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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS - FANAT


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - DECB
BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO E CAMPO
DOCENTE: Dra. REGINA CÉLIA PEREIRA MARQUES

RELATÓRIO DE AULAS DE CAMPO


CAMPUS CENTRAL (UERN) E PARQUE MUNICIPAL DE MOSSORÓ

ARTHUR GABRIEL BERNARDO DE SOUZA


CLEITON DE FREITAS DUARTE
GERCIANA CRISTINA VALE DA SILVA
GUILHERME HENRIQUE DA SILVA BRITO
WILLIANY PAULINY LIMA DO ROSARIO

MOSSSORÓ/RN
MAIO, 2022
INTRODUÇÃO
As aulas de campo foram realizadas nos dias 26 de abril e 03 de maio do ano de
2022, como parte integrante da disciplina “Procedimentos Básicos de Laboratório e
Campo”, tal disciplina encontra-se na grade curricular do curso no primeiro período,
sendo ofertada pelo curso de Ciências Biológicas (Bacharelado), UERN.

As aulas ao ar livre têm como objetivos levar os discentes a habituar-se com a


prática científica por meio da observação, descrição, análise, levantamento de hipótese,
sempre levando em conta a relação entre a natureza juntamente com a sociedade, sendo
elas positivas como também negativas. Associando a teoria com as atividades práticas,
ocasionando aos discentes aprender de forma direta e concreta o que foi transmitido em
sala de aula.

O curso teve como objetivo principal observar o que acontece ao nosso redor, as
interações ecológicas entre plantas, animais e o que está ao seu entorno, identificar
espécies de ambos os grupos, e também mostrar aos alunos o que realmente acontece nos
espaços naturais onde a sociedade está inserida, quais os impactos que essa relação
acarreta ao meio ambiente, principalmente em um mundo onde o capitalismo prevalece,
o que deve ser feito para a conscientização e preservação da natureza.

Além da parte de observação da natureza que é algo prazeroso, existem também


o desenvolvimento de atividades físicas e laser nesse ambientes, auxiliando na redução
do sedentarismo e consequentemente promovendo mais saúde aos seus praticantes em
diferentes áreas como social, física e psicológica.

A composição da flora e fauna existente nos locais visitados é bastante relevante,


pois nos mostra a existência de pequenas áreas com espécies predominantemente nativas,
principalmente nu campus central da UERN. No geral é muito preocupante, pois nas duas
áreas a existência de espécies exóticas é muito marcante, principalmente no Parque
municipal, onde estão entrelaçadas com espécies nativas. Elas podem coexistir de forma
harmoniosa com as plantas nativas, como também ser nocivas as mesmas, como exemplo
temos a Algaroba (Prosopis juliflora), espécie extremamente ofensiva para a vegetação
endêmica, tem o crescimento rápido, suas raízes podem ser profundas, além de sua
propriedade alelopática, impedindo o crescimento de outras espécies próximas da árvore.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de Estudo
As aulas de campo foram realizadas no dia 26 de abril (campus central da UERN)
e no dia 03 de maio (no Parque Ecológico Professor Maurício de Oliveira), no ano de
2022. Ambos locais no município de Mossoró/RN.

Na primeira aula prática foi feita a utilização de fitas, consultando um mapa


durante todo o percurso para ser determinado cada local a ser visitado pelo grupo. Todos
os grupos se deslocaram de acordo com o mapeamento. A seguir temos algumas espécies
observadas no decorrer do percurso.

Capim-santo (Cymbopogon citratus) Nim (Azadirachta indica)


Malva branca (Waltheria indica) Feijão-bravo (Cynophalla flexuosa)

Ipê (Tabebuia) Juazeiro (Ziziphus joazeiro)


Craibeira (Tabebuia aurea) Palma brava (Opuntia littoralis)

Jurema preta (Acacia jurema) Carnaúba (Copernicia prunifera); Mangueira


(Mangifera indica); e Castanhola (Terminalia catappa)
Gato (Felis catus)

Além das espécies observadas nas figuras foram avistadas no campo realizado na
UERN algumas espécies de agaves, palmeiras, gramíneas, plantas arbustivas, frutíferas
como mamoeiros, bananeiras, coqueiros, cajueiro, cajarana, e muitas espécies usadas para
ornamentação (flores). Também espécies animais como formigas, libélulas, borboletas,
lagartas, bicho-pau, girinos, sapos, aves (quero-quero, sanhaço).

Na segunda aula de campo foi utilizado primeiro Fita adesiva, papel e linha, para
realizar uma simples dinâmica em grupo. A líder (professora) do grupo anotou em várias
folhas de ofício nomes de animais, plantas, e ações naturais, foi utilizado a fita adesiva
para grudar a folha com o nome escrito em nosso peito, e foi utilizado a linha para o início
da dinâmica sobre os níveis tróficos e a ação do homem no meio ambiente. Tínhamos os
produtores que se tratavam de plantas, que produziam seu próprio alimento, tínhamos os
consumidores que são, incapazes de produzir seu próprio alimento, e por isso utiliza- se
da ingestão tanto de produtores quanto se alimentam de outros animais. E tínhamos então,
o ser humano, que entrava em cenário como um vilão, poluidor de meio ambiente e
consumidor protagonista na cena. Essa dinâmica foi feita para termos a noção do quanto
o ser humano tem a capacidade de destruir o meio ambiente onde vive, e de conhecer um
pouco sobre os produtos e consumidores da nossa Caatinga.

Após a dinâmica foi dividido em três grupos para fazer uma observação pelo
Parque. Materiais utilizados foram os celulares para o registro de plantas, animais e
insetos naquele local. Vejamos a seguir algumas espécies encontradas no local.

Algaroba (Prosopis juliflora) Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia)


(Algaroba)
Prosopis juliflora)
Agave (Agave angustifolia) Carnaúba (Copernicia prunifera)

Mangueira (Mangifera indica) Baga de sangue (Rivina humilis L.)


Stokesia (Stokesia laevis) Cunhã (Clitoria Ternatea L.)

Smallanthus (Gênero) Cajazeira (Spondias mombin)


Espécies de Fungos

Bicho Pau (Megaphasma dentricus) Diplópoda


Diplópoda Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus)

Além das espécies anteriores acima, também foram observadas no campo


realizado no Parque municipal de Mossoró/RN (Parque Ecológico Professor Maurício de
Oliveira), espécies de agaves, palmeiras, gramíneas, trepadeiras, plantas arbustivas,
frutíferas como jaqueira, bananeira, coqueiros, cajueiro, e muitas espécies usadas para
ornamentação (flores). Também espécies animais como formigas, libélulas, borboletas,
bicho-pau, aves (urubus, gavião).

CONCLUSÕES
Com o decorrer da aula é chegada a conclusão de que a sociedade tem o dever de
proteger o meio ambiente pois cada pequena alteração pode gerar consequências que por
vezes são irreversíveis à natureza, e assim como qualquer outro animal, nós como raça
humana também somos dependentes do meio ambiente, como biólogos devemos buscar
formas de minimizar os danos causados pelo homem ao meio natural visando o progresso
da sociedade, seja energeticamente por meio de hidrelétricas, usinas eólicas ou qualquer
outro meio de avanço, porém, minimizando os impactos gerados por esse progresso, para
que assim como a humanidade possa prosperar, os animais e plantas nativos de cada
região também possam.

As expectativas do grupo com relação à aula de campo foram atendidas em todos


os sentidos, o contato com a fauna e flora local da nossa região que é a caatinga,
observando as espécies de plantas que se dão como invasoras por exemplo foi
significativamente importante para o decorrer do curso, além disso aprender como
funcionam aulas de campo em geral foi uma ótima experiência no geral.

Algumas ações que poderiam ser tomadas para melhorar o desempenho de aulas
de campo como essas seria estender o tempo em campo, indo mais cedo até os locais de
campo para visitar mais locais, conhecer mais projetos e desenvolver mais dinâmicas,
apesar de que as situações dessas aulas especificamente acabassem impedindo essas
sugestões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS. Disponível em:


https://hortodidatico.ufsc.br/bagadesangue/?fbclid=IwAR26JGmrMBK5iJe25mGpBPh
Kkss2Tm12Px07lo74JuawBOM2AgaGCVF-_mg. Acesso em 09 de maio de 2022

O que são plantas invasoras. Disponível em: https://invasoras.pt/pt/o-que-s%C3%A3o-


plantas-invasoras. Acesso em 10 de maio de 2022.

Macaco sagui de estimação: conheça o animal silvestre e os cuidados. Disponível em:


https://www.nsctotal.com.br/noticias/macacoagui?fbclid=IwAR35Fk8dyT0NNs5sJ8_q7
ty4BdxS5czRbICAwqmt6CoHIffRsWHEuVGPRsA. Acesso em 09 de maio de 2022.

SYLVESTRE L. Relatório de aula de campo. Curso de Pós-graduação em Botânica,


Museu Nacional, UFRJ - Universidade Federal do Rio De Janeiro. Rio de Janeiro, 2016.

SZEREMETA, B. e ZANNIN, P. H. T. A importância dos parques urbanos e áreas


verdes na promoção de qualidade de vida em cidades. Ra’e Ga - O espaço geográfico
em análise, Curitiba/PR, v.29, p.177-193, dez/2013.

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