez anos, o autor teve uma infância carente, diferente da de muitos
escritores de seu tempo, o que o inspirou, na juventude, a escrever sobre a vida e os
costumes das classes mais pobres.
Publicou no Correio Mercantil, sob a forma de folhetins, seu único romance: Memórias
de um Sargento de Milícias (1852-53), escrito com o pseudônimo de "Um Brasileiro." Foi
ainda diretor da Tipografia Nacional e Oficial da Secretaria do Ministério da Fazenda.
Candidatou-se a deputado e, indo para Campos fazer campanha eleitoral, morreu no
naufrágio do Vapor Hermes, ocorrido na costa do Rio de Janeiro.
• Características da obra
Descrito como “filho de uma pisadela e de um beliscão”, sua origem é cômica. Crescido,
torna-se um malandro, tentando sobreviver à margem das instituições sociais nas quais
não consegue se enquadrar. A sociedade carioca, retratada em seu livro, não é mais a da
bela aristocracia, que frequentava os melhores lugares da capital, sem preocupações
materiais e em busca permanente de aventuras amorosas.
Seu público-alvo é a periferia, o povo remediado e sofrido, que o autor conheceu desde a
infância. O herói romântico e idealizado cede seu lugar ao anti-herói, sujeito à luta pela
sobrevivência e dedicado a prover suas necessidades básicas, sem espaço para cultivar
ideais de nobreza ou qualidades superiores.
Leonardo, o anti-herói pobre e malicioso, vive das oportunidades e conta com a própria
sorte. Parte da crítica classifica o livro como uma manifestação tardia do “romance
picaresco”, gênero popular espanhol medieval dos séculos XVII e XVIII.
Nas peripécias de Leonardo, há muito humor, expresso numa linguagem coloquial e direta.
As demais personagens são tipos sociais, caricaturas da sociedade carioca da época de D.
João VI, razão pela qual as narrações e descrições ganham um caráter de crônica de
costumes. Por essa razão, Manuel Antônio de Almeida é considerado como um escritor
de transição do romantismo para o realismo.
• O enredo da história
A narrativa começa pelo relato do primeiro contato entre os pais de Leonardo: Maria da
Hortaliça e Leonardo Pataca, no navio que os traz de Portugal para o Brasil. Ambos trocam
“uma pisadela” e um “beliscão” como sinais de interesse mútuo e passam a namorar. Maria
da Hortaliça abandona o marido e retorna para a terra natal. Pataca, por sua vez, recusa-
se a criar o filho, deixando-o com o padrinho, o Barbeiro, que passa a se dedicar ao menino
como se fosse seu pai.
Pataca se envolve com uma cigana, que também o abandona. Para tentar recuperá-la,
recorre à feitiçaria, prática proibida na época. Flagrado pelo Major Vidigal, conhecido e
temido representante da lei, Pataca vai para a prisão, sendo solto em seguida.
Enquanto isso, seu filho, Leonardo, pouco afeito aos estudos, convence o padrinho a
permitir que ele frequente a igreja na condição de coroinha. O Barbeiro vê ali uma
oportunidade de um futuro para o afilhado. No entanto, Leonardo continua aprontando
das suas e acaba expulso. Conhece o amor na figura de Luisinha, uma rica herdeira, mas
sua aproximação é interrompida pela ação do interesseiro José Manuel, que consegue casar
com a moça.
O Barbeiro morre e deixa uma herança para o afilhado. Leonardo volta a viver com o pai,
mas foge após um desentendimento. Envolve-se com a mulata Vidinha e passa a sofrer as
perseguições do Major Vidigal, caçador dos ociosos do Rio de Janeiro. Para não ser preso,
é forçado a se alistar.
1
Macunaíma será tratado nas aulas de modernismo , que virão mais tarde.
Visconde de Taunay
• O autor
Alfredo d’Escragnolle Taunay (1843-99) nasceu no Rio de Janeiro. Bacharel em Ciências e
Letras pelo Colégio Pedro II, cursou Ciências Físicas e Matemáticas na Escola Militar.
Recebeu uma educação familiar de espírito e gosto, típica dos naturalistas e pintores do
“pitoresco”, especialmente franceses e alemães. Essa educação lhe daria certo destaque
em nosso meio literário, artístico e social.
Sua obra-prima, Inocência (1872), consolida a maior fase de sua carreira como escritor.
Com uma vasta experiência de guerra – participou da guerra do Paraguai – e de sertão,
reproduziu com precisão o cenário sertanejo, com seus tipos humanos e normas rígidas de
comportamento social e familiar, equilibrando ficção e realidade, valores da realidade bruta
do sertão e valores românticos, linguagem culta e regional.
Mesmo com um enredo sentimental, Inocência apresenta alguns traços da prosa realista,
ao documentar, a realidade presente nos sertões mato-grossenses. É nesse ponto que
Taunay critica a postura de Alencar, afirmando que o romancista cearense falava de uma
natureza idealizada, bem distante do que Taunay havia presenciado na realidade.
• O enredo de Inocência
No livro, o autor descreve o amor impossível entre Cirino e Inocência, os quais viveram
uma paixão incondicional desde o primeiro encontro. Inocência era uma pobre moça, que
vivia isolada em seu quarto, devido ao autoritarismo e conservadorismo de seu pai, o
senhor Pereira, que já havia prometido a mão da filha em casamento para seu capataz:
Manecão.
Como Inocência estava prestes a se casar com Manecão, a solução encontrada foi falar
com o padrinho da jovem, Antônio Cesário, para que intercedesse em favor da afilhada,
acreditando que o compadre Pereira, pai de Inocência, acataria o que Cesário lhe pedisse.
Como não aguentasse mais esperar, Cirino foi à casa de Cesário, no mesmo dia em que
Manecão fora visitar a noiva. Chegando lá, Inocência disse ao noivo que não o amava e
que não se casaria com ele, pois amava outro homem.
Indignado com a traição de Inocência e Cirino, Pereira atira a filha no chão, que bate a
cabeça na parede e mais tarde virá a falecer. Cirino acabou sendo morto por Manecão,
com um tiro na cabeça.
Questões de concursos:
Texto II
Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria;
aborrecera-se, porém, do negócio e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de
quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde
tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da
hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rochonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-
se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo era maganão.
Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava
distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito.
A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe
também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma
declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao
anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez
um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares,
que pareciam sê-lo de muitos anos.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias
I. “onde” constitui a chamada licença poética, uma vez que, no contexto e de acordo com a norma-
padrão, o correto seria empregar “aonde”;
II. “ruim” deve ser pronunciado de acordo com a variante popular da língua, isto é, como
monossílabo, tendo em vista a métrica adotada no poema;
III. “nem não”: trata-se da dupla negativa, uso típico da oralidade, já incorporado pela língua
escrita padrão.
A. nacionalismo.
B. transfiguração da natureza.
C. apreço pela formação da literatura brasileira.
D. expressão enfática do sujeito individual.
E. ambivalência de sentimentos do poeta quanto ao assunto do texto.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Gabarito E C C E B D B E A D