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Introdução
Uma espécie é considerada extinta quando nenhum individuo daquela espécie permanece
vivo em todo o mundo ou se os indivíduos de uma espécie permanecem vivos apenas em cativeiro
ou em quaisquer outras situações controladas pelo homem, a espécie também é considerada extinta.
Em ambos os casos as espécies são consideradas globalmente extintas. Alguns biólogos
conservacionistas considera uma espécie ecologicamente extinta se sua população estiver tão
reduzida que seu efeito sobre o ambiente em que vive torna-se quase imperceptível.
Muitas espécies ainda não tecnicamente extintas foram quase que totalmente dizimadas
pelas atividades humanas e persistem ainda apenas em número muito reduzido. O futuro dessas
espécies é duvidoso. Embora a extinção seja um processo natural mais de 99% das atuais extinções
podem ser atribuídos a atividade humana.
A maioria das extinções de pássaros, mamíferos e repteis nos últimos 350 anos, que se
conhece, ocorreu em ilhas. Espécies encontradas em ilhas são particularmente vulneráveis á
extinção, porque muitas delas são endêmicas a uma única ou a poucas ilhas e tem somente uma ou
poucas populações locais. Esses registros de altas taxas de extinções em ilhas pode também ser
atribuído ao fato de que essas áreas são mais estudadas (por seu fácil acesso), do que as áreas do
continente.
Estima-se que apenas 5 espécies – 4 mamíferos marinhos e 1 de craca – tornaram-se extintas nos
oceanos durante a era moderna. Este cálculo é certamente subestimado, uma vez que as espécies
marinhas não são tão conhecidas quanto as terrestres. O significado dessas perdas marinhas pode
ser maior do que os números sugerem, porque muitos dos mamíferos marinhos são predadores que
têm uma influência grande sobre as comunidades marinhas.
Em uma pesquisa recente sobre a fauna de peixes de água doce da Península Malaia,
somente 122 de 266 espécies de peixes em ocorrência confirmada, com base em informações
anteriores, poderiam ainda ser encontradas. Na América do Norte, mais de 1/3 das espécies de peixe
de água doce estão ameaçadas de extinção.
Além das extinções globais, que são enfoque principal da biologia de conservação, muitas
espécies estão passando por uma serie de extinções locais nas suas áreas de ocorrência. Espécies que
outrora amplamente dispersas, agora são, com frequência, restritas a pequenas porções de seu
antigo habitat. As comunidades biológicas são empobrecidas por tais processos de extinção local.
Causas de Extinção
Essas ameaças à diversidade biológica são causadas pelo uso crescente dos recursos naturais
por uma população humana em expansão exponencial. A grande destruição de comunidades
biológicas ocorreu durante os últimos 150, as pessoas usam recursos naturais tais como lenha, carne
de animais silvestres e as plantas nativas, e convertem também grandes quantidades do habitat
natural para fins agrícolas e residenciais, portanto o crescimento populacional, por sim próprio, é
parcialmente responsável pela perda da diversidade biológica. Alguns cientistas têm argumentado
que controlar o tamanho da população humana é a chave para a proteção da diversidade biológica.
Alguns indivíduos sofrem mais com a degradação dos recursos naturais e extinção de
espécies do que outros. Os cidadãos abastados dos países desenvolvidos precisam analisar seu
consumo excessivo de recursos e reavaliar seus estilos de vida, assim como ajudar a coibir o
crescimento populacional e proteger a diversidade biológica num mundo em desenvolvimento.
Destruição do habitat
A perda do habitat é a ameaça mais seria para a maioria das espécies de vertebrados que
atualmente enfrentam a extinção e isto é, sem duvida, o verdadeiro no que diz respeito também aos
invertebrados, plantas e fungos. As áreas aptas para agricultura nas regiões Sul e Sudeste, vêm sendo
desmatadas há algumas centenas de anos. É impossível saber, com precisão, quantas espécies foram
extintas com a destruição desses habitats, já que não houve levantamento algum anterior a
destruição. Sejam elas no presente ou no passada, as destruições de habitat tendem a ocorrer em
lugares com alta densidade humana e em ilhas.
Em uma escala global, cerca de metade da destruição da floresta tropical resulta do cultivo
de pequenas plantações de subsistência. Algumas dessas terras são convertidas em áreas agrícolas e
pastagens permanentes, porém muitas são usadas para a agricultura itinerante. A terra retorna,
então, à condição de floresta secundaria. O corte de madeira, a atividade agrícola e a pecuária nas
florestas tropicais são frequentemente relacionadas à demanda dos países industrializados por
produtos agrícolas baratos.
Fragmentação do habitat
É o processo pelo qual uma grande e continua área de habitat é tanto reduzida em sua área,
quanto dividida em dois ou mais fragmentos. Esses fragmentos são frequentemente isolados uns dos
outros, por uma paisagem altamente modificada ou degradada. Os fragmentos de habitat se diferem
do habitat original por dois motivos: (1) os fragmentos têm uma quantia maior de borda por área de
habitat, (2) o centro de cada fragmento de habitat está mais próximo dessa borda.
As comunidades biológicas podem sofrer impactos e as espécies serem levadas a extinção por fatores
externos que não alteram a estrutura dominante da comunidade, fazendo com que esse dano não
seja imediatamente notado. A maneira mais sutil de degradação ambiental é a poluição ambiental.
Os efeitos gerais da poluição na qualidade do ar, na qualidade da água, e até mesmo no clima global
são causas de grande preocupação, não apenas como ameaças para diversidade biológica, mas
também por causa de seus efeitos na saúde humana.
Os pesticidas são outros poluidores do habitat, são usados em plantações para matar inseto
e pulverizados em lagos para matar larvas de mosquito, eles acabam danificando populações nativas,
especialmente os pássaros que comiam grandes quantidades de insetos, peixes, ou outros animais
expostos a esses produtos.
A poluição na água gera consequências negativas para espécie humana, mas também
prejudica a vida aquática. Rios, lagos e oceanos são frequentemente usados como esgoto a céu
aberto para dejetos industriais e residenciais. Pesticidas, herbicidas, dejetos e derramamento de
óleo, metais peados, detergente e lixos industriais prejudicam e ate mantam organismos que vivem
em ambiente aquático. Frequentemente esses dejetos liberam grandes quantidades de nitrato e
fosfato nesse meio aquático causando assim a eutrofização cultural.
Antigamente acreditava-se que a atmosfera era tão vasta que os materiais liberados no ar seriam
amplamente dispersos e seus efeitos seriam mínimos, porém, hoje, vários tipos de poluição estão
poluindo e danificando ecossistemas. Os efeitos da poluição do ar as florestas têm sido
intensivamente estudados, porque elas têm grande valor econômico em termos de produção de
madeira, controle de mananciais e recreação. Mesmo quando comunidades não são destruídas pela
poluição do ar, a composição de espécies mais suscetíveis é eliminada. Aumentos na poluição do ar
serão particularmente danosos em muitos países da Ásia com densas populações humanas,
crescimento demográfico e industrialização crescente. A mudança de clima global e o aumento nas
concentrações de CO2 atmosférico têm o potencial de reestruturar radicalmente as comunidades
biológicas, favorecendo aquelas espécies capazes de se adaptar às novas condições. A preocupação
quanto à mudança do clima global, entretanto, não deve desviar atenção da destruição maciça do
habitat que ainda e a causa principal da extinção de espécies: salvar as comunidades intactas de
destruição e restaurar as comunidades degradadas é ainda prioridade da conservação.
Superexploração
A ação humana pode criar condições ambientais não usuais, tais como pulsos de nutrientes,
aumento da incidência de queimadas, e/ou de radiação solar, às quais as espécies exóticas são
frequentemente encontradas em habitats que foram em grande parte alterados pela atividade
humana. Espécies exóticas que são adaptadas ao ambiente criado pelo homem ampliam facilmente
sua área de ocorrência. Uma classe especial de espécies exóticas é formada por aquelas que
possuem parentes próximos na biota nativa, quando essas espécies cruzam com espécies e
variedades nativas, genótipos únicos podem ser eliminados das populações locais, e limites
taxonômicos, que eram outrora claros, podem se confundir.
Dispersão de doenças
As infecções são comuns tanto em populações silvestres como nas de cativeiro. Elas podem ser
de microparasitas e macroparasitas, tais doenças são provavelmente a maior ameaça para algumas
espécies raras. Três princípios básicos de epidemiologia têm implicações obvias e praticas na criação
em cativeiro e no manejo de espécies raras. Em primeiro lugar, em populações densas, tanto os
animais silvestres como os de cativeiro podem enfrentar pressão direta e crescente de parasitas e
doenças. Em segundo lugar, os efeitos indiretos da destruição do habitat podem aumentar a
suscetibilidade do organismo à doença. E, finalmente, em terceiro lugar, em muitas áreas de
conservação e zoológicos, uma espécie mantém contato com outras espécies com os quais
raramente ou jamais teriam no meio selvagem, de tal forma que as infecções podem se espalhar de
uma espécie para outra.
Vulnerabilidade à extinção
Quando os ambientes são danificados por atividades humanas, as populações de muitas espécies são
reduzidas, ou mesmo extintas. Os ecologistas têm observado que determinadas categorias de
espécies são especialmente vulneráveis à extinção. Essas espécies precisam ser cuidadosamente
monitoradas e a conservação deve ser voltar para elas.