Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paraense
Ceci S. CAMPOS
Sheyla R. M. COUCEIRO
É de comer?
FUNGOS
SILVESTRES Marcos D. F. SANTANA
Dirce L. KOMURA
da Amazônia Douglas M. COUCEIRO
Paraense
Ceci S. CAMPOS
Sheyla R. M. COUCEIRO
É de comer?
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
MINISTRA DA CIÊNCIA,
TECNOLOGIA E INOVAÇÕES
Luciana Santos
EDITORA INPA
Editor-Chefe
Mario Cohn-Haft
Produção Editorial
Rodrigo Verçosa
Shirley Ribeiro Cavalcante
Tito Fernandes
FUNGOS
SILVESTRES Marcos D. F. SANTANA
Dirce L. KOMURA
da Amazônia Douglas M. COUCEIRO
Paraense
Ceci S. CAMPOS
Sheyla R. M. COUCEIRO
É de comer?
Manaus
2023
©INPA 2023 - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
FICHA TÉCNICA
92 p. : il. color.
ISBN: 978-65-5633-036-5
CDD 638.81105
Você sabia que existem cogumelos silvestres comestíveis? Caso não, esse livro
chegou nas mãos certas; ele te apresentará as espécies de cogumelos silvestres mais
comuns e como reconhecê-las, com fotos e dicas de formas de consumo. Caso já
tenhas ouvido falar de cogumelos comestíveis, mas ainda não tiveste coragem de
degustar, aqui tem orientações que te ajudarão a caminhar com maior segurança
nesse universo. Claro, sempre com a orientação de buscar a confirmação por alguém
com mais experiência no processo de identificação da espécie antes de consumi-la.
Por fim, não posso deixar de mencionar que além de tudo, o livro oferece
o conhecimento inicial necessário para qualquer entusiasta que queira iniciar no
mundo micológico, os primeiros passos essenciais para que a jornada comece corre-
tamente, com dicas de coleta não só voltado para o consumo, mas também voltada
para o universo científico.
Fernanda Karstedt
APRESENTAÇÃO
Os autores
AGRADECIMENTOS
Algumas espécies de fungos silvestres apresentadas neste livro não são propí-
cias ao consumo humano. As mesmas foram usadas para ilustrar e exemplifi-
car procedimentos necessários no estudo dos fungos, sendo estas identifica-
das pelo símbolo abaixo:
“Espécie impalatável”
SUMÁRIO
OS FUNGOS COMESTÍVEIS................................................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................... 78
GLOSSÁRIO................................................................................................................................. 80
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 84
Filo
Com terminação “MYCOTA”
Gênero
Pezizales
Sarcoscyphaceae
BASIDIOMYCOTA
Agaricales
Marasmiaceae Physalacriaceae
Schizophyllaceae Psathyrellaceae
Auriculariales
Auriculariaceae
Dacrymycetales Phallales
Dacrymycetaceae Phallaceae
Polyporales
Polyporaceae
Tremellales
Tremellaceae
Trogia cantharelloides
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
No que diz respeito ao uso, a história da relação dos fungos com a huma-
nidade, é antiga. O uso dos fungos perpassa desde a fabricação de pães e bebidas
alcoólicas no antigo Egito, a produtos farmacológicos na atualidade, como a peni-
cilina, o primeiro antibiótico descoberto e ainda amplamente utilizado (Pereira e
Pita 2005) e a ciclosporina, droga que possibilita o transplante cardíaco desde 1972,
pois evita a rejeição de órgãos (Silva 2008).
Dessa forma, cabe ressaltar que todo o conhecimento sobre os fungos, in-
cluindo as potencialidades à humanidade, são baseados apenas nessa fina fatia.
16
Aspectos gerais sobre os fungos
Figura 1. Estimativa da diversidade existente dos fungos segundo Hawksworth e Lücking (2017) e a
fatia de espécies conhecidas segundo Antonelli et al. (2020).
17
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
O que é um cogumelo?
De forma análoga aos frutos das plantas, foram também utilizados ao longo
do tempo termos como corpos de frutificação, esporocarpos e carpóforos, termos não
mais apropriados para a micologia. Além disso, os fungos são mais aparentados aos
animais que às plantas e assim como estes dois grupos de organismos, os fungos
também têm seu próprio reino, o Reino Fungi.
A B
micélio
18
Aspectos gerais sobre os fungos
APONTE A CÂMERA
DO CELULAR PARA
O QR CODE E BAIXE
ESTE GUIA DE FUNGOS
Figura 3. Guia de Fungos da Floresta Nacional do Tapajós disponível no site do Field Guides Museum.
19
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
APONTE A CÂMERA
DO CELULAR PARA
O QR CODE E BAIXE
ESTE GUIA DE FUNGOS
Figura 4. Guia de Fungos do Parque da cidade de Santarém, Pará, disponível no site do Field Guides Museum.
20
OS FUNGOS COMESTÍVEIS
Schizophyllum commune
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
22
Os fungos comestíveis
23
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
24
CARACTERIZAÇÃO DOS
AMBIENTES VISITADOS
Figura 5. Localização das áreas onde foram realizadas as coletas dos fungos comestíveis.
26
Caracterização dos ambientes visitados
C D
Figura 6. Floresta Nacional do Tapajós. A-B) Vista do Dossel da floresta; C-D) Trilhas no interior da floresta.
27
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
C D
28
Caracterização dos ambientes visitados
C D
Figura 8. Parque da Cidade de Santarém. A) Vista aérea do parque; B-D) Trilhas no interior do parque.
29
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
C D
Figura 9. Hidrelétrica Silvio Braga (Hidrelétrica de Curuá-Una). A-B) Vista da floreta no entorno da
hidrelétrica; C-D) Trilhas no interior da floresta.
30
Caracterização dos ambientes visitados
Nessas áreas, assim como nos seus entornos, predomina a cobertura vegetal de
floresta ombrófila densa (Veloso et al. 1991; ICMBIO 2004), latossolo amarelo ( Jati e
Silva 2017) e clima tropical úmido, com temperatura média de 27oC (± 5oC) (Fig. 10).
Figura 10. Temperatura média nas áreas visitadas. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (www.
inmet.gov.br 2015).
Figura 11. Umidade Relativa do ar das áreas visitadas. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia
(www.inmet.gov.br 2015).
31
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Figura 12. Precipitação pluviométrica média das áreas visitadas. Dados do Instituto Nacional de Me-
teorologia (www.inmet.gov.br 2015)
32
COLETA DOS FUNGOS
Phallus indusiatus
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
ATENÇÃO
As observações em campo para coleta científica e para fins de
consumo, devem seguir o mesmo rigor, pois é imprescindível
para uma identificação correta dos cogumelos.
A B
Figura 13. Fotos mais detalhadas dos cogumelos. A) Superfície superior do basidioma; B) Superfície
inferior do basidioma; C) Parte de cima e parte de baixo do cogumelo na mesma imagem.
34
Coleta dos fungos
himenóforo, onde ficam as lamelas ou poros, como no exemplo da Fig. 13B (outras
formas também são observadas como himenóforo liso, com dentes ou tubos). Pode-
se optar por essas características estarem na mesma imagem (Fig. 13C).
Figura 14. Foto panorâmica mostrando a extensão do fungo e sua interação com o substrato e ambiente.
35
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
A B C
Figura 15. Diferentes fotografias do mesmo cogumelo para melhor caracterizar sua morfologia. A) Vista
lateral mostrando a forma do píleo (“chapéu”) e a inserção do estipe (“pé”) no substrato; B) Vista da
superfície do píleo (parte de cima); C) Vista do himenóforo (parte de baixo) (no exemplo são lamelas).
Uma dica bastante relevante é o uso de uma escala nas fotos dos cogumelos,
recomenda-se uma escala padronizada (Fig. 16A) ou com o que tiver em mão e tenha
tamanho conhecido (Fig. 16B).
A B
Figura 16. Uso de escalas nas fotografias de cogumelos. A) Escala padronizada; B) Escala improvisada.
A maior parte dos cogumelos neste guia crescem em troncos, em vista disso a
remoção dos cogumelos deve ser feita de forma manual com auxílio de um canivete
ou faca, sendo importante deixar parte do substrato aderido e se possível, fotogra-
far também as diferentes fases do desenvolvimento dos basidiomas para ajudar na
descrição (Fig. 17).
36
Coleta dos fungos
37
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Figura 19. Acondicionamento para transporte dos cogumelos em caixa plástica compartimentalizada.
Passo 4:
Como preservar cogumelos para depositar em uma coleção científica?
38
Coleta dos fungos
Passo 5:
Posso depositar os cogumelos que coletei em uma coleção científica?
Parte dos cogumelos coletados podem ser depositados em uma coleção bio-
lógica científica, que no caso dos macrofungos pode ser um Herbário ou um Fun-
gário. Esses locais funcionam como se fossem uma grande biblioteca da biodiver-
sidade, sendo que cada amostra depositada corresponderia a um livro único com
informações importantes associadas aos cogumelos e anotadas durante a coleta com
o nome de quem realizou a coleta (incluindo o número do coletor se tiver), data da
coleta, localização geográfica (GPS) de onde o cogumelo foi coletado, substrato onde
o cogumelo crescia, breve descrição morfológica, tipo de floresta, etc.
• Jabot (http://hstm.jbrj.gov.br);
• SpeciesLink (http://splink.cria.org.br).
escamas
píleo (chapéu)
receptáculo
volva volva
bulbo
rizomorfo
39
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
QUANTO AO HÁBITO
• VISTA DE CIMA
40
Coleta dos fungos
Período de estiagem
41
FUNGOS COMESTÍVEIS
DO OESTE DO PARÁ
• MycoBank (http://www.mycobank.org).
As espécies foram relatadas por Li et al. (2021) em uma revisão sobre as es-
pécies de cogumelos comestíveis do mundo, onde propuseram um sistema para
categorizar as espécies de cogumelos comestíveis e atribuir-lhes um status final de
comestibilidade. Assim, todas as espécies desse livro foram avaliadas quanto as ca-
tegorias propostas e foram consideradas seguras para consumo, desde que sejam
corretamente identificadas por um especialista.
43
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Apresenta sabor suave e textura crocante. Pode ser consumida em sopas e caldos.
O povo Patamona, na Guiana, consome este fungo embrulhando-o em folhas e co-
zinhando no vapor.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
44
Fungos comestíveis do oeste do Pará
C. tricholoma | Sarcoscyphaceae
A B
Figura 21. Ascomas de Cookeina tricholoma. A) Ascomas crescendo de forma gregária; B) Ascomas
crescendo de forma gregária e de coloração mais clara. Escala: 1 cm.
45
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
46
Fungos comestíveis do oeste do Pará
C. speciosa | Sarcoscyphaceae
A B
Figura 22. Ascomas de Cookeina speciosa. A) Estágios do desenvolvimento; B) Vista lateral; C) Hábito
gregário. Escala: 1 cm.
47
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
A espécie é facilmente reconhecida por sua cor marcante mais ou menos lilás ou
roxa ou púrpura no himenóforo e estipe. O píleo, com superfície um pouco mais
pálida e esbranquiçada, se destaca por ser infundibuliforme com lamelas decurren-
tes, finas e densamente espaçadas (Fig. 23).
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie pode ser fatiada e cozida em sopas e caldos, mas também pode ser
usada em assados e grelhados, desde que fresca.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
48
Fungos comestíveis do oeste do Pará
T. cantharelloides | Marasmiaceae
A B
C D
E F
49
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Oudemansiella sp.
CARACTERÍSTICAS VISÍVEIS EM CAMPO
Cogumelo com píleo de até 6 cm de diâmetro, convexo, branco, liso com um umbo
central depresso, presença de escamas marrom esverdeadas podem cair pela ação
das chuvas quando maturo. Estipe variando entre 1,5 a 6 cm de altura, cilíndrico,
branco, com escamas bulbosas. As lamelas são brancas, adnatas a subdecurrentes
(Fig. 24).
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie tem sabor suave, podendo ser ingerida in natura ou usada em molhos e
massas. Devido à grande quantidade de água no basidioma, não se recomenda o uso
em assados ou grelhados.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Ruegger et al. 2001; Xu et al. 2016; Iark et al. 2019; Li et al. 2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
50
Fungos comestíveis do oeste do Pará
A B C
Figura 24. Basidiomas de Oudemansiella sp. A) Basidioma imaturo; B) Vista da superfície do píleo;
C) Vista do himenóforo (lamelas); D) Basidiomas maturos. Escala: 1 cm.
51
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
A espécie tem sabor adstringente na maturidade e pode ficar mais palatável com
algumas fervuras antes do preparo. Pode ser usado em cozidos ou refogados.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Han et al. 2005; Ohm et al. 2010; Adejoye et al. 2007; Li et al. 2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
52
Fungos comestíveis do oeste do Pará
S. commune | Schizophyllaceae
B C
53
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Cogumelo com 2 cm de altura, muito frágil e efêmero. Píleo com até 1,5 cm de
diâmetro e em forma de sino, estriado, de cor branco-palha acinzentado-se com o
desenvolvimento. As lamelas são adnatas, brancas no início do desenvolvimento e
tornando-se cinza como na superfície. O estipe é branco (Fig. 26).
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie tem sabor suave e pode ser consumida em saladas. No entanto, não deve
ser preparada e nem consumida na presença de bebidas alcoólicas, pois produz uma
toxina chamada coprina, N-(1-hidroxi-ciclopropilglutamina) que se torna tóxica na
presença de álcool, prejudicando o funcionamento do fígado (Berger e Guss 2005).
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
54
Fungos comestíveis do oeste do Pará
C. disseminatus | Psathyrellaceae
A B
C D
55
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Espécie cultivada para o consumo há mais de 6 mil anos. Possui sabor picante, poden-
do ser ingerida in natura, em pratos frios ou refogados. Devido à grande quantidade
de água presente no basidioma, não se recomenda o uso em assados ou grelhados.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Wong 1993; Vargas-Isla et al. 2013; Xing-Hong et al. 2016; Kabuyi et al. 2017; Li et al.
2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
56
Fungos comestíveis do oeste do Pará
A. delicata | Auriculariaceae
A B
C D
E F
57
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Quimio 2002; Mleczek et al. 2018; Sánchez et al. 2018; Li et al. 2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
58
Fungos comestíveis do oeste do Pará
A. nigricans | Auriculariaceae
A B
D E
59
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Esta espécie pode variar em tamanho, muitas vezes se fundindo em estruturas com-
postas por mais de um metro. A superfície superior é lobada, felpuda ou peluda e
dividida em várias faixas concêntricas de roxo, marrom, ocre, cinza e branco. O
himenóforo é inicialmente liso e esbranquiçado, mas com o desenvolvimento tor-
na-se enrugado de cor marrom-avermelhado ao ocre (Fig. 29).
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie tem sabor suave, podendo ser ingerida in natura ou usada em molhos e
massas. Considerando a grande quantidade de água no basidioma, não se recomen-
da o uso em assados ou grelhados.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
60
Fungos comestíveis do oeste do Pará
A. mesenterica | Auriculariaceae
A B
61
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie pode ser consumida in natura, usada em saladas ou usada em molhos.
Devido ao aspecto gelatinoso e quantidade de água no basidioma, não se recomenda
o uso em assados, frituras ou grelhados.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
62
Fungos comestíveis do oeste do Pará
D. spathularia | Dacrymycetaceae
63
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Basidioma subgloboso a ovoide quando jovem de cor esbranquiçada com leve tom
cinza claro e interior gelatinoso. Ao se desenvolver, a volva membranosa se rasga
apicalmente expondo o pseudoestipe que pode chegar a 15 cm de altura, cilíndrico,
esponjoso, branco, oco, alveolado a poroso. O receptáculo cônico esbranquiçado na
ponta abriga a gleba, onde estão os esporos de cor verde-oliva escura e o indúsio,
branco, com até 9 cm de altura e muito delicado, pendurado por dentro do receptá-
culo descendo até o chão (Fig. 31).
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Pode ser consumido na fase jovem quando ainda apresenta forma ovoide e maturo,
quando é possível consumir apenas o pseudoestipe com legumes, carnes e em caldos.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Hara e Kiho et al. 1982; Ker, et al. 2011; Gogoi e Vipin 2015; Cruz et al. 2016; Li et al.
2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
64
Fungos comestíveis do oeste do Pará
P. indusiatus | Phallaceae
A B
C E
Figura 31. Basidiomas de Phallus indusiatus. A-B) Basidioma imaturo (ovo); C-D) Corte vertical do
basidioma imaturo; E) Basidioma maduro. Escala: 1 cm.
65
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie pode ser consumida em caldos e ensopados. Frescos podem ser prepa-
rados com molhos para diversos pratos.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Omarini et al. 2010; Omarini et al. 2010a; Vargas-Isla et al. 2013; Gamboa-Trujillo et
al. 2019; Li et al. 2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
66
Fungos comestíveis do oeste do Pará
F. brasiliensis | Polyporaceae
A D
Figura 32. Basidiomas de Favolus brasiliensis. A-B) Superfície superior do píleo; C-D) Superfície inferior
(himenóforo) do píleo; E) Basidiomas “velhos”. Escala: 1 cm.
67
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Cogumelo facilmente reconhecível por sua intensa cor laranja avermelhada e con-
sistência coriácea do basidioma flabeliforme, semi-estipitado. O píleo pode alcan-
çar 6 cm de comprimento com superfície laranja e a superfície himenial apresenta
poros circulares (Fig. 33).
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Prance 1984; Vikineswary et al. 2006; Borderes et al. 2011; Vargas-Ista et al. 2013;
Gambato et al. 2016; Li et al. 2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
68
Fungos comestíveis do oeste do Pará
P. sanguineus | Polyporaceae
B C
Figura 33. Basidiomas de Pycnoporus sanguineus. A-B) Vista da superfície do píleo; C) Vista do hime-
nóforo (poros). Escala: 1 cm.
69
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
Pode ser encontrado em ambientes urbanos ou áreas abertas, onde decompõe ma-
deira morta. Cogumelo encontrado de forma dispersa à gregária.
FORMA DE CONSUMO
Devido a consistência coriácea à quebradiça, essa espécie pode ser fatiada e usada
em cozidos, molhos ou sopas.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
Vargas-Isla e Ishikawa 2008; Zheng et al. 2009; Vargas-Ista et al. 2013; Sanuma et al.
2016; Santana et al. 2018; Li et al. 2021.
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
70
Fungos comestíveis do oeste do Pará
B C
Figura 34. Basidiomas de Lentinus crinitus. A) Hábito gregário; B) Vista lateral; C) Vista da superfície do
píleo com destaque para os “pelos”; D) Vista do himenóforo (lamelas). Escala: 1 cm.
71
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Basidioma tem forma de funil quando jovem, quando tem cor marrom púrpura e
torna-se deprimido a plano com o desenvolvimento ficando marrom escuro. A mar-
gem do píleo é curvada para levantada, com lamelas muito próximas, decorrentes,
marrom amêndoa ficando marrom escuro na margem. O estipe é cilíndrico, afilan-
do para cima, central e pode chegar 15 cm com superfície sólida e escamosa marrom
com cerdas castanhas (Fig. 35).
HABITAT E HÁBITO
Pode ser encontrado, em sua maior totalidade, crescendo sobre troncos secos ou em
estado de decomposição avançado. Basidiomas crescendo isolado.
FORMA DE CONSUMO
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
72
Fungos comestíveis do oeste do Pará
L. velutinus | Polyporaceae
A B
C D
Figura 35. Basidiomas de Lentinus velutinus. A) Superfície do basidioma jovem; B) Himenóforo (la-
melas) do basidioma jovem; C) Vista lateral; D) Vista da superfície do píleo; E) Vista do himenóforo
(lamelas) do basidioma maturo. Escala: 1 cm.
73
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie pode ser utilizada em diversos pratos fritos, ensopados, assados, caldos
e em pratos orientais.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
74
Fungos comestíveis do oeste do Pará
P. djamor | Pleurotaceae
A B
75
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
HABITAT E HÁBITO
Pode ser encontrado decompondo árvores mortas, troncos e galhos caídos. Tem maior
frequência e abundância em períodos de grande umidade. Basidiomas cespitosos.
FORMA DE CONSUMO
Essa espécie tem sabor suave, quase ausente, podendo ser ingerida in natura ou usada
em saladas. Devido a sua grande quantidade de água no basidioma, não se recomen-
da o uso em assados ou grelhados.
REGISTRO DE COMESTIBILIDADE
DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
76
Fungos comestíveis do oeste do Pará
T. fuciformis | Tremellaceae
B C D
Figura 37. Basidiomas de Tremella fuciformis. A-D) Basidiomas em galhos e troncos. Escala: 1 cm.
77
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Lentinus crinitus
Considerações Finais
Fungos comestíveis são alimentos com elevado valor nutritivo, pois apre-
sentam alto teor de proteínas e fibras alimentares, além de conterem baixo teor de
lipídeos. Atualmente o consumo está se popularizando e cada vez mais pessoas se
alimentam desses organismos, ainda de forma mais expressiva, os comerciais. Os
fungos comestíveis silvestres precisam de maior atenção, estudos científicos e po-
pularização para ocuparem espaço na agricultura e conseguintemente, tornarem-se
opções na alimentação saudável e balanceada.
79
GLOSSÁRIO
Tremella fuciformis
Glossário
81
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
82
Glossário
83
REFERÊNCIAS
Alexopoulos, C.J.; Mims, C. W. & Blackwell, M. 1996. Introductory Mycology. 4th. ed.
Wiley, & Sons, New York, USA, 1996, p. 869.
Alvares, C.A.; Stape, J.L.; Sentelhas, P.C.; et al. 2013. Köppen’s climate classification
map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22, 711-728.
Andrade, M.C.N. de; Sales-Campos, C.; Carvalho, C.S.M. et al. 2013. Uso de resíduos
madeireiros da Amazônia brasileira no cultivo in vitro de Lentinus strigosus. Ambiên-
cia Guarapuava, 9, 189-196.
Antonelli, A.; Fry, C.; Smith, R.J. et al. 2020. State of the World’s Plants and Fungi
2020. Royal Botanic Gardens, Kew, p. 100.
Badalyan, S.M. & Borhani, A. 2019. The diversity and distribution of edible and me-
dicinal mushrooms from mazandaran province of northern Iran. Chemistryand Bi-
ology, 53, 33-41.
Berger, K.J.; Guss, D.A. 2005. The Journal of Emergency Medicine, 28, 175-183.
Blackwell, M. 2011. The Fungi: 1, 2, 3… 5.1 million species? American journal of bot-
any, 98, 426-438.
Boa, E. 2004. Wild Edible Fungi: A Global Overview of their Use and Importance to
People. FAO Technical Paper. Non-wood Forest Products 17. Food and Agriculture
Organization. Rome, Italy, p. 157.
Borderes, J.; Costa, A.; Guedes, A. et al. 2011. Antioxidant Activity of the Extracts
from Pycnoporus sanguineus Mycelium. Brazilian Archives of Biology and Technolo-
gy, 54, 1167-1174.
Braga-Neto, R.; Luiza, O.R.C.C.; Magnusson, W.E. et al. 2008. Leaf litter fungi in a
Central Amazonian forest: the influence of rainfall, soil and topography on the dis-
tribution of fruiting bodies. Biodiversity and Conservation, 17, 2701-2712.
Caliman, A.; Pires, A.F.; Esteves, F.A. et al. 2010. The prominence of and biases in
biodiversity and ecosystem functioning research. Biodiversity Conservation, 19,
651-664.
Cardoso, D.B.O.S.; Queiroz, L.P.D.; Bandeira, F.P. et al. 2010. Correlations between
indigenous Brazilian folk classifications of fungi and their systematics. Journal of
Ethnobiology, 30, 252-264.
85
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Chang, S.T. 1989. Edible mushroom and their cultivation, CRC Press, Inc., Florida.
Choudhary, M.; Devi, R.; Datta, A. et al. 2015. Diversity of Wild Edible Mushrooms
in Indian Subcontinent and ItsNeighboring Countries. Recent Advances in Biology
and Medicine, 1, 69-76.
Cortez, V.G.; Baseia, I.G. & Silveira, R.M.B. 2011. Gasteroid mycobiota of Rio Grande
do Sul, Brazil: Lysuraceae (Basidiomycota). Acta Scientiarum. Biological Sciences,
33, 87-92.
Cruz, A.; Pimentel, L.; Rodríguez-Alcalá, L.M. et al. 2016. Health Benefits of Edible
Mushrooms Focused on Coriolus versicolor: A Review. Journal of Food and Nutrition
Research, 4, 773-781.
Dahlberg, A. & Mueller, G.M. 2011. Applying IUCN red-listing criteria for assess-
ing and reporting on the conservation status of fungal species. Fungal ecology, 4,
147-162.
Dijk. H. van.; Onguene, N.A. & Kuyper, T.W. 2003. Knowledge and Utilization of
Edible Mushrooms by Local Populations of the Rain Forest of South Cameroon.
Ambio, 32, 19-23.
Evert, R.F. & Eichhorn, S.E. 2013. Raven Biology of Plants. Worth Publishers, New
York, p. 880.
Fang, R.; Wei, J.C.; Li, Y. et al. 2018. Country focus: China. State of the World’s Fungi
Report. Royal Botanic Gardens, Kew, 48-55.
Fidalgo, O. & Hirata, J.M. 1979. Etnomicologia Caiabi, Txicão e Txucarramãe. Rickia,
8, 1-5.
Fidalgo, O. & Prance, G.T. 1976. The ethnomycology of the Sanama Indians. Myco-
logia, 68, 201-210.
Gambato, G.; Todescato, K.; Pavão, E.M. et al. 2016. Evaluation of productivity and
antioxidant profile of solid-state cultivated macrofungi Pleurotus albidus and Pycno-
porus sanguineus, Bioresource Technology, 207, 46-51.
86
Referências
Guo, L.Q.; Lin, J.Y. & Lin, J.F. 2007. Non-volatile components of several novel species
of edible fungi in China. Food Chemistry, 100, 643-649.
Guzmán, G. 1998. Inventorying the fungi of from Mexico. Biodiversity & Conserva-
tion, 7, 364-384.
Han, C.H.; Liu, Q.H.; Ng, T.B. e al. 2005. A novel homodimeric lactose-binding lectin
from the edible split gill medicinal mushroom Schizophyllum commune. Biochemical
and biophysical research communications, 336, 252-257.
Hara, C.; Kiho, T.; Tanaka, Y. et al. 1982. Anti-inflammatory activity and conforma-
tional behavior of a branched (1→3)-β-D-glucan from an alkaline extract of Dic-
tyophora indusiata Fisch. Carbohydrate Research, 110, 77-87.
Hawksworth, D.L & Lücking, R. 2017. Fungal Diversity Revisited: 2.2 to 3.8 Million
Species. Microbiology spectrum, 5, 1-17.
Hawksworth, D.L. 2001. The magnitude of fungal diversity: the 1.5 million species
estimate revisited. Mycological research, 105, 1422-1432.
Hawksworth, D.L. 2012. Global species numbers of fungi: are tropical studies and
molecular approaches contributing to a more robust estimate? Biodiversity and
Conservation, 21, 2425-2433.
Henkel, T.W.; Roberts, P. & Aime, M.C. 2004. Sebacinoid species from the Pakaraima
Mountains of Guyana. Mycotaxon, 89, 433-439.
Hennings, P. 1991. Fungi S. Paulenses II a cl. Puttemans collecti. Hedwigia, 41, 295-311.
Hooper, D.U.; Chapin, F.S.; Ewel, J.J. et al. 2005. Effects of biodiversity on ecosystem
functioning: a consensus of current knowledge. Ecological Monographs, 75, 3-35.
Hyde, K.D.; Xu, J.; Rapior, S. et al. 2019. The amazing potential of fungi: 50 ways we
can exploit fungi industrially. Fungal Diversity, 97, 1-136.
87
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Iark, D.; Buzzo, A.J.D.R.; Garcia, J.A.A. et al. 2019. Enzymatic degradation and detox-
ification of azo dye Congo red by a new laccase from Oudemansiella canarii. Biore-
source Technology, 289,121655.
Ishikawa, N.K.; Vargas-Isla, R.; Gomes, D. et al. 2017. Principais cogumelos comestíveis
cultivados e nativos do estado de São Paulo. Pesquisa & Tecnologia, 14, 1-7.
Iturriaga, T. & Pfister, D.H. 2006. A monograph of the genus Cookeina (Ascomycota,
Pezizales, Sarcoscyphaceae). Mycotaxon, 95, 137-180.
Jiskani, M.M. 2001. Energy potential of mushrooms. The DAWN economic and
business review, Oct. 15-21 P.IV
Kabuyi, M.K.; Kapepula, P.M.; Kabengele, J.K. et al. 2017. Selenium Content and
Antioxidant Potential of Some Edible Wild Mushrooms from Bandundu Area, DR
Congo. Natural Resources, 8, 103-113.
Kendrick, B. 2001. The Fifth Kingdom. 3th. ed. Newburyport, MA: Focus Publishing,
2001, p. 369.
Kendrick, B. 2011. Fungi and the History of Mycology. Sidney by the Sea, British
Columbia, Canada online posting, p. 17.
Ker, Y.B.; Chen, K.C.; Peng, C.C. et al. 2011. Structural characteristics and antioxidati-
ve capability of the soluble polysaccharides present in Dictyophora indusiata (Vent. Ex
Pers.) Fish Phallaceae. Evidence Based Complementary and Alternative Medicine,
2011, 396013.
Kuhar, F.; Furci, G.; Drechsler-Santos, E.R. et al. 2018. Delimitation of Funga as a
valid term for the diversity of fungal communities: the Fauna, Flora & Funga propo-
sal (FF&F). IMA Fungus, 9, A71–A74.
Kumar, A.; Dandapat, S.; Kumar, M. et al. 2018. Anti-inflammatory and amylase inhi-
bitory properties of indian edible macrofungi Dacryopinax spathularia (schwein) and
Schizophyllum commune (fries). The Bioscan, 13, 715-718.
Li, H.; Tian, Y.; Menolli Jr, N. et al. 2021. Reviewing the world’s edible mushroom
species: A new evidence-based classification system. Comprehensive Reviews in
Food Science and Food Safety; 20,1982–2014.
Mallikarjuna, S.E.; Ranjini, A.; Haware, D.J. et al. 2013. Mineral Composition of Four
Edible Mushrooms. Journal of Chemistry, 2013, 1-5.
Manzi, P.; Aguzzi, A. & Pizzoferrato, L. 2001. Nutritional value of mushrooms widely
consumed in Italy. Food Chemistry, 73, 321-325.
88
Referências
Mueller, G.M. & Schmit, J.P. 2007. Fungal biodiversity: what do we know? What can
we predict? Biodiversity and Conservation, 16, 1-5.
Mueller, G.M.; Bills, G.F. & Foster, M.S. 2004. Biodiversity of fungi: inventory and
monitoring methods. Elsevier Academic Press, Oxford, UK, p. 777.
Novaković, A.R.; Karaman, M.A.; Milovanović, I. L. et al. 2018. Nutritional and phe-
nolic profile of small edible fungal species Coprinellus disseminatus (Pers.) J.E. Lange
1938. Food and Feed Research, 45, 119-128.
Odalia-Rímoli, A.; Arruda, E.J. de; Rímoli, J. et al. 2000. Biodiversidade, Biotecno-
logia e Conservação Genética em Desenvolvimento Local. Revista Internacional de
Desenvolvimento Local, 1, 21-30.
Ohm, R.; de Jong, J.; Lugones, L. et al. 2010. Genome sequence of the model mush-
room Schizophyllum commune. Nature Biotechnology, 28, 957-963.
Omarini, A.; Henning, C.; Ringuelet, J. et al. 2010. Volatile composition and nutrition-
al quality of the edible mushroom Polyporus tenuiculus grown on different agro-in-
dustrial waste. International Journal of Food Science and Technology, 45, 1603-1609.
Omarini, A.; Nepote, V.; Grosso, N.R. et al. 2010a. Sensory analysis and fruiting bo-
dies characterisation of the edible mushrooms Pleurotus ostreatus and Polyporus tenui-
culus obtained on leaf waste from the essential oil production industry. International
Journal of Food Science and Technology, 45, 466-474.
Palheta, R.A.; Vieira, J.N.; Neves, K.C.S. et al. 2011. Crescimento micelial vertical de
duas espécies de Pleurotus em resíduo agroindustrial da Amazônia utilizando plane-
jamento fatorial. Caderno de Pesquisa Série Biologia, 23, 52-60.
Peintner, U.; Schwarz, S.; Mesic, A. et al. 2013. Mycophilic or Mycophobic? Legisla-
tion and Guidelines on Wild Mushroom Commerce Reveal Different Consumption
Behaviour in European Countries. PLoS ONE, 8, e63926.
Peintner, U.; Schwarz, S.; Mesic, A. et al. 2013. Mycophilic or Mycophobic? Legisla-
tion and Guidelines on Wild Mushroom Commerce Reveal Different Consumption
Behaviour in European Countries. PLoS ONE, 8, e63926.
Pereira, A.L. & Pita, J.R. 2005. Alexander Fleming (1881-1955): Da descoberta da pen-
icilina (1928) ao Prémio Nobel (1945). Revista da Faculdade de Letras, 6, 129-151.
Prance, G.T. 1984. Uses of fungi by Amazonian Indians. Advances in Economic Bot-
any, 1, 127-139.
89
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Quimio, T.H. 2002. Updates of spawn production of Volvariella volvacea, the tropical
straw mushroom. In: Sánchez, J. E.; Huerita, G. & Montiel. E. Eds. Mushroom Biolo-
gy and Mushroom Products. Proc 4th Intern. Conf. UAEM, Cuernavaca, p 337-343.
Ruegger, M.J.S.; Tornisielo, S M.T.; Bononi, V.L.R. et al. 2001. Cultivation of the edib-
le mushroom Oudemansiella canarii ( jungh.) Höhn. In lignocellulosic substrates. Bra-
zilian Journal of Microbiology, 32, 211-214.
Sales-Campos, C. & Andrade, M.C.N. de. 2010. Temperatura e meio de cultura mais
favoráveis ao crescimento micelial de uma linhagem de Lentinus strigosus de ocor-
rência na Amazônia. Arquivos do Instituto Biológico, 77, 539-543.
Sales-Campos, C.; Eira, A. F.; Jesus, M.A. et al. 2008. Crescimento micelial de Pleu-
rotus ostreatus em resíduo de Simarouba amara. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 43,
1633-1635.
Sales-Campos, C.; Minhoni, M.T.A. & Andrade, M.C. N. 2010. Produtividade de Pleu-
rotus ostreatus em resíduos da Amazônia. Interciência, 35, 198-201.
Sánchez, J.E.; Martin, A.M. & Sánchez, A.D. 1995. Evaluation of Cookeina sulcipes as
an edible mushroom: Determination of its biomass composition. Developments in
Food Science, 37, 1165-1172.
Sánchez, J.E.; Mata, G. & Royse, D.J. 2018. Updates on Tropical Mushrooms. Basic
and applied research. Eds. San Cristóbal de Las Casas, Chiapas, México: El Colegio
de la Frontera Sur, p. 229.
Sanmee, R.; Dell, B.; Lumyong, P. et al. 2003. Nutritive value of popular wild edible
mushrooms from northern Thailand. Food Chemistry, 82, 527-532.
Santana, M.D.F.; Costa, A.D.L.; Gomes, E.S.C. et al. 2019. Ocurrencia y apuntes et-
nomicológicos sobre Phallus indusiatus (Phallaceae, Basidiomycota) en la Reserva Ex-
trativista Tapajós-Arapiuns, Pará, Brasil. Acta Botanica Mexicana, 126, e1436.
Santos, G.L. 2005. Resposta Técnica - Cultivo de Cogumelos. Rio Grande do Sul:
SENAI.
Sanuma, O.I.; Tokimoto, K.; Sanuma, C. et al. (orgs.). 2016. Ana amopö - Cogume-
los. Enciclopédia dos alimentos Yanomami (Sanöma). Instituto Socioambiental. São
Paulo, Brasil, p. 110.
Silva, P.R. da. 2008. Transplante cardíaco e cardiopulmonar: 100 anos de história e
40 de existência. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, 23, 145-152.
90
Referências
Urben, A.F. & Oliveira, C. 1998. Cogumelos comestíveis: utilização e fontes energéti-
cas. In: Revisão Anual de Patologia de Plantas. Passo Fundo: [s.n.], 6, 173-196.
Urben, A.F.; Oliviera, H.C.B.; Vieira, W. et al. 2017. Produção de cogumelos por meio
de tecnologia chinesa modificada. Brasília: Embrapa, p. 252.
Vargas-Isla, R.; Cabral, T.S. & Ishikawa, N.K. 2014. Instruções de coleta de macrofun-
gos agaricales e gasteroides. Manaus, Editora INPA, p. 30.
Veloso, H.P.; Rangel Filho, A.L.R. & Lima, J.C. A. 1991. Classificação da vegetação bra-
sileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. p. 123.
Villarreal, L. & Gómez, A. 1997. Wild edible mushrooms in Mexico: A challenge and
opportunity for sustainable development. In: Palm, M.E. e Chapela, I.H., eds. Mycol-
ogy in sustainable development: expanding concepts, vanishing borders. Parkway
Publishers, Inc. Carolina del Norte, p. 99-108.
Willis, K.J. 2018. State of the World’s Fungi 2018. Report. Royal Botanic Gardens,
Kew, p. 92.
Wong, G.J. 1993. Mating and Fruiting Studies of Auricularia delicata and A. Fuscosuc-
cinea. Mycologia, 85, 187-194.
Wu, B.; Hussain, M.; Zhang, W. et al. 2019. Current insights into fungal species di-
versity and perspective on naming the environmental DNA sequences of fungi. My-
cology, 10, 127-140.
91
FUNGOS SILVESTRES DA AMAZÔNIA PARAENSE
Xing-Hong, W.; Chaobin, Z.; Pedro, F. et al. 2016. Screening and Characterization of
Auricularia delicata Strain for Mushroom Production under Tropical Temperature
Conditions to make use of Rubberwood Sawdust. Research Journal of Biotechnolo-
gy, 11, 26-37.
Xu, F.; Li, Z.; Liu, Y. et al. 2016. Evaluation of edible mushroom Oudemansiella canarii
cultivation on different lignocellulosic substrates. Saudi Journal of Biological Scien-
ces, 23, 607-613.
Yildiz, A.; Karakaplan, M. & Aydin, F. 1998. Studies on Pleurotus ostreatus ( Jacq. ex Fr.)
Kum. var. salignus (Pers. ex Fr.) Konr. et Maubl.: cultivation, proximate composition,
organic and mineral composition of carpophores, Food Chemistry, 61, 127-130.
Zhang, G.Q.; Sun, J.; Wang, H.X. et al. 2009. A novel lectin with antiproliferative
activityfrom the medicinal mushroom Pholiota adiposa. Acta Biochimica Polonica,
56, 415-421.
92
O primeiro volume do livro Fungos
Silvestres da Amazônia Paraense – é de comer? traz
informações sobre 17 espécies de ocorrência
na região Oeste do Pará, incluindo descrição,
hábito e habitat, formas de consumo, período
de ocorrência e sua atual distribuição no Brasil.
Os autores esperam que este material desperte
a curiosidade e amplie o conhecimento sobre
os fungos, especialmente os comestíveis,
contribuindo assim com a redução da micofobia
ainda existente no território Brasileiro.
A obra destina-se a todos que desejam
conhecer mais esses organismos amplamente
distribuídos, mas ainda pouco conhecidos. De
forma técnica pode ser útil a estudantes de
graduação e pós-graduação.
ISBN: 978-65-5633-036-5
9 786556 330365