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Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Naturais e Tecnológicas


Curso de Graduação em Engenharia Ambiental
Biologia Ambiental
Turma: 1ENAM1/A
Professora: Eunice Macedo

Fungos Macroscópicos encontrados em troncos em decomposição


presentes no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves

Belém, 6 de September de 2022

PA

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Ana Clara Garcia
Jaime Carvalho
Lana Gabriela Pardal
Luana Lopes Costa
Maria Eduarda Almeida

Fungos Macroscópicos encontrados em troncos em decomposição


presentes no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves

Trabalho desenvolvido
para a obtenção de nota
parcial da Primeira Avaliação
da disciplina Biologia
Ambiental do curso de
graduação de Engenharia
Ambiental da Universidade do
Estado do Pará.

Orientadora: Eunice Gonçalves Macedo

Belém, 6 de September de 2022

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PA.

SUMÁRIO

1. HIPÓTESE 1
2. PROBLEMA 1
3. JUSTIFICATIVA 5
4. OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICO 7
5. MATERIAL E MÉTODO 7
5.1. ÁREA DE ESTUDO 7
5.2. VISITA PRELIMINAR 8
5.3. CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS FUNGOS 9
5.4. CAPTURA DE IMAGENS 9
6. RELATÓRIO 10
7. APRESENTAÇÃO 10
8. REFERÊNCIAS 10

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Fungos Macroscópicos encontrados em troncos em decomposição
presentes no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves
Autores: Ana Clara Garcia; Jaime Carvalho; Lana Gabriela Pardal; Luana Lopes Costa; Maria Eduarda
Almeida; Eunice Gonçalves Macedo.

1. Hipótese

Existe uma afinidade de determinados fungos do grupo Basidiomicetos


na decomposição de material lenhoso encontrados em troncos em
decomposição no Bosque Rodrigues Alves.

2. Problema

A madeira é atacada por diversos tipos de microrganismos durante a sua


decomposição.

Dentre esses microrganismos, podemos destacar segundo Gimenes


(2010), a podridão, causada por fungos do grupo de Basidiomicetos. Segundo
a mesma autora há dois grupos: os fungos causadores da podridão branca,
que atuam degradando a celulose, hemicelulose e lignina, quebrando-as em
moléculas menores de água e gás carbônico e os da podridão parda, que
conferem à madeira uma aparência amorfa e escura. Esses, já degradam
somente a celulose e a hemicelulose.

Em algumas árvores há grande diferença entre a decomposição do


cerne e da região do alburno do tronco. Na maioria das vezes, a parte interna,
o cerne, é mais resistente à decomposição e a mais externa é menos resistente
(Paes e Vital, 2000).

Um dos três principais componentes da madeira é o composto que


chamamos de lignina, que confere rigidez a parede celular e, por conseguinte
contribui para resistência mecânica da planta protegendo-as contra a
degradação microbiana e contribuindo para a eficiência do sistema de
transporte de nutrientes e água (AZADFAR, 2015). Esta atua como fungicida,
ou seja, impede a ação de fungos na degradação do material orgânico
(madeira). Para Carlile (1996) essa substância é altamente resistente a
degradação química e biológica e confere a resistência mecânica da madeira,
sendo que nunca ocorre sozinha, mas sempre em associação sendo um
polímero de três tipos de álcoois aromáticos: coumaril álcool e seus derivados
metóxi substituídos, coniferil e sinapil álcool.

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A lignina, assim como outros constituintes químicos da parede celular é um
dos fatores que dificulta a degradação de material orgânico liberado no meio e
isso é considerado um problema. Assim é se torna importante o seu estudo,
pois há vários tipos de material que o homem utiliza que possui essa
composição química, e o estudo da identificação desses microrganismos se
torna importante, já que produzirem diversas enzimas que podem ser
sintetizada de forma artificial pelo homem. Assim o primeiro passo seria
estudar o comportamento e a identificação desse microrganismos no campo.

Outro entrave está relacionado com a escassez de pesquisas na área da


microbiologia, em nosso caso, na área dos fungos. O fato de ter poucas
pesquisas, tem como consequência a escassez de trabalhos disponíveis para o
auxílio da compreensão desses processos biológicos.

Estima-se a nível global, que a diversidade de micro-organismos exceda


em algumas ordens de magnitude a diversidade de plantas e animais.
Levantamentos estimativos da década de 1990 propuseram que apenas 5% da
diversidade de fungos é atualmente conhecidas com pelo menos 70000
espécies descritas (MANFIO,2003).

Segundo dados do CNPq, das 957 linhas de pesquisas identificadas, a


grande maioria correspondia a pesquisas nas Áreas de Biotecnologia (464) e
Saúde (451) seguidas de Ciência Ambiental (160), Produção Animal (74) e
Vegetal (58), Nutrição e Alimentação (47) e Indústria Farmacêutica (44) (BASE
DE CURRICULOS LATTES, CNPq, versão MAR/2003).

Tendo em vista essas informações acima citadas há necessidade de


estudar esses microrganismos, além de produzir trabalhos técnicos e
científicos que venham colaborar na sua melhor compreensão e identificação.

3. Justificativa

Os fungos são essenciais em diversos âmbitos, eles têm primordial ação


como sintetizadores de substâncias químicas utilizadas em farmácias,
indústrias, por exemplo. Além disso, possuem papel fundamental na
agricultura, principalmente no controle biológico de pragas e responsáveis pela
deterioração de diversos materiais. São seres eucariontes e heterotróficos –
obtém nutrientes por absorção -, e fazem parte do Reino Fungi (WHITTAKE,
1969). São subdivididos em filos, a qual agrupa no Reino Fungi em
Chytridiomycota; Zygomycota; Ascomycota; Basidiomycota (ALEXOPOULOS
et al.,1996).

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Vale ainda ressaltar que, o papel dos fungos no controle biológico de
pragas é de extrema importância tanto ecológica como econômica, haja vista
que eles se comportam bem como controladores em solos (JARONSKI, 1986).
Além de se constituírem do maior grupo de patógenos de insetos (SOPER e
WARD, 1981), favorecendo o meio.

Quanto a sua morfologia, os fungos não realizam fotossíntese (são


aclorofilados), a reprodução pode ser sexuada e/ ou assexuada por esporos,
podem ser unicelulares (caso das leveduras e quitrídias) ou multicelulares
(fungos filamentosos), ademais a parede celular é constituída por quitina e β-
glucanos, o glicogênio é a principal fonte de reserva de energia e dependendo
do grupo que são classificados estão presentes em diferentes habitats. Nos
manguezais, por exemplo, os fungos macroscópicos que lá habitam são, na
maioria, pertencentes à subdivisão Basidiomycotina e segundo Hudson (1986)
possuem ação lignolítica e celulolítica, sendo o maior grupo de organismos
responsáveis pela decomposição de madeiras, constituindo-se, assim, de
fundamental importância para a reciclagem dos ecossistemas (Campos et al,
2005). Schaeffer-Novelli (1983) citam os fungos como importantes
componentes dos manguezais, onde exercem destacado papel, atuando como
agentes decompositores da matéria orgânica produzida por todo o conjunto de
produtores primários.

Os fungos, pertencentes ao reino Fungi, podem ser subdividos em


grupos: Filo Chytridiomycota (quitridiomicetos ou mastigomicetos) –
aquáticos na maioria; apresentam flagelos em algum estagio do ciclo de vida.
Algumas espécies são unicelulares, mas na maioria é filamentosa com hifas
cenocíticas Filo Zygomycota - não formam corpo de frutificação durante os
processos sexuados; Eles são também os únicos fungos multicelulares, além
dos citridiomicetos, a apresentarem hifas cenocíticas; todos os outros têm hifas
septadas –, Filo Ascomycota - caracterizam-se por formar, no ciclo de
reprodução sexuada, células especiais em forma de saco, os ascos, de onde
provém o nome do filo. No interior dos ascos formam-se esporos sexuais
denominados ascósporos –, Basidiomycota -  reúne os fungos que formam,
durante o ciclo reprodutivo sexuada, células especiais, os basídios, onde se
originam os esporos sexuais - e Filo Deuteromycota - fungos sem processos
sexuais conhecidos. (ALEXOPOULOS et al.,1996)

Os fungos basidiomicetos mais conhecidos formam estruturas de


reprodução macroscópicas e são conhecidos popularmente por cogumelos e
orelhas de pau, além de outros grupos que são menos conhecidos que são os
fungos gelatinosos, os “gasteromicetos”, as ferrugens e os carvões. Estão
presentes em ambientes aquáticos e terrestres, podem ser parasitas, sapróbios
e micorrízicos. São na sua maioria saprófitas e participam da decomposição

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de folhas, galhos e troncos, sendo encontrados em uma grande variedade de
substratos e em diferentes biomas. Sua grande importância, em termos
ecológicos é o papel que desempenham na ciclagem de nutrientes (GIMENES,
2010).

Portanto, as atividades dos fungos no ambiente são imprescindíveis para


a continuidade da existência de uma cadeia alimentar, visto que os
Basidiomicetos influenciam os níveis tróficos. Dessa forma, um estudo
aprofundado sobre os Fungos Basidiomicetos será abordado para que se
possa analisar seu potencial de biodegradação de material lenhoso, tendo em
vista sua capacidade de reciclar matéria orgânica disponibilizando os produtos
da degradação para a posterior atividade de outros microrganismos que darão
continuidade ao processo de ciclagem de nutrientes à natureza.

4. Objetivo
4.1. Geral

Estudar fungos do grupo Basidiomicetos encontrados em material lenhoso


em decomposição presentes no Bosque Rodrigues Alves – Jardim Zoobotânico
da Amazônia.

4.2. Especifico

 Realizar a visita preliminar ao local de estudo;


 Efetuar o levantamento e identificação dos fungos associados ao
material lenhoso;
 Descrever os fungos de acordo com seus aspectos morfológicos;
 Capturar imagens dos fungos e do substrato encontrado;
 Elaborar o relatório final.
 Realizar a apresentação do trabalho.

5. Material e Método
5.1. Área de estudo

Será realizado o estudo no Bosque Rodrigues Alves – Jardim


Zoobotânico da Amazônia, localizado na Avenida Almirante Barroso, Bairro do
Marco, Belém-PA.
Dentro do jardim botânico será realizada a seleção de duas áreas com
características bem distintas para ficar mais explícita a influência dos
ambientes resultante nos fungos basidiomicetos ali localizados. Uma área
estará nas margens da trilha, com bastante luminosidade e a outra área estará
mais no interior, pouco exposta e com baixa luminosidade. A área mais
próxima da margem tem cerca de um metro de distância da trilha, já a outra

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analisada, mais interiorana, tem cerca de três metros de distância da trilha. As
duas áreas que serão alvos das análises distam cerca de quarenta metros uma
da outra.

Figura 1: Localização geográfica do local de


pesquisa. (Fonte:
http://www.diarioonline.com.br/app/painel/modu
lo-noticia/img/imagensdb/trecho-do-brt-entre- Figura 2: Vista aérea do local de pesquisa. (Fonte:
lomas-valentinas-e-perebebui-estacao-bosque-em- http://lh6.ggpht.com/_RHF2TAca3xI/TNmlodyT9vI/
belem-11-12-2016-23-05-48.jpg) AAAAAAAACzU/if8aQSkrhXQ/image_thumb
%5B2%5D.png?imgmax=800)

Figura 3: Entrada do local de pesquisa. (Fonte:


http://pontosturisticosdebelem.blogspot.com.br/2014/01/bosque-rodrigues-alves.html)

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5.2. Visita preliminar
5.3. Classificação e identificação dos fungos

Serão efetuados os estudos com fungos laminares e não laminares do


grupo Basidiomicetos encontrados em material lenhoso em decomposição nas
áreas selecionadas para o estudo.

Para reconhecer as espécies de fungos, será necessário realizar a


visualização minuciosa das partes que compõem o fungo macroscopicamente.
Será tomado como pontos de referência as características dos corpos de
frutificação (parte visível do fungo). Essas características serão baseadas em:
morfologia e o habitat. Para descrever a morfologia será necessário analisar
características como cor, tamanho e textura.

A estrutura que ajudará no processo de descrição e identificação será o


corpo de frutificação dos fungos será o corpo de frutificação (ou píleo) dos
fungos em questão (basidiomicetos). Além da estrutura física do fungo, o
habitat e o nicho ecológico desenvolvido nesse habitat – decomposição -,
também irá ajudar-nos na identificação correta. O material lenhoso a ser
analisado será selecionado por meio das suas condições de decomposição e a
medição dos fungos presentes nesse material será feita a partir da utilização de
uma régua de cinquenta centímetros, mas a escala utilizada estará em
milímetros.

Figura 2: Tipos de Píleos dos Fungos Basidiomicetos

5.4. Captura de imagens

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Os fungos e seus habitat serão fotografados com a ajuda de uma
máquina fotográfica: para tirar fotos dos cogumelos no local de estudo, para
determinar o tamanho será usado escala. As imagens irão ajudar na
identificação dos grupos.

6. Relatório

O relatório será elaborado após a finalização do trabalho executado.

7. Apresentação

O trabalho será apresentado em uma Mostra Cientifica que será


realizada no Centro de Ciências Naturais e Tecnológicas da UEPA –
Universidade do Estado do Pará -, na área de convivência, com ajuda de
recursos como banners e folders.

8. Bibliografia

Bon M (1988). Guia de Campo de los Hongos de Europa. Ediciones Omega, Barcelona

http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Aval_Conhec_Cap2.pdf

http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-9RPGD5/
monografia___fagner.pdf?sequence=1

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/fungos-o-que-sao-e-qual-e-a-
importancia-dos-fungos.htm

http://www.infoescola.com/biologia/classe-basidiomycetes-basidiomicetos/
#ampshare=http://www.infoescola.com/biologia/classe-basidiomycetes-basidiomicetos/

http://educacao.globo.com/biologia/assunto/microbiologia/fungos.html

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