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Aula 01

Biologia p/ Bombeiros-DF (Soldado)


Professor: Wagner Bertolini

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Biologia para Bombeiros-DF (Soldado)
Prof. Daniel Reis e Prof. Wagner Bertolini Aula 01

AULA 01: Ecologia: Conservação e preservação


da natureza, ação antrópica, poluição, biocidas,
ecossistemas e espécies ameaçadas de extinção
(principalmente no Brasil).

SUMÁRIO PÁGINA
1. Biologia da Conservação 01
2. Poluição 08
3. Questões comentadas 19
4. Créditos das Imagens 30

1. Biologia da Conservação

Quando falamos em conservação da natureza, sempre temos a


impressão de que isso se refere a algo muito distante, quase como se fosse
um mundo à parte. No imaginário popular, a “natureza” é uma floresta
longe da cidade, ou as baleias nadando nos oceanos. Se você pensa assim
também, meu amigo, sinto dizer que está tudo errado. A tal “natureza” é
onde todos nós vivemos e somos parte. Por isso, nesta aula vamos falar
dos males que fazemos à nossa “casa” (eco = casa; logia = estudo) e
também aos nossos “vizinhos”. Vamos entender como isso afeta
diretamente nossa saúde e nossa economia. Nesse planeta, somos apenas
mais alguns marinheiros remando contra a maré da extinção no grande
oceano da vida!
Antes de mais nada, precisamos entender que o planeta é dinâmico e
que ao longo dos seus mais de 4 bilhões de anos de existência muitas
mudanças ocorreram. Houve grandes alterações no que diz respeito à
temperatura média do planeta, nível dos oceanos, composição da atmosfera
e a vida passou por vários momentos críticos como as grandes extinções.
No entanto, com o desenvolvimento da sociedade humana e todos os
avanços tecnológicos que isso rendeu, passamos a modificar o planeta de
maneira não sustentável. Ou seja, mudanças que podem causar impactos
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a longo prazo ou até mesmo irrecuperáveis. Diminuímos, assim, o potencial


de uso dos recursos naturais para as nossas próximas gerações.
A Biologia da Conservação atua em duas linhas de ação:
 Entender os efeitos da atividade humana nas espécies,
comunidades e ecossistemas,
 Desenvolver abordagens práticas para prevenir a extinção de
espécies e, se possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu
ecossistema funcional.
Nesse primeiro capítulo da aula vamos ver as principais ameaças à
biodiversidade e algumas possíveis soluções para esses problemas.

1.1 DESTRUIÇÃO DE HABITATS


Uma das principais causas de extinção de espécies provocada pela ação
antrópica, ou seja, do ser humano, é a destruição de habitats. Como vimos
na aula 00, grande parte da vegetação original do território brasileiro foi
destruída ou modificada. O bioma da Mata Atlântica é o mais castigado
devido à sua localização litorânea, local onde a maior parte das grandes
cidades brasileiras se localiza. O Cerrado, segundo bioma mais devastado
do Brasil, tem apenas cerca de metade da sua área original remanescente.
De maneira geral, as principais causas do desmatamento são:
 Expansão urbana
 Criação de áreas de pastagem
 Criação de áreas de plantio para agricultura
 Exploração da madeira
De acordo com o artigo 50-A da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais),
é crime desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada
ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do
órgão competente, a não ser quando necessária à subsistência imediata
pessoal do agente ou de sua família. Do mesmo modo, segundo o artigo 41
da mesma lei, também é crime provocar incêndio em mata ou floresta.

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Fig. 01: Madeira ilegal apreendida no Estado de Mato Grosso em 2013.

De acordo com dados divulgados no ano de 2015 pelos Ministérios da


Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente, o desmatamento na Amazônia
Legal caiu 82% entre 2004 e 2014. Contudo, somente entre agosto de 2013
e julho de 2014, houve uma perda de 3.036 km2, o que equivale a duas
vezes a área da cidade de São Paulo.
São muitos os danos decorrentes da destruição de habitats. Com a
destruição de matas e florestas nativas, perde-se em biodiversidade vegetal
e também das demais espécies que vivem nesses ambientes. Além disso, a
vegetação tem grande importância no clima, pois atua diretamente no ciclo
da água e, pelo fato das árvores serem grandes reservatórios de carbono,
também atuam no ciclo desse elemento. A queima da madeira, portanto,
libera grandes quantidades de CO2 na atmosfera, que contribui para o
aumento do efeito estufa. A floresta abriga espécies de potencial medicinal
que podem acabar nunca sendo descobertas devido à sua extinção
prematura em decorrência do desmatamento.
Outro problema que envolve a destruição de habitats é a fragmentação
das áreas dos ecossistemas. Quanto menor for um fragmento, maiores
serão os impactos sofridos pelas comunidades biológicas. Dá uma olhada
na figura abaixo.

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Fig. 02: Efeito de borda em áreas fragmentadas.

O efeito de borda ocorre porque nas áreas limites dos fragmentos, as


condições abióticas são diferentes. A incidência solar é maior, a
temperatura é maior, a umidade é menor e os ventos são mais fortes. Além
disso, essas áreas podem ser ocupadas ou visitadas por espécies de outros
ecossistemas que podem competir ou predar as espécies do fragmento.
Espécies que precisam de uma área grande podem não conseguir
sobreviver dependendo do tamanho do fragmento e, caso saiam dessa área,
podem acabar se expondo em áreas urbanizadas ou em estradas. Áreas
fragmentadas implicam também na redução dos tamanhos das populações
e a consequente diminuição na variabilidade genética das mesmas, uma
vez que terão um número menor de parceiros disponíveis para a
reprodução. Espécies com pequena área de distribuição, populações
reduzidas e alta especificidade de nichos tornam-se mais sensíveis a
mudanças no ambiente e mais vulneráveis ao processo de extinção.
Uma solução para esse problema é a criação de corredores
ecológicos para interligar os fragmentos através da criação de unidades
de conservação e também pela recuperação de áreas degradadas. Como
exemplo disso temos o Projeto Corredores Ecológicos desenvolvido pelo

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Ministério do Meio Ambiente e atuando no Corredor Central da Amazônia e


no Corredor Central da Mata Atlântica.
Podemos considerar que as queimadas e o desmatamento constituem
tipos de poluição do solo. Além disso, outro problema causado pela remoção
da cobertura vegetal de uma área é a erosão acelerada do solo. Sem as
raízes das plantas, ele perde sustentação e é mais facilmente transportado
pela ação da água de rios e das chuvas. Com isso, o solo fica também pobre
em nutrientes que são carregados junto com as enxurradas, fica mais
exposto ao sol e ao vento, o que leva à sua desertificação e o impossibilita
para a agricultura.
As matas ciliares, que ficam às margens dos rios, quando removidas,
promovem o aumento na erosão desses locais, com mais sedimentos indo
parar no leito dos rios, o que pode levar ao seu assoreamento.

1.2 SOBRE-EXPLORAÇÃO
A caça excessiva e o extrativismo descontrolado também são
responsáveis por grande parte das extinções causadas pelo ser humano. A
sobre-exploração é caracterizada pela retirada do ambiente de número de
indivíduos de uma espécie em taxas maiores do que aquelas que suas
populações conseguem repor. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais,
é proibido matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna
silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença
ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.
Entre os motivos para a caça de animais selvagens, além do uso como
alimento, podemos citar o comércio de peles, ovos e penas, uso de partes
de animais nas medicinas tradicionais e rituais religiosos, enfeites e ainda
como animais de estimação. Nesse contexto, entra também a biopirataria,
que consiste na apropriação indevida de recursos biológicos por agentes
internacionais para uso comercial.

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Fig. 03: Apreensão de 38 curiós transportados ilegalmente em Alto Garças – MT.

É sempre importante lembrar que o equilíbrio de um ecossistema


depende da dinâmica de suas populações que, ao serem perturbadas,
podem desencadear um efeito cascata, prejudicando toda a cadeia
alimentar.
Assim, existem normas para a exploração sustentável dos recursos
naturais que levam em conta a capacidade de recuperação das populações
no estabelecimento de uma quantidade máxima de indivíduos que podem
ser explorados por ano. Além disso, há restrições com relação a épocas de
reprodução.

1.3 INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS


Você sabia que nem o café, nem a mangueira, nem a jaca e muito
menos o mosquito da dengue são espécies nativas do Brasil? Pois é! Todas
elas são espécies exóticas.
Espécie exótica é aquela que se encontra fora de sua área de
distribuição natural. O ser humano, intencionalmente ou não, é responsável
pela introdução de um grande número de espécies exóticas nos mais
diversos ambientes. Isso se deve a três principais fatores:
 Colonização europeia
 Agricultura e plantas ornamentais
 Transporte acidental

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Na época das grandes navegações, era comum que marinheiros


deixassem porcos e cabras em ilhas no seu caminho para que quando lá
voltassem encontrassem alimento. Além disso, os porões dos navios
sempre foram um ótimo refúgio para roedores e insetos. Ainda hoje, a água
de lastro dos navios (usada para manter a sua estabilidade e trocada em
cada porto de parada), é responsável pelo trânsito de organismos entre
diversas regiões do planeta.
A maior parte das espécies exóticas não consegue se estabelecer em
ambientes diferentes dos seus. Contudo, algumas delas conseguem
encontrar as condições necessárias para a sua reprodução e é aí que se
tornam espécies invasoras. O grande problema das espécies invasoras é
que, pelo fato de não possuírem nem predadores nem parasitas naturais no
local invadido, elas acabam tendo o potencial de reduzir as populações
locais seja por competição seja por predação, tornando-se pragas.
Como exemplo temos o coral-sol (Tubastraea spp.), natural do sudeste
asiático e introduzido na Baía de Ilha Grande, litoral sudeste brasileiro,
aderido a plataformas de petróleo. Esse coral tornou-se uma praga pois
reproduz-se mais rapidamente do que os outros corais com os quais
compete por recursos, fazendo com que suas populações sejam reduzidas.

Fig. 04: Coral-sol, espécie invasora do litoral brasileiro.

1.4 ESPÉCIES AMEAÇADAS NO BRASIL


A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais (IUCN) atua sob a égide da UNESCO e tem como objetivo

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incentivar a conservação da natureza e as práticas econômicas


sustentáveis. Concentrando informações de diversos órgãos de pesquisa,
ela elabora as chamadas Listas Vermelhas das espécies ameaçadas de
extinção no planeta. Além disso, ela define os critérios para a elaboração
dessas listas e para a inclusão nas categorias de conservação das espécies.
Essas categorias são:
 Pouco preocupante (LC)
 Quase ameaçada (NT)
 Vulnerável (VU)
 Em perigo (EN) Ameaçadas
 Criticamente em perigo (CR)
 Extinto na natureza (EW)
 Extinto (EX)
No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente divulgou, em 2014, as listas
mais recentes contendo as espécies da flora e da fauna ameaçadas. Das
41.000 espécies vegetais catalogadas, 4.617 estão ameaçadas de extinção,
incluindo o mogno (VU), o palmito-juçara (VU), o pau-brasil (EN), a
araucária (EN) e o jequitibá (EN). Já dos 12.256 animais catalogados, 1.173
estão nas categorias de ameaça, incluindo a onça-pintada (VU), a
tartaruga-de-couro (CR), o cervo-do-pantanal (VU), o mico-leão-dourado
(EN), o lobo-guará (VU), a arara-azul (EN), o tamanduá-bandeira (VU) e o
tatu-bola (EN).

2. Poluição

As atividades antrópicas podem gerar vários tipos de poluentes que


vão afetar o ar atmosférico, a água e os solos, causando prejuízos
econômicos, desequilíbrios ecológicos, alterações climáticas e problemas de
saúde aos seres humanos. Vamos dar uma olhada nos principais tipos de
poluição.

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2.1 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA


Como podemos ver no gráfico abaixo, a atmosfera terrestre é
composta, em sua maior parte, por gás nitrogênio (78%); seguido pelo gás
oxigênio (21%). Depois vem o argônio e outros gases com menos de 1%
da composição atmosférica. Só que o perigo mora justamente nesses
“outros gases”. Neles incluímos o famoso gás carbônico (CO2), o monóxido
de carbono (CO), o metano (CH4), o dióxido de nitrogênio (N2O), o dióxido
de enxofre (SO2), o ozônio (O3) e, é claro, o vapor de água, entre outros.
Quando o ser humano, através de suas atividades, altera de alguma
maneira a composição atmosférica, temos poluição.

Composição Atmosférica (%)


0,934
0,036

20,946

78,084

Gás Nitrogênio Gás Oxigênio Argônio Outros


Fig. 05: Gráfico mostrando a composição da atmosfera terrestre.

 EFEITO ESTUFA
Ao contrário do que muitos pensam, o efeito estufa é um processo
natural e necessário para a vida no nosso planeta, pois mantém uma
temperatura média compatível com a existência dos seres vivos. Observe o
gráfico abaixo que resume o processo.

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Fig. 06: O efeito estufa aprisiona parte da energia solar refletida pela superfície, dentro da
atmosfera.

O que acontece é que parte da energia solar que chega à Terra é


absorvida pela superfície e pelas nuvens (seta amarela). A outra parte é
refletida e pode ser irradiada para fora da atmosfera (seta laranja) ou ficar
aprisionada pela ação dos gases de efeito estufa (seta vermelha).
Entre os principais gases que desempenham esse papel podemos citar
o gás carbônico, o vapor de água, o metano e o dióxido de nitrogênio. O
grande problema é que as atividades antrópicas, principalmente a partir da
Revolução Industrial, passaram a liberar uma quantidade muito grande de
gases de efeito estufa na atmosfera, provocando um gradativo aumento na
temperatura global. Esse fenômeno, chamado de aquecimento global,
pode representar sérias mudanças climáticas, com a previsão da subida de
2°C na temperatura média do planeta até 2100. Isso significa que áreas
tropicais ficarão mais sujeitas a tempestades e que parte do gelo das
regiões polares pode derreter, ocasionando a subida do nível dos oceanos,
com a mudança nas correntes marítimas e inundação de cidades costeiras.

 CHUVA ÁCIDA
O dióxido de enxofre e o dióxido de nitrogênio, ambos liberados pela
atividade industrial, podem provocar diversas doenças do trato respiratório,
como asma, bronquite e até enfisema pulmonar. Além disso, quando
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liberados na atmosfera, reagem com o vapor de água formando ácido


sulfúrico (H2SO4) e ácido nítrico (HNO3), respectivamente. Esses ácidos, ao
precipitarem junto com a água, formam a chuva ácida, que pode danificar
lavouras, florestas e também construções.

 INVERSÃO TÉRMICA
Em condições normais, as camadas da atmosfera mais próximas da
superfície são mais quentes e vão ficando mais frias à medida que a altitude
aumenta. Com isso, forma-se uma corrente de convecção que faz com que
o ar quente esteja sempre sendo substituído pelo ar frio, mais denso, que
desce. Isso promove a dissipação dos poluentes na atmosfera. Contudo,
durante o inverno, é comum que o ar próximo à superfície fique mais frio,
porque o solo está mais frio. Nesse caso, as correntes de convecção não
funcionam e ocorre uma inversão nas temperaturas esperadas para as
camadas da atmosfera. Esse fenômeno é chamado de inversão térmica e
está representado no gráfico abaixo.

Que

Fig. 07: À esquerda, a situação normal de correntes de convecção. À direita, a inversão térmica.

Com a inversão térmica, o ar junto à superfície, carregado de


poluentes, fica retido e contribui para a irritação da mucosa respiratória e
para o aparecimento de doenças desse sistema.

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 MONÓXIDO DE CARBONO
O monóxido de carbono (CO) é produzido na combustão incompleta de
moléculas orgânicas. Liberado em grandes quantidades em incêndios,
também é muito encontrado nos gases de escapamento de automóveis e
motocicletas. Por ser incolor e inodoro, é um inimigo discreto e muito
perigoso para os seres humanos. O CO, quando inalado, liga-se de maneira
irreversível à hemoglobina, que é a molécula presente nos glóbulos
vermelhos do sangue e responsável pelo transporte dos gases oxigênio e
dióxido de carbono. Assim, a inalação de CO pode levar à insuficiência
respiratória e à morte, caso a pessoa não perceba os sintomas a tempo.
Esse é o perigo de permanecer com o carro ligado dentro de uma
garagem fechada e é por isso também que os túneis possuem ventiladores
no seu teto.

 CFC´S E A CAMADA DE OZÔNIO


Na estratosfera, uma das camadas da atmosfera, ocorre a formação
de gás ozônio (O3) pela conversão de O2 sob ação da radiação ultravioleta
do sol. Essa camada funciona como um grande filtro solar do planeta,
impedindo que a maior parte dessa radiação altamente nociva aos seres
vivos chegue à superfície. A radiação ultravioleta provoca danos às
moléculas de DNA podendo levar a vários tipos de câncer.
Existem, no entanto, gases capazes de atacar essa camada de ozônio.
São os clorofluorcarbonetos (CFC´s). Ao entrar em contato com o O3, o CFC
reage com ele gerando O2. Os CFC´s foram muito utilizados em aparelhos
de ar condicionado e em aerossóis, mas hoje já estão proibidos em muitos
países. Olhe a embalagem do seu desodorante spray e veja se ele tem o
símbolo que indica que o produto é livre de CFC´s. Mesmo com essa
proibição e se toda a liberação de CFC fosse interrompida no planeta,
estima-se que os átomos de cloro já presentes na estratosfera ainda teriam
influência na depleção da camada de ozônio por mais 50 anos.

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Fig. 08: Reação em cadeia entre os átomos de Cloro dos CFC´s e o O3.

2.2 POLUIÇÃO DA ÁGUA


A água é a molécula mais abundante dos seres vivos e, por isso, é
condição fundamental para a vida. A poluição da água, portanto, interfere
no ciclo hidrológico, alterando a sua qualidade e diminuindo a quantidade
de água potável no planeta.
Um dos grandes vilões nos ecossistemas aquáticos é o petróleo e seus
derivados. Seu acúmulo na superfície da água prejudica a passagem da luz
e afeta os processos de respiração e fotossíntese. Quando aderido às penas
e pelos de aves e mamíferos, reduz sua capacidade de regulação térmica,
levando-os à morte por hipotermia.
Segundo o Instituto Trata Brasil, menos da metade da população
brasileira tem acesso à coleta de esgoto e menos de 40% dos esgotos do
país são tratados. Essa situação é muito mais crítica nas regiões Norte e
Nordeste onde apenas 14,7% e 28,8% dos esgotos são tratados,
respectivamente.
Aí surge a pergunta: pra onde vai todo esse esgoto não tratado? Para
os rios e para o Oceano Atlântico, meus amigos!

 EUTROFIZAÇÃO - O processo de eutrofização ocorre devido à


liberação de muita matéria orgânica na água, proveniente de esgotos não

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tratados. As fezes e a urina são ricas em nitratos e fosfatos, nutrientes que


levam à multiplicação de bactérias aeróbias na água. Essas bactérias
rapidamente esgotam o gás oxigênio do meio, levando à morte os outros
seres presentes no ambiente aquático. A falta de O2 no ambiente leva à
proliferação de bactérias anaeróbicas que, por sua vez, liberam substâncias
tóxicas no meio. A eutrofização de ambientes marinhos pode levar ao
fenômeno chamado maré vermelha que ocorre com a proliferação intensa
de algas unicelulares que tornam a água avermelhada. Além de competirem
pelo gás oxigênio disponível, liberam toxinas no ambiente que provocam a
morte de peixes e outros organismos.

 MAGNIFICAÇÃO TRÓFICA - Diversas substâncias liberadas pelo ser


humano no ambiente não podem ser decompostas por bactérias e fungos.
Nesse caso, falamos de substâncias não biodegradáveis. Esses poluentes
podem acumular-se nos tecidos dos organismos que os absorvem,
passando pelos níveis tróficos através da alimentação e ficando cada vez
mais concentrados organismos. Essa magnificação trófica acontece
porque a biomassa em qualquer nível trófico é produzida a partir de uma
biomassa muito maior ingerida do nível abaixo. Ou seja, os seres que
ocupam níveis tróficos mais altos terão uma concentração muito maior
desses poluentes do que aqueles que ocupam os níveis mais baixos. Esse
acúmulo de substâncias tóxicas pode causar danos aos seres humanos,
como é o caso do mercúrio que afeta o sistema nervoso, o fígado e os rins,
podendo levar à morte. Outro exemplo é o DDT, um inseticida muito usado
em lavouras no pós-guerra, que se acumula nas cadeias alimentares e
enfraquece os ovos de aves alimentadas por peixes contaminados.

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Fig. 09: Exemplo de magnificação trófica. A concentração de poluentes cresce à medida que
atingimos níveis mais altos das teias alimentares.

2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS


O Brasil produz, diariamente, 240 mil toneladas de lixo, o que equivale
a pouco mais de 1kg de resíduos por habitante. Grande parte desse lixo não
recebe destinação adequada e vai parar em terrenos baldios, rios, ou em
lixões. Você sabe onde vai parar o seu lixo?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/10)
estabelece que todos lixões do país devem ser fechados e substituídos por
alternativas ambientalmente adequadas, como os aterros sanitários.
Existem muitas diferenças entre um lixão e um aterro sanitário. Na
verdade, um lixão é apenas um terreno onde o lixo é despejado livremente.
Os produtos de sua decomposição, como o chorume, infiltram no solo e
podem atingir lençóis freáticos, contaminando-os. A proliferação de
bactérias e outros organismos patogênicos representa riscos à saúde das
pessoas que se aventuram em busca de algum material que lhe renda
algum dinheiro. Os gases liberados pela matéria orgânica são tóxicos e
podem contribuir para a ocorrência de chuva ácida.

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Fig. 10: Lixão da Estrutural – Distrito Federal.

Por outro lado, os aterros sanitários são locais onde o lixo é depositado
de maneira controlada. O acesso é restrito a pessoas autorizadas. Os locais
de despejo são forrados com mantas impermeáveis que impedem a
infiltração do chorume no solo. A colocação dos dejetos acontece em
camadas alternadas com camadas de terra. Existem tubos para a saída de
gases, que podem ser usados para a geração de energia, como o metano.
Assim, o aterro sanitário é uma solução adequada para o destino dos
resíduos sólidos por agredir muito menos o ambiente do que o lixão.
Contudo, ele exige uma área maior e, obviamente, gastos muito maiores
para a sua construção e manutenção.

Fig. 11: Aterro sanitário em Maceió – AL. (Foto: Jonathan Lins/G1)

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No Distrito Federal, o início das atividades de um aterro sanitário entre


Samambaia e Ceilândia está previsto para 2016, e ele passará a receber os
resíduos comuns que são despejados no lixão da Estrutural, que seguirá
recebendo apenas resíduos de construção.
Outra alternativa para o lixo produzido é a incineração. Nesse caso,
ocorre a queima dos resíduos, o que diminui bastante o seu volume e
elimina organismos patogênicos. Contudo, é necessário cuidado com os
gases liberados nesse processo, que devem ser filtrados para que não
poluam a atmosfera.
Tudo isso que falamos até agora diz respeito à destinação do lixo. No
entanto, o Art. 9o da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece a
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos. Isso está plenamente alinhado com
a chamada política dos 5 R´s:
 Reduzir
 Repensar
 Reaproveitar
 Reciclar
 Recusar consumir produtos que gerem impactos socioambientais
significativos.
Conforme campanha do Ministério do Meio Ambiente, os cinco R's
fazem parte de um processo educativo que tem por objetivo uma mudança
de hábitos no cotidiano dos cidadãos. A questão-chave é levar o cidadão a
repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o
desperdício.
A reciclagem diferencia-se do reaproveitamento porque é um
processo onde o material volta ao estado bruto para servir novamente como
matéria prima para a produção de outros bens. É o caso do alumínio, por
exemplo, que é fundido, virando alumínio líquido, que pode ser usado para
fazer novos objetos como as latas de bebidas. Para que a reciclagem
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aconteça, é preciso que cada um faça a sua parte separando os recicláveis


(papel, alumínio, vidro, plástico). Já o reaproveitamento consiste em utilizar
um produto que seria descartado, para outro fim que não aquele
originalmente designado a ele.
Uma maneira de reciclar os resíduos orgânicos é através do processo
de compostagem. Existem usinas que fazem a triagem e separação do lixo
orgânico e, por meio da compostagem, aceleram o processo de
decomposição desses dejetos, que podem, posteriormente, ser utilizados
como adubo. Qualquer pessoa pode também fazer esse processo na sua
casa, seguindo instruções simples e reduzindo drasticamente a quantidade
de lixo produzido.

2.4 BIOCIDAS
Os biocidas, também chamados de pesticidas ou agrotóxicos, são
substâncias usadas como defensivos agrícolas para eliminar parasitas e
aumentar a produtividade das lavouras. Devido à baixa variabilidade
genética entre os indivíduos de uma plantação, eles se tornam
particularmente vulneráveis a vários tipos de pragas como insetos, fungos,
bactérias e também outras plantas.
O problema é que, de maneira geral, os biocidas atacam não só as
espécies parasitas, mas também aquelas que têm papel importante naquele
ambiente, inclusive como polinizadores, ou até como predadores das
pragas. Além disso, caso o agricultor não utilize proteção adequada, os
biocidas podem causar danos à sua saúde.
Vimos também que muitas substâncias acumulam-se nas cadeias
alimentares através do fenômeno da magnificação trófica, afetando
espécies aquáticas e também terrestres.
Uma alternativa para o uso de biocidas é o controle biológico, onde
predadores naturais das pragas são introduzidos no ambiente com o
objetivo de controlar suas populações sem causar muitos impactos ao
ecossistema.

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E com isso vamos chegando ao fim da aula 01. Terminamos aqui o


conteúdo de Ecologia pedido no edital. A partir da próxima aula vamos
abordar a parte de Programas de Saúde.
Espero que tenham gostado e aprendido bastante. Bom estudo e até a
próxima! E não esqueçam de resolver as questões propostas!

3. Questões Comentadas

QUESTÕES

(CESPE-UNB – CBMDF – 2011 Bombeiro Militar Operacional) Uma das


muitas atribuições do corpo de bombeiros tem sido o combate a incêndios
na vegetação nativa. No planalto central brasileiro, em vista do período de
seca sazonal, os incêndios são preocupação constante devido ao potencial
de resultar em degradação do bioma dessa região. A respeito desse tema e
do bioma em questão, julgue os itens de 1 a 5.

1. O citado bioma é o bioma caatinga.

( ) Certo ( ) Errado

2. Durante os incêndios, o ciclo do carbono é movimentado pela


liberação desse elemento do estoque de biomassa para a atmosfera.

( ) Certo ( ) Errado

3. Queimadas e desmatamentos constituem espécies de poluição do


solo.

( ) Certo ( ) Errado

4. As espécies ameaçadas de extinção que são afetadas pelas


queimadas no mencionado bioma não incluem o tamanduá
bandeira.

( ) Certo ( ) Errado

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5. O fogo, no bioma descrito, nem sempre representa uma ameaça,


havendo algumas espécies que podem se beneficiar da passagem
do fogo.

( ) Certo ( ) Errado

6. (IBFC, PC-RJ – 2013 Perito Criminal Biologia) A biopirataria não é


apenas o contrabando de diversas formas de vida da flora e fauna, mas
principalmente, a apropriação e monopolização dos conhecimentos das
populações tradicionais no que se refere ao uso dos recursos naturais. Esta
prática envolve diversos tipos de crime, incluindo contra a fauna. Assinale
o item abaixo que descreve o comércio ilegal de fauna.

a) Praticar abuso ou crueldade, golpear, ferir, mutilar, envenenar, causar


estresse e angústia, realizar experiência dolorosa ou cruel em espécime
vivo.
b) Vender, expor à venda, adquirir, guardar, transportar, e exportar de
espécimes vivos ou abatidos, ovos, filhotes, larvas, produtos e objetos
oriundos da fauna silvestre brasileira sem permissão da autoridade
competente.
c) Manter em lugares anti-higiênicos, sem ventilação, luz e proporções
necessárias ao tamanho e número de indivíduos, privar de satisfação das
necessidades básicas e obrigar a trabalhos excessivos ou superiores às suas
forças.
d) Abandonar ou deixar de ministrar assistência, inclusive veterinária,
utilizar em serviço animal cego ou debilitado, realizar ou promover lutas
(rinhas), entre outros.
e) Capturar animais silvestres para alimentação, estimação e
ornamentação.

7. (FCC, INFRAERO – 2011 Biólogo) As características determinantes


para o risco de extinção de uma espécie de animal são:

a) Endemismo em um bioma, dieta estritamente carnívora, distribuição


geográfica disjunta.
b) Baixo número populacional, dieta estritamente frugívora e área de
distribuição geográfica pequena.
c) Baixo número populacional, área de distribuição geográfica pequena,
especificidade no uso de habitat.
d) Endemismo em um bioma, dieta estritamente carnívora, especificidade
no uso de habitat.
e) Distribuição geográfica disjunta, endêmica em um continente,
especificidade no uso de habitat.

8. (FCC, INFRAERO – 2011 Biólogo) As principais ameaças atuais,


causadas pelo desmatamento, são a falta de habitat e a fragmentação e
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degradação das florestas, forçando a espécie a viver em populações


pequenas e isoladas. [...] O Programa de Conservação do Mico-Leão-
Dourado tem uma meta clara de longo prazo [...] para ser alcançada até o
ano 2025: 2 mil indivíduos vivendo livremente em 25 mil hectares de
habitat protegido e conectado funcionalmente na unidade da paisagem. [...]
Os micos-leões-dourados habitam uma paisagem muito fragmentada na
Mata Atlântica, com predominância de fragmentos com menos de 50 ha, e
estão distribuídos em 18 populações [...], da seguinte forma: uma
população de micos selvagens (N = 350) na Reserva Biológica de Poço das
Antas, uma população derivada da translocação de grupos isolados (N =
200) na Reserva Biológica União; 550 indivíduos em 28 propriedades
particulares que fazem parte do Programa de Reintrodução; e o restante
em fragmentos [em diversos municípios] [...]. Nenhuma dessas populações
é viável se manejada individualmente, pois populações pequenas e isoladas
são vulneráveis à extinção por múltiplas razoes. [...] Para a meta de 2025
representar uma população viável em longo prazo, será necessário criar
uma estrutura de metapopulação.
Fonte: Adaptado de Ruiz-Miranda et al. Mico-leão-dourado, 2008.

A fragmentação de habitats, apontada pelos autores, é uma das principais


causas da forte diminuição de indivíduos de mico-leão-dourado, levando a
espécie à ameaça de extinção porque

a) facilitou o acesso dos animais a recursos alimentares, causando


superpopulações em alguns fragmentos.
b) levou indivíduos dessa espécie a se dispersarem pela paisagem, o que
poderia ter dificultado o acasalamento dos animais.
c) promoveu o fluxo de indivíduos entre populações anteriormente
pequenas e isoladas.
d) reduziu muito o ambiente natural necessário à sua sobrevivência,
transformando-o em pequenas porções de habitat.
e) promoveu maior fluxo gênico entre as metapopulações, o que acarreta
doenças genéticas.

9. (FCC, INFRAERO – 2011 Biólogo) Espécies como o javali africano (Sus


scrofa) e o caramujo- gigante (Achatina fulica), também africano, foram
introduzidas no Brasil e acabaram tornando-se invasoras. Essa classificação
de “espécies invasoras” que lhes foi atribuída se deve ao fato de serem

a) exóticas ao ambiente onde foram introduzidas, proliferarem-se


grandemente e competirem por recursos com as espécies nativas,
prejudicando-as.
b) exóticas ao país onde foram introduzidas, terem alta taxa de reprodução
e dispersão e colonizarem ecossistemas naturais.
c) exóticas ao país onde foram introduzidas, mas adaptadas ao ecossistema
onde foram introduzidas e terem alta taxa de produção de biomassa.
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d) pragas obrigatórias nos ambientes de origem e reproduzirem-se


intensamente, tanto no ecossistema de origem como no de introdução.
e) pragas obrigatórias nos ambientes de origem, proliferarem-se
grandemente e, portanto, terem a capacidade de dominar quaisquer
ambientes.

10. (FCC, INFRAERO – 2011 Biólogo) Analisando-se a legislação


relacionada à proteção e exploração da biota brasileira, é correto afirmar:

a) A perseguição, caça e utilização de espécimes da fauna silvestre, nativos


ou em rota migratória, sem a devida permissão da autoridade competente,
constitui-se em crime ambiental.
b) Determinadas espécies da fauna silvestre, bem como seus ninhos,
abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a
sua utilização, perseguição, destruição e caça.
c) A diversidade biológica tem valor extrínseco, merecendo respeito
independentemente de seu valor para o homem ou potencial para uso
humano.
d) Os ecossistemas devem ser entendidos em um contexto social,
incentivando a exploração da biodiversidade.
e) O desmatamento e a exploração econômicas de floresta, plantada ou
nativa, em terras de domínio público ou devolutas, é crime sob qualquer
circunstância.

11. (COPEVE-UFAL, UFAL – 2011 Biólogo) O texto seguinte,


“Fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos
em fósforo ou nitrogênio, normalmente causado pela descarga de efluentes
agrícolas, urbanos ou industriais) num corpo de água”.
refere-se à
a) eutrofização.
b) oxidação.
c) floração (das águas).
d) carbonização.
e) hipóxia.

12. (CESPE-FUB – 2011 Técnico de Laboratório)


Em determinado lago, observou-se a ocorrência de mortandade de peixes,
que afetou somente peixes grandes e predadores. À primeira vista,
observando-se da margem do lago, a água aparentava normalidade.

A poluição orgânica no lago, seguida de eutrofização, é a provável causa da


mortandade dos peixes.

( ) Certo ( ) Errado

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13. (CESPE-FUB – 2011 Técnico de Laboratório) Conforme notícia


divulgada em agosto de 2006, a cidade de Brasília, conhecida pela boa
qualidade do ar em virtude da ausência de indústrias de porte e pelas
grandes porções de áreas verdes distribuídas por toda a cidade, não
consegue manter o nível de pureza do ar no período de estiagem. Uma
pesquisa da UnB mostra que, nos meses de agosto, setembro e outubro, a
quantidade de partículas sólidas presentes na atmosfera torna a qualidade
do ar regular, ameaçando a saúde do brasiliense.

A respeito do assunto abordado no texto acima, julgue os próximos itens.

Investimento em programas de educação ambiental visando ao controle de


queimadas propositais ou acidentais pode contribuir para a melhoria da
qualidade do ar.

( ) Certo ( ) Errado

14. (CESPE-FUB – 2011 Técnico de Laboratório) O efeito estufa é um


processo natural que decorre da propriedade que alguns gases presentes
na atmosfera têm de absorver a radiação do sol e emiti-la em forma de
calor para a superfície terrestre.

( ) Certo ( ) Errado

15. (CESPE-FUB, MPU – 2010 Analista Biologia) Em texto publicado


pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o professor
Aziz Nacib Ab Sáber critica as propostas de modificação do Código Florestal
brasileiro e os principais argumentos de seus defensores. Entre as críticas
apresentadas pelo professor, listam-se: a proteção da vegetação somente
até sete metros e meio da margem de todos os rios do território brasileiro;
o plantio de espécies homogêneas, como eucalipto e pínus, em áreas muito
desmatadas ou degradadas; a permissão de desmate total para
propriedades familiares com até 400 hectares; e a redução, de 80% para
20%, do limite de reserva legal na Amazônia. Reforçando a primeira crítica,
Ab Sáber comenta tratar-se de desconhecimento entristecedor sobre a
ordem de grandeza das redes hidrográficas do território intertropical
brasileiro. A própria comunidade amazônica já reconheceu fatos referentes
à tipologia dos rios regionais, denominados, na linguagem local, em ordem
crescente, igarapés, riozinhos, rios e parás. Com relação à segunda crítica,
o professor argumenta que, ao se arrendarem de incautos proprietários
terras para o plantio de eucaliptos ou pínus por 30 anos, sabendo-se que
os donos da terra podem morrer quando se completar o prazo, cria-se um
grande problema judicial e econômico para os herdeiros, pois o cenário pós-
corte dessas árvores impede a posterior reutilização das terras para
atividades agrárias. Ab Sáber também prevê que, com a ampliação das
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áreas desmatáveis nas propriedades rurais, o desmatamento seguirá por


rodovias, ramais e sub-ramais. Acerca da redução do limite legal da
Amazônia, o professor propõe, aos que defendem que a taxa de proteção
interna da vegetação florestal na Amazônia seja de 20%, que analisem o
que aconteceu nos espaços ecológicos de São Paulo, Paraná, Santa Catarina
e Minas Gerais com a adoção desse percentual. O professor conclui que
seria necessário que os pretensos reformuladores do Código Florestal
lançassem sobre o papel os limites de glebas de quinhentos a milhares de
hectares e, dentro de cada parcela das glebas, colocassem indicações de
20% correspondentes às florestas ditas preservadas.

Nas regiões de floresta, a redução da largura da área de proteção da


vegetação às margens dos rios diminuirá a biodiversidade global, tanto no
que se refere a espécies nativas quanto a exóticas invasoras.

( ) Certo ( ) Errado

16. (FCC – MPU – 2007 Analista Pericial Biologia) Uma equipe foi
encarregada de analisar três propostas com o objetivo de escolher uma área
natural a ser conservada em uma região composta por diferentes tipos de
vegetação. As áreas escolhidas para conservação, nas três propostas, estão
delimitadas por linhas espessas nos esquemas abaixo.

Do ponto de vista técnico, a proposta mais correta é a

a) I porque conservaria áreas exatamente iguais dos quatro tipos de


vegetação existentes na região.
b) I porque conservaria áreas pequenas e, portanto, mais viáveis de serem
conservadas.
c) II porque conservaria áreas contíguas dos quatro tipos de vegetação
existentes na região.
d) III porque conservaria quase totalmente as áreas florestais, de maior
interesse para conservação.
e) III porque conservaria áreas florestais que certamente apresentam
melhor estado de conservação.

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17. (ENEM – 2002) A corvina é um peixe carnívoro que se alimenta de


crustáceos, moluscos e pequenos peixes que vivem no fundo do mar. É
bastante utilizada na alimentação humana, sendo encontrada em toda a
costa brasileira, embora seja mais abundante no sul do País. A tabela
registra a concentração média anual de mercúrio no tecido muscular de
corvinas capturadas em quatro áreas.

Comparando as características das quatro áreas de coleta às respectivas


concentrações médias anuais de mercúrio nas corvinas capturadas, pode-
se considerar que, à primeira vista, os resultados
a) correspondem ao esperado, uma vez que o nível de contaminação é
proporcional ao aumento da atividade industrial e do volume de esgotos
domésticos.
b) não correspondem ao esperado, especialmente no caso da Lagoa da
Conceição, que não apresenta contaminação industrial por mercúrio.
c) não correspondem ao esperado no caso da Baía da Ilha Grande e da
Lagoa da Conceição, áreas nas quais não há fontes industriais de
contaminação por mercúrio.
d) correspondem ao esperado, ou seja, corvinas de regiões menos poluídas
apresentam as maiores concentrações de mercúrio.
e) correspondem ao esperado, exceção aos resultados da Baía de Sepetiba,
o que exige novas investigações sobre o papel das marés no transporte de
mercúrio.

18. (ENEM – 2002) Segundo a legislação brasileira, o limite máximo


permitido para as concentrações de mercúrio total é de 500 nanogramas
por grama de peso úmido. Ainda levando em conta os dados da tabela e o
tipo de circulação do mercúrio ao longo da cadeia alimentar, pode-se
considerar que a ingestão, pelo ser humano, de corvinas capturadas nessas
regiões,
a) não compromete a sua saúde, uma vez que a concentração de mercúrio
é sempre menor que o limite máximo permitido pela legislação brasileira.
b) não compromete a sua saúde, uma vez que a concentração de poluentes
diminui a cada novo consumidor que se acrescenta à cadeia alimentar.
c) não compromete a sua saúde, pois a concentração de poluentes aumenta
a cada novo consumidor que se acrescenta à cadeia alimentar.

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d) deve ser evitada, apenas quando entre as corvinas e eles se interponham


outros consumidores, como, por exemplo, peixes de maior porte.
e) deve ser evitada sempre, pois a concentração de mercúrio das corvinas
ingeridas se soma à já armazenada no organismo humano.

19. (ENEM – 2010) O lixão que recebia 130 toneladas de lixo e


contaminava a região com o seu chorume (líquido derivado da
decomposição de compostos orgânicos) foi recuperado, transformando-se
em um aterro sanitário controlado, mudando a qualidade de vida e a
paisagem e proporcionando condições dignas de trabalho para os que dele
subsistiam.
Revista Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde. Ano 1 ,n °4 , dez. 2000 (adaptado).

Quais procedimentos técnicos tornam o aterro sanitário mais vantajoso que


o lixão, em relação às problemáticas abordadas no texto?
a) O lixo é recolhido e incinerado pela combustão a altas temperaturas.
b) O lixo hospitalar é separado para ser enterrado e sobre ele, colocada cal
virgem.
c) O lixo orgânico e inorgânico é encoberto, e o chorume canalizado para
ser tratado e neutralizado.
d) O lixo orgânico é completamente separado do lixo inorgânico, evitando
a formação de chorume.
e) O lixo industrial é separado e acondicionado de forma adequada,
formando uma bolsa de resíduos.

20. (ENEM – 2006) Chuva ácida é o termo utilizado para designar


precipitações com valores de pH inferiores a 5,6. As principais substâncias
que contribuem para esse processo são os óxidos de nitrogênio e de enxofre
provenientes da queima de combustíveis fósseis e, também, de fontes
naturais. Os problemas causados pela chuva ácida ultrapassam fronteiras
políticas regionais e nacionais. A amplitude geográfica dos efeitos da chuva
ácida está relacionada principalmente com
a) a circulação atmosférica e a quantidade de fontes emissoras de óxidos
de nitrogênio e de enxofre.
b) a quantidade de fontes emissoras de óxidos de nitrogênio e de enxofre
e a rede hidrográfica.
c) a topografia do local das fontes emissoras de óxidos de nitrogênio e de
enxofre e o nível dos lençóis freáticos.
d) a quantidade de fontes emissoras de óxidos de nitrogênio e de enxofre
e o nível dos lençóis freáticos.
e) a rede hidrográfica e a circulação atmosférica.

21. (ENEM – 2009) A atmosfera terrestre é composta pelos gases


nitrogênio (N2) e oxigênio (O2), que somam cerca de 99%, e por gases
traços, entre eles o gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), metano
(CH4), ozônio (O3) e o óxido nitroso (N2O), que compõem o restante 1% do
ar que respiramos. Os gases traços, por serem constituídos por pelo menos
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três átomos, conseguem absorver o calor irradiado pela Terra, aquecendo


o planeta. Esse fenômeno, que acontece há bilhões de anos, é chamado de
efeito estufa. A partir da Revolução Industrial (século XIX), a concentração
de gases traços na atmosfera, em particular o CO2, tem aumentado
significativamente, o que resultou no aumento da temperatura em escala
global. Mais recentemente, outro fator tornou-se diretamente envolvido no
aumento da concentração de CO2 na atmosfera: o desmatamento.
BROWN, I. F.; ALECHANDRE, A. S. Conceitos básicos sobre clima, carbono, florestas e
comunidades. A.G. Moreira & S. Schwartzman. As mudanças climáticas globais e os ecossistemas
brasileiros. Brasília: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, 2000 (adaptado).

Considerando o texto, uma alternativa viável para combater o efeito estufa


é
a) reduzir o calor irradiado pela Terra mediante a substituição da produção
primária pela industrialização refrigerada.
b) promover a queima da biomassa vegetal, responsável pelo aumento do
efeito estufa devido à produção de CH4.
c) reduzir o desmatamento, mantendo-se, assim, o potencial da vegetação
em absorver o CO2 da atmosfera.
d) aumentar a concentração atmosférica de H2O, molécula capaz de
absorver grande quantidade de calor.
e) remover moléculas orgânicas polares da atmosfera, diminuindo a
capacidade delas de reter calor.

22. (ENEM – 2000) Um dos grandes problemas das regiões urbanas é o


acúmulo de lixo sólido e sua disposição. Há vários processos para a
disposição do lixo, dentre eles o aterro sanitário, o depósito a céu aberto e
a incineração. Cada um deles apresenta vantagens e desvantagens.
Considere as seguintes vantagens de métodos de disposição do lixo:
I diminuição do contato humano direto com o lixo;
II produção de adubo para agricultura;
III baixo custo operacional do processo;
IV redução do volume de lixo.
A relação correta entre cada um dos processos para a disposição do lixo e
as vantagens apontadas é:

Aterro sanitário Depósito a céu Incineração


aberto
a) I II I
b) I III IV
c) II IV I
d) II I IV
e) III II I

23. (ENEM – 2012) Para diminuir o acúmulo de lixo e o desperdício de


materiais de valor econômico e, assim, reduzir a exploração de recursos
naturais, adotou-se, em escala internacional, a política dos três erres:

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Redução, Reutilização e Reciclagem. Um exemplo de reciclagem é a


utilização de
a) garrafas de vidro retornáveis para cerveja ou refrigerante.
b) latas de alumínio como material para fabricação de lingotes.
c) sacos plásticos de supermercado como acondicionantes de lixo caseiro.
d) embalagens plásticas vazias e limpas para acondicionar outros alimentos.
e) garrafas PET recortadas em tiras para fabricação de cerdas de vassouras.

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

1. Como vimos na aula 00, a caatinga situa-se quase totalmente na região


Nordeste do Brasil. O bioma correspondente ao Planalto Central é o cerrado.
ERRADO

2. As árvores são reservatórios de grande quantidade de carbono


aprisionadas em sua biomassa. Assim, quando são queimadas, liberam esse
carbono na atmosfera, afetando ciclo desse elemento. CERTO

3. A poluição do solo inclui não apenas a contaminação por resíduos sólidos


ou líquidos, mas também a sua degradação através de queimadas e
desmatamento. CERTO

4. O tamanduá-bandeira é um mamífero presente nos ecossistemas do


cerrado e, por isso, é afetado durante queimadas nesse bioma. ERRADO

5. Existem espécies adaptadas ao fogo, cujas sementes são resistentes a


esse agente. Após a queimada, recuperam-se mais rapidamente do que
outras plantas, o que lhes confere uma vantagem adaptativa. CERTO

6. Todas as alternativas citam ações que não devem ser cometidas contra
a fauna. No entanto, a única que diz respeito à comercialização dos animais
é a letra b).

7. Espécies mais especialistas no que diz respeito a ocupação de habitats,


hábitos alimentares, com áreas de distribuição pequenas e ainda com
populações reduzidas, ficam muito mais suscetíveis ao processo de extinção
do que espécies mais generalistas e abundantes. Letra c).

8. Cada espécie precisa de uma área de distribuição mínima e um tamanho


populacional mínimo para garantir a sua sobrevivência. Com a
fragmentação de habitats, o mico-leão-dourado teve esses dois critérios
prejudicados. Letra d).

9. Para que uma espécie seja considerada invasora, ela tem que ser exótica
ao ambiente e não ao país, que é uma definição política e não ecológica.
Além disso, elas normalmente não são pragas em seus ambientes de
origem, pois possuem predadores e parasitas naturais. Letra a).
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10. Artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais: Matar, perseguir, caçar,


apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota
migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a obtida. Letra a)

11. Diz-se que um ambiente que recebe grandes quantidades de nutrientes


provenientes de atividades orgânicas, como o esgoto, está eutrofizado.
Letra a)

12. Se a eutrofização fosse a causa da mortandade, todos os organismos


do lago teriam sido afetados e não apenas os peixes grandes e predadores.
Essa situação está mais condizente com o fenômeno da magnificação
trófica. ERRADO

13. As queimadas liberam fuligem e gases tóxicos como o monóxido de


carbono, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre, além de substâncias de
potencial carcinogênico. Assim, a diminuição das queimadas provocadas
pelo ser humano, sejam elas intencionais ou não, afeta diretamente a
qualidade do ar respirado. CERTO

14. Gases como o dióxido de carbono, metano e vapor de água são capazes
de absorver parte da energia irradiada pelo sol aprisionando-a na atmosfera
e aquecendo a superfície. CORRETO

15. A redução das matas ciliares tem fator prejudicial à biodiversidade das
espécies nativas. No entanto, as exóticas invasoras normalmente se
beneficiam em ambientes perturbados. ERRADO

16. Quanto maior e mais diversa uma área de conservação, melhores serão
os resultados sobre as populações. A interligação entre diferentes tipos de
vegetação é benéfica pois permite uma maior diversidade de ambientes
preservados e a movimentação das espécies entre eles. Letra c).

17. Os resultados apresentados nas Baías de Guanabara e Ilha Grande,


assim como na Lagoa da Conceição, estão de acordo com o esperado para
as suas características ambientais. Contudo, na Baía de Sepetiba, que não
recebe rejeitos industriais contaminados por mercúrio, o esperado era que
a concentração desse metal fosse menor. Letra e)

18. Poluentes não-biodegradáveis como o mercúrio acumulam-se nos


tecidos dos seres que os ingerem a aumentam suas concentrações ao longo
das cadeias alimentares num fenômeno conhecido como magnificação
trófica. Assim, deve-se evitar o consumo de corvinas contaminadas, pois a
concentração de mercúrio nelas se soma à já presente dos seres humanos.
Letra e)

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19. No aterro, ao contrário do lixão, os resíduos são cobertos e há uma


rede de captação para o chorume. Isso diminui os danos causados ao meio
ambiente, reduz o mal cheiro e a propagação de doenças. Letra c)

20. A distribuição de nuvens e a queda de chuvas ácidas depende da


circulação atmosférica e não a ver com lençóis freáticos ou rede
hidrográfica. Além disso, quanto maior a quantidade de fontes emissoras
de gases que causam a chuva ácida, maior será a amplitude desse
fenômeno. Letra a)

21. Para combater o efeito estufa é preciso diminuir as emissões de gases


que contribuem para esse fenômeno na atmosfera (dióxido de carbono,
metano e vapor de água, principalmente). Assim, reduzir o desmatamento
contribui para a absorção de dióxido de carbono e para o combate ao efeito
estufa. Letra c)

22. O aterro sanitário diminui o contato humano direto com o lixo, enquanto
o depósito a céu aberto tem a vantagem de envolver menores custos de
implantação e funcionamento. Já a grande vantagem da incineração é
diminuir o volume dos resíduos. Letra b)

23. A Política dos 3 R´s e a mais recente Política dos 5 R´s são formas de
incentivar as pessoas a terem atitudes mais sustentáveis. A reciclagem, um
dos R´s, envolve a transformação de um objeto em matéria prima para a
produção de outros. Por exemplo: o uso de latas de alumínio para a
fabricação de lingotes. Letra b)

4. Bibliografia e sites consultados

 AMABIS, J.M & MARTHO, G.R. Biologia. São Paulo: Editora Moderna,
2010, Vol.3.

 CAMPBELL, NEIL. Biologia, Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.

 LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje. São Paulo:


Editora Ática, 2014, Vol. 3.

 PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A


ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002, Vol. 2.

 Lei de Crimes Ambientais.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm

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 Política Nacional de Resíduos Sólidos.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm

 A Política dos 5 R´s.


http://www.mma.gov.br/comunicacao/item/9410

 Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.


http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/biodiversidade/faun
a-brasileira/avaliacao-do-
risco/PORTARIA_N%C2%BA_444_DE_17_DE_DEZEMBRO_DE_2014.
pdf

 Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção.


http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/static/pdf/portaria_mma_443_201
4.pdf

 Projeto Corredores Ecológicos. http://www.mma.gov.br/areas-


protegidas/programas-e-projetos/projeto-corredores-ecologicos

 Projeto Coral-Sol. http://www.brbio.org.br/nossos-projetos/projeto-


coral-sol/

 Instituto Trata Brasil. http://www.tratabrasil.org.br/saneamento-no-


brasil

 Aterro Sanitário Oeste – DF.


http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica-e-
poder/663023/obras-do-aterro-sanitario-estao-em-ritmo-lento/

 Aterro Sanitário de Maceió – AL.


http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2014/08/aterro-sanitario-de-
maceio-funciona-ha-4-anos-mas-ainda-e-mal-utilizado.html

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 http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2016/02/motorista-e-
preso-com-38-passaros-em-porta-malas-de-carro-em-mt.html

 http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/11/desmatamento-da-
amazonia-legal-cai-18-em-um-ano-segundo-governo.html

 http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/08/desmatamento-na-
amazonia-legal-cai-82-em-10-anos-diz-governo.html

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